e o que que acontece então se a gente for repensar a noção de identidade cultural nessa modernidade tardia a hora e tudo ou vai definir três momentos né de identidade o momento mais digamos assim primordial da maternidade da ideia de um sujeito alto de um indivíduo centrado unificado dotado de razão que é o sujeito do iluminismo e o sujeito sociológico que é o sujeito que não é totalmente autônomo e autossuficiente né o seu núcleo interior ele é formado sempre na relação contra as pessoas e o sujeito pós-moderno que é o terceiro que é o que
a gente tá falando aqui que é resultado dessas mudanças que tornam esse processo de identificação cada vez mais instável e provisória e se antes na antes da era moderna o indivíduo encontrava-se identidade ancorada e apoios estáveis tradições estruturas vai dizer stuart hall isso na modernidade deixa de acontecer emerging então uma concepção mais social do sujeito e agora no momento que a gente vive a concepção de identidade faça muito mais por uma ideia de uma transformação de descentramento profundo do sujeito então se a gente está diante dessa morte desse sujeito moderno a se por um lado
a gente está diante de uma tentativa muito maluca também de retomar e de chamar atenção para a importância de determinadas narrativas ea forma como se esse sujeito moderno se construiu e se colocou como uma visão universalizante perante os demais e é só olhando para a diferença é só olhando para outros tipos de identidade e a gente chega nisso daí e a stuart hall que vai nos ajudar a entender então como e isso pode ser e isso pode se dar né diante de um contexto em que a gente percebe cada vez mais essa ideia de uma
cultura nacional que se propõe unificadora na verdade ele vai dizer não há como haver uma cultura puramente nacional todas as culturas são atravessadas por profundas divisões e diferenças internas e é um exercício gerais a unificação é o exercício de poder cultural realizar essa unificação é só que e é importante voltar a ideia de representação e identidade da forma como o trás nos seus estudos anteriores porque é isso que vai nos permitir entender o que alimenta esse discurso nacionalista hoje e o que alimenta esse discurso também de identidades livres e híbridas e múltiplas é o lugar
do qual se fala a partir daí é sempre um lugar da hegemonia é um lugar de deus assim da supremacia de uma determinada de um determinado grupo no caso europeus eurocêntricos uma visão de quem está no poder dos grupos brancos dos grupos privilegiados da sociedade que estes sim produzem várias representações e a partir dos quais a identidade dos outros passam a existir e se é assim hoje mais do que nunca agora é sim o momento de reforçar a questão identitária é a questão da representação no sentido da gente questionar ou dos grupos considerados representados erroneamente
né pelos pelo por aqueles que estão no poder questionarem a forma a partir da qual os significados são produzidos é porque é privilégio daqueles que detêm o poder de representar assumir definir em uma determinada identidade o ou seja questionar isso é uma maneira de questionar e sistemas de poder em sistemas de representação que dão suporte a perpetuação desses grupos no poder então mais do que nunca é muito importante que a gente tem a consciência do que a gente denomina como nossa identidade e é algo que sim tem a sua sedimentações tem a sua construção ao
longo do tempo né que é também fruto de uma determinada estrutura de poder de um determinado conjunto de narrativas e construíram essas identidades de si e do outro e a seu bel-prazer o ao seu bel interesse ou seja existe um processo histórico mas também existe um processo atual e se dá no dia a dia que se dá na luta cotidiana que se dá nas práticas um que a gente se tem que se cada vez mais se responsabilizar e tomar para nós esse discurso identitário questionando as representações que são feitas a respeito da gente por exemplo
nós enquanto brasileiros nós enquanto latinos nós enquanto mulheres os negros enfim todos os todos os todos aqueles desfavorecidos na sociedade é necessário convocá-los para que percebam então e discutam de fato é como essa formação da sua própria representação ela merece uma revisão e só eles que a previsão só eles que podem então o time a aos donos do poder aos donos dos meios de [Música] é de comunicação e todos aqueles que lidam com a conformação de discursos com representações através de produtos de consumo através de propagandas através de narrativas e mesmo dentro da própria academia
no sentido de produção de conhecimento e difusão de determinados temas e dar espaço a determinadas narrativas de teorias a perceber o que que está em jogo aí que representações que se tem dado o espaço para que elas de fato falem a respeito desse de um lugar legítimo ou até que ponto estão falando pelos outros né os poderosos estão falando pelos menos favorecidos e aí essa visão é a que tende a prevalecer e esse a importância de voltar a as teorias de stuart hall porque é preciso entender que o significado se constrói e tem efeito real
nas práticas sociais de hoje e reconhecer significados é parte também da nossa é do nosso posicionamento no mundo né não apenas reconhecer significado e gostar dele e aprovar ele para pagar isso como identidade mas também quando isso não for o caso a no lalu denunciá-lo e é importante então entender essa virada cultural digamos assim que stuart hall propõe né de colocar a cultura junto dos elementos de poder como extremamente atual relacionada a esse essa abordagem mais construcionismo da sociedade socioconstrucionista a e para que a gente consiga intervir criticamente nessa realidade que está sendo construída cada
vez mais ainda mais agora com as mídias sociais e todos sendo produtores de conteúdo fica mais fácil então talvez não mas está ao alcance de todos essa reflexão né já que eu produzo conteúdo na internet já que eu produzo vídeos já que eu sou o influenciador digital que discursos que eu tô ajudando a propagar e representações sobre os grupos menos privilegiados da sociedade eu tô ajudando a reproduzir ou não será que eu tô dando abertura para que eles falam sobre si mesmo ou será que eu estou apenas sendo mais uma engrenagem de reprodução dessas lógicas
de poder u e essa discussão é extremamente importante e tá na ordem do dia né da gente começar a de fato trazer isso para o nosso cotidiano o ou seja repensar a luz de stuart hall e a luz das nossas transformações digitais esse conceito de representação em conexão com essa questão da identidade e da diferença que não se pode esquecer que tem operado cada vez mais hierarquizações e classificações de mundo afinal a linguagem opera obviamente como esse sistema representacional que possibilita não só em um diálogo né o debate mas também a construção de sentidos e
visões de mundo que podem ser compartilhadas ou não esse é um cabe aqui a gente se abrir para esse diálogo para essas o coexistências e permitir a gente realizar essa crítica sobre aquilo que a gente vem produzindo tanto em termos de conhecimento de conteúdo de divisões de mundo por aí ó