talvez nenhuma das realizações dos Romanos tenha sido tão fundamental para o desenvolvimento urbano quanto os aquedutos embora as cidades antigas tenham sobrevivido por séculos sem os aquedutos a implementação deles alterou para sempre o desenvolvimento e a vida das pessoas em todo o império romano e nesse vídeo vamos ver mais sobre Como funcionava essa grande obra da engenharia antiga Como já falamos algumas vezes aqui no canal um dos maiores especialistas sobre aquedutos Romanos foi se Julio Frontino e muito do que sabemos sobre o assunto foi escrito por ele Frontino nos conta que Roma viveu sem aquedutos
durante os primeiros 441 anos da sua existência durante os primeiros séculos Roma dependia das águas do rio tibre dos Poços e das cisternas só que à medida que a população crescia esses recursos começaram a se mostrar insuficientes e até problemáticos Poços urbanos começaram a secar o lençol freático enquanto o descarte de lixo e esgoto poluíram mais Evidente em áreas densamente povoadas onde os riscos à saúde eram altos e a água limpa era escassa para residências mais modestas cisternas abastecidas com água da chuva eram uma solução prática especialmente em cidades menores como por exemplo Pompeia só
que para uma Metrópole como Roma as cisternas não eram suficientes principalmente em prédios de apartamento onde havia menos área de telhado para captar água a necessidade de uma solução mais eficiente ficou Clara à medida que os romanos aumentaram a demanda do uso de água limpa e corrente com a criação de mais banhos públicos e fontes termais e os aquedutos seriam a resposta para esse problema baseados no princípio do fluxo de gravidade A ideia era transportar águas de fontes distantes até as cidades essas estruturas deveriam ser canais construídos em uma leve inclinação contínua O que permitiria
que a água fluísse sem a necessidade de bombas essa água seria coletada de fontes reservatórios e Termas abastecendo diretamente o coração das cidades é importante lembrar que os aquedutos não foram uma invenção Romana Desde a antiguidade civilizações ao redor do mundo buscavam maneiras de garantir um suprimento regular e controlado de água as primeiras formas de aquedutos incluíam túneis cavados na terra canais superfície tubos de argila e até mesmo Pontes Só que os romanos conseguiram aperfeiçoar as técnicas existentes e introduziram novas soluções para garantir um fornecimento constante de água paraas suas cidades e dessa forma o
primeiro Aqueduto de Roma o Aqua Apia foi construído em 312 antes de. CR Roma já havia conquistado territórios importantes e começava a sentir os efeitos do aumento populacional e da consequente demanda por água e o Aqua foi a resposta para esse problema a sua construção que foi supervisionada pelo cônsul apio Cláudio cego trouxe água de cerca de 16 km de distância até a cidade a maior parte do seu percurso era subterrâneo o que protegia tanto de possíveis ataques quanto da contaminação embora a sua capacidade fosse limitada e ele só abastecesse uma pequena parte da cidade
foi um pequeno passo crucial na criação de uma rede de aquedutos que séculos depois seriam uma das maravilhas do mundo antigo e o sucesso desse primeiro Aqueduto mostrou aos romanos que o investimento em aquedutos era muito vantajoso à medida que Roma crescia em tamanho e importância novos aquedutos começaram a ser construídos para atender a demanda crescente um exemplo disso foi a expansão do aquam mácia construído cerca de 170 anos depois do Aqua Apia criado no ano 144 Anes de CR o aquam mácia foi um Marco na engenharia Romana que não apenas explorou as centes localizadas
a mais de 90 km de distância mas também incluía longos trechos elevados sobre Arcos um avanço técnico que permitia que a água viajasse por terrenos variados e chegasse a áreas mais altas da cidade esses Arcos monumentais se tornaram símbolos icônicos da engenharia Romana e serviram como inspiração para futuras construções tanto em Roma quanto em outras partes do império só que a maior parte desses sistemas era subterrâneo o que não só era mais econômico mas também oferecia proteção contra danos causados pelo clima e minimizava os transtornos paraas comunidades ao longo do percurso a construção de um
Aqueduto começava com o planejamento detalhado da Rota os engenheiros Romanos precisavam encontrar fontes de água pura que pudessem ser canalizadas até a cidade o percurso entre a fonte e o destino frequentemente envolvia obstáculos naturais como Colinas Vales e rios para superar desafios os engenheiros projetavam Pontes arqueadas túneis e sifões invertidos soluções que demonstravam o conhecimento técnico avançado daquela época e um aspecto essencial na construção de um Aqueduto era a inclinação constante do canal a água precisava fluir naturalmente apenas pela força da gravidade isso exigia precisão quase perfeita na construção um erro na inclinação poderia fazer
com que a água ficasse estagnada ou não chegasse ao seu destino o que tornaria todo esforço inútil ao longo da maior parte da sua rota os aquedutos corriam através de boeiros subterrâneos uma solução Econômica que também protegia o sistema de danos e sabotagens só que à medida que os aquedutos se aproximavam da cidade e cruzavam vales Como por exemplo o rio tibre surgia a necessidade de estruturas mais visíveis e monumentais e foi aí que as icônicas Arcadas romanas entraram em ação esses Arcos de pedra empilhados em várias camadas sustentavam os canais de água em sua
passagem sobre terrenos baixos só que a manutenção dos aquedutos Romanos era muito importante para o bom funcionamento deles como os aquedutos não podiam ser simplesmente desligados a engenharia precisava prever soluções para o manejo do excesso de água e para a limpeza dos sedimentos que poderiam se acumular nos canais quando a água alcançava a cidade ela era distribuída por um sistema de Torres de distribuição chamadas Castela e também tanques de decantação as Castela tinha a função de regul o fluxo de água dividindo em canais menores que alimentavam tanto as fontes públicas quanto os banhos e as
casas particulares esses tanques e Torres também serviam para separar detritos e sedimentos da água garantindo que o abastecimento para áreas públicas e privadas fosse de alta qualidade localizados em áreas elevadas os tanques permitiam que a água ao fluir para baixo depositasse sedimentos no fundo embora eficazes contra partículas maiores os tanques de decantação não eram completamente eficazes contra pequenos insetos e outros resíduos flutuantes só que mesmo com uma tecnologia avançada os aquedutos sofriam problemas de desgaste infiltração e limpeza que precisavam claro ser resolvidos para facilitar esse acesso a trechos subterrâneos eram construídas câmaras iis Além disso
caso fosse necessários reparos significativos os engenheiros podiam desviar temporariamente a água das áreas afetadas havia uma posição especial no governo romano chamada de os curadores das águas que eram responsáveis por supervisionar os aquedutos e garantir o seu bom funcionamento a importância da manutenção era tão grande que chegaram a contratar até 700 pessoas para cuidar só dos aquedutos da cidade garantindo que a água funcion nasce sempre bem haviam também os Serv publice ou escravos públicos que eram fundamentais tanto na construção quanto na manutenção dos aquedutos ao contrário dos escravos privados que pertenciam a indivíduos os Serv
publice pertenciam ao estado e eram usados em grandes projetos públicos o seu trabalho incluía escavar túneis construir canais remover detritos dos aquedutos e até limpar os tanques de decantação Além disso alguns escravos eram encarregados de funções administrativas como o controle de materiais e a supervisão das operações diárias no auge do império Roma contava com cerca de 11 aquedutos que abasteciam a cidade com um volume de água impressionante Além disso Frontino escreveu que no fim do primeiro século depois de. Cristo a cidade contava com 1352 Fontes públicas 254 reservatórios 15 ninfas ornamentais 11 grandes Termas imperiais
e 856 Balneários menores esses números revelam que o abastecimento de água não era apenas para necessidades básicas como beber e Cozinhar os romanos usavam água para manter a higiene pública alimentar suas grandes casas de banho e até mesmo sustentar indústrias como tinturarias e hortas urbanas estima-se que a quantidade total de água fornecida diariamente à cidade pudesse chegar a 1 milhão de metos cúbicos o que impressiona ainda mais Quando pensamos que tudo isso era distribuído através de uma rede complexa de aquedutos as fontes públicas não eram apenas pontos de acesso à água Muitas delas eram ricamente
decoradas isso simbolizava a generosidade do Imperador ou dos patrocinadores que haviam financiado a construção do Aqueduto o controle da distribuição de água também tinha um caráter financeiro paraa população em geral a água estava disponível gratuitamente em Fontes públicas só que aqueles que desejavam ter acesso à água diretamente em suas casas ou para banhos privados pagavam uma taxa assim os aquedutos além de serem uma necessidade prática se tornaram uma ferramenta de status social e controle político as grandes Termas como por exemplo as Termas de caracala e diocleciano eram consumidoras Vorazes de água e exigia um fluxo
constante e abundante para manter suas piscinas quentes Mornas ou frias além das termas as fontes públicas eram um ponto de distribuição gratuito para a população comum enquanto as residências mais ricas podiam pagar para ter água encanada diretamente nas suas casas O Aqueduto também desempenhava um papel crucial na infraestrutura do entretenimento de Roma incluindo na realização das grandiosas inundações do Coliseu essas exibições aquáticas simulavam batalhas Navais e exigiam uma quantidade significativa de água algo que o sistema de aquedutos Romanos poderia facilmente resolver só que apesar da sua manutenção e segurança a fraude nos aquedutos de Roma
era uma prática comum e engenhosa envolvendo métodos que de acordo com Frontino variava desde simples manipulações Até esquemas complexos muitos usuários privados instalaram saídas clandestinas nos aquedutos sem nenhum autorização esses desvios Ilegais permitiam que eles roubassem água antes que ela chegasse ao seu destino oficial em alguns casos essas saídas Ilegais estavam localizadas a quilômetros de distância da cidade em áreas onde o controle do governo era mais fraco a fraude frequentemente envolvia o suborno de funcionários do estado e trabalhadores dos aquedutos Frontino conseguiu implementar um sistema de fiscalização para garantir que os desvios de água fosse
identificados e punidos ele inspecionava regularmente os aquedutos e monitorava o o fluxo de água com base em registros precisos de permissões e distribuições é claro que a construção de um Aqueduto era um oportunidade perfeita para que um governante demonstrasse seu poder e benevolência para o povo um exemplo disso foi o Aqua Virgo construído sob as ordens de Augusto que buscava ganhar prestígio da população como sendo o primeiro imperador de Roma no ano 19 antes de. CR ele fez esse Aqueduto que passou a trazer água de uma fonte localizada a 18 km de Roma entregando cerca
de 100.000 m c de água por dia esses projetos também reforçavam a ideia de que Roma como Império tinha controle sobre a natureza e os recursos Além disso os aquedutos criavam uma dependência Vital da população em relação ao estado nas moedas romanas e em outros registros os aquedutos eram frequentemente representados como símbolos da superioridade Romana tanto em termos de tecnologia quanto de organ ação social não é à toa que em seus escritos Frontino faz uma comparação dos Romanos aos egípcios comparando com as palavras dele as pirâmides altas mais inúteis com a funcionalidade prática dos aquedutos
Romanos isso mostra um pouco o orgulho que Roma tinha em sua capacidade de construir algo que não apenas impressionou mas que se tornou um símbolo da engenharia Romana então se você gostou de aprender mais sobre o funcionamento e a manutenção dos aquedutos Romanos Não esqueça de deixar o seu like nesse vídeo e de se inscrever no nosso canal a gente se vê no próximo vídeo