No vídeo de hoje, eu vou te contar o que ninguém fala sobre o álcool: mesmo se você é do time que só bebe socialmente, ele pode fazer mais mal do que você imagina. O álcool é tão presente na nossa vida que muitas vezes esquecemos que ele é uma droga, com efeitos perigosos para a saúde. E não, não estou falando só de doenças do fígado como cirrose.
Você já parou para pensar em como o álcool influencia a sua saúde e a sua rotina? Experimenta pensar como seria sua vida se você parasse de beber hoje. Será que você já é um dependente e não sabia?
? Bora descobrir o que podemos fazer para resolver esse problema que poucos querem enxergar: a normalização de uma droga legalizada chamada álcool. A droga mais consumida no mundo é o álcool, quase metade da população mundial bebe.
E no Brasil, não é diferente. Eu aposto que você conhece alguém que bebe todo fim de semana, ou esse alguém pode ser você. O álcool é tão comum que fica fácil esquecer que se trata de uma droga psicoativa.
Ele age no cérebro, alterando seu humor, sua percepção da realidade e seu comportamento de forma muito parecida com a maconha e a cocaína, por exemplo. A diferença é que o álcool é legalizado. Tudo bem que, a menos que alguém leve um copo à força até a sua boca, ninguém bebe contra a própria vontade, certo?
Hmmmm… não é bem assim. A verdade é que uma das coisas que mais influencia o consumo de álcool é a propaganda, o marketing pesado por trás das bebidas. Ele te faz desejar uma cervejinha gelada de forma inconsciente.
Toda hora que você abre sua rede social, tem alguém bebendo. [algumas imagens reais: mesa de drinks; sentadas em volta do álcool] Em reality shows, sempre tem álcool à vontade e a normalização das consequências dele, já que a desinibição do bêbado e a ressaca do dia seguinte até geram cenas e discussões engraçadas. No cinema, 87% dos filmes de Hollywood feitos entre 1996 e 2015 tinham cenas de uso de álcool, sendo que muitos tinham classificação livre, ou seja, liberados para crianças.
E essa foi exatamente a estratégia da indústria do cigarro. Durante décadas, eles foram símbolos de curtição e beleza. A indústria usou e abusou das propagandas para convencer cada vez mais pessoas de que fumar era chique.
Nós só conseguimos nos livrar dessa manipulação com políticas públicas e conscientização para frear o tabagismo. Mas o álcool não está seguindo essa tendência. Apesar de tantas campanhas de conscientização, o consumo continua muito alto.
Se a gente pudesse separar o álcool que tem na cerveja, na caipirinha, no vinho e em outras bebidas, seria como se cada brasileiro bebesse, em média, 8 litros de álcool puro por ano, enquanto a média mundial é de 6 litros por pessoa. Mas será que essa preocupação com álcool é exagero meu e deveríamos deixar as pessoas se divertirem em paz? Eu já vou te contar o que os estudos falam sobre o real perigo do álcool, de forma imparcial e, principalmente, honesta.
Mas eu preciso ser honesto com você sobre outro assunto. Durante todo esse ano, você me viu falando da Tech T-Shirt da Insider né. E quem me conhece sabe que as roupas deles já fazem parte da minha vida há quase 3 anos, até desde antes deles apoiarem aqui no canal.
Só que a Insider é muito mais do que Tech T-Shirt! Dá uma olhada nessa foto: eu tô usando uma Camisa Polo Branca da Insider e o Everyday Shorts Verde. Além de formar um visual elegante e despojado, as roupas são incrivelmente confortáveis e desamassam no corpo.
E sabe o que é melhor? Mesmo no calor do verão, a roupa não esquenta, deixando você pronto para qualquer ocasião com estilo e praticidade. Sendo bem honesto, se você está procurando o presente perfeito de Natal, a Insider tem tudo o que você precisa.
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Agora será que você pode relaxar tomando a sua cervejinha todo fim de semana? Qual o real perigo do álcool? Quando pensamos nos efeitos do álcool na saúde, a imagem comum é de alguém desmaiado, com uma garrafa na mão, talvez caído em frente a um bar.
Ou uma pessoa mais velha que de tanto beber já desenvolveu cirrose ou falência renal. É fácil identificar que essas pessoas já têm um problema sério por causa do álcool. Mas aqui está o ponto que poucos enxergam: você não precisa chegar nesse extremo para sofrer consequências negativas do álcool.
Eu conheço pessoas que bebem de quinta a domingo, felizes e alegres nas festas. Parece que está tudo sob controle, afinal, a pessoa só bebe para celebrar. Mas ela não se dá conta de que, aos poucos, o álcool já virou uma presença obrigatória em todas as ocasiões.
A pessoa se vangloria de que aguenta cada vez mais doses sem entender que isso já é o corpo se adaptando ao consumo frequente do álcool. É um sinal claro de dependência o que muita gente conhece como vício ou alcoolismo. No curto prazo, a família começa a ser afetada seja porque a pessoa prioriza o barzinho ao invés das relações familiares ou porque o comportamento da pessoa já não é o mesmo.
Ela tem oscilações de humor, fica mais impulsiva e até agressiva. Muitas vezes, surgem problemas financeiros porque parte da renda vai para comprar bebida. Mas de novo, a pessoa acha que está tudo bem, ela vê a cerveja como um aliado para lidar com os problemas da vida e não como a origem dos problemas.
Com o tempo, essa situação se torna uma bola de neve. E a saúde vai cobrar. Independente da quantidade, é etanol que entra no seu corpo.
E ele é tóxico…O consumo de álcool afeta diretamente o sistema endócrino, desregulando a liberação de vários hormônios. Por exemplo, ele reduz o hormônio do crescimento e a insulina, comprometendo o metabolismo e contribuindo para o diabetes tipo 2. Além disso, no sistema imune, ele causa inflamação crônica, enquanto enfraquece as defesas do corpo.
E não para por aí: os efeitos psicoativos do álcool, como relaxamento, euforia ou desinibição, surgem pela ação direta no cérebro, alterando a comunicação entre os neurônios e interferindo no controle emocional e de movimentos. Mas existe um outro efeito que vem assim que o etanol é metabolizado lá no fígado. A estratégia é transformar o etanol em uma molécula mais segura para o organismo, mas antes de chegar nesse estágio, ele é primeiro transformado em acetaldeído, um composto reativo que se liga e modifica a estrutura de várias moléculas do corpo, incluindo o DNA.
Isso faz do acetaldeído uma substância cancerígena. A cada acetaldeído formado, é como se você colocasse um elefante raivoso em uma jaula de papel: só o fato de ele estar ali já indica risco de destruição. É por isso que as bebidas alcoólicas estão relacionadas a mais de 200 doenças, incluindo problemas cardíacos, doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, e vários tipos de câncer: de fígado, boca, esôfago, faringe… Cada vez mais, a ciência nos mostra que doenças graves comuns, como o câncer de mama e até câncer colorretal, estão muito mais ligadas ao álcool do que a gente imaginava.
Mas mesmo uma pessoa que bebe pouco está sujeita a esse risco? Ou só quem vira uma garrafa de whisky todo fim de semana? Qual é a dose segura de álcool?
Há muito tempo circula na internet que pequenas doses de vinho ou de outras bebidas não só não fariam mal, como seriam até benéficas. Você já viu algo do tipo? Mas isso não passa de um mal entendido que eu já expliquei nesse vídeo aqui.
Os estudos mais recentes mostram que não existe nenhuma dose de álcool que pode ser considerada segura. Na verdade, 13% dos cânceres ligados ao consumo de álcool, vêm do que a gente chama de “consumo leve a moderado”, que é onde entra quem bebe no máximo 3 latinhas de cerveja por dia de sexta a domingo. E o mais bizarro é que eu não vejo essa informação ganhar tanto espaço nas notícias.
Falar que vinho faz bem deve dar mais ibope. . .
O que você precisa saber é que o risco de desenvolver doenças por causa do álcool depende do seu nível de consumo. Se o Lucrécio bebe o equivalente a menos de 7 latinhas de cerveja POR SEMANA, o risco de ele ter um câncer fica 3% maior em comparação a quem não bebe nada. Já a Lucrécia que bebe mais de 2 cervejas POR DIA, tem um risco 10 vezes maior que o do Lucrécio, 34%.
Quanto mais álcool você bebe, maior é o risco. Em 2019, quase 5 por cento das mortes no mundo todo foram causadas direta ou indiretamente pelo consumo de álcool. O álcool matou 4 vezes mais do que outras drogas, como opioides, cocaína e maconha.
Para piorar a situação, a maior parte dessas mortes são de pessoas entre 20 e 39 anos… jovens que, se não fosse pelo álcool, ainda teriam mais 40, 60 anos de vida pela frente para trabalhar, formar relações, desenvolver novas habilidades, realizar seus sonhos…elas ainda tinham muito o que contribuir para a sociedade. Será que existe solução? É possível vencer o senso comum de que o álcool é uma droga social quase inofensiva?
O que nós brasileiros podemos fazer para acabar com tantas perdas sociais, econômicas e de saúde que o álcool traz? O primeiro passo para combater os prejuízos que o álcool traz é justamente o que eu estou fazendo aqui nesse vídeo: levar informações honestas e baseadas em ciência para as pessoas. Que fique claro: o objetivo aqui não é proibir as pessoas.
É oferecer informação de qualidade para todo mundo entender o que está em jogo. E você pode me ajudar compartilhando esse vídeo com a sua família e amigos ou simplesmente deixando o seu like aqui embaixo para o YouTube entender que ele merece chegar mais longe. Eu já vi até médico falando que não tem problema beber no final de semana, já aconteceu isso com você?
Ou seja, ainda tem muito profissional da saúde desatualizado e espalhando desinformação mesmo sem querer. As pessoas precisam e têm o direito de saber os riscos que elas correm ao consumir uma bebida alcoólica, assim como aconteceu com o cigarro ao longo do tempo. Hoje em dia ninguém discute se cigarro faz mal ou não e nós só chegamos nesse ponto espalhando informação.
Não dá para ignorar que o álcool já é parte da nossa cultura como forma de celebrar e trazer bem-estar. Isso não vai mudar da noite para o dia. Mas, aos poucos nós podemos chegar lá.
Foi isso que eu fiz em 2024. Eu já bebia pouco, mais ou menos uma vez por mês e já era um problema… mesmo uma taça de vinho já me deixava ou com dor de cabeça ou mais cansado no dia seguinte. Qual a necessidade de passar por isso?
Aí, no final de 2023, quando eu mergulhei nos estudos sobre os efeitos do álcool pra fazer esse vídeo aqui, eu comecei a repensar os meus hábitos. Se eu saio para um jantar com a minha esposa, o foco está na comida e na conversa, não na bebida. E em rodas de amigos, eu comecei a optar por cerveja sem álcool, que satisfaz a minha vontade de beber cerveja sem sofrer aquela pressão social.
Eu vejo que muitas vezes as pessoas bebem simplesmente porque o álcool é barato, fácil de comprar e socialmente aceito. Por que não mudar isso? Por que bebidas alcoólicas não têm nenhum alerta de risco de doenças no rótulo, igual tem no maço de cigarro?
Essa estratégia já é usada em 12 países, incluindo Cabo Verde e Coreia do Sul. E por que não limitar o horário de venda de bebidas alcóolicas? A cidade de Diadema, em São Paulo, reduziu os homicídios em mais de 80 por cento em parte por conta de uma lei que proíbe o funcionamento de bares e restaurantes depois das onze horas da noite, já que a maioria dos crimes aconteciam exatamente nesses lugares.
[Colocar Cenas do vídeo curto de bebidas na Austrália] E na Austrália, você só pode comprar bebidas em lojas especializadas, não tem álcool nos supermercados. Outra possibilidade é aumentar o imposto sobre as bebidas para deixar elas mais caras, assim quem paga pelos custos de saúde do álcool é exatamente quem consome e não todo mundo, como eu falei nesse vídeo aqui. Estratégia para se inspirar é o que não falta, só falta os nossos governantes colocarem a mão na massa mesmo.
Se você já pensou em beber menos ou busca uma vida mais saudável, eu te convido a repensar o seu consumo de álcool assim como eu fiz. Faz um teste de uma semana ou, quem sabe, um mês sem álcool e repara se você vai sentir falta. Será que é o álcool que faz falta ou é só porque você se acostumou a enxergar ele como sinal de alegria e bem-estar?
Melhor do que beber com moderação, é beber com consciência, sabendo que você não precisa do álcool para ter lazer. Assim como você não precisa ficar exausto, correndo o risco de um burnout, para ser bem sucedido, como eu expliquei aqui. Um grande abraço, beba… da fonte do conhecimento e diga Olá, Ciência.