Então, vamos lá mais uma vez para um outro corte do Pastor Nicodemos no "Inteligência Limitada". A outra questão também que eu acho que divide muito católicos e protestantes é a questão da Virgem Maria, da idolatria ou adoração que o pessoal fala, que não é veneração exatamente, vendo imagens também, e de uma outra pessoa que não Jesus ou Deus. E aí, é uma divisão também, né?
Isso aí começou no Concílio de Éfeso, no Século IV, que não era nem sobre Maria, não. Então veja, ele já começa dizendo uma coisa e de onda, que é o seguinte: a veneração a Maria começa no Concílio de Éfeso. Essa é a primeira bobagem.
Os relatos sobre o Concílio de Éfeso, que foram. . .
ele vai explicar um pouquinho aqui também, com erro, mas os relatos sobre o Concílio de Éfeso demonstram, testemunham que o povo tinha uma grande devoção a Nossa Senhora, a Maria Santíssima como Mãe de Deus. O que os padres do Concílio de Éfeso fizeram foi tão somente confirmar a fé católica que já existia até então. Então, eles têm uma ideia, de vez em quando isso acontece entre os protestantes, né?
De pegar, assim, a data da definição de uma doutrina e vender a ideia de que aquela doutrina começou ali, como se ela tivesse brotado do nada. A Igreja, de repente, "Pumba! ", fizesse uma doutrina aparecer.
Não é assim, nunca. E é impossível que seja assim. Como é que a Igreja, em tempos nos quais não havia comunicação fácil, em tempos difíceis como aqueles, como é que a Igreja iria inventar uma doutrina do nada e obrigar todo mundo a segui-la?
Não, não existe essa possibilidade. Mas enfim, vamos ouvir aqui um pouquinho mais para entender até onde ele vai chegar. Está falando do Concílio de Éfeso, a pessoa de Jesus.
Os arianos estavam negando que Jesus era Divino. E aí, o arianismo, que já tinha sido condenado no Concílio de Niceia, que foi em 325, aqui não era Ário que estava sendo condenado, era Nestório. A doutrina nestoriana afirmava que havia duas pessoas em Cristo: uma pessoa divina e uma pessoa humana.
Só que isso seria absurdo. A gente já vai falar disso. Deixa só escutar mais um pouquinho aqui do Pastor Nicodemos, que era muito influente naquela época.
Ele veio com essa ideia: como é que explica que Jesus pode ser Deus e pode ser homem ao mesmo tempo? Ele tentou resolver o mistério, lembrando do que a gente falou há pouco tempo atrás. Ele tentou resolver o mistério anulando a divindade de Cristo, dizendo que Cristo, na verdade, ele não era Divino, ou era de uma divindade inferior, mas ele não era o próprio Deus.
E aí, o Concílio de Éfeso reagiu, chamou o arianismo de heresia e disse que, para afirmar e reforçar que Jesus era verdadeiro Deus e verdadeiro homem, afirmou que Maria era a Mãe de Deus. Ou seja, aquele ser que estava no ventre de Maria era tanto Divino quanto humano, ou melhor dizendo, tanto humano quanto Divino, a ponto de que Maria era a Mãe de Deus. Só que eu creio que eles queriam dizer que Maria era a portadora do Deus-homem.
A palavra que eles usaram é "Theotokos", a palavra que significa "que gerou", "a Mãe de Deus". Trouxe confusão porque Maria não é Mãe de Deus. Deus é.
. . Bom, aí começa a parte chocante, né?
Primeiro, veja, vamos entender do que ele deveria estar falando, né? No Concílio de Éfeso, a Igreja teve que enfrentar o nestorianismo. E qual é a diferença da doutrina católica para a doutrina nestoriana?
A diferença é a seguinte: para a doutrina católica, Jesus é uma só pessoa, uma pessoa Divina, o Verbo eterno, que é uma pessoa da Santíssima Trindade. Essa pessoa Divina, que tem uma natureza Divina, assumiu uma natureza humana, mas ele não é uma pessoa humana; ele assumiu a natureza humana. E aí você pode me perguntar: qual é a diferença disso?
E se fosse uma pessoa humana? Bom, se o Verbo tivesse se unido a uma pessoa humana, só aquela pessoa humana teria sido salva. Agora, como o Verbo se uniu à natureza humana, e a natureza nós todos temos em comum, ora, como ele se uniu à natureza, ele pode ser Salvador de todos os homens, porque ele assumiu a natureza, não apenas a singularidade de uma pessoa.
A natureza humana, ora, então, o sujeito daquela natureza humana é a pessoa Divina do Verbo. Ele é o sujeito, portanto, aqui existe um conceito técnico da Teologia da Cristologia chamado "communicatio idiomatum", ou seja, tudo que eu falo da natureza humana posso falar da natureza Divina. Então, eu posso dizer que Deus morreu, eu posso falar que a Eucaristia é o corpo de Deus, que Jesus derramou o sangue de Deus.
Mas em que sentido? No sentido de que o sujeito que está, por assim dizer, por detrás da natureza humana, é o único sujeito, o único ato que está. .
. O único ato de ser daquela natureza humana é a pessoa Divina do Verbo. Portanto, veja, não tem como um cristão dizer que Maria não é Mãe de Deus, porque se ele diz que Maria não é Mãe de Deus, ele está negando, no mesmo ato, a natureza humana de Cristo, que tem um sujeito que é o Verbo de Deus.
Alguém poderia dizer: “mas Maria é mãe da natureza humana do Verbo encarnado”. Isso não é. .
. Possível de ser dito: porque se ela fosse mãe da natureza humana, ela teria gerado a natureza humana como tal, e a natureza humana foi criada por Deus, quem ela é mãe da pessoa de Jesus Cristo. E a pessoa de Jesus Cristo tem uma natureza humana, mas é uma pessoa divina.
Ah, mas, no sentido de que, de fato, se nós fôssemos ser bem precisos na definição, nós diríamos que Maria é mãe de Deus segundo a natureza humana. Tá certo isso? Tá certo!
Mas sempre entendendo que aquela natureza humana tem por sujeito a segunda pessoa da Trindade; o sujeito é divino, não tem para onde correr. Então, quando ele diz aqui que o Concílio de Éfeso utilizou um. .
. eh, primeiro diz que Maria é theotókos, como portadora de Deus, como se fosse apenas uma espécie de recipiente que transporta Deus, né? E não é isso que o Concílio de Éfeso quis dizer; quis dizer que Maria é mãe de Deus mesmo.
É que nós utilizamos diversas expressões; por exemplo, nós chamamos Maria de "deíparara", ou seja, aquela que pariu Deus nesse sentido. E "deípara". .
. eu não tô utilizando o nome Mater, mas é o mesmo significado: significa que aquela que carrega o Filho no ventre é mãe daquele que está no seu ventre. Quer dizer, são pequenas nuances que aqui não têm grande importância, mas que ele, digamos, aumenta para afirmar essa heresia que, na verdade, não passa de uma pegadinha teológica.
Vamos escutar mais um pouquinho. Não é gerado; ela é a portadora. Ela foi aquela que foi escolhida para, no seu ventre, ter gerado o Deus homem; o Espírito Santo ter gerado o Deus homem no ventre dela.
Então, ela é a portadora, mas não a mãe. . .
não a mãe de Deus. Então, como resultado. .
. Então veja aqui, é outro engano, né? Quer dizer, ele fala de Maria como se fosse uma espécie de barriga de aluguel.
Então, é como se o Espírito Santo tivesse produzido a humanidade santíssima de Cristo e colocado aquela humanidade santíssima de Cristo dentro do ventre de Maria. Não foi o que aconteceu. Aquilo que a Escritura diz é que o Espírito Santo fez Maria conceber: “conceberás e darás à luz a um filho e porás nele o nome de Jesus".
Ela concebe; ela é mãe mesmo. Ela não é só portadora no sentido. .
. Ah, ela é mãe em sentido figurado; ela é portadora em sentido próprio. Calma, não é isso!
A Escritura não diz isso! Isso aqui não é uma imprecisão, não é uma gafe teológica; é uma heresia de uma má interpretação disso. Aí não demorou que as primeiras catedrais em homenagem a Maria, e que o culto a Maria crescesse de maneira desenfreada hoje em dia, com imagens aparecendo, imagens e todo esse tipo de coisa, né?
Hoje em dia, você vê muito. . .
eu creio que muitos católicos são muito mais devotos de Maria do que do próprio Jesus. Outra bobagem, né? Como será que existe.
. . como eu posso ser devoto da mãe de Deus mais do que de Deus?
Se eu sou devoto dela por causa dele! Entende? Uma coisa é absurda!
Isso é como se eu dissesse assim: há muitas pessoas que gostam da luz do sol, mas não gostam do sol. Há muitas pessoas que gostam da umidade da água, mas não gostam da água. Ora, se Maria é mãe de Deus, e essa é a razão de todas as suas excelências, como é que eu posso ser devoto dela mais do que de Cristo?
Isso é só uma bobagem que cria nos protestantes, às vezes, aversão à Nossa Senhora; essa aversão, né? É que eles ficam ali, não têm medo de roubar a glória de Deus. Pelo amor de Deus, não é isso!
Esse tipo de pensando gera uma espécie de Mariafobia; eles têm medo. Eles não gostam de falar "senhora" porque acham que aquilo está causando algum tipo de sonegação da glória de Deus, tá tirando pouco da glória de Deus para dar para ela. Mas escuta: tudo que ela tem vem de Deus!
Uma coisa demanda outra; não tem como! E eles acusam os protestantes de não gostarem de Maria. Isso não é verdade!
Maria era uma mulher piedosa, era uma jovem judia escolhida por Deus para ser a portadora do seu Filho. Nós sabemos como isso, mas nada mais do que isso! Tem nada na Bíblia, por exemplo, os dois últimos dogmas do Vaticano: que Maria nasceu virgem.
. . Por que que Maria teria nascido.
. . eh, virgem?
Perdão, que Maria nasceu sem pecado. . .
Tô confundindo! Ah, tá! Ela nasceu sem pecado!
Por que que era preciso que Maria nascesse sem pecado? Para que Jesus fosse sem pecado. Mas pela lógica, então, a mãe de Maria também teria que ter nascido sem pecado!
Mas vejam que bobagem, né? Ele tá dizendo o seguinte: que a Imaculada Conceição existe por si; se Maria tivesse pecado original, logo Jesus teria pecado original. É muito pobre esse tipo de argumento!
Então ele tá querendo dizer o seguinte: se assim fosse, então a mãe de Maria, Santana, no caso, também teria que ser sem pecado original. Só que o problema é o seguinte: a diferença de Santana para Maria é abismal, porque Maria é a doadora da humanidade santíssima pela qual nos vem a salvação. A relação de Jesus com Maria não é a mesma relação de Jesus com.
. . a relação de Jesus com Maria é uma relação direta e inigualável, porque ele recebeu a sua humanidade santíssima concebida dela.
Por isso que São Paulo diz na carta aos Gálatas, a única menção que São. . .
Paulo faz a Maria e é uma menção extraordinária porque ele diz: "Deus enviou o seu filho nascido de mulher". Ele não diz nascido através de uma mulher, nascido em uma mulher ou por uma mulher. Diz nascido de, para dizer que a humanidade santíssima de Cristo provém dela.
Cristo não é um holograma de homem e tampouco é um homem feito de uma matéria inexistente. A humanidade de Cristo foi concebida no seio de uma mulher. Por isso, inclusive, tem que ser assim.
Ele mesmo diz no capítulo 10 de São João que o Pastor entra pela porta, ou seja, no caso dele, ele se fez homem realmente. Então, não tem para onde correr. Veja, se Maria Santíssima é a doadora da humanidade de Cristo, eu pergunto: como é que ela poderia ter sido escrava de Satanás nem por um segundo?
Como é que ela poderia ser doadora da humanidade pela qual nos vem a salvação, estando ela contaminada pelo pecado original? Então, nela tem que cessar a culpa de Adão. É simples assim, em previsão dos méritos de Cristo.
O outro versículo que eles usam muito é o do Magnificat: "Minha alma engrandece o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador". Então, ela chama Cristo de Salvador. De fato, ele é o Salvador dela, mas como Duns Escoto, nesse ponto, ele é impecável.
Como bem disse, existem dois modos de salvar: um modo é você tirar uma pessoa de um perigo e outro modo é você preservá-la do perigo. No caso de Maria, essa salvação foi pela forma de uma preservação; ela foi preservada do pecado. No nosso caso, nós somos retirados, nós somos justificados do pecado.
Mas isso por quê? Porque as relações dela com Cristo são únicas. Só ela é a doadora da humanidade santíssima de Cristo.
Só ela é a matéria da qual foi feita a humanidade de Jesus, assim como, para fazer Adão, segundo o livro do Gênesis, Deus utilizou o pó do Paraíso. Maria tem que ser esse pequeno Paraíso do qual Deus vai formar a humanidade do seu filho, um dogma católico que é a Imaculada Conceição de Maria. Outro dogma foi que Maria, depois da morte, subiu aos céus, que é de 1950, se não me engano.
Não tem nada na Bíblia que possa, nada, absolutamente nada, nem sugestionar isso. Não tem nada, nada, absolutamente nada. Uma decisão humana!
Tem que lembrar que, no catolicismo romano, as doutrinas. . .
Então, vamos lá: eles dizem que não tem nada na Bíblia que mencione isso. Bom, a gente tem que lembrar o seguinte: existem alguns personagens na Bíblia que subiram aos céus segundo os relatos bíblicos. Por exemplo, Enoque está lá no capítulo três ou quatro do livro do Gênesis, né?
Ele andou com Deus e foi arrebatado, desapareceu. Elias a mesma coisa; ele foi levado numa carruagem de fogo, num redemoinho, na verdade, né? A carruagem aparece, mas ele foi levado num redemoinho.
Existe uma menção no livro de Judas, que é uma citação do livro de Enoque, que fala sobre a disputa entre São Miguel e o diabo pelo corpo de Moisés. Existe um escrito apócrifo que os judeus acreditavam bastante, que é a Ascensão de Moisés; Moisés teria subido aos céus. Ora, pelo menos se nós ficarmos no caso de Elias e de Enoque, de Moisés, nós não podemos afirmar com segurança, embora na cena da transfiguração ele apareça ao lado de Jesus, juntamente com Elias, o que pode ser um indício de legitimação daqueles escritos que são, na verdade, apócrifos.
Mas, em todo caso, por que não Maria ter subido aos céus? Veja, aqui eles dizem que não foi uma decisão humana de 1950. Pelo amor de Deus, a Festa da Assunção já era celebrada no século, pelo menos no século VI, tanto no Ocidente quanto no Oriente, em um tempo em que não havia comunicação fácil entre o mundo.
E esse é um indício muito forte de que essa doutrina é apostólica. Aliás, não é só um indício muito forte, é um indício determinante porque, tanto no Oriente quanto no Ocidente, tanto a Igreja Oriental quanto a Igreja Ocidental são unânimes. Os orientais são até um pouco mais, digamos assim, cuidadosos com essa doutrina.
A Basílica da Dormição, onde Nossa Senhora teria encerrado o curso da sua vida e subido aos céus, é uma demonstração disso. Então, isso aqui não passa de conversa fiada. Na verdade, tem como origem a Bíblia.
Eles não negam a Bíblia, mas tem a tradição oral que é o resumo das ideias, das concepções, das decisões dos concílios através da história e o magistério católico, que é composto de um colégio de bispos encabeçado pelo Papa, que quando ele fala ex-cátedra, de ofício, ele é infalível. Ele é infalível. Então, pode não estar na Bíblia, mas está na tradição e o magistério aprovou e determinou.
Por isso, então, vira a lei para o católico. Não vem de algum livro apócrifo, por exemplo. Não, nenhum.
Nenhum fala sobre Maria também em relação a isso. Bom, tem o Evangelho de Tiago, né, que é um apócrifo que fala da Assunção de Nossa Senhora, mas veja que a coisa é muito, muito baixa, muito fraca mesmo. Ele fala que nós católicos aceitamos a Bíblia.
Não é bem isso, né? É mais do que isso, porque na verdade foi a Igreja quem custodiou a Bíblia e foi a Igreja Católica quem definiu o cânon das Sagradas Escrituras. Em primeiro lugar, é isso.
Graças ao quê? À sua tradição. Então, ele falar tradição oral seria um resumo da doutrina que é transmitida oralmente.
Não, a tradição oral é a tradição apostólica, mesmo em que sentido? Os apóstolos ensinaram coisas também oralmente. Eles.
. . Mesmos dizem isso em suas cartas, e a Igreja consignou parte disso na Sagrada Escritura, no Novo Testamento, e parte disso não ficou consignada, exceto em documentação que a gente verifica nos Padres da Igreja, nos Padres Apostólicos, na Igreja, nos testemunhos dos escritores eclesiásticos daquele tempo, e assim por diante.
A tradição da Igreja não é um negócio assim, como se não existisse; realmente, a tradição documentada está perfeitamente documentada. Nós cremos que a Escritura é uma consignação de parte da tradição oral. E aí fala do Magistério, que o Magistério é composto por alguns bispos.
Não, o Magistério da Igreja são todos os bispos em união com o Papa, e eles não são inventores de doutrina alguma. Como eles, ele mais ou menos sugere aqui, parece que o Magistério da Igreja chega, inventa uma doutrina do nada, eles cogitam uma doutrina do nada, a despeito da Escritura, a despeito da tradição, e aquilo vira lei. Não é assim.
A Igreja Católica é uma coisa muito séria; ela é muito criteriosa na formação das suas doutrinas. Então, por exemplo, o Dogma da Assunção está consolidado há muitos séculos, e nós verificamos a celebração autônoma de festas da Assunção de Nossa Senhora em diferentes partes do mundo desde o século VI. E aí vem a pergunta: por que, antes do século VI, a Igreja não era tão explícita assim em relação ao culto a Nossa Senhora?
Porque havia um paganismo ainda bastante vivo, tanto no Ocidente quanto no Oriente. Levou muito tempo para esse paganismo ser varrido e para que, justamente, não acontecesse uma confusão de Nossa Senhora com deusas do paganismo, e dos nossos Santos com deuses do paganismo, e mesmo nosso Senhor Jesus Cristo com um Deus do paganismo. Quando eles, tardiamente, começam a fazer essa confusão, já estão fazendo justamente a despeito da Igreja, que manteve a sua doutrina intacta e bastante arcana durante muitos séculos, até poder desambiguar as confusões que viessem a aparecer.
E mesmo que fosse, não é um livro canônico, né? Nem os sete livros apócrifos que a Igreja Católica acrescentou ao cânon dos 66 livros tradicionalmente. Bom, vamos parar por aqui.
Depois a gente faz um outro react para falar sobre o que ele diz do cânone das Escrituras.