e hoje a gente vai iniciar uma longa conversa sobre o paif por meio de um conjunto de vídeo chamados no miudinho do pai se o nosso desafio nessa série é falar de forma simples e prática sobre o principal serviço do CRAS ou seja o paif que materializa o trabalho social com famílias no âmbito da proteção básica do suas eu sou Ana tricoline e é seu suas conversas Olá pessoal suas conversas tudo bem com vocês esse é o primeiro vídeo de uma série chamada no miudinho do pai se batizei essa série com esse nome porque o
nosso desafio é traduzir em práticas aquilo que está especificado nos rios de orientações técnicas sobre o país ou seja é um miudinho do atendimento e do acompanhamento familiar mas antes da gente falar do meu dia do pai si próprio e a gente precisa de uma conversa franca sobre classe e sobre o paif e se você gosta dos conteúdos aqui do suas conversas curta esse vídeo porque isso disse pro YouTube que ele é conteúdo relevante e faz YouTube distribuído para mais pessoas também compartilha esse vídeo com pessoas que você conhece que estão chegando agora o suas
ou gestores da assistência social que estão assumindo agora com estudantes de Psicologia serviço social pedagogia sociologia direito enfim de todas as profissões que possam fazer parte do rol dos profissionais do suas na conversa franca sobre o Crazy sobre o pai se eu preciso dizer que faz 12 anos que eu sou trabalhadores do suas nesse período eu já atuei como técnico de nível superior e sem psicóloga do CRAS eu já atuei como gestora também como coordenadora de cresça como diretora de proteção especial como diretora de gestão do suas Eu também já circulei em vários municípios dando
consultoria sobre Cras sobre paz E então nesses 12 anos atuando no Sistema Único de assistência social eu pude perceber que o pai se tem diferentes estágios de implantação em diferentes municípios existem municípios que têm práticas muito inovadoras tanto que é comum a gente encontrar artigos de relatos de experiências com práticas bem interessantes de execução do paif da mesma forma existem municípios que estão estágio bem anterior da implantação do pai se correram seminários regionais sobre o paif os estágios de implantação do paif em 2018 promovidos pelo então MDS nesses seminários acabou se constatando exatamente isso uma
grande diversidade de práticas então ao mesmo tempo que a gente encontra municípios com práticas e inovadoras com ações bastante criativas e no estágio não sabe de implementação das atividades das ações do paif Nós também encontramos municípios que ainda estão no modelo anterior naquele modelo queixa-conduta o pensamento parecido com o então chamado plantão social então é aquele tipo de atendimento em que a equipe está lá no Cras e as famílias chegam predomina a busca espontânea em relação a busca ativa às vezes nem dá tempo de fazer a busca ativa uma vez que a equipe acaba engolida
por essas demandas que vão chegando a todo o momento e um atendimento caracterizado pelo foco no benefício tem que a família chega traz as suas demandas ao final desse atendimento é solicitado algum benefício seja uma cesta básica eo vale-transporte ou encaminhamentos diversos mas esse atendimento ele não tem a ter continuidade uma das frases mais comuns que eu escuto nos Cras Brasil afora é a frase eu me sinto enxugando o gelo por parte das pessoas da equipe isso porque a equipe percebe que no longo prazo essas práticas pontuais e focalizados não tem grande impacto na redução
da vulnerabilidade social nos territórios Existem várias situações de vulnerabilidade social que a poesia instaladas e que demandariam um acompanhamento o mesmo atendimento diferenciado e não apenas focado nessa concessão em uma lógica queixa-conduta não estou aqui querendo com isso negar a existência e importância do benefício mas a gente pensar que o benefício ele está inserido dentro de uma lógica em que a gente precisa articular ele ao serviço ao acesso a direitos ao acesso à renda ao acesso a encaminhamentos é uma atenção a um trabalho social com as famílias há muitos anos atrás eu encontrei um texto
do assistente social Maurício os homens Lane que relata Exatamente isso ele traz um retrato do cotidiano do atendimento sócio-assistencial em alguns Cras do Brasil afora diz o autor a cena se repete à exaustão no atendimento social usuário conta a sua vida seus problemas e faz uma pausa olhando para o técnico como quem disse e agora o que você vai fazer por mim fica implícita uma armadilha na qual uso a e os problemas e o técnico geralmente um assistente social ou psicólogo com as soluções Mais especificamente com os benefícios passado algum tempo o serviço e às
vezes o próprio técnico decepciona-se com a ausência de alterações na vida do usuário acabando por culpabiliza-la pela manutenção da situação apesar de tudo o que ela foi concedido surgem então categorias como negligente inoperante avesso ou impermeável a mudança que encontram Eco no senso comum e como dizemos no próprio usuário se não existir uma forte autopercepção do técnico este poderá produzir relatórios que podem embasar medidas descabidas por vezes preconceituosas de instituições como conselhos tutelares justiça promotorias que acabam Purpurina excluído por sua própria exclusão ou seja essa lógica focada no benefício ela tende a não promover mudanças
de longo prazo ela tende a não promover mudanças que tem um impacto em um dado território e por conta disso muitas vezes ela acaba resultando nessa armadilha e que o excluído é culpado pela própria exclusão porque uma situação de vulnerabilidade em instalada uma vez que essa família tem uma ausência de renda uma hipossuficiência de renda essa vulnerabilidade instalada é tomada como um algo pontual algo eventual e acaba se dando uma atenção pontual que não vai instalar essa demanda no longo prazo muitas vezes a relação que acaba se tecendo nessa nesse entremeio é uma relação de
culpa é uma relação de pena é uma relação entre si olha para esse usuário e pressa família não como um cidadão então a gente não precisa negar a existência ou a importância do benefício mas a gente precisa construir uma prática socioassistencial que consiga articular o benefício no contexto de serviços sócio-assistenciais de qualidade e no caso da proteção social básica do paif por que que eu tô iniciando essa série com essa conversa franca por quê e as pessoas me perguntam lá muito legal os vídeos do suas conversas que bons em todos os municípios a gente tivesse
assim eu também já trabalhei muito tempo diretamente no Cras com as famílias Então não sei o quanto que é difícil e o quanto a gente se sente nesse cotidiano enxugando gelo e o quanto é demorado e complexo um processo de transição de um modelo de plantão social para um modelo de trabalho social com famílias na lógica do pai no entanto essa transição um dia precisa iniciar por mais que ela seja demorada por mais que ela seja difícil ela precisa iniciar e ela não é um processo do dia para noite precisa envolver muitas discussões em equipe
muito planejamento e também a participação dos usuários então como eu disse existem vários estágios de implantação do paif Brasil afora e a gente ainda tem muito que avançar em diversos municípios e interessante que isso não tem a ver com o porte do município a gente encontra isso tanto e municípios grandes quanto que municípios pequenininhos q Às vezes o município tem poucas a ser um prioritárias para acompanhamento por exemplo famílias do Bolsa Família já foi municípios que se não dez ou doze famílias do Bolsa Família e mesmo sendo apenas dez ou doze eles eram tão engolidos
por essa demanda de plantão social de atendimento praticamente emergencial entre aspas que elas não conseguiram acompanhar aquelas Dez ou doze famílias então eu não tô aqui para dizer tá tudo errado para tudo vamos usar sim amanhã para ontem resolver tudo isso não a gente precisa pensar que esse é um processo de construção aliás primeiro um processo de desconstrução de velhas práticas porque muitas vezes a gente tem modelos em disputa a velha Assistência Social focalizada no benefício e ele demandas pontuais e assistência social que se pretende de caráter sistemático preventivo e protetivo e proativo Na graduação
em psicologia eu tive uma professora que me marcou muito ela era psicanalista dava aula de clínica a professora MA e a Saudosa Marilu hoje falecida infelizmente deu uma aula uma vez sobre clínica e eu lembro até hoje assim quando ela falou da questão da cura existem alguns funcionamentos psíquicos e algumas patologias que em tese não tem cura e quando a gente pensa em cura na psicologia esse conceito mesmo de cura de um funcionamento é um pouco e um pouco o questionável é o que ela falava a gente nunca existem situações que a gente nunca vai
conseguir a cura a gente tem que olhar para o horizonte de cura a gente tem que olhar para que ele ideal que que é o horizonte algo para o qual a gente caminho e a gente nunca vai chegar mas a gente precisa ter o horizonte de cura vejam que lindo isso aquela ideia aquele ideal aquele almejado precisa estar no nosso Horizonte Então antes de eu pensar a Ana falou que tá tudo errado lá nas suas conversas eu vi que tá tudo errado que o meu caso tem que parar tudo não a gente precisa olhar para
o estágio para o momento em que o nosso Oi hoje em relação ao faz e a gente precisa ter esse Horizonte do que que seria assistência social que a gente deseja do que que seria o Cras que a gente quer do que que seria o pai fica a gente quer e a partir daí dentro das nossas possibilidades do nosso tempo das limitações e das peculiaridades do nosso município a gente vai caminhando em direção a s Horizonte aí se Horizonte do paif perfeito vamos dizer assim aliás se a gente tomar isso para o suas perfeito mesmo
seria a gente nem existir seria o mundo te justiça social e não existirem Abismo os de exclusão social e de desigualdade não existirem violações de direitos não existirem violências Mas elas existem elas são expressões da questão social como dizem as assistentes sociais e como eu aprendi com elas e a gente precisa trabalhar de uma forma que a gente consiga articular serviços e benefícios e que a gente consiga fazer uma oferta de um trabalho social qualificado o nosso sujeito de direitos para que o nosso usuário consiga alcançar a autonomia e não só através do Crazy do
paif mas através do CRAS do paif das políticas públicas do acesso à renda do acesso aos direitos socioassistenciais da articulação intersetorial e fim do acesso à proteção social como um todo falando assim parece muito genérico mas o que que eu quero que fique desse vídeo essa ideia de que independente do estágio de desenvolvimento do pai e fica o seu frase está a gente precisa caminhar para um Horizonte em que a gente consiga se aproximar dentro das limitações do nosso município dentro das peculiaridades do nosso município e num processo gradativo construído coletivamente construído com a participação
dos usuários que a gente consiga se aproximar de Cida é algo que seria o pai e vocês vão ver que a gente consegue não só se aproximar desse ideal como daqui a pouco recriar experiências trabalhar com criatividade trabalhar com e produzindo junto com as famílias dos territórios novas práticas Afinal Como eu disse também existem práticas muito inovadoras e muito potentes que foram desenvolvidas nos Cras Brasil afora então mesmo que leve tempo essa caminhada em direção a esse Horizonte do pai precisa começar ela precisa ser gradual e ela precisa dar o primeiro passo uma vez eu
li que o maior grau de participação social que nós podemos ter é o poder de influenciar decisões todos nós influenciamos decisões de alguma forma não precisa ser gestor do suas para influenciar decisões você pode ser um profissional um trabalhador de suas você pode ser um usuário do suas com informações sobre os seus direitos quando a gente dá uma opinião qualificada quando a gente traz elementos dados a gente testa experiências nos nossos municípios a gente também acaba através das nossas ações das nossas opiniões das nossas leituras das nossas experiências influenciam algumas desses bom então não se
sinta que você não consegue mudar a realidade do seu município saiba que cada profissional cada Trabalhador de suas cada um de nós é fundamental para gente caminhar em direção a assistência social da qual a gente acredita é por isso que se nesses vídeos do milzinho do paif algumas coisas que eu falar que não estão acontecendo estão muito longe de acontecer no miudinho do atendimento e do acompanhamento lá no seu Cras tudo bem quem sabe essas coisas ficam para o horizonte do que a gente deseja e daqui a pouco aqui nos comentários também vem um novas
práticas venham práticas muito potentes e práticas criativas para que a gente possa partilhar boas experiências e uns auxiliarem os outros uns contribuírem com os outros na construção da assistência social que a gente quer eu também escutei uma vez que o sistema único de assistência social tem o poder de juntar todo mundo de une todo mundo em torno de um mesmo objetivo a gente constrói o sua os trabalhadores lá no cotidiano lá no miudinho do atendimento somos construtores do suas os usuários lá no miudinho de atendimento são construtores do SUS então que a gente possa juntos
chegar algo mais próximo possível desse ideal dessa assistência social que promovi de fato acesso e cidadania era isso por hoje então até a nossa próxima conversa eu espero você para gente começar o papo sobre um miudinho do paif ai se você gosta do nosso conteúdo aqui nas suas conversas por favor compartilhe com seus amigos com gestores com conhecidos com pessoas que estão chegando ao suas comente traga suas experiências aqui nos comentários e inscreva-se no nosso canal ativando o Sininho das notificações e sendo avisado toda vez que tiver vídeo novo por aqui a gente se vê
na próxima conversa para falar do milzinho do pai tchau