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muito bom dia começam hoje os encontros entre o governo e os partidos com vista ao próximo orçamento do estado e começam num ambiente de crescente crispação política e de aparente irredutibilidade Por parte dos vários protagonistas Os encontros de hoje e de amanhã não terão presentes nem primeiro-ministro nem os líderes partidários existindo sinais de preocupação nomeadamente do Presidente da República que convocou para para o início de outubro Um concelho de estado como pano de fundo temos a divulgação pelo governo de um documento que causou Muita confusão pelos números aí avançados o chega é quem parece esticar
mais a corda mas o PS também já fala sobretudo de linhas vermelhas no contracorrente de hoje queremos discutir se tudo isto é só teatro ou se de facto a distância entre as posições dos diferentes partidos será difícil de superar José Manuel Fernandes bom dia bom dia hoje a 10 de setembro eh às 10:20 és capaz de antecipar se vamos ou não ter orçamento do estado para ser franco não não Consegues antecipar não consigo antecipar eu diria eu inclino-me para que sim mas H as últimas semanas assistimos a um um a um certo subir da temperatura
e portanto vamos ver porque há aqui um jogo que é perigoso na minha perspectiva que é um jogo que estica a corda a ver quem parte primeiro eh com as digamos naquela naquela perspectiva de que o chegas tenta esticar para um lado o PS tenta esticar para outro às vezes curiosamente em Pontos onde os dois até até coincidem na nas suas prioridades como se viu por exemplo quando foi a votação das alterações ao IRS em que o chega viabilizou proposta do partido socialista e chumbou a proposta do do do governo portanto e componente muitas vezes
nós não temos noção disso mas o o chega no em termos de política económica é um partido como é típico aliás dos partidos mais populistas é um partido com uma polí com uma filosofia muito pouco liberal e portanto muito mais assistencial lista muito mais estatista em muitos aspectos e portanto eh e isto não é um exclusivo português acontece noutros países da da da Europa para este para os partidos desta família política é uma coisa que muitas vezes não é considerada mas que é verdade bem mas feito este parênteses eh eu já vamos melhor ver a
posição de cada um dos partidos mas eu gostava de começar por eh manifestar de alguma forma a minha surpresa a pela forma como eh Foi recebido e tratado um documento que tem enfim um bocadinho criptico chamado quadro plurianual das despesas públicas eu confesso que apesar de seguir o orçamento e as discussões do orçamento há muitos anos há décadas mesmo nunca tinha ouvido falar deste quadro eu não sou economista não sou um especialista em em em economia pública eh em Finanças Públicas eh não sabia que este quadro existia mas Aparentemente o partido socialista fez muita questão
em tê-lo o governo me enviou para a assembleia e o quadro que é uma confusão louca mas eu acho que mais do que a confusão louca demonstrou duas coisas uma que é uma enorme literacia na nossa classe jornalística hum recomendo que Leiam o texto do Lena Garrido aqui no observador que explica bem isso uma enorme enorme iliteracia e infelizmente que há ou iliteracia ou oportunismo da par parte dos protagonistas políticos porque se alguns se precipitaram apenas atrás dos títulos da Imprensa outros tinham a obrigação de saber aquilo de que estavam a falar designadamente M Mendes
que foi secretário de estado do ministério das Finanças e que portanto não poderia achar que aquilo era estranho eu devo dizer que estava fora do país quando chegaram as primeiras notícias achei aqueles títulos estranhíssimo não os percebi mas quando olhei para os números gordos houve logo uma coisa disse assim e pá há aqui qualquer coisa que não bate certo porque estes números gordos Não batem certo Quer dizer nós não podemos ter uma receita fiscal que é da dimensão do produto interno bruto não podemos quer dizer há aqui qual é coisa então paraia circular o número
de 50.000 milhões não era não 50.000 milhões de aumento da receita fiscal aumento da receita fiscal e depois números totais de receita fiscal que Salv e e inclusivamente despesa pública salver a despesa pública chegava a 334 eu não tenho os números de cor e não tive não fui vê-los outra vez porque aqueles números dizer muito pouco e é fácil perceber porque que é que dizer muito pouco se nós tivermos um bocadinho a cabeça fria aliás ontem aqui o Paul tric Pereira da alguma forma explicou isso aqueles números são é uma soma sem é uma soma
de movimento não é uma soma acumulada de de resultados ele deu um exemplo que eu acho que é um exemplo muito claro e que permite perceber porque é que eu chega a números que são estratosféricos que é assim se eu na minha casa se na minha casa formos três não somos mas formos por hipótese eu a minha mulher e um filho e alguém me der duas eh maçãs eu recebo as duas maçãs e dou as duas maçãs à minha mulher e ela depois dá aos meus filhos no conjunto temos três operações com duas maçãs estas
as duas maçãs continuam a ser as mesmas mas as operações valeram seis maçãs porque cada uma delas Valeu duas maçãs portanto se eu não fizer a consolidação das operações portanto na minha casa continua a ha apenas duas maçãs Mas elas mudaram trocaram de mãos e portanto eu tenho aqui eh este valor há um outro exemplo que posso dar e que talvez Seja mais claro para as Finanças Públicas que é que é o seguinte eh todos sabemos que a dívida pública roda como se costuma dizer não é o que é que isto quer dizer que eu
todos os anos pago uma parte da dívida pública portanto aquela que vence naquela altura por vezes posso antecipar pridente mas tenho pagoa e contrar nova dívida pública muitas vezes Apenas para pagar essa dívida pública há aqui movimento de dinheiro se eu não consolidar isto portanto se eu não somar de um lado e diminuir do outro Isto vai dar números Absurdos quer dizer no fim eu tenho um uma uma de uma de uma economia como a Americana por exemplo sim quas quase enfim nãoa que chegássemos a esse ponto mas chegaríamos certamente mais mais mais adiante portanto
eh eu acho que apenas olhar para Total dizia e pá há aqui qual coisa neste quadro não bate certo isto deve ser um quadro que eu não estou habituado a ler e portanto não consigo lê-lo assim infelizmente não foi isso que aconteceu e começaram a surgir notícias e títulos e reações políticas e reações políticas completamente descabeladas mesmo de quem se tinha responsabilidade por exemplo rui rocha da iniciativa Liberal que teve uma reação a dizer vamos votar contra porque vai haver um aumento de 20% dos impostos quando não é isso que está em causa não é
isso de forma nenhuma que está em causa nem era possível nem era possível com aquilo que já são os compromissos assumidos para o próximo ano relativamente a alguns importes designadamente o famoso IRS porque há outros que ainda não sabemos o que é que possa acontecer Ora bem isto foi um mau sinal eh não apenas da forma como os partidos estão a olhar para o orçamento e para este jogo político de para estas máscaras que vão pondo eh no sentido de dizer que querem ficar bem no retrato eu consegui mais para o meu lado eu consegui
mais menos para o meu lado eu eu cedi eu ganhei por aí adiante eh e portanto multiplicações de linhas vermelhas eh ofensas quer dizer o Chan então tem se portado de uma forma e André Ventura em particular de uma forma completamente nem sei como é que é definir não é Portanto o chega eh não vai às reuniões porque não está presente o não está presente o primeiro ministro é natural que neste tipo de reuniões o primeiro ministro só chega no fim ele teve no princípio que não era habitual mas também nós temos um governo que
não é habitual não é portanto uma uma maioria no Parlamento que quase não existe não é portanto eh eles esteve primeira na primeira reunião aquela que foi em Julho e agora eh vai acontecer aquilo que aconteceu todos os anos Sempre que há governos minoritários E mesmo quando não há governos minoritários com a diferença que está a começar mais cedo que é Os ministros da pasta dos assuntos parlamentares e neste caso também o ministro da presidência reúnem-se com os partidos da da da oposição que enviam enfim H alturas em que enviavam os líderes e há quem
vai lá enfim partidos mais pequenos que enviam os líderes e outros que não que vão com os especialistas da área Portanto o que é absolutamente normal mas isto foi um escândalo para André Ventura assim como foi um escândalo Para Adre Aventura eh as reuniões iniciarem-se quando o cheg ainda está em em em jornadas parlamentares Portanto ele tem um ele está no centro do mundo e portanto tudo que não passar por ele é uma traição não vou entrar em mais detalhes sobre as coisas que ele diz sobre não se poder falar a ver uma ele coloca
uma linha vermelha ninguém pode falar com o partido socialista Mas ele falou aind antes do verão não é para provar por exemplo a a lei a lei do IRS não interessa agora vamos adiante no entanto isto tem um risco ou melhor tem dois grandes riscos o primeiro risco é eh enganarmos estica-se estica-se estica se pensar que a porta que corda e a corda não quebra e a ca acaba por romper isso já aconteceu aconteceu eh e não há muito tempo tíos ter a memória bem bem fresquinha desse desse acontecimento foi no orçamento de 2021 portanto
Nessa altura nas discussões Eh Ou melhor no orçamento para 2022 eh discussão em 2021 Nessa altura toda a gente achava que no fim do dia o Partido Comunista e o partido socialista ou o governo do partido socialista se iam acabar por entender porque era isso que vinha da tradição de primeira Legislativa de uma geringonça que que chegou ao fim e chegava sempre a acordo segunda legislatura em que o bloco de esquerda já se começou a pôr de fora mas o o PCP ia conseguindo ganho de n algumas questões e portanto acabava por até porque havia
uma relação particular entre Gerónimo de Sousa que era o naut líder do PCP e António Costa e que portanto as coisas iam resolver o próprio Presidente da República creio eu que na altura tinha essa perceção e até fez declarações fez declarações que não devia ter feito e que no fundo condicionaram depois a convocação de de eleições de eleições pronto eh não sei que lições é que os partidos tiraram disso porque os partidos CR esticam o corda eh que esticaram acorda Nessa altura foram penalizados nas eleições seguintes não sei se agora os partidos estão com a
mesma tem noção que pode acontecer o mesmo não faço ideia há quem defenda que é a estratégia do governo eh deixar que os outros este este a corda porque assim Pode eventualmente eh ter ter vantagem eleitoral eu creio que é um risco muitíssimo perigoso porque no que nós vimos nas eleições europeias e o que nós estamos a ver nas sondagens é que isto não mexe muito sobe um bocadinho aqui um bocadinho lá mas não mexe muito não há aqui uma alteração estrutural do equilíbrio entre os diferentes partidos e eu não creio que vá passar a
ver porque isto começa a ser algo que acontece em muitos países europeus que é as pessoas votaram não tem nenhuma razão ainda muito radical para alterar o seu sentido de voto enfim podiam ter estão zangados com este zangados com o CRO mas não aconteceu ainda nada de extraordinário na na da da desde março até agora e portanto o que é que poderia levar E daqui a uns tempos votarem de maneira ligeiramente diferente quer dizer enfim talvez a própria discussão do orçamento mas é um jogo muito muito muito perigoso que nos pode permitir continuar no impasse
eh e que eu creio que no fundo ninguém quer os partidos não querem eh não consigo perceber o que é que o chega quer porque o chega é sempre um joga sempre de forma e acha sempre que pode beneficiar do da confusão Eu creio que o partido socialista não quer o governo há teses diferentes O que é que o governo quer e eu não estou dentro da cabeça do Montenegro nem na direção do PSD há quem acha que o Governo está interessado em em forçar um pouco a corda para ter condições para para arriscar e
e ter mais condições de governabilidade há quem acho acho que não eu não não não não sei responder agora esse é o primeiro perío nós de repente iros parar a uma crise política porque o chegas estica à esquerda o PS ou melhor o es chega estic à direita o PS estica à esquerda e a certa altura estamos aqui numa situação de node que não saímos não saímos não saímos disto eh eu apesar de tudo e apesar das declarações todas que tenho ouvido Creio que ainda não estamos nessa situação mas já vamos lá isso mais detalhadamente
que tem a ver com o o as probabilidades de negociação mas antes disso eu acho que ainda há outro risco e esse risco é haver uma uma votação na jalidade que permite que que o orçamento passe e depois naidade ser a desbanda na especialidade ser a desbunde desb os partidos a tentarem enfiar digamos assim as suas as suas coisas criarem-se as maiorias mais mais extravagantes as maiorias mais extravagantes e passarem propostas atrás propostas Porque nós já vimos mesmo no governo num governo com a maioria absoluta Como eram os governos anteriores e na discussão do anterior
orçamento o número de propostas de alteração ao orçamento explodiu porque há uma espécie de competição em que todos os partidos apresentam centenas de propostas de de alteração ao orçamento e toos querem deixar o seu cunho não é todos querem deixar todos querem poder dizer fui eu por pod no ar e achar às vezes por coisas mínimas mas aquilo tudo somado pode dar uma uma uma uma manta de retalhos em muitos aspectos pouco coerente e há aqui um aspecto que eu me parece que já veio da anterior digamos da anterior sessão Legislativa e que tem a
ver com algo que tem que no fundo é essência da Democracia a essência da Democracia não é apenas governar quem teve mais votos a essência da Democracia é permitir que os eleitores eh possam avaliar um governo e premiá-lo ou castigá-lo portanto Isto é eh Como disse como disseram namente Carl Popper eh nós percebemos que uma democracia é uma democracia quando eh mandamos embora pacificamente um governo portanto mais do que eleger um governo com maioria coisa que por exemplo eh muitos muitas democracias não liberais fazem como se dizer ou Il liberais como agora estão na modo
a dizer fazem o importante é há mecanismos que permitem mandar embora ao governo e experimentar outro no fundo é isto Ora bem se eu tenho um governo mas não o deixo aplicar o seu programa ou ou obrigo a aplicar um programa que não é dele por via do Parlamento como é que depois é feita essa avaliação como é que depois é feita essa avaliação quer dizer como é que os leitores podem depois saber se devem beneficiar ou não devem premiar ou devem castigar aquela governação e fica tudo resumido a saber se são competentes ou incompetentes
Não há aqui escolhas escolhas de políticas e portanto a única coisa que a gente decide é saber se eles nomearam bons diretores gerais ou não nomearam bons diretores gerais é um bocado curto e um bocado complicado bem o que nos leva às questões que podem ser essenciais neste n neste neste orçamento e aqui eu diria que daquilo que me parece mais e complicado na discussão com as oposições é são aspectos de política fiscal eh porque o resto é muito distrib ver para onde é que vai o dinheiro onde é que ele se distribui mais umas
questões para aqui mais umas questões para aqui lá na política fiscal há duas questões que têm estar em cima da mesa e que são muito são cruciais temos depois porventura falar melhor melhor delas detalhe quando houver mais dados A primeira é o IRS jovem a segunda é o irc eu creio que eh no núcleo do pra do governo eh uma quer dizer há uma que na minha perspectiva É mais determinante do que outra para saber se o governo tem ou não condições para aplicar um programa diferente e esse é o irc eh por quê Porque
irc desculpas é o irc o irc o irc o irc Portanto o IRS jovem de uma forma ou de outra todos Prometeram fazer qualquer coisa e é uma coisa que já vinha detrás portanto no fundo estamos a falar de dar aos jovens algumas vantagens fiscais eh a forma dessas vantagens fiscais é que suscita muito debate e nessa matéria creio que creio que e o governo não não tem não tem maioria quer dizer a proposta que o governo faz de que tem ali uma espécie de guilhotina aos 35 anos é uma proposta que não consegue ter
o apoio do inici Liberal sequer que é digamos o partido mais próximo dos partidos do governo e e não sei bem qual é a posição do chega Mas enfim sabe-se lá Nunca tantas vezes mas creio que não tem maioria desse lado e já sabemos que esqua também não tem portanto a a possibilidade de encontrar outros outras fórmulas de aliviar a pressão fiscal e contributiva atenção porque são coisas não é só o IRS Há outras questões que poderiam eventualmente com alguma imaginação criar mais condições para os jovens não Saírem de Portugal já algumas foram criadas designadamente
no acesso à habitação Mas provavelmente mesmo em C RS talvez outras possam ser criadas por exemplo em termos de eh só para dar um exemplo de deduções à dos curos com habitação que são mais elevados quando a pessoa começa a vida do que já no fim da vida portanto portanto há alternativa há uma alternativa há um caminho que pode ser al pode haver alternativas pode haver alternativas se houver vontade e não parece um caminho demasiado complicado e não é só uma questão de haver alternativas é que o próprio PS mudou a forma como olhava para
o IRS jovem se nós olharmos para 2019 a questão que havia era o governo Costa havia um desconto por um período de dois ou TR anos para quem começava a trabalhar mas em 2023 já vamos encontrar o IRS jovem a dar uma isenção parcial sobre os rendimentos de trabalho a pessoas entre os 18 e os 26 anos que não vivam com os pais depois se fossem doutorados e até aos 30 anos a isenção era para 5 anos e depois vimos apesar de tudo o benefício fiscal consedido o resultado era pouco foram 425 € por jovem
mas depois Costa porque Costa ainda António Costa ainda pensou 2024 E aí estas coisas o problema o problema muitas vezes das propostas do PS é como eles pretendem fazer uma engenharia social através da da da máquina fiscal é tudo sempre muito complexo e portanto eles não trabalham sim porque algumas metiam era preciso estar a estudar ou era preciso ter ter acabado 12º a universidade % desconto até a um limite de 6005 € no primeiro ano no segundo ano 40 por 4804 e para ir fora portanto ou seja estas matérias não só o próprio partido socialista
O que é normal foi mudando as suas propostas nesta matéria e e portanto tem margem para as poder alterar novamente como o basicamente o que temos aqui é uma perspectiva diferente o PS trabalha para determinados grupos e e e cria sistemas muito complexos não é e o que nós vemos da parte do governo Montenegro é uma uma abordagem generalizada até um determinado rendimento mas eh eu penso que há margem para se conseguir eh chegar aí porque o próprio partido socialista passou de uma abordagem mais generalista para depois para aquela fina renda dos 6005 € 3.63
€ 2402 € quer dizer isto é complexíssimo portanto usando aquele verbo da política desta altura do orçamento dá para calibrar e não funciona porquê Porque as políticas têm que ser Claras para as pessoas não política se tiver que precisar de ir um consultor fiscal para saber qual é a minha vantagem Eu não o efeito é quando tiver se eu tiver ideia de emigrar que é um dos problemas com com os os mais jovens e os mais jovens qualificados emigro clar é tão complicado que eu não me não me sinto atraído não é ag portanto se
no campo do IRS dá para calibrar no campo do irc no campo Vamos lá ver no campo do irc a questão é Diferente porquê primeiro porque do ponto de vista daquilo que são as opções estruturais do governo há aqui uma diferença entre com o passado recente eh o governo de Montenegro acredita e eu nisso estou completamente do lado do governo de Montenegro acredita que é necessário tornar o irc em Portugal mais competitivo portanto nós não estamos numa situação ou enquanto os as pessoas não se movem facilmente ou ou tão ou ou emigram mas mas mas
é uma movimentação eh quer dizer eu não posso trabalhar num país e pagar impostos no outro no caso concreto do Da Da Da Da das escolhas de investimento das empresas elas hoje em dia são globais e na Europa ainda mais Ora nós temos na Europa um sistema fiscal para as empresas que é penalizador e que e que compara mal com quase todos os outros sistemas quer nas taxas quer nas alavas as alavas portanto nas taxas nas alavas o que é que eu quero dizer com isto quer dizer que nós temos as taxas de irc e
depois temos as derramas e outras coisas por an que fazem com que a taxa efetiva vá por aí acima e as tributações autónomas sim não e portanto e e as coisas vão todas por e isso para as empresas é muito determinante primeiro pela complexidade do irc portanto que é uma manta de retalhos sem fim e e e e e depois pelo próprio facto de o irc ser mais pesado e ainda por cima e ainda por cima como se tudo isto não fosse suficiente nós temos a a peregrina ideia muito propalada poros partidos mais à esquerda
que o irc deve ser um imposto progressivo Isto é quem é mais eficiente quem tem lucros mais elevados quem é quem paga melhor quem se já vamos lá quer dizer porque assim quem consegue isso por regra são as grandes empresas as grandes empresas está demonstrado são T mais produtividade e pagam melhor portanto se nós penalizar os que no fundo aqueles que mais contribuem para a economia eles não contribuem para a economia por isso simplesmente não têm estímulo para fazer isso e portanto na altura Em que em que avaliam investimentos eh Portugal perde para outros para
para outros países como já perdeu muitas vezes Ora bem portanto desse ponto de vista há aqui uma diferença de abordagem que eu diria estrutural entre os partidos do governo e neste caso concreto também iniciativa Liberal Pelo menos eu não se volto a dizer não sei o que é que o chega faz nesta neste domínio e os partidos à esquerda porque os partidos à esquerda dizem e pá Isso é para os é para os ricos é para as empresas vamos vamos vamos lá buscar os impostos ainda hoje tivemos aquela magnífica sondagem que saiu no Correio da
Manhã a dizer que em Portugal tudo se resolve se a gente cobrar os impostos aos ricos esquecem-se que os ricos deixariam de cá estar se aqueles impostos existissem não é portanto que é o mesmo problema com as empresas não é há pessoas que que podem mudar de residência fiscal com alguma facilidade mas há outras que não por regra quem é que não consegue os que têm menos dinheiro os que têm mais dinheiro são nisso são muitas vezes eficientes Bem dito isto eh H Vamos lá ver como é que se como é que é possível que
que neste domínio o partido socialista evolua porque o partido socialista já teve também várias posições como todos sabemos há 12 anos atrás mais ou menos o partido socialista com António José seguro António José seguro assinou um acordo com o governo na altura Passos Coelho para uma diminuição gradual do irc para nos aproximar de taxas da taxa queia média na Europa mas uma taxa mais competitiva na na na na Europa primeira uma das primeiras coisas que a geringonça e António Costa e geringonça fez foi quebrar isso E no caso António Costa não era apenas porque a
geringonça exigiu era convicção dele era convicção dele portanto e o e o irc voltou a disparar lá para cima outra vez portanto primeiro há no partido socialista quem não discorde da ideia de baixar o irc eh e eu mas nesta matéria eu não sei onde é que o partido no fim vai vai vai ficar Isto é se vai dizer que é uma linha vermelha insuperável qualquer baixa de irc ou se Vai admitir modular mais uma vez em vez de por exemplo serem dois pontos por ano que é o que tá no programa do governo ser
um ponto por ano por hipótese ou ou permitir Model as derramas que e outras coisas que tais mexer em toda essa essa esse aspeto que é algo mais complicado de fazer mas também deve ser feito portanto para portant lado tanto do lado do IRS como do lado do irc há margem para haver margem amb as partes margem mais no IRS mais no IRS do que no irc porque no irc vai depender muito de no fundo como é que o PS e Pedro nans em particular vai estar no momento final e aqui eu eu enfim Como
disse não não segui ao detalhe todas as declarações porque não estava em Portugal nos últimos na semana passada mas parece-me que Pedro nundo Santos procurou fechar menos a porta do que Alexandre Leitão Alexandre Leitão tem um discurso muito radical muito muito radical eh em muitas muitos aspectos diferentes e que mas ela eu diria que ela neste momento é uma uma influência eh perniciosa junto de de Pedro Nuno Santos Até porque ped Santos se está a revelar um líder mais fraco e com menos autoridade do que muitas pessoas imaginavam que ele viria a ser e portanto
e há também aqui equilíbrios dentro do partido socialista que eu não sei no final onde é que eles vão ficar se bem que eu penso que no no Quando chegarmos ao momento decisivo que é sensivelmente aqui a um mês eh aquilo o cálculo vai andar muito em torno de quem perde mais e quem perde menos se formos para eleições e eu não sei o que é que na altura vai estar a acontecer mas há uma coisa que eu sei ao contrário do que muito e do que o próprio já aqui uma vez referi eu não
estou seguro que nós vivamos bem com o do démos ao contrário do que disse já penso foi cavac Silva eu e vou vou explicar por entrevista aqui ao observador entrevista aqui ao observador e vou explicar porquê Porque e 2025 é o ano onde em princípio as coisas correrem bem mais pagamentos e mais eh eh digamos realizações do prr tem têm que ocorrer e apesar do PRS é sobretudo dinheiro que nos chega de Fora Há sempre um lado português que eu não sei se fica completamente encaixado nas no orçamento Que nós tínhamos Antes pelo contrário já
ouvi de pessoas que tiveram dentro da administração pública sinais de preocupação dizendo isto corre vai correr mal vai correr mal pode congelar os investimentos pode congelar pode atrasar pode complicar e isto vai correr mal se não houver orçamento para o ano que vem portanto se a gente tiver que viver com com com os do décimos e estamos a depois em 2026 termina o prazo e depois o o PRF vai acabar não é PRF vai acabar e e e e e e eu não sou dos que acham acho que a gente tem uma prr e que
portanto não é o prr que nos vai que é o o digamos aquilo que nos salva da da da do nosso atraso estrutural não acho nada disso pá mas mesmo assim quer dizer temos dinheiro no bolso de tal fora ou parece-me uma má ideia uhum muito bem estão lançados Então os os dados para este contracorrente Onde vamos olhar para as negociações do orçamento do estádio e o que poderá vir aí temos já em linha a Vera Gouveia Barros é economista Bom dia Vera Olá bom dia bom dia bom dia quão preocupada está uma economia uma
economista com as negociações e com o clima político em torno do orçamento para o próximo ano e quando ministra está preocupada não tanto com as negociações em si e ainda menos com o clima político mas com o impacto que isso pode ter eh no orçamento porque concordando genericamente com aquilo eh que disse José Manuel Fernandes eh eu estou convicta de que o orçamento passará mas vai passar de facto com aqui eh negociações e cada partido a tentar reclamar vitória sobre este e aquele aspecto ora normalmente essas vitórias fazem-se De mais despesa e e eu preocupa-me
porque eh nos últimos meses temos assistido a um clima em que parece que o país não tem qualquer problema de Finanças Públicas quando na verdade tem tem uma dívida elevadíssima e eu lembro que dívida presente é sinónimo de impostos futuros portanto nós que falamos tanto e e com razão eh dos jovens Temos de pensar que eh esta esta dívida que temos hoje serão esses jovens a a pagá-la no futuro se se ainda cá se se ainda estiverem por cá e portanto também eh cuidar dos níveis de endividamento é estar a pensar no futuro dos jovens
Hum porque depois eh de facto o orçamento tem tem uma natureza técnica mas precisamente porque temos eh constrangimentos orçamentais que se fazem sentir fortemente depois H aqui h é é muito uma questão de escolhas não é nós estamos perante o aquele problema do cobertor em que temos de fazer escolhas relativamente a Quais as zonas Que Deixamos eh mais cobertas e aquelas Onde vamos destapar um bocadinho mais e e E essas escolhas sim têm uma natureza em certo sentido e ideológica e que eu gostava de ver discutidas com com transparência para o que contribuiria também termos
uma alteração do próprio procedimento orçamental e da e da sua ligação àquilo que são os objetivos de política pública que é uma coisa que como economista também preocupa é nós temos uma série de quadros de valores de despesa eh pensada em termos de quase de unidades orgânicas que cada ministério O que é que recebe mas depois não sabemos Exatamente esse dinheiro para que é que ser Portanto o que está a defender é uma espécie de orçamento zero para algumas unidades do estado é isso também defendo isso mas não é isso mas não era isso que
eu estava a dizer eu também defendo isso e acho que isso exige um trabalho muito fino de de pensar muito bem não é a reforma do Estado Porque a reforma do estado tem que ver com a nossa conceção de estado e de Quais são as áreas em que o estado deve estar Mas é uma reforma da administração pública em que nós temos de ir serviço a serviço descobrir onde é que estão as ineficiências e como é que podemos eu sei que isto é um discurso muito batido mas a verdade é que este trabalho está por
fazer até porque é particularmente árduo é ir serviço a serviço perceber Onde é que estão os recursos onde é que nós gastamos dinheiro que poderíamos eh ppar que pessoas é que temos com que competências que ali não estão a ser aproveitadas e que poderiam ser realocadas e até dando-lhes formação pois em muitos casos assim será eh mas mas isso só me parece positivo para pô-las nos sítios onde onde fazem onde fazem falta eh e portanto sim orçamento zero sim mas o que eu estava a defender é a noção de termos um orçamento por Programas ou
seja conseguirmos saber que aquele dinheiro independente ente de ser de eh de ter sido eh aplicado no ministério da saúde ou ou no ministério da da educação serviu para por exemplo fazer um programa de rastreio de saúde oral que se esperava que abrangesse tantas pessoas com estes impactos isso é aquil que de facto gostaria de de saber exatamente para em em que é que o dinheiro é gasto que escolhas foram feitas Quais foram os objetivos dessas políticas eh que esse que esse dinheiro está a finan fazer aquilo que em inglês se diz accountability é isso
é exatamente podemos usar o termo em inglês porque é o que parece não existe um correspondente perfeito em português o que também é capaz de nos dizer alguma coisa sobre o assunto mas sim é esta mistura de Transparência com responsabilidade com mais de uma coisa indefinida que que falta muito parece-me não corremos o risco depois de ter um estado ainda maior não mas mas não há aqui aqui não há eh é é uma questão de p os serviços a prestar contas é isso isto não tem nada que ver com a dimensão do isto não tem
nada que ver com a dimensão do dos serviços não Isto é mesmo uma questão de de eu mudar a lógica com que elaboro o orçamento nós estamos a recolher impostos às pessoas portanto as pessoas estão a perder parte do seu rendimento e é preciso que compreendam para quê algumas coisas têm que ver com despesas de financiamento de de funcionamento sim senhor mas outras têm que ver com medidas específicas que se vão tomar Portanto o ministério eh eu eu preciso de saber mais do que ser o o Ministério da Defesa depois em em em que é
que aquilo efetivamente se traduz é para Patrulhamento da Costa é para para quê E que resultados é que eu espero atingir também com o dinheiro que aplico nessas nessas medidas porque depois isso é que me permite também eh durante a execução ir percebendo execução aqui não não do ponto de vista de execução orçamental só daquela lógica mais contabilista não de uma lógica económica ou seja de implementação até que ponto é que eu estou a atingir os objetivos a que me propus e a fazendo esse acompanhamento e depois também no fim poder fazer uma avaliação desses
mesmos programas para tirar ilações e para quando for definir novos orçamentos fazer melhores e gastar o dinheiro mais bem gasto ou não fazer de todo não é Ó Vera desculpa lá eu eu est totalmente de acordo contigo agora eu eu sinto que este governo tem pouco pouco impulso reformista para ir para um caminho desses porque ess era o caminho que devia ser seguido não é mas não não não vejo essa não vejo essa vontade outro provavelmente Hã Porque também porque também se calhar este governo e todos os outros respondem a aos estímulos que recebem e
ao nível de exigência eh a que são sujeitos e se calhar também a sociedade civil não reclama este tipo de de informação Portanto acho que acho que esta esta exigência e este querer conhecer estas coisas tem tem que partir de nós mas mas peço desculpa porque interrompi não não era isso mesmo era não eu não ia dizer nada ia apenas colocar a questão quer dizer que é de facto não existe nem parece existir sequer uma maioria política e social no sentido de tomarmos medidas que no primeiro momento vão vão e desafiar eu às vezes nem
são interesses instalados são rotinas instaladas Claro é é é estas estas mudanças é é em certa forma é muito mais fácil nós fazermos como sempre fizemos mas eu lembro sempre que a fazer como sempre fizemos nas cavernas tínhamos ido dormir Porque estávamos ao relento eu tenho quase a certeza que quando houve lá o o o homo sapiens que disse nós se calhar já nos estar em um espetáculo também não estamos com a habitual corda na garganta e por isso esta que é a altura certa para fazer essas mudanças porque já que elas custam e que
são difíceis eh não temos outros fatores ainda a tornar-nos a vida eh mais mais complicada mas se calhar há pessoas que funcionam bem pronto se uma coisa está está a ser difícil que seja tudo difícil tudo difícil mas parece-lhe que há clima político para isso acontecer não isso parece-me que não há de facto acho que H clima para se fazer o contrário que é precisamente tentar Uns vão querer aumentos para aqui outros vão querer dinheiro mais mais dinheiro aplicado ali e depois todos vão tentar chamar a si as vitórias relativamente aos públicos que LH estão
mais próximos Isso é o que eu Ant vejo portanto eu tenho a noção de que fiz aqui umum discurso de grande idealismo hum portanto devemos estara mas também com alguma noção da realidade e e a realidade vai obrigar-nos a ser muito atentos Ao que se vai ao que se vai passar na discussão na especialidade é isso Vera Gouveia Barros também exato irmos vendo e porque poderá haver a tentação dos partidos para quererem dar tudo a todos e no fim reclamar Vitória Ach eu acho sim eu acho que essa tentação é algo que temos assistido eh
desde que este governo tomou posse e atenção eu não eu não não discuto a legitimidade de muitas das das reivindicações nenhuma eh mas é é é mesmo termos a noção e nós já tivemos várias vezes em vários momentos com vários governos Alguém usar aquele argumento eh de não há dinheiro e é um argumento bastante poderoso de facto e o que temos de ter noção é que nesta altura até Pode parecer que temos dinheiro mas estas coisas funcionam em termos de ciclo económico e portanto se nós agora até não temos uma taxa de desemprego alta até
estamos a crescer economicamente há de chegar o dia não não é pessimismo é só se conhecer o funcionamento da Economia em que não vamos estar assim e nessas alturas sim é que vamos precisar de gastar Para apoiar as pessoas mas para isso temos nesta altura de fazer eh fazer estas reformas de de criar estas poupanças e e ganhar alguma folga orçamental para depois poder gastar mais tarde Este é que é foi esta é que foi sempre Aliás a lógica hh europeia dos orçamentos equilibrados quando se fala de um orçamento zero não é ter sempre um
orçamento zero é ter um orçamento que é zero na média do ciclo económico em que se gasta Quando se é preciso gastar Ou seja quando a economia está numa fase depressiva mas mas em que depois quando também está a crescer se faz o o o oposto logicamente isto quer dizer aqui não é propriamente assim nenhuma economia não no fundo econia mas mas como dizia o Medina Medina carreira é algo que as pessoas em casa intuitivamente sabem que funciona assim e aqui também não é muito diferente é verdade Vera Gia Barros muito obrigado por ser juntado
a nós no contracorrente hoje muito obrigado Vera Cia Barros economista vamos fazer aqui uma curta pausa no contracorrente regressamos já a [Música] seguir h e antes da segunda parte do contracorrente a habitual síntese de Notícias com edição da Carla Jorge de [Música] Carvalho já começaram as negociações entre governo e partidos da oposição conv vista à negociação do orçamento do estado do próximo ano os encontros decorrem no Parlamento Para onde vamos já em direto ao encontro do Miguel Viterbo Dias Miguel a primeira reunião com o pan já terminou ainda decorre para já o pan ainda está
na sala do governo com o Ministro das Finanças Joaquim Miranda Sarmento também o Ministro dos assuntos parlamentares e o ministro da presidência é a comitiva governamental que hoje conduz estas reuniões num encontro que já vai superando uma hora de duração sendo sabido já também e porque O Observador já adiantou isso também há uma hora que os dados macroeconómicos estão a ser entregues aos partidos nestes encontros de hoje vão diz fonte governamental ser entregues um mês antes do habitual a face ao governo anterior com dados económicos que devem apontar para um excedente orçamental entre os 0,2
e os 0,3 por são os dados que vão aqui circulando e que procuraremos também ao longo da manhã ir percebendo Face à aquilo que está a ser comunicado aos partidos depois do Pan em vez do livre ser recebido vai marcar presença também o porta-voz do partido Rui Tavares é um dos poucos só a nest Sosa real Rui Tavares e Marana Mortágua é que marcam presença de resto as comitivas partidárias não vão integrar os líderes Por não estar presente também o primeiro-ministro Luís Montenegro Miguel dias vai continuar a acompanhar estas reuniões com vista às negociações orçamentais
ainda decorre a primeira reunião do dia com o pan eh logo a seguir vai ser recebido então o livre o último partido a ser ouvido hoje é o partido socialista amanhã será vez do chega a ser ouvido pelos representantes do governo com esta ideia de que o Governo está a aproveitar estas reuniões para entregar aos partidos os principais dados do cenário macroeconómico a ministra da Justiça fala hoje pela primeira vez sobre a fuga dos cinco reclusos da prisão de Val J Deus no último sábado Rita Alarcão Judi convocou uma conferência de imprensa para as 5
hor da tarde O Observador sabe que vão ser anunciadas as conclusões preliminares da investigação interna levada a cabo pela direção-geral dos serviços prisionais as conclusões finais só devem ser conhecidas dentro de um mês Esta é uma conferência de imprensa que vamos acompanhar em direto aqui na rádio observador da manhã ouvimos desde já as críticas do cha que diz que não é apenas a ministra da Justiça que deve falar ao país mas também o primeiro Ministro ouvimos também o deputado livre Paulo muacho a lembrar que existe um subfinanciamento do sistema prisional português ainda atenções para úrsola
Vl que adiou a apresentação da nova comissão europeia para a próxima semana a presidente da Comissão Dev viia reunir-se amanhã com os líderes dos diferentes grupos políticos no Parlamento europeu no entanto eh O encontro foi adiado para a próxima semana de acordo com o expresso entre as razões para este adiamento está a nomeação da comissária da Eslovênia que tem de ser aprovada pelo Parlamento do país algo que não deve acontecer antes da próxima sexta-feira Úrsula V li adiou sim para a próxima semana o anúncio da composição da nova comissão europeia Onde está incluído o nome
proposto pelo governo Português o de Maria Luís alquer Carla Jorge Carvalho e a síntese das 11 da manhã r [Música] segunda parte do contracorrente começaram Hoje os encontros entre o governo e os partidos da oposição para discutir o orçamento do Estado isto num ambiente que azedou nas últimas semanas Helena Matos eh os partidos estão a esticar a corda a esticar a corda a esticar a corda e a tentar que a corda não se parta do lado deles é isso sim é um bocadinho aquela coisa do jogo do sério não é é qual é que se
desmancha Eh agora é claro que para que se possa negociar é importante também não perder a fase e portanto há aqui um cres Endo de uma retórica não é a retórica cresce e penso eu que no no sentido inverso àquilo que se vai ter de suceder e e portanto isso é isso faz parte agora eu creio que o e para já temos medidas que eu penso que são consensuais e contra as Acerca das quais não haverá grande divergência por exemplo o governo aprovou uma redução dos prazos de pagamento do Estado aos fornecedores até 30 dias
não não creio que seja por aí Antes pelo contrário Depois temos as questões do IRS o José Manuel já aqui abordou eu acho que sim eu acho que no IRS será fácil ou será mais fácil chegar-se a um acordo na medida em que o o IRS jovem é é recente eh nasce na sequência da grande preocupação com com a saída de Portugal dos jovens e dos jovens mais qualificados e e portanto eu creio que haverá aqui uma mar para se conseguir eh modular aqui o o IRS é há aqui uma questão complicada que é a
forma como eh a esquerda olha para a fiscalidade eh e aqui a esquerda conta são os socialistas eh é muito na base de eh é é como se resolvesse conseguir obter um resultado a partir ali de uma Medida num grupo específico isto aumentou muito a nossa já tradicional complexidade fiscal nós temos um número excessivo de benefícios isenções eh e e e tudo isso vai aumentando sempre mais a complexidade o que estava previsto no IRS jovem de dos Gover complexidade de quem paga e de quem cobra Também quem paga e de quem cobra e de quem
não entende porque a pessoa olha para aquilo e depois não percebe se nós temos é é sempre uma uma obsessão com as questões muito progressivas não é e esse é o Imaginário que pode resultar muito do ponto de vista ideológico mas depois na prática não funciona e e o próprio IRS jovem se foi tornando mais progressivo ao longo dos governos Costa não é com aquela questão dos escalões e depois o primeiro ano tinha um montante o segundo ano outro isto quer dizer se isto é uma questão de eficácia nós queremos que eles fiquem cá olhando
para ali o que é que será mais eficaz não é perceber-se o que é que está ou esta este este escalonamento eu creio que é muito mais fácil quanto mais simples melhor mas apesar de tudo eu creio que haverá aqui uma uma uma uma capacidade de de de compensar isto da parte do governo aprovando mais medidas deoutro deoutro âmbito temos também já neste momento aquelas medidas algumas delas que eu acho eh complicadas e que podem no futuro vir vir a trazos muitos problemas que é garantia a 100% no caso do do do Cré do crédito
à habitação mas depois por exemplo pode ir também mexer por exemplo na questão das dõ porque pode ter efeitos na no aumento da pode provocar um aumento lembra-se de duas instituições bancárias nos Estados Unidos que exatamente no princípio da duns momentos muito difíceis das nossas vidas foram à falência porquê porque houve uma uma grande preocupação de facilitar o crédito à habitação a a grupos que não ofereciam garantia bancária pronto e depois aconteceu o que aconteceu não é portanto Eh vamos vamos ver mas eu acho que no IRS haverá eh depois Como disse haverá medidas que
são consensuais a questão do dos prazos de pagamento aos fornecedores desde que o estado cumpra não é que é uma coisa que na verdade não tem acontecido e depois entramos naquilo que eu acho que são eh O que é muito mais complicado e que é a questão do irc em primeiro lugar é preciso ter em conta o seguinte aqui o José Manuel referia isso hoje a propósito da interpretação daquele quadro plurianual eh Há uma grande há um há um Batista da Silva um dentro de de muitos jornalistas comentadores e que estão mais eh que se
sentem sentem assim dão um saltinho na cadeira quando aparece uma coisa que parece justificar aquilo que eles estavam mesmo à espera que fosse justificado e eh isso aconteceu com com com com o desgraçado do Batista da Silva não é naquela entrevista ao Nicolau Santos que ele estava desejinho desej considerado desgraçado não é o Nicolau estava desejoso de está a falar daquele senhor que se fez passar por consultor da não sim e que saava e que dizia aquelas coisas todas sobre depois não não era nada sobre a austeridade e ele teve em poucos dias teve um
estrelado porque o homem andava de um lado para outro porquê Porque ele estava a dizer aquilo que muita gente queria ouvir e portanto como queriam ouvir aquilo não não fizeram aquele trabalho mínimo de checar quem era o senhor is se realmente tinha aquelas credenciais que apresentava e isso acontece vai noos acontecendo sucessivamente vlo por exemplo em relação ao Dinheiro Da TAP por exemplo aquela questão do dinheiro Da TAP havia dinheiro na TAP e vemo-lo também por exemplo na questão do irc e na questão do irc temos para já aquela coisa de que H que muitas
empresas não pagam irc não não pagam irc mas pagam tributações autónomas e pagam o pagamento por conta a maior parte delas portanto é nós além daquilo que é tabela de irc temos Depois todo uma ou outra construção fiscal à volta das empresas e por exemplo temos o caso da derrama Municipal que pode chegar a um P5 da do lucro tributável das empresas temos aquilo que é uma derrama Estadual que é uma foi uma mais uma daquelas coisas criadas com caráter excecional e transitório em resposta à crise financeira e económica e e que depois foi ficando
e que em princípio eu se se eu ainda estou atualizada já vai quer dizer não só era não se era excecional e transitório acabou a ficar definitiva Como já vai também já tem três escalões não é já vai com com três escalões já foi modelada já já está aqui e progressiva sempre nesta ideia da tributação do lucro Milionário da grande empresa quer dizer que grande empresa enfim o o relatório drag não é hoje o Paulo Ferreira dizia aqui a nível europeu estamos a falar estamos falar a nível português a nível europeu tivemos assim um um
grande uma grande empresa Ok acabou não é e e portanto nós estamos a falar de quê portanto esta ideia sempre de que através do irc se pode fazer uma espécie de justiça agora já não aplicada às pessoas mas aplicada às empresas e que o que temos de proteger sempre e favorecer são as as as pequenas as micro e as e as médias empresas e depois tem-se uma uma perspectiva quase eh deav de rapina sobre os lucros das grandes empresas como sab isto não tem funcionado e e portanto tudo aquilo que em Portugal é criado a
pensar nos nos grandes lucros acaba depois de ser ser cobrado mas deixa-me perguntar porque é uma crítica recorrente e não há também um excesso de boa fé e do da parte do governo ao acreditar que baixando o irc isso vai traduzir Obrigatoriamente em mais em produção de mais riqueza Olha é como aumentar os os juros do quando há uma crise inflacionária até mais ver são as únicas coisas que resultam não é tudo mais costuma falhar portanto não digo que não possam existir soluções melhores certamente verão Só que ainda não foram descobertas e portanto e é
assim agora o grande problema é que esta questão do do irc não divide apenas o governo do partido socialista esta questão do irc fratura ao próprio partido socialista o Zé Manuel referia aqui aquela questão com o António José securo não é o acordo feito António José seguro Passos pode dizer-se bem mas o António José seguro já se foi embora já veio o Costa que era absolutamente contra e rasgou e agora vamos ter H já temos até o Pedro Nuno Santos mas se e nós recuarmos um bocadinho perceberemos que isto dividiu os governos António Costa porque
nós tivemos eh aquilo teve tantos casos que às vezes nos esquecemos mas teve uma uma uma crise uma pequena crise quando o Ministro da Economia Mário ca Silva veio defender uma descida transversal do irc Ele defende uma descida transversal do irc e logo logo o Fernando Medina veio dizer que o assunto quer dizer tinha de ser discutido com com os parceiros sociais e havia claro uma uma uma pressão grande por parte do do do das Confederações patronais nesta matéria e aconteceu que o Costa Silva foi mesmo desautorizado por um seu secretário de estado João Neves
que veio dizer que era um erro a descida transversal do irc defendida por Costa e Silva portanto esta é e e mais interessante ainda soube-se soube-se porque não não tudo se sabe não é que o próprio governo António Costa tinha chegado a estudar um cenário Eu agora estou a cidar um cenário de descida transversal do irc Isto foi discutido em foi discutido no governo de António Costa não sei se até na sequência da da destas tentativa de pressão por parte do Ministro da Economia Costa e Silva e acabou a ser a tal descida transversal como
agora está a defender Montenegro e tal como já tinha sido acordado por por António José seguro com passos coelho e acabou por ser exatamente não por não ser eficaz mas por por a tal ideia de que esta medida teria um efeito limitado beneficiando mais as grandes empresas que são quem mais paga irc Ora nós temos por um lado uma uma uma convicção que é muito ventilada sobretudo pelo bloco de esquerda que a maior parte das empresas não paga irc bem mas temos Então as outras que pagam irc então temos que fazer alguma coisa para essas
pagam irc se assim fosse porque não é verdade porque por viia das tributações autónomas e das derramas das outras empresas também paga o irc mas depois recusa-se uma medida não porque ela não seja eficaz mas porque o grupo A que ela se aplica é o das grandes empresas e depois estamos a a tomar medidas e a perder receita fiscal no IRS jovem porque eles se vão embora para trabalhar nas grandes empresas da Europa portanto nós nós temos o ideologicamente falando um um uma espécie de armadilha por um lado quer quer quer se fixar os jovens
em Portugal os jovens qualificados e e vamos vamos prescindir de receita fiscal em matéria de IRS e e e depois assumindo outras medidas de Apoio aos jovens como o caso no caso do crédito à habitação portanto aí perdemos receita fiscal e para onde é que eles vão trabalhar sim estes jovens que estão que nós queremos captar não vão trabalhar para restaurantes na Europa não é eles vão trabalhar nas Tais empresas que nós em Portugal em matéria de irc penalizam e recusamos fazer uma baixa transversal de irc porque as poderíamos favorecer quer dizer desculpem mas isto
é uma coisa muito idiota quanto mais não fosse é uma idiotia porque perdemos dos dois lados quer dizer perdemos receita fiscal no no no no no RS para captar os jovens e depois não queremos e depois penalizam as empresas que podiam contratar esses jovens portanto eu creio que isto é absolutamente idiota idiota mas muitas vezes a ideologia é completamente idiota não é e nesta matéria o PS Tem uma parte bastante idiota há outra que não que uma parte que que vê ou seja uma coisa é eu ter uma abordagem a socialista entend aqui por socialismo
democrático da sociedade numa persa redistributiva de rendimentos não é outra coisa completamente diferente eu queria começar a mexer nas empresas e e e a querer dizer não estas não porque são muito grandes isto é uma abordagem que não faz quer di aliás aconselho vivamente então que que agora eh ponh os olhinhos no relatório dragi não é em vez de ser só aquela parte do da emissão da dívida perceber o que é que o drag diz sobre as empresas e a dimensão das empresas e o problema que a Europa tem com a falta de grandes empresas
portanto eu creio que basicamente é como se nós estivéssemos h a levar instaladas de um lado e de outro estou con digo nós Digo o contribuinte quer dizer o que é que quer dizer estão estão noos a dar nesta negociação e como ela está são mensagens completamente contraditórias que estão a vir daquele que é o principal partido Com quem o Montenegro pode negociar que é o partido socialista Portanto o que é que se faz estamos a estamos a fazer movimentos que se anulam Aim mesmos e sempre comp perda para para o contribuinte e para o
cidadão agora com isto tudo e e finalizando se eu acho que nós vamos ter Eh orçamento eu creio que teremos orçamento agora eh e e porque não podemos ver unicamente isto como uma eh como uma negociação Montenegro Pedro nundo Santos isto nós temos um outro parceiro na sala chamado chega e portanto temos também uma tentativa do chega de continuar condicionar o partido socialista e vice-versa não é temos divisões que eu não acho irrelevantes dentro do do partido socialista e neste momento as divisões não são estas que eu aqui referi quando Costa e Silva Ministro de
economia de António Costa tentava uma abordagem mais realista ao mundo das empresas a grande divisão é que Pedro Nuno Santos e nós percebemos isso pela eh prolixidade de e Alexandra Leitão Pedro nun Santos eh começa a ter pouco tempo ou seja Pedro nun Santos à frente do partido socialista há uma parte do partido socialista que é muito vocal na figura de Alexandra Leitão é é que se declara disponível para tudo para ser líder do PS para ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa e que quer um chumbo não é mas Pedro Santos porventura com uma
leitura mais realista deve considerar que não tem condições para ele ir para eleições A grande questão aqui é como Miguel relvas disse ao Pedro ao Pedro passos qualho ó Pedro ó temos eleições no país temos eleições no partido não é e portanto Pedro no Santos é claro que pretende que fazer uma uma onda não sei se eles já estão nesse ponto não é não sei se o mas eu acho que Alexandra Leitão eh fala Alexandra Leitão está a fazer o seu caminho mas apesar de tudo não sei até que ponto é que ela é que
o partido socialista e o partido socialista muito feito das estruturas que vão além de Alexandre das estruturas locais ela nunca teve essa vida no partido socialista ela não teve a vida das distritais das concelhias dos autarcas aí chegam alguns sinais ainda não tem tropas aí chegam alguns sinais de que há alguma preocupação e isso pode ser um fator importante que há uma grande preocupação no mundo autárquico socialista se não houver orçamento não é agora Pedro n Santos claramente não quer eleições já não nem e faz todo o sentido que não queira o que ele quer
convocar os estados gerais aprovar o retificativo não é portanto conseguir garantir os aumentos para os políticas para os professores tudo isso o PS não esteve contra o PS passou Portanto vamos para o retificativo arranjar uma forma de conseguir sair Airosa politicamente sem perder a face desta viabilização de orçamento eh galico chega a aprovar umas coisas iniciativa liberada e com muita retórica com muito palavreado mas com o retificativo e depois convocar os tais estados gerais e depois Sim como ele referiu na naquela intervenção eh na na não se eles não chamam Universidade chamam academia aar eh
Então pronto pois parti para as autárquicas E aí outro galo cantará no Largo do rato muito bem tudo em aberto Então no que diz respeito ao orçamento do Estado temos já em linha o eh André Abrantes Amaral é colonista do Observador Bom dia André Bom dia Bom dia eh governo e e partidos da oposição negoceiam Então a partir de hoje o orçamento do próximo ano comp posições muito extremadas parece-lhe que há espaço de manobra para enfim haver recuos e algumas aproximações ou não sim sim parece-me perfeitamente possível que que haja espaço de manobra eu até
Julgo que o orçamento só ch Umbará H por um acaso por uma uma um erro de cálculo da parte dos partidos de oposição nomeadamente do partido socialista e e do chega aliás vai ser curioso no dia da votação eh porque os deputados terão que se levantar e o primeiro voto é o voto contra eh e e vai ser curioso ver como é que os deputados do partido socialista e do chega vão olhar uns para os outros e para ver quem é que dispara primeiro se isto se mantiver se isto se mantiver quem é que se
levanta primeiro não é ninguém ninguém ninguém vai querer levantar calhar vão-se levantar e depois assentam-se outra vez não sei vai ser vai ser curioso e interessante e será o até eh bom de ver agora porque porque tudo isto é quer dizer eh Sem dúvida que o partido socialista eu chega tem que fazer barulho com o orçamento mas de certa forma eles não estão interessados em que o orçamento chumbe porque isso poderá levar a que luí Montenegro Diga a tira toalha ao chão e diga eu não governo nessas condições não governo com um orçamento de B
décimos hh entre um orçamento que não é deu h e e eu dizer tenho direito a a partir do momento venceu as eleições governar de acordo com o seu programa eleitoral e ter um orçamento próprio eh e isto porquê Porque foge a narrativa eh da qued é muito difícil um aos partidos de oposição explicarem no eleitorado e depois do momento em o do Chumbo até ao ato eleitoral propriamente dito passam muitas semanas e muita coisa pode acontecer e é difícil explicar um partido de oposição explicar porque é que não aprovaram ou não deixaram passar um
orçamento que era o primeiro orçamento de um governo tinha sido eleito e que os problemas do governo tinha sido aprovado quer dizer e e isto Coloca muita pressão nos partidos de da oposição nomeadamente o partido socialista e e o chega que são eles que podem chumbar o orçamento tem o poder por si só de chumbar oramento eu digo por si só porque o partido socialista se tiver e a abstenção do consegue chumbar o orçamento sozinho na medida em que estamos já a contar com os votos da da da Extrema esquerda ou seja com o PCP
com o bloco o livre e e o pan e que daria uma votação superior até mesmo à soma da Ad com o com com a iniciativa Liberal partindo peroso que a iniciativa Liberal aqui em última instância portanto só eh votaria a favor deste orçamento portanto teriam a esquerda 91 deputados eh a iniciativa Liberal 88 portanto era necessário que o chega a votasse a favor para que o orçamento passasse isto Coloca muita pressão até porque eles estão de facto aqui não depende só do o partido socialista também não quer Eh chumbar o orçamento e depois o
o o o ou melhor o contrário o o chega não quer ficar depois também com a a batata quente o sentido dizer Olha nós ficamos a ter que aprovar eh o orçamento caso contrário somos responsáveis pelo pela pelo chumb e e terão que se explicar perante o eleitorado e o que é curioso é que isto é a minha perspectiva é a minha leitura se há pessoa e partir aquii que estaria interessado e em que o orçamento de chumbas seria precisamente Luís Montenegro mas que não o pode fazer naturalmente quer dizer o PSD não pode votar
contra o seu próprio orçamento por isto porque H se fosse para eleições eles são com muito eles poderão se vitimizar o partido socialista poderá se vitimizar aqui e tentar ganhar algum crédito eh e isto e é o risco que o que o PS e o chega sabem que estão a correr caso chumb o orçamento por por outro lado para o partido socialista seria até eh vantajoso que luí Montenegro pudesse governar porquê Porque as suas Isto é um governo que está fragilizado hh Pois é um governo tem uma maioria muito muito Téu e eh tem-se visto
tem poucas condições de tem pouco peso político tem pouca capacidade política para fazer Reformas e as medidas que foram usadas até agora pelo pela AD são medidas um pouco de tentar H apagar os fogos eh das corporações e do do do dos vários grupos de interesse que têm andado eh com reivindicações perante perante o estado que isso dura sim sim exatamente capitalizam simpatia política S capitalizam simpatia pelas sondagens não estão a capitalizar muitos votos uhum mas isto há uma altura em que termina não só porque o efeito surpresa também acaba mas porque depois também sua
muito ao que era a governação de António Costa que é de procurar tá sempre a agradar às corporações aos grupos de interesse mas como não há reformas as Tais reformas que há décadas que se dizem que são indispensáveis o que é que acontece a economia não tem um crescimento sustentável que seja capaz de suportar h o aumento da despesa e a única forma que há de manter o excedentes orçamentais que também são muito pequenos é com cortes a eh invisíveis V lá porque não são cortes nas pensões não são cortes nos funcionários mas são cortes
no funcionamento do estado e isso nós já estamos a sentir na saúde nos tribunais agora até nos estabelecimentos prisionais que há muito tempo que se avisa para para a situação dos guardas prisionais etc a situação das prisões h e isto e e aliás qualquer pessoa que lide com os serviços do Estado percebe-se deterioração dos serviços eh o tempo que levam a responder isto causa mal-estar causa também eh tem um impacto negativo no funcionamento das empresas eh da economia e aos poucos vai começando a entravar e e se Luís Montenegro não tem agora não teve nestes
últimos se meses capacidade para enar reformas com o orçamento e a continuar a governar E terá que o ficar pelo menos do anos ele basicamente está numa situação em que está um pouco preso não se pode ir embora mas também não consegue fazer Reformas e está ali eh num Limbo num exatamente e isso é o ideal para o partido socialista porque à medida que o tempo vai passando a responsabilidade de deterioração do funcionamento do Estado já não é dos 8 anos do Governo dos governos António Costa mas é do do governo de de Luís Montenegro
eh isso Ponto eh o partido socialista que terá dever refriar um pouco os seus impulsos mais de esquerda e revolucionários que Pedro Santos tem um pouco isso não é Talvez ulir um grande sapo fechar os olhos e deixar passar isto para tirar proveitos mais à frente mas pronto mas isso é oove min leitura agora a o chega aqui não pois era isso que i ia perguntar é que o partido socialista depois ao mesmo tempo tem um grande receio que é tem medo que o chega lhe fique o lugar e E é isso que está a
dar todo este nervoso miudinho ao ao partido socialista el que está a causar toda esta situação da instabilidade porque se não existisse o o chega Possivelmente o partido socialista a narrativa era mais fácil porque era bipol não era havia havia havia dois lados ex e era mais fácil e o partido socialista CONSEG de adulto naç sal e dizia is é o vosso primeiro orçamento uma questão democrática de tradição nós não vamos nos abster deixar passar não vamos estar contra mas cá estaremos para fazer oposição depois eh à realização e e à concretização deste orçamento durante
o próximo ano e e as coisas passavam assim agora nesta situação é mais difícil masum pronto é a política é claro que quem paga depois também é o de certa forma é o país e todos nós não é mas isto é mesmo assim e de certa forma a alguma altura e este empate que existe há de há de há de terminar e há de se arranjar uma forma de de de resolver este embr político em que o país está metido para que depois então se possam fazer as reformas que tanto se fala que tanto se
fala André Brando Amaral já conseguiu perceber ou consegue perceber qual é que é a estratégia do chega neste processo estou estou de facto um pouco surpreendido porque quer dizer o que vejo é o vejo André Ventura a ser muito taxativo e muito eh inflexível nas suas afirmações ou seja o irrevogável que aliás é uma palavra péssima para para para André Ventura utilizar não é porque tem é uma é uma expressão de má memória exatamente també f não é muito exemplar também fiquei Surpreendida pela utilização desse termo como é que ele recorreu eu eu vi isso
na na televisão entender eu fiquei na dúvida se ele se descaiu e depois se apercebeu se foi de propósito eh não não ten essa certeza eh vejo que André Ventura é a forma de fazer política foi assim que o chega também cresceu foi sempre a elevar a fasquia e e o grau de exigência e a e a até de certa forma a gritaria da lá h e portanto agora como é que depois se explica um partido que se apresenta sempre com um discurso populista e moralista palar verdade etc vai-se explicar a dizer Afinal eh porque
pode sempre dizer não AD aqui acertou combinou connosco e e acordou connosco aqui algumas mudanças algumas medidas que eram nossas e nós então vamos votar a favor ou abster etc certo mas eh a verdade é que isso é o que as pessoas também de certa forma são pouco fartas e que André Ventura sempre criticou que são os políticos têm duas palavras dizem uma coisa mas depois fazem outra porque as circunstâncias mudaram não é Ou pelo menos eles dizem que as circunstâncias mudaram e portanto André Ventura e o cha tem aqui também muito em risco quanto
mais não seja e a credibilidade da da imagem que criaram H criaram uma imagem impoluta as pessoas não são impolutas não é Todos nós temos pecados e a ideia de que há um político que não tem pecados é uma algo é complicado porque somos todos pessoas humanas e todos erramos Hum e esse é o preço que eu cheg a pagar um dia se vai ser muito pesado ou não logo logo ver hum portanto para sairmos daqui ou para os partidos saírem daqui e sem perderem a face vamos ter muita retórica e muito teatro sim sim
sim como eu digo como eu digo o dia da votação vai ser então o final da peça de teatro teatro clímax Hum e pode po ver como pode dar parece-lhe que pode dar-se o caso de nenhum partido manifestar publicamente o seu sentido de voto até ao momento da votação Sim é isso mesmo neste momento é isso que parece est estamos aqui caminhar para isso A não ser que haja de facto negociações eh e o AD Ceda algumas medidas ao partido socialista e aou chega eh só que AD também tem este problema que não pode correr
o risco de estar a governar com outro programa eleitoral E é isso que o partido socialista também está a querer forçar que é fazer com KD abdique do de boa parte do seu programa eleitoral ou não é boa parte mas medidas diplomáticas eh de forma a que desvirtue e as suas a sua governação e com isso claro criar problemas a AD para se explicar perante o seu eleitorado portanto tudo isto é um jogo político eh na política pura nãoé eh para quem gosta de acompanhar Isto é extremamente interessante eh mas é o como eu digo
para a vida de todos nós para o dia a dia acaba por ser prejudicial André Brando Amaral agradeço-lhe e ter juntado a nós contracorrente colonista do Observador momentos interessantes dizia o André Abrantes Amaral para quem trabalha na política é o caso do Miguel Santos carrapatoso H editor adjunto de política do Observador Bom dia Miguel bom dia bom dia como é que estamos ao nível da negociação estive a ouvir-vos atentamente e e acho que tem graça se eu fizer um jogo de discordar em absoluto de tudo que tu dis de tudo que vocês disseram não com
isso dizendo não com isso dizendo que concordo essencialmente com o que vou dizer a seguir mas porque de facto quer no chega quer no partido socialista quer no governo Há muitas dúvidas sobre que que cenários são ou não mais vantajosos portanto eu vou fazer o jogo ao contrário vantajosos para os partidos para os próprios portanto no cenário partimos todos do do princípio que umas eleições antecipadas não farão bem a ninguém ainda que haja quem quer no partido socialista quer no chega quer no governo entend exatamente o contrário portanto eu vou dar os argumentos eh ao
contrário começando pelo chega eh Vimos que André Ventura já disse que vai votar contra o orçamento do Estado disse que a decisão é irrevogável e esta decisão causa alguma estranheza tendo em conta que o chega conseguiu nas últimas eleições uma bancada de 50 deputados André Ventura já reconheceu que o risco de de ir de novo a votos que existe um risco de ir de novo a votos porque a bancada pode encolher signif significativamente Qual é o argumento ent Então qual é a tese que vingou aparentemente no interior do chga que a espinha dorsal do partido
Portanto o eleitorado verdadeiramente Fiel do chega que valerá entre 8 A 9% o resultado que o partido teve a nas europeias é a espinha dorsal é aquela que importa agora segurar o chega já percebeu que não tem vantagens em ser o patinho feio do atual ciclo parlamentar que Luís Montenegro não conta com com ele que vai estar sempre nesta nesta posição de implorar P um acordo com a aliança democrática e luí e que Luís Montenegro não vai fazer o favor então na cabeça dos principais dirigentes dos chegas está precisamente a ideia de que é preciso
segurar estes 8 a 9% se o chega depois de tudo o que Luís Montenegro disse sobre Andre Ventura Claud casse e desse a mão ao governo é convicção deste destes elementos eh influentes no chega e de André Ventura que esses 8 A 99% do eleitorado iriam embora e nunca mais regressaram ao partido portanto a vantagem para o chega de ir agora à vos melhor é segurar o que já tem é segurar o núcleo duro do seu eleitorado e portanto portanto se cumprindo a velha máxima vale mais um pássaro na mão do que dois ou então
um passe atrás para dar dois à frente a seguir porque a ideia que existe é que se agora o chega depois de ter sido uma espécie de de Pinhata até aqui de Luís Montenegro se desse então André Ventura ficaria ou daria a imagem de ser mais um entretantos de ser não ter aquela pureza e de que falava o André Isto é o que vai eh na no interior do chega E aparentemente foi esta tese apesar das muitas dúvidas que existiam em relação ao caminho a seguir foi esta tese que vingou porque André Ventura voltou hoje
mesmo a repetir que não vai votar Eh Ou vai chumbar o orçamento estal no partido socialista também há muitas teses o que demonstra a desorientação que vai eh no Largo do rato há tese que de que de facto o partido socialista deveria pelo menos eh abster-se neste orçamento há quem defenda que nem sequer o deveria negociar para não ficar colado ao governo há quem entenda que sim deve tentar ter ganhos de causa eh neste orçamento e que seria um erro absoluto eh provocar ouou ajudar a provocar uma crise política porque o partido socialista poderia perder
ou ter um resultado francamente negativo nas próximas eleições esta tese existe aparentemente Pedro nundo Santos está a encaminhar-se para uma outra e nesse sentido deixa-me só abrir aqui um prens o PS o o chega até pode ter feito um favor ao PS ao colocar-se de Fora portanto dando argumentos a Pedro Nuno Santos vejam lá nós somos um partido do sistema nós estamos aqui para contribuir seria a a tese do partido responsáv sim ao mesmo tempo e parece ser essa atendendo às últimas declarações de Pedro Santos que tem oscilado muito e tem ziguezague muito nas suas
posições Pedro nun Santos parece ter parece estar inclinado de facto para não dar a mão ao governo de luí Montenegro não faz muito sentido é contraintuitivo se olharmos para as sondagens que existem se olharmos para as últimas eleições europeias É contraintuitivo porquê Porque o partido socialista mesmo que vença as PR próximas eleições não terá uma maioria de esquerda para governar e este mesmo que vença as eleições é um é um se muito arriscado agora Pedro n Santos e e muita gente na direção do partido socialista não ignora que perder agora as eleições e pode ser
mau perder daqui a 2 anos é francamente pior e então há muita gente no partido socialista que entende que é preferível ir a votos agora a ver uma clarificação o partido is até pode perder as eleições a aliança democrática ficará Possivelmente em melhores condições de governar só com a iniciativa Liberal portanto haver uma maioria entre a d e a iniciativa Liberal isso deixaria o partido socialista eh menos refém destes eh desta discussão em que está só só para terminar esta discussão em que está envolvido desde março deste ano Ou seja todos os olhos todos os
olhares estão sobre o partido socialista O que é que fará o partido socialista e aí e aí clarificam não só a situação política do país mas até a sua própria situação interna en a sua situação enquanto o seu papel no jogo ou seja o partido socialista ficaria em definitivo no lugar de líder da oposição e não mais como uma possível ou não Bengala do governo mas eh o o grande problema é quando as nossas contas contam que só contam basicamente com as contas dos outros a primeira minha primeira dúvida é eu percebo isso para o
partido socialist mas o partido socialista que depois iria à eleições já não seria com Pedro Santos né provavelmente não sabemos volto só a referir que esta não é necessariamente a tese que me anima mais ou que me convence mas não penso que o líder fosse Pedro n Santos outra coisa não parece que nos próximos tempos consiga haver uma maioria entre AD e iniciativa Liberal não é eh portanto eh eu percebo que se possa querer retirar o chega da da equação Mas uma coisa é querer-se outra coisa é conseguir-se e portanto eh pode até ainda conseguir
acentuar-se mais essa e essa não estou a dizer que o chega vai ter uma melhor votação mas a iniciativa Liberal também não estou a ver a crescer assim tanto portanto eh fazia-se isso tudo para ficar tudo mais ou menos a mesma era era um quer dizer no fundo Estás a dizer que não vamos tir o orçamento eu tenho uma aposta volto sempre à aposta com a Helena porque ainda não desisti de de a vencer é muito difícil José Manel porque quer dizer se se o partido se o partido socialista quer dizer vamos dar ver se
o partido socialista está convencido que não que é melhor não aprovar o orçamento se o chega está determinada não aprovar o orçamento não H orçamento eu convido até os nossos ouvintes eleitores a a a recuperarem as posições de a posição de de de Pedro Santos numa entrevista ao canal Now em Julho Uhum em que dizia entre outras coisas estava muito otimista em relação à aprovação do orçamento do Estado e compará-la com o discurso de Pedro Nuno Santos no na academia socialista em em setembro final de agosto são posições absolutamente diferentes portanto eu acho que há
uma grande desorientação no partido socialista substantivo que contamina toda toda a discussão desculpa diferentes só para esclarecer os nossos vitos diferentes para no no sentido de exatamente ou seja o Pedro nun Santos de setembro de final de agosto é diferente do Pedro Nuno Santos de de Julho isso contamina esta desorientação que existe contamina obviamente a leitura que se possa fazer da do do orçamento do estado e isso na tua opinião indicia o quê que Pedro Nuno Santos está a ser pressionado pelas circunstâncias ou pelo partido a votar contra Pedro Nuno Santos terá ou ou ou
sentirá que Luís Montenegro está a tentar provocar ou tentar esticar acorda até o limite e terá percebido algures que não pode estar sistematicamente nesta posição de grande fragilidade ter ser o parceiro preferencial de Luís Montenegro e ao mesmo tempo eh ser criticado dia sim dia não pelo próprio e primeiro-ministro e depois há uma pergunta que mas quer dizer a posição de Montenegro é simétrica não é quer quer falar com ped no Santos que passa a vida a criticá-lo Mas isso faz parte do regra do jogo quer dizer não sei como é que eles querem fazer
de maneira diferente há uma pergunta que nós vamos fazendo insistentemente às várias aos vários protagonistas quer do lado do partido socialista quer do lado do governo que é está toda a gente convencida atendendo aos números que existem de sondagens e também aos resultados recentes que o partido socialista não Vencerá as próximas eleições se elas forem antecipadas imaginando que o país e há votos algures em fevereiro março que fosse o partido socialista é existe essa convicção de que o partido socialista não venceria as eleições a pergunta que se faz automaticamente ou que se vai fazendo automaticamente
no Largo do rato é mas então venceremos em daqui a 2 anos historicamente o o o partido que está no poder tem uma vantagem Evidente foi assim com um célebre exemplo de Aníbal Cavaco Silva portanto Pedro n Santos pode ter percebido que perder agora será melhor do que perder daqui a 2 anos e pode ter percebido que ou pode ter-se convencido que prefere cair de pé do que daqui a 2 anos cair como António José seguro caiu e isso pode estar a moldar A Estratégia do partido socialista para este orçamento de facto é difícil imaginar
um cenário em que o partido socialista vença umas eleições daqui a 2 anos atendendo a tudo aquilo que o Governo está a fazer e este Governo está claramente a repetir uma receita que foi a de António Costa que é segurar os segmentos eleitorais importantes aqueles que garantem votos tentar e eh tentar fazer as pazes com os pensionistas piscar os o o o olho ao eleitorado mais jovem que sabemos que é um eleitorado que anima muito e o bloco das direitas e portanto PED do Santos pode ter percebido que está cercado está cercado isso contamina obviamente
a discussão do orçamento sim mas não tem que esperar dois anos poes esperar três ou poes esperar quatro vai lá e po pode esperar quatro e e com quatro chegamos ao fim do ciclo e logo se v o que é que acontece porque em quatro anos muita água passará por baixo das pontes não é É verdade e e nós temos o exemplo recente portanto e tudo isto tem argumentos para para rebater nós temos o exemplo de António Costa teve uma maioria absoluta e e durou do anos dois anos também pode acontecer que Luis mon deiro
repita o primeiro António Costa que chegou ao poder em 2015 e toda a gente dizia que não ia durar um mês e aguentou se e 8 anos e e PED Santos não tem 8 anos o partido socialista não vai dar anosim mas não dá como não deram como não deram não deram a pades coelho e depois a Rui Rio portanto acabaram por por os enviar embora mas seja lá como for eh eu creio que neste momento ir para eleições pá os partidos podem mesmo ser muito prejudicados porque ficará sempre percepção que é o que é
a oposição que que provocou as eleições é muito por mais que eles digam que não que o governo não negoceia que não dá os números que isto que aquilo e aquilo outro e bem vamos lá ver o o cidadão comum não não tá não tá a seguir a giga joga do e cada passo cada passo disto tem uma ideia geral pronto eles estão a fazer isto eles estão a prometer isto os outros estão a dizer o contrário e tal portanto e derrubar o PCP não viu o que é que aconteceu Ach acho que é a
opinião pública é mais e favorável a quem está já instalado Ou seja a quem governa do que a quem está na oposição sobretudo nesta nesta nesta altura do campeonato não é se fosse numa altura diferente em que já houvesse um desgaste muito grande seria seria diferente agora 6 meses depois do governo ter tomado posse quer dizer estamos a 4 meses daqui até lá são 5 meses e meio não é não é uma não é assim uma coisa muito muito muito longa eh e apesar de haver muitas coisas que estão não estão a correr bem ao
governo digamos para ser Generoso quer dizer não não deu tempo para dizer vão-se embora não é porque há outras que estão a correr melhor quer dizer outras estão a correr melhor e a economia não está má portanto não há não há assim uma não houve ainda uma crise grande portanto eu creio que é difícil um partido partidos como bem o cha nunca se sabe quer dizer de facto a estratégia o chega quer segurar oito depois de ter tido 18 também digamos é assim um pouco é não não não é intuitivo não é intuitivo mas sobretudo
votando já votando já contra Qual é que será o seu papel como partido da oposição até ao momento da votação a pergunta que eu devou a audit qual é o papel do chega neste momento pois qual tens resposta Miguel neste momento está numa posição em que queria muito fazer parte de uma solução de direita e não faz parte dela mas cada cada ato que ele chega faz torna isso mais difícil porque é um partido tão errático que ninguém tem confiança nele não é portanto mesmo as pessoas que disseram não devia haver linhas vermelhas hoje dizem
mas mas como quer dizer para onde é que eles vão mudam todos os dias portanto é um bocadinho mais mais mais difícil mas há aqui uma questão que é olha deixa só uma co uma outra pergunta que é e o que é que quer dizer para ano temos eleições não é que são as autárquicas sim eh a o quadro de autárquica está a pressionar mais quem porque para todos efeitos isto cruza-se não é portanto porque uma das coisas que se percebeu agora por exemplo neste processo foi que os partidos mais à esquerda PCP e bloco
começaram a dizer ao PS vocês vizam orçamento não há coligações aticas isto pressiona muito o partido socialista o o partido socialista Isto são são pinat digamos assim porque no fundo no fundo quando falamos de colações falamos de Lisboa e pouco mais não é é Lisboa e pouco mais o partido socialista está muito apostado nas próximas eleições autárquicas não me parece e acho que e devemos sempre olhar para não fazendo exatamente arqueologia política olhar para os exemplos mais recentes ri Rio teve um resultado um resultad nas últimas autárquicas Carlos moedas venceu Lisboa o PSD venceu Coimbra
e teve uma série de de resultados muito positivos e e depois António Costa Teve teve uma maioria absoluta portanto também não parece muito avisado que um partido ou no caso o partido socialista faça muita fé num grande resultado nas autárquicas enquanto trampolim para para para para vencer ou para voltar ao poder só só que o partido vale muito pelo pelo seu poder local port ponto de vista a pressão sobre o l Salgueiro tem sido uma das mais vocais na defesa da aprovação do orçamento por exemplo porque aqui há duas coisas que podem jogar em sentidos
contrários que é os autarcas que estão os autarcas querem estão querem oramento por cus até por causa do Pr exatamente o os altaras que não estão e querem estar se calhar não querem orçamento e para o partido socialista há câmaras que podem ser são que são muito importantes porque são mudanças de ciclo eh Porto começar pelo Porto Braga e Cascais Santarém uma capital distrito Santarém não sei se é mç de ciclo por acaso Creio que sim sim mas o porcento clá está saiu e portanto já de um lugar a outro pode ser que a coisa
a coisa se componha portanto há outra câ ciclo muito importante que é a segunda do país para todos os efeitos que é Cintra não sei se de Gaia também mas Gaia é uma câmara em princípio segura do partido socialista Cascais não sei se já disse já dis casc portanto Há muitas câmaras que são que estão em mudança de ciclo e pode haver aqui um um grau de ambição do partido socialista eh em que n alguns casos preciso de partidos à esquerda não sei em quantos deles além de Lisboa a porg as c o jogo local
é muito local Mesmo muitas vezes não é talvez por por ter acompanhado durante durante algum tempo o O Reinado do Rui Rio no PSD lembro-me bem das queixas que que se iam fazendo que se ia fazendo no no no núcleo duro do do então líder do PSD e uma delas era que era de facto muito difícil fazer oposição António Costa porque por muitos erros que aquele governo cometesse António Costa tinha uma base eleitoral muito sólida acendo sobretudo em pensionistas Funcionários Públicos e eu faço este exercício colocando-me nos chatos de Pedro nunos Santos lugar onde eu
não queria estar de todo imaginar o partido socialista a fazer Oposição a um governo ainda para mais um governo da Aliança democrática que por exemplo estou aqui a ler uma notícia eh do Eco governo quer aumentar salário mínimo nacional para para 860 € no próximo ano se somarmos isto aos bonos para os pensionistas ou aos impostos mais baixos para os mais jovens ou uma série de medidas que o Governo está eh a tomar para eh estender a mancha eleitoral eh da Aliança democrática eu não antecipo uma vida nada fácil a Qualquer que seja o líder
do partido socialista e admito e acho que é essa é esse o caminho que se foi trilhando nos últimos meses por parte dos principais dirigentes do do partido socialista havendo muitas divisões no Laro do Rato quer dizer basta ou ouvir Francisco Cis ou então Luísa Salgueiro Como como estávamos a falar para perceber que é muito diferente daquilo que Pedro Santos tem dito mas ainda assim olhando para o que pode ser o futuro de PED Santos é muito difícil antecipar que numas eleições que ocorram daqui a 2 anos ou que ocorra no prazo normal daqui a
quatro o Pedro n possa vencê-las p o o presidente não vai desolver o Parlamento e tanto o que é que o que é que o partido C ganha em não aprovar o orçamento fica com o ónus e não tem eleições E H outra questão o irc não vai o irc não vai ao orçamento o irc vai em autorização Legislativa e portanto como vai em autorização Legislativa aquilo que que porque o governo mandou por e o Miranda saro já disse que o irc não vai estar no orçamento o que vai acontecer e e o E aí
o chega sim mas tem que estar as contas do irc no orçamento Mas aí o chega já disse que vai viabilizar e eh vai aprovar o a alteração do irc o que nós vamos ter não é e foi por isso que o Pedro nundo diz então se vai governar com o chega eh então aí nós seremos contra ou seja de alguma forma o Pedro Nuno Santos também se pôs um bocadinho nas mãos do do do André Ventura não é porque agora e nessa matéria o André Ventura já foi Claro ele disse que vai aprovar o
André Ventura e iniciativa Liberal portanto eh não não está muito fácil não é nada fácil nada fácil porque não é um jogo a dois é um jogo a três que é muito mais difícil não é e portanto as pessoa nós muitas vezes temos a nossa cabeça formatada para falar de um jogo a dois Monte Negro a Pedro Santos mas não não é nada disso porque Há ali um terceiro elemento e o terceiro elemento tenta condicionar os dois no caso até há um quarto que é o presidente da república que já disse que não vai dissolver
à à Assembleia não disse não disse quer dizer mas D muito a entender e então e atenção se houver quer dizer o que é que ganham o chega enfim é sempre um jogo de de de de sombras e de e de jogadas às vezes incompreensíveis agora o partido socialista O que é que ganha de ficar com ontes não ter aprovado e depois o o Parlamento ser disolvido este ano nem o próximo Depois deixa de poder ser disolvido quer dizer é porque ele não tem não pode contar com uma complicidade em blé neste neste momento porque
Marcelo Rebelo de Sousa a última coisa que ele quer é voltar a dissolver para ter um Parlamento igual Portanto ele não ele ele quer dizer não sei se mesmo arrastado pelos cabelos ele já não tem muitos como eu também já não tenho muitos ele fará isso para mim não temos mais tempo José Manuel Fernandes Miguel Santos carrapatos e Helena Matos até amanhã obrigado obrigado C
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