4º Encontro da Diversidade - Narrativas que potencializam um corporativo mais inclusivo

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S tocando figurinha o painel número três se chama narrativas que potencializam um corporativo mais inclusivo gente gente é emprego é trabalho para todos nós então vocês vão fazer barulho com pess entrar porque quanto mais você mais sobe a barra mais elas tem que arrasar viu como que acontece no painel anterior né então tu grita porque cada um tem o panelista que merece vamos lá a Milka Silva coordenadora de diversidade do Instituto XP é muito dinheiro abraça abraa final vem vai subir ess painel lá para cima he amiga tá bonita também tem descrição depois logo dela
a partir dela não menos arrasadora é a Giovana Eleodoro historiadora apresentadora cofundadora da Trans [Aplausos] [Música] baile aqui abraço [Música] gosta de abraço gosta de abraço eu gosto gosto de abraço tem que abraçar agora minha amiga querida que pula do Rio de Janeiro para São Paulo de São Paulo boipeba depois vai para Nova York hoje em dia ela tá aqui piniquinho com vocês então Raissa Couto fundadora da 7.1 acessibilidade criativa vem desfilando abraço abraça eu não é fazendo amigo a gente joga para cima vai boa vocês estão prontas tem mais antes da gente começar então
nosso painel vamos fazer aquela dinâmica tá todo mundo com a plaquinha aí a i b quem não tá vamos lá então a gente vai fazer a dinâmica eu vou ler aqui a pergunta e aí a gente levanta para ver se é A ou B E aí eu passo a bola para vocês Para poderem discutir esse tema tão importante vamos lá pegar minha colinha aqui liderança é um dos principais fatores que influenciam pedidos de demissão real né e tudo é sobre pessoas né a gente fala muito do corporativo corporativo Mas sempre tem uma pessoa lá né
uma pesquisa da Michael Page apontou que 80% dos profissionais que pediram demissão mencionaram problemas com seus líderes enquanto a galup revela que 50% dos colaboradores tiveram a mesma razão isso mostra a importância de repensarmos práticas de liderança a gente fala tava comentando isso quando a gente tava ouvindo os dois primeiros painéis a gente fala muito né sobre a liderança mas sempre são pessoas né então a gente tem que mudar as pessoas né porque a gente é uma uma coisa só tá no trabalho tá em casa então provavelmente quem tá tendo condutas não legais enquanto Líder
também na vida pessoal age da mesma forma né Mas vamos lá com base nesses dados e considerando o conceito de liderança inclusiva qual seria sua visão então plaquinhas lá Levanta a plaquinha a o lado da da letra a liderança inclusive é essencial para engajar equipes cada vez mais diversas e alinhar o potencial humano com os resultados do negócio e a b liderança Inclusive é questionável o que vale a aplicação rígida da meritocracia ó tá fácil hein pô deixa eu ver se tem algum B aí porque aí a gente ama para falar né acho que não
tem meninas bem-vindas bom painel para vocês se vocês puderem começar comentando um pouquinho por que é da da letra A ela é tão importante ter uma liderança inclusiva obrigado pela presença de vocês obrigada di Oi gente a gente tá na maratona de novo um prazer enorme tá aqui e puxando esse tema de liderança acho que em todas as minas as experiências e vivências gente eu sei que não parece mas eu tenho 20 anos de de mundo corporativo e eu já passei por experiências incríveis e potencializadoras com a uma liderança que observou as minhas Esquilos com
uma liderança que percebeu onde eu poderia crescer e eu consegui ter um caminho muito fluido e eu também já passei por espaços em que a minha liderança no dia a era uma trava era um obstáculo era era difícil de de lidar principalmente por algumas questões relacionadas a capacitismo por exemplo Então já vou falar um pouquinho de mim eu sou uma mulher com deficiência visual eu tenho baixa visão Inclusive eu vou est com meu tablet aqui acompanhando tudo as as as perguntas então eu acredito que a liderança inclusiva ela precisa ser uma Skill de liderança para
qualquer pessoa que deseja ser líder e para lidar com pessoas você precisa começar a entender que elas são diferentes que elas vão ter suas peculiaridades e você que precisa começar entender novos cenários começar a estar em novos lugares e furar as bolhas muitas vezes é isso que precisa acontecer eh O Di não tá aqui né mas eu acho que respondido di acho que rolou gente vamos começar o nosso painel e eu tô muito feliz de estar aqui com essas duas potências são mulheres incríveis que têm experiências que vão nos ajudar a aprofundar um pouquinho mais
nesse tema sobre narrativas né eu comentei um pouquinho aqui sobre a minha vivência e eu acho que eu posso trazer um uma palavra que me acompanha muito que é interseccionalidade É parece um palavrão mas é isso aí é quando a gente percebe ã eu vou falar um conceito que eu acho que é muito mais mais mais eh aprofundado assim que é é a questão das Avenidas identitárias né então além de ser uma mulher uma mulher eu sou negra ten deficiência sou do norte do do do Brasil e então todas essas vivências vão se cruzando e
vão me trazendo para lugares específicos e ah nós que temos algum tipo de marcadores na verdade nós todas as pessoas contamos as nossas histórias nos espaços e isso vai construindo um posicionamento sobre quem nós somos muitas vezes em grupo então esse painel ele fala sobre narrativas mas a gente vai falar muito sobre histórias aqui sobre como essas histórias são construídas Então a partir de vários papéis né E nós temos histórias que muitas vezes são contadas sobre nós que nos influenciam e daqui a pouco nós estamos contando essas histórias A partir dessa perspectiva e eu não
fiz a minha audiodescrição mas eu vou fazer agora eu sou uma mulher negra de cabelos curtos mas ele está dentro de um turbante maravilhoso super colorido ah eu tô utilizando óculos de grau Preto um blazer verde ou azul eu não sei depende para quem achar um macacão preto e um AllStar Branco eh eu vou passar rapidamente para que elas façam sua audiodescrição e também façam uma breve apresentação Olá boa tarde para todos meu nome é Giovana eliodoro sou mais conhecida como trans preta eu sou uma mulher trans Negra tô com cabelo aqui Black bem armado
tô usando uma camisa em tons terrosos com uma outra camisa sobreposta em tons terrosos e uma calça também que podem chamar de marrom Talvez né e tô usando um tênis aqui também que é um tom um pouco parecido eh sou historiadora sou apresentadora comunicadora por formação eh hoje produzo conteúdo na internet também e sou uma das cofundador do Trans bile que é a primeira plataforma pensada por e para pessoas trans enquanto uma premiação no Brasil e é uma honra trocar com vocês muito obrigada desde já gente essa descrição do tênis foi assim esse tênis é
maravilhoso eu olhei e fiquei nossa que tênis lindo é vou me sentir envergonhada agora fazer assim eh eu sou uma mulher branca uma mulher Sis sem deficiência de 1,80 meu sinal em Libras é o dedo do meio e o dedo indicador cruzados configuração de R batendo na bochecha eh eu tenho 1,80 m falei cabelos cacheados castanhos com uma mecha platinada do lado esquerdo ele é Comprido um pouquinho abaixo do ombro é não é tão comprido assim ã tenho traços finos tô usando um macacão preto também igual a Milka um mocassim Preto uma meia preta e
um blazer quadr o lado rosa é amarelo por conta da Luz acho e eu sou fundadora da 7.1 acessibilidade criativa que é uma consultoria que promove experiências para falar sobre acessibilidade e anticapacitismo eh eu sou também produtora de impacto do filme A exibilidade que é um filme que fala sobre sexualidade e pessoas com deficiência que está no global Play desde ontem assistam gente assistam esse filme gente rono ele precisa ser assistido por todas as pessoas e um dos objetivos da campanha é que realmente todo mundo assista então assistam e também sou DJ quero fazer um
convite para Rot Gabi porque ó atenta aqui para ter uma vaguinha aí para tocar na próxima maratona Então me contratem ela ela fez o meão dela é isso aí e gente vamos vamos começar falando de Cultura inclusiva né quando a gente fala de narrativa todo esse conjunto de histórias da forma como essas pessoas e aí agora eu vou falar de todos os papéis tá gente porque aqui a gente tá falando de pessoas com diversos marcadores eh a Rai Ela traz um posicionamento sobre uma mulher branca que pode nos trazer uma perspectiva de uma pessoa aliada
que está dentro de uma empresa eh empregando pessoas com deficiência e trabalhando junto com elas e a a gente tem a Giovana que também traz uma perspectiva de um Record bem mais específico de mulheres negras de mulheres trans Então a partir dessas experiências que vocês já tiveram eh contem pra gente como que essa cultura inclusiva ela pode ser construída através de narrativas diferentes eu acho que para Giovan eu vou eu vou até direcionar um pouquinho melhor a historiadora que está aí dentro desta pessoa e assim essas a forma como nós nos percebemos hoje foi construída
né ela foi falada durante toda essa história então que elementos a gente pode utilizar para que a gente comece a quebrar essas narrativas que foram contadas sobre nós Bom eu acho que o primeiro passo antes de mais nada é desmistificar a história e a memória né que eu acredito que a gente tem uma visão muito baseada de história do que a gente aprendeu na escola né e assim Quem de vocês aí gostavam da matéria história levanta a mão aí Quem gostava muito falsas porque tô brincando gente porque é uma matéria muito complexa né e eu
acho que normalmente era uma matéria muito chata mas na maioria das vezes os professores de história ou professoras eram os mais escolados mais legais Então você gostava da matéria muito mais por quem tava ali né ensinando do que pela disciplina em si mas por por quê Porque eu acho que a história que foi contada e narrada ensinada dentro das salas de aula em grande maioria no Brasil ela foi uma história baseada em grandes feitos grandes acontecimentos e grandes narrativas né e nós não somos vistas ou tidas enquanto grandes dentro desse grande contexto histórico e aí
É nesse momento que a gente começa a virar Chaves né quando a gente estuda eh Guerra Mundial que guerra mundial foi essa que não foi o mundo inteiro que participou dessa Guerra Não foi uma guerra mundial né já começa uma contranarrativa aí porque o mundo inteiro não participou dessa guerra Então por que que a gente chama de Guerra Mundial e vários outros dizeres e acontecimentos que ocorrem ao longo do que a gente aprende como história mas uma associação que eu sempre faço com história é sobre memória e eu acho que memória é uma coisa tão
poderosa que a gente tão pouco reconhece ou entende o seu poder um grande exemplo Talvez para quem já me ouviu falando em outros lugares eu costumo dizer muito sobre a minha avó Dona Alzira que é uma mulher preta eh analfabeta que eu ensinava ela até a escrever a aprender né infelizmente não consegui cumprir essa meta mas eu fui criada também por essa avó junto com a minha mãe e a minha avó era maravilhosa assim aquela vozona que você queria est com ela sabe E aí a minha avó ela foi adoecida né com Alzheimer Então ela
perdeu todos os os relapsos de memória que ela tinha então ela não sabia o nome dela não sabia quem era ela não sabia quem onde ela morava nome dos filhos dela doss netos o nome da rua dela ela não lembrava de nada e aí quando eu me deparei com a minha avó a camada nessa situação eu pensei gente mas a minha avó não tá aqui parece que eu sou o corpo dela porque tiraram todas as memórias dela e ela não consegue nem lembrar quem era ela sabe ela não consegue nem lembrar da própria história dela
E aí nesse momento virou uma chavinha na minha cabeça de Olha como a memória tão tão poderosa a ponto de que se você não tem memória você não é nada nesse meio social né Então nesse momento a gente Para para pensar sobre o que foi apagado da nossa memória e o que foi construído também dentro da nossa memória na maioria das vezes quem constrói as narrativas não somos nós mesmas né E nesse momento a gente precisa de começar a autoanalisar o poder das narrativas e nos colocarmos enquanto protagonistas delas porque se você parar para pensar
quem é que vai contar da sua história ou sobre quem foi você depois que você morrer eh dependendo da narrativa dessa pessoa ela pode dizer que você foi uma péssima pessoa que você foi uma ótima pessoa ou essa pessoa pode dizer que você não fez nada mas essa narrativa de alguma forma vai influenciar muito sobre o que você vai deixar de legado eu acho que é nesse momento que dentro do Pilar de inclusão e diversidade a gente tem que pensar e tomar poder dessas memórias que estão sendo construídas né então é esse momento que a
gente tem que tiar essa chavinha e começar a construir tomar posse não só da nossa própria história mas desse coletivo aqui que a gente integra enquanto grupos identitários muito bom muito bom vamos falar de identidade também né quando a gente fala desse ponto de narrativas e Rai eh eu queria que você trouxesse um pouquinho sobre a tua perspectiva sobre esses elementos E como que todas as pessoas e aí agora já vou aprofundar um pouquinho mais em mundo corporativo eh pensando também no teu trabalho como consultora eh de como a gente pode construir consolidar outras narrativas
e quebrar aquilo que já tá cristalizado há muito tempo sobre pessoas com deficiência por exemplo você mencionou o filme A sexibich que é um um desses recortes em que a gente acredita que pessoas com deficiência não não não tem nenhum tipo de sexualidade que pessoas com deficiência não transam e Então como que a gente quebra isso e como é que funciona Qual é esse caminho para uma cultura mais inclusiva Oi bom é Um Desafio enorme né acho que foi falado bastante aqui na na na primeira mesa principalmente a Verônica trouxe super bem assim de que
as coisas né tá mudando bastante mas ainda é Um Desafio muito grande e a urgência é maior do que a mudança né É isso que ela trouxe eu falei nossa é exatamente isso porque às vezes muda daí né regrid a gente vai e volta mas eh precisa ser mais urgente assim e falando de narrativas né todo o trabalho que eu faço assim com as empresas eh as empresas elas são muito elas estão muito elas ainda são muito perdidas né no todo esse debate todo o debate de anticapacitismo de acessibilidade por sinal hoje é o dia
nacional de acessibilidade então celebrarem um dia super importante que a gente precisa falar né cada vez mais sobre verdade nos espaços e nos projetos eh mas é é muito difícil porque as empresas são muito distantes das pessoas com deficiência né Elas estão sempre querendo eh aprender entender né conhecer e elas estão muito distantes e quando você se distancia né você quando você não conhece você se distancia então um problema muito grande dentro do mundo corporativo é esse distanciamento e cada vez mais as empresas estão buscando aprender estão buscando o letramento que alguém né trouxe aqui
o Guilherme acho que trouxe aqui mais cedo e acho e a Verônica trouxe não as pessoas precisam ser influentes né isso isso é é é é fundamental Não adianta a gente só tá nesse letramento diário com as empresas Porque elas precisam aprender o básico do debate sabendo que a gente precisa precisa avançar esse debate né e e é muito importante e o que eu sinto assim por mais que tem cada vez mais pessoas com deficiência dentro das empresas eh ainda é muito pouco é um número muito pouco e Então as pessoas com deficiência as pessoas
com deficiência não não estão dentro das empresas e pessoas sem deficiência estão cada vez mais né nesse lugar de liderança e quando você é a liderança você você eh lidera toda aquele ecossistema por isso que eu sou uma mulher sem deficiência e eu tenho muito esse essa consciência de como que eu como que eu trabalho com quem eu trabalho e o meu lugar de fala e eu e eu como uma mulher sem deficiência sou responsável para quebrar essa estrutura capacitista da sociedade então as pessoas dentro das empresas precisam serem cada vez mais responsáveis e se
comprometer com mudar em mudar a cultura capacitista existente e junto com né as pessoas com deficiência elas não podem fazer isso sozinhas baseadas em ideias elas precisam aprender sobre se letrar aprenderem sobre se engajarem na em todo em todo o movimento e se comprometerem com a mudança e para cada vez mais a gente ter pessoas com deficiência dentro das empresas em cargos de liderança e a mudança eu acredito que vai chegar aí uma mudança efetiva vai chegar quando as pessoas com deficiência tiverem nos cargos de liderança o que não acontece né minorias É É um
número muito é é é uma minoria enorme assim as empresas que TM cargos de liderança com né pessoas com deficiência em cargos de liderança então isso precisa mudar urgente então meu papel assim com a 7.1 e a gente eu parto do princípio de construir sempre com né pessoas com deficiência eu reconheço o meu lugar eu tenho enfim entendo esse meu lugar de privilégio em algumas empresas que me escutam quando a gente vai em reuniões eu e o Né o time pessoas Consultores e tudo as pessoas sem deficiência sempre conversam comigo então isso já é muito
um sinal ali Nossa por que que você tá conversando comigo se tem mais gente aqui na sala né então você você vai sentindo esse preconceito né esse distanciamento eh com muita frequência assim dentro do do ambiente corporativo Então acho que as pessoas com deficiência precisam estar cada vez mais dentro das empresas para daí mudar as narrativas do mundo corporativo e a gente conseguir mudar as narrativas da sociedade para uma sociedade anticapacitista e de verdade né e é isso vamos vamos pegar esse teu ponto aí eh de identificação né Eh eu vou citar uma uma expressão
da Rita V hun incrível maravilhosa do seu programa Tempero Drag e ela fala sobre a humanização então quando que eu desumaniza Qual é o momento né porque Paulo Freire traz pra gente que eh Isso não é um processo natural eu não faço esse processo naturalmente vem do aprendizado então quando que eu desumanizando eu não consigo perceber a semelhança eu eu olho o outro observo o outro e eu só vejo a diferença e a diferença me assusta a diferença me afasta eu não sei lidar com isso e uma coisa muito interessante é que eh eu trabalho
com consultoria alguns anos e geralmente quando uma empresa te procura você tem que e letrar trabalhar explicar como fazer geralmente para as lideranças para as pessoas sem deficiência para as pessoas Sis né E então é esse o caminho porque esse diferente traz o distanciamento e esse medo Então como que a gente pode fazer esse processo contrário agora deixei a pergunta né a pergunta para vocês resolverem e Mas eu acredito que aqui a gente tá falando muito mais sobre práticas e e experiências queria começar por você jovana sobre toda a tua experiência com o trans baile
Imagino que você tenha passado por diversos desafios sobre isso que também passam por esse lugar de desumanização né e como que a gente constrói esse caminho de volta para que eh a gente tenha narrativas diferentes sobre todos esses públicos eu acho que nos últimos dias eu me propus a fazer algo bem interessante eu acho que vocês também podem fazer na casa de vocês que é conversar com inteligências artificiais e dentre essas coisas eu pedi paraa Inteligência Artificial criar imagens sobre determinadas coisas por exemplo uma mulher bonita a imagem criada foi de uma mulher branca de
uma mulher de cabelo liso e aí pedi uma pessoa humana quem é o humano quem é reconhecido pela Inteligência Artificial como humana e a gente volta a alguns anos atrás e aí como historiadora é impossível não fazer um recorte histórico nesse momento o processo de colonização que houve não só no Brasil mas na América Latina como um todo em tantos outros países foi o responsável por esse grande processo de desumanização desumanização para marcador único que antes a Igreja Católica dominando como um todo né Toda a dinâmica do mundo acreditavam que pessoas de pele escura não
tinham alma logo eram inferiores a pessoas de pele clara automaticamente também a gente entendeu historicamente que essas pessoas poderiam ser comercializadas porque elas não tinham alma e elas não eram humanas então a desumanização ela já foi posta pra gente Há muitos séculos atrás não só para pessoas pretas mas também para outros marcadores sociais especificamente falando sobre pessoas transexuais e travestis é importante dizer que a gente tem uma dificuldade tremenda de reconhecer a identidade de pessoas sig gêneros ou de pessoas brancas eu acho maravilhoso quando uma pessoa branca fala oi eu sou branca ou Oi eu
sou Cis Porque hoje a gente vê que as pessoas se orgulham muito mais de se auto identificar e de se autodeclarar pelos seus marcadores diversos mas elas não reconhecem quem elas são dentro do seus privilégios e dos seus acessos tem um texto de um intelectual bastante interessante que chama Joyce Bert e que ela debate sobre como a branquitude não se reconhece enquanto branquitude mas se debate tanto sobre Negritude nem tão pouco quanto se debate sobre a branquitude e entender e estudar essas práticas é muito interessante nesse momento então existem pensadoras brancas que se depararam e
começaram a analisar o que seria estudar a branquitude ou estudar pessoas brancas e suas práticas e aí nesse momento elas criam aí um processo de humanização porque aquilo que era oposto ao branco não era humano e agora que eu tô estudando o que é humano eu começo a entender e reconhecer o outro eu tô falando disso de um ponto meio teórico acadêmico Mas é porque é o mesmo que acontece com pessoas transexuais e travestis logo de início a gente foi desassociada do processo de humanização uma prova disso é que quando uma pessoa trans é assassinada
não é uma facada não é um tiro não é um enforcamento é uma série de facada é uma série de tiros uma série de enforcamentos para poder demonstrar que mais uma vez essas pessoas não possuem alma essas pessoas não possuem capacidade de estar presente dentro dos mesmos ambientes que estamos e tamp pouco também as pessoas se surpreendem ou entendem que essas pessoas são capazes um exemplo muito interessante é que normalmente dependendo do lugar onde eu vou falar dentro de empresas Ou em posições de consultoria é muito comum que alguém fale Nossa mas ela é tão
inteligente ela fala tão bonito aí já começa a questão porque ela associou que pessoas trans não são inteligentes não são bonitas não são pessoas que falam bem então é nesse momento que a desumanização ela pega a gente mas a gente não entende também como essas pessoas que fazem parte de grupos enquanto se gêneros enquanto branquitude precisam também se autoanalisar ao invés de refletir essa análise para essas comunidades e grupos minoritários maravilhosa [Aplausos] E aí a gente chega em invisibilidade também né quando a gente fala de outros recortes e falando eh de pessoas com deficiência também
tem esse mito da capacidade inclusive temos livro sobre isso e esse mito daquilo que a gente pode ou não pode fazer e um processo de ser realmente invisível eh ai eh eu acho que a trouxe um ponto super relevante sobre esse outro lugar esse lugar da mulher branca Sis que você veio aqui e mencionou os seus os seus marcadores não foi ó foi falando ai gente falei isso din mencionou Ah isso isso é muito bom então como como que você faz dentro das empresas quando você percebe que isso acontece e utiliza isso como ferramenta porque
que aquela frase né de abrir portas por dentro para mim é maravilhosa porque é uma responsabilidade também estar no lugar onde você está e fazer o que deve ser feito e aqui a gente tá falando de todos os outros marcadores super primeiro Nossa esse teste da Inteligência Artificial Fiquei curiosa assim até para colocar né até votando no filme né Tem uma frase que Amanda Soares uma mulher maravilhosa que vale muito vocês acompanharem ela fala que ela não sabe quem é o o inimigo o né quem é o o Né o an o capacitista assim a
pessoa ela fala para mim as pessoas eh capacitistas são todas as pessoas que não são pessoas com deficiência e enfim e é super interessante essa fala assim é isso colocar capacitistas para entender o que que a inteligência artificial entende como fiquei curiosa com esses Mas falando também o que que eu acheo interessante assim milc trazer quando você fala da da liderança um um problema muito sério da liderança é que a liderança ela parece que ela busca o o tempo inteiro o que falta nas pessoas com deficiência isso eu percebo assim direto né falta um software
falta acessibilidade falta um projeto sempre tá faltando parece que ela não não não não não se interessa em entender o que que o que que tem e o que que a pessoa é na verdade né que daí que que a gente daí você fala eh a gente fala sobre humanização as pessoas parecem que não humanizam e e só ficam buscando a falta a falta a falta então isso é um problema muito sério assim da liderança eh e é Um Desafio enorme né quando a gente entra em empresas para trabalhar com liderança o Guilherme falou também
super né que ele trabalha bastante sempre dando treinamentos eh a gente percebe esse padrão muitas vezes tem sim pessoas muito engajadas querendo aprender e acho que eu sinto que tem que focar nessas pessoas quem são elas vamos vem porque vocês vão fazer alguma mudança interna vão abrir essas portas internamente e não ficar porque tem umas pessoas que realmente estão muito fora do debate e enfim e e a gente tem que se aproximar de quem tá mais dentro pessoas aliadas que estão dentro das empresas quem são essas pessoas aliadas que estão lá dentro porque senão a
gente esse debate ele não não ele não não vai se movimentar assim ele precisa sair de dentro ele precisa ele precisa revolucionar as estruturas internas e não a gente ficar só trazendo o de Fora o tempo todo né quando eu trabalho né enfim com projetos assim projetos ou até eventos né falando né pegando esse esse lance com essa essa esse viés cultural né de de de projetos culturais é sempre Ah vem cá implementa vamos fazer mas as pessoas também Elas estão seguindo aquela Norma aquela aquela correria assim do dia e você é a pessoa que
vai lá né Vamos lá e as pessoas estão muito distantes disso né então por isso cada vez mais a gente vamos falar sobre educação anticapacitista aqui dentro vamos falar sobre educação antic Isso precisa ser falado e precisa partir de dentro pra gente conseguir quebrar romper essas estruturas que tem porque senão senão é isso a gente só vai ficar contratando né a consultoria né que foi né a Gabi trouxe aqui contrata as consultoras os Consultores que vão fazer e vão lá e fazem as pessoas estão muito fora assim então e eu sempre eu brinco assim eu
eu espero que trabalhos como Consultores e né de acessibilidade assim que trabalham com anticapacitismo não existam num futuro muito próximo pras pessoas já estarem fazendo e movimentando né com dentro e e isso já se é algo muito natural acessibilidade ela é ela ela ela é prioridade na em todos os projetos o anticapacitismo ele tem que ser prioridade em todos os projetos Então é isso assim não sei se eu respondi acho que eu simim sim e falou um pouquinho de liderança também porque eu acho que desde o início a gente puxou esse esse painel falando de
liderança e aqui para mim é uma é um caminho né de construção quando a a a g traz sobre como que a gente que conhece toda essa história que foi contada Como que essa história afetou a forma como a gente se percebe no espelho né Como que essa como que isso essa narrativa nos ajudou a criar a nossa identidade isso é muito potente e pode ser negativamente ou positivamente né então Ai gente a gente precisa fazer a última perguntinha e eu acho que já indo pro queria só puxar um um assunto que a gente conversa
bastante há um tempo né nós duas de da questão da história né falando do né capacitismo das pessoas com deficiência porque é uma história eu acho que ela é muito ela ela é desconhecida ela é uma história muito antiga mas ela é muito desconhecida por muita gente e acho que as pessoas também não entendem parece que é um assunto que brotou a capacitismo é uma palavra nova ela já existe há um tempo foi traduzida pro português há pouquíssimo tempo tá no dicionário há pouquíssimo no Wikipédia né Há pouquíssimo tempo e às vezes é brotou capacitismo
Precisamos falar sobre sabendo que tem todo anos e anos e anos de exclusão de violência de sabe eu acho que essa toda essa questão histórica assim é muito importante muito desconhecida que volta precisamos cada vez mais de pessoas Cadê as pessoas com deficiên que Cadê os livros né as diretores de de de filme teatro e tudo mais por que que tem poucas pessoas né onde eles estão né isso diz muito sobre a sociedade que realmente né excluiu durante todo esse tempo e é isso sim e torna invisível né então quando a gente começa a perceber
essa história e esse Impacto E isso tem impacto na Cultura e a gente trazer esses perfis aqui incríveis e é justamente pra gente falar um pouco sobre o quanto isso transborda pro lugar onde nós trabalhamos então aquilo que está nessa nessas rodinhas né de de eu falei de bolhas aqui é aquilo que tá refletido dentro das empresas né então a importância dessa criação de novas narrativas de como nós podemos contar as nossas histórias de uma forma diferente e de qual Impacto que isso pode ter então assim vamos começ vamos pensar futuro agora vamos projetar vamos
pegar a historiadora para nos tentar fazer uma Projeção de futuro pra gente pensar e como seria E qual seria o impacto e como seria eh relevante se a gente começasse a tomar esse lugar de contar a nossa própria história a partir dessa outra identidade eu amei que você falou assim ai como vai ser o futuro aí tem essa fumaça meio mand passando aí eu automaticamente pensei péssimo Mona vai ser horrível porque assim me desculpem gente eu Hoje fiz terapia tô medicada e eu sinto muita falta de esperança eu queria muito falar algo esperançoso e hoje
na terapia eu saí falando que eu queria muito ouvir mais pessoas que me inspirassem porque quando eu paro para olhar a conjuntura que a gente tá vivendo a gente tá retrocedendo em pontos muito muito grandes e que a gente só vai ter dimensão disso daqui algumas décadas e automaticamente eu lembro também de uma frase que é muito interessante de uma música do kazusa que chama O Tempo Não Para e que ele fala que ele vê o futuro repetir o passado como historiadora o tempo nunca se repete nada acontece mais de uma vez mas é interessante
pensar como minuciosamente a história a simbologias as estéticas elas voltam e vem de uma forma que você nem consegue sece ou dar conta disso um exemplo muito nítido para mim é quando a gente se dá conta de que a gente tá reproduzindo coisas que já existiam como você falou da palavra do capacitismo mas com outras roupagens com outros nomes com outros métodos a gente tá sempre nesse ciclo E aí quando eu falo de ciclo eu já começo a desmistificar tempo porque quem inventou a linha do tempo foi a lógica Europeia o tempo ele nunca foi
linear a vida de ninguém nunca foi linear se a sua vida foi linear certamente vocêde e olhe lá porque a a lógica do tempo ela é feita de altos e baixos e automaticamente eu lembro da ancestralidade Africana e a concepção de tempo para Esses povos né que fazem parte dessa diáspora que é a circularidade o tempo ele é circular o presente o passado e o futuro ele está conectado por isso eu vejo o presente repetir o passado e etc e é muito nítido Isso pegue você mesmo e olhe fotos antigas e vê que as pessoas
estão vestindo roupas muito parecidas com as roupas que as pessoas vestem hoje Olhe as músicas hoje em dia todas são s né usam trechos de músicas antigas de tempo atrás e viralizam como se fossem novas músicas automaticamente quando eu tô fazendo essa reflexão é para vocês perceberem como que se vocês não tem noção ou lógica do tempo em que você está inserido você não vai ser possível você não vai ser uma pessoa que vai mudar a narrativa desse tempo então é nesse momento que eu queria já encerrando minha fala fazer com que vocês percebam que
vocês você mesmo se ol no espelho é a única pessoa capaz de mudar a sua própria narrativa eu sei que a gente pensa muito no coletivo mas eu acho que a gente só consegue pensar no coletivo quanto a gente se reconhece então se você não se reconhece enquanto uma pessoa branca uma pessoa se gênera enquanto uma pessoa privilegiada enquanto uma pessoa preta enquanto uma pessoa com deficiência quanto uma pessoa gorda isso não faz com que você reconheça o outro ou reconheça os outros similares ou diferentes de si e aí eu lembro muito automaticamente também de
como que a gente tem um poder único de mudar essas narrativas sobretudo quem tem opinião e posição de liderança E aí eu trago uma reflexão já para encerrar mas é o que eu queria perguntar por exemplo quais de vocês T colegas de trabalho e colaboradores que são trans que eu acho que a gente fala muito em ambientes como esse aqui de acessibilidade inclusão Mas eu só vejo consultoria Eu só vejo fala eu só vejo eu não vejo ação sabe e hoje eu me deparei com um vídeo que foi extremamente tocante de uma menina trans trabalhando
numa mercearia Zinha e as pessoas estavam a moça da loja tava tratando ela no masculino e ela moça eu sou meu pronome é feminino e a moça insisti em tratar ela no masculino E aí automaticamente tinha um comentário que era assim é por isso que a gente continua na rua se prostituindo porque lá pelo menos respeita o nosso pronome a gente não quer inserir integrar esses espaços porque eles não estão preparados pra gente e aí Eu acho que cabe muito mais ação autorreflexão e autorreconhecimento dentro de debates de inclusão e diversidade sabe eu sinto que
a gente ainda tá muito distante de quem real M precisa de ser inserido dentro desse debate porque muitas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade sequer entenderiam 1 ter de tudo que a gente acabou de falar aqui exato muito bom e a gente fala de você falou de de esperança né e a gente fala de tecnologia ancestral também quando a gente fala disso né Eu acho que até isso foi de nós esse poder de sonhar de acreditar que o futuro vai ser melhor né e Ri pra gente encerrar infelizmente a nossa fala me deixar depois
aqui ó Isso é isso ri qual é o papel das pessoas que estão às vezes do outro lado que às vezes estão ali fazendo seus movimentos se reconhecendo mesmo não estando com esses marcadores e qual o impacto disso como que a gente constrói um futuro mais inclusivo a partir de quem não está desse lugar e com essa narrativa Nossa sim isso as pessoas que não estão nesse lugar né são as pessoas que mais precisam se comprometer mais precisam aprender e mais precisam agir né pegando né esse gancho da palavração para para as mudanças acontecerem porque
não dá para colocar jogar para outra pessoa né não dá né nas empresas a gente tem a maioria das pessoas em cargo de liderança ainda são né homens bisas etc então a gente são pessoas sem deficiência né na ma grande grandíssima maioria eh e se as pessoas nas empresas as lideranças não se comprometerem não aprenderem não serem aliadas da luta anticapacitista assim eh enfim eu não acho que não acho que vai existir um futuro possível eu acredito muito trabalho vivo o luto para que isso aconteça para pessoas sem deficiência elas sejam pessoas aliadas que estejam
trabalhando reconhecendo o teu lugar de fala reconhecendo o teu papel mas também estejam junto com pessoas com deficiência para eh lutarem pra mudança acontecer fazer junto né fazer junto com certeza com certeza com responsabilidade de comprometimento muito bom gente muito obrigada pelo papo obrigada por dividir as experiências eh é sempre muito rico quando a gente percebe eh percepções né quando a gente percebe as pessoas falando a partir do seu lugar e eu acho que a gente pode trazer eh pontos bem relevantes aqui que G trouxe que é sobre identidade que é sobre a gente entender
que a gente pode fazer esse movimento e um pouco do que a troue sobre a urgência que issso deve acontecer principalmente sobre pessoas que às vezes estão do outro lado da porta muito obrigada gente muito obrigado Giovana pega o microfone você tem 30 segundos porque pess perguntar o seginte transou vai faz o seu meran por favor Tá vendo como vocês não são Aliados vocês acham que são mas não são já começa errado aí manda na o Google vai mas o trans bile nada mais nada menos é do que uma premiação pensada por e para pessoas
trans porque eu acho que a gente tão tanto fala né de cada vez mais gerar oportunidade para as pessoas mas essas oportunidades na maioria das vezes partem do recorte da visibilidade visibilidade não paga conta a gente tem que gerar renda né Então por que não redistribuir protagonismo e gerar renda para as pessoas trans então é nesse momento que a gente para para ver movimentos muito cíclicos né Por exemplo uma aplicação a a liner já foi premiada no trans Bal a mesma liner que ganhou um Grame mas tampouco era conhecida no mainstream há poucos meses atrás
e agora ela é conhecida num prêmio Multishow então é interessante pensar que precisa do reconhecimento lá fora para vocês lembrarem que a gente existe né E aí é por isso que a gente cria espaços para que nós mesmas sejamos reconhecidas e nós mesmos podemos nos protagon e criar expectativas pra gente por ISO por isso que eu comecei por mim por isso que eu comecei por mim já te dando 30 segundos a mais Arrasou Vamos gente faz barulho e joga elas para fora do palco vai ah não joga nada tem foto tem foto ninguém respira enquanto
tá nas fotos ó eu não fui eu tô eu tenho que ficar assim ten eu tenho que desaparecer no palco eu não posso me aparecer muito eu amei não gostou leva para não teve abraço Ah menina agora vai abençoada seja
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