o olá pessoal dando continuidade à nossa aula sobre a história da loucura ea reforma psiquiátrica né vamos conversar um pouquinho estávamos falando sobre os métodos né dos métodos utilizados nos nome comes falávamos sobre a lobotomia agora vamos conversar um pouquinho sobre a eletroconvulsoterapia ou eletroconvulsão até choques elétricos né também são conhecidos como choques elétricos bom então é um método bastante polêmico não é a eletroconvulsoterapia o nome já diz né convulsão eletroconvulsão consiste em que consiste no aparelho que vai provocar convulsões são convulsões provocadas no cérebro e que segundo os psiquiatras né ah não posso me
aprofundar na questão neurológico de como esse da mas na visão de psiquiatras a o eletrochoque né a convulsão provoca né a morte de neurônios e consequentemente uma melhora no comportamento de alguns pessoas com doença mental né deus psicóticos mas nos manicômios como é que era utilizado o eletrochoque é psiquiatria é dizia né afirmava que era com um método para o tratamento né era um carro descargas elétricas para te é mas deixando claro que eram é eletrochoques que eram feitos sem nenhum tipo de assistência né muitas vezes nem era o próprio médico que fazia era enfermeiros
técnicos ou pessoas que nem tinham capacitações na área da saúde fiquei faziam os eletrochoques eram feitos de maneira totalmente abusiva não existia nenhuma anestesia quando o paciente eles ficavam agressivo em crise então o médico ele dizia usava aquilo na verdade como uma punição né na verdade é infelizmente a o eletrochoque ele foi usado por mais de 100 anos no nosso país como o método punitivo então se aquele paciente ele é defecava ele comia as fezes tinham comportamento bizarro que é tipo de esquizofrênico por exemplo se ele sujar as paredes se ele gritava se ele ameaçar
você o e simplesmente usava aquele como posição moral e ainda mais o eletrochoque ele era utilizado sem nenhuma é um padrão científico para o uso então simplesmente ele olhar para cara de marizinha e dizia vamos dar 200 amperes de descarga elétrica em marizinha já a a maresia dois que eu não gosto dela não gosto da cara dela a gente vai dar 500 a peste então o que acontecia morte né óbidos então muitos pacientes eles vieram a óbito por causa do eletrochoque outros ficar em estado vegetativo dois três dias por exemplo dormindo é impregnados do padre
durante 23 dias muitos perdiam alguns das suas sensações das suas percepções das emoções ficavam apáticos ou como eu disse não vinha opte então era dessa forma que a eletroeletrônico você terapia eletrochoque ele for utilizado por mais de 30 anos neto do nosso país é né inclusive eu recomendo um filme vou deixar o link desse filme vou tentar não sei se eu encontrei no youtube é o filme nise da silveira o coração da loucura mas na frente eu comento sobre o papel de nise da silveira é na no estudo da evolução da saúde mental nosso país
e nise é uma das críticas né mais processo do eletrochoque dentro dos manicômios o eletrochoque que hoje ele ainda é utilizado porém não nos hospitais psiquiátricos em alguns apenas o eletrochoque ele pode ser utilizado com autorização da justiça e hoje ele pode ser feito não ele não é financiado pelo sus ele não é utilizado pelo sistema único de saúde apenas no serviço particulares como eu disse com autorização da justiça porque algumas psiquiatras acreditam né na sua no seu uso para casos de autismo grave cdp é né porém a gente sabe que se retomasse o uso
do eletrochoque no nosso país nos hospitais psiquiátricos com certeza né a gente ia retomar aí esse sofrimento que essas pessoas vivenciadas durante tantos anos é como a gente pode ver aqui na imagem a gente tem a camisa de força também que é muito estudar ainda em filmes mas também é um método que está extinto felizmente graças a deus né a camisa de força consiste não não não a roupa né feita de napa e ela é prende os braços da pessoa às vezes conscientes atrás e quando o paciente ele surtava ele ficava agressivo às vezes a
gente sabe que falando aí da história dos manicômios que houveram diversas milhões de casos de pessoas que nem de doenças mentais sofreram e passaram pelos tratamentos dos manicômios e obviamente que nem uma pessoa com doença mental e não tenha ele não merecia o tipo de tratamento que for utilizado no nosso país durante tantos anos que a camisa de força quanto mais esse sujeito quanto mais esse paciente ele tenta se movimentar mas ele se machuca né mas ela prende então você imagina que a camisa-de-força ela ela utilizada concomitantemente a solitária na solitária é um espaço físico
pequeno pequeno quartinho no escuro onde aquele paciente agressivo né aquele paciente que fugia as regras morais da lá em postas pelos médicos pelos profissionais eles eram simplesmente jogados naqueles lugares então aquele sujeito agressivo aquele sujeito delirante aquele sujeito que alucinava simplesmente eles abriram esse lugar esse quarto jogavam ali dentro e deixavam gente sem horas em dias sem momento para para voltar não não tinha si expectativas de tô de saída então você imagine você é delirando você alucinado o tempo percepções de por exemplo de animais lhe machucando você sentindo seu corpo queimando e de repente você
é amordaçado com a camisa de força e jogar dentro de um quarto junto com baratas ratos vivos que você ali ficava sem se alimentar se alimentando as próprias fezes e urina durante dias em que você não sabia quando era noite para quando era dia passava horas e horas as semanas ali dentro da daquelas solitárias então é um momento de tristeza né da saúde mental no nosso país e a gente tem a caixa das agressões físicas então era totalmente normal que um paciente apanhasse de um médico de enfermeiro na verdade é nos hospitais nos manicômios de
nosso país eram poucas pessoas que eram capacitados para trabalhar no monte não tinha nem um curso simplesmente eram pessoas para conter fisicamente esse sujeito e aí esses pacientes eram agredidos fisicamente com tapas chutes isso era totalmente normal totalmente comum de acontecer tinha também os afogamentos afogamentos eles eram fiz existiam tonéis de água de água de normalmente gelada onde eles empurravam a cabeça dos dois pacientes ali dentro para que ele se acalmasse né é método de tortura né os manicômios nosso país eles passaram mais de 80 anos torturando pessoas essa é a verdade dos fatos oi
e a gente tem como o último método as contenções né a contenção depois a gente vai ter uma aula sobre potenciação é um método que ainda é ele resiste né ele está na lei de paulo delgado na lei da reforma psiquiátrica e ele pode ser utilizado e aconteça é importante que a gente usa essa nomenclatura a contenção ela consiste né na amarração da pessoa né amarra as mãos né os membros inferiores superiores às vezes também o tórax e isso vai acontecer quando o sujeito oferecer risco a ele mesmo ou a outra então veja gente preste
atenção a contenção ela não é um método de punição ela ela ainda existe ela pode ser usada tudo bem inclusive ela é utilizada para outros tipos de pacientes não só paciente psiquiátricos mas a contenção ela não é um método para conter a agressividade e não é um método punitiva não é um castigo a contenção é um método de proteção do sujeito então se aquele sujeito ele vai oferecer risco a sua própria vida ele vai por exemplo tentar suicídio ele pode é por exemplo está impregnado de medicamentos dele vai ficar ali é cambaleando ele pode cair
e se machucar então a gente faz a contenção ou quando ele está no ponto de agressividade onde não há mais como a conversa diálogo acontecer então ele está oferecendo risco à sociedade e a ele mesmo então não há mais como a gente conversar mais dialogar com ele a gente já tentou esse diálogo não aconteceu ou a o acabamento né não conseguiu se por exemplo e para a vida do medicamento com ele para ele se acalmar não acontecendo isso aí a gente vai partir para a contenção lembrando que aconteça ela tem duração a gente não pode
simplesmente fazer uma contenção de um paciente deixar lá e saísse e o dia à noite três meses uma semana isso não é assim que se faz a contenção ela era feita dessa forma antigamente mas com a lei paulo delgado 2001 ela ficou controlada a partir de a gente tem horas no mínimo a cada a cada 15 minutos a cada uma hora a gente tem que estar ali analisando observando o comportamento daquele sujeito a vendo é o sujeito se acalmando se estabilizando ele faz sendo retirado essa contenção também é importante é que a contenção gente ela
seja fresco frita por um profissional médico simplesmente eu como tec de enfermagem e eu como psicóloga digo que quer que aquele paciente seja contigo e vou lá e faço contenção não não é assim que funciona a não ser que seja uma situação émergence ao que não haja nenhum profissional da saúde não existe um médico um profissional enfermagem superior enfermeiro aí numa emergência a gente faz a contenção por é assim que o médico fizer o atendimento ele vai ali para escrever igual se prescreve um medicamento no prontuário do seu paciente a necessidade de contenção então a
gente tem que ter cuidado enquanto técnico de enfermagem vocês que aconteceu não pode ser feita sem uma prévia prescrição médica e se não existe médico nenhuma possibilidade aí é um enfermeiro nível superior ele vai carimbar e assinar ali comprovando a necessidade dessa contenção não se faz com atenção por conta própria isso é uma responsabilidade muito grande pois pode acontecer né algum acidente com esse paciente então temos que ter cuidado aí com os das contenções né cautela total e lembre-se a cada 15 30 minutos observação do comportamento desse paciente né o registro dessa contenção o horário
que ela iniciou o horário que ela foi concluída o horário que foi observado se houve evolução o nome do pai eu sinto essa contenção outra coisa a contenção que a gente chama de contenção física ela não pode ser realizada né sem a contenção química que é o medicamento você não pode simplesmente contei um paciente psiquiátrico fisicamente esperar deus operar o milagre a gente sabe que deus opera bastante milagre mais não nesse caso né a gente faz a contenção física e o médico prescreve o medicamento que vai ato ali na estabilização daquele quadro né simplesmente não
vai fazer a contenção física e esperar que aconteça uma melhora né também temos que estar atento a isso aí e aí ó tem uma frase de castell que ele fala a partir desse princípio paradigma da internação irá dominar por um século e meio a medicina mental então você cerveja que esses métodos dos manicômios esses esses métodos torturante gente eles duraram mais de 1000 século isso é eu estou aqui falando mas só quem viu e em depoimentos que depois eu vou trazer documentários para vocês assistirem somente quem vivenciou é que pode aí entender né o sofrimento
causado por esse sujeito aliás passado por esse sujeito oi e aí no século 19 e 20 a gente tem a evolução da dessa desse transtorno mental com a questão da classificação das doenças mentais que antes o louco era loucura todo mundo e não tinham diagnóstico de esquizofrenia e bipolaridade para nós simplesmente todo mundo era longo e não tinha uma classificação e aí foi crepe né que iniciou essa classificação depois ele vem com o termo esquizofrenia e freud né com aquele surgimento que a gente estudou aí na de ser prender psicologia não é o estudo das
histéricas né e aí vem as nomenclaturas da neurose psicose e perversão que nós estudamos no módulo anterior bom né na década de 50 a gente vai ver uma evolução aí da questão dos fármacos aqui nesta imagem a gente presencial gente essa aqui é um exemplo de lobotomia vocês vêm aqui ó que o médico ele está aqui com instrumento né o prego e aqui é o olho do paciente onde ele vai fazer a retirada do pelo olho como eu comentei com vocês então em 50 a gente tem o uso desses psicotrópicos corpo armazena e eu carbonato
de lítio que ainda é utilizado bastante na depressão na década de 80 gente a década de 80 é o ponto mais importante da história da saúde mental no brasil porque na década de 80 surgiu um movimento chamado de luta antimanicomial e o que é que essa luta tem de tão importante o movimento da luta antimanicomial gente ele veio para fechar os manicômios e acabar com esses métodos de tortura aí dos manicômios a gente tem esse movimento é inspirado gente em baságlia franco basaglia franco basaglia ele é italiano e bazar lá na itália ele movimentou aí
a saúde mental trazendo um tratamento humanizado especialmente para as crianças com necessidades especiais mas também da da louco em geral e no brasil alguns psiquiatras e psicólogos se inspiraram em bazar para fazer uma mudança nesses métodos aí utilizados que eu mencionei anteriormente bom então veja no nosso país gente é a gente passou aí até a década de 80 o sofrimento né das pessoas com doença mental dentro dos manicômios né aliás não só que até que de repente né porque aliás até um tempo aí 2001 ainda acontecia mas o assim você deve estar se perguntando e
acontecia tudo isso nádia e ninguém fazia nada era ninguém fazia nada porque ninguém gente é tinha visão do louco como alguém que necessita de ajuda como alguém que é um ser humano e precisa de tratamento que pode conviver em sociedade na verdade as pessoas gostam mesmo é de trocar as pessoas elas se sentem felizes mesmo em se libertar daquele doente isso acontece atualmente viu e na década de 80 também a gente sabe que a década de 80 é marcada pelo surgimento do sistema único de saúde e pela constituição oi oi da criação da constituição de
88 então dentro desses movimentos aí de humanização da saúde de saúde como um direito de todos surgiu essa luta que a gente chama de luta antimanicomial e foram alguma algumas classes de psiquiatras alguns psicólogos que se reuniram visitando os manicômios como eu disse inspirado na no bazar green pegando as ideias de baságlia para ser aplicado no brasil então alguns psicólogos alguns psiquiatras passaram a visitar os manicômios e buscar o fechamento desses manicômios né tentar fechar esses manicômios e acabar stingwing esses métodos aqui no nosso país como eu falei a gente tem como uma representante desse
movimento ela tomando comeau a nise da silveira realiza da silveira é uma psiquiatra uma mulher alagoana arretada bastante importante nessa luta da doença mental no nosso país bom então a nise da silveira ela trabalhou no convento do engenho de aliás no convite perto da gente me perdi aqui no manicômio do engenho de dentro né e lá ela presenciou essa classe de tortura e se ela presenciou os eletrochoques nise ela é totalmente contra esse método da eletroconvulsão ela se recusa totalmente a utilizar esse médico ela questiona os médicos do porquê de utilizar a eletroconvulsoterapia ela questiona
por que que ele vai usar tantos amperes naquele paciente e simplesmente os colegas psiquiatras dizem para ela que ela deve contempla ela aprende que assim mesmo que a gente vai tentando e nos não aceita esse tipo de tratamento de violência né ela não aceita ela não aceita a lobotomia ela enxerga né nesses pacientes o sofrimento que a lobotomia deixa inclusivo óbito e ela ia se encontra muitos colegas da classe dela ela bate de frente ela convence familiares a não realizar a lobotomia dos seus pacientes porque nise da silveira ela vai utilizado em um outro método
que é muito importante que é o método da arte né a arte como um instrumento de evolução da doença mental e aí nise ela usa como autor com teórico base o yang né as figuras geométricas do yang e dentro do serviço lado do manicômio do engenho de dentro nise ela cria uma aula de terapia ocupacional né isso era um fato raro dentro da dos manicômios do nosso país ela pega uma aula lá está esquecida e cria-la uma aula de terapia ocupacional onde ela começa a introduzir a arte como tratamento da loucura né nisso e inclusive
com vários pacientes pacientes produziam quadros a pinturas e obras de arte feitas de argila também produzida por esses pacientes any se baseou nos estudos do yang um e o yang é aquele cara que eu falei no primeiro módulo que ele briga com freud né que ele iniciou os estudos na floyd ele discuto com freud lá no caso da paciente elisabeth n se baseia em hong para fazer esses estudos da arte para o tratamento da esquizofrenia e nízia bastante rechaçada os colegas tentam ter análise de dentro do hospital porque ela faz um grande revolução inclusive nisso
e chamado até de comunista não é porque ela vai contra o que era imposto pelos seus colegas médicos psiquiatras ainda mais por ser uma mulher né uma mulher nordestina ainda por cima então nisso é bastante criticada porque ela não aceita né esses métodos que os médicos utilizaram e ela queria sua aula terapia ocupacional e é realmente existe houve uma exposição né dos quadros desses pacientes a uma melhor significativa no comportamento dos pacientes sabendo que nessa época na década de 80 não se sabe ainda né da questão a um pouco evolução da psiquiatria então não se
sabia que não existia cura para a doença mental né inclusive só se falava em esquizofrenia e não se saber que não existe a cura e aí aqueles pacientes eles permaneciam ali gente que não era uma internação era viver simplesmente esses pacientes viviam dentro de um hospital não eram internação que ele tinha um mês dois meses três para sair simplesmente as pessoas eram internas e moravam lá para sempre não mudou muita coisa do asilo não apenas aqui existir aos tratamentos medicamentosos mas essas pessoas ficavam internas para sempre porque os familiares ficaram esperando a cura que nunca
ia vir né e o psiquiatra da época prometia cura com o lobo eu prometi acordo com a eletroconvulsoterapia né prometia cura com medicamento mas não acontecia nada nc não prometia cura mas mostrava a melhor né foi observado tem até o filme nise da silveira o coração da loucura que eu pretendo deixar no final aí para vocês disponível que vocês assistirem e simplesmente é nise mostra que a arte ela é capaz não de curar mas de tratar e dar condições e psíquicas desses sujeitos conviver em sociedade então a uma exposição nesse promove uma exposição de arte
com as obras de seus pacientes que isso deixa as pessoas bastante empregadas nessa área da terapia ocupacional lizzy lizzy além de expor os quadros ela promove também espaços de convivência que não existia antes dos pacientes com seus familiares e de lazer tonisi ela é um marco histórico na história da evolução da saúde mental nosso país especialmente do movimento antimanicomial inclusive né existe o museu da loucura onde está exposta tanto esses instrumentos de tortura um picador de gelo as máquinas de eletrochoque as camisas de força quanto estão expostas também é as obras de arte produzidas pelos
pacientes de nise da silveira e a gente tem aí também depois de movimento tá tomando cominhao aí ter se rebelado que foi um movimento ainda não revolucionou mas um tanto tímido porque não tinha uma lei ainda que embasar-se esse movimento então não foi proibido esse tipo de tratamento dentro dos hospitais eles continuar e alguns profissionais como exemplo denise que conseguiram alguma melhor criou o seu primeiro capim aí 92 né e gente isso a criação do caps é uma revolução que vocês não têm ideia né ideia na questão da doença mental no país né essa história
do isolar ela vai cair por terra e a gente vai trazer um capuz como um serviço que vai tratar o doente mental mas que ele pode sim está na sua família no seio do seu lar e também pode produzir também pode trabalhar e estudar e ser gente que é isso que ele é o e temos aí um último marco histórico é o manicômio de barbacena que eu vou dar mais uma pausa e continuar num outro vídeo porque eu mando quando barbacena ele merece uma um momento especial para falar dele