[Música] no meio da ihara é da árvore é no nome tradicionais do rio o nome que eu recebo como primogênita na primeira filha mulher eu nasci aqui em são paulo eu sou formada em artes plásticas pela universidade de brasília tem um bacharelado e licenciatura me formei mais a parte de desenho ultimamente eu tenho pintado um pouco tenha desenhado um pouco tentar um pouco mas é difícil de explicar eu tenho trabalhado feito uma pesquisa cima dos nossos rodrigues são os desenhos tradicionais que se encontram em objetos sagrados e cotidianos e também nas mirações é das nossas
medicinas na nossa cerimônia os cantos é e trabalhado isso com estudo de cor e luz né e então tem produzido algumas telas que estão mais relacionadas a essa parte do sagrado né do sagrado do nosso povo que é um povo é o isqueiro né e também é feito alguns exemplos que estão dialogando com isso ultimamente mas sou eu tenho trabalho bem bem eclético em relação às artes plásticas né é uma coisa que não sei se tem assim um processo artístico estava debatendo até que um amigo denilson baniu o conceito de arte um conceito que é
muito europeu pra gente é não sei se tem um povo que entender esse conceito diante da maneira como nos foi ensinado na escola dos brancos na escola de nuno indígena né então essas imagens elas são operações da sun códigos elas são outras outro tipo de mensagem do tipo de discurso mas não são necessariamente poética nessa coisa da poética da figura poética ela também é muito usada para um é mistificar ou o a imagem em indígena né é muito fácil você dizer que o conhecimento indígena e poesia ou mitologia o folclore ou qualquer coisa que não
tenha uma uma materialidade uma dimensão mais profunda é na sua identidade é é aquela coisa uma identidade uma coisa com a qual a gente pode brigar a gente vai se contorcer para lutar contra a própria identidade né contra alguma coisa que a gente tem e também a gente pode se abrir e aceitar aquilo que a gente tem o que eu conheço é aquilo que a vida me oferece né e então eu sou aquilo que a vida me permitiu ser que ninguém escolhe nascer nem onde se nasce nem de que ensinasse né e também é ninguém
espera que a vida nos dá a gente vai recebendo e transmutando isso né mesmo que a gente faz com isso é mais o trabalho com elementos indígenas né trabalho com as minhas vivências que estão num contexto que é família e por acaso a minha família indígena né mas elas não são é feita necessariamente para se contrapor diante perante uma sociedade não indígena entender o que estou querendo dizer porque tem pessoas que fazem coisas para se contrapor à sociedade porque porque o pessoal fica se questionando toda hora nossa será que eles fazem isso hoje mesmo a
gente foi na liberdade estava procurando uma palmadinha lá que eu gosto de usar aí chega o voador eis o brinco e ganhar você você e ele é mesmo de verdade itu o japonês e aí a gente de verdade ele não também são falsificados ou eu nasci no brasil mas minhas peças eu tenho algumas peças do japão mas eu sou mais eu sou brasileiro a gente até não há gente aqui de fábrica mesmo as outras coisas então tem momentos em que a gente assumir posturas políticas para se afirmar identitária mente diante de um outro que está
questionando a nossa identidade e tem outros mais que a gente não precisa fazer isso então não faço arte indígena wassu arte né eu faço arte eu sou ingênuo sul e daí né ah mas você foi procurá lá vai ver que é um exame de dna que precisa né é para entender é é essa coisa da identidade fica questionando a identidade do outro tentando entender o processo do da vida do outro às vezes é uma coisa absolutamente não sei né e nem achar o aditivo é uma é uma curiosidade que está nessa coisa do estranhamento mas
também da da negação do questionamento é um estranhamento e questionamento mais um tempo né então é eu tenho produzido um trabalho de artes visuais de uma maneira bem bem íntima muito íntimo minha né que dialoga com o aprendizado espiritual que eu tenho recebido no espaço íntimo da minha família e que eu tenha compartilhado também no espaço íntimo daqueles que congregam nem das mesmas e musk participam desse mesmo espaço que comprei com conseguem compreender dialogar com aquilo que o desenho com aquilo que eu pinto né porque é a visualidade é toda uma linguagem complexa também é
então talvez a minha arte seja espaços mais íntimos de mim né então eu pinto