Eros e Psiquê: o mito fundador da psicanálise | Christian Dunker | Falando daquilo 1

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Christian Dunker
O novo quadro "Falando daquilo" vai mais devagar! Em uma conversa mais simples, Christian introduz c...
Video Transcript:
[Música] bem vindos ao nosso canal no youtube com o novo quadro chamado falando daquilo é uma proposta que nossa produção uma elaborou a partir da quantidade relativamente grande de perguntas e e pedidos para que a gente introduzir se a psicanálise a partir das referências mais iniciais palace das relações deve se canalize com a cultura com a religião com a arte com a mitologia e forma mas assim é no fundo a nossa conversa dentro do falando nisso ela foi estudando mais e mais complexas perguntas foram foram se tornando cada vez mais elaboradas a nossa idéia é
intercala continuidade e falando nisso como falando daquilo ou seja uma conversa mais ordenada mas seriada sobre isso sobre a origem da psicanálise desenvolvimentos e psicanálise sobre sobre como os introduzir neste discurso e nessa forma de pensar e hoje para inaugurar os nossos trabalhos e eu gostaria então de comentar é o mito fundador da psicologia se a gente pode dizer assim o mito de eros e psique a ideia é justamente começar do começo o mito grego o mito é a forma simbólica de organização social nas comunidades e originais e que desde sempre é a psicanálise pensou
com o mito a partir do link o mito é a expressão de questões que continuam vivas pra pra nós ainda hoje em dia então esse mito ele foi a escrita foi compilado no século 2 depois de cristo por lúcio a por lei e que no seu livro metamorfoses nos conta o seguinte havia uma cidade onde reinava o rei tinha três filhas a filha mais nova filha caçula chamados injustamente disse que quer e é conhecida pela sua beleza e formosura a tal ponto ela era dela é que as duas filhas mais velhas do rei se casaram
mas ela não é não conseguir se casar porque os seus pretendentes que eram tão fascinadas eram ficavam tão ou vidrados na sua imagem que preferiam adorá-la a a mala preferiam venerá la a se casar com ela vai aqui uma primeira ideia de que há uma certa afinidade entre disse key e e essa dimensão dada forma da forma atraente disse quem disse que em grego quer dizer sopro quer dizer vento quer dizer há aquilo que justamente não tem fora mas disse que com essa qualidade ela atrai a ira de uma deusa o a ira de alguém
que começa a ficar em cima dá pelo fato dos humanos e vivenciarem se que em vez da verdadeira deusa da beleza afrodite essa rivalidade segundo ponto e 1 ponto que vai aparecer portão por exemplo no mito de narciso também nessa unidade da da entre a imagem ea rivalidade entre a imagem ea atenção à concorrencial e dão afrodite estabelece uma uma maldição para para aquela cidade isso é típico nós vamos ver nosso programa sobre as tragédias e típico do início das histórias míticas nem ao desequilíbrio o excesso alma ao cruzamento de um metro não é que
determina então andamento dos conflitos e que estabelece que é eros e filho de afrodite vai importunar a cidade eros o deus do amor uma das quatro formas de amor para os gregos além de ágape meu amor aos deuses e dos deuses além de caritas é o amor é da piedade e da caridade além da ia que o irmão o amor fraterno a gente tem é o amor que têm que ver com o desejo dos sentidos e era tido como um como um deus é o corruptor da ordem público o menino a ldu quem criava encrencas
onde quer que ele fosse um causador de confusão então a gente tem aí eros o deus do desejo de um lado o que vai importunar disse que a alma adse que o sopro se que a filha mais linda e mais nova do rei o que acontece então rei decide consultar o oráculo oráculo diz olha só tem uma forma da gente da gente se livrar dessa peça tormenta essa tormenta que é o causada por eros o deus o desejo que é sacrificar uma de suas filhas então se que é levada para o alto de uma montanha
onde se supõe se que o monstro vir aiaia levará e nesse momento então de sacrifício em que que a história vai se fechar o que acontece que eros se atrapalha com suas flechas se vê também fascinado pela forma disse que em vez de matá lá leva para o seu palácio se que neste momento lembra um pouco a formulação de floyd é da criança sua majestade a criança então de fato disse que acorda no palácio de eros e e servida por um conjunto de empregadas que são curiosamente chamada de as vozes às vozes e como por
exemplo o hábito a inquietação a tristeza todas essas vozes que habitam se que o que estão junto com siqueira que dão esse formato muito interessante pra que a gente deve entender então uma pela alma a alma é necessariamente imunidade mas ela pode ser uma uma multidão de voz um pouco como a gente experimenta e avós têm que ver com sul a voz tem que ver com a emissão sonora tem que ver com essa com essa coisa evento que define a própria se que uma vez no palácio essas vozes a tem inclusive os desejos não formulados
por disse que ela se vê vamos dizer assim atendido e servida pelas vozes e que ao mesmo tempo em que acontece o seguinte à noite quando ela dorme quando ela então perde a consciência ela recebe a visita é de s eros que está apaixonado por ela e que que então do mico ela mas nesse momento em que ela não pode vir a face de anos voltamos ao problema das formas e do olhar de como a formosura de doping que está ligado assim o seu destino e assim essa ilusão em frente é com essa condição de
que jamais sequer poderia olhar diretamente na face diretos e isso caminha bem até que as irmãs começam a visitar o palácio as irmãs ea gente tem outro traço da alma não é que essa essa capacidade se e deixar influenciar para o outro essa capacidade de intriga essa capacidade que está marcada pelo pela inveja pelos filmes e as irmãs começam então a dizer coisas nos ouvidos em si que é dizer que ela poderia estar por exemplo domingo com um monstro que ela poderia estar assim lembrando que ela poderia estar sendo enganada que ela que ela deveria
sim é transgredir a único mandamento de não olhar para aquele que quer que dorme com ela toda a noite depois de de muito insistir num determinado dia ou na verdade uma determinada noite e disse que pega uma lamparina e vai ao quarto onde está a eros e e ali então ela se depara com esse deus é radiante é um é um caso de epifania é o momento em que deus se revela o meu dinheiro momento em que o humano tem acesso ao ao divino isso é algo estritamente assim proibido problemático ela toda a mitologia grega
e disse que então percebe que não é um monstro mas é justamente um deus belíssimo ea sua mão treme e cai uma gota de óleo e essa gota de óleo acorda o deus e ele acorda tomado de ira e e diz olha a única coisa que eu te pedi você não cumpriu então de agora em diante você tá fora do palácio você está exilada aqui é não te quero mais e aí começa então a terceira fase é da epopeia de disse que que é a sua luta para reconquistar aquilo que ela tinha perdido esse movimento
vai ser muito importante na comitiva vai ver a a aos estudos sobre isso gaal humana vai encontrar recorrentemente esse movimento de alienação e de retorno assim é de esquecimento e de lembrança e exílio e de reencontro e estava lá então no mito de y que esses é que seriam então os trabalhos que ela tem que cumprir para se reconciliar com o desejo esses são quatro trabalhos impostos então por afrodite e o primeiro deles é separar durante uma noite é um conjunto de grãos que estão misturados e farofas de lentilhas e ervino estão todos juntos em
eclipse que teria que ser parado então a gente vê aí um dote uma faculdade é da alma que é a faculdade da discriminação da separação da escolha se vocês quiserem que acha que não vai conseguir mas é ajudada pelas formigas que trabalham à noite toda e eu isso é é cumprido o segundo o segunda tarefa é colher aland em carneiros selvagens seja uma um desafio que tem que ver com a coragem e enfrentamento do medo e aí a julgar ajudada pelos juncos quer mostra o caminho de como ela consegue escolher então essa lua o terceiro
trabalho disse que tem que ver com colher a água dos dois rios no inferno vestígio cosit nesse caso é a água de diesel ski que ajuda a ela a cumprir assim esse trabalho o último trabalho de disse que é o mais difícil porque implica ir para what's e ir para o inferno ter como perséfone e trazendo dentro de uma caixa um fragmento da beleza divina ela é aconselhada então pela torre fogo e consegue trazer a caixa contendo essa esse primeiro da beleza divina só que aí a gente tenho que é uma espécie de repetição numa
repetição do do mesmo erro a repetição daquilo que que já é sabido uma repetição tem uma dimensão bem trágica porque ela decide abrir a caixa e ela abre a caixa e quando isso acontece saem de dentro da caixa os males ela descoberta ela diz cumprir o prometido e ela está então uma indo para uma segunda pena repetir a pena do seu o seu grande amor a repetir a perda de anos é nesse momento que intervém deus zeus diz é tomando aqui a versão de bonito de souza brandão e mitologia grega o trabalho que eu recomendo
muito vocês onde ele diz as palavras diesel segundo o lúcia pulei julgo ser recorrente em ti refrear de uma vez por todas as desregrado as paixões de sua juventude ou seja de eros o seu julgamento começa por elas e não pode ser que chega de ouvir falar em seus escândalos diários no mundo inteiro mercedes seus galanteios e devaci 2 chegou o momento de tirá lo em qualquer oportunidade de praticar a luxúria o excesso de eras cumprir aprisionar de um temperamento lascivo da meninice nos laços no minho e portanto ele absolve disse que para que se
que possa se reunir com eros e de certa forma pacificar anos para muitos seria assim um final feliz e contente mas vamos prestar atenção nos prestar atenção nesse conflito que vai ser um conflito tematizado recuperado pela psicanálise por frontini é quem é esse que é aquela que pacifique o desejo é aquela que está às voltas com uma tensão constitutiva que está dividida entre o que ela é sequer e boa aquilo que diz respeito ao desejo o que se quer esse é um mito então que fala dessa divisão primária a subjetividade essa divisão primária da alma
humana que fala já da sua curiosidade que esse compromisso entre as formas não dizer sim das imagens as formas narcísica ski com a sexualidade com o desejo aquilo que que faz mistério exatamente como a gente viu aqui na narrativa desse mito o mito que envolve um percurso que envolve um trabalho de fato quando a gente fala na alma a gente não deve pensar uma instância assim é uma essência pics e definir mas como a gente está apresentando como um percurso um percurso de descobertas e inquietações que é o que define então essa história essa aventura
entre eros e psiquê quem quiser continuar recebendo fragmentos do falando daquilo levante a mão e se inscreva aqui no acre onda movemo do nosso canal dizendo se for o caso cris entende isso em capítulo aquilo volta nesse ponto porque essa é pra ser uma conversa de acolhimento a vocês que querem se aproximar do campo da psicologia do campo da psicanálise no campo da clínica é isso [Música] ó [Música]
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