A tentação de Nosso Senhor Jesus Cristo - Profa. Dra. Ir. Anna Maria Fedeli, FSM

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Nessa aula, a Irmã Anna Maria Fedeli, FSM, comenta sobre as tentações de Nosso Senhor Jesus Cristo p...
Video Transcript:
[Música] Christus, Christus, vna krus, krus. [Música] Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Concílio dos cristãos, rogai por nós. São Tomás, rogai por nós. Do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Como vocês estão vendo aí embaixo, está escrito ST3, que 41 A1. O "ST" é abreviação de "Suma Teológica". "TR" quer dizer que este assunto está na parte três da Suma Teológica.
Tudo que tem relação com o nosso Senhor Jesus Cristo está na parte três. Na parte um, São Tomás estuda Deus. Primeiro, Deus em si mesmo; depois, Deus na criação.
Na parte dois, podemos dizer que ele estuda a parte moral da Suma Teológica, onde estarão as virtudes e os vícios. E na parte três é onde ele vai estudar nosso Senhor Jesus Cristo. Essa parte três nunca foi concluída.
Quando ele morreu, estava escrevendo a parte três. A Suma Teológica é toda dividida em questões, e as questões são divididas em artigos. Então, isso que vamos ver hoje é só um pedacinho, a questão 41, e na questão 41 vamos estudar o artigo um, que é sobre a tentação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eu tenho o texto aqui. O texto aparece em São Mateus, cuja festa, inclusive, é hoje. Vou ler o texto com vocês, porque São Tomás vai continuamente.
O texto de São Tomás é sempre assim; ele vai sempre. Não é um texto poético. Ainda essa semana, eu estava conversando com um especialista em São Tomás, e nós mencionamos São Boaventura.
Ele estava comentando que São Boaventura é extremamente poético; o texto é muito bonito. São Tomás de Aquino não; o texto de São Tomás não é bonito. O texto de São Tomás é uma espécie de teorema, extremamente lógico.
Uma pessoa que gosta da beleza de um teorema verá beleza no texto de São Tomás, mas não há beleza poética. O texto não é um texto que diríamos: "Nossa, mas que texto bem escrito! " Porque há pessoas, há autores, que escrevem sobre qualquer coisa, e o texto é bonito.
Essa de Queiroz, por exemplo, é assim. Eu me lembro de um começo, no início de um romance dele chamado "A Ilustre Casa de Ramires". A história começa numa biblioteca, numa biblioteca de um solar de campo em Portugal, e a descrição da biblioteca é linda: "A livraria, clara e alta, espaçolada de azul, abria largamente para o mar por duas janelas, uma mais rasgada de varanda e a outra mais solene com pilares de pedra.
" Então, é tão bonita a descrição que, só ela, é bonita em si; o texto é belo. Há uma professora de literatura portuguesa que morreu recentemente, Cleonice. Nós a chamávamos Cleonice, mas evidentemente, né?
Por Cleonice, ninguém a conhecia. O sobrenome dela era uma senhora que falava extremamente bem. Foi a especialista brasileira que foi convidada para trabalhar nos escritos de Fernando Pessoa.
Ela era uma grande especialista, uma pessoa de muita cultura e muito elegante, uma senhora de antigamente, extremamente elegante. Ela falava tão bem! Eu costumava dizer aos meus colegas, normalmente, eu a encontrava em congressos de literatura portuguesa, em que, digamos, a grande maioria de nós que estávamos lá éramos todos professores de literatura portuguesa.
Eu costumava dizer: "Se a Cleonice Bernardel não explicar como é que a empregada dela pendura a roupa na sala na varanda, vai ser interessantíssimo! " Porque tudo que ela dizia era lindo. São Boaventura é muito bonito; o texto dele é bastante rigorosamente teológico.
Não se pode dizer absolutamente que não seja. Já São Tomás. .
. Não, São Tomás. O texto não tem beleza; a beleza é só a beleza da lógica.
Mas então, o texto que ele está analisando é muito importante porque ele vai basear tudo aquilo que vai dizer no texto. Por isso, vou ler o texto para vocês, então, para vocês se localizarem. É logo depois do batismo.
O texto de São Mateus, como vocês sabem, foi escrito na Judeia. O primeiro apostolado de São Mateus foi entre os próprios hebreus e ele escreveu em língua semita. Ele era um homem muito culto; de todos os apóstolos, eu acho que podemos dizer que o que tinha a classe social mais elevada era São Mateus, a maioria deles eram pescadores.
Eu acho que aqueles que eram primos de Nosso Senhor na Galileia não eram. Hoje, eu fiquei sabendo que também São Mateus talvez seja primo de Nosso Senhor. Parece que é primo de Nosso Senhor porque vários lugares o apresentam como irmão de Tiago, menor.
Na lista que aparece dos irmãos do Senhor não aparece São Mateus. Pode ser que os outros tenham permanecido na Galileia e por isso, quando as pessoas perguntam: "Não são seus irmãos? " Como é que é?
José, Simão, Tiago e Judas, e não falam em Levi. Levi e Mateus são a mesma pessoa, porque vai ver que Levi já tinha ido para Jerusalém há muito tempo. Vai ver que Levi já tinha virado publicano, e a família não gostava muito de lembrar dele.
Mas há muitos textos quando São Lucas se refere a ele, diz: "Mateus, filho de Alfeu", e Alfeu é sem dúvida o nome desse primo de Nosso Senhor. Tiago, menor, é normalmente chamado Tiago de Alfeu. Então, eu fiquei surpresa de saber que talvez Mateus também seja.
Mas o fato é que naquele momento que começa a pregação e parece. . .
Até é um argumento fraco, mas, do jeito que o evangelho apresenta, não parece que Ele, nosso Senhor, já se conhecia. Porque São Mateus conta assim: "E, passando, viu um homem chamado Mateus e disse-lhe: 'Vem e segue-me'. E ele, levantando-se, seguiu-o.
" E, estando na casa (entre parênteses, na casa de Mateus), havia uma porção de publicanos e pecadores que eram amigos de Mateus. Eram esses os publicanos e os pecadores. Então, ah, que vê também que, quando se fala dos parentes dele, parece que eles estavam todos lá na Galileia.
Esse aqui não estava! Esse levava um outro tipo de vida, e para ser publicano, ele era, portanto, funcionário romano. Deixa eu explicar para os mais novos o que era o publicano.
O publicano era um cobrador de impostos. Já não é uma profissão de que as pessoas gostam muito, não é? Quando eu era pequena, papai tinha um comércio, um pequeno armazém, e vinham os fiscais, aqueles que verificavam os impostos.
E teve um tempo que foi perto de 64, antes dos militares tomarem o poder, havia um governo de esquerda que era extremamente populista. Então, houve uma ocasião em que tabelaram a carne; a carne só podia ser vendida por aquele preço. A carne era comprada pelos açougueiros a um preço mais alto do que estava na tabela; ninguém conseguia vender pelo preço.
E aí, o que faziam os cobradores de impostos, os publicanos? Eles vinham fiscalizar os açougueiros para quê? Ou se estava televisão junto para prender o açougueiro, mas, mais frequentemente, para pegar a gorjeta por não denunciar e não prender.
Então, muitas pessoas eram drenadas porque eles vinham todo dia pegar dinheiro. Infelizmente, no meu bairro, um açougueiro matou, quando ele veio naquele dia, ele falou: "Você veio outra vez, vou te dar gorjeta. " E deu um tiro nele, matou o fiscal.
Quer dizer, acabou com a vida dele, acabou com a vida do outro. Mas um dia, eu estava andando com a minha irmãzinha, pequenininha, quatro anos mais nova que eu; eu devia ter sete. Ela estava de mão comigo, e aí, de repente, ela olhou para mim e falou assim: "Ah, e fome!
Vamos correr, tem um homem atrás da gente. Eu acho que ele é fiscal. " Para ela, fiscal é ladrão; ela não fazia a diferença.
Ela queria dizer: "Eu acho que ele é um ladrão. " Mas o que ela soube dizer foi: "Eu acho que ele é um fiscal. " No tempo de Nosso Senhor era exatamente assim.
E os fiscais daquele tempo não só eram tidos como gente que ficava com dinheiro, que cobrava mais para ficar com o dinheiro, coisa de que nós no Brasil nunca ouvimos falar e achamos muito esquisita, mas eles eram acusados disso. Mas, além do mais, eles cobravam para o Império Romano. Eles estavam tirando dinheiro do judeu para dar para os pagãos, para dar para aqueles que cultuavam os ídolos, para dar para aqueles que oprimiam o povo eleito.
Então, ser um publicano era o fim da linha do ponto de vista dos judeus. Mas os romanos eram extremamente exigentes com o cargo; eles só davam o cargo para pessoas que tivessem cultura. Então, São Mateus não só falava o aramaico, que todo judeu falava, e o grego, que todo mundo falava, mas ele também falava hebraico.
Além disso, havia uma habilidade que era exigida desse tipo de funcionário romano, que era uma espécie de taquigrafia, porque era necessário fazer processos dos pagamentos dos impostos, e claro, não havia gravadores. Então, era necessário escrever, mas escrever na velocidade da fala, na velocidade em que se falava. Então, São Mateus tinha que também ser uma pessoa que tinha essa habilidade.
Há até um autor, ahã, Tremont é o sobrenome dele, felizmente agora me escapa o primeiro nome dele, mas se vocês procurarem especialistas em Sagrada Escritura modernos, especialmente em São Mateus, vocês vão achar. Ele até diz que é por isso que o Evangelho de São Mateus é tão preciso. Ele é um grande analista de textos, e ele diz que o Evangelho de São.
. . perdão, de São Mateus é tão preciso porque São Mateus anotava também o que nosso Senhor falava.
Então, ele diz, pela análise que ele faz dos textos, parece que isso é possível. Quando se vê um texto escrito, saber que ele tem como fonte uma fonte oral ou uma fonte escrita é uma coisa que os especialistas sabem ver. E ele disse que se vê que o texto de São Mateus é cheio de fontes escritas, que seriam o fato dele ter tomado notas enquanto nosso Senhor falava.
Então, diz ele sobre a tentação. Logo depois, ele não foi testemunha; ele não era discípulo. Só os discípulos de João é que viram a cena do batismo, que viram o céu se abrir e o Pai dizer: "Este é meu Filho muito amado.
" Ele não é testemunha; alguém aqui contou para ele. E tem muita coisa aqui que só o Senhor pode ter contado; só nosso Senhor estava lá. É bom também para os mais novos vocês entenderem, queridos, que a inspiração divina da Sagrada Escritura tem inspiração de Deus.
É comum dizer que o principal autor da Sagrada Escritura é Deus; o autor mesmo é um autor secundário. Mas isso não quer dizer que a pessoa sai adivinhando as coisas. Não!
Ela escreve coisas, algumas vezes, sim. Como para quem estava na missa de hoje, a epístola era uma visão de Ezequiel. Ali, Ezequiel escreveu uma coisa que ele viu, uma visão.
Mas, na maior parte das vezes, eles escrevem coisas das quais têm um conhecimento natural ou coisas que eles viram, como nós vemos, ou coisas que eles. . .
Ouviram que alguém contou que a inspiração de Deus é, digamos assim, como que guia aquilo que vai ser escrito, para que sejam aquelas coisas que Deus considera importantes para a instrução dos judeus, antigamente, dos católicos, enfim. Mas não é que quem está inspirado sai adivinhando coisas. Ah, então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo, e, tendo jejuado 40 dias e 40 noites, depois teve fome.
E, chegando-se a Ele, o tentador disse: "Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães. " Ele, porém, respondendo, disse: "Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. " Então o diabo transportou-o à cidade santa e colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: "Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito que aos seus anjos dará ordem a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
" Disse-lhe Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. " Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. " Então, disse-lhe Jesus: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás.
" Então o diabo o deixou, e eis que chegaram os anjos e o serviram. São Bernardo, comentando esse texto, diz: "Ah, o Salmo, esse Salmo que o diabo cita, porque o diabo vem tentar ainda mais, ele tenta uma pessoa da estatura de nosso Senhor com a palavra de Deus. " Ele tenta, parecendo que é bonzinho, alguém que tem a palavra de Deus em grande conta.
Nosso Senhor, claro, não entra no jogo dele; nosso Senhor nem diz que é o Filho de Deus, nem que não é o Filho de Deus, e responde a ele com uma palavra da Escritura que é contrária àquilo que ele está dizendo. Isso é uma lição também para nós a respeito da Sagrada Escritura. É por isso que nós precisamos da Igreja, porque com a gente pode fazer a Sagrada Escritura dizer quase tudo que a gente quiser.
Se conta de dois ingleses, um presbiteriano e o outro anglicano, e eles começaram a discutir numa estação, era uma estação de trem, e discordavam quanto à literalidade ou não daquele trecho que diz: "Se alguém te bater numa face, oferece-lhe a outra. " Um deles dizia que isso era literal, que isso tinha que ser feito assim por todos os verdadeiros discípulos de Cristo, e o outro dizia que não, que a expressão não é literal, tanto que Cristo, quando lhe bateram numa face, não ofereceu a outra, mas respondeu: "Se falei mal, mostra-me em que; senão, por que me bates? " E eles foram discutindo, discutindo, cada vez mais alto, até que o que defendia que não era literal bateu na cara do outro e falou: "Tá bom, então agora me dá outra face.
" E aí o outro respondeu para ele: "Não, porque também está escrito que, com a mesma medida com que tu medires, deve ser medido. " E aí começou a bater no outro. Aí os dois começaram a lutar, até que alguém perguntou para um outro e falou: "O que está acontecendo?
" O outro respondeu: "Eles estão discutindo a Bíblia. " Ah, é por isso que a gente precisa, porque com a Bíblia, como o diabo faz, pode-se dizer quase qualquer coisa, e a gente precisa ter uma autoridade infalível que diga o que o texto quer dizer naquele ponto. É por isso que nosso Senhor não disse para os apóstolos: "Ide e imprimi Bíblias.
" Não! A leitura da Bíblia não é necessária para a salvação; é necessário conhecer a doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo. E por isso nosso Senhor disse para os apóstolos: "Ide" e "ensinai.
" E houve um momento, no comecinho, em que não havia nenhum evangelho escrito. É claro que, quando São Paulo foi pregar no Império Romano ou quando São Mateus foi pregar na Etiópia, não é que eles tinham Bíblias para levar. Não tinham!
Mas, nem por isso, eles deixavam de pregar. Bom, vamos ver então o que São Tomás tem a nos dizer a respeito deste texto que acabamos de ler. Primeiro, ele vai nos explicar por que nosso Senhor quis ser tentado.
Olha que bonito esse capitel românico aí com um diabo tentando nosso Senhor, oferecendo um pedaço de pão para ele. Então, a primeira razão pela qual nosso Senhor quis ser tentado, segundo São Tomás, é para nos fornecer socorro contra a tentação, pois o diabo tenta todo mundo, mais ou menos sutilmente, mas o diabo não dá sossego para ninguém. São Pedro procura nos advertir disso, dizendo na epístola dele: "Sede sóbrios e vigilantes, porque como um leão rugindo, o diabo gira continuamente buscando a quem devorar.
" E é verdade, ele não deixa um menininho de 8 anos sem dar inveja nele; ele quer destruir o brinquedinho do outro. Ele não deixa ninguém em paz; toda alma é importante, o diabo está sempre tentando, sempre tentando, sempre tentando. E às vezes são coisas muito sutis, que parecem muito pequenas, mas o diabo é um bom psicólogo e ele tem muita experiência.
Então, todos nós precisamos estar atentos, como diz São Pedro, e precisamos, digamos assim, de ter conhecimento de como lidar com a tentação. Então, essa é a primeira razão pela qual nosso Senhor quis ser tentado. Para nos instruir contra a tentação, em primeiro lugar, conhecendo a ação do diabo, a gente precisa saber disso.
A primeira coisa é saber disso que eu acabei de dizer: o diabo está tentando sempre a gente. Devemos sempre desconfiar de nós, mas também desconfiar do diabo. Tem um santo que diz, agora não me lembro quem era, mas ele diz que quando a gente não pensa mal, o diabo pensa.
Então, ele diz que, em primeiro lugar, precisamos conhecer a ação do diabo quanto a matéria. Se a gente souber aquelas matérias que, digamos assim, são preferência do diabo, podemos ficar mais atentos. A primeira é a sensualidade.
Como assim a sensualidade? Ele fala aqui da necessidade de comida. Nosso corpo tem, digamos, vários apetites, coisas que são naturais e pelas quais ele naturalmente anseia: comida, bebida, aquilo que está ligado com apropriação.
São anseios naturais do corpo, e é claro que o diabo, quando nos tenta com isso, tem um aliado dentro de nós; ele tem como aliado a nossa natureza. Então, são tentações que podem ser muito perigosas, às quais precisamos ficar muito atentos e das quais devemos ser muito desconfiados. É por isso, por exemplo, que a Igreja sempre prescreveu jejuns.
Nosso Senhor disse: “Se não fizerdes penitência, perecereis todos. ” Mas, assim, ainda hoje, nós estamos conversando. A irmã Joana usou um método para ensinar latim em casa, que é uma espécie de ritmo livre.
A pessoa está, digamos, na lição, então ela faz a pessoa ler esse livro que usamos de Família Romana, que é dividido em partes. A pessoa lê uma parte, traduz para ela, e a partir daí, a pessoa começa a fazer os exercícios daquela parte na velocidade que ela quer. Depois, ela vai ler a outra parte, traduzir a outra parte, e quando a pessoa fez isso com duas lições, a irmã dá uma prova.
E aí eu estava falando para ela que acho um método extremamente eficiente. Ela aprendeu na escola de japonês dela; funcionava assim. Na verdade, se a gente vê, né, irmã?
O método da escola da Laura Ingalls era o método da escola dos meus pais. A escola onde meus pais estudaram tinha essa da Laura Ingalls também. Era uma fileira por ano de crianças, uma professora só para todo mundo.
Ela passava o que tinha que ser estudado; quando a criança sabia, vinha lá, ela tomava e continuava. E aí, ela ia tocando todo mundo: os do primeiro, do segundo, do terceiro e do quarto; e todo mundo aprendia. Meu pai sabia até morrer a lista inteira de todos os rios de Portugal, todos os acidentes da costa.
Aprendi, mas a gente estava comentando que dá para usar em casa e dá para usar na escola. Não dá? Por quê?
Porque os alunos não têm responsabilidade para isso. Quanto tempo eles iam ficar fazendo exercício até dizer que tinham que ter prova o ano inteiro? A mesma coisa que a Igreja faz com a gente.
Todo filho é irresponsável. Toda criança é irresponsável. Nosso Senhor só disse: “Se não fizeres penitência, todos vós perecereis.
” A Igreja dava, hoje dá menos, mas dava uma porção de jejuns obrigatórios. Hoje, por exemplo, seria dia de jejum. Não era?
Antiga disciplina, né? As têmporas eram sempre tempo de jejum. Por isso que a comida oriental chama tempurá, porque é uma comida de legumes na qual não vai carne.
E aí ficou o nome lá; era a comida das têmporas. Tempurá é por isso que a Igreja nos fazia fazer jejum, porque a sensualidade. .
. nosso corpo tem que estar bem domado, bem acostumado a não ter o que pede. Porque se a gente vai dando sempre o que ele pede em matéria de repouso, em matéria de comida — que são matérias em que é mais difícil chegar ao pecado mortal —, mas se a gente vai dando sempre o que ele pede, ele facilmente vai pedir matérias em que facilmente chega ao pecado mortal.
Então, por isso que Nosso Senhor foi tentado. E claro, Ele quis que a gente visse e quis, não é só que Ele quis ser tentado, Ele quis ser tentado e quis contar para os apóstolos como foi a tentação, para que nós saibamos como costuma ser o ataque do diabo. Para que estejamos atentos, a primeira coisa que ele costuma usar é onde ele tem o aliado, onde ele tem o nosso corpo como aliado.
E aí ele vai tentar. . .
Ah, ele também procura nos tentar com o que Santo Tomás chama de imprudência. O que é a imprudência? É o mau uso dos bens.
Ser prudente — a virtude da prudência — é a virtude de saber usar bem os meios para atingir o fim. A imprudência é usar os meios de modo contrário ao nosso fim. E a maneira que nós mais facilmente usamos as coisas de maneira contrária ao nosso fim é usá-las para nos glorificarmos.
Para que fim foi criado o homem? O homem foi criado, diz-se, para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo e gozá-lo eternamente no outro. Então, a prudência nos manda usar de tudo para a glória de Deus, porque é assim que nós atingiremos o nosso fim, é assim que nós atingiremos a nossa própria glorificação no fim da história.
Quando nós usamos as coisas para a nossa glorificação, nós estamos agindo imprudentemente. Em vez de usá-las para o nosso bem, nós as estamos usando para o nosso mal. E é nisso que o diabo tenta.
Nosso Senhor, São Bernardo comentando esse caminho, esse trecho. . .
eu ia comentar com vocês e acabei mudando de assunto. Ele diz: "Porque o trecho diz: ‘E ele te guiará em todos os teus caminhos’. " E aí vem essa parte de tirar da pedra.
. . Tirar a pedra para que ele não fira o pé, que talvez não fira o pé, e o seu Bernardo pergunta para o diabo, por acaso, se jogar da torre é caminho.
Há um caminho do alto da torre para o chão? Não, não é caminho. O argumento do diabo é um sofisma, e nosso Senhor responde: "Não tentarás o Senhor teu Deus", porque não é caminho.
Deus prometeu, de fato, para seu Cristo que ia proteger, mas aquilo não era caminho, e a avidez quanto a querer o bem deste mundo, que é a última coisa que Ele oferece, também. Aí o diabo tem sempre um aliado em nós, porque a nossa alma, de uma certa maneira, foi feita para querer o infinito. Só que nós facilmente nos enganamos; em vez de querer o infinito em Deus, nós queremos o infinito de coisas: o infinito de bens deste mundo, o infinito de riqueza, o infinito de prestígio, o infinito de prazeres.
E é isso que o diabo oferece para Nossa Senhora, mostrando todos os reinos do mundo: "Tudo isto te darei, se prostrado me adorares". Também, além de nós conhecermos a ação do diabo quanto à matéria de São Tomás, nosso Senhor quer que nós conheçamos o diabo quanto ao como é a tentação dele, quanto ao modo. O diabo sempre começa nos tentando com o legítimo, ele nos dá primeiro para fazer uma coisa que não é pecado.
Se nosso Senhor tivesse feito pão e comido. . .
Comer não é pecado. Afinal de contas, você também estava jejuando há 40 dias. A gente sempre deve desconfiar quando estamos acostumados a fazer um bem.
Eu me lembro de uma amiga, uma vez, que ela me falou: "Ela sempre rezava o rosário", e ela me disse: "Ai, eu não vou mais rezar os rosários. Não foi isso que Nossa Senhora pediu em Fátima; ela pediu o terço; para que precisa rezar o rosário? Eu não vou mais rezar o rosário".
Era uma tentação. É verdade, uma pessoa que não tivesse rezando nada e falasse "Vou rezar o terço todo dia", ótimo. Mas ela rezava o rosário há muitos anos.
É uma coisa para a gente desconfiar, porque a decisão súbita de não precisar mais rezar o rosário e, de fato, infelizmente, é uma pessoa que depois acabou se afastando muito da prática religiosa, muito, bastante mesmo. Mas era pecado ela parar de rezar o rosário? Claro que não.
E o diabo sempre faz assim; quando ele quer nos tentar, ele começa nos tentando com o legítimo, aquelas coisas que a gente pode perguntar: "Tem pecado fazer tal coisa? " Não, não é pecado. Ele não começa pedindo uma coisa que é pecado, ele sempre vai do legítimo para o ilegítimo.
A gente deve sempre desconfiar quando dá uma vontade súbita na gente de fazer menos: "Eu não preciso fazer tanto por Deus; eu posso fazer menos; eu vou fazer menos". A gente deve sempre desconfiar; normalmente, não vem de boa raiz. E aí também nosso Senhor quer que a gente conheça os modos de vencer.
A primeira coisa, a formulação é engraçada: não pondo o fim nos meios. O diabo estava sugerindo para nosso Senhor sempre meios extraordinários de fazer as coisas; estava sempre querendo que ele, por exemplo, não propusesse: "Vai embora, vai embora do deserto e compra pão lá na sua casa. Vai para sua casa comigo".
Não, ele sempre propõe uma coisa extraordinária. A gente não deve fazer isso; uma maneira de vencer o diabo é ser simples, muito simples, procurar fazer muito simplesmente as nossas obrigações do melhor jeito que a gente puder. E procurar, de fato, as nossas obrigações.
São Francisco de Sales diz, por exemplo, que é uma tentação um bispo que quiser viver retirado em oração, porque a santidade dele não está nesse meio. A oração é meio de santidade e a obrigação dele é estar pregando para o povo, visitando as paróquias dele. Então, se a gente põe o fim no meio, a gente vai se enganar.
Rezar é bom, rezar é ótimo. Mas uma mãe de família que deixasse de cumprir as suas obrigações para passar o dia na igreja, com as crianças sujas e comendo mal, e que ela fizesse todas as novenas que tem na igreja, ela estaria agindo mal. Ela estaria pondo o fim dela; ela quer santificar-se em um meio.
Nós devemos ser extremamente simples quanto aos meios; aquilo que é simples é que nos santifica. Aquilo que está de acordo com a nossa obrigação. .
. Claro, rezar todo mundo deve rezar, dentro das medidas da possibilidade da sua vocação. Santo Afonso diz, inclusive, ele tem um livrinho chamado "Os Meios de Conseguir o Amor a Deus", são máximas uma depois da outra.
Uma delas é "rezar o máximo que se puder", mas que uma dona de casa reze o rosário enquanto ela lava a louça é a coisa mais normal e ótima do mundo. Se ela tem trabalho demais, então a gente deve ser extremamente simples quanto aos meios. A outra maneira de derrotar o diabo é fugir das ocasiões perigosas.
Como nosso Senhor, ele não ia se jogar da torre. A gente também deve fugir das ocasiões perigosas. As ocasiões perigosas são diferentes para as pessoas; tem gente para quem, por exemplo, se pôr numa situação de destaque pode ser uma ocasião perigosa, para uma outra pessoa pode não ter perigo nenhum nisso.
Então, cada um é que sabe quais são as suas ocasiões perigosas. Com quem é que eu encontro que me faz mal? Que tipo de conversa vai haver?
Que aquilo é que me faz mal? Mas é quando a gente sabe que uma ocasião é perigosa, a gente deve ser bem covarde e não se pôr nela. Porque nessa questão de ocasiões perigosas, são os.
. . Covardes que vencem fal: "Ah, não!
Eu vou lá e eu vou conseguir. Nós somos muito fraquinhos, então precisamos desconfiar bem das ocasiões perigosas, de qualquer tipo que elas sejam. E, por fim, diz ele: o meio de vencer o diabo é aderir a Deus de todo coração, o nosso Senhor.
O diabo cita a Sagrada Escritura maliciosamente; nosso Senhor a cita de verdade, querendo fazer, de fato, a vontade de Deus. Então, a gente deve se examinar e ver isso mesmo, se estamos aderindo a Deus de todo coração. Em segundo lugar, nosso Senhor, que se inspirado em São Tomás, nos preveniu.
Em primeiro lugar, ele diz e reafirma que ninguém está isento da tentação; todo mundo tem. E uma coisa interessante: São Tomás afirma que o diabo ataca de preferência quem está sozinho. Nós, por exemplo, procuramos manter o nosso grupo.
Vocês, que são mais jovens, queridos, considerem que isso é muito importante. Desde o começo da Igreja, São Paulo, São Mateus, todos eles, o que faziam? Onde iam, formavam grupos.
Ninguém se mantém católico sozinho; não dá para pegar uma bolinha. . .
Pensa numa bolinha de aço que eu pus na fogueira. Ela está quente, quente, quente, quente! Se atirar num guarda-roupa, ela atravessa toda a roupa, queimando tudo.
Se eu pegar minha bolinha e jogar num balde de água, minha bolinha fica quente; toma cuidado, bolinha! Fica quente, vai? É a mesma coisa que uma pessoa isolada, fervorosa, e todo mundo em volta dela é tíbio ou antirreligioso.
Ela não vai se manter; não vai! Essa é a lei da comunicação de temperaturas: a nossa tendência é ficar mais ou menos na temperatura do que está em volta de nós. Então, é muito necessário não estar sozinho para praticar o bem.
É muito difícil praticar o bem sozinho; é muito difícil. Para a maioria das pessoas, pode ser que haja um santo extraordinário que seja uma exceção. A gente conhece santos que viveram sozinhos, mas não são muitos os que viveram sozinhos no meio da corrupção.
Isso é muito difícil, então é extremamente importante procurar não estar sozinho para fazer o bem. Por isso, nosso Senhor montou um grupo, e esse grupo saiu espalhando a Igreja pelo mundo. O que faziam em todo lugar que iam?
Montavam um grupo. E, para nos prevenir, uma segunda coisa: o diabo tenta mais aqueles com quem espera ganhar mais. Então, tenta mais o pai da família do que os filhos, tenta mais o professor do que os alunos, tenta mais o padre do que os leigos.
Onde ele espera ganhar mais, ele tenta mais. Ah, tem um rapaz muito capaz, que, se se mantiver católico, vai arrastar muita gente. Esse vai ter muita tentação!
O diabo é muito esperto e tem muita experiência; ele sabe quem pode atrapalhar a vida dele, e com essas pessoas ele vai tentar de tudo. Como era com nosso Senhor: ele logo viu: "Esse aqui é o filho de Deus" ou "é alguém que está muito próximo". Esse aqui vai me atrapalhar muito!
E é por isso até que, no fim, ele abre o jogo com nosso Senhor. O diabo só abre o jogo quando tem muito a ganhar. Então, todo pai de família, toda mãe de família, todo professor, todo cidadão que tem responsabilidade com os outros, vai ser mais tentado, porque o diabo tenta mais onde pode ganhar mais.
São Tomás nos dá uma série de conselhos da Sagrada Escritura quanto a isso. Primeiro, infelizmente, eu não notei as referências. Ele fala de algo que está nesse mesmo Salmo que o diabo cita para nosso Senhor, de ferir a pedra.
Também lá fala do diabo do meio-dia. Como se entende o diabo do meio-dia? Aquele que tenta quando a pessoa está no máximo da Luz; parece que está tudo super bem na vida dela.
Uma pessoa assim, que está super fervorosa, e justamente por causa disso tende a desconfiar menos dos movimentos, sei lá, de uma coisa que ela resolve fazer. Por exemplo, eu tive um amigo que fez uma coisa super lícita, mas acabou fazendo um mal enorme para ele. Esse amigo também acabou se afastando muito da religião, mas fez algo que parecia correto: se inscreveu em um Clube de Tiro.
Mas lá, ele conheceu pessoas muito interessantes: eram pessoas bastante ricas e que não tinham religião nenhuma, mas eram muito simpáticas, convidavam muito para ir às casas delas, que eram ricas, com uma vida social muito intensa, com muitas festas à beira da piscina e contatos profissionais muito bons. Tudo isso acabou tendo uma influência muito grande sobre ele. Sendo que o primeiro movimento que houve foi: "Ah, não tem problema, não é um divertimento interessante, a princípio!
" Hoje em dia é tão difícil arrumar um divertimento que não seja moral, mas para essa pessoa foi algo que acabou prejudicando muito. Isso abriu todo um outro caminho que prejudicou a pessoa. Aqui estão os perigos do demônio do meio-dia; há um tipo de tentação especial que vem quando a pessoa está muito bem na vida espiritual dela, quando tudo parece estar em ordem.
" Muito bem, ela tá comandando sempre. Ela tá rezando o Rosário dela, ela tá fazendo tudo certo. Tem um tipo de ação especial para esse momento.
É isso que se chama o demônio do meio-dia - tentação de Eva, tentação meio, é na tentação de Eva. Sim, o padre dizendo que a tentação de Eva foi uma tentação do meio-dia. Ela era Imaculada, ela estava no paraíso das delícias.
Então aqui estão os trechos da Sagrada Escritura que falam da Tentação: "Meu filho, se entrares para o serviço de Deus. . .
ah, não é? Eu anotei sim, tá? Que é no Eclesiástico 1: 'Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara tua alma para a provação'.
Outros textos dizem que a tentação é só uma questão de traduzir a palavra em latim: 'Humilha o teu coração e espera com paciência. Dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade. Sofre as demoras de Deus, dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que, no derradeiro momento, tua vida se enriqueça.
Aceita tudo que te acontecer na dor, permanece firme na humilhação, tem paciência'. Justamente esse texto aqui diz isso: 'Você entrou no serviço de Deus, você vai se dentar'. Então, primeira lição: humilhe-se, que é o que nosso Senhor faz.
Nosso Senhor se humilha; ele não toma nenhuma atitude para mostrar quem ele é. Ele age como se ele não fosse o Filho de Deus. Ele usa a Sagrada Escritura para, digamos assim, se esconder, se rebaixar.
Humilha, tem paciência, sofre as demoras de Deus. É uma lição que a gente aprende. O André tinha um amigo que dizia uma frase de grande sabedoria: 'Vamos deixar Deus ser Deus'.
E é verdade, a gente tem que deixar Deus ser Deus. É uma coisa que a gente medita todo dia quando a gente medita o quinto mistério gozoso - que a gente o medita porque ele tem de alegria, Nossa Senhora achou o menino. É na Coroa das Dores de Nossa Senhora que ele aparece como.
. . Ah, que ele tem de doloroso, a perda.
Porque essa perda. . .
toda mãe que perde o filho sofre. Mas é que essa perda é muito diferente, porque Nossa Senhora sabia que o menino se perdeu, ele foi embora porque ele quis. Por que que ele quis?
É a pergunta. Ainda ontem me contaram de uma criança que. .
. Coitadinho, fiquei com pena, até rezei pelo menino. Porque a mãe dele perdeu bebês, e coitadinho, o pai vinha buscá-lo.
E todo dia ele falava: 'E o bebê? E o bebê? '.
Um dia o pai teve que dizer: 'Morreu'. E aí o menino dizia: 'Mas por que Deus faz isso com a gente? '.
Coitadinho do menino, né? Eu rezei por ele para que ele compreenda que Deus é Deus, que ele faz tudo para o nosso bem, mas às vezes é bem duro, às vezes é bem difícil, e a gente não pode compreender porque é para nosso bem. Mas é que a gente tem que deixar Deus ser Deus.
Não dá mesmo para a infinita sabedoria de Deus caber na nossa cabeça. Nós não temos mesmo como entender. Por isso que esse trecho para falar contra a tentação nos diz isso: sofre as demoras de Deus, aceita tudo que te acontece.
Muito bem, três: nosso Senhor quis ser tentado para dar exemplo. Então a gente tem que se preparar para as tentações, que não podem deixar de vir. Primeiro lugar: qual é o exemplo que nosso Senhor Deus nos dá?
Ele acabou de ser batizado. O que que ele faz? Ele vai rezar.
Ele vai ficar num estado de solidão, então, num estado de. . .
para poder rezar mais. Então, como é que a gente se prepara para as tentações? Buscando a graça de Deus.
Em segundo lugar, pela penitência. Em terceiro lugar, pela meditação da Palavra de Deus. Nosso Senhor faz isso.
Aqueles respostas são na meditação; ele ouve o que o diabo diz e ele pensa em algo que responde aqui. E pela oração. Então a gente vai expulsar o demônio pela adesão absoluta à vontade de Deus, à verdadeira vontade de Deus.
Então é isso: para vencer o diabo, para vencer as tentações que vão vir, a gente sempre vai ter tentações. É o desejo da graça de Deus, a penitência, a oração, a meditação. Esses são os meios para a gente vencer as tentações que a gente necessariamente vai ter.
Então, essa é a terceira razão pela qual nosso Senhor quis ser tentado: para nos ensinar, para nos prevenir, para nos ensinar, perdão, como é a ação do diabo. Depois, para prevenir de quando é que o diabo tenta mais. Depois, para nos dar um exemplo de como vencer a tentação.
Quarto: nosso Senhor quis ser tentado também para nos dar confiança. Porque muitas vezes, na tentação, a pessoa pode se sentir, dependendo do tipo de tentação, desesperada. É célebre, celebérrimo, o caso de Santa Catarina de Sena, que tinha tentações contra a pureza terríveis, terríveis, terríveis, terríveis, terríveis!
E que demoraram muito. Ela se sentia completamente. .
. Claro, não vou dizer desesperada, porque justamente ela não desesperou, mas era uma coisa de uma angústia, de um tormento contínuo. As tentações de Santa Gema Galgani também eram uma coisa de partir o coração.
Eu me lembro de uma que o diabo se apresentava a ela como um rapaz extremamente bonito, extremamente simpático, falando assim: 'Vem, vem comigo, faz o que eu tô te falando. Eu só vou te dar alegria, eu só vou te dar prazer. Olha, eu não sou que nem esse outro!
Olha esse outro, o que que ele faz com você? Olha como você sofre, olha como você fica sangrando, cheia de chagas. .
. ' Você pensa que ele. .
. Gosta de você. Ele não tem coração; ele é um sádico.
Ele só quer você sofrendo, e isso assim continuamente. É uma coisa terrível. As tentações dela são uma coisa terrível.
Ah, graças a Deus, normalmente nós, que somos gente simples, não temos esse tipo de coisa para enfrentar. Mas, mesmo assim, as nossas tentações podem nos assustar, podem nos fazer temer, podem nos dar uma tentação de desespero. E como nosso Senhor não quer que isso aconteça para ninguém, para inspirar confiança em Santa Degani, em Santa Catarina de Sena, e em nós também, Ele quis ser tentado em primeiro lugar para que a gente tenha confiança, porque ser tentado, até nosso Senhor foi.
Então, a gente não deve se espantar com essa tentação, nem se considerar condenado, porque a gente está sendo tentado. Nosso Senhor quis ser tentado também, então é normal. É normal ser tentado.
A tentação não é um sinal de condenação; a tentação não é um problema. A tentação, enfim, é uma coisa dura, mas é uma coisa que vai acontecer e que a gente não deve ter medo dela. A segunda razão pela qual nosso Senhor nos dá confiança com essa tentação é que Ele venceu a tentação.
Então, nós, ficando junto com Ele, chamando por Ele, chamando por Nossa Senhora, chamando pelos santos, rezando, também vamos vencer. São Tomás diz que nós podemos vencer sempre, desde que queiramos combater. Nós podemos vencer sempre; a gente não deve ter medo, a gente pode vencer sempre.
E quando for uma coisa que é uma dúvida, puxa, me dá uma vontade louca de morar na Inglaterra, vou morar na Inglaterra! Mãe, vou morar na Inglaterra! A gente não sabe se é uma tentação ou não.
Então, a gente tem que dizer para Deus: "Meu Deus, eu quero fazer o que vós quiserdes. Se essa ideia de morar na Inglaterra é para a minha santificação, então me ajuda; se não é, me tira isso da cabeça. Se não é, não deixa dar certo".
Quando a gente tem uma dessas. . .
porque às vezes a gente tem uma ideia que a gente não sabe se é uma tentação ou uma ocasião de progresso, acontece. Então, a gente deve sempre desconfiar e pedir para Deus que nos ajude, porque de tudo que o diabo pode fazer, Deus pode também querer dar uma graça. Então, a gente só precisa estar nesse estado, ter confiança em Deus, mas de verdade querer fazer o que Deus quer.
Então, nosso Senhor venceu, e a gente pode vencer sempre. E, por fim, como termina essa tentação? Termina que o diabo se afastou e nosso Senhor foi consolado pelos anjos.
Frequentemente, nosso Senhor permite a tentação. Uma vez, estávamos com uma aluna que estava com tentações terríveis, terríveis, terríveis. Era uma coisa assim.
. . uma espécie de o diabo muito visivelmente se aproximava.
E o Lando comentou comigo: "Eu acho que Deus quer dar grandes graças para essa pessoa". Em geral, esse tipo de coisa acontece quando Deus quer dar grandes graças para as pessoas. E de fato foi mesmo!
Foi uma pessoa que teve um grande progresso, que, graças a Deus, até hoje é uma pessoa extremamente boa. Então, a gente deve pensar isso: se Deus permite a tentação, é porque Ele quer me dar graça. É porque, muitas vezes, a tentação nos faz desapegar de muita coisa.
Com a tentação, a gente às vezes analisa melhor a vida e, principalmente, depois que ela passa, nos dá bens maiores. Então, é isso. Vamos rezar: *Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. * *Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. * *Nossa Senhora, rogai por nós.
São Tomás, rogai por nós. * *Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
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