Você conhece a diferença entre mito e filosofia e a filosofia rompe totalmente com mito ou é uma continuidade Sutil para responder a isso a gente precisa entender a essência do que é o mito se você quer saber mais fica aqui comigo no vídeo boas-vindas ao canal elogio da filosofia eu sou Bruno Henrique é muito bom estar aqui contigo novamente no canal se você gosta de conteúdos de filosofia aproveita para já se inscrever e ative as notificações para não perder nada vídeos longos shorts punches na comunidade conteúdos todos os dias inegavelmente a mitologia foi o recurso
mais antigo de buscar dar alguma explicação para os fenômenos da natureza e coisas que nos são desconhecidas via de regra pelo caráter imaginativo e simbólico que a mitologia traz ou seja se algo ocorre é porque é uma vontade de Deus Isaías dos Deuses ou de um Deus que escolheu que fosse assim ou alguma história fantástica entre deuses e os humanos ou Titãs seja como for é sempre uma narrativa com forte ele simbólicos para dar conta de algo imediato que os seres humanos se deparam e não tem respostas e diante disso na busca de algumas respostas
a mitologia foi esse discurso ou essa narrativa construída e apresentada pelos próprios homens só que em determinado momento em terras mediterrâneas surgem conhecimento filosófico e a filosofia como uma forma racional de compreender o que as coisas são Mas será que a filosofia rompeu totalmente com mito Então vamos entender um pouco mais de perto que é a mitologia a mitologia tem sempre um aspecto que ele é simbólico que ele é figurativo se a gente for pensar Zeus como Deus dos Deuses associado aos trovões imagina em épocas em civilizações muito antigas que nós temos hoje fenômenos da
natureza qual é um dos que mais apavorou a humanidade se a gente for pensar não precisa nem ir dois três mil anos antes de nós se a gente for pensar 500 700 Anos Antes com as navegações Além do Mar revolto que era uma grande preocupação mas os raios amedrontando a população amedrontando as pessoas então nisso a gente já consegue perceber alguns padrões em relação a necessidade do mito e ao que ele se presta tantas questões sem respostas que o mito cumpre essa função cumpre uma função de dar alguma explicação para o porquê as coisas surgem
porque a vida porque a morte porque nós nos aguentamos porque sofremos enquanto as respostas mais Racionais enquanto as respostas mais profundas uma investigação mais atenta Não surgiu o mito cumpre a função de dizer um porque para essas coisas via de regra apelando para imaginação outro elemento muito interessante do mito é o seu vínculo com o religioso e a forma de narrar o mito via de regra é por meio da poesia a gente pode ver isso na antiguidade na Grécia os responsáveis por narrar o mito eram os poetas rápido o poeta rapsodo era um poetas que
narravam os feitos os deuses e nisso educavam o povo educavam o povo a partir dos mitos a partir de uma tradição que encarava que as coisas ocorriam porque os deuses quiseram então o cumpre uma função educativa religiosa ao narrar os mitos um outro exemplo mais atual que estrutura grande parte da Fé da civilização ocidental o velho Novo Testamento da Bíblia o seu surgimento em especial Novo Testamento mas não só ele vem dessa tradição de discurso oral para uma plateia para ouvintes Então você tem uma demarcação retórica o modo de dizer as coisas de comover as
pessoas os seus ouvintes vinculados a uma explicação via de regra fantástica para o surgimento do mundo para o surgimento das coisas então se antes o poeta rápido tinha essa função os líderes religiosos acabam cumprindo uma função análoga por assim dizer e sempre tal como uma poesia ela tem esse caráter imaginativo Fantástico e que precisa comover porque se conecta mais do que com a razão mas com as emoções ao passo que a filosofia surgindo em terras mediterrâneas rompe com o mito Porque não basta mais uma explicação fantástica para as coisas é preciso entender do que as
coisas são feitas então usa-se a razão questiona-se os dados dos Sentidos o que eu vejo será que eu vejo com diz ou não é um equívoco e eu começo a confrontar as minhas ideias e formar a raciocínios cada vez melhores com isso cada vez mais se afastando da religiosidade da mitologia do discurso da narrativa fantástica imaginativa e passa-se a privilegiar a razão o raciocínio para eu conhecer o que as coisas são então não basta dizer que a morte ocorre porque é um Deus que quis mas eu preciso entender o que é vida e necessariamente O
que é o fim da vida ausência de vida a morte então a filosofia opera uma radical transformação uma ruptura propriamente com a forma de explicar as coisas Será que essa ruptura foi apenas epistemológica como nós conhecemos as coisas não ela vai além é uma ruptura em diversos sentidos inclusive numa dimensão política Quem educará o povo os poetas que cantavam e narravam os mitos sobre o surgimento do mundo numa tradição oral que passava de geração em geração ou os filósofos que agora buscam compreender e responder como que as coisas são sem a mitologia sem O Discurso
ou a narrativa mitológica fantástica Mas a partir de raciocínios que precisam estar muito bem fundamentados então nisso a filosofia também disputa politicamente a noção de pai ideia de uma formação integral do ser humano indica isso indica um papel político para a filosofia então rompendo com o mito a filosofia busca protagonizar Quem irá educar o povo não mais os poetas com o mito mas a filosofia com um discurso filosófico com uma compreensão racional das coisas e algo análogo vai ocorrer depois também com o desenvolvimento da ciência como uma área separada da filosofia a ciência vai querer
afastar da filosofia e as suas discussões metafíscas ditas como irrelevantes e vai querer substituir pelo conhecimento dito científico num sentido de ciência muito específico Então essa disputa ela é política e mostra quem irá guiar a educação de um povo de uma sociedade agora vamos responder uma pergunta que ainda não foi respondida lá do começo do vídeo a ruptura que a filosofia tem como mito ela é total ela rompe totalmente com mito ou não a primeira vista parece que não é uma ruptura Total os primeiros filósofos inclusive continuavam de modo mais particular tendo as suas crenças
a sua fé só que isso não era o meio de explicar as coisas então convive-se durante um certo tempo com a crença nos mitos de forma individual mas o recurso explicativo a forma de explicar que as coisas são não é mais o mito mas um discurso racional da filosofia a valorização dos argumentos e não mais da Imaginação e da Fé então a gente percebe isso mas a gente pode perceber que mesmo na antiguidade os filósofos abandonando cada vez mais a mitologia comparece na filosofia o uso de alegorias o uso de Mitos a gente falou aqui
sobre o mito ou alegoria da caverna de Platão como uma forma um recurso imagético para explicar que as coisas são os inclusive de Parmênides depois de lucrécio entre outros filósofos que vão usar a mitologia para explicar só que é inegável que a filosofia continua usando mitos alegorias como recursos explicativos isso não some da Filosofia mas de uma forma diferenciada o mito alegoria ainda comparecem como recursos explicativos como formas figuradas para dar cabo de uma explicação racional sobre as coisas e o que que isso mostra isso mostra com muita força um caráter abusivo figurativo e esse
caráter alusivo figurativo indica uma dimensão simbólica imaginativa que constitui o ser humano e não há que ser suprimida pela filosofia porque a filosofia valoriza a razão e busca compreender as coisas e muitas vezes nós fazemos uso de elementos ficcionais justamente para conseguir compreender o que algo é seja para visualizar uma discussão mais complicada exemplificar Então são recursos e magéticos são recursos às vezes até friccionais quem nunca se deparou com uma literatura e numa determinada literatura conseguiu personificar um processo social uma grande violência uma grande dor personificada em personagens Então esse caráter imaginativo que nós temos
e todos os seres humanos têm não deve ser suprimida mas sim pode ter um outro tratamento uma outra forma de encarar enquanto a mitologia fazia uso disso para dar uma explicação do mundo mitológica religiosa a filosofia outro propósito a busca de compreender as coisas usando a razão e nisso ainda que use certos recursos retóricos certos recursos e magéticos o propósito é outro mas a algo do que a mitologia produzia que não é eliminada de todo da filosofia se você gosta do assunto e quer se aprofundar nos estudos eu vou fazer uma indicação de livro maravilhoso
do Jean Pierre vernan o universo os deuses e os homens um livro fascinante que explora essa relação da mitologia grega surgimento da filosofia questões históricas tem essa e outras indicações aqui na descrição se você gostou desse conteúdo compartilhe com aquele amigo e aquela amiga que gosta de filosofia ou de mitologia o canal elogio da filosofia está no apoia se você também pode apoiar o link está aqui na descrição até a próxima pessoal enquanto isso Assiste esse vídeo que eu escolhi para você [Música]