A CIDADE DA LUZ - Cristo, o Homem Primordial e o Templo Gnóstico no Apocalipse do Bruce Codex

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Viveka - Gnosis e Gnosticismo (com Alaya Dullius)
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Video Transcript:
[Música] [Música] Eh, eu fico um pouco agitada quando eu vou começar a dar palestra, porque eu sou muito introvertida, apesar de ter um canal no YouTube. Então eu fico ansiosa mesmo conhecendo vocês. Então eu vou ficar um pouco de pé para fazer uns introitos.
E a minha mente ela funciona um pouco como uma aba do Chrome com 80 abas abertas, sabe? Então assim, tem várias coisas que eu quero colocar para vocês. Então começo eu vou puxando assim uns uns pressupostos assim pra gente poder se estabelecer num local comum para entender um pouco do que eu trouxe do texto.
É um texto difícil. Mas eu não estou desestimulando vocês a conhecê-lo, pelo contrário, é aquele texto que é pra gente se sentir desafiado, instigado, a querer estudar ele, querer entender mais profundamente. Afinal, é algo que Jesus também transmitiu a seus discípulos.
Então, para nós, poxa, que riqueza que a gente tem a chance de conhecer textos assim descobertos ou encontrados ou comprados, né? Mas antes de tudo, eu queria fazer uma pergunta para vocês. Quem aqui fez primeira comunhão crisma e recebeu a hóstia?
Nossa, quanta gente. Não, estamos num estamos num país cristão, certo? OK, né?
Eh, porque eu quero tocar, o meu objetivo hoje é tentar trazer um dos pontos fundamentais desse texto para facilitar vocês, inclusive compreender a tradição gnóstica. Então eu vou falar do reino celestial e do homem perfeito, porque é como se fosse a mesma coisa ou tivesse uma correlação. Mas pra gente entender isso, é por isso que eu perguntei para vocês da hóstia, eu lembrei que lá na igreja tem o corpo de Cristo, né?
Que vocês põe na boca o corpo de Cristo. Que história é essa, né? Eu sempre achei esquisito.
Vocês me desculpem porque eu não fiz primeira comunhão e nem fez essas coisas. Então sou um pouco desatualizada com a forma que a igreja passou. Mas vocês já se perguntaram o que que é colocar o corpo de Cristo na boca?
Que coisa esquisita, né? O que que é esse corpo de Cristo? E o que que é o filho do homem?
Vocês já ouviram falar que Jesus, né, foi chamado de Messias, Cristo ungido? E no judaísmo e eles rejeitam Jesus, né, com Messias, tal, aquela coisa cultural. Mas no judaísmo também tem a ideia da vinda do Messias.
E o que que o Messias vai fazer? Ele vai restaurar o terceiro templo. Ele vai restaurar o templo de Jerusalém que foi destruído.
Por isso que eles estão lá no muro das lamentações se lamentando, né? Então, teve a queda do segundo templo historicamente, o templo físico, que não é o templo que a gente vai falar aqui hoje, no ano 70, quando os romanos destruíram tudo. E aí, teoricamente o povo judeu tá esperando vir aí o Messias restaurar um reino de paz na terra com o terceiro templo.
Não tá muito pacífico lá, né? É. E aí nas na em algumas igrejas também ficou essa ideia de que Jesus vai voltar, né?
A gente tá esperando aqui pacientemente, né? Fazendo nada, porque não depende da gente, é só esperar. Eu não, não acredito nisso.
Eu tô tentando. Eh, ele vai voltar, ele vai restaurar o reino dos céus. Então, a gente precisa fazer o quê?
Seguir a igreja? Eu acho que não, mas eu sou herética, né? Eh, então a gente tem essa ideia dentro da igreja de que a gente foi expulso de um paraíso e a gente tá esperando a volta de Jesus para ele restaurar o reino.
Então, essas são as ideias que eu quero que vocês tenham. Tem essa ideia de que a gente tá esperando o reino ser restaurado e o filho do homem vai restaurar o reino e o Messias vai estabelecer um novo templo e um reino de paz. Então, é disso que a gente vai falar aqui na minha apresentação.
O templo, o reino, a cidade celestial, o homem, o Messias, o Cristo. E o que que isso tem a ver com o Apocalipse do Códice de Bruce? Eu trouxe sim algumas passagens, mas eu não quero que vocês tentem ficar entendendo nas minúcias, nos pormenores, porque é difícil mesmo e é mais importante a gente entender essa ideia geral.
Só foi estabelecido pela igreja no concílio de Niceia em 325, que Jesus é Deus, né? Em 325 foi quando determinaram uma briga que Jesus então é Deus. Mas antes, como o Alberto tava muito bem colocando, Cristo é essa ideia de um poder metafísico celestial, uma luz transcendente e imanente, ou seja, dentro de nós, que nos conecta aquilo que há de mais superior no mundo divino, a que nos conecta ao rei da luz, aos filhos da luz, ao rei dessa cidade celestial.
E Jesus seria alguém que fez essa ascensão, que representa esse poder do Cristo na terra e que ensinou esse caminho. Em 325 que eles resolveram na igreja essa briga, porque pros gnósticos nunca teve dúvida. Então esse é um dos meus outros objetivos, que vocês saiam daqui distinguindo Cristo, o poder metafísico, logos divino dentro de nós e Jesus, o mestre de sabedoria que ensinou esse caminho.
Isso é muito bom porque a gente se aproxima mais de Jesus como humano. Ele não é, eu não tô desmerecendo ele, eu não tô diminuindo Jesus. Existe na tradição grega, inclusive a ideia dos homens divinos, os androstei, os homens que se divinificam, Pitágoras, Apolono, deitiana, Jesus, Zoroastro, Mani, Buda, por não, né?
Esses homens divinos são aqueles que se conectam com a centelha crística e são capazes de expressar o divino na terra e trazer, salvar as almas nesse sentido de ensinar esse caminho. Então eu vou passar as passagens com vocês para vocês verem que o como Alberto já introduziu, o sistema agnóstico é complexo, OK? E vocês vão ver Cristo aqui no meio e vão, vai ficar bem explícito que Cristo não é Jesus.
Ninguém tá falando de um homem de carne aqui nessa cosmogonia. Os gnósticos vão falar de um Deus desconhecido e dessas dessas várias camadas de manifestações, dos planos celestiais e de tudo que a gente vai passando até chegar a uma totalidade de Deus em nós e nós em Deus, né? E aí a gente vai começar a entender melhor o que que é o reino pros gnósticos, diferente de pra maioria das igrejas, o reino não é algo que a gente fica esperando voltar ou que a gente vai entrar depois da morte ou que a gente precisa obedecer, porque a gente desobedeceu Deus e foi expulso do paraíso, né?
Então agora a gente precisa obedecer, aceitar o dogma e aí entra no reino, senão tá fora. Pros gnósticos não é assim. E é isso que eu vou mostrar aqui para vocês hoje.
Então vamos entender. Então eu vou sentar, tá bom? Então vamos para o reino celestial.
Vamos começar com o trecho do apocalipse do códice de Bruce. Ele o elevou para que pudessem se esforçar em direção à cidade onde estão as suas imagens. É nessa cidade que se movem e vivem.
É nela que possuem o seu ser real. É a casa do pai, a veste do filho e o poder da mãe. É a imagem do pleroma.
Então, só nessa passagem, a gente já tem uma ideia de que o mundo divino dos gnósticos, que eles vão chamar de pleroma, plenitude, totalidade, é comparado à imagem de uma cidade celestial. Vocês vão ver eh essa ideia da cidade celestial ou do reino celestial. no hino da veste de glória, que tá aqui no livro do Bruce, e que foi adaptado para as crianças do Baresanes e foi adaptado para as crianças no cto da Pérola.
Um reino onde nasce a luz, um reino do oriente, onde há um rei dos reis, o rei da luz, e aí ele envia seu filho para fazer uma jornada para a terra e ele precisa voltar. Todo mundo aqui que eu acho conhece a parábola do filho pródigo. Então, eh, a gente vai lendo os textos gnósticos e a gente começa, opa, o templo, que às vezes é chamado de templo de Jerusalém, não é a construção de pedra lá em Jerusalém.
A cidade celestial ou a terra sagrada não é o lugar que eu volto atravessando um deserto. Isso é simbólico. E aí, inclusive os rosa cruzes, depois eles vão trabalhar com a ideia da Cristianópolis, a cidade onde vivem, a o colégio invisível dos que trabalham para os rosa cruzes, os filhos da luz também tem essa ideia de uma cidade especial onde que tem uma um formato geométrico especial também e que é onde habita o Cristo.
Então isso também é preservado em tradições posteriores, mas a gente vai compreendendo melhor que esse voltar à casa do pai, esse voltar ao templo esse reconstruir o templo tem a ver com o templo espiritual, que também é dentro de nós. É aí é que é a grande sacada. Os gnósticos eles vão trabalhar claramente, como Jesus coloca lá no Evangelho de Mateus, passagem que eu adoro, eh, que é que Jesus fala em parábolas e ensina os mistérios aos discípulos.
Então, é bem claro que quando ele tá falando de casamento, ele não tá falando de uma festa. Quando ele tá falando de noiva, ele não tá falando de uma mulher com vestido branco. Quando ele tá falando de semente de mostarda, ele não é um agricultor.
E quando ele tá falando de cidade celestial, de nascer de novo, tudo isso é simbólico. Os gnósticos trabalham muito com o símbolo. No evangelho de Felipe, eh, é posto na boca de Jesus de que ele vai explicar as verdades sem imagens, mas que no geral as imagens a os ensinamentos vêm ao mundo envolta em símbolos.
E a gente precisa compreender isso para compreender o ensinamento espiritual de Jesus. Então, esse é algum dos dos temas, né? O reino de Deus.
O que que é o reino de Deus? Ele é lá, a gente acessa depois da morte ou ele é aqui? Ou ele é aqui lá.
Tô complicando vocês. O pleroma, o homem celestial, o templo, a casa do pai, a cidade da luz e o que que é tornar-se homem perfeito. Todos esses temas eles se entrelaçam, são só formas de colocar ensinamentos que se correlacionam e às vezes é até a mesma coisa.
Então, por isso eu vou tentar fazer esse, eu vou jogar para vocês e a gente tenta absorver a ideia geral. Mais um trecho do apocalipse. O pai tomou por inteiro a imagem deles e a fez uma cidade ou um homem.
Tá vendo aqui? Ele já tá falando é uma cidade, mas é um homem. E aí formas de colocar a imagem deles aqui, eles é os poderes celestiais, as profundezas do divino.
É um linguajar típico aqui desse apocalipse. A imagem de todo esse mundo divino fez uma cidade ou um homem. Ele retratou a totalidade nessa cidade ou nesse homem.
Isso é, todos os poderes do pleroma. Que que isso tem a ver com a gente? Muitos de vocês já conhecem os as ideias herméticas, a correspondência do micro e do macro, né?
Macrocosmos, microcosmos. Os rosa cruzes também exploram muito essa ideia. O homem é considerado o microcosmos do macrocosmos.
Que papo é esse, né? Essa ideia do reflexo, que a gente é feito a imagem e semelhança. Alguém já ouviu que o ser humano foi feito a imagem e semelhança de Deus?
Tá aí. Todas aquelas coisas estranhas que às vezes a gente ouviu na na missa, leu na Bíblia e ficou assim: "Que papo é esse? " A gente nos gnósticos eles destrincham, eles detalham, eles aprofundam.
Aí você fala: "Hum, tinha algo por trás desse ensinamento, né? " Então, no hermetismo é muito explorada essa ideia de assim acima como embaixo, dentro como fora. E no mito gnóstico de criação, o mundo, o nosso mundo dos sentidos, da matéria, das sensações, ele é um reflexo, uma cópia do mundo espiritual.
Como lá em Platão, as sombras da caverna são sombras de objetos reais refletidos de trás de uma chama, de trás de um fogo. Objetos reais entre aspas aqui, tá? E essa ideia de que a verdade vem ao mundo envolta em símbolos.
Então é isso que eu quero que vocês mantenham em mente pra gente acessar o códice de Bruce. Mas antes, né, citando um pouco também o maniqueísmo. Eh, o Alberto citou também hoje mais cedo os textos de Mani no século sempre os datas quatro três, que o Mani é duas gerações depois do Bardesanes.
Então essa tradição gnóstica lá de Bardesanes chega em mani e surge o maniqueísmo. Provavelmente todos vocês conhecem o maniqueísmo como a dualidade, luz e trevas, mas tem muito mais do que isso. Isso é um reducionismo muito bobo, né?
A gente nem deve usar essa ideia maniqueísmo para expressar isso. Então, existem esses fragmentos que o Alberto citou que também foram descobertos e futuramente haverá um livro gnose de mãe e a gente também vai publicar um dia. A lista tá grande.
E na numa cruniquismo encontraram essa imagem que vocês estão vendo aí. Eh, eu acho que é, tava dos manuscritos ou em cavernas, tinham, encontraram várias coisas, até na China encontraram o texto dos maniquos. E essa é uma imagem que retrata uma cidade celestial.
E vejam que tem assim vários degraus antes dela, como uma escada de Jacó, como os sete arcos que a alma precisa vencer, os sete portais, né? Aqui não são sete, né? são mais, mas essa ideia de que há um uma escala até você chegar nos portões da cidade celestial, atravessar o deserto, as provações, atravessar o grande oceano, o mar que envolve as águas do caos para voltar à terra natal.
Lembram de outra história que tem a ver com isso? Atravessar o mar, voltar à terra prometida, né? Então, a as coisas são muito mais simbólicas, né?
E a Mani fala dessa cidade. Então, vamos só ver o que ele fala pra gente entrar no Bruce. Eu me retirei do mundo e me dirigi para o Senhor.
Eu encontrei a terra da luz e segui o caminho para a cidade dos deuses. Comunguei com a retidão enquanto eu estava no corpo. Me afastei das emoções sensuais.
Tornei minha alma pura. Aliás, eu acho que essa tradução é da Dani, viu Dani? Da Dani e da Jan.
No insuperável mundo da luz, os muitos lugares de natureza sutil e admirável são como grãos de areia em número. Então tem muitos lugares admiráveis no insuperável mundo da luz, como grãos de areia, né? A gente lembra até do do universo com todas as galáxias, cósmos, tem centenas de milhares de bilhões de galáxias, né?
Não que seja a mesma coisa, mas é uma imagem interessante. Essas muitas terras têm solos adamantinos preciosos, irradiando luz para baixo, desde o passado obscuro até agora e para a eternidade, com incontáveis matizes miraculosos iluminando um ao outro. Então, a ideia de um mundo da luz.
Aquele mundo, o seu pavimento é divino. Seu pavimento divino é de uma substância adamantina. aparece muito essa ideia do diamante nas tradições budistas e gnósticas e o bani também, né?
Eh, um pavimento divino que não se abala jamais. A quem quer que seja permitido viver naquele lugar, será eternamente livre de preocupações e sofrimento. No budismo, a gente tem tuchita, a terra pura, aqueles que se libertam do sansara, né?
Eles entram em outra região, onde não há sofrimento, onde é pura luz. Vejem, vejam os paralelos, né? E por fim, a fonte do bem, a linguagem platônica, está na região da luz.
O rei da luz é a árvore da vida. Então, só para estabelecer que no maniqueismo a gente também tem essa ideia de uma cidade celestial. E disse Deus: "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança conforme conforme a nossa semelhança.
E criou Deus o homem, a sua imagem, a imagem de Deus o criou. Homem e mulher os criou. " Só pra gente lembrar que também tem essa ideia do microcrocosmos expressado no Gênesis e no Evangelho de Tomé.
Não, só um pulo. Então, eu não comentei que para muitos o reino de Deus é um é uma coisa distante? A gente tem que ser ovelhinhas obedientes, paga o dízimo, eh, faz a confissão, aceita a estremunção, né?
obedece o padre e aí aceita que Jesus é Deus, que morreu e ressuscitou no terceiro dia e aí tá salvo. Depois é, morreu por nós, coitado. E aí quando a gente morrer, a gente vai voltar pro reino de Deus.
Mas no evangelho de Tomé não é assim. São só três sentenças da 114 que tem lá no Evangelho de Tomé. Jesus fala muito sobre o reino de Deus, né?
Jesus disse: "Se vossos guias vos disserem o reino de Deus, o reino está no céu, então as aves vos precederam. E se disserem que está no mar, então os peixes vos precederam. " Vocês já viram aquele filme Estigmata, ele fica citando essa passagem.
Mas o reino de Deus está dentro de vós e também fora de vós. Se vos conhecerdes ao conhecimento agnoses de si, sereis conhecidos e sabereis que sois filhos do pai vivo. Ah, então não é só Jesus que é o filho único do pai, não.
Todos que aqui conhecem a si mesmos se tornam filhos do Pai vivo, porque o reino está em nós. Mas se não vos conhecerdes, vivereis em pobreza e sereis essa pobreza. Pobreza material, não, pobreza espiritual, pobreza de alma, né?
Pobreza de caráter. No 77, 77 aqui é o número do dito do 114. Eu sou o todo.
O todo saiu de mim, o todo voltou a mim. Rachai a madeira, lá estarei. Erguei a pedra, ali me encontrarás.
O reino de Deus está em vóz e em todas as coisas. No 113, os discípulos perguntaram-lhe: "Em que dia vem o reino? " E aí os discípulos também estavam esperando essa história de reino.
É, o Messias veio. E aí? E o reino?
Cadê Jesus? Você não vai restaurar o reino? Como é que é?
Então, que dia que vem o reino? Jesus respondeu: "Não vem pelo fato de alguém esperar por ele. Então cancela aí todas as igrejas.
Ninguém tá esperando aqui. Não vem pelo fato de esperar. Nem se pode dizê-lo.
Ei-lo aqui, eio a colá". Não está em um lugar específico. O reino de Deus está espalhado por toda a terra, mas as pessoas não o vem.
Esse é o problema. Não tem vídeia, olhos para ver. Então, e o reino?
Agora a gente vai focar nisso que eu queria focar com vocês. O reino, a cidade e o homem, que o homem feito a imagem e semelhança e o reino que está em nós. Qual é a relação?
lá no Bruce tem um pouco sobre isso. Como o Alberto tava dizendo, isso aqui é só para ilustrar. A cosmogonia, cosmologia gnóstica é bem complexa.
Então começa com muitas divisões. Tem o um, o 60, o 12. E eles vão se espalhando em várias camadas de mundos divinos.
Não é um Deus lá e nós aqui, criador e criatura, pronto, acabou. Não tem camadas de mundos divinos até chegar na formação da humanidade. E cada um dessas camadas divinas também vai estar associada a a um a à paz, a vida, a justiça, à verdade, ao conhecimento, ao amor, à graça.
Cada um vai representar também uma qualidade divina. Então, é como se os gnósticos tivessem nos dando um mapa que está dentro de nós pra gente acessar aquilo que a gente perdeu. Não porque foi perdido, mas porque tá escondido.
Ele foi envelopado em muitas cascas e camadas e camadas e ficou sufocado dentro de nós, porque o corpo é como essa prisão que eles vão colocar. Mas não é sair do corpo ou matar o corpo, é perceber as camadas. e abrir os olhos, olhos para ver que veja que Jesus tanto fala para essa verdade dentro de nós.
Ao encontrar agnoses da verdade, esse conhecimento, alcançamos a libertação, a tal da verdade que liberta. E isso começa com o um, que para os gnósticos não é o Deus criador, mas essa unidade transcendente. E é assim que começa o apocalipse de Bruce.
Eu não vou trazer um resumo pro Alberto não ficar nervoso do apocalipse inteiro aqui para vocês, tá? Eu só peguei o essencial do começo pra gente poder entender. Então, o apocalipse começa falando do um, como muitos outros textos gnósticos e filosóficos.
O um é chamado de pai dos pais ou prépai ou pai do todo. Lá no contra as heresias do Irineu, ele vai ficar reclamando que os gnósticos ficam falando de um pré-pai que tem um pai antes do pai. Eles estão malucos.
É porque o Irineu não entendia. Mas aqui é só uma forma de colocar. Então vocês vão ver muitos pais, mas esse é o pré-pai, é o pai dos pais ou o rei dos reis.
Aqui no conto da pérola também tem o rei dos reis. é a mente espiritual antes de todas as mentes. Ele é além da profundeza, é solitário, invisível, inominável.
Isso é neoplatonismo puro. Aqui é mistério pleno, completude do pleroma eterno e não gerado. Ele contempla a si mesmo.
Tudo retorna a ele. É a fonte primeira. Os neoplatônicos, que é uma filosofia logo junto com os gnósticos, usam a ideia de uma fonte, uma fonte de três, aquelas fontes de jardim, né?
Tem três. Aí a primeira derrama na segunda e derrama na terceira. A ideia aqui sobre o um é que o um ele é tão pleno que ele transborda.
Isso é a ideia da emanação. Ele transborda a si mesmo e por isso ele é a fonte primeira. Mas a água que cai no chafariz é a mesma água que tá no topo.
Ela não é diferente a que tá lá embaixo. Isso é legal pra gente entender o simbolismo. Ele é o bem que compreende todos os bens, a semente garba de todas as coisas boas.
O santuário dos santuários, o não contido de onde tudo parte e para onde tudo retorna. Esse é o que vocês vão encontrar às vezes sendo chamado de o Deus desconhecido dos gnósticos. Aí eu pergunto para vocês, faz sentido rezar para esse Deus para pedir um carro novo e para passar no vestibular?
Não faz sentido, né? Porque é transcendente, é a unidade por não é um um deus, não é um cara sentado lá em cima que me faz favores porque eu fui bonzinho. Mas a própria fonte da vida é a fonte da luz.
E os mundos residem nele e são envolvidos por ele. Aqui a gente começa a ter a imagem de um mundo, de uma cidade de camadas, né? Vocês lembram desde que a gente é criancinha, a imagem que a gente tem de Deus?
Como é que é a imagem de Deus? Um velho barbudo sentado num trono. Cabelos brancos.
Cabelos brancos. É isso. Aparece em textos da mística judaica, como no Zorrar, acho, né, pai?
Parece no Zorra. E também aparece em textos gnósticos essa imagem de um homem. E daí vem a ideia do homem nos textos gnósticos.
Mas a gente não deve pensar nele como um ser ou uma pessoa, alguém que tem autoconsciência, tem evolição, tem vontade, gosta mais de um e gosta de outro, né? Não é um ser. É uma imagem que esses grupos criam para expressar o quanto nós somos semelhantes a essa esse poder divino.
E por isso a gente consegue acessar a partir do autoconhecimento. E aí aparece então o segundo. Estávamos no primeiro, vamos para o segundo que é chamado de o segundo lugar no apocalipse de Bruce.
Aqui é a ideia de um demiurgo. Demiurúgo significa criador. E é um demiurgo bom, tá?
Esse aqui não é o do apócrifo de João, que esse é mais lá embaixo é a raiz da ignorância que nos prende no mundo, o mal, né? O demiurgo mal. Aqui é a ideia do que o Alberto estava falando desse logos criador, um demiurgo bom.
Esse também é pai, o outro era o pré-pai, agora esse é o pai. A gente tem muitas paternidades nos textos gnósticos. também é chamado de nuls, que é um nos textos do corpus hermético tem muita cedé o nuls no platonismo também.
E esse é chamado de o homem eterno. Então eu pus essa imagem pra gente sentir isso. É como se a unidade eh se expressasse nesse derramamento na imagem de um homem, mas não é um homem, né, gente?
Ele também é chamado de o pilar superior. Pilar. Pilar lembra coisa de construção, coluna, pilar e também de supervisor.
Os eons formam uma coroa em sua cabeça. Aí começa a descrever. Olha que interessante.
Lá na Cabalá, na Cefiró, tem Kter, a coroa. É a primeira das 10 manifestações do Asof. Talvez tenha alguma coisa a ver.
Os contornos de sua face é desconhecido aos mundos externos. E o seu logos se dirige a eles. Então o logos começa a se mover em direção aos mundos externos.
Olha que imagem bonita. Ah, leiam o Evangelho de João. O logos como a luz que vem ao mundo.
Também tem aqui essa ideia. A luz de seus olhos penetra os espaços do pleroma. O logos, a palavra nesse sentido, mas o logos é um poder, né?
O logos de sua boca penetra o que está acima e abaixo. Os cabelos de sua cabeça são o número de mundos ocultos e os limites de seu rosto são a imagem dos eons. Os fios de sua barba são o número dos mundos externos.
Aqui a gente começa aquele imaginário de Deus que ficou no popular, mas é bem diferente do quando a gente lê filosoficamente, né? A extensão de seus braços é a manifestação da cruz. O surgir da cruz é o homem incompreensível.
Esse é o pai, a fonte que brota do silêncio. Dele surgiu a mônada como uma centelha de luz. E essa mônada moveu todas as coisas.
Vocês conseguem sentir como é o divino movendo-se e se expandindo e se derramando e e gerando essa miríade de mundos divinos e camadas celestiais? Isso aqui é Jesus? Não, gente, isso aqui não nasceu na Galileia e não foi Nazareno, não falou aramaico.
São poder celestial, metafísico. Então é daí que os gnósticos vão diferenciar, né? A heresia ariana, que muito mais a ver com o que Jesus ensinou, né?
Que Cristo é diferente de Jesus, que o homem é diferente do poder divino que ele manifestou, né? E aí a igreja chamou de heresia. Não, eles estavam certos.
da igreja que complicou as coisas, misturou tudo. O pai deu origem a Eneda, eu coloquei aqui que alguns conhecem esses termos, né? E o pai gerou a si mesmo.
Ele é a sua própria mãe e pai. Complicado de entender, né? Mas ele possui em si a dualidade do equilíbrio das duas forças do cosmos.
Ele gera si mesmo com as duas forças. É por isso que às vezes o homem celestial nos textos gnósticos é descrito como andrógeno. E vejam só, o seu pleroma, sua plenitude circunda 12 profundezas.
O pleroma veio à existência por meio do logos do homem eterno. Esses são os mundos onde surgiu a cruz e o homem. E esse é o homem perfeito.
Um trecho. Os mundos externos contemplam ele, esse homem perfeito, assim como o homem contempla o céu estrelado, mas ainda deseja ver o sol. Achei tão bonito.
A gente contempla o céu estrelado porque esse homem perfeito é a imagem do um. O um é o sol, mas a gente consegue ver as estrelas, o mapa que surge com o reflexo do sol brilhando em todos os órbes celestes. E ele criou o sagrado pleroma com quatro portantes.
E aí eu usei uma imagem indiana aí para ajudar a ilustrar para vocês. O sagrado pleiroma é como um templo com quatro portões. E aí ele fala que são quatro mônas, mas môn é uma coisa indivisível.
Como é que faz? É porque existe uma unicidade em cada portão. Mas uma môn mais outra mônada dá uma môn, não dá duas.
É a expressão do um nas várias camadas. Seis auxiliares sustentadores, seis pilares em cada portão. Então tem o pilar central, que é esse homem celestial.
que não é gênero, não é homem nem, tá? E ele é o pilar, o sustentador. E ele tem quatro portões.
Em cada portão tem seis pilares, que dá 24. E aí é que eles começam a descrever o palácio divino. Em cada portão há um supervisor de aspecto triplo.
Então a gente tem o homem, os quatro portões, os seis pilares. Em cada um desses portão tem um supervisor de três faces, três medistos, uma face não gerada que olha para os eons externos de fora, uma face verdadeira que olha para dentro, paraeteus. Aqui é esse a referência sete, o filho de do Adão celestial.
Aqui, ó, o Adão celestial é esse homem perfeito e tem sete, o seu filho. Os gnósticos vão falar disso. E uma face inefável que tem a descendência em cada mônada.
Essa face inefável é chamada de guardião do santuário e fita dentro do Santo dos Santos e se volta para o lugar do supervisor, que é a criança. Hum, que nó, né? É complicou, mas só pra gente ouvir, não precisa entender.
Mas lembrem que a gente tem o homem que foi gerado como um supervisor. O segundo, o um, a primeira imagem é o supervisor. Ele é o logos.
E aqui ele vai ser associado à mônada, a centelha de luz, o homem perfeito e a criança. Agora Jesus não falou que o reino dos céus é das criancinhas, que aquele que não nascer de novo e não se tornar criança não vai entrar no reino. Eu gosto muito de crianças, mas eu acho que ele não tava falando de criancinhas assim de 5 6 anos.
essa primordial, é essa, esse filho primordial, aquele que veio do homem perfeito. Enfim, é só pra gente pegar a imagem, né, pra gente entender racionalmente. E vejam que na tradição cristã, inclusive ortodoxa, tinha essa ideia de um Cristo Jesus com três cabeças.
Alguma coisa que eles pegaram nesse espaço do aspecto inefável, né? Tenho inefável, é que a minha mente cognitiva não consegue aprender. Ifável, além de toda a compreensão.
Então tem o mais incompreensível, tem o que representa a verdade e a totalidade e tem o que se expressa nos mundos externos. São três camadas. É só isso basta pra gente entender.
Então, nesse aspecto inefável, tá aquele que é chamado de um antepassado. E o antepassado é circundado pelos 12 bem-aventurados ou crestos. A palavra grega crestos, que é os bem-aventurados, os homens bons.
Lembra alguém? É Jesus aqui, o antepassado no espaço inefável, no pleroma de Seteus, junto ao pai indivisível, circundado pelos 12 bem-aventurados. Será que ele tá falando de João?
Não, André, Pedro, Thaago? Não é, não estamos falando de pessoas, estamos falando de poderes celestiais. Ali está o Adão de Luz.
e os seus 365 e ons é muita cosmogonia. E ele circunda 1/6 da imortalidade, onde contém esse mundo, né? No Santo dos Santos há uma profundeza chamada luz.
Eles, o texto vai falar de várias profundezas. Tem 12 profundezas, cada uma das 12 tem três aspectos. Cada um dos aspectos é uma qualidade, uma virtude, um poder divino, né?
E tem uma profundeza chamada luz. A mãe do todo é a imaculada. Quem é Imaculada?
a mãe do Cristo, a que dá a luz ao filho único gerado. Vejam que a a tradição religiosa pegou algo que era profundamente metafísico e filosófico e puxou por concreto e botou no chão e transformou num dogma que não faz sentido pro nosso mundo, porque era um ensinamento espiritual, não era um dogma material. Corporificou.
Exatamente. Então, a mãe do todo é imaculada. Quer dizer, ela é pura luz, ela é não contaminada, ela participa da perfeição, totalidade e ela dá a luz ao filho que vai expressar essa luz em direção ao mundo e vai ser o criador das camadas da cidade celestial.
Essa é a luz que não pode ser dividida. Há um local que há uma profundeza imensurável. Lá está o tesouro que dá vida ao todo.
Aí lá no P Sofia vocês vão ler sobre o tesouro de luz. O texto tá dialogando em relação ali. É um altar com três poderes e no meio deles está Cristos.
Ah, apareceu Cristo aqui no texto, a palavra Cristo. Cristo possui 12 aspectos. Esses aspectos são fontes preenchidas com água da vida.
Não é Jesus e os 12 discípulos, até porque ele tinha mais discípulos do que 12. Cristo e os seus 12 aspectos expressam o mundo divino. E Cristo coloca em cada um desses aspectos um selo e envia eles para o um.
Aqui Cristo serve de mediador entre o um e a criação divina e depois nós. Por isso que Cristo é o Salvador. Por isso que Cristo é o caminho.
Ele faz a ponte entre o divino e nosso. Porque ele está em nós, mas ele também participa da totalidade. As 12 paternidades envolvem setus.
Pulaem um pedaço do texto e sustentam uma coroa em sua cabeça. Ceteus aqui é o que vem depois de Cristo. Cristo é como se fosse um habitante dentro de Ceteus.
E Ceteus é o seu auxiliar que age mais abaixo nas camadas de manifestação, que é sete, né? E ele também tem uma coroa com 12 paternidades. O Logos está oculto em Ceteus.
Seteus reina através da mônada do filho único que está oculta nele. É como um navio. Seteus é como um navio carregado de todas as boas coisas.
é como um campo com todos os tipos de árvores. Ele sustenta os mundos e os poderes. E aí o texto vai dar uma imagem para nós de que Seteus, ele sustenta em sua mão direita eh 12 paternidades e em sua mão esquerda 30 poderes.
E aí são mais descrições que tem essa essa imagem de sustentarem suas mãos e coroa em suas cabeças e da coroa emana raios. Então, daí ficou o nosso imaginário dessas dessas imagens divinas, né? Aí aqui a minha filha, não tá aqui.
Aqui a minha filha. Olha só, eu usei um desenho da minha filha, gente. É corujice.
É, mas é porque eu achei muito bom. Que aconteceu? A gente tava viajando de avião e ela olhou nas nuvens, né, que o bonito criança adora.
A gente devia manter esse espírito de de admirar a beleza, né? Eh, e ela chegou de viagem aqui em Brasília e começou a desenhar. Ela não sabia que eu falava, que eu ia falar dessas coisas.
Eu falei, vou ter que mostrar pro pessoal. Ela captou da minha mente porque ela desenhou um reino nas nuvens. Aqui é para ser as nuvens, tá?
Um reino nas nuvens celestial que tem cinco árvores e 12 casinhas. E eu não falei para ela colocar 12 casinhas. Falei: "Gente, vou ter que usar".
Vejam essa passagem do do Bruce Codex. Na segunda paternidade há cinco árvores e no meio dela, um altar. Um logos único gerado encontra-se no altar, tendo 12 aspectos da mente do todo.
Ante ele estão dispostas as preces de todos os seres. Então, Lara, você retratou muito bem aqui. Obrigada.
Tem o palácio, as 12 e as cinco árvores. E ela ainda botou uma cachoeirinha que derrama a água da vida lá do céu. Esse número aqui é o capítulo do Códic de Bruce, tá?
Ele tem 22 capítulos. Eu trouxe só uns pedaços. Então, vamos só absorver.
Quando Ceteus enviou a centelha de luz ao corpo indivisível, ela brilhou e deu luz a todo lugar do sagrado pleeroma. E eles, contemplando a luz da centelha, alegraram-se e proferiram miríades e miríades. Miriades eram milhares de milhares, né, de louvores em honra a Ceteus e a centelha de luz.
Centelha de luz é o logos, é o Cristo que se manifestou, vendo que nela estavam todas as suas semelhanças. Eles modelaram a centelha entre eles como um homem de luz e verdade. Peguei essa passagem para destacar.
Olha, os poderes celestiais modelaram a centelha de luz como um homem de luz e verdade. Aqui a gente vem com a ideia da imagem do homem, o homem celestial. Lá no capítulo 12, agora, ela, a mãe do todo, ordenou o filho primogênito de acordo com a ordem do tríplice poder.
Ela deu a ele os primeiros frutos da descendência ocultos nela. Ele, esse filho, quem é o filho? Ele fez surgir tudo que é puro na matéria.
Fez um mundo, um e uma cidade. São chamados incorruptibilidade. E Jerusalém, a Jerusalém celestial, não a geográfica.
Também são chamados à nova terra. Esta terra é uma terra que gerará deuses e dará vida. Isso é o que foi dito sobre o homem chamado sensível, nós sensível de sentido, sensações.
Ele foi modelado e criado de acordo com esse tipo de terra, a sua imagem e semelhança. E se a gente foi feito a imagem e semelhança, o mapa tá em nós. Essa essa é a sacada.
Lá no 15, essa imagem aqui é do das 10ó Cefiró, as 10firas. E a de cima aqui, eh, tem a coroa. No 15, ele recompensou aqueles que se libertaram da matéria.
Assim, tornaram-se felizes, tornaram-se perfeitos, conheceram o Deus da verdade, compreenderam o mistério que se fez homem. Vocês lembram do mistério que se fez homem? Na igreja ficou essa expressão, né?
E por que motivo ele revelou a si mesmo para que pudessem vê-lo? Pois em verdade ele é o invisível e por causa deles ele revelou o seu logos para que o conhecesse e dirigindo-se a ele se tornassem divinos e perfeitos. Essa passagem tá dizendo: "Cristo veio ao mundo, Cristo cósmico veio ao mundo e revelou a si mesmo a todos aqueles que ah que buscam tornarem-se divinos e perfeitos.
Ele se revela dentro de nós. " 18. Quando a mãe terminou de orar ao ilimitado cognocível que preenche o todo e dá a vida toda tudo, ele a escutou e também escutou aqueles que estavam com ela, pois todos pertencem a ela.
E enviou a ela um poder de luz que se manifestou através do homem que eles desejaram contemplar. Aqui é só pra gente reforçar a imagem do homem que a gente contempla. Só que a gente não contempla fora, a gente contempla dentro.
E o pai selou esse filho, o homem dentro deles. Aqui tá explícito. O pai, aquele pré-pai, o pai celestial, selou o filho, a mona da centelha de luz, dentro daqueles que buscam contemplá-lo.
Selou dentro deles para por quê? Por que que ele selou? para que assim possa conhecê-lo em seus interiores.
Esse é o objetivo. E o logos moveu-se para dentro de si mesmos para fazê-los contemplar o logos em nós, fazê-los contemplar aquele que é invisível e incognocível. E o pai tomou por inteiro a imagem deles e a fez uma cidade ou um homem.
Ele retratou a totalidade nele. Isso é, todos esses poderes do pleroma, cada um conhecia sua imagem nessa cidade. Cada um deu miríades de glórias ao homem ou à cidade do pai que está no todo.
E o pai recebeu as glórias e fez da glória uma veste que envolve o homem. Daí a veste ou a veste que é explicada em textos aqui nesses livros. E aí eu vou terminar, acho que tem só mais dois slides, mas esse aqui vai ser só descritivo.
Então a gente tá tentando ver que a imagem, nós fomos feitos a imagem e semelhança do homem celestial. E, portanto, Adão e Eva não são pessoas que se multiplicaram por aí, gerando bebezinhos, tá? São a imagem da humanidade simbolicamente.
E há um Adão celestial, que é a imagem desse homem perfeito. Quando eu falo homem perfeito, é porque aparece nos textos esse termo técnico. Inclusive, os cátaros usam a expressão os perfeitos, se tornar perfeito, né?
Os os enênios também. Então, a gente vai encontrar tanto no apócrifo de João, aqui no no apócrifo de João, tem uma descrição de que os os poderes criadores da matéria, os arcontes com os as potestades e os daimônios vão moldando o corpo humano físico, eh, e colocando cada aspecto desse corpo ligado a um aspecto psíquico da nossa mente, das nossas emoções, os vícios, as virtudes, né? E eles vão descrevendo partes do corpo.
Mas isso é a equivalência ao homem celestial, que também descreve a cidade como se fosse partes de um corpo, de um grande corpo que como uma cruz se estende para os quatro cantos. Ele fez em seu ventre a tipologia do sagrado pleroma e ele fez os seus nervos saírem uns dos outros de modo a serem miríades de poderes. E fez os 20 dedos das mãos e pés a semelhança das duas décadas, a década oculta e a década manifesta.
fez seu umbigo a semelhança da mônada oculta em ceteus. E o intestino grosso, ele fez a imagem de ceteus. Intestino grosso, achei sacanagem.
O intestino delgado foi feito à semelhança da enéada deus e fez seu peito como o interior do sagrado pleroma. Ele fez seus joelhos de acordo com o que está em repouso e é solitário e de acordo com o que é incognoível, impossível de se conhecer e que serve ao pleroma do todo. Joelhos sustentam, né?
Não sei. Ele fez seus membros de acordo com o tipo da profundeza, onde estão as 365 paternidades. A Laia tem a ver com o ano?
Tem. Tem os sete planetas, que são sete arcontes. Tem os 12, que se relacionam aos aos signos, eh, as estrelas fixas, as estrelas andantes, os ciclos do sol e os 365.
Então, tem a ver. E fez pelos ou cabelos de acordo com o tipo dos mundos do pleroma. preencheu-os com sabedoria semelhante à sabedoria plena, ou seja, a sabedoria está expressa no mundo.
E preencheuo com os mistérios interiores a maneira de serus, e contemplou-os com os mistérios exteriores a maneira do corpo indivisível. Ele o fez incompreensível como um incompreensível que está em todos os lugares, que é o único no todo. Ele fez seus pés, pé direito segundo o tipo do todo visível e o pé esquerdo segundo o tipo da mãe, abaixo de todas as coisas.
Não tentem entender, gente, não é racional. Ele criou os quatro cantos de acordo com os quatro portões. Então, o mundo é uma cópia dos portões do pleiroma.
Tem os quatro portões lá no sagrado pleiroma e os quatro cantos do mundo. Como de acordo, ele fez duas coxas de acordo com o tipo das miriarquias, que é milhares de monarquias, né, que estão à direita e à esquerda. e criou suas necessidades, as genitálias, segundo o tipo daqueles que se externalizam e daqueles que se interiorizam.
Ele tá começando a expressar o mundo em formas, em imagens, né? E fez seus dois quadros quadris, segundo o tipo do silêncio dos mistérios ocultos. Esse é o homem ou cidade que o pleroma contemplou na centelha de luz.
Esse é o homem ou cidade que o pleroma contemplou na centelha de luz e viu suas semelhanças ali. Moldaram um homem chamado Pantomorfos, que tem muitas formas, a sua semelhança, ou vestiram a centelha de luz no corpo estelar. A ideia de que a centeira de luz em nós carrega essa imagem do homem ou da cidade celestial.
Esse é o homem que foi feito de acordo com cada e é ele que o todo desejou conhecer. Este é aquele que é o perfeito e é o homem Deus. Jesus ensinou sobre isso porque ele passou por esse processo.
Não existe nada fora dele, mas a totalidade existe nele. E aí a gente volta pro Evangelho de Tomé. O reino de Deus está em vós, em todas as coisas.
está espalhado pelo mundo, mas as pessoas que não vem, ele é o limite para todos, pois a todos envolve e todos estão contidos nele. Ele que é o pai dos eons existindo antes de tudo. Não há nada fora dele.
Não há nada fora da unidade, só há a unidade. É a ignorância que faz a gente se apegar às formas, às sombras, aos reflexos da multiplicidade. Eles contemplam a sua inefabilidade que está dentro de todos, pois ele coloca um limite a todos, mas eles não o compreenderam.
Eles se maravilharam ante ele, pois ele lhes delimita. Eles se esforçam. E aí o texto ficou rasgado.
Então eu vou falar e aí a gente que se esforce também, né? E aí o último slide para lembrar que no Evangelho de Maria Madalena, a Jane vai falar de Madalena amanhã de manhã tem essa passagem: "Tomai cuidado para que ninguém os desvie do caminho, dizendo por aqui ou por ali, pois o filho do homem está dentro de vocês. Segui-o, aqueles que o buscarem o encontrarão.
" E mais no final do Evangelho de Maria Madalena, tem uma discussão com Pedro para variar que que fala que ela tá falando bobagem, que Jesus nunca ia ter ensinado essas coisas profundas para uma mulher. E aí o Levi defende ela e e ele conclui dizendo, eu fiz uma paráfrase aqui, ele conclui dizendo, vamos nós também fazer com que o homem perfeito nasça em nós? Isso tá lá no Evangelho de Maria Madalena.
Vamos fazer com que o homem perfeito nasça em nós. E no Evangelho de Tomé, Jesus fala que vai fazer de Madalena homem. Agora dá para entender um pouco melhor, vocês não acham?
O que que é se tornar homem? Fazer o homem perfeito nascer em nós. Tornar-se antropos perfeito é permitir que o Cristo nasça em nós.
O Messias que vai restaurar o reino do pleroma é dar nascimento ao Messias dentro de nós. Quando o Messias nasce em nós, nós podemos adentrar os portões da cidade celestial. Enquanto ele não nascer em nós, a gente vai ficar batendo na porta.
Por isso que é o Messias que vai restaurar o reino, que o Cristo que vai nos levar de volta à casa do Pai. Só que esse Cristo em nós. E aí eu convido vocês, se um dia relerem as cartas paulinas, as idôneas, releu Paulo falando do Cristo em nós.
Aquele que tem o Cristo em si, que vai encontrar o caminho. Quem não tiver Cristo não vai encontrar o caminho. E é desse Cristo que o Paulo tava falando, a cristologia de Paulo não é Jesus.
Ele tá falando do homem perfeito dentro de nós, da centelha divina. As vestes são quando o o Cristo nasce em nós como a criança que precisa nascer novamente, né? Ele recebe a veste e aí ele entra.
Então, os gnósticos estão ensinando o caminho para esse mundo divino onde habitam mestres, filhos da luz, poderes celestiais, daqueles que despertaram para agnoses, agnoses da verdade, o conhecimento que nos liberta. Eu espero que vocês possam revisar o que a gente aprendeu de cristianismo a partir dessa ideia. Bom, o Alberto ele vai apresentar dois slides e a gente vai fechar pra meditação e aí você depois vocês podem perguntar coisa.
Não que eu tenha resposta, visto se texto é difícil, eu tô só tentando. Então, muito obrigada pela atenção de vocês.
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