O que a gente tá ficando tão bom nessa técnica de teologia sistemática e não sistêmica que, daqui a pouco, Deus vai ter que fazer isso tudo bíblico conosco? Porque parece que não foi Ele quem não entendeu o que Ele mesmo falou, porque foi isso que aqueles caras fizeram. Então, eu quero explicar para você por que você não sabe o que está acontecendo. Então, às vezes, amados, porque a gente não tem um ingrediente da relação, a gente não seria capaz de reconhecer Jesus em pessoas se Ele aparecesse para nós. Simplesmente porque Ele apareceria numa forma
que não corresponde à nossa expectativa. Você consegue entender a gravidade disso? Aí, Jesus falou assim: “Por que vocês são tão lentos em entender?” Aí, Jesus começou de novo a fazer um estudo bíblico com eles, uma pregação avivada, e eles não testemunhavam disso. A gente não era que, enquanto Ele falava, o nosso coração pegava fogo? Então, o pregador era bom, a mensagem era quente, o culto era avivado, mas nem isso foi suficiente para abrir os olhos deles. Quando foi que os olhos deles finalmente se abriram? Quando eles viram Jesus partindo o pão. Quando Jesus os trouxe
de volta ao ambiente da comunhão, é onde Ele revela a sua glória. Jesus não revela a glória na mera pregação da mensagem; Jesus revela a glória quando Ele oferece a sua vida espontaneamente em favor do seu irmão. Ele não está defendendo uma tese, não está defendendo uma doutrina, está na defesa da relação. Por isso que Ele diz assim: “Pela palavra, vocês serão perseguidos”, como Ele próprio foi pelos próprios discípulos. Jesus, no caminho de Emaús, estava sendo perseguido pelos próprios discípulos por cada palavra que Ele pregou, até que Ele se assentou para ser um com eles,
e os olhos deles foram abertos. Amém, amados? Eu estava compartilhando com André e quero deixar esse testemunho aqui para a gente entendermos que o que nós vamos compartilhar aqui hoje é a essência da nossa mensagem: é a cruz. Amém? Mas não é a pregação da cruz, é a vivência da cruz, e não é a cruz de Jesus, é a cruz de Cristo. O próprio Jesus foi salvo na cruz de Cristo, porque, se Jesus não toma a cruz de Cristo, Ele mesmo estava perdido, porque Ele era o anticristo. Então, tudo que o diabo fez foi convencer
Ele a não pegar a cruz de Cristo para salvar Jesus, e, salvando Jesus, Ele teria se perdido. Amém? Então, o que nos salva não é a cruz de Jesus, é a cruz de Cristo. Então, não tem que ir para o pé da cruz de Jesus pedir que Ele me salve, eu tenho que subir na cruz de Cristo como Ele mesmo subiu. Então, o caminho da salvação não é evocar a cruz de Jesus; o caminho da salvação é seguir para a cruz de Cristo como Ele seguiu. Amém? Porque Ele se revela o Cristo. Então, Ele é
Jesus o Cristo. Então, Ele é o Jesus que veio para ser o Cristo. Se Ele não sobe na cruz de Cristo, Ele não era o Cristo. Então, Ele mesmo estava perdido. Glória a Deus! Então, para a gente entender o significado da cruz como uma vivência e não como um amuleto religioso de salvação. Amém? Jesus, para que a gente entenda o significado da cruz, Ele marcou a Ceia: “Daqui a pouco, vocês crucificam, tendo desejado ardentemente.” Então, agora é o seguinte: o que vai trazer memória de mim e, consequentemente, significado da cruz é vocês virem eu partir
o pão. Então, para que entendêssemos a cruz, Ele partiu o pão. Então, agora que vocês entenderam a pedagogia da cruz e não a metodologia da cruz, agora que a cruz é uma cultura e não um mito, um amuleto, a mesma. Então, nós temos a cultura da cruz que é o significado, onde não é mesmo naquilo que é a coisa mais essencial da nossa sobrevivência, que é cada um pegar o seu próprio pão e comer para sobreviver. Então, eu pego aquilo que é essencial para minha sobrevivência e assumo o risco da minha própria subsistência servindo o
outro primeiro. Esse é o significado, e a pedagogia da cruz é a glória. E aí, o povo vai crer. Amém? Beleza! Aí Jesus agora está encontrando dois discípulos desapontados com a cruz. Não entenderam a cruz. Aí, o que Jesus fez? Marcou outra crucificação. Entendeu nada da cruz. “Volta amanhã, eu vou ser crucificado de novo, e vocês crucificados até vocês entenderem.” Não, o que Jesus fez? Voltou para a mesa. Então, não adianta insistir na mensagem da cruz se ela não está significada na comunhão da mesa. O que vai fazer seu filho entender a cruz? Não é
você esfregar a cruz na cara dele. É, mesmo? É você significar na mesa. Aí a gente vai entender a cruz. Glória a Deus! Então, a mensagem da cruz está significada na comunhão. Sem a comunhão, ninguém vai querer. Glória a Deus! Amém? Abra sua Bíblia em Romanos, capítulo 8. E como a gente está tendo uma conversa aqui com pastores, é o seguinte: Romanos 8 é um texto fundamental na transformação do nosso entendimento. Então, pastores, famílias pastorais: só existem duas maneiras de pensar, que podem se expressar de várias formas, mas só têm dois tipos de pensamento que
orientam a mente, o coração do homem. Ou o homem pensa como servo ou ele pensa como filho. Agora, isso pode se revelar de várias formas. Você pode ter formas primárias ou sofisticadas de traduzir o tipo de pensamento que te orienta. Mas ou você está sendo orientado por uma mente de servo ou você está sendo orientado por uma mente de filho. Enquanto servo, eu sou imaturo. Enquanto imaturo, eu não penso diferente de um servo. Então, o que define a nossa imaturidade é pensar como um servo. Então, pensar como servo não... Está errado. Se eu for uma
criança, mas não é próprio de uma pessoa madura continuar pensando como um cego. Então, não é certo ou errado; é bom ou mau. Então, pensar como um servo não está errado, dependendo do momento da minha vida. Então, recém-nascido, uma criança de dois, três ou quatro anos é normal ele pensar como um servo. E o nosso grande desafio é trazer para essa mentalidade o espírito de adoção, para ele não continuar pensando como um cego. O que é pensar como servo? Você pensa a vida na forma da subsistência e da sobrevivência. Então, o servo pensa em salvar
a vida; o filho pensa em significado. O servo pensa em direito, mérito e reconhecimento; o filho pensa em propósito, responsabilidade e conhecimento. Então, o filho trabalha pelo conhecimento, assumindo a responsabilidade e cumprindo um propósito. O cego não quer o conhecimento porque ele quer simplesmente o reconhecimento que vai dar a ele o direito adquirido no serviço. Amém! Todo mundo passa pela fase de servo, mas ela é curta. E a Bíblia diz que, quando eu vou amadurecendo, eu tenho que deixar as coisas próprias de crianças. Então, essas coisas não podem coabitar. O que isso significa? Um homem
com a mente dividida não prospera. Ou você pensa como filho, ou, toda vez que você pensar como servo, isso vai comprometer a sua vocação de filho. Então, eu tenho que lembrar que o nosso corruptor, que trabalha a tentação da nossa alma, era o melhor servo que havia no céu. Então, se tem alguém que sabe tudo de serviço, é o diabo. O diabo era o ISO 9001; ele era o padrão de qualidade do serviço. Ele era o sinete da perfeição. Então, tudo que era feito no céu passava na escrivaninha do Lúcifer, perdão. É ele que dizia
que estava dentro do padrão celestial. Então, pelo serviço, ele era a coisa mais perto de Deus. Contudo, não era próximo porque conhecia e queria agradar a divindade como servo. E aí, como é que ele virou diabo? No dia em que precificou o serviço. Então, o diabo, Lúcifer, não virou diabo porque fez uma coisa errada; ele virou diabo porque colocou preço na coisa certa que fazia. Lúcifer virou diabo porque entrou comércio no coração dele e achou que deveria ser reconhecido pelo serviço que prestava. Então, ele introduziu uma relação salarial; ele desreligificou o trabalho e transformou o
trabalho em prestação de serviço remunerada. Ele é o criador do emprego e é o imperador de todos os empregados, porque Deus é trabalhador. Então, se Deus nos fez à imagem e semelhança dele, então Deus nos fez para ser trabalhadores. O trabalho revela, manifesta e encarna a natureza de Deus. Então, o trabalho não é para o salário; o trabalho é para encarnar as virtudes de Deus reveladas a nós. Então, o trabalho não pretende o salário; o trabalho busca o fruto. Por isso, você vai ter fruto do seu trabalho, mas não tem promessa de salário. O salário
é o fomento da ansiedade, porque o salário é a forma do empregado se apropriar do seu Senhor. O salário é a forma que o servo tem de se assenhorear do seu Senhor, porque torna o Senhor um devedor do seu salário. Então, quando o diabo reivindicou salário, ele estava usurpando o senhorio de Deus sobre a vida dele, tornando Deus devedor daquilo que não é devedor, porque Deus não é devedor de coisa alguma do nosso louvor, do nosso dízimo nem das nossas orações. Amém! Então, o grande desafio é ensinar nossos filhos a não pensar como servo, se
qualificando para receber um bom salário. Então, se você está ensinando seu filho a se qualificar para receber um bom salário, você está formando um escravo de excelência; você está formando um filho de Babilônia. E a primeira coisa que Babilônia vai fazer com ele é castrá-lo, porque Daniel e os amigos dele foram entregues aos príncipes dos eunucos. Então, não estamos formando uma geração estéril que não quer gerar filhos porque tem medo do salário. Amém, irmãos? Porque trabalha pela recompensa e não pela doação. Então, esse texto vai falar exatamente isso: nós não recebemos mais espírito de escravidão
para vivermos novamente atemorizados. Então, de onde vem o medo? O contrário de amor não é ódio; o contrário de amor é medo. A gente só odeia as pessoas de quem temos medo. Se você não tivesse medo, não odiaria. Você não teria raiz de amargura contra alguém se não tivesse medo do que aquilo que ela vai fazer pode prejudicá-lo de forma irreversível. Amém! Se não tivesse medo, não teria amargura, não teria ansiedade. Então, o contrário de amor é medo, porque o medo é falta de conhecimento do amor e o medo vem de pensar como escravo. Então,
nós estamos criando uma juventude amedrontada, ansiosa. O Brasil é campeão mundial de ansiedade porque estamos ensinando nossos filhos a ir para a escola para se qualificar para receber um bom salário, porque é isso que vai garantir o futuro deles. Eles são promíscuos que, basta a oferta de um pouco mais de salário, que mudam de trabalho sem medo de ser feliz, assim como mudam de igreja se não estão sendo recompensados à altura dos esforços na congregação que frequentam. Então, ele não tem a responsabilidade; uma congregação funciona mal e ele tem o direito de uma congregação que
funciona bem. Então, nós recebemos espírito de adoção. E aí vamos lá ver o que isso quer dizer. Versículo 5: quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja, mas quem vive de acordo com o espírito tem a mente voltada para o que o espírito deseja. A mentalidade da carne é... Morte, mas a mentalidade do espírito é Vida e Paz. Então, não tem duas mentalidades; existem formas variadas de pensar uma dessas duas maneiras. Amém. Abraão pariu dois filhos: um da escrava e outro livre, e o perseguidor da livre é o
que ele pariu com a escrava. Então, muitos pastores e líderes estão parindo seus próprios perseguidores na medida em que estão gerando empregados e não filhos. Então, você não está sendo perseguido por um estranho; você está sendo perseguido por aquilo que você pariu, achando que era o seu serviço que ia cumprir o propósito. Por isso, é difícil enfrentar esse perseguidor, porque ele é seu parente, ele se parece com você, ele tem a sua cara. E o filho por adoção não se parece com você e, às vezes, você desprezou porque não via nele beleza que te agradasse.
Nós olhamos para o filho da adoção e não vimos nele beleza que nos agradasse porque não se parecia com a nossa carne. Ele não se parecia com a gente, mas um filho da carne se parece conosco e, por isso, você se dobra de benesses, porque você acha que ele vai te beneficiar somente porque parece com você. Mas Deus mandou você sair do meio dos seus parentes para encontrar a família, porque a família vai salvar seus parentes, mas os parentes vão condenar sua família, porque os parentes vão deixar você ter família. Amém, irmãos. Então, vamos continuar:
a mentalidade da carne é carne, mas a mentalidade do espírito é Vida e Paz. A mentalidade da carne é inimiga de Deus. Nós estamos ouvindo isso aqui: que aquilo que a gente está produzindo a partir das nossas competências é inimiga de Deus, porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazer. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. Então Paulo diz: "Vocês estão debaixo do domínio, se de fato o que
vocês estão ouvindo é o espírito, e não a carne." E se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Então, tem muita gente que é devota de Jesus; nós estamos confundindo devotos de Jesus com participantes de Cristo. Então a devoção a Jesus não me torna membro do corpo de Cristo. O que me torna membro do corpo de Cristo é o Espírito de Cristo que te justifica com o meu espírito, e nós somos filhos. Então, não podemos ter uma reunião de devotos de Jesus em busca de salvação que não conhecem a Cristo. Bom,
e se alguém não tem o espírito, não pertence. Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o Espírito está vivo por causa da justiça. Então, como é que eu sei que estou sendo guiado pelo Espírito? É porque eu tenho compromisso com a justiça e não com juízo. Então, uma coisa que define se estou sendo guiado pelo Espírito ou não é porque eu não estou fazendo juízo de mérito; estou fazendo sacrifício de justiça. Então, me sacrifica em favor da justiça em vez de me esforçar para receber o mérito pretendido
pelo juiz. Então, não podemos ficar fazendo juízo de quem merece ou não, mas temos que fazer justiça a todos, especialmente até aqueles que não merecem. Então, o papel da Igreja é sacrifício em favor da justiça e não esforço em favor do juízo de mérito. Amém, amém, irmãos. Então, beleza. Se o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida aos seus corpos, por meio, por meio da... que eu parei aqui, por meio do seu espírito que habita em vocês. Portanto, irmãos, estamos
em dívida não para com a carne, para vivermos sujeitos a ela, pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão. Mas, pelo Espírito, fizerem morrer os atos do corpo e verão, todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravizou para novamente viver atemorizados, mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai!" O próprio Espírito testemunha o nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, somos também herdeiros, ou seja, como a gente compartilhou, já
fomos abençoados, não seremos. Então, nós somos responsáveis por uma herança já recebida e não trabalhamos para ter direito a uma herança a receber. Amém. Nós não estamos trabalhando para o salário, mas para sermos ministros da herança que já recebemos, se de fato participamos do seu sofrimento para também participar da sua glória. Considerem que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que nos há de ser revelada. Lembra que a gente falou ontem sobre uma palavra profética? E aí a gente tem a tendência de, ao ler aqui a glória que, através de nós,
há de ser revelada, a gente remete isso para quando? Para o futuro e não para agora. Então, a glória que por nós há de ser revelada não é no futuro, não é a glória do céu, é a glória de Deus na Terra, porque Jesus disse: "Eu dei para eles a minha glória, para que eles sejam um a fim de que o mundo creia." Então, como nós estamos deixando essa expectativa de glória, nós não estamos revelando a glória; por isso, o mundo ouve a mensagem, mas não crê, porque está faltando glória. Não está faltando poder na
nossa pregação; está faltando glória na nossa relação. Então, a má qualidade da nossa relação está comprometendo a eficácia da nossa pregação. Amém, irmãos? Então, é a natureza. Agora, presta atenção: a natureza criada aguarda com grande expectativa que os filhos de Deus se revelem, pois ela foi submetida à inutilidade. Pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade através dos filhos de Deus. Então é aqui que a gente quer focar no encontro
de pastores. Quando Jesus olhou para a multidão, lembra lá em Mateus, capítulo 9? A Bíblia diz que Jesus, andando pela cidade, teve compaixão. Jesus foi movido de profunda compaixão quando Ele olhou para a cidade, porque Jesus não viu falta de ovelhas. O foco da igreja não é a quantidade de ovelhas; o nosso déficit não está na quantidade de ovelhas. Nós temos que desencanar desse negócio de ficar tentando juntar o maior número de ovelhas que a gente pode. As ovelhas estão fora do culto, então, sofrendo, porque quem está na igreja continua se comportando como ovelha. A
igreja não é a reunião das ovelhas; a igreja é o encontro dos pastores. E aí, você fica sofrendo seu ministério porque continua tratando pastores como se ainda fossem ovelhas. E, assim, você tem que ficar girando as tripas do avesso para trabalhar por demanda, suprindo gente que continua se comportando como criança, trazendo demanda de ovelhas, sendo que ele deveria assumir a responsabilidade de pastor. Então, a igreja não é para cuidar das ovelhas que ela reúne; a igreja é para transformar essas ovelhas em pastores para cuidar das ovelhas que não vêm na reunião. Glória a Deus, porque
o mundo está sofrendo a falta de trabalhadores, e não há falta de ovelhas. Nós temos ovelhas demais para trabalhadores de menos. Então, Jesus não ensinou você a pastorar pedindo mais ovelhas; Ele mandou você orar. Então vou falar uma coisa para vocês: orem por mais ovelhas. Orem por mais ovelhas e, amanhã, façam uma campanha por mais ovelhas; e, depois de amanhã, façam uma conferência para mais ovelhas; depois, façam uma campanha evangelística para mais ovelhas. Ele mandou você orar por mais ovelhas. Vamos abrir lá em Mateus 9. Lá em Mateus 9, Ele mandou pedir mais ovelhas? Não,
Ele disse assim: "Então, Ele disse aos seus discípulos: a colheita é grande, e as ovelhas são poucas. Peçam, pois, ao Senhor que ele mande mais ovelhas para o seu ministério." Alguma vez Jesus te orientou a pedir mais ovelhas? Então, quem está te orientando a pedir mais ovelhas? O capeta! Para criar uma relação de dependência na prestação do serviço. Ele não pediu para você pedir mais ovelhas para depois ter que arrumar mais empregados; ele falou para você pedir mais trabalhadores e não empregados para cuidar do tanto de ovelhas que você pediu. Porque o empregado que você
contratou para cuidar da estante de ovelhas que você está reunindo é mercenário; ele não é pastor. Ele é um empregado que está te ajudando a cuidar das ovelhas, mas na primeira oportunidade, na primeira oferta de condições melhores de emprego, ele te larga, falando sozinho. Amém, irmãos? Meu Deus do céu! Então, não estamos tendo falta de ovelhas, nem falta de empregados; nós estamos tendo falta do quê? Trabalhadores! Gente que assume a responsabilidade de cuidar. Então, a igreja é lugar de gerar responsabilidade e não de formar competência empregatícia para cuidar desse tanto de ovelhas que estamos juntando
sem precisar. Aleluia! Depois haja salário e haja propina para manter os melhores empregados. E aí tem razão dos pastores estarem entrando em burnout, as mulheres deprimidas, os filhos não veem sentido na igreja, porque isso há muito tempo deixou de ser um negócio do nosso Pai; passou a ser a nossa empresa. Nós não estamos aqui para cuidar da nossa empresa; estamos aqui para cuidar dos negócios do nosso Pai. E nos negócios do nosso Pai, só tem trabalhador, não tem empregado. Amém? Glória a Deus! E aí o filho não assume o serviço porque ele se tornou competente;
o filho assume a responsabilidade porque ele ficou maduro. Então, tivemos que formar líderes que assumam a responsabilidade e não o direito de prestar o serviço só porque agora ele tem a competência. Então, temos que parar de qualificar líder pela competência e começar a conhecer líderes pela responsabilidade. E o cara só vai entender que ele tem responsabilidade quando ele ainda não tem a competência e, mesmo assim, assume a responsabilidade. Aleluia! Glória a Deus! Então, voltando para Romanos, é isso que ele está dizendo: então, em nome de Cristo Jesus, pastores, não lamentem o lugar difícil que vocês
estão trabalhando. Não lamentem suas dificuldades no ministério! Não lamentem a falta de recursos, não lamentem dificuldade. O que é o seguinte: enquanto você está lamentando a cidade difícil, a condição difícil no ministério, aquela cidade está gemendo. A igreja ruim que ela tem… Então, antes de ouvir sua reclamação, Deus vai ouvir o gemido da cidade, porque a igreja brasileira não sofre um país ruim; esse país está sofrendo uma igreja imatura. Então, não temos que pedir um país melhor para a igreja; temos que assumir a responsabilidade e oferecer uma igreja melhor para esse país, que o padrão
está baixo. Então, não são os filhos de Deus que estão esperando uma igreja que funcione e um país que nos aprove; é a criação à nossa volta que está gemendo, à espera de que a gente finalmente amadureça e assuma a responsabilidade. Então, o mundo só está sofrendo porque a igreja é imatura. E por que a igreja é imatura? Porque ela continua pensando na relação do serviço e não da responsabilidade. A hora que a gente parar de pensar na competência, no salário, no reconhecimento, no direito, no mérito, no juízo e começarmos a ter a responsabilidade da
justiça, então pronto! Você vai ver que a coisa vai transformar e a sua igreja, do dia para a noite, vai ser o tamanho que você nunca imaginou que ela já poderia ser. Tinha o que falar: um negócio, a sua congregação já é maior do que você está pensando. Só que ela está mal assistida, porque, a hora que o seu entendimento abrir, você vai perceber que a sua congregação verdadeira nem vem no seu culto e ele é muito maior do que você imagina. Mas enquanto você está pensando em viabilizar um bom culto para tornar o seu
ministério bem-sucedido, a sua verdadeira congregação está mal pastoreada, porque você está cuidando dos pastores dela como se eles fossem o quê? Ovelhas. Então, se quiser, eu faço uma conta básica aqui para você para triplicar sua congregação em 10 minutos. Podemos fazer essa conta? Quantos anos você tem? Como é que se chama? Daniel. Você tem 15 anos e estuda. Quantos alunos têm na sua escola, na sua sala de aula? Multiplica por 4: 140, certo? Cada aluno na sala dele representa pelo menos quatro pessoas. Então, só na sala do Daniel, ele tem uma paróquia de 140 membros.
Quantos anos você tem? Sabe com quantos anos Jesus assumiu os negócios dele? Com 12! Com 12 anos, uma criança não vira... Com 12 anos, uma criança não vira uma adolescente. Com 12 anos, com 12 anos, uma criança não vira um adolescente; ele vira um adulto jovem. Não vou te expor aqui, você não precisa ficar constrangido, porque você já é grande. Você já tem idade. A partir do momento que um homem ejacula, ele é um homem; ele não é uma criança. Ele carrega uma semente, é responsável por ela; ele já está apto a assumir os negócios
do pai. Então, se a sua escola tiver mais cinco salas igual a sua, então nós estamos falando de mais ou menos 700 pessoas. Mas eu acho que tem mais de cinco salas, então sua escola deve ter mais do que 700 membros naquela paróquia. Alguma vez você sentou aqui para compartilhar com esses irmãos pastores suas dificuldades ministeriais? Alguma vez alguém aqui se ofereceu para te acompanhar lá no seu ministério, para entender quais são as suas dores lá, para poder te ajudar pastor e a melhor aquele povo? E às vezes você ainda vai receber convite para se
ocupar em alguma atividade da igreja que vai tirar tempo lá da sua paróquia para poder oferecer um culto bom para quem não precisa. Então, nós não só não estamos ajudando o Daniel na paróquia dele, como ainda estamos atrapalhando ele, trazendo para ele uma demanda que não é dele. [Aplausos] Sim ou não? Com quem que ele vai compartilhar as dores pastorais dele? Alguma vez você chegou na sala de aula como filho de Deus, como cristão que você é, um homem que ama Jesus, que serve a Jesus? Alguma vez você já chegou na sua sala de aula
e sentiu-se assim, totalmente impotente, para enfrentar o tamanho de problema que tem lá dentro daquela sala de aula? Você já sentiu assim? Então fica de pé e fala para todo mundo que você se sentiu sozinho naquela sala de aula, sem saber como é que você vai enfrentar isso. Pode falar! Você precisa de ajuda. Então pede ajuda para os seus colegas pastores. [Música] Você tem problemas lá? Tem membro da sua congregação que tem problema na família, casal divorciado, pai que bate na mãe. Alguém já compartilhou algum tipo de problemas com você? Já? Então, sua paróquia é
punk! Quem é o pastor daquela congregação lá? Nós não gastamos cinco minutos para aumentar sua congregação em 700 membros, por baixo. Quem aqui está precisando aumentar a igreja? Em 10 minutos, a gente triplica sua congregação. Quem aqui está precisando de uma igreja maior? Nós te arrumamos ela em 10 minutos. Na verdade, a nossa congregação está mal pastoreada porque nós estamos ocupando os nossos pastores para prestar serviço para gente mal resolvida, para crente que não quer amadurecer; e não quer amadurecer por nossa conta, porque a gente se prestou esse serviço. Aí, acabamos de plantar uma congregação.
Nós falamos de plantar congregações novas, plantar uma congregação aqui que já comece com 700 membros. Já tem pastor! Bem-vindo, Daniel, à reunião dos pastores. [Aplausos] Amém! Eu não estou brincando. Quem é o pai de Daniel? Amém! Em nome de Jesus, amado, a gente tem que chorar essa realidade não tão feliz. Nossos filhos são profetas, e nós estamos matando os profetas. O nosso rito religioso está matando os nossos profetas. Qual que era a grande crueldade de Jerusalém? Matava os profetas. Quem é profeta que entre nós? O Daniel é profeta, ele é um filho nosso! Se Deus
mandou um profeta para a sua casa, então ajuda o profeta a assumir o ministério dele o mais rápido possível. Não espera ele ter a competência para isso, porque senão ele vai achar que é o melhor empregado. Ele está pertinho de ser um Lúcifer. Amém. Irmãos, eu queria mostrar para vocês um vídeo. O que o Espírito de adoção e essa transformação do entendimento podem fazer? Nós temos um casal lá, porque isso se transforma em uma cultura. Amém! Eu não estou falando aqui de uma metodologia, não estou falando aqui de uma estratégia, é uma cultura! A partir
do momento que isso vai se transformando numa cultura, pronto, então você já vai nascer o quê? Essa menina aí já é o quê? Profeta! Ela tem que ser! Então não a corrompa, porque maldito é aquele que confundir uma criança dessa. É melhor amarrar uma pedra no nosso pescoço. Nós não podemos continuar confundindo nossos filhos fazendo eles pensarem que eles são nossos para Deus salvá-los. Eles são de Deus, para a gente cuidar deles; são eles que vão nos salvar, são eles que vão nos levar para lugares que a gente não quer ir e parar de fazer
e vestir o que a gente gosta. Amém! Igual Pedro... Você vestiu... queria fazer... eu queria... mas quando vier um... Novo que você vai pegar pela sua mão, então o Daniel vai pegar a gente pela nossa mão e vai nos levar a um lugar que a gente não iria se não fosse ele. Amém! Nós temos um casal na igreja, Marlos e Juliana, um casal de Deus, uma história forte em termos daquilo que são os padrões estéticos da sociedade. Um casal, feito a pincel, tudo: dinheiro, padrão de vida, recurso, formação, qualificação, tudo que você pensar que esse
mundo pode oferecer. Esse casal tinha casado, a Juliana ficou grávida do primeiro filho, uma anomalia quase incompatível com a vida. Ela foi orientada a abortar. E aí Marlos e Juliana se depararam com o fato de que eles iam parir um filho a não. E aí a gente, como congregação, foi apresentado a essa realidade. Lembra quando João mandou saber se Jesus era Jesus mesmo? Qual foi a resposta que Jesus deu? "Fala para João que os cegos veem, os mudos falam, os paralíticos andam, os leprosos são purificados e aos pobres é revelado o reino de Deus." Então,
o que caracteriza o ministério da Igreja? A gente tem a tendência de achar que Jesus sarava pessoas. Deus não tem compromisso de sarar; Deus tem compromisso de curar. Nem todos sarados estão curados. Paulo tinha um problema que Deus não sarou para ele poder ser curado. Amém? Então, às vezes, você pode ser curado não sendo sarado e você pode ser sarado e não ser curado. Só para você entender, se eu for fazer uma pergunta, você responde rápido e vai entender o que estou falando: quantos leprosos foram até Jesus? Quantos foram curados? Um, porque se falar que
foram 10, você pertence a um dos nove, porque nove foram sarados, só um foi curado. Então, nem todo sarado é curado. Então, o que representa a cura? É importante a gente entender que, quando essas enfermidades são listadas, Jesus vem em um tempo em que essas enfermidades, óbvias, a maior gravidade dessas enfermidades não era enfermidade em si, era a segregação social. Então, o cego não podia ir e vir, um paralítico não podia ir e vir, um leproso ele era apartado até da família. Um leproso não podia conviver nem com a mulher, nem com os filhos, nem
poder trabalhar. Então, a grande dificuldade de todas essas enfermidades, a cegueira, paralisia, a surdez, a lepra, era a segregação, a exclusão social. Tanto que, para um paralítico ser curado, teve que abrir um telhado. Jesus chegou em um lugar onde havia remédio para todos e tinha um paralítico lá que não era sarado porque ele era segregado e ninguém ajudava ele nisso. Então a grande cura é a comunhão social. Não é nem a inclusão; quando a gente fala que nós vamos fazer inclusão social, isso já é tão cruel quanto a exclusão, porque pressupõe uma segregação. Então a
igreja não trabalha a inclusão social, a igreja é responsável pela comunhão social, porque o que revela o reino é a comunhão, é a partilha do pão com todos. Tanto que, quando Davi assumiu o reinado, ele mandou buscar quem? Mefibosete. Então, hoje a igreja, presta atenção na história, é bem rápido entender o que nós estamos compartilhando até aqui. Quem é a minha esposa? É o príncipe por direito. Então, quem era o herdeiro de Saul? É Mefibosete. E por que que Mefibosete sofreu um dano irreversível que o segregou? Porque uma empregada tentou salvá-lo. Então, nossos esforços de
servos, tentando salvar as pessoas na plenitude da nossa sinceridade, nosso esforço sincero de salvação, estão danificando as pessoas irreversivelmente. Então, tem gente que não congrega conosco não é porque ele não quer, só não é porque ele não dá conta e ele foi danificado pelos nossos esforços de servir de salvação. Por mais sincero que fosse, vai ter gente que vamos ter que carregar para devolver à mesa. Amém, irmãos? Só convidar não adianta, amém? Então vamos voltar a esse entendimento. Então, essas enfermidades segregavam a pessoa, ela estava apartada. Então Jesus estava devolvendo essas pessoas à comunhão social.
Só que hoje essas não são as enfermidades. Hoje a ciência já devolve um cego para a relação, devolve um paralítico para a relação. Então nós temos que perceber quais são agora as enfermidades que se agregam, quais são as pobrezas que significam uma pessoa. Porque as pobrezas não vão acabar, haja o que houver. Nós não vamos resolver a pobreza, porque quem garante a pobreza é Deus. Quem garante a fome é Deus. E por que que Deus garante a fome? Porque Ele fez a comida antes. Então Deus não é alguém que vai providenciar a comida depois que
identificou a fome; Deus é alguém que providenciou a comida antes. Permitir a fome porque a fome não é para comida. Por enquanto, glória a Deus, porque se não fosse a fome, não encontraríamos. Amém? Então a pobreza é permitir o fluxo, porque sem o gradiente não tem fluxo, não tem fluxo sem diferença de altura, não tem fluxo sem diferença de pluralidade, não tem fluxo sem diferença de pressão e não tem fluxo em diferença de temperatura. Então Deus não é um Deus de qualidade. Deus não produz a igualdade, porque na venda de igualdade não haverá fluxo. Então
Deus é aquele que permite a pobreza e a riqueza para que haja fluxo, porque, havendo pobreza e riqueza, haverá encontro. Então nosso trabalho não é resolver o pobre, é converter o rico. O grande desafio da igreja não é resolver a pobreza, é converter a riqueza no seu significado. Então a igreja não pode pedir donativo; ela tem que responsabilizar a riqueza, porque o donativo é filantropia como forma de isenção da responsabilidade. Então a igreja não é filantrópica; ela é comunitária. Então, na igreja, a riqueza está convertida à pobreza de modo que isso aqui é um encontro
de riquezas e pobrezas, onde cada um traz a sua riqueza. Traz a... Sua pobreza e nós compartilhamos no encontro. Amém. Amantes, então como Deus já providenciou a riqueza, Ele permite a pobreza para que agora haja fluxo. Qual é o maior milagre, então, que uma igreja pode ver? Qual é o maior impossível dos homens? É ver um cego vendo, um mudo falando, um paralítico andando. Qual é o maior milagre que a igreja pode ver operado pelo Espírito Santo na sociedade? É um rico se converter, do direito da sua riqueza, e fazer justiça. Então, o nosso problema
no mundo não é a pobreza; é a miséria, e só a miséria, porque a riqueza não está convertida ao seu propósito. Porque nós não estamos formando pessoas que têm a responsabilidade da riqueza, mas têm o direito dela, e ele continua achando que o máximo que pode fazer é dá dízimo e oferta. Dízimo é a contribuição do legalista; oferta é a contribuição daquele que foi tocado. Na nossa congregação, a gente não fala quase nada de dízimo e oferta, porque dízimo e oferta não ensinam a responsabilidade. Dízimo ensina direito, e oferta ensina privilégio. O que ensina a
responsabilidade é a participação. Então, vou explicar a diferença bem rapidinho. Você pega um grupo de irmãos e leva a uma pizzaria. Você conheceu o tipo de gente que está trabalhando. Aí, termina o jantar, um pouco antes de terminar o jantar, e chega a conta. Levanta o Pentecostal, o cara da revelação. Ele sempre tem uma revelação, ele sempre está vendo uma coisa. A gente, todo mundo, então, como ele sabe que a conta vai chegar, já levanta para ir embora e fala: “Gente, vocês não reparam não, mas eu tenho outra coisa para fazer.” E esse cara sempre
faz questão de deixar todo mundo na sensação de "quem ficou", porque só ele viu isso, só ele tem uma coisa importante para fazer. O resto tem que ficar ali naquela bagaceira pagando a conta. Aí, ele despede todo mundo e vai ser o mais espiritual que pode. Aí, sobra o dizimista. Quem é o dizimista? O dizimista é aquele cara que sai de casa com moeda no bolso, porque ele faz a conta e, se der para todo mundo, 23,30 reais, desgraçado, tem os 30 centavos. Ele não só tem os 3 reais, ele tem 30 centavos. E geralmente
o dizimista é legalista, não é dizimista, porque se ele fosse dizimista, ele incluiria os 10% do garçom, mas ele geralmente faz a conta sem os 10%, porque ele é só legalista. Aí, fica o ofertante. O ofertante é aquele que tira um tanto de dinheiro lá e fala: “Gente, aí está minha contribuição”, e vê o que dá para fazer. Aí, foi embora. Quem que sobra? Sobra o irmão. O irmão não é nem dizimista, nem ofertante. O irmão chega para você e fala assim: “E aí, irmão, quanto é a conta?” O irmão é aquele que quer assumir
com você a conta. Glória a Deus! Ele fica lá para assumir a responsabilidade. Então, isso é comunhão social, isso é partir o pão. Então, hoje nós temos outras enfermidades de segregação. Então, precisamos identificar hoje quais são as enfermidades a serem curadas, porque às vezes nós ainda estamos esperando o milagre de enfermidades que não segregam mais, só na expectativa do poder, sendo que a gente tinha que assumir outras enfermidades na perspectiva de revelar a glória. Amém. Então, às vezes estamos desenvolvendo ministérios que são resolutivos, mas não são redentivos. Então, a igreja não é para resolver o
problema de quem está com problema; a igreja é para promover o encontro por ocasião do problema, porque se não houver o encontro, você resolveu o problema, mas não redimiu a cultura. Então, a igreja tem que trazer uma cultura redentiva a partir da oportunidade do problema. Então, o problema é para resolver aquilo que é o problema principal, que é significar a riqueza e significar a pobreza, para que haja fluxo, para que haja comunhão, para que haja vento, para que haja rio. Só tem rio porque tem ingrediente de altura, só tem vento porque tem ingrediente de altura
e pressão e temperatura. Amém? Glória a Deus! Então, agora eu queria passar um vídeo para vocês. Voltando para aquele casal, quando foi nascer o Gabriel, foi um dilema, porque a família foi orientada a abortar. E aí, a gente teve a seguinte conversa com esse casal: "O Gabriel é um filho de vocês que não corresponde à expectativa que vocês tinham de filho, ou Gabriel é um filho de Deus enviado a vocês para que, ao adotarem o Gabriel, adotem o povo que ele representa?" Então, por isso que quando a gente gera um filho da carne, esse é
um parente, mas quando você gera um filho no espírito, você encontra um povo. Então, você está recebendo em casa o profeta daquele povo. Então, quando você recebe um problema em casa, e todo filho, por mais perfeito que você ache que ele seja, todo filho, se ele é filho de Deus, vai te trazer um problema. Então, todo filho representa para nós a pobreza, que significa a nossa riqueza. A mesma coisa que Jesus, sendo gerado pelo Espírito, trouxe para a casa de José um baita de um problema, porque agora José teve que mudar de cidade, né? Porque
temos filhos problemáticos? Porque não estamos assumindo a profecia do problema. Então, se você não adota seu filho como sendo filho de Deus, para representar o povo daquele problema, daquela pobreza, então eu faço tudo isso, eu curaro e anuncio Boa Nova aos pobres. Quando Jesus está falando dos pobres, no fim, ele está significando todas as enfermidades que virão no lugar daquelas. Então, precisamos entender qual a pobreza de cada época e qual é a pobreza que bateu à nossa porta e qual a pobreza que o... Filho que nasceu entre nós representa, porque ele é a boa nova
dos pobres. Então, você vai receber um povo, você vai aprender a língua dele, vai entender as demandas dele, você vai acolher. Amém! E foi assim que o Gabriel foi recebido. O Gabriel apresentou para nós os anões que a gente ignorava. Eu sempre gostei de contar histórias engraçadas, eu gostava de contar piadas. Eu contei muita piada de negro até ter uma filha negra; depois eu não vi mais graça nas piadas. Eu contei muita piada de anão até ter um filho. Ah, não! E aí as piadas já não perdem a graça. Agora eu conto histórias, já não
faço mais piadas, porque agora nós temos um anão na família. Existe uma piada muito triste: ninguém nunca viu cabeça de bacalhau, peça de freira e enterro de anão. Agora eu já vi enterro de anão, porque agora nós temos anões na família. Muita gente nunca viu o enterro de anão porque nunca teve um irmão. Ah, não! E foi muito interessante receber o Gabriel na família, porque se entra um paralítico, você tem a tendência de orar pelo andar; se tem um cego, você tem a tendência de orar pela visão. Porque a gente não tem a ideia da
relação, a gente tem a ideia de resolver o problema. E aí todo mundo ficou envergonhado da congregação, porque quem vai orar para o Gabriel crescer? Ele tem uma limitação; ele tem uma pobreza. Tem, mas é um defeito. Vai lá e põe a mão na cabeça do anão para ele crescer, sem passar pelo constrangimento. É tão forte isso que a família do Gabriel teve recurso para fazer uma operação nele para corrigir algumas comorbidades, porque todo anão, além de anão, carrega algumas comorbidades. A família dele tinha recurso, guardou dinheiro para operar o Gabriel, para corrigir o arqueamento
das pernas e do braço. Então, nessas operações, o Gabriel cresceu 20 cm. Você consegue imaginar onde o Gabriel enfrentou o maior dos preconceitos? Por ter sido submetido a uma operação onde ele podia crescer com os anões. Porque alguns anões deixaram de se relacionar com ele, acharam que ele estava querendo crescer, porque ele tinha vergonha de ser anão. A gente entender a gravidade da relação que a gente tem é o que quer adotar a partir do Gabriel. Essa família, nessa cultura de pastoreio, amém, formou uma organização chamada "Somos Todos Gigantes". Então, toda vez que a gente
recebe lá um problema, ele se transforma num movimento. Então, recebemos um filho autista; existe um movimento hoje lá de atendimento às famílias dos autistas. Recebemos o Gabriel; ele passou a ser agora o nosso representante, o representante da família dos anões. Então, hoje o Instituto "Somos Todos Gigantes" atende centenas de famílias que têm problema de nanismo. O Gabriel tem apenas 15 anos, mas é um homem e um pastor. Ele é um dos pastores na nossa congregação. E agora vocês vão ouvir o testemunho do Gabriel, que aconteceu ontem. Então, ontem a gente teve uma reunião lá, e
a gente tem tido uma prática de ensino colegiado. O Gabriel ontem estava junto com outros dois pastores da congregação, ensinando a congregação. Eu queria muito que vocês ouvissem o testemunho dele, o que ele é. Bem a propósito, aquilo que a gente está compartilhando vai ajudar você com a sua congregação. Amém? Porque ele é quase da sua idade. O Gabriel hoje já discursou no Congresso Nacional, no Senado, já foi recebido pela ministra quando ela ainda era ministra. E, através do trabalho feito por essa família, foi publicada no Brasil a primeira cartilha de tratativa do nanismo nas
escolas públicas do Brasil. Você tem ideia do nível de segregação? Quantos aqui já frequentaram o banheiro de rodoviária ou de posto de estrada? Quantos sanitários você já encontrou próprios para anão? Não tem! Na nossa congregação até hoje não tem um sanitário para anão. Você vê o tanto que a gente é lento. Amém? Então, aqui está a mesinha. Esse é o pai do Gabriel, é o Marlon. Eles fazem encontros anuais com as famílias ligadas; existem mais de 200 tipos de nanismo. Nanismo não é hereditário e nem congênito; qualquer casal pode ter um filho anão. Isso serve
como um alerta e serve como estímulo. Estou repetindo: qualquer casal aqui pode, por adoção também, ter um filho anão. Glória a Deus! Como existe a possibilidade de você parir uma filha anã, como aconteceu com eles! São mais de 400 mil anões no Brasil. Eles fazem encontros anuais; o último encontro deles foi no parque Beto Carrero. Então, depois você pode entrar lá no Instagram, lá "Somos Todos Gigantes", e você vai ver o testemunho de famílias e tal. Eles passaram lá três dias, quatro dias no Beto Carrero com a família, só com desafios na área de nanismo.
Eu queria que vocês ouvissem o Gabriel. Vocês vão ver uma breve introdução do pai dele, e aí o Gabriel está lá ministrando à congregação ontem, compartilhando testemunho dele. E vocês vão ver o que uma cultura pode produzir de transformação do entendimento. Tira mesmo! Ele não tem a ver com as paisagens que a gente vai ver ao longo do caminho, nem com a qualidade do asfalto que a gente pega, nem com o clima, se vai estar bom ou ruim. Ele tem a ver com as pessoas que a gente encontra no caminho. A nossa trajetória vai estar
sempre baseada na perspectiva de Deus pelas pessoas que Ele quer que a gente encontre e afete. Então, a pergunta que fica para nós hoje aqui é: qual é o caminho que você está tomando na sua vida? Como é que você está tomando essa decisão? Quais são as pessoas que você está considerando para tomar essa decisão? Se nós tivéssemos na pele de Paulo, nós iríamos para Corinto? Nós iríamos encontrar e afetar aquelas pessoas tão complicadas, cada uma com... Um problema diferente. Cada uma com uma diferença entre si. Nos nossos dias, se Paulo estivesse aqui, será que
ele cuidaria do Brasil? Será que ele viria para o Brasil? Será que ele se relacionaria com o povo brasileiro hoje, com essa confusão que nós nos metemos, com esse tanto de língua que a gente está falando aqui dentro desse país? Cada um fala uma língua. Cada um pensa de um jeito. Cada um quer uma coisa; cada um briga pelos seus próprios interesses. Será que nós seríamos o tipo de comunidade que atrairia um homem como Paulo? E, se eu acredito que atrairia, porque se ele for percorinter, ele viria para cá fácil, fácil, para resolver isso aqui.
O que é que nós vamos ficar nesse lugar? Nós vamos ser aqueles que queremos que os nossos caminhos sejam caminhos com estradas alemãs, clima céu de brigadeiro, para que não caia nenhuma tempestade na nossa trajetória. Um caminho em que eu vou para o lugar em que eu quero ir, decido ir, porque eu também não quero encontrar ninguém, nem no caminho, nem quando eu chegar lá, porque eu também não quero me envolver com ninguém, principalmente se essas pessoas pensarem diferente de mim, forem diferentes de mim, me derem trabalho. Será que esse critério de decidir as coisas,
de se envolver com as coisas de Deus e dos projetos humanos, vai me levar para o lugar que Deus tem para mim e para você? Eu não sei qual é o projeto que Deus colocou na sua vida. Não sei se é uma empresa, se é trabalho, se é relacionamento, se são amizades, se é uma viagem, se é uma mudança, se é participar dessa comunidade de fé, se é participar de outra, se é ter um pequeno grupo em casa ou não, se é se casar, se é prestar um vestibular. Mas, para que a gente decida o
caminho a seguir, a gente vai ficar usando o Waze ou nós vamos confiar na revelação trazida por uma relação, na vivência compartilhada, nos desafios que a gente enfrentar e não ter medo disso, não ter ansiedade com relação a isso, sabendo que são caminhos propostos por Deus? E se eles são propósitos por Deus, não tem como dar errado. Amém. E eu queria só, com essa introdução, passar a palavra aqui para o Gabriel, porque o Gabriel tem sido esse homem, apesar de estar fazendo 16 anos essa semana, que tem enfrentado essa trajetória e discernido esses caminhos. E
acho que ele gostaria de compartilhar um pouco desse testemunho conosco. Entendeu? Bom dia. Bom, para começar, a puxar um pouquinho do que meu pai falou, por que vocês estão aqui hoje? Pode responder. Então, muita gente vai responder aqui: "Eu quero, não porque eu quero adorar a Deus, porque eu quero louvar a Deus, eu quero conhecer Deus, eu quero me aproximar de Deus." Mas você pode fazer isso em casa. O propósito da igreja, enquanto o espaço, não é você se aproximar de Deus; é você se aproximar do seu irmão. Então, se você vem aqui só para
ouvir, só para que isso transforme o seu coração, só o seu coração, e que você saia e aí depois volte no outro domingo, mesma coisa, e siga esse ciclo, alguma coisa está errada. Sabe qual é o nosso problema? A gente acha que o almoço é só para comer. A gente acha que andar de Uber é só para chegar onde a gente quer. A gente acha que a igreja é só para a gente adorar, é só para a gente ouvir uma palavra, só para a gente cantar junto, louvar junto. Mas não é. Deus coloca, em todos
os momentos, encontros na nossa vida. Encontros! Só que a gente não valoriza. A gente chega em alguém, chega no irmão e pergunta: "Bom dia, tudo bom?" A gente não quer saber se está tudo bom; a gente só quer cumprimentar mesmo, porque é o normal, é natural. E até isso fica claro na resposta: que sempre está tudo bem com o outro. Sempre que você pergunta: "Tudo bem?" A pessoa vai responder: "Tudo." E você? Então, todo mundo está bem? Se for assim, seria ótimo, mas não é assim. O problema é que a gente não valoriza a relação.
Depois disso tudo, lá porque vai estendendo, mas eu creio que é bem pertinente o que nós estamos compartilhando aqui. Ele tem, vai fazer 16 anos, e está externando de maneira livre os seus desafios como pessoa e trazendo uma reflexão que não é do mundo do islamismo, é do nosso mundo, e ele está dizendo o povo que ele representa. Então, você está adotando um povo. Eu queria concluir e aproveitar aqui para, às vezes, alguém querer fazer alguma pergunta, algum comentário, mas colocar aqui esse desafio para a gente ter mais sensibilidade do que são as enfermidades e
as carências, as necessidades que hoje ainda representam segregação, né? Para que a gente não esteja querendo ajudar e resolver isso na forma de resolver o problema. Então, nós não podemos querer resolver o problema fazendo uma transferência de recurso, mas fazendo uma transmissão de virtude. Se você não estabelece a relação, você não resolveu a relação; você piorou o problema. Então, se a gente simplesmente levar o recurso para o pobre, nós pioramos a segregação. Se distribuir cadeira de rodas para os paralíticos, nós pioramos o problema, porque ele não faz parte da comunhão. E aí é mais cruel
ainda. Você quer ver uma crueldade que a gente está cometendo? A gente teve que abrir os olhos para isso: é dar curso profissionalizante em comunidade carente. Estudante significa no trabalho, é dar aula de dança e música para comunidade carente, porque aquela criança vai começar a pensar que só vai ser aceita se ele manusear bem o computador ou que ele vai ser aceito que agora ele dança igual a um cachorro de circo. Aí eu tô produzindo entretenimento para riqueza, justificando o gasto dela e desse significado à arte. Então, nós temos que conversar com a comunidade e
saber o que realmente vai significar, em vez de levar aquilo que faz sentido para nós e que às vezes não faz sentido para eles. Quem disse que é uma aula de computação que tá precisando, porque precisa arrumar um emprego? Também pode ter a escola de arte, pode ter escola de dança, pode ter o curso de computação, pode. Mas isso tem que ser conversado com a comunidade para ter respeito relacional. Se não, não é comunhão; é um esforço classista de inclusão. Nós estamos dizendo para ele qual é a única forma de ser aceito. Glória a Deus!
Aí nós estamos formando um empregado por excelência, mas não estamos formando um filho por vocação.