Fala galera tudo bem com vocês eu sou Francisco Porfírio professor de Filosofia aqui do Brasil Escola E hoje nós não vamos falar sobre um mas sim dois pensadores dois filósofos franceses contemporâneos é o filósofo Gil delz e o filósofo e psicanalista francês também Félix gatari inclusive né o Enem de 2021 trouxe uma questão ali de filosofia que citava um texto escrito aí a quatro mãos por estes dois autores dois autores bem interessantes assim para entender a complexidade que é o pensamento contemporâneo antes de passar pro nosso vídeo tá chegando aqui agora já faça sua inscrição
aqui no nosso canal Ative o Sininho para receber as notificações e já deixa o like aqui nesse vídeo que tá muito bacana vamos [Música] lá este tema que nós vamos tratar atar hoj deles gatari eh tá relacionado aqui com a filosofia contemporânea nós podemos nomear como contemporaneidade na filosofia toda uma produção que se inicia lá no século XIX aí mais ou menos né meados do século XIX eh que começam a tratar de temas que não eram debatidos na modernidade filosófica então a gente pode pegar autores como Arthur schopenhauer o freder nich né são autores que
estão começando a tratar um pensamento contemporâneo obviamente aquilo que está inserido então no século XX segue esta contemporaneidade mas nós temos aqui diferenças de tratamento destes assuntos nós temos por exemplo uma linha de pensamento que vai para a filosofia analítica uma linha do chamado pensamento da Filosofia Contemporânea Continental que é a filosofia não analítica né que não vai tratar de temas da linguagem que já está ligado a uma tradição mais estruturalista e uma certa tradição dessa filosofia contemporânea que está ligada a uma lingagem mais pós estruturalista quando nós falamos aqui de Pós estruturalismo estamos falando
de autores como o Michel Foucault por exemplo filósofo francês contemporâneo Michel Foucault H ja derda até mesmo o delz gatari por alguns olhares aqui por alum algum viés estão inseridos dentro deste Pós estruturalismo e há quem diga também que eles são chamados de filósofos pós modernos este termo pós-modernidade gera muito debate e nem sempre dependendo da utilização ele pode ser adequado acontece que o filósofo francês contemporâneo Jean François liotard cunhou o termo pós-modernidade na década de 60 70 para trabalhar toda uma nova visão de pensadores que estavam encaixados em um mundo regido ali pelo capitalismo
tardio né aquele mundo globalizado né e e eh e dividido ali um mundo que se dividia na verdade rumo à globalização por conta da polarização da guerra fria e os anseios eram novos e havia toda uma uma uma um exercício da mídia em cima daquelas pessoas o termo pós-moderno acaba ganhando muitas vezes uma conotação negativa como a gente pode perceber por exemplo na obra do sociólogo Bruno lur quando ele fala da condição pós-moderna a condição pós-moderna que também foi título da obra de Jean François leotard ela meio que trazia um diagnóstico e latur aprofunda nesse
Diagnóstico como sendo a pós-modernidade sendo algo muitas vezes negativo né que acompanha um declínio da cultural da sociedade então o chamar deles GAT Ride pós-moderno pode ter aqui um viés ideológico não é o que a gente quer aqui e vez ou outra né a gente pode reconhecer traços de um pensamento pós-moderno dentro da dos escritos de deles gatar mas é preciso tomar certo cuidado com a utilização do termo tá vou deixar aqui para vocês né a imagem esse daqui que vocês estão vendo é o Gil delz tá filósofo francês Gil delz e este outro é
o Félix gatari gatari tinha como formação principal ali a a como exercicio principal ah psicanálise né então ele é um psicanalista que tá envolvendo ali com a filosofia e ele e delz escreveram vários livros juntos bom pessoal como influências da filosof de de Delis gatari nós podemos nomear aqui principalmente Michel Foucault tá principalmente o delz ele teve uma interação muito grande com fouc inclusive Eles foram amigos né eles escreveram juntos também eles eles produziram algo juntos tá embora não tenham publicado um livro juntos como aconteceu aí a parceria entre Delis gatari Mas e o o
fouc já começou a produzir um pouco antes de deles e já era professor no colégio de France quando deles conheceu E aí né mergulhou no seu pensamento ã niet é uma das grandes influências tanto do Foucault que influenciou o deles quanto do próprio deles da da filosofia de gatari né da psicanálise de katari que em alguns momentos tá tá procurando ali em nit algumas H algumas inserções nós podemos pegar também aqui Baru de Espinosa nãoé o Espinosa o o filósofo moderno H que o deles ele determinado momento ali da sua formação antes dele começar mesmo
a escrita ã vamos dizer assim do seu próprio pensamento ele fez uma série de dissertações filosóficas sobre vários pensadores e se destacam uma dissertação sobre niet tá eh que se chama niet e a filosofia e se destaca também uma sobre o Espinosa o Espinosa ele é um autor que vai deixar ali uma carga conceitual muito muito grande dentro da obra de delez embora a o Espinoza estivesse inserido em um outro contexto em um outro momento daquela filosofia moderna tão diferente do que é conhecida essa filosofia pós-estruturalista contemporânea outra influência que nós podemos citar aqui para
o pensamento de ambos é a psicanálise de Freud Mas eles estabelecem uma crítica a essa psicanálise de Freud como vai aparecer ali em determinados momentos determinados escritos de deles gatari quando eles estão entrando em assuntos psicanalíticos vários são os livros que foram escritos pela parceria de lesg tahi eh eu trouxe aqui para vocês alguns dos principais escritos tá eh Nós temos dois livros que compartilham o subtítulo capitalismo e esquizofrenia e um deles inclusive possui cinco volumes no caso aqui estamos falando de 1000 platôs capitalismo e esquizofrenia obra dividida em cinco volumes uma obra bem extensa
e o segundo título é o anti-édipo né que também carrega o subtítulo capitalismo e esquizofrenia o mil platô Talvez seja a obra mais complexa e completa de deles gatari ele vai trazer aqui toda uma visão bem fundamentada bem fundada sobre o que se tornou o pensamento sobre o que se tornou a humanidade né dentro da esfera ali da filosofia até mesmo do indivíduo pegando o ponto de vista da psicanálise eh esse indivíduo inserido num mundo globalizado n esse indivíduo frente a uma economia que sofre as transformações que a economia sofreu no Século ao longo do
século XX Aqui eles já estão falando né numa segunda metade do século XX são pensadores bem contemporâneos bem recentes delz morreu em 1995 gatari morreu já nos anos 2000 na década do na primeira década dos anos 2000 Então são pensadores recentes se a gente for vou contar a história da filosofia que tem mais de 2.000 anos de tradição só de filosofia ocidental né a oriental tem muito mais são recentes né são bem contemporâneos são bem atuais o anti-édipo é uma obra que traz uma carga sobre essa crítica da psicanálise freudiana muito forte e muito interessante
nós temos também aqui um outro título que é cafca por uma literatura menor que aliás eh condensa que boa parte da da visão né que deles e gatari enxergam da filosofia dentro da literatura né uma aproximação muito interessante muito possível né E até legal de se fazer até gostosa de ser trabalhada essa aproximação da filosofia e da literatura e nós temos também o livro O que é a filosofia também um livro dotado de muita complexidade né porque ele vai tratar desse tema a filosofia né fugindo daquelas daqueles dispositivos daqueles aques gatilhos eh já tão construídos
ao longo da história da da da filosofia né como uma visão pura e simplista da metafísica como nós Estávamos acostumados lá a metafísica de Aristóteles ou até mesmo a complexa metafísica de kantes Mas eles estão passando por outros momentos por outras etapas eles estão buscando novos subterfúgios para a explicação deste tema complexo que é o pensamento filosófico bom podemos trazer aqui como alguns dos principais conceitos temas dessa obra de deles gatari a primeiramente a noção de diferença aliás um outro modo de se referir a filosofia de pensadores pós-estruturalistas como delz gatari e o JAC deid
é de falar de filosofias da diferença né em invés de ficar buscando a identidade como a a filosofia fez dentro daquela vertente tradicional eles estão buscando essa questão da diferença também podemos tratar aqui de intensidade multiplicidade fluxo dispositivo né vários são os conceitos que delz e gatari vão utilizar aqui dentro dessa Seara da do pensamento contemporâneo um par conceitual interessante que deles gatar trabalham é algo que já vem sendo discutido inclusive desde Aristóteles e desde a época medieval mas que eles estão aqui ressignificando que é o par atual virtual né deles gatari trazem isso paraa
contemporaneidade para colocar para explicar como que nós nos tornamos aquele ato e potência de Aristóteles o atual é aquilo que um ser é em ato né o virtual é aquilo que o ser é em potência e isso se torna muito interessante porque nós vivemos em um mundo hiperconectado esse mundo regido aí pela esfera da internet um filósofo tunisiano chamado Pierre Levi ele é um estudioso da chamada filosofia da informação ele busca justamente em de les gatari referências para explicar como que se dão as relações nesse nosso mundo hiperconectado no seu livrinho lá o que é
o virtual então ele tá fazendo o deles gatar fazem uma atualização muito interessante de algo que já era discutido lá na na Idade Média assim de uma maneira também muito interessante outra questão interessante um paradigma um novo paradigma do conhecimento que é o que eles chamam de rizoma isso aparece lá na introdução do livro mil platôs capitalismo em esquizofrenia na introdução do primeiro volume porque descart ele criou uma analogia para explicar o conhecimento através de uma árvore né Eh a árvore teria ali como o solo as raízes fincadas no solo a metafísica o tronco seria
a filosofia e as ramificações dos Galhos seriam as outras ciências deles gatari disseram que o conhecimento ele não é como uma árvore aquela árvore retilínea mas ele é como um rizoma rizoma são tipos de plantas né onde você não tem ali um um Ponto Central aquela Raiz com um tronco e as ramificações somente você não tem uma raiz única aquela raiz que gira em torno daquele aquele chamado peão né que tá fincado ali na terra e só aquilo você tem uma planta que ela tem vários pontos dessa raiz que se espalha pelo chão o que
que seria um rizoma seria a grama por exemplo né o bambu também nós temos o bambu que muitas vezes ele tem vários pontos de conexão com outros Bambuzais próximos ali né ou seja não tem uma raiz fixa ali mas você tem vários tá vários pontos dessa raiz deles gatari vão dizer que o conhecimento ele não é retilíneo ele se faz por conexões que são dispersas né então com isso eles explicam o conhecimento de outra maneira nós acessamos o nosso conhecimento de uma maneira muito diferente do que se pensou durante séculos milênios de aprendizado de desenvolvimento
dessa filosofia o pensamento ele é múltiplo ele vai para aquela multiplicidade e por último nós temos aqui a questão da sociedade de controle na verdade delez é que fala sobre isso e não foi um assunto que ele se debruçou que Ele estudou Mas é interessante dentro da sua filosofia ele deixou isso em uma entrevista para jornalista Claire parne inclusive isto está publicado num livrinho chamado conversações e ele deixa lá uma o que ele chamou de pós-escrito sobre as sociedades de controle ele estava fazendo aqui um contraponto à filosofia de Michel Foucault Michel Foucault falou da
sociedade disciplinar e do Poder disciplinar sendo exercido sobre os corpos das pessoas o delz viveu 10 anos a mais que foua e ele parece ter antevisto algo que nós vivemos hoje o poder ele não é mais esse poder disciplinar da da das instituições fechadas o poder dentro do nosso sistema capitalista contemporâneo do Século XXI ele é exercido de outras maneiras o trabalhador por exemplo não é mais cobrado que ele fique dentro de um espaço fechado mas é cobrado que ele trabalhe o tempo todo mesmo quando ele está em casa mesmo quando ele está em seu
horário de lazer através né das redes sociais do e-mail Hoje em Dia do WhatsApp né e de todo um sistema um mecanismo de vigilância que faz com que o trabalhador sempre esteja ativo sempre esteja eh em função das da empresa né e ele se cobra cada vez mais né então a gente desloca aquele centro de poder do gerente daquele que ficava vigiando o trabalhador né para o próprio trabalhador que começa a se cobrar aliás uma referência interessante um filósofo que vai pegar um pouquinho dis que delga tá falou né E fazer um contraponto com Michel
Foucault é o filósofo sul-coreano biun shuhan quando ele vai falar da sociedade do cansaço Inclusive tem uma aula aqui de sociologia do professor João Gabriel sobre a sociedade do cansaço dei uma conferida lá bom galera por hoje é só espero que vocês tenham gostado da nossa videoaula curtam compartilhem à vontade se você não é inscrito aqui ainda no Brasil escola então tá esperando que se inscreva e Ative o Sininho a até a próxima falou valeu um [Música] abraço