Cuidados Paliativos, com Ana Claudia Quintana Arantes | PBECast #49

fala pessoal tudo bem esse é mais um episódio do pbcast que quem fala é Leo Costa e aqui quem fala Lucila Costa Lu Hoje a gente vai conversar com uma pessoa incrível a gente vai falar com a doutora Ana Cláudia Arantes sobre medicina paliativa Fica aí mas antes disso solta a vinheta [Música] queridos amigos tudo bem com vocês hoje a gente vai conversar sobre um negócio que eu queria falar muito tempo né Lu eu já venho buscando falar sobre medicina paliativa um tópico diferente mais que em qualquer momento no futuro a gente vai ter que

falar sobre isso fala sobre a morte ou proximidade dela e alguns dias atrás alguns meses e meio atrás mais ou menos eu cometi a gafe de convidar a doutora Ana Cláudia para participar do pepecast Ela respondeu eu não vi e aí a gente ficou no vácuo esperando resposta do outro mas a gente conseguiu chegar deu a gente eu falei pois é agora que o Léo abriu tinha respondido sim então menina então aí o que aconteceu conseguimos falar com essa mulher maravilhosa é eu estudei sobre a vida dela achei Fantástico Dra Ana Cláudia Muito obrigado você

ter participado aceitado participar do pbcast a gente tá super honrado a gente quer aprender muito com você tá conta um pouquinho para gente O que que você faz conta sua jornada Até você se tornar médica Por que que você escolheu essa especialidade tão diferente bom primeiro que gostoso tá aqui né e vou te falar foi meio entrou a resposta dessa mensagem no Direct entrou na categoria do Milagre né porque eu não dou conta de Eu também não e aí quando eu vi foi muito sem querer vou dizer assim que o universo Me guie para quem

precisa de respostas não com essa coisa do universo Aguiar Cara eu já atingi uns casos muito difíceis tensos até pessoas estão ainda estava em outro país porque eu fui no aleatório e cheguei na pessoa tipo vi no domingo de manhã domingo à tarde eu tava fazendo atendimento E aí eu vi tua mensagem ela falou assim meu senhor que que é isso será que é mesmo um convite do Léo Costa Não é possível aí respondi rapidinho lá e aí demorou para responder aí eu falei assim eu tenho certeza que ele tem o mesmo problema que eu

que não dá conta de responder mas uma hora ele vai ver aí toda vez que eu entrava lá dá uma olhadinha ver se tinha a resposta e aí acabou que deu certo né aí a gente é engraçado que foi assim mesmo que a gente chegou assim poxa Cláudio não respondeu a gente ela nunca é mesmo deixa eu ver também aí na hora que ele viu ele Poxa amor eu perdi a mensagem eu super certo então bom respondendo a tua pergunta eu entrei na faculdade de medicina com propósito de aprender a cuidar do sofrimento porque eu

vivia isso dentro da minha casa E aí como o atendimento desses dessas familiares minhas né da minha irmã e da minha avó eu vi que a medicina tava muito envolvida em relação a cuidar das doenças e quando as doenças não tinham um contexto de solução ou de viabilidade da cura era um sinto muito não tem nada para fazer E aí entrei na faculdade com esse propósito entrei Medicina na Universidade de São Paulo então Teoricamente muito boa e aí quando eu comecei a ter contato com pacientes porque eu sou daquele currículo antigão de você ter as

primeiros anos é bem no instituto de bioquímica e fazer biofísica E aí você coloca cadeia Medicina né quando entrei em contato com a própria foi no terceiro quarto ano eu vi que ninguém sabia nada mesmo e que quando a gente se separava com paciente em final de vida a resposta era não tem nada para fazer não é possível que eu entrei nessa faculdade o zelo da ciência um cientista se submete por décadas não tem nada para fazer e não vai procurar E aí vendo aquela condição totalmente desumana eu entrei na minha primeira Crise existencial só

que eu tava com 20 e Poucos Anos então entrou na categoria da Mocinha mimada né então fiquei com 20 e Poucos Anos Você não tem o direito de ser Crise existencial mas eu parei a faculdade por conta disso parei e foi um tempo muito muito crise olha não deu não deu eu tinha eu cheguei a passar numa avaliação tem tinha um grupo de suporte para os alunos da faculdade e aí eu passei com uma psicóloga E aí ela me disse que eu tinha um negócio que nem existe esse diagnóstico assim ai meu bem você tem

uma coisa que talvez não dê para você ser médica Você tem uma empatia patológica você sofre demais com o que acontece com os pacientes Então você não vai poder ser boa médica talvez não seja uma boa ideia você rever se você quer realmente ser dada da saúde e aí o que parecia para mim sentido de vida propósito foi por água abaixo Mas tinha uma secretária na faculdade Dona eggle que eu fui lá na sala dela para abandonar a faculdade e ela falou assim meu bem Veja bem você é muito nova você faz assim você entrou

no lugar que você não consegue ocupar tudo como é tão grande aqui você não consegue ocupar tudo então é uma casa muito grande tranca leva a chave quando você sentir preparada você volta Que bom vai fazer outra coisa da vida vai ajudar teus pais vai pega o emprego se você tiver Granada você vai para fora do Brasil vai lavar prato e aí você uma hora você vai conseguir entrar e ocupar os espaços aqui da faculdade então Tranca lá e aí eu tranquei a matrícula Olha a sabedoria dessa mulher Ariana ela comandava ela sabia tudo de

todo mundo dentro da faculdade e ela era muito perspicaz isso acho que é melhor definição da dona talvez ela era talvez ela tinha a mesma sensibilidade ao cuidado que você tinha né porque Engraçado eu preciso interromper agora sim eu tenho uma frase né Lu que a gente tem falado muito que eu não sei se é Nossa mas a gente tá usando muito essa frase que o cuidado precede a evidência então a prática a medicina baseada evidência seja lá como a gente rotula isso que a gente ensina né Lu as pessoas estão se tornando devoradoras de

artigos científicos sem se preocupar com cuidado individual do paciente e aí a gente começou a usar essa frase né Lu em todas as nossas aulas fala cara não é para você ser um nerd leitor de artigo científico você tem que cuidar do cara primeiro habilidades é soft Skills né as pessoas estão faltando um pouco disso e tentar perceber que numa tomada de decisão mesmo brusca Você tá cuidando de um cara né de um ser humano de um pai de família de uma criança ele vai e é muito legal ouvir isso e mais ouvido essa senhora

que talvez ela teve a mesma sensibilidade que você tinha naquela época que não tava sabendo sai desse buraco interessante eu não sabia lidar com que eu sentia diante do sofrimento das pessoas e aí eu falei gente a hora que eu tiver com o CRM na mão o que que eu vou fazer parei a faculdade situação que para mim era insuportável eu pensei espera aí na Cláudia vamos lá você entrou na faculdade medicina da Universidade de São Paulo se ninguém se ocupou de descobrir o que tem para fazer porque não você mas para você poder pesquisar

isso você vai ter que ter o bendito do carimbo né então eu falei assim eu tinha uma cenourinha na cabeça assim pendurada assim CRM eu preciso terminar essa faculdade porque o dia que eu for a dona do plantão no meu plantão ninguém vai sofrer necessariamente você sabe que tem um jargão meu plantão ninguém morre né Aí eu abracei a causa no meu plantão ninguém sofre que bom eu não vou poder cuidar do plantão de todo mundo mas no meu plantão eu posso eu posso cuidar chega o paciente com dor e falou assim que sorte a

sua eu sei tratar você escolheu o dia certo para vir para Pronto Socorro Nossa já dei muita risada de paciente de madrugada por causa dessa frase ser muito sortudo né você procurou no lugar certo né porque eu sei tratar sua dor vamos lá senta lá e vamos tomar um remédio aí pelo menos essa noite você vai ficar sem dor não sei para sempre porque você precisa acompanhar em ambulatório alguma coisa assim mas hoje vai ficar feliz e assim foi voltei terminei a faculdade e aí que que eu vou fazer depois não existia a especialidade cuidado

paliativo não existe a Google eu sou da geração de transição a minha turma foi a primeira a ter aula de informática médica eu fazia formatava anamnese no dossi Tô velhinha já aí tá Muita gente quem não sabe procura no Google era uma tela preta com coçou piscando assim né Eu brinco que eu formei com tudo que eu tinha era antes então era aquele aquela bolachona assim eu já peguei você pegou né Então tinha aquele bolachão e a gente foi nós fomos nos primeiros até a aula E então não tinha onde procurar você tinha que saber

o que perguntar dentro da biblioteca aí você preencher aqueles 500 papeizinhos que tinha lá o nome porque tinha idox médicos aí você tinha você tinha que saber a palavra chave não tinha ninguém que te sugeriria alguma coisa seria procurar aí se encontrar na biblioteca duas duas semanas três semanas depois Davi e aí é claro que depois nas referências você queria mais uns 15 aí tinha mais nunca você parava de ter curiosidade e eu falei vou fazer geriatria porque [Música] Teoricamente São pessoas que escutam Ah normal ter dor na sua idade Ah tá velho é assim

mesmo Ah então tem um monte de doença junto Ah é assim mesmo Ah vai sofrer assim mesmo então foi bom quem sabe eu me aproxime de uma especialidade que me leve para o conhecimento do sofrimento e também a proximidade da morte de uma forma que Teoricamente é mais aceitável que você falecer mais velho e na verdade o que eu mais aprendi na geografia foi trabalhar em equipe porque médico também tem esse esse essa má formação já de berço de não dar ouvidos A equipe que tá cuidando do paciente junto com você então não houve não

ouve eu fisioterapeuta não houve psicólogo no houve assistente social no momento não sabe nada das especialidades então ele define a nutrição que o paciente vai receber nada de nutrição mal consegue diferenciar catexia de na missão consegue tenta muito médico que fala assim ah vai deixar o paciente morre de fome eu falei moço tá secundária progressão do Câncer tudo que ele não tem é na lição é fome ele não vai ser revertido o quadro dele por nutrição artificial mas nem essa aula pessoal assiste então não sabe aí não sabe mas não sabe também respeitar e nem

se relacionar E nós iríamos gente as pessoas a gente aprende então porque precisa né é engraçado isso na necessidade as pessoas se apoiam não é maravilhoso então nós cria do HC eu aprendi a respeitar a opinião e o parecer de todas os profissionais envolvidos no cuidado e modificar minha conduta favorecendo que aquilo fosse de fato considerado como valioso importante para direcionar o bom Cuidado então foi tudo bem E aí eu descobri que existia essa especialidade a partir do contato com o médico chamado Eduardo que ele é Argentina ele foi o responsável por desenvolver todo o

programa de cuidado paliativo de Alberta no Canadá e atual mente ele é o chefe dos cuidados paliativos [Música] ele ele até outro dia era o cara que mais publicava acerca de cuidados paliativos é ele não tem acho que tem mais de 800 900 artigos publicanos e é um cara genial não é só um bom pesquisador como também muito bom clínico e eu fiquei com ele quase dois meses [Música] não estágio de observação mas quando ele soube que eu fazia no Brasil ele me convidou para dar aula lá você imagina minha estreia meu Deus aí eu

sabia que eu tinha falado uma coisa certa porque o povo dava risada eu falei fiz piada eles riram significa que a gente se entendeu E aí minha formação recebeu a Cerejinha do bolo com após graduação lato senso não foi escrito Senso com a universidade ela é Salvador no Instituto Palio loteamérica e na época o certificado vinha junto com Oxford então ganhei os dois certificados de Formação em cuidados paliativos naquele mesmo ano eu fiz a formação intervenções em luto por um instituto Quatro Estações de Psicologia a minha formação em luto incrementou muito a potência de compreensão

da geriatria porque quando a gente envelhece a gente vai colecionando perdas e o processo de luto que a gente precisa se envolver cotidianamente é algo que impacta muito a nossa qualidade de vida E aí tendo a compreensão disso foi maravilhoso para o meu espaço como geriatra aí em 2007 eu fundei a casa cuidar uma associação casa do cuidar porque não havia formação de cuidados paliativos no Brasil não tinha não tinha Na graduação e não tinha pós-graduação do Brasil aí fiz a casa do Cuidado nós começamos a oferecer o curso de formação no início cursos de

curta duração de 20 30 horas e depois em 2009 nós começamos a pós-graduação da casa do cuidar que tem esse nome na verdade é um conteúdo de pós-graduação Mas a gente não tem o certificado do MEC E aí tem uma coisa interessante nessa questão do MEC Léo eu tenho uma qualidade de aluno absurdamente incrível porque eles querem o conteúdo do curso eu tô ouvindo a história é música para os meus ouvidos aqui não é existe uma formação em medicina paliativa no Brasil até hoje eu tô enganado até o ano passado [Risadas] Léo legal que a

gente se encontra agora porque agora tem essa baita novidade para contar né bom então começamos a ofertar a formação avançada então coloquei esse nome formação avançada em cuidados paliativos multiprofissional primeiro grama que teve Ana você não faz cursos aí eu falei porque não porque eu não entenda medicina é diferente a gente não pode ficar discutindo assim algumas coisas da nossa área específica com outros profissionais bom aí quando eu não era nada né eu era só uma pessoa esforçada no assunto eu ouvia isso e falava Poxa mas é tão importante a gente trabalhar em equipe e

ouvir mais saberes né sobre o cuidado e não daria para a gente aprofundar o curso de uma maneira tão magnífica se a gente não tivesse essa oportunidade de Deus todos os profissionais da mesma sala e eu na verdade tinha muito poucos médicos que procuravam o curso sempre tinha três quatro a maioria tá em crise de trabalho Crise existencial procurava curso mas a grande maioria a equipe multite mesmo E aí qual a medida que eu usamos foram passando e eu acabei ocupando um espaço mais reconhecido na área quando eu comecei essa nesse dia foi a coisa

mais gostosa do mundo porque a pessoa veio para mim com ar de nossa seu curso não é tão bom porque você não faz o curso direcionado para médicos ele não é reconhecido como tão bom por causa disso Por que que você não faz um curso específico para médico eu falei olha sabe o que eu percebo nesses anos todos dando formação os médicos realmente têm mais dificuldade de compreender a palavra falada em equipe eu penso que a gente tem uma destruição cognitiva ao longo da faculdade medicina de modo que se você não sabe mais falar português

então você tem dificuldade de interação com outros profissionais de saúde porque você fala meio de quê eu reconheço que eles têm mais dificuldade para aprender mas você sabe que até hoje eu não precisei abrir nenhuma sala para alunos com dificuldade de aprendizado então eu não precisa ir abrir uma sala só para médicos e você precisa se esforçar mais eu queria ter uma câmerazinha escondido para a cara da pessoa assim o que que você tá falando exatamente né eu vim te propor que eu era melhor e você tá falando ao contrário falei não dá não vou

abrir mão disso porque até nas aulas quando você se apropria de um conteúdo diferente do teu você consegue utilizar o grande eu não sei se é benefício mas assim tem uma coisa no país acho que talvez no mundo todo que coloca no médico com poder muito grande na palavra Então eu preciso estar a serviço da equipe então se eu vou te chamar eu vou te chamar para ver uma paciente minha ela não quer ser atendida por outra pessoa que não seja eu fui assim mas eu vou chamar o Léo para te conhecer para te avaliar

para melhorar muito o que que nós podemos fazer por você aí a paciente fala que não eu falei assim ah mas não precisa eu falei que bom você não precisa é presente presente a gente não diz não a gente agradece fala não precisava não precisasse a gente era uma obrigação mas não é um presente vou te dar um presente você conhecer esse fisioterapeuta antes de chegar para ver minha paciência ela já tá com o tapete vermelho te esperando você não vai ter que provar que você é necessário porque eu já disse que você é e

vou dizer que sem você eu não vou fazer um bom atendimento como médico porque eu preciso do teu saber para eu poder incrementar a oferta do que eu posso dar para ela aí eu digo isso eu falei o médico tem que ouvir os outros profissionais para poder oferecer o melhor Cuidado que eu realmente faça com que o paciente tem alívio do sofrimento que não é só medicação você precisa de vários saberes e vários olhares para prover esse livro do sofrimento e o sofrimento lá não é só biológico não é só físico que vai dar um

remedinho tá resolvido E aí faz com que os médicos quando junto dos Profissionais de Saúde de outras áreas eles aprendam como se comunicar de uma forma mais clara mas é que tenha mais chance de estabelecer um vínculo de confiança eu costumo dizer a distância entre o comprimido que tá na minha receita a boca doente é a confiança que ele põe em mim porque não dá ele não vai engolir alguma coisa que ele não acredito que possa dar certo se ele não sentir essa verdade naquilo que eu estou oferecendo quer uma um dos Desafios que a

gente tem que talvez a gente aprofunde na conversa é tem médico tem profissional de saúde que oferece cuidado paliativo como quem vende peixe podre ele não acredita naquilo que ele tá fazendo fazer quimioterapia radioterapia tomar antibiótico ou você ficar só em cuidados paliativos se alguém me oferece assim nem eu quero Claro você vai fazer um milhão de coisas ou só cuidado paliativo tipo não eu quero ser cuidada aqui aí cuidado paliativo dentro desse espaço da pós-graduação foi ao longo dos anos se mostrando um espaço importante de oferta Então agora você tem várias opções no país

de aprendizado na pós-graduação que bom ano passado aí finaliza a história e aí a gente segue as próximas questões ano passado teve academia pandemia foi um dos palcos mais dramáticos sobre a importância de saber cuidar paliativo Acho que foi o tempo que eu mais Trabalhei na minha vida com essa telinha aqui com essa luzinha verdinha e no telefone e no WhatsApp 24 horas por dia sete dias orientando Profissionais de Saúde sobre como dar a notícia da morte como você lida com a sua incapacidade em potência de ter que assinar 15 atestado de óbito no plantão

crianças porque eu falo assim alunos de quinto ano sexto ano de medicina uma criança assumindo plantão de UTI por falta de pessoas pessoa com 20 e Poucos anos sendo que entubar paciente dá notícia E aí Doutora Ana como eu faço isso então o conhecimento do Cuidado paliativo mostrou uma grande importância porque quem não sabia lidar sofreu muito mais eu só quero trazer E aí posso pandemia eu tive a oportunidade de entrar em contato com Conselho Nacional de Educação me deram meia hora falei na Câmera dos Deputados por conta de uma lei sobre a vida chamada

e depois eu tive meia hora no Conselho Nacional de Educação para pedir que o Ministério da Educação recomendasse o aprendizado de cuidados paliativos com base nas diretrizes de ensino que já tinha alguma coisa do conteúdo transversal Sabe aquele que todo mundo deveria ter mas ninguém me dá E aí eles me ouviram por meia hora é hora que eles me ouviram eu só vi a janelinhas lá as pessoas enxugando as lágrimas e aí falei assim aquelas pessoas top se reuniram e deram o veredito Ana Cláudia não é uma recomendação que nós precisamos fazer nós precisamos reescrever

as diretrizes de ensino da graduação de medicina do Brasil Que ótimo você ajuda eu falei Opa tô aqui para isso [Risadas] reescrevemos cara foi publicada primeiro de dezembro do ano passado que Diário Oficial cuidado paliativo é obrigatório é obrigatório nas graduações de medicina o que abre portas para as outras graduações Claro porque aí a partir da Medicina a gente vai conseguir colocar as horas de aprendizado ali podemos não conseguir isso em todas então agora a partir de agora temos eu fui contratada de professora Universitária que legal [Música] ô Ana Então realmente é muito novo mesmo

não sou eu que sou ignorante que não acha o tema para falar não é porque o que eu aprendi hoje de manhã desde ontem à noite com você me mandando um monte de artigo para eu ler até agora na hora da gente gravar esse episódio o que eu percebi são dois mundos primeiro parece que poucas pessoas estão formalmente sabendo usar isso mas não falta corpo de evidência para tomada de decisão Em cuidados paliativos em saúde não conta dá eu vou furar a porta total que agora Lu em um minuto aquele artigo do New England jornal

que você falou sobre que você é o primeiro que você me mandou você falar Léo esse aqui é um estudo clássico assim que comparou pacientes que estavam fazendo cuidados para o câncer e cuidados com câncer mais paliativos o profissional de saúde que tem informação que que esse cara faz da vida o que que ele faz lá na beira do leito cuidado paliativo é uma área da assistência que vai prover todo o tratamento necessário para aliviar o sofrimento decorrente da doença que ameaça a continuidade da vida top então todos os pacientes que tem uma doença que

ameaça continuidade da vida eles expressam o Sofrimentos na dimensão física emocional social familiar e espiritual todos esses Sofrimentos apesar de didáticamente separadinhos em conteúdos em aspectos de avaliação tem metodologias específicas para você avaliar por exemplo sofrimento espiritual você tem escala de avaliação do sofrimento espiritual de copo religioso positivo e negativo fatores que interferem na decisão de cuidados então a dimensão espiritual é define a sua escolha de cuidados em sua doença Olha então tudo interligado uma família que sofre às vezes quer que o paciente lute não tem essa coisa assim vai lutar vai fazer tudo e

aí o médico entende o que fazer tudo é só fazer pela doença então paciente que recebe cuidado paliativo ele tem ele tem uma ampliação do seu cuidado ele não fica só na doença ele vai ficar na manifestação dos sintomas tanto da doença como do tratamento porque tem efeitos colaterais a gente vai fazer quimioterapia é impressionante como as pessoas têm desespero com a toxicidade potencial da morfina por exemplo no intestino aprende o intestino não pode usar mas Cisplatina pode que você vomita sua alma em 12 horas você tem 18 episódios de vômito no dia seguinte que

você faz aquilo isso pode porque isso vai tratar vai curar você do câncer mas usar a morfina tá livre da dor não pode porque é uma medicação E aí quando você proveu a Lívia do sofrimento para esse paciente você agora a gente está sofrendo se trata agora e você previne então é uma pessoa esse profissional de saúde ele consegue olhar agora e sabendo a evolução daquela doença ele sabe que mais para frente vai ter um outro tipo de sofrimento que ele já pode agir neste momento para eu ver o alívio todas as pessoas se beneficiam

não só aquelas que estão em fase final de vida Então não é nos últimos cinco minutos de vida que você vai se beneficiar muito de cuidado paliativo evidentemente se você me desse 5 minutos eu sei o que fazer não recuso o trabalho mesmo que seja no final de vida mas se eu tiver a chance de entrar antes na história tanto mais eu posso contribuir para que o paciente se benefice disso o estudo que eu te mandei nós temos uma quantidade muito grande de pesquisa e publicações sobre cuidados paliativos o problema até esse esse artigo é

que a maior parte dos artigos eram publicados em revistas muito específicas então era um status quase de masturbação mental porque só paliativista então assim o cara da clínica geral o cardiologista oncologista não lê a revista de cuidar paliativo porque ele não vai assinar a coisa que não é da área dele E aí a gente ficava nossa olha o artigo saiu o artigo sair mas se Né tava saindo na cara na medicina nem o inglater né revista as coisas que todo mundo lê E aí cara 19 de Agosto de 2010 nunca vou esquecer que o aniversário

do meu pai 19 de agosto de 2010 lança quando lançou esse esse artigo bombonos e meio de tudo quanto era ativista do país olha o que saiu olha o que saiu eles pegaram pacientes aquele artigo né elegante sim randomizado bonitinho do jeito que a gente gosta qualitativo não quantitativo tal tudo bonitinho aí pegaram pacientes que tem um diagnóstico de câncer de pulmão avançado ou seja tem metástase tá localmente avançado ou tem metade então está de quatro no diagnóstico não é na véspera de morrer acabou de diagnosticar esses pacientes foram divididos em dois grupos um grupo

que recebeu cuidados ao câncer segundos universais então aqui meu radioterapia top de linha tudo certinho e entre aspastos para todo mundo um grupo foi isso e o outro recebia cuidado paliativos [Música] acompanhar esses pacientes Eles foram falecendo ao longo do tempo porque já era um quadro muito avançado E aí eles analisaram os resultados que que aconteceu de diferente nos dois grupos o grupo que recebeu cuidados paliativos teve um melhor índice de qualidade de vida teve um menor índice de intervenções agressivas nas últimas semanas de vida então menos UTI menos intubação menos própria quimioterapia enfim e

esses pacientes viveram mais tempo deu quase três meses a mais cara Léo Você Sabe às vezes eles aprovam uma droga que dá uma semana mais de vida ele vive uma semana a mais qualidade tem uma qualidade e aí esse artigo mostrou vive mais menos depressão mais qualidade de vida menos quatro de depressão também menos índice de depressão e mais tempo de vida não tem discussão esse artigo então posso ter vários depois semelhantes a eles a ele ele saiu na cara ele só na New engler 19 de Agosto de 2010 só não decorei o número do

negócio mas só fazer isso já foi lá é acesso livre inclusive não precisa nem assinar eu vou pedir para nossa produção colocar o link desse artigo nas descrições do vídeo e lá no Spotify também legal é sensacional eu li assim eu falei Caraca que tudo elegante que e que resultados incríveis né quando você tem um Resultado positivo e acho que pessoas enfim de vida que você tem mais três meses de vida Edu qual você pode conversar com sua família tá perto dos seus amigos né fazer as coisas que você tem que fazer com qualidade muito

bom o Ana depois desse artigo do New England é engraçado esses a gente chama isso de lenda do mar né que é um estudo que dá um shift é se ela muda a direção da ciência de uma especialidade para uma para uma direção melhor na verdade né um cuidado melhor é você que é do ramo você percebeu mais estudo sendo publicados em revistas mais importantes mudou tomada de decisão porque é muito não é incomum artigo serem publicados e o mundo não mudar por causa deles demora demais o que que você percebeu após o dia se

eu não me engano 19 de Agosto de 2010 ali para frente o que que o que que mudou na percepção da categoria dentro do mundo do Cuidado paliativo ficou aquela sensação óbvio né Eu já sou complicado tipo assim eu falei assim gente tem algumas coisas que para mim são muito Claras água molha fogo queima cuidado é bom então você não precisa fazer um trabalho organizado para saber que a água mole é uma situação Universal mesma coisa foi a mesma coisa cuidada é óbvio que as pessoas vão viver mais porque a gente trazendo para ela essa

condição Clínica vamos falar biologicamente eu dou condição clínica para o meu paciente ele vem para mim muito mal fisicamente existencialmente quando ele recebe o cuidado ele consegue reconfigurar a percepção dele de futuro porque ele tá vivendo um momento presente melhor ele não tá colocando bem-estar dele para depois a cura tem que trazer para hoje trazendo para hoje ele vai conseguindo sucesso vitórias no dia a dia dele com o trabalho da equipe então assim você coloca um fisioterapeuta para fazer reabilitação de conforto que eu tô implorando para esses fisioterapes começaram a publicar alguma coisa sobre isso

o que que é reabilitação de conforto você não vai fazer fisioterapia para pessoa voltar a correr vou estar a trabalhar ela quer ir para o banheiro sozinho e aí você ai não precisa Doutora né porque tá de fralda assim põe uma fralda em você então e vê se é legal você ter comodidade de fazer na fralda lógico reabilitação de conforto né todo mundo pensa na hora que você coloca então fala assim porque todo mundo quer dar o menos de trabalho possível para outra pessoa e todo mundo quer ter pelo menos não sei se a palavra

dignidade mas pelo menos sentir que consegue fazer as coisas mínimas da vida então assim se a pessoa se passa na mão fisioterapeuta assim não custa nada né falar assim é importante sim habilitar a pessoa para fazer coisas do dia a dia mínimas né que para ela é muito importante faz diferença e para Além disso também tem a situação de você ajustar o seu cuidado com o propósito do que está sendo oferecido por doente então também no exemplo da física paciente com esclerose lateral amiotrófica ele precisa ser aspirado isso dói muito aí quando é para escrever

uma China antes da aspiração já teve fisioterapeuta que falou assim isso inviabiliza meu trabalho como inviabiliza seu trabalho não porque a morfina atrapalha eu falei e a dor não a dor tudo bem A pessoa ela precisa aguentar a dor para que você faça um bom trabalho não moço Você precisa aprender a lidar com os efeitos vai oferecer e encontrar uma estratégia de intervenção técnica do seu saber que favoreça a experiência do doente também não é só o seu sucesso terapêutico está envolvido no processo enfim para a gente ficou assim beleza provaram que a gente já

sabia para o resto do mundo a repercussão disso nos dois os dois anos após essa publicação foi de expandir esta mesma notícia para várias outras doenças oncológicas principalmente embora o cuidado para ativista esteja presente em todas as doenças que a nossa continuidade da vida a Oncologia foi a primeira e a mais forte a reconhecer isso até dependendo talvez a facilidade maior de fazer estudos porque acho que o diagnóstico talvez você tem um ambiente talvez mais controlado consigo até ver assim o Porquê talvez muitos estudos nascer da baixa da ecologia também outras áreas depois passaram a

acomodar vocês paliativistas melhor ou não que que você percebeu não eu comecei a ter um espaço de escuta melhor nas outras áreas mas aí eu dou aquela provocada que o pessoal fala que eu dou aquela chineladas turma da cardiologia a doença que mais mata no nosso país no mundo inteiro no nosso país também é a doença cardiovascular a pessoa tem o câncer de próstata ela acha que ela vai morrer aqui vem só que se ela tiver uma essência cardíaca quase funcional 3 ou 4 ela morre antes do câncer e aí você só tem um probleminha

no coração as famílias ficam chocadas para o paciente morre do coração porque é só um probleminha no coração câncer não câncer a morte então você pensa mais facilmente no Cuidado paliativo não pode morrer não deixa o paciente morrer paciente fica caquético da evolução da doença cardiológica ele vai proteína ele fica entubado ele fica com droga voz ativa ele recebe diálise e ele não recebe a experiência de dignidade porque não tem isso após uma visita numa hora por dia só nos hospitais públicos gente quem é que pode visitar o pai e a mãe das quatro a

cinco da tarde das três as quatro pessoas trabalham então não tem esse espaço da experiência de cuidado integrado E aí bom fizeram alguma coisa nas diretrizes né de Cardiologia tem lá um pouquinho do cardiologista tratando dos seus pacientes em final de vida a provocação vai para pneumologia vai para anafriologia mas pouco se anda pouco se evoluem nisso se deseja uma grande especialidade de cuidado paliativo e eu sou uma das pessoas que estou indo para o lado contrário eu falo não é para ter uma super especialidade todos os médicos precisam saber cuidar dos seus doentes até

o último suspiro não tem sentido eu ser chamada para fazer uma avaliação de um paciente com aids e o infectologista não sabe cuidar de AIDS no final tem que saber cuidar eu tô enganado a sua proposta o mundo ideal para Doutora Ana Cláudia não é que ajuda mais a lista em cuidados paliativos mas que se todas as especialidades soubessem prover um cuidado paliativo é isso 100% transversal conhecimento para todos mesmo o meu mundo perfeito o mundo ideal para Ana Cláudia é um mundo que seja desnecessária entendi faz sentido muito legal e faz muito sentido né

todo mundo sabe cuidar entendeu e eu te ouvindo Ana Cláudia é e faz muito sentido assim até pensando que muitas pessoas já tem aquele confiança naquele médico que está acompanhando aquela doença por muito tempo e na parte final seria muito legal se fosse essa pessoa também e continuar o tratamento até na parte paliativa sabendo acolher e cuidar nessa parte final da vida também do que precisar de especialista Agora é para Cláudia não sou eu mais não é legal ele quer né o ideal que fosse mesmo aquele médico que tava e uma das Dores mais difíceis

de lidar no final da vida é quando o paciente se sente abandonado pelo médico teve uma paciente que me procurou falou assim que que você espera de mim que que você me procurou porque ela não quer mais ser paciente ele encaixa aí eu falei Como assim que que significa isso para você ela falou assim eu quero estar na sua agenda porque não é qualquer problema me liga ou eu te encaixo porque se eu sou paciente ele encaixa eu não tô na agenda não sua atenção dele não tenho tempo preparado para mim ser paciente de encaixe

não é um privilégio é uma coisa assim eu não tô eu não sou mais importante então me encaixam eu quero ser eu quero estar na sua agenda eu quero que você olhe para mim que você tem um tempo para mim eu sei que você faz isso então eu quero ser sua paciente por causa disso é forte como é que é lidar com os familiares de pacientes perto do fim da vida eu fico imaginando que você como médica deve ter que lidar tá muito com os familiares na orientação na educação deles como é que como é

que é isso Primeira coisa eu costumo dizer paciente difícil família difícil é um paciente difícil família difícil que a gente escuta muito isso no nosso mundo da Saúde ah essa família é muito difícil família difícil é igual família insegura ela não se sente segura com os cuidados que estão recebendo então se eu tô cuidando de um paciente de um adolescente de uma criança e eu não envolva a mãe do cuidado eu tô próxima de ser demitida porque a mãe diz ele tá com dor ele não tá com dor ou ele prefere ele tá com medo

e aí você fala assim ah mãezinha eu tenho uma escada uma mãezinha Quem é mãe sabe da vontade de fazer assim eu tenho uma escala de avaliação de dor eu não preciso da sua opinião para avaliar seu filho tá com dor ou não mentira mentira mãe é perfeita para avaliar isso então eu posso chegar para mãe e fala assim olha eu vou cuidar do seu filho você faz a especialidade em Gustavo faz especialidade Gustavo a cinco anos eu acabei de conhecer ele o que que você tem para me dizer a respeito dessa sua dedicação toda

o que que eu preciso aprender sobre ele para que eu possa ser a melhor médica possível dele e aí acabou a família difícil porque ela sabe que eu tô com o mesmo propósito você tá junto então quando você tem uma família que atrás ele fala assim não sei se já tiver essa experiência mas a gente vai chego paciente e o familiar atrás E aí se eu fico sozinha com esse paciente A grande maioria das vezes o paciente diz assim já pegou nos ossos no pulmão mas a minha filha não sabe que eu sei é um

cerco do Silêncio E aí Tá todo mundo sofrendo então a família que tem dificuldade de interação com a verdade é dita ou experienciada Porque nas vezes não estamos a dizer paciente já sente né o exame está trancado na gaveta mas o dono do exame tá embolando por aí com o corpo que lhe pertence então não tem como negociar isso para o paciente e minimizar a experiência do paciente faz com que eles perceba que ele olha em volta assim ninguém dá conta de me ouvir falar sobre isso então às vezes tem vem a equipe falar ah

e o paciente não quer falar sobre a morte eu falei não quer falar com você porque que você é uma pessoa tão legal a ponto dele acreditar que você dá conta de ouvir o que ele tem para dizer então muitas vezes é a forma como a gente aborda a família ou a forma como a gente aborda o paciente que inviabiliza esse extrato de confiança porque na hora que você percebe o ambiente assim ela falou assim se eu falar Eu causo mais sofrimento ao grupo que eu estou porque já as pessoas já estão sofrendo e me

poupar E aí se eu quero falar ou fazer alguma coisa É uma sensação se eu não vou eu vou gerar ainda mais sofrimento e vira a falta de comunicação vira telefone sem fio total né eu fico imaginando como treinar isso Ana porque você tem que ter habilidades de comunicação muito boas para poder conversar sobre morte com as pessoas né ou a pessoa vai chegar desesperada Doutora eu vou morrer e aí e tal vai você vai ter esse cara vai ter um cara que vai internalizar tudo eu fico imaginando como que o que que vocês fazem

para como você se tem não isso é uma habilidade natural Isso é uma habilidade natural mano isso é treinável como é que é isso eu penso que já foi uma habilidade natural quando a gente era criança que a criança é muito atenta a tudo que você tá ensinando para ela ela presta atenção ela vê coerência ou não ela te questiona ela valida o que você tá dizendo trocando com outras crianças Então essa natureza inocente Nossa propicia essa interação mais verdadeira mais conectada mas o profissional como eu disse a gente ia entrar eu falo Nós entramos

na faculdade humanas a gente sai médico e a gente se distancia dessa elaboração da comunicação porque nós temos o tempo todo que nós sabemos mais que paciente Então mas sobre ele quem sabe mais é ele não é você então como você gostaria de ter cuidado tem um assunto que é muito como que eu abordo né a notícia ruim se o paciente quer não quer saber eu escrevi isso no livro no último a técnica de Ana Cláudia de falar com paciência sobre o que todo mundo diz que ele não quer saber então eu vou atender tô

chegando agora na sua história e eu tô aqui com essa pilha de exames que eu preciso estudar para saber tudo ao seu respeito tudo que aconteceu com o senhor nesses últimos anos desde que você começou a ficar doente Então vou estudar tudo isso a gente vai conversar de novo na semana que vem amanhã enfim põe uma data futura quando eu souber tudo o que está escrito nesses exames aqui todo seu histórico o senhor vai querer conversar sobre isso comigo que legal aí o paciente pode falar assim ou não uma grande Maria fala assim Claro Doutora

eu falei olha tem me visto o tempo que você tem de tratamento e como você tá frágil nesse momento pode ser que eu não tenha boas coisas para te contar sobre o que eu vou descobrir nesses exames mesmo assim você quer conversar sobre isso ah quero então escolhe alguém da sua família que você se sente muito seguro de tá por perto para a gente chamar para conversar juntos e marcamos esse dia para a gente falar então eu tô chegando agora eu vou estudar os seus exames eu sei que pode ter coisa difíceis validando a experiência

que ele tá vivendo preparei tudo ele disse que sim chamou quem ele confia mais e a doutora Ana vai falar sobre o que eu tenho e eu quero saber a verdade o Ana deixa interromper todo mundo aqui hoje de manhã eu abri uma caixinha de perguntas e falei o que que a gente pode perguntar para Ana aí tem um relato aqui eu não vou falar o nome da pessoa tá ela falou assim só agradecer o seu livro me ajudou a viver a finitude da vida do meu pai com amor e gratidão Eu acho que ela

tá se referindo Exatamente isso né cara assim de como levar essas coisas todas que não deve ser fácil então assim eu percebo Ana que isso aí é uma habilidade Você não acha que muitos médicos têm medo de fazer isso até para se proteger essa coisa assim eu não posso pegar esse não é uma maldade o cara tá se protegendo de uma carga Teoricamente negativa que pode vir de ficar discutindo isso e pode ficar pesado e aí o cara acaba se distanciando cada vez mais do paciente o cuidado tá ficando mais pobre você acha que médico

se protegem é uma estratégia de auto preservação não ficar falando sobre isso até por conta da repercussão desse artigo em dois anos teve muito mais publicação sobre o mesmo tema dentro da Oncologia 2012 eles fizeram um comitê dentro da asco para organizar esse conhecimento em 2017 eles publicaram aquele gás Line que eu te mandei também recomendando que todos os pacientes com diagnósticos de doença em estado inoperável ou metastático recebessem cuidados paliativos desde o início da abordagem oncológica Essa é a recomendação que não é feita tá lá é assim a Meca do cuidado oncológico do planeta

falando para fazer isso e eles não fazem porque que eles não fazem me inspira aí para a resposta sim para sua pergunta porque Apresentar eles não tem informação porque eles fizeram eu acho que não dá informação Ele tem muita dificuldade de dividir o doente né Eu sou dona doente imagina se eu vou dizer significa que eu vou fracassar como oncologista porque é uma coisa ou outra e mesmo dizendo que o paciente vai viver mais tempo ainda assim não se indica nós temos aí 2017 a gente tá aí para cinco anos e poucas coisas mudaram muito

pouca notícia 17 anos pensamos igual que já existe é triste dizer isso mas já existe até a ciência mostrando que demora assim em média né é médio isso pode ser até mais 17 anos por uma pesquisa ser implementada na prática Clínica né mas é triste isso né que na hora que você pensa assim tem evidência robusta já tem um tá numa diretriz assim desde a hora que eu tô encantada Aqui começou a contar história eu tô encantada em vários aspectos mas uma das coisas toda hora rabisco meu papel aqui até em questão histórica né pensando

na área que a gente trabalha que é consciência o quanto que o pessoal de hoje não O Privilégio que eles têm do volume de informação que está disponível por ele é na hora que a gente fala é eu considero Nenhum de Nós aqui muito velho mas a gente eu me informei em 2004 e naquela época Era exatamente como a Ana começou a história falando das dificuldades que não sentia informação eu tenho Encantada assim né já é como uma vontade de uma menina que você falou lá no início que talvez considerada mimada desde o início você

conseguiu segurar a sua vontade de investir numa área e o quanto que isso assim já ajudou muito e tem certeza que seu caminho é longo para implementar mais isso aí mas naquela época eu fiquei pensando assim deve ser muito difícil você querer fazer algo que você não acha informação e como era difícil ter informação que você gosta falou que ia na biblioteca de pedir bibliotecária de esperar três semanas hoje as pessoas até por termo de busca hoje tem tutorial tem vídeo aula tem artigo tempo bimestre tem Coca tem acesso que a pessoa fala assim se

fosse uma Ana né se você estivesse agora voltando ano passado com 20 anos agora e buscar-se alguma coisa a informação estava aí você ia achar você achasse especialista se você achar os artigos você achar as pessoas as Universidades as pessoas que falavam sobre isso e talvez você não teria trancado o seu curso de medicina aquela época você teria ida atrás dessas pessoas para te fortalecer para finalizar o seu curso de uma direção que você queria e as pessoas não usam essa informação aí hoje você chega no Marco na sua história agora em 2017 tem um

game Light que não muda nada é triste isso né porque a informação tá aí não ainda mas a informação tá aí como é difícil ela impenetratar né o meu olhar nisso é positivo na verdade você falou assim infelizmente eu ia falar a mesma frase você falou só que eu ia falar assim você é boa para te dar a Ana é 17 é recente lá para 2034 ele vai estar ele vai porque tá logo ali gente tá logo é muito louco isso acho que a gente podia conversar um pouquinho sobre isso sim é muito importante que

todo mundo que tá ouvindo o pbcats tá assistindo pdcast entenda que a publicação do artigo por si só ele é só um pedaço de informação mesmo as diretrizes de prática Clínica os guidelines em que sentam especialistas eles se debruçam sobrevivência e fala Olha a nossa palavra recomendação é essa para que isso se torne uma política Eu odeio a palavra política mas traz uma política de saúde aí depende até de Lobby Lobby mesmo corporativo tem que muitas pessoas não vão estar a fim de fazer isso é mas talvez um pequeno hospital vai tomar vai topar fazer

uma pessoa nas redes sociais como a Ana faz brilhantemente plantar a ideia e pode ser que isso exponencialize no futuro né a gente está montando as aulas aqui nós já estamos falando na frente o evento já vai ter acontecido a pbe wiki na pbway que a gente abordou cirurgias Ana então assim né eu já tô falando porque esse podcast vai ao ar depois dessas aulas que a gente vai dar a cirurgia ortopédica mais utilizada no planeta é meneciactomia né remover parte dos meniscos do joelho de pessoas que têm degeneração dos meniscos é plausível biologicamente faz

sentido é a cirurgia mais feita no mundo tem evidência robusta gigantesca publicado No new englas que não é melhor do que Placebo já há muitos anos de 2017 e sabe o que aconteceu na prática Clínica nada Todo Mundo Continua operando no menisco do mesmo jeito então assim igualzinho também mas o que eu acho que acontece é que existe um mundo é porque a Ana lê o naquele dia vai ter um monte de gente que não vai ler que não vai olhar e tal eu acho que de novo Tem que haver esses movimentos de informação sim

e professor chrismarck orientou eu e a Luna no doutorado uma das maiores autoridades em pesquisas esquelética do mundo ele fala ciência não é nada sem publicação Então temos que investigar Mas temos que publicar publicar é da publicidade para o resultado 2 publicação não é nada sem implementação E aí é o clínico é que põe então o papel dos cientista termina Teoricamente na data da publicação esse cara que fez respeito papel dele encerrou no dia que publicou ele fez a dele ótimo e ele deve ter publicado outras coisas e novos artigos foram publicados dali para frente

cabe ao Clínico pegasse informação e jogar na prática Clínica dele também e aí Ana são outros atores que entra nessa história como por exemplo você entendeu Como por exemplo esse podcast outros veículos E é difícil implementar assim como é difícil a ponte entre a publicação e a mudança de tomada de decisão Clínica não fora que você para ter mudança de assim na prática você tem que agir em muitas muitos espaços então eu tive a oportunidade com o livro o livro bateu 500 mil cópias a morte é um dia que vale a pena viver uau a

morte é um dia que vale a pena viver esse livro Ele nasceu a partir do Sedex eu fui convidada para fazer um TSE na faculdade de medicina primeiro convite que eu recebi eu falei assim não deve ser piada porque eu fui uma pessoa tão brilhante na faculdade descobrir a cura do câncer não sabe que não fiz nada eu aceito a morte quer dizer uma só vergonha só ovelha negra da faculdade aí Chamaram eu falei eu sou eu mesma é você mesmo aí eu aí eu fiz o Sedex Sedex a última notícia que eu tive tava

em 3 milhões e meio de visualizações da gravidade do que eu estava fazendo quando estava subindo no palco da faculdade que tinha aquela rodinha vermelha que eu fiquei meio na margem dela porque eu falei assim a gente precisa falar qualquer bobagem aqui vai ficar eternamente guardado no YouTube mas não foi muito assim tava muito inspirada foi muito bem recebido falar de cuidados paliativos e aí a partir do Sedex eu recebi o convite para escrever o livro o livro já tá traduzido em sete países que inclusive nos Estados Unidos [Música] isso não é uma onda acumulando

energia porque eu vou falar o seguinte ó eu vou contar nossa história rapidinho Lu 2010 quando ela voltamos do exterior a gente fez o trato fora a gente falava para lavar prática baseada evidência na fisioterapia a gente parecia um alienígena no palco então por exemplo nós temos uma base de dados tem uma base de dados Ana que chama Pedro que chama fisioterap eventos depois vou te mandar o link você dá uma brincadinha Ela tem todos os ensaios clínicos de fisioterapia são levados para lá e lá três pessoas julgam a qualidade metodológica desse estudo usando uma

escala de qualidade meteológica ou seja são fisioterapeuta ele não sabe nada de metodologia ele vai lá na Pedro pega a nota e ele sabe se ele tá lendo um estudo ruim ou bom isso é sensacional só tem na fisioterapia tá ela é de Sidney na Austrália então que eu sei porque eu me formei lá e é avaliado por pesquisadores pessoas que sabem muito avaliar artigo científico tá bem avaliado e o centro da base de dados Pedro hoje de avaliação de sal Clínica aqui no Brasil que eu e a Lu coordenamos isso então assim quando a

gente chegou em 2010 a gente falava assim Alguém sabe o que que é Pedro eles achava que Pedro era uma pessoa Pedro né Você entrava no auditório de evento presencial 500 pessoas Alguém sabe o que é capaz dela levava dois professores da USP de Ribeirão Preto sabe hoje você chega num palco e fala assim Alguém sabe o que que a escala Pedro todo mundo sabe todo mundo 100% da audiência sabe isso de novo 2010 13 anos depois todo mundo sabe quando eu falei quando era tudo mato a gente também falava será que eles ainda sabem

mesmo usar a base não mas pelo menos eles sabem que existe existe sabe eu acho que vai acontecer e pelo que você tá me contando aí Ana eu eu fico misturando as histórias eu acho que é uma onda pegando energia e Qualquer hora vamos tsunami e muda o mundo entendeu porque eu eu duvido que alguém vá ouvir esse podcast e não vai achar que é importante saber de cuidados paliativos quando ele pensar nas pessoas que ele mais ama na vida dele eu sempre faço essa alusão falo cara você não quer trabalhar baseado evidência se fosse

sua mãe que tal pensar na sua mãe em vez de pensar no seu dinheiro no seu bolso pensa na pessoa que você mais ama na sua vida na Lucila minha esposa nos meus filhos se você não gosta de gente pensa no seu cachorro Então você quer que ele morra sofrendo de dor é isso é isso mesmo pode dar qualquer tratamento para esse cara o cara muda ele volta para o mundo e fala Opa eu tenho que pensar um pouco que tal eu pensava assim era mais falou que até agora todo mundo quer ser cuidado nessa

hora ou ser cuidado ou que a pessoa que você mais ama seja cuidado com muito eh como é o zero que isso pode ser cuidado né da melhor forma possível né é Não existe livro de 500 mil de 500 mil cópias vendidas em 7 idiomas e um tedex de 3 milhões de visualizações sendo que ninguém tá preocupado que eu acho que a percepção é outra né Ana e acho que é o pior vê se concorda comigo ano e Lu a gente tem falado isso muito também né Lu é às vezes a gente sabe o que

deve fazer mas mudar de comportamento é muito difícil né é igual parar de fumar parar de comer doce para emagrecer então assim a gente tem evidência a gente muitas coisas que a gente tem que fazer a gente sabe tem que fazer mas mudar o comportamento ela é o gasto energético é muito grande né Fala pô eu também tenho que abordar isso também enquanto médico não ficar ocupado eu tô ali tentando resolver a vida dos meus pacientes e talvez não tá sobrando espaço o cara não consegue fazer isso eu acho que também ele tem que ligar

uma chavinha do comportamento eu acho que você tem se eu ouvir se você Eu mudaria o meu ou teria vontade de mudar quando lançou o livro é muita gente falava assim não vai vender nada né morte no título ninguém quer falar sobre isso eu falei olha bicho não sei se ninguém quer falar mas quero em inglês as pessoas querem ouvir então compra esse livro Ana você sabe todo mundo todo mundo público geral compra tá o público geral compra você sabe quais são as pessoas que mais me tocam de mensagem São pessoas que estavam decididas a

se matar Suicidas decidi que eu vou fazer medicina por causa desse livro encontrei um propósito agora eu quero continuar viva porque eu quero fazer psiquiatria eu quero ajudar as pessoas que estão vendo que eu tô vivendo então que legal as outras pessoas que leem escondidos em capa o livro para ninguém ver a capa paciente que ele é escondido porque se a família ver que ele tá lendo isso você está pensando vai desistir e tal então [Música] criativo não é desistir né Ana o cuidado para ti escolher viver e olha olha o conceito errado que tem

na cabeça das pessoas quando se fala em tratamento paliativo fica parecendo era uma coisa que tá na minha cabeça desde a hora que que a gente falou da porta falei eu queria perguntar porque eu tenho certeza que as pessoas têm essa dúvida quando fala paliativo dá impressão que vai dar só para ser sabe vai dar coisas que não precisa é tipo assim não importa o que eu dava né E aí paliativa vem do latim manto um talion proteção então é cuidados de proteção contra o sofrimento Então teve gente que quis trocar o nome Léo chegar

acho que chegou até publicar algum artigo sobre isso trocar o nome mas é engraçado tem um grupo eu acho que é se não me engano o hospital de câncer grandão que tem no serviço Pediatria começou a mudar o nome o bru era também tentou mudar o nome de cuidar de suporte então é suporte quer o cuidados integrais cuidados integrativos é cuidar do suporte E aí você muda o nome até as pessoas descobrirem o que que é quando elas descobre ela já param de encaminhar então isso dura mais ou menos de três quatro meses muda aumenta

tem o número as pessoas descobrem o que ela cai no encaminhamento então uma dificuldade universal de lidar com a relação consciente com a finitude então eu não mudo o nome é muita falta de conhecimento do que é o Ana Posso fazer uma pergunta capciosa mas essa é capciosa Eu nem ia te pedir autorização antes o debate da eutanásia é discutido entre os paliativistas essa essa fala o que o que onde que entra eutanásia nisso tudo a gente sabe para alguns países fazem no Brasil não faz você podia falar um pouquinho eu queria ouvir de você

sobre isso é uma área que corre em paralelo ao cuidado paliativo não faz parte do cuidado porque o Nosso propósito ela é aliviar o sofrimento e não acabar com sofredor legal E aí no início da minha história como entrevista como né uma voz audível sobre isso eu era convidada para uma mesa onde lá vamos falar sobre eutanás aí tem uma pessoa contra você eu falei moça Desde quando você acha que eu sou a favor mas você não mas você não faz cuidado paliativo assim fácil e você precisa conhecer mais sobre o assunto para não confundir

as coisas por isso que eu tô te perguntando porque eu acho que tem confusão mesmo eu penso assim é uma conversa de adultos e essa conversa de adultos não está disponível em países que ofertam menos do que 90% de acesso a cuidados paliativos da sua população então a gente tá falando 0.3% de acesso de cuidado paliativo no Brasil Portugal que acabou de discutir lá e aprovar a primeira infância não adianta nada nem 10% da população recebe Cuidado paliativo então a pessoa tem o sofrimento ou a morte ela não tem alívio então eu falo assim essa

discussão eu vou entrar na discussão dessa Entrou mas quando a pessoa chegar na pós-graduação porque não dá para você falar de neurociência para as crianças do maternal perfeito as pessoas não tem maturidade você vai fazer eutanásia você vai dar trabalho chama-se trabalho do luto você vai dar um trabalho para o qual você não tem nenhuma condição de contribuir para o alívio porque você já morreu Então quem ficar vai ficar com isso na fantasma na cabeça que você escolheu porque você não acreditou que poderia ser bem cuidado pela sua família você falou não quero dar trabalho

vai dar se conforma vai dar trabalho então o trabalho do luto eu acompanho o pacientes familiares de pessoas que fizeram eutanás é fora do Brasil Então sofrimento cotidiano nas pessoas não fica cooperam porque você vai para Suíça em busca de dignidade só que a experiência dignidade você deixa aqui no Brasil com a sua família a dignidade é você morrer de repente ou você tá com a sua família perto de você dá para levar todo mundo então eu acho mais grave que tem aqui no Brasil é você sedar o paciente fazer a seleção paliativa Como a

educação errada que é não prognóstico o paciente ela não tem prognóstico vai se dar falei moço não é por isso que você sabe um paciente por refratariedade de tratamento a um sintoma insuportável E aí o tratamento precisa ser refratário não o seu conhecimento você não vai indicar sedação Porque você não sabe tratar não tem pragnóstico E aí Léo as pessoas são sedadas sem saber que estão sendo saudáveis E aí você vai ter um índice absurdo de Burnout na enfermagem por conta disso porque paciente tá tá quente com essa Magrinho tá amarelinho tá mas tá tá

tudo bem tudo bem Doutora não tô sentindo nada e aí vem e liga a sedação Por que que é isso é um remédio precisa ficar melhor mas eu tô melhor não tô sentindo nada não precisa continuar melhor dessa para melhor isso é ridículo isso é crime é um crime maior Cuidado paliativo então você pergunta para a maioria dos médicos assim ah você vai chamar paliativista não eu sei fazer quando é insuportável o sofrimento de todos os envolvidos assim ai doutor não dá mais para continuar assim os paciente não recebeu cuidados ele só tava em tratamento

da doença de base então eutanásia eu eu não não vou te dizer que sou contra porque não sei julgar o fardo do peso que eu não carrego mas eu penso que a experiência humana da morte é uma experiência única mesmo para quem acredita em várias vidas encarnações aqui como a calça vou morrer uma vez e a minha sensação de uma cena ensaiada é tão menos do que a cena real se for bem cuidada então é um privilégio você viver isso recebendo cuidados e abrir mão do controle né que a outra experiência que a pessoa que

desejou nada não quer perder o controle a experiência da entrega né se entregar para o mistério que se você colocar lá Léo Costa no pubmed tem nenhum artigo sobre você você é uma experiência única dá uma amizade então porque não viver essa experiência sendo bem cuidado faz favor sentido 0.3% da população brasileira tem acesso ao cuidado paliativos é isso eu ia a luva é rica tem uma pauta que eu falei qual Cadê o acesso disso tudo isso público é melhor você responder é olha que novidade que surpresa é isso mas são muito poucos serviços Então

a gente tem ao redor de 200 serviços no Brasil a gente deveria ter perto de 5.000 aí Tem gente que fala assim na Cláudia você não acredita no milagre eu falei assim cara você não acreditasse em milagre não fazia isso todo dia porque era um negócio assim é um milagre você conseguir fazer mas tem lá o livro após graduação agora mudei as diretrizes de ensino da graduação de medicina sai uma cena da novela que 23 milhões de brasileiros assistem no Ibope então tem a frente para ativista que é uma frente política [Música] geralmente Geralmente as

pessoas criticam Quando Aparece alguma coisa do lado médico assim novela Então você ajudou a que legal tá tá assim é um universo que tá se compondo de várias consciências a consciência da população então a população chega no pronto-socorro pois eu chego assim ah eu quero receber o tratamento que ela adora da novela tá recebendo acho que é Cuidado paliativo para o meu pai quero isso aí o médico que tá lá de plantão é um cara que tá fazendo pós-graduação no tema é isso o chefe do serviço tá querendo fazer uma equipe de cuidado paliativo tá

de olho naquele médico que tá fazendo aposta Então você precisa dar criar sincronicidade sabe o oxo fala uma coisa que me inspira muito seja realista planeja um milagre [Risadas] mas eu acho que tá para acontecer é engraçado essas grandes esses grandes Odessa frase mudança de paradigma mas essas essas grandes mudanças da sociedade talvez precisa de um evento acontecer um evento acontecer Talvez a história da pandemia um monte de gente aí foi exposto eles falam cara era necessário ter algum treinamento para assinar 15 atestado de óbito por dia né Sai de uma UTI exausto morrendo de

medo de ser infectado e ter que ainda contar essa notícia para 15 pessoas lá em Manaus em um santo dia como aconteceu sim arroto né olha faltou oxigênio no hospital e morreu esse monte de gente então eu acho que essa coisa vai virar eu acho que vai virar o Lu deixa eu fazer uma pergunta que depois eu vou dar uma palavra para Ana Vai pensando o que que a gente tem que a gente já tá com uma hora e pouco de uma hora e meia Acorda você Eu nunca falei de espiritualidade Aqui as pessoas me

criticam e Alô porque eu sou um baseado em evidência que tem alguma Fé Mas eu não sou um cara espirituoso eu jamais vou conseguir eu acho que eu tenho a minha fé eu faço uma oração para mim mesmo todas as noites que minha mãe fazia em mim eu faço porque eu acho que ela é gostoso quanto meus filhos estão doentes eu faço colocar na mão na testa deles mas é um rito é um rito que foi aprendido para mim o que que você tem para dizer sobre espiritualidade cuidados paliativos como é que se lida com

isso tudo Bom O Tema espiritualidade é um tema que a medicina publica muito então se a gente vai no plano médio a quantidade de artigos publicados por brasileiros inclusive é muito grande o Brasil é um que publica muito só que a minha percepção é que o profissional que publica não é o que faz assistência que é o que você acabou de dizer a pouco né e muitas vezes a publicação ela tem muito a ver com a espiritualidade do pesquisador ele quer provar que existe E aí ele tem uma hipótese que ele não é um curioso

ele tem uma certeza absoluta quem em geral na espiritualidade você vai para um espaço de crença que tá num lugar de ontológico na sua cabeça que não é de custo-benefício E aí você quer provar isso então é um tema que me interessa muito e aí eu quando a gente vai estourar desculpa acho que foi em 2010 bom eu fui uma vez num simpósio sobre demência E aí nesse imposio a aula inaugural a aula que abre que abriu-se era de um pesquisador que publicou um artigo com um tema inquietante que era o preço da sua alma

uma um estudo por ressonância funcional de valores não utilitaristas E aí o estudo era mais ou menos assim pegaram voluntários não doentes e estabeleceram para eles a exposição a temas que poderiam ser considerados sagrados vida humana vida animal dinheiro trabalho saúde amor e aí eles definiam se aquilo era ou não era sagrado eles dentro da máquina de ressonância eles falaram isso não é sagrado para mim aí a máquina já está nas atividades nas áreas correspondentes E aí no segundo momento eles davam dinheiro para pessoa mudar de opinião sem dólares alguma coisa E aí passava de

novo o resultado comparando quem mudou de opinião e com as áreas que estavam acendendo E aí eles viram que assim já basicamente duas áreas na cabeça na cuca da pessoa uma área utilitarista que é o custo-benefício então assim a gente está aqui você me convidou para fazer o podcast eu vou pensar pô mas é bom ter que ficar duas horas ser período de trabalho qual dia que passa fico colocando vale a pena não vale a pena faz sentido Não faz sentido corre repercussão desse podcast mesma coisa vocês quando me escolheram ah vale a pena não

vale a pena ela é muito tá muito na rede social faz sentido Não faz sentido tá lá na utilitarista aí a gente pôs no custo-benefício desse Nossa vamos Eu já pensei que quando eu respondi você já tá na minha área de sagrado não utilitarismo sábado é não utilitarista a pessoa não muda de ideia com grana quando ela muda então o seu sagrado tá na área de vitalista Deus tem preço pode ser a vida do seu filho pode ter um culto alto você fala assim não não acredito mais em Deus não cumprir as minha expectativas rompe

a relação com o sagrado dentro do Cuidado paliativo aí eu gamei um pedaço da aula do cara que ele falou assim tem um lugarzinho na cédula gente que chama o pensamento de Deus idonizado pelos pesquisadores porque toda vez que você diz assim Deus pensa na na na na Deus fala tanana essa área que acende Então o que Deus fala é você pensando que você é Deus então tipo a gente não tem acesso essa chave do Mistério essa área também acende quando fala assim minha mãe mandou fazer tal coisa minha mãe aceitou assim alguém que manda

em você que você tem você dá importância na opinião então tem muitos Deuses na nossa vida que a gente valoriza a opinião e muda nosso comportamento por causa deles por bem ou por mal você pode ter um Deus que é punitivo que é Castiga enfim a religião ela é estrutura o nosso comportamento espiritual porque todos os seres humanos são espirituais porque eles têm uma noção de sentido de consciência de trajetória de vida e os outros não tem que as outras espécies não tem então mesmo sendo ateu você tem um espaço de espiritualidade na sua vida

que você considera O Sagrado o amor da sua família por exemplo E aí quando você se relaciona com essa crise espiritual você amplifica o alivia o Sofrimentos das outras dimensões então se você tem um corpo em religioso positivo é onde você é um parceiro do seu Deus Para viabilizar o seu bem-estar sua saúde enfim você tem uma condição muito melhor de experimentar bem-estar mesmo adoecendo mesmo no momento da sua morte se você tem culpa negativo o contrário qualquer pequeno problema é um grande problema porque você deveria estar entre os escolhidos e foi atacado dos Escolhidos

quando a gente fala de espiritualidade dentro do Cuidado paliativo a gente tá falando de uma avaliação de um sofrimento intangível que precisa de muito mais escuta do que Soluções e que o conhecimento técnico que eu preciso ofertar para os profissionais de saúde diz respeito a você conhecer das diversas religiões espaços por onde entra a luz porque todas as religiões tem um espacinho que entra luz então do mesmo jeito que eu decoro o dose de antibiótico efeitos colaterais eu preciso saber decora um versículo da Bíblia do antigo e do Novo Testamento eu preciso saber um pedacinho

do Livro dos Espíritos do Allan Kardec eu preciso saber o que diz o budismo na roda da vida eu preciso saber disso para que quando eu tiver em interação com aquele paciente que tem dependendo da religião eu posso ser muito clara nesta abordagem trazendo para ele às vezes o próprio paciente não abre a janelinha que entra a luz ele tá naquela escuridão naquelas trevas do processo de Sofrimento espiritual então se eu ofereço isso ele se primeiro ele se conecta se conecta em mim muito lindamente você conhece isso eu falei então eu estudo bastante mas se

você quiser me contar como é para você perante da morte é uma parte das pessoas não pensa nisso imagina vai dar tudo certo você tem que saber fazer perguntas para o paciente para que ele vá para lugares dentro da cabeça dele ele nunca entrou antes eu falo que parte da Morte você tem medo e a pessoa já Faz aquela cara de Opa essa pergunta ninguém fez Como assim você tem medo então aí hoje é o processo de Sofrimento Durante é o momento que desliga e o depois é o que você pode ver na sua espiritualidade

da sua crença não sei o que pode acontecer depois eu não morri ainda mas eu posso conversando com o paciente o que que ele acha que pode acontecer e se ele for para o espaço negativo do processo de espiritualidade eu convido ele para ir para o positivo da religião dele sem que a minha religião interfira eu falo profissional de saúde que tem uma relação abusiva com seu Deus não pode tratar de paciência em final de vida porque senão ele vai dizer bem feito você tá assim porque não aceitou Jesus no coração porque você não aceita

o tal ela tá oração ou porque não pode você não aceitar doente isso é é um estupro espiritual violento não pode sentir Então você precisa ter uma relação muito boa com a sua espiritualidade para que você não precisa distribuir lá para todos você encontrou teu caminho em cima dele uhum e aí você ajuda o paciente a ter clareza sobre o caminho que ele escolheu então exemplo o paciente chega e fala assim eu estou sendo castigado por Deus aí eu vou fazer bom tá bem Você já foi seu filho de castigo ou se você não tem

filhos se existe sobrinho de castigo sim o pai que põe um filho de castigo a mãe que põe filho de castigo que quer fazer para o filho ah que é educar você educa o filho que você não gosta que você quer destruir não você quer educar você se importa a verdade Doutora nunca pensei assim falei então se você tá sendo castigado por Deus que que você acha que Deus está pensando acerca do seu tempo aqui diante do castigo eu acho que ele tá satisfeito porque eu tô vivendo tudo eu falei então e que que você

aprendeu ele traz o aprendizado quando ele traz o aprendizado ele reconhece na cabecinha dele ela pensamento de Deus ativei isso se eu colocar o paciente Na ressonância o portão misericordioso quando ele deseja que o Deus dele seja ele perdoa que bom Então isso é muito complexo cara mas é complexo cara é complexo é exige treinamento Exige uma cultura Além Do Normal além desse longo caminho que é um curso de medicina ou de Fisioterapia ou de Psicologia ela demanda outras áreas que são puxadas assim eu tenho que muita gente não vai querer ir para esse mundo

porque é complexo que não é só um conhecimento técnico E aí ela tá em acompanhamento e ela queria parar o tratamento é um câncer de ovário aí ela veio para me passar em consulta comigo na fitinha de primeira vez ela coloca lá como é que eu explico para minha médica que eu não quero mais fazer tratamento falei moça vamos lá câncer de ovário não é uma Uma Sentença de Morte imediata Pode ser que você tenha muitos anos de vida com tratamento continuado mesmo com câncer avançado você pode romper a barreira aí dos cinco anos fazendo

tratamento mas ela fosse Mas a médica não sabe me explicar as coisas ela fala muito difícil e quando eu falo que eu quero que eu tô sofrendo muito ela fala que é assim mesmo mas eu não tô aguentando mais ela só acreditou quando eu internei eu tive que ir para UTI ela fala assim Ah então vou reduzir a dose eu falei assim bom eu vou te ensinar como é que você conversa vamos dar aula de más notícias para pacientes né como é que você empatiza com o médico como é que você faz ele se sentir

seguro e não questionado sobre o que a conduta dele e aí ela falou assim mas eu não consigo entender porque que ela não faz o cuidado para mim ela só quer falar para doença eu falei bom você é costureira não é então é assim quando a gente tá falando da doença a gente tá falando de uma barra de uma calça a barra de uma calça ela pode ser igual para todas as calças é um tipo de barraco que você vai fazer Tem um ponto específico a linha específica agulha específica Se você repetir isso em todas

as calças que você fizer na sua vida vai ficar tudo lindo perfeito isso é o direcionamento para doença você faz todas iguais o que a gente tem no cuidado paliativo é uma roupa sob medida Então ela é mais trabalhosa eu preciso medir isso a cintura medir seu quadril fazer o cálculo tal que seu ombro um pouquinho mais alto do que o outro quadrinho diferente tem uma barriga maior então assim quando você faz um tratamento que é otimizado para o seu contexto de adoecimento não de doença é mais trabalhoso Mas a pessoa tem como aprender a

técnica de fazer calça e fazer camisa e fazer golas porque você vai ter dimensões o sofrimento e é um conhecimento técnico complexo sim mas é arte não a arte é única você tem que fazer que eu falo que eu faço que nem o me inspira muito dois artistas que me inspiram muito Beethoven que compunha tudo aquilo sendo surdo por isso que eu acho que é importante a gente ter o talento para coisa porque ele falava que ele não se matou porque ele não podia sair deste mundo sem compor todas as óperas que desesperadamente clamavam a

existência dentro dele e o outro que me inspira muito é um michelange ele fala assim como se faz Davi ele falou assim ah eu olho vejo Davi e a hora que vejo Davi eu tiro tudo que não é Davi [Música] tá ali é uma pedra bruta esse ser humano a gente tem que tirar tudo que não é ele então eu tiro eu quero tirar o sofrimento que aí ele se expressa no mundo então é complexo mas não é impossível Ana Tem alguma mensagem que esses entrevistadores não fizeram que você vai falar que ódio esses caras

não falaram uma coisa que a gente tem que passar eu queria saber porque que os profissionais de saúde não indicam cuidados paliativos tem pesquisa sobre isso Ana tem pesquisa sobre isso fazer isso porque você não indica Isso aqui é uma pesquisa qualitativa não muito difícil de fazer da hora que eu fico só fazer você quer que a gente deseja isso é fácil porque é intrigante querer saber resposta é muito legal tá gente uma aulinha de evidência né Tem muita gente que brinca eu e a Lua a gente detesta tal da pirâmide de evidências né porque

ela coloca tipo assim o qualitativa é lá embaixo a pesquisa básica tá lá embaixo e Lá em cima tem uma meta análise maravilhosa é tudo errado aquilo é um conceito bem anos 90 de pvr e tudo porque esse tipo de pergunta em que a Ana tá tentando entrar dentro do cérebro do médico que tem as melhores intenções do mundo o que que você pensa sobre paliativo porque que você não recomenda O que que você pensa sobre isso quais você repercussões de colocar isso só pode ser respondida através de pesquisa qualitativa demonstrativo mas é a qualidade

é você pode ter uma coisa sem estruturada do lado mas é vai pegar em sites maravilhosos se você tentar entender isso eu queria saber o que é para poder tratar esse porque não porque eu percebo que por mais inspirada que eu possa ser em termos de ofertar as intervenções eu ainda dependo de um grande sofrimento do profissional médico para ele buscar esse aprendizado eu virei o jogo com essa coisa da pós-graduação O último é tá correndo agora um curso EAD avançado de cuidados paliativos multiprofissional e agora eu tenho quase 70% da turma é médico e

uma parte dessas pessoas decidiu fazer o curso porque me vê muito feliz sendo médico então eu falei assim que dor né você precisa encontrar a infelicidade antes de você fazer a boa prática mas eu queria entender porque de repente eu posso ter uma ação de intervenção diferente da que eu fiz até hoje perfeito Ana é eu tenho certeza que você tá entrando na cabeça das pessoas pelo que eu tô ouvindo eu não conhecia metade do que eu não conhecia 20% do que você falou aqui nesse podcast eu fiquei hoje e amanhã toda mexendo suas coisas

vendo vídeo lendo post um monte de coisa comentar na hora que eu botei seu nome até um milhão de conteúdo aqui é mas eu tô impressionado com o negócio do livro do sex shop tudo que você falou e tudo eu acho que tem uma onda pegando energia aí entendeu e eu acho que é isso mesmo é fazer esse 03 006 e ele ir em juros compostos bater 10% empatar com Portugal e vamos embora fazendo isso então assim eu queria eu não posso continuar muito mais que a gente tá com muito tempo já a pessoa para

ficar longo mas isso é ótimo é o número dois depois eu queria muito te agradecer mas de coração mesmo antes da gente se despedir a Ana pessoas palavras finais onde as pessoas podem te encontrar e eu sei que você tem informações sobre isso é a palavra é sua fala me manda todos os links que você tiver das suas formações das pós-graduações etc a gente colocar aqui no link da descrição para as pessoas encontrarem você para que esse episódio inspire as pessoas a fazerem mais cuidados paliativos com os pacientes bom não sou uma pessoa difícil de

achar então o tedex antes colocar a Ana Cláudia Quintana Arantes sai muitas coisas que já tem sido que eu já fiz né ao longo desses anos de Formação tem a casa do cuidar que acho que vale a pena as pessoas seguirem Se quiserem buscar a formação Então a gente tem as formações multiprofisionais e formações específicas de Capelania paliativa de sentinelas que são as doulas da Morte comunicação alternativa comunicação compassiva tem muitas formações pequenas médias e grandes que todas elas podem proporcionar uma mudança muito boa de visão de mundo e de prática Clínica tem meu Instagram

que tá muito voltado para esse conteúdo também direcionado para envelhecimento acho que talvez possa ser um novo episódio de Podcast falar sobre isso te para sair um filme agora em agosto um documentário pela Maria Farinha filmes agora só assistir de cinema nem fui para Califórnia um documentário sobre turismo que legal que legal muito legal que já tá pronto e aí então no Instagram eu tô roubando a clock em Tana antes tenho @ casa do cuidar Eu tenho um trabalho de assistência domiciliar em cuidados paliativos que a casa humana@ casa humana e o livro A Morte

onde é que vale a pena viver tem mais eu já publiquei cinco livros dois de poesia e três de cuidado na morte onde é que vale a pena ver histórias lindas de morrer filme também esse livro O último que é para toda a vida valer a pena ver que eu falo já falei já fiz muita luz no final feliz agora vamos falar durante feliz que a gente envelhecer E aí eu tenho o site que a cqaac inicial.com.br que também tem muita coisa muito conteúdo lá e eu acho que dá para me encontrar nessas coisas todas

eu quero falar antes de falar para você me compra Léo é porque assim olha eu nunca gostei tanto de gravar um pdcast igual a esse só queria agradecer não eu juro por Deus assim eu tô tocada de uma forma vou até me segurando para não emocionar várias vezes a palavra missão eu nunca vi tão representado uma pessoa como você você antes de escolher fazer medicina que geralmente nas missões nasce depois que já experimentou você já buscou uma formação de medicina porque geralmente as pessoas que faz medicina Eu Quero ser médico nem sabe por quê E

aí quando você fala assim antes mesmo de buscar medicina você tinha uma missão no seu coração de cuidar de ajudar e fazer exatamente os caminhos que Você percorre hoje e a sua inquietude e você foi transcrevendo a sua história e para onde está hoje assim eu fui apelar um livro você vai virar um filme Um documentário é você conseguiu Eu acho que o seu sonho da sua missão sua voz foi ouvida ainda será mais eu tenho certeza que eu te conheci aqui agora mas eu não vou deixar de acompanhar jamais que eu quero ouvir mais

dessa história que eu tenho certeza que o alcance vai ser muito maior do que isso já alcançou porque é muito lindo inspirador e na hora que você falou assim eu já tinha piscando você sabia minha foto tá toda repicada Embaixadora disso assim e na hora que você falou de Beethoven é meu coração ficou assim você é um Beethoven nessa área tipo assim que é tudo enquanto assim a sua alma Quer pôr essas obras na rua e você tá conseguindo Eu acho assim é muito brilhante ver uma única pessoa eu vou falar agora como professora pesquisadora

assim é como é difícil implementar algo como é difícil fazer ciência como é difícil comunicar entrar em contato com outros pesquisadores como é difícil fazer clínicos nos ouvir é paciente nos ouvir e você de algum de certa forma conseguiu na hora que você falou da Dora da novela não é hora que você falou do documentário e na dúvida do contato com pesquisador os próprios hospitais na hora que você falou na própria legislação de tentar mudar isso de fazer o que será um conteúdo transversalto que você falou do MEC é você conseguiu de certa forma que

várias partes que eu fiz e que bom que cada uma tá caminhando porque é isso para que algo grande seja implementado a gente precisa que todo mundo fale a mesma língua que os pacientes chegam pedindo que as pessoas que chegam isso de várias Fontes médicos querendo buscar esse conhecimento é hospitais querendo implementar algo pacientes pedindo algo pessoas falando sobre isso em qualquer lugar para que se vira um bumbum fazer Calma eu tenho que parar para aprender sobre isso vão o que que é isso medicina paliativa né Vamos aprender mais E na hora que você escuta

é tão lindo a missão é tão bonita é que todo mundo que escuta Na hora que você fala que todo mundo enxugou as lágrimas depois de meia hora de ser ouvido a sensação que eu tenho é essa que várias pessoas vão jogar lágrimas depois de ouvir esse episódio Principalmente as pessoas que não sabiam como eu nada sobre medicina paliativa e é um caminho tão claro de e na hora que mais assim não é algo que a Ana Cláudia a ideia dela só e é algo que já tem tanto embasamento científico né tanta coisa que já

mostrou que a importância de implementar Isso é só tá faltando o mesmo fôlego agora de implementação e que tomara que seja implementado muito mais rápido do que a média da ciência é a minha torcida que não gasta de 17 anos que seja uma aceleração um pouco maior é agora eu tenho que pensar numa ideia quem sabe a gente pensa até junto qual caminho que a gente pode trilhar para transformar esse modo de ver as coisas que para mim é tão claro algo replicável algo que possa se tornar boa prática de muitas pessoas para que todo

mundo possa fazer bem aquilo que já tá provado que faz bem então já sabemos fazer mas aí como é que você faz bem isso a coisa da comunicação as ferramentas me ajuda nisso já tá acontecendo não sei eu tô vindo aqui eu tô fazendo não deixava das coisas de prática mais evidências também que às vezes a gente é muito inquieto muito impaciente a gente fica revoltado aí na hora que você olha para 10 anos para trás você fala cara como as coisas evoluíram as pessoas estão sendo obrigadas a falar baseado em evidência até para vender

picaretagem a gente não falou de picaretagem no paliativo né Elas vão guardar mas não importa [Risadas] as pessoas vão usar desses rótulos até para ir na contra mão de tudo e é na verdade é bom porque as pessoas vão perceber isso né Ana Muito obrigado foi muito muito lindo muito legal que sorte a nossa né Lu a gente conversar com pessoas tão inteligentes assim eu brinco que o maior privilegiado do pdcast sou eu e a Lu mesmo né porque a gente pega o presente todo para nós prazer de conhecer pessoas inspiradoras sério demais em breve

te avisamos Luluzinha onde as pessoas te encontram pessoas me encontram sempre com aquele peppercast lá no Instagram no @lucila galera segue a gente no YouTube é a primeira coisa chamada tem que puxar ele todo mundo segue a gente nas plataformas de Podcast clica no like nesses vídeos nos tudo que vocês puderem tá para ajudar a gente fazer chegar e mais pessoas encontro o Léo léo_costa_pebe tá no Tik Tok ciência de verdade lá na Cracolândia das redes sociais do Twitter lcs 30 60 e aqui no nosso canal do YouTube que chama prática baseada em evidências tá

queridos amigos um super beijo se cuida e a gente se vê no próximo episódio um beijo tchau tchau [Música]