a aula que você vai ver a seguir é parte de um curso da casa do Saber mais plataforma Educacional com mais de 1000 horas de conteúdos desenvolvidos pelos melhores professores do país quer conhecer então clique no link que tá abaixo do título desse vídeo assine agora e tem acesso a outras aulas desse curso e também a um mundo de conhecimento eu achei esse curso né quando Mário me contou que ia né realizar um curso desse com essas grandes obras eu achei uma coisa uma iniciativa muito interessante no entanto tanto quanto perigosa não é porque a
gente tá falando aqui de obras que são das mais importantes da história da literatura eh vocês conversaram já com professor Medina com professor Ivan com professor Hansen né E sobre obras que é muito difícil a gente digamos apresentar seja alguma visão nova né alguma visão digamos diferenciada seja já resumir tudo que se falou sobre A Divina Comédia por exemplo né ou sobre Os Lusíadas ou sobre a Ilíada ah ou sobre o Don quiot não é como vocês conversaram eh na quarta passada ou hoje sobre Hamlet né é uma das obras eh no caso do Hamlet
especificamente uma obra que tem não é 400 anos e que nesses 400 anos produziu comentários dos mais diversos dos mais variados tipos nãoé a gente tem uma tradição crítica toda ela centrada no Hamlet e a gente até pode dizer que a gente pode acompanhar a História do Pensamento humano do pensamento sobre a Literatura sobre a arte através dos comentários que os Escritores fizeram do Hamlet existe um livro né a a in Ontem ela me falou de apresentar para vocês uma bibliografia eu não tinha feito isso né mas eu vou fazer o seguinte eu vou passar
para ela e depois ela passa para vocês né Essa bibliografia que eu acho bem interessante de qualquer forma a gente vai estar aqui de novo né vou conversar com vocês também sobre o retrato do Daron Grey do Oscar Wild né mas e e a gente pode trocar essas informações mas exe um livro nãoé queria comentar de imediato eh esse livro do Morris weist e que se chama Hamlet and the philosoph of literary criticism né Hamlet e a filosofia né do da crítica literária e ele consegue fazer um Panorama muita interessante né de como a crítica
literária vai se transformando E à medida em que vai se voltando sobre Hamlet né ou seja ele pega críticos des do século XVI até críticos como tsot por exemplo que comentam a peça Hamlet e as visões todas são muito diferentes então não tenho nenhuma pretensão de mostrar para vocês aqui essa crítica toda do Hamlet né a gente conhece uma boa parte dela não é mas a ideia que é mostrar para vocês que peça é essa Por que que essa peça causa tanta tanto interesse causa tanta discussão inclusive uma coisa interessante né Por que que essa
peça causa tanta polêmica né as pessoas escutem até hoje essas personagens né como se fosse sem pessoas sem dúvida alguma né Elas são personagens fortíssimas o Hamlet especificamente né a e todas as outras personagens da peça o Cláudio e gertrud né a mãe do Hamlet são personagens que acabam ficando não é eh como como pessoas mesmo sendo discutidas são tão né são personagens tão esféricas né que acabam sendo discutidas até hoje de uma maneira muito acalorada às vezes entre a crítica agora antes de mais nada a gente precisa localizar um pouquinho isso eh quem foi
né essa personalidade e não só não uma questão biográfica mas em que circunstância foi escrita essa peça né Em que momento da história do teatro e a história da arte eu acho até curioso e que vocês não tenham discutido nenhuma peça de teatro até agora né e me parece que uma um momento né na história da literatura não é crítica viu né mas um momento na história da da literatura seria muito importante discutir que é a tragédia grega né que é o teatro grego que foi a grande né O Grande Momento da literatura no Período
Clássico se vocês falaram sobre a eliada né ah a tragédia grega eh bem posterior a Ilíada né E vai ser realmente do ponto de vista da literatura o ponto de Ápice do século de ouro da Grécia do século de Péricles o século V Anes de. Cristo não é então obras por exemplo como a do sófocles do esquilo aí do eurípides não é foram realmente as primeiras grandes manifestações teatrais não é que a gente conhece a gente pode dizer que eles inventaram o teatro lá ah o que que vai acontecer na Inglaterra né no período da
Rainha Elizabeth né na Inglaterra eh digamos eh de meados nãoé do século X ah aliás meados do século X até a meados do século X existe uma tradição não é de teatro né que começa a surgir lá muito forte inicialmente havia digamos trupes né havia companhias de teatro que percorriam a Inglaterra e que se apresentavam naquilo que naquilo que eles chamavam dos ins né eh nas eh hospedarias na beira da estrada fazam apresentações nessas hospedarias não é e é interessante porque aos poucos Eles foram montando em Londres casas de Espetáculo E essas casas de Espetáculo
mantém né uma semelhança com essas hospedarias e eram casas que atraíam muito as pessoas não é ah por volta de 1600 em 92 quando a gente sabe que o Shakespeare apareceu né ah l de 1592 quando o Shakespeare apareceu na Inglaterra eh apareceu em Londres escrevendo mesmo a gente tem algumas informações da vida do Shakespeare Ah que não são assim as coisas mais importantes do mundo a gente sabe que ele nasceu em stratford né o pon Avon ah a gente sabe que ele ah conseguiu casou os 18 anos de idade né ah casou provavelmente com
a mulher muito mais velha do que ele e grávida não é a gente sabe que ele teve alguns filhos entre os filhos que ele teve ele teve um casal de gêmeos um dos quais se chamava hamnet né O que já mostra que ele tinha interesse pelo menos por esse nome né ah a gente sabe também que durante um certo tempo a gente não tem informações sobre a vida dele e a informação básica retorna né em 1592 quando ele aparece em Londres e aí aparece já escrevendo peças para alguns teatros espalhados por Londres não é a
gente sabe que no final dos anos 90 né 1599 houve uma peste Terrível em Londres os teatros foram fechados um pouco pouco tempo antes ah por causa dessa peste com o fechamento dos teatros o Shakespeare não tinha mais até o que escrever para sobreviver né a gente sabe por exemplo que ele faz uns poemas ah um poema muito interessante eh sobre a dones né vinos edonis ele escreve dedicando a um Mecenas dele né O Conde de southampton Ah quando ele faz esse esse poema ele recebe uma quantidade muito grande de dinheiro alguns biógrafos chegam a
dizer que ele recebe o equivalente a 1000 libras na época que é uma fortuna né ah e ele consegue com esse dinheiro comprar uma parte de um teatro chamado Globe theater em Londres Ah torna-se sócio a gente sabe por exemplo que ele ganhava 10% ah desse da porcentagem do lucro do teatro e que ele passa escrever essas peças para ganhar dinheiro com o teatro tem algumas coisas que eu acho legal a gente pensar aqui de cara primeiro Shakespeare não era um escritor erudito ele não era um cara que tava escrevendo para uma plateia erudita que
queria mostrar cultura nada disso porque hoje em dia é engraçado você fala assim estou lendo Shakespeare aí as pessoas falam Nossa que chique você está lendo o Shakespeare não é sim como se ler Shakespeare Eu lembro que uma vez eu trabalhava com crianças né Eh ginásio e eu mandei os meus alunos da sétima série ler a meera Domada e uma mãe ligou reclamando e ela ligou reclamando dizendo assim minha filha tá muito metida né ela chegou em casa e falou mãe Você já leu Shakespeare né Ah mas é engraçado isso né porque o Brasil tem
isso né ah você lê Shakespeare é uma coisa de Alto verniz de alta cultura não é Ah uma coisa metida a besta mas não Shakespeare era um escritor Popular ele fazia essas peças para atrair público não é ah e tem no Hamlet por exemplo uma série de aspectos que são aspectos mesmo de apelação Em alguns momentos né Por exemplo você começar a peça com fantasma né aparecendo né você atraí a atenção do público era algo que o Shakespeare se preocupava muito com né não pensem que ele era um escritor de Elite tava escrevendo para Elite
não tava escrevendo pro público da época inclusive na época ele era criticado Ben Johnson né que era dramaturgo da época Ah dizia que o Shakespeare era apelativo demais né não é fazia uma crítica dizendo que ele era muito popularesco não é que ele era muito demagógico nas suas peças tudo mais então ele faz a ele compra essa parcela no teatro e passa a escrever para esse teatro que era não é que ele tinha em 1601 o pai do Shakespeare morre segundo Freud né Isso é que motivou que ele escrevesse Hamlet bom Freud a gente já
conhece né ah ele imagina o quê que quando o pai morreu ele faz uma peça que é uma peça de Vingança não é do pai que é Hamlet Uma Peça em que ah o herói né o Hamlet vai vingar o pai que foi assassinado o Freud começa análise por aí não é mas aconteceu uma coisa que aqui entre nós eu acho até mais séria em 1601 ah houve uma tentativa de revolução na Inglaterra liderada por um cara chamado Conde de essex e com ajuda de um sujeito chamado né Conde de southampton que é exatamente aquele
que era o patrono do Shakespeare Eles foram presos o do conde de ex ele essex ele foi decapitado no dia 25 de fevereiro de 1601 e o conde sou Hampton foi condenado à prisão perpétua pela rainha elizabe depois ela mudou a pena eh mas ela nunca enquanto viva ela nunca libertou o con de southampton ele acabou sendo libertado depois que ela morreu quando o rei King James né é o sucessor da Rainha Elizabeth o libertou inclusive fez grandes elogios a ele etc né agora uma coisa interessante isso é importante pro Shakespeare claro né Ele tá
vivendo num período em que os amigos dele Os protetores dele estão sendo processados tá vendo o período não é de intensa batalha política agora que período do ponto de vista da arte também é esse eu diria que a Inglaterra é uma ilha é engraçado que na Inglaterra né Tem fantasmas aqui né pode baixar vou usar daqui a pouco por que que eu f Ah você que fez isso Que bonito né Eh entendi eh que período é esse na história da arte não é eu falei o que que eu falei ah Inglaterra é uma ilha né
Tá vendo Usei uma frase de efeito e você corta minha frase é a Inglaterra é uma ilha também do ponto de vista literário é curioso que né a gente fala em determinados estilos de época Ah no continente e dificilmente se fala desses estilos de época na Inglaterra propriamente dita é muito curioso por exemplo a gente costuma dizer que o século 17 é o século do Barroco não é ao final do século X século 17 é o século do barroco no continente no Brasil também né Eh em Portugal não é a partir da morte de Camões
de 1580 Você tem o auge do Barroco português e assim por diante na Inglaterra Eles não falam isso eles falam do teatro elizabetano eles falam da poesia metaphysical não é do John Don e eles não falam em Barroco não é por quê Porque eles dizem que Barroco é uma arte dos ah dos Artistas continentais e principalmente dos católicos né então eles não imaginam que exista uma arte barroca na Inglaterra segundo a tradição crítica inglesa só que não é escritores como John Don não é escritores Como o próprio Shakespeare são escritores extremamente barrocos não é que
podem ser classificados como escritores barrocos dentro da tradição do continente tá Ah o John Don por exemplo escreve poemas mesmo sendo pastor ele escreve poemas eróticos não é de um de uma capacidade de envolvimento ah por exemplo o poema dele intitulado elegia foi traduzido pelo Augusto de Campos e foi musicado pelo picis Cavalcante depois gravado pelo Caetano Veloso não é vocês conhecem diz assim deixa que a minha mão errante adentre atrás na frente em cima embaixo entre cuidado isso não é safadeza não é é não é erotismo deixa que minha mão errante adentre atrás na
frente em cima embaixo entre minha musa minha Terra Vista Reino de paz se um homem só a conquista minha mina preciosa meu minério feliz de quem penetra o teu mistério liberto-me ficando teu escravo ó que antitético que Barroco né liberto-me ficando teu escravo Onde cai minha mão meu selo gravo nudez Total todo prazer prové do corpo como a alma sem corpo sem vestes como encadernação Vistosa a mulher é um livro Místico a que somente alguns a que tal graça se consente é dado lê-la eu sou um que sabe não é o John Don esse poeta
metafísico ele né trabalha com essa com esse espírito antitético paradoxal do Barroco o tempo inteiro eu trouxe aqui umas imagens não é primeiro da de Londres durante o período de Shakespeare essa grav ah apresenta aqui o teatro Globe que era o teatro do Shakespeare vocês podem perceber que está bem a beira do Tamisa não é ah e hoje em dia foi reconstruído se alguém foi a Londres nos últimos tempos foi reconstruído o globo mas não é no mesmo local onde era do Shakespeare nãoé Engraçado que tem lá o new Globe né ah que eles procuraram
traduzir realmente as características do teatro Globo aqui tá com uma bandeirinha levantada por quê a quando tinha apresentação eles colocavam a bandeira então o pessoal sabia o povo sabia que tinha representação e corria para o Teatro agora olha como é que era construído o teatro Você tem uma estrutura que lembra muito n é as estalagens os ins né as hospedarias Ah como é que era isso você tinha um Pátio Central aqui e você tinha uma um Palco coberto aqui no meio os lugares os lugares mais né caros mais nobres eram os locais que ficavam aqui
em volta porque eram locais cobertos aqui na frente não é dá para ver o interior aqui ó é esse desenho é um desenho né do final do século X né 1595 ah de um e estudante que visitou o teatro e que deixou esse desenho pra gente é um desenho bastante né importante do ponto de vista da história Ah o que que ele desenhou aqui ó você tem do lado né as os locais mais nobres aqui ficava o povão em pé assistindo as representações quando chovia molhava todo mundo não é esse jogo de futebol ah e
o palco tinha uma cobertura agora uma coisa interessante não tinha cortina não tinha luz n é eh todas as representações eram feitas à tarde a luz era natural e não havia Nenhuma forma de parar a cena então se você isso é importante para entender as peças não é se alguém morre em cena tem que ficar lá não pode sair levantar e embora né ou senão tem que ser arrastado da cena e é muito curioso Você vê algumas peças do shakespe porque o cara arrasta por exemplo Júlio Cesar nãoé a peça Júlio César tem um famoso
discurso do Marco Antônio não é o Marco Antônio eh interessante é um das uma dos mais importantes discursos políticos né como é que é o Marco Antônio não participa do assassinato do César né na peça Ah ele é convidado mas ele não quer participar então matam não é o César ah e o Marco Antônio fala pro brutos que vocês sabem que matou né Ah ele fala tá bom eu falo eu falo eu falo faço uma homenagem ao César eu tô com vocês aí ele vai e o seu cadá do César tá lá na frente das
escadarias do Senado né e o Marco Antônio chega e fala né eu vim enterrar o César né ele era meu amigo tal e o Nobre Brutus né the Noble Brutus say he was ambitious disse que ele era ambicioso e brutos era um honorable man era um homem honrado Ah ele diz isso e a plateia ah viva brutos Mas aos poucos ele vai elogiando o César de tal maneira que depois de determinado momento a plateia começa a avar quando ele fala do brutos né É um jogo político Esse é um discurso que Nossa não é importante
as pessoas lerem porque ele vai manobrando a massa nãoé o Marco Antônio manobra a massa no final as pessoas saem para bater no brutos não é e que acontece o Marco Antônio pega o cadáver e carrega para fora da cena não é ele tem que fazer isso ah no próprio Hamlet tem uma hora que o Hamlet mata alguém depois a gente vai ver e ele sai com o cadáver né aliás é muito engraçado no Hamlet ele faz até uma brincadeira com isso porque ele esconde o cadáver fica procur todo mundo procurando o cadáver né ah
ninguém consegue achar o Cadáver do Polônio nãoé depois a gente vai falar sobre isso eh tem uma outra imagem aqui ó então a gente vê perfeitamente como é que era tem uma coisa interessante vocês percebem que a plateia ficava aqui e ficava misturada com a cena é como se o teatro se projetasse sobre a própria plateia não havia aquela divisão que aqui aqui ó agora essa divisão do palco italiano não é que você tem a o ator né E você tem a plateia que tá assistindo plateia ficava lá em pé então muitas vezes você vai
vocês vai né é interessante lendo as peças a gente vai percebendo que tem uma tem multidão né Por exemplo no caso do Júlio Cesar Ah o Marco Antônio fala plateia devia ter alguns atores lá mas eles usavam basicamente o quê a própria plateia do teatro como se tivesse parte como se fizesse parte da representação agora eu queria apresentar para vocês propor para vocês pra gente analisar essa peça Hamlet e com cuidado pensando em cada um dos atos e principalmente pensando nas características Barrocas antitéticas dessa peça antes eu trouxe aqui dois poemas o primeiro que é
um soneto do Shakespeare que parte da questão do teatro para falar sobre o sentimento e tradução aqui do Ivo Barroso olha só o que ele fala né como imperfeito ator que em meio à Cena o seu papel na indecisão recita olha só ele usa isso como metáfora não é o imperfeito ator recita o seu papel de uma maneira indecisa né gaguejando não lembrando direito ou como ser violento em fúria plena aqui o excesso de forças debilita agora vocês percebem que é uma antítese não é o cara que não sabe bem o seu papel e ao
mesmo tempo aquele que coloca muita força no papel Ah se a gente pensar num ator seria também você tem aquele ator que é inexpressivo né bom dia boa noite você sen não aquele ator que é o exagero em pessoa não é que exagera as emoções todas também eu sem confiança em mim me esqueço no amor de os ritos próprios recitar olha só que ele coloca aqui uma coisa interessante que você precisa recitar os ritos próprios no amor você você pode recitar os ritos próprios no amor né E às vezes vira outro poema de repente Tá
vendo como é tudo combinado mas veja se você não tem confiança em você se você não sabe o seu papel direito ou se você se joga com muita força você não consegue os ritos próprios do Amor qual é o grande sedutor Dom Juan é aquele exatamente que não se apaixona se você se apaixona muito se você coloca muita paixão no que você faz você pode nem fazer isso direito principalmente você pode não seduzir o grande sedutor é aquele que não se apaixona por ninguém né você não se apaixona Então você chega e seduz né Então
pois então né seduz a pessoa você se apaixona você chega você encontra pessoa Você baba né né você não consegue falar nada você não consegue seduzi-la Olha só e na força com que amo me enfraqueço Rendido ao peso do Poder de amar ó que legal quanto mais forte eu amo mais eu me enfraqueço ó sejam pois os meus livros A eloquência mensagens mudas do expressivo peito que amor imploram peçam recompensa pois perdão mais do que a voz que muito mais tem feito saibas ler o que o mudo amor escreve que o fino amor ouvir com
olhos deve né é lindo isso né saibas ler o que o mudo amor escreve que o fino amor ouvir com olhos deve né deve ouvir com os olhos deve perceber o amor com os olhos mas aqui tem algo importante né que ele tá colocando quando você coloca muita emoção você tem uma dificuldade de executar os seus projetos sem dificuldade de fazer né você falar sobre uma coisa que você ama muito pode até né impedir você de falar direito sobre a coisa agora sim Gregório de Matos poeta brasileiro não é que nasceu cerca de 20 anos
depois do Shakespeare morrer que o Shakespeare morreu no dia 23 de abril de 1616 curiosamente vocês sabem que é o mesmo dia em que morreu servantes não é não é o mesmo ano é o mesmo dia né uma coisa absurda Chegaram alguns n as pessoas inventam umas teorias completamente doidas né Eu já vi uma teoria que cara falava que Shakespeare e Servante era a mesma pessoa né que o Shakespeare parou de escrever peças foi pra Espanha né E aí escreveu Don K shot falou meu né Tem umas pessoas que viajam de Bonde né Eh tem
várias teorias sobre o Shakespeare tem tem teoria de que o Shakespeare não era mesmo shakes foi o Christopher malow que morreu um pouco antes do Shakespeare começar a escrever e que se disfarçou em shak para escrever tem umas teorias assim tem a teoria também que era o Francis Bacon nãoé que escrevia as peças do Shakespeare já vi teoria de que não era Shakespeare era irmã do Shakespeare bom aí começa essas teorias feministas que não tem cabimento mesmo né que era irmã do Shakespeare a mãe do Shakespeare a tia do Shakespeare né Ah enfim né tô
brincando mas essa da irmã tem e tem essas teorias absurdas hollywoodianas né Hollywood é piores males por exemplo Shakespeare Apaixonado vocês assistiram esse filme um monte de bobagem uma atrás da outra não é sobre o shakes fica com É como esse filme Troia vocês assistiram esse negócio não assistam né Eles destrem simplesmente toda tragédia grega tragédia T falando a nem pensar né Professor Medina Espero que não assista né Espero que ele pelo menos ele resista quando assistir né é uma tragédia no outro sentido Por exemplo só para vocês terem uma ideia vou estragar o fim
do filme vou né No começo o menel morre no filme na guerra de Troia então a odisseia sumiu né Eu Fiquei vendo o filme e Fiquei vendo a odisseia sumir porque o Telêmaco não vai conversar com menelau e Helena né Não podia porque ele morreu lá e o pior o h memo não morre o agam mesmo não morre então a tragédia grega toda oresteia né que ele volta e a tem minestra mata depois vem o orest mar tudo isso acabou né porque se o hamem não morreu não existe nenhuma possibilidade de continuação né então cuidado
com essas coisas né mas ó o Gregório nasceu 20 anos depois do Shakespeare morrer e reparem a sintonia desse poema com o poema do Shakespeare Largo em sentir em respirar suscinto e respirar aí tem o sentido de expressar de colocar para fora peno e calo tão fino e tão Atento que fazendo disfarce do tormento mostro que eu não padeço e sei que o sinto então reparem essa relação de essência e aparência você sente muito não é Você é largo em sentir mas em respirar você é sucinto e você fica disfarçando esse sentimento o mal que
fora encubro oou que desminto dentro no coração é que o sustento com que para penar é sentimento para não se entender é labirinto ninguém sufoca a voz nos seus retiros da Tempestade é o estrondo efeito lá tem ecos a terra o mar suspiros Mas ó do meu segredo autoconceito pois não me chegam a vir a boca os tiros dos combates que vão dentro do peito não é então ele não consegue expressar esses combates todos que vem dentro do peito essa preocupação ah essa dicotomia fundamental entre essência e aparência não é é algo fundamental na arte
barroca né essa dificuldade de expressar ou de passar o que você sente é realmente algo Central nesse período de tanta conturbação de tanto paradoxo e tanta antítese agora vamos pensar um pouco na peça hamet eu eh Tava preparando aqui as coisas para falar para vocês primeira coisa importante a gente pensar assim a gente tem que trabalhar com a tradução é claro não é há várias traduções muito interessantes não é na língua portuguesa do Brasil inclusive não é que podem ser recomendadas eh eu peguei algumas coisas do original inglês também né porque algumas coisas são intraduzíveis
né até porque o Shakespeare trabalha muito com Ah o que ele cham em inglês de puns né de trocadilhos né ele brinca com as palavras o tempo todo né e alguns trocadilhos do Shakespeare são intraduzíveis mesmo né e alguns Alguns tradutores procuram uram reproduzir de outra maneira né fazer brincadeiras com isso né mas muitas vezes é realmente difícil vou mostrar alguns casos aqui e agora em português eu diria que as traduções oscilam ou em criar um português traduzir um no português mais refinado arcaico como o inglês do Shakespeare é arcaico para quem fala inglês hoje
né ou traduzir no português mais acessível como o inglês do Shakespeare é ela para quem assistia aquelas peças lá na Inglaterra em 1601 quando ele escreveu a peça né tá entendendo o que eu tô falando e e eu acho que é complicado mesmo escolher né Essa tradução do percl Eugênio da Silva Ramos né que foi publicada pela Abril Cultural tem várias edições é uma tradução muito bem feita muito cuidada a tradução da Bárbara eleodora tá aqui né da disposição de vocês é eu não trouxe essa Mas é uma tradução muito bem feita de uma né
Grande estudiosa do Shakespeare e não é grande tradutora também sem dúvida alguma a a tradução ah do Carlos Alberto Nunes o caros Roberto Nunes era um cara impressionante né ele traduziu tudo né não sei que esse traduziu o Platão todo né traduziu o shakes todo traduziu dostoyevski é uma coisa louca né o que esse cara não traduziu né ah mas a tradução é legal essa edição de de ouro é uma tradução bem feita uma tradução bem decente horrível é é a tradução do título né hameleto né coisa de português português não não bu não tô
falando mas né português adora fazer isso né Eu tenho um livro lá em casa que é o julgamento de nuremberga tá então é o julgamento de Nuremberg eh em vez de Nuremberg mas eu acho eu escolhi trabalhar com essa aqui e vou justificar é a tradução do milor Fernandes eh tem muita gente que critica a tradução do milor acha que não é por aí só que o milor faz o quê ele traduz procurando eh reproduzir os jogos de linguagem acho muito interessante a tradução Ah e traduzir numa linguagem mais direta mesmo né como se fosse
montado hoje para um público que vai ouvir aquele português não tô dizendo que é a única opção a do Pic da Silva Ramos é impressionante também um trabalho Fantástico né só que torna-se uma peça mais erudita né Esso aqui torna a peça mais fácil da gente entender algumas coisas então vejam eu peguei esses cinco atos né agora né eh peguei esses cinco atos da peça e fui dividindo para que a gente possa né pensar um pouco né como é que o o Shakespeare Tá organizando principalmente essa questão da organização não vou ficar querer pensar aqui
com vocês nas interpretações que é óbvio que cada um não é vai fazer tras interpretações quando tiver lendo essa peça Tão rica ela é agora vamos pensar um pouco como ele organiza né como o Shakespeare conseguiu eh fazer com que a peça ficasse tão bem amarrada isso é que eu quero mostrar para vocês o TS Elliot dizia que Hamlet era um fracasso el dizia que tinha cenas que não dava para entender não é aliás muitos críticos falam isso eu não consigo entender esses críticos na verdade não é porque lendo cada vez mais essa peça vendo
assim cada frase cada fala tem eco em outras coisas no transcorrer da própria peça né E já houve uma série de escritores que falaram que o poema o grande poema é um poema que ecoa sempre não é que você diz uma coisa aqui isso ecoa em algo depois no transcorrer do poema no caso do Hamlet não é isso é bastante claro ficou com vontade de ver o curso completo as próximas aulas estão disponíveis na casa do Saber mais para você assistir onde quando e como quiser clique no link que tá na descrição e no primeiro
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