CORRUPÇÃO, PARAFISCAL E CRIATIVIDADE: o Brasil da Era Dilma voltou? | Market Makers #132

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Market Makers
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política fiscal é resultado de decisões políticas hoje em média 30% dos vetos do presidente caem então o congresso aprova alguma coisa o presidente veta o congresso diz não não vale o que o presidente vetou vale o que a gente decidiu você tem um ministro que com uma decisão individual anulou todas as provas da delação da odebretch seus ações isso aos olhos do investidor significa o Brasil voltou a ser o país da corrupção o Supremo entrou na política Então a gente tem um desbalanceamento que está gerando uma instabilidade política afetando a economia de duas formas insegurança
para investimento e insegurança no fiscal o governo tá determinado a cumprir o arcabouço fiscal no papel e para fazer isso ele tá colocando na receita coisa que não deveria entrar na receita ele tá tirando das despesas primárias despesas que deveriam estar lá tá todo mundo falando não tão repetindo mas estão repetindo em dose menor não vai dar problema mas isso vai crescendo com o tempo esse o governo ou ele sofre um problema de crise de confiança fiscal antes das eleições de 26 e não se reelege essa é uma situação e a outra possibilidade é esse
governo conseguir levar até o final sem ter uma crise fiscal Mas quando for reeleito vai viver o seu momento Dilma que vai est com as coisas com as contas muito deterioradas Existe alguma solução que não seja uma crise para que que a gente bote tudo no chão e resolva as coisas o que a gente precisaria seria de uma reforma do nosso processo eleitoral e isso é muito difícil de fazer porque essa reforma vai ter que ser aprovada por quem se benefici do atual sistema eleitoral pessoal do mercado financeiro vai continu podendo ganhar dinheiro com o
Brasil ou essa situação aqui ela pode descambar de uma maneira voltar a 2015 olha [Música] sim sim sim tá começando mais um Market Maker seja muito bem-vindo ao podcast da família investidora brasileira eu sou Thiago Salomão um dos fundadores dessa empresa junto com ele outro fundador e grande sócio Josué GES tá preparado josu Pô acho que hoje hoje tô ansioso ansioso temos um convidado a gente tava vendo aqui é a terceiro episódio que ele faz e a quarta aparição aqui no Market makers é uma das mais ouvidas aí pelo mercado quando o assunto é Brasil
Panorama fiscal enfim eh o Marcos Mendes ele já veio aqui em outras ocasiões e hoje a gente vai ter um papo sobre Brasil e até já Adiantei pro Marcos que a gente tá gravando Antes da reunião do COPOM então a gente não vai falar de COPOM porque quando esse vídeo for pro ar a decisão do COPOM já vai ter eh sido anunciada Então a gente vai poder focar bastante em todos os outros problemas do Brasil Que infelizmente são muitos só uma breve bild do do Marcos Mendes é doutor em economia pela Universidade de São Paulo
pesquisador do wisper e especialista em políticas públicas ele também foi chefe da assessoria especial do Ministério da Fazenda nas gestões do Henrique mereles e do Eduardo Guardia entre 2016 e 2018 ajudou a construir o o já extinto o teto de gastos onde também trabalhou na revisão do marco regulatório do petróleo na reforma da Previdência e na reforma da relação do Tesouro e Banco Central Marcos Mendes é autor do porque é difícil fazer reformas econômicas do Brasil porque o Brasil cresce pouco e é coautor de o Dia do Juízo Final enfim eh o Brasil não costuma
dar muitos títulos otimistas né mas eh eu quero dizer que é uma honra ter você aqui com a gente e a gente adora falar com você falar de Brasil você sempre traz uma visão eh muito técnica sobre assuntos que a gente que tá aqui dentro do mercado tá acompanhando o tempo todo então mais uma vez bem-vindo ao Market Mak Marcos não Eu que agradeço est aqui de novo com vocês é sempre um prazer e josu tem presente para o nosso convidado temos presente ele veio lá de Brasília não tinha como a gente não presentear el
nossos parceiros do Shop Together já prepararam ah agora já vem mais fácil até para AB fáil pro convidado Marcos isso é um presente pode se sentir lisongeado porque é uma camiseta exclusiva olha para quem é convidado É isso aí a camiseta da linha Essentials Shop Together essa só quem é convidado ganha muito obrigado que isso você merece e você que tá assistindo o podcast você pode entrar no site do Shop Together é na linha two Essentials e usar o cupom M makers 15 para ter 15% de desconto e dependendo de onde você comprar se tiver
em São Paulo por exemplo já chega em 24 horas o presente do Marcos aqui já tá separado você pode ir lá e aproveitar todos os produtos da linha che Essential dos nossos parceiros do shopt Together e temos um evento importantíssimo na semana que vem Jé ó você que tá vendo no dia que esse episódio for ao ar semana que vem anota aí ó dia 24 de Setembro próxima terça-feira vamos ter o small Caps Masters a gente vai chamar três investidores que já ganharam muito dinheiro com o small Caps eles vão abrir suas teses estratégias e
perspectivas para esse grupo de empresas eh o para você acompanhar esse evento ele é gratuito você pode retirar o seu ingresso no link que tá aqui na descrição do YouTube ou da plataforma de Podcast que você está ouvindo e e quem se inscreve vai receber um bite book que a gente fez na primeira versão edição né em 2023 Essa é a segunda que a gente faz do small Caps Masters que chama Titã do mercado são sete entrevistas que a gente fez com grandes investidores small Caps e que entregaram resultados consistentes aí H há muito tempo
eles lá eles contam a história deles como eles começaram no mercado estratégias grandes teses que eles que eles acertaram eu gostei muito desse material que a gente produziu Então quem se inscrever no small Caps Masters vai receber esse PDF aí exatamente então bom já tem conteúdo a valer para vocês que acompanham o market makers vamos dar início ao papo josu você até falou uma frase aqui ficou meio poético aí pra gente pode dar o start da da conversa com o Marcos com essa frase né da da plantar a sementinha é eu acho que é o
que tá todo mundo querendo saber aí né Eu acho que tem muitos ruídos Mas podem ter muitos sinais e ninguém melhor do que o Marcos aí para ajudar a gente a separar isso e entender Quais são os sinais e se a gente tá plantando né as sementes de uma próxima Crise de uma futura crise eu acho que tá todo mundo se perguntando isso bom eh a gente não tá vendo sinais muito alentadores nas decisões fiscais eh mas deixa eu dar um passinho atrás e tentar explicar como é que eu tô vendo isso numa perspectiva mais
de médio e longo prazo política fiscal na verdade é resultado de decisões políticas né da da da negociação política que existe entre os três POD deles e o que a gente tá vendo é uma desarrumação de e eh do equilíbrio de poder entre legislativo o Executivo judiciário eh Se vocês me permitirem voltar um pouquinho todo mundo fala em presidencialismo de coalizão no Brasil né porque o presidencialismo e coalizão o presidencialismo e coalizão explica tudo Qual é a ideia de presidencialismo e coalizão que o Sérgio Abrantes eh formulou antes da constituição de 88 ele basicamente tava
olhando o que que tava acontecendo no processo constituinte e deu uma sinalização falou o pessoal vai dar errado Eh o que eu tô vendo aqui quando você lê o artigo lá de tantos anos atrás do do Sérgio Abrantes é o seguinte é dizer o que eu tô vendo aqui é que você tá construindo eh uma constituição em que o legislativo tá tendo um arsenal de poderes muito grande Ah e isso vai nos levar a uma situação similar ao que a gente teve com a Constituição de 46 de 1946 e foi uma constituição em que ah
os presidentes eram tipicamente minoritários muito dependentes do congresso Ah e volta e meia se sentiam se sentiam incapazes de tocar eh de ter governabilidade tocar uma agenda de governo porque os interesses que existiam dentro do congresso eram muito fortes eh Ah e bloqueavam as decisões do executivo isso obrigava os presidentes da república a terem grandes coalizões eh eh dentro do congresso incluindo vários partidos eh e Essas coalizões eram muito difícil difíceis de gerenciar o Sérgio abrand olhou para isso e falou olha a gente tá desenhando uma coisa igual pro Futuro eh bom foi aprovada a
constituição e nos primeiros anos a coisa começou a dar certo as pessoas olharam e fala assim pô aquilo que o Sérgio Abrante falou não tá dando não tá acontecendo o governo os primeiros governos estão conseguindo eh negociar com o congresso tão conseguindo tocar uma agenda eh a não tá não tá havendo paralisia política como existia nos governos eh eh pós 46 e aí os os cientistas políticos foram olhar e falaram assim olha na verdade a nova constituição ela deu uma série de poderes pro executivo e o Executivo tá com conseguindo tocar a agenda política ele
tá conseguindo ter eh autonomia na agenda política tá conseguindo comandar a agenda política que instrumentos eram esses primeiro lugar as medidas Provisórias né Na hora que o presidente coloca uma Medida Provisória ele eh eh já fez uma um já determinou alguma coisa que tá valendo de imediato né e o congresso só a posteriore eh eh revisa aquela decisão ou não foi dado também ao presidente um poder de vetar tudo que que era aprovado no Congresso Ah o orçamento se tornou autorizativo e as emendas eh parlamentares só eram pagas se eh o o Executivo decidisse pagar
né isso deu um instrumento pro pro executivo para ele comandar a agenda do congresso e para ele fazer negociação eh eh política acontece que bom E aí não se gerou a paralisia política que você tinha na Constituição de 46 o que o que a gente tá vendo agora é que esses instrumentos que foram dados ao executivo estão desmoronando né então o que que era uma Medida Provisória no governo Fernando Henrique por exemplo lá no começo e eh no pós eh 88 você editava uma Medida Provisória aquela Medida Provisória não era votada pelo congresso o governo
podia ir reeditando reeditando reeditando e aquilo continuava valendo ao longo do tempo decisões do supremo e do próprio congresso foram diminuindo a potência das medidas Provisórias as medidas Provisórias agora tem prazo se elas não são votadas elas caem Elas têm que tramitar em comissão Ah então eh eh uma vez que elas têm que ser votadas os parlamentares conseguem emendar as medidas Provisórias conclusão Se você olhar as estatísticas no primeiro governo Lula ele aprovou 98% das medidas Provisórias eh do primeiro Mandato do primeiro ano de governo dele o primeiro ano do Lula 3 ele aprovou 27
por das medidas Provisórias que ele que ele mandou eh mais de 70% das medidas Provisórias que ele mandou caíram tá então essa foi uma perda de poder do executivo A Outra perda de poder do executivo que tá muito clara foi das emendas parlamentares as emendas parlamentares eram pequenas em valor e eram usadas ali como um mecanismo de eh barganha política só recebia o valor da emenda quem votava com o governo Quem era do partido da base na hora em que o congresso transformou as medidas as emendas em obrigatórias e multiplicou por 12 o valor dessas
emendas hoje em 2024 em valores reais as emendas parlamentares valem 12 vezes mais do que elas valiam em 2015 tá eh elas viraram obrigatórias e aumentaram tremendamente elas já consomem 1/4 da despesa descricion na área do governo então Outra perda de capacidade de negociação do governo ele não tem mais essa moeda para negociar a outra coisa são vetos presidenciais até 2013 nenhum veto presidencial era derrubado pelo congresso depois de umas decisões do do do STF e de eh decisões do congresso ficou mais fácil pro Congresso derrubar vetos e hoje em média 30% dos vetos do
presidente caem então o congresso aprova alguma coisa o presidente veta o congresso diz não não vale o que o presidente eh vetou vale o que a gente decidiu tá então a gente tá vendo claramente uma deterioração do Poder do executivo frente ao legislativo e o que que a gente tem no legislativo a gente tem no legislativo por conta do nosso modelo eleitoral eh parlamentares que comandam individualmente o seu mandato porque eles trabalham individualmente nas suas eleições eh eles têm que financiar as suas eleições eh um parlamentar de um partido X Ele tem que ganhar a
eleição não só dos adversários dele mas ele tem que ganhar também dos companheiros de partido dele ele tem que ficar em primeiro lugar na chapa para ter a vaga eh então você tem parlamentares trabalhando de forma muito individualizada e e recebendo muito dinheiro de emendas parlamentares e não precisando negociar eh eh com o poder executivo Então tá muito difícil pro executivo tocar a agenda dele e no e no judiciário O que que a gente tem no órgão máximo do Judiciário STF nós temos um um eh eh uma prevalência de decisões individuais frente a a a
a decisão colegiada e só para dar uma ideia eh já tô me estendendo demais na questão mas só para dar uma ideia eh eh da desestruturação institucional você tem um ministro que com uma decisão individual anulou todas as provas da delação da Odebrecht e e desmontou e abriu uma fila de requerimento de pessoas e empresas que tinham feito delação premiada para receber dinheiro de volta e desmontar suas acusações então isso aos olhos do investidor significa o Brasil voltou a ser o país da corrupção tá então você vê um um um grupo econômico que foi eh
um exemplo típico da da negociação eh e de casos de corrupção que ocorreram no passado tá com proeminência conseguindo junto ao governo eh Medida Provisória para facilitar sua aquisição de empresas de energia desconto nas dívidas de delação premiada eh e tantas outr eh crédito no BNDS eh ajuro subsidiado então fica a aparência de que o Brasil voltou a ser o país da corrupção tem um outro juiz que comanda dois inquéritos em que ele é o acusador eh e é o julgador ao mesmo tempo eh em que você não sabe exatamente Quem são os Réus o
o o o o inquérito das fake News vendo vindo desde 2019 eh sem previsão de acabar ah com decisões como por exemplo suspendeu o Twitter que é uma medida drástica né interfere tremendamente na vida das pessoas e sobretudo no campo comercial eh implicando a starlink que é uma empresa que não tem 100% de correspondência com com o Twitter implicando financeiramente a starlink no inquérito Então como diz o ministro Nelson Jobim o o o Supremo também virou um ador supletivo então toda vez que o governo não consegue alguma coisa junto com o congresso ele vai ao
supremo para resolver problema de lei das estatais problema de emendas parlamentares eh problema agora de gastar dinheiro fora do teto de gasto para lidar com a com as com com os incêndios então o o o o Supremo entrou na política né então a gente tem um desbalanceamento que está gerando uma instabilidade política e isso acaba eh diretamente eh afetando a economia de duas formas insegurança para investimento e insegurança no fiscal porque quando você tem eh desestruturação política você tem desestruturação fiscal também você por exemplo não consegue segurar despesa de mendas parlamentares Marcos eh assim você
você até falou que já se Estendeu bastante mas eu queria que você falasse um pouquinho mais disso porque todo economista daqui da F Lima gestor macro estão todos ligados na situação econômica do Brasil principalmente a fiscal até nesse dia que a gente grava a gente já viu alguns bancos estrangeiros revisando para cima o PIB brasileiro por do desse ano por conta dos resultados recentes da nossa atividade econômica mas isso nem de longe mostra uma super prosperidade a gente pode ainda tá né para quem vê o cobo meio cheio pode ser o Brasil Melhorou estruturalmente depois
das reformas do passado mas também pode ser muito muito estímulo muito incentivo ali que a gente ainda tá colhendo Eh esses frutos e isso uma hora vai acabar eh isso tudo Eu quero ouvir sua opinião sobre isso mas nessa linha do tempo que você falou aqui eu fiquei um pouco curioso de eh entender um pouco mais de quando começou essa deterioração hoje parece que ela é muito clara mas o teve o alerta lá do Sérgio Abrantes pré-constituição e o Lula 3 foi agora né então a gente teve aí um mais de 30 anos entre um
período e outro isso foi se deteriorando com o tempo se agravou muito mais agora nos últimos anos tem as duas coisas ao mesmo tempo né porque você tem um um modelo político de certa forma a constituição eh botou uma uma marra no Congresso eh e o congresso que tem muitos interesses regionalistas também o Sérgio Abrante chama a atenção disso né o regionalismo é uma coisa muito forte no Brasil é um país grande diverso desigual eh então o congresso vem ao longo do tempo tentando e eh desmontar essas amarras eh em que ele foi colocado e
num processo de negociação difícil com com o Executivo então por exemplo eh vetos presidenciais foi alguma coisa que acontece desde 2013 né medidas Provisórias vem sendo colocados limites às medidas Provisórias desde se eu não me engano 2006 né isso vem num processo gradual agora teve dois momentos em que essa coisa se intensificou eh que aliás três momentos eh em que a gente pode ver crises executivo legislativ quando os presidentes da república não jogam o jogo da negociação de formar a coalizão com o congresso quando os Presidente da República tentam confrontar o congresso nós tivemos três
presidentes da república que confrontaram o congresso o primeiro color Ah e sofreu impeachment o segundo Dilma e sofreu impeachment e o terceiro bolsonaro que só não sofreu o impeachment porque ele recuou e se entregou ao congresso e eh e eh basicamente abdicou de governar n na segunda parte do seu mandato entregou a casa civil pro centrão eh e deixou o congresso tomar conta eh as forças eh eh do centrão tomar em conta do governo dele então você pode ver que a expansão a aprovação de emendas constitucionais eh que aumentaram as emendas parlamentares aconteceram justamente no
momento de confrontação eh do executivo com eh o legislativo eh a resposta do congresso foi eh você executivo não quer fazer um governo de coalizão eh não quer dividir o poder conosco Então nós vamos tomar um pedaço do orçamento foi isso que aconteceu eh e e como contraposição você tem o governo temer que foi um governo temer que jogou a regra do jogo Então você olha lá a composição do Ministério do temer Era exatamente a composição dos partidos dentro da câmara né Eh e com muita conversa e muita condenação da casa civil você conseguiu aprovar
uma série de coisas dentro do governo T tudo bem que você tava pressionado por uma crise eh Econômica que faz as pessoas ficarem mais propensas a aprovar reformas mas a a jogar o jogo de formar a coalizão eh faz toda a diferença o problema é que isso se deteriora ao longo do tempo a população olha e acha ruim ver emenda parlamentar ser negociada em troca de voto a população olha e acha ruim ver minério ser entregue a a a determinados partidos que vão lotear aquilo lá então isso vai gerando um desgaste não é à toa
que a gente teve as manifestações de 2013 né já foi um sintoma de que a população não tava se sentindo bem com esse modelo político que a gente tem né E a minha preocupação é que a gente caminhe na direção do que acontecia no pós 46 1946 uma situação de desgoverno e e eh e crise sempre potencial porque você tem um desbalanceamento de poderes mas dá para dizer hoje então que embora a gente Olhe muito mais pro fiscal hoje a crise fiscal ela seria na sua cabeça a segunda crise mais importante do Brasil tem uma
crise maior eu acho que tem uma uma ameaça de crise maior de desestabilização eh ã das instituições e eu acho que de certa forma Ela Vem de um esgotamento fiscal porque enquanto você tem capacidade fiscal para ir pagando o preço desse modelo você vai levando né só que agora você não consegue mais aumentar emendas parlamentares porque não tem espaço fiscal para aumentar emendas parlamentares né Eh então a coisa O jogo vai ficando mais difícil que vai faltando moeda para bancar esse jogo né Mas qual o desfecho dessa história porque quando a gente faz conta do
Fiscal a gente pô se arrecadar aqui e diminuir ali é tudo uma algo tanto né tá no no campo do dos números isso pode gerar uma consequência maior Não não é simplesmente aritmética n você tá lidando com com pessoas né com relações como é que como é que soluciona isso bom como soluciona eu não sei também não sei onde vai parar eu sei que não cheira bem né o que eu posso te dar D é um Panorama do que eu tô vendo agora mudando um pouco o panorama do que eu tô vendo no fiscal [Música]
eh me parece que eh o governo tá determinado a cumprir o arcabouço fiscal no papel ou para inglês V como você queira dizer né E para fazer isso ele tá colocando na receita coisa que não deveria entrar na Receita como receita primária como esse dinheiro das contas bancárias privadas que estão indo pro tesouro que não deveria ser receita primária ele tá tirando das despesas primárias eh despesas que deveriam estar lá como por exemplo esse programa do gás que vai fazer por fora do orçamento programa pé de meia do ensino médio que já tirou eh e
tá carreando muita coisa pro lado financeiro já que o que conta na na meta é a despesa primária então a gente não faz despesa primária a gente faz despesa financeira vou te dar um exemplo aqui tem o fundo da Aviação Civil esse fundo da Aviação Civil é para reformar a pista de aeroporto eh melhorar atendimento e nos aeroportos e tal basicamente despesa primária aí aprovaram agora no Congresso a possibilidade desse fundo eh fazer uma despesa financeira que consiste em transferir o dinheiro pro BNDS pro BNDS D empréstimo para as empresas aéreas né então esse dinheiro
que antes bom E esse dinheiro do fundo da Aviação Civil quase nunca é gasto ele quase sempre é contingenciado e ajuda a fazer eh ajuste fiscal agora você não vai contar mais com esse dinheiro para fazer ajuste fiscal porque ele vai sairo vai ser gasto não vai aparecer nas contas primárias porque ele vai sair como uma despesa financeira e vai lá pro BNDS para financiar as empresas aéreas provavelmente com juro camarada né você tem vários os outros Fundos no orçamento que recebem receita primária eh e estão aumentando o seu desembolso financeiro por exemplo você tem
o Fundo Nacional de desenvolvimento da ciência e tecnologia esse fundo ele recebe um percentual de dinheiro de royalty do petróleo um percentual eh da Cid tem várias fontes de de receita que são carimbadas para esse fundo aí esse fundo pega esse dinheiro e manda paraa fep financiadora de estudos e projetos eh e quando ele manda esse dinheiro paraa fep ele vai esse dinheiro vai como despesa financeira não conta como despesa primária e a fep faz empréstimo aqui a fnep é uma empresa pública que faz empréstimo ah a carteira de empréstimo a liberação de recursos da
fnep subiu de menos de 3 bilhões em 2021 para 13 bilhões no ano passado tá o governo tá criando novas quase que seguradoras empresas para ficarem financiando é então ou seja como o governo viu que pelo fiscal ele não consegue fazer que ele alguma coisa ele vai ter que entregar de fiscal por mais frouxo que seja por mais que eh eh faça criatividade nas estatísticas fiscais ele vai ter que entregar alguma coisa ele tá tentando ir pelo lado do crédito pelo lado financeiro ou lado que a gente chama de parafiscal né então por exemplo foi
autorizado o BNDS a emitir letras próprias né a leitra eh LCD letra de crédito desenvolvimento e aí o o BNDS fica independente do Tesouro antes o BNDS precisava receber um dinheiro do tesouro para ter funding para fazer empréstimo agora o BNDS vai poder emitir a sua letra e eh e fazer empréstimos como ele quiser aí você me fala ah não mas só autorizou 10 bilhões só autorizou 10 bilhões mas o Conselho monetário Nacional pode aumentar esse limite quanto quanto quiser né ah então tem essa série de de instrumentos financeiros eu publiquei agora um Tiggo com
Marcos Deb a gente tá muito preocupado com a ingea que é uma empresa que não tem governança nenhuma não tem estrutura nenhuma e o governo tá querendo transformá-la numa securitizadora de créditos Imobiliários e uma securitizadora estranha porque o securitizadoras ah ah determinados ativos empacota e vende né ele faz a ligação mas a o que tá na no projeto de lei eh que permite a engia securitizar crédito imobiliário diz lá expressamente que ela pode vender os papéis com prazos e e taxas diferenciadas do e dos ativos que ela tá empacotando Isso significa que ela vai assumir
risco eh de diferen de taxa né E ela vai assumir risco de crédito também eh então você tá criando um mecanismo que não sabe muito bem como você vai gerenciar isso tá Como é que isso vai ser gerenciado na prática a lei autoriza uma coisa na hora de botar isso em prática o cara que quer fazer coisa mal feita ele vai explorar cada vírgula mal colocada nesse projeto de lei Tá certo essa mesmo projeto de lei tem lá alguma coisa que se tenta muitos anos quando eu tava no governo a nossa equipe lá foi contra
que é criar mecanismo de red cambial para investidor estrangeiro né Eh o fundo clima que é mais um desses Fundos que eh No Impacto primário vai se responsabilizar por dar Red cambial para investidores que supostamente vem fazer investimentos eh em Proteção Ambiental e inovação só que primeiro foi redigido de uma forma que qualquer tipo de de crédito eh qualquer tipo de operação cabe nessa história de inovação ou proteção eh eh ambiental e segundo não tá claro quem vai em quem vai cair o o o o o risco cambial o risco não some risco você muda
de colo né ou você dispersa divide ele com outras pessoas ou concentra e da forma como tá Rido ali parece que tá tudo concentrado no governo esse risco de crédito eh esse risco cambial né então então Eh tá se tentando eh fazer política de expansão econômica via estado pela Via parafiscal né que é uma coisa mais difícil de acompanhar mais difícil de controlar do que quando você tá olhando o que que tá acontecendo ali no orçamento que eu tenho falado é os analistas de política fiscal vão ter muito mais trabalho que não vai ser só
mais olhar os relatórios do Tesouro vai ter que olhar o que que tá acontecendo nas estatais vai ter que olhar o que que tá acontecendo nesses Fundos né eh vai ficar uma coisa mais complicada porque eh tá saindo de controle Ô Marcos no mercado algumas pessoas falam que o o ônibus que atropela é aquele que você não tá vendo né Eh eu tenho a sensação às vezes que a gente tá vendo vendo aí uma volta de alguns tipos de política justamente essas parafiscais que em algum momento já deram errado no Brasil né Parece que tão
tentando ressuscitar isso mas como que isso impacta no sentido de até o sal falou sobre a gente tá vendo o PIB projeções aumentando melhorando as pessoas e quando alguém fala a respeito do Brasil geralmente é olha lá o PIB e tal e Mas como que esse ciclo funciona no sentido do de você tá fazendo parafiscal Às vezes o estímulo responde mas chega o momento que ele não surte mais o efeito e a crise acontece você pode explicar um pouco essa dinâmica dos problemas que isso acarreta deixa deixa eu só te dar um número né que
eu tava olhando e uma coincidência muito interessante você pega a taxa média de crescimento do PIB de 2010 até 2000 eh4 antes de começar a recessão dá 3,4 por ao ano tá se você pega a taxa média de crescimento de 2021 até 2024 dá 3,4 por ao ano o que significa que o que a gente tá vendo hoje não é nada eh de eh diferente surpreendente todo mundo não porque as reformas melhoraram o potencial de crescimento da economia nós estamos tendo o mesmo modelo de crescimento puxado por estímulo fiscal estímulo parafiscal estímulo de crédito vindo
do governo Ah que puxa o consumo das famílias e puxa o consumo do governo e o PIB cresce muito bem que que aconteceu Depois desses 3,4 por em média de crescimento até 2014 Bumba né né a economia desabou entrou numa crise porque as políticas eh eh o fiscal não aguentou eh e as políticas de incentivo setorial maturar mal né Eh você deu crédito deu investimento deu subsídio e aquilo não virou capacidade produtiva s brasil virou sucata né Eh a Refinaria do Rio de Janeiro não entrou em operação eh todos os os investimentos do PAC pararam
pelo meio do caminho né então você gastou gastou gastou investiu e não gerou produto lá na frente e gerou uma série de distorções de mercado Então o que a gente tá vendo hoje é um estímulo parafiscal eh fiscal eh muito forte olha só o que que aconteceu desde 2023 para cá PEC da da transição 1,7 do PIB de aumento de gasto reindexação dos benefícios assistenciais ao salário mínimo né e o bolsa família que era menos de 70 bilhões hoje são 170 bilhões eh O fundeb que foi reformado lá em 2020 tá estourando de de despesa
pagou-se eh eh precatórios né Eh esse ano anteciparam pagamentos de de de precatórios Então tudo isso é estímulo fiscal uma hora isso acaba n uma hora isso acaba eh a gente não só não sabe quando esse esse é é a questão né Eh Então eu acho que esse governo ou ele tem uma sofre um problema de crise de confiança fiscal antes das eleições de 26 ou até mesmo perde o controle da da inflação antes de 2026 e não se reelege essa é uma situação e se ele não se reeleger a gente vai repetir o nosso
ciclo né que vem um governo arrebento fiscal aí vem outro numa situação de crise em que o mundo político aceita algumas reformas aí você reforma aí quando ti um pouco o nariz fora da água começa o jogo outra vez né Essa é uma possibilidade e a outra possibilidade é esse governo conseguir levar até o final sem ter uma crise fiscal de confiança fiscal sem perder o controle da inflação Mas quando for reeleito vai viver o seu momento Dilma no primeiro ano eh do próximo mandato que vai est com as coisas com as contas muito deterioradas
a gente tá falando de um aumento de dívida PIB de 12 pontos percentuais em um mandato só no momento o PIB tá crescendo PIB nominal tá crescendo bastante né então não é uma uma deterioração fiscal trivial então uma vez reeleito o governo vai viver o seu momento Dilma no primeiro no primeiro ano do mandato ou do quarto mandato você fez um paralelo até usando o PIB aí como parâmetro né do crescimento do Brasil Prise ali dos anos5 16 que tá parecido com o crescimento do Brasil agora nos últimos anos eh Não tô dizendo que a
gente já vai ter uma crise análoga a 2015 166 mas eh além desse crescimento do PIB que pode ser aquela Euforia logo eh que precede a a queda quais outros Paralelos que que dá para fazer com aquela época e quais pontos que hoje parecem até mais graves do que naquela época e até talvez pegando um pouco da agenda mais institucional é vou começar pelos pontos mais graves naquela época a dívida PIB era 53% do PIB eh eh em 2013 14 era 53% a dívida bruta hoje É 78,5 tá eh em 2013 na véspera da crise
a taxa de juros de uma ntnb de 6 anos tava aí na faixa de 4,5 hoje tá acima de seis então você tem uma dívida maior com uma taxa de juros maior né então o potencial de de deterioração eh de acelerar a deterioração é muito maior né Eh você tinha naquela época um bom de commodities que sustentava né Toda essa ah toda essa deterioração da estrut fiscal estrutural né Eh hoje você não tem mais isso né Eh junta eh esse fato com a historinha que eu contei no começo da entrevista de eh deterioração das relações
institucionais político institucionais que é algo que é difícil de consertar eh a gente fica preocupado [Música] né E que que você que que você vê de possíveis sinais assim que a gente pode estar enxergando nos próximos meses para para começar a falar P Olha só aquilo dali que a gente estava avisando Desde aquela época Olha o efeito um deles pode ser a inflação a inflação pode ser um efeito dessas políticas de estímulo tem mais coisa que pode começar a sinalizar de que realmente tá tomando um rumo que não é bom olha a inflação é a
primeira sinalização eh o segundo ponto é que a gente fica muito vulnerável ao humor externo então a gente pode dar sorte né o Fed diminui taxa de juros tem um pouso suave na economia internacional eh as coisas vão bem e a gente ganha um fôlego né Eu sempre falo que a gente embora a gente seja uma economia fechada a gente é muito dependente do exterior por conta da situação de exportador de commod né uma outra situação que eu vejo que pode eh deteriorar a nossa governança é o aumento da importância do petróleo na nossa pauta
de exportação a gente sabe que países com problema de governança com problema de divisão de poder interno que tem muita receita de petróleo se tornam politicamente mais instáveis né porque a receita do petróleo sobe desce sobe desce você vê o que acontece com os países da África vê o que aconteceu com a Venezuela né são países que eh em que o petróleo a receita do petróleo num num dia significa riqueza n outro dia significa eh tragédia né Então a nossa maior dependência de eh com relação às receitas de petróleo por um lado é bom porque
enriquece o país por outro se a gente não souber lidar com isso vai aumentar essa nossa volatilidade política né e e a gente tá vendo isso acontecer de dessa desse aumo gente vendo a gente bom o petróleo já é o já disputa ali com a soja primeiro e segundo lugar na pauta de de de exportação né a gente já tá vendo por exemplo que o Brasil tem uma empresa chamada ppsa que foi criada para gerir os recursos da sessão onerosa em que o governo já tá querendo usar essa ppsa para várias coisas inclusive para essa
política do gás né para ser um braço parafiscal então Além de a gente ver sinais da Petrobras voltando pro modelo antigo de atuação eh reativando refinarias reativando eh produção de fertilizantes eh reativando política de compra de eh de navios brasileiros caros e pouco competitivos e que nunca são entregues então a a Petrobras claramente já virou voltou a ser um braço de política fiscal do governo eh e agora você tem também a ppsa né Eh então isso aí é um terreno enorme eh para ser eh para ser explorado PPC é uma empresa que não precisava existir
tá eh você tinha um modelo de de concessão eh que sempre funcionou muito bem que poderia ser usado no pral tá não tem nada no modelo de de eh de partilha que seja melhor do que o modelo de concessão em termos de obter receitas de petróleo toda receita que você obtém no modelo de par você redesenhando a concessão você consegue Tá mas preferiram ir pro modelo de partilha modelo de partilha é o seguinte basicamente em vez da da petroleira da petroleira dar dinheiro pro governo para pagar pelo petróleo a petroleira dá os Barris de petróleo
d o óleo O que significa que o governo tem o custo de logística de armazenar Esse óleo tem o custo de vender esse óleo e por isso criou essa empresa N E aí essa empresa tá aos poucos ganhando mais e mais atribuições do governo ela não precisava existir tá certo eh Então é isso é mais um braço para fiscal que que o governo tem para para para explorar Marcos eu sem querer suar repetitivo mas eu eu queria explorar um pouquinho mais eh sobre quer dizer não é sobre as soluções mas e se tem alguma solução
para esse cenário que você desenhou porque assim eu vejo um cenário bem complexo pro Brasil porque não como você mesmo mostrou não é só um ajuste de contas né tem todo um um uma esfera institucional que talvez dificulte isso mas tem um ponto que até para para tirar o meu da reta né o até o Gustavo Franco falou disso quando a gente fez um evento com ele em Belo Horizonte virou um episódio recente aqui no mar makers eh que ele até falou o problema é que eu não sei qual é o objetivo desse governo que
está lá mas eu sei que não é econômico se não Eles não estão lá eh pelos motivos econômicos que a gente sabe que deveriam os planos econômicos deveram ser seguidos tendo em vista tudo isso se desenhou aqui Existe alguma solução que não seja uma crise para que a gente bote tudo no chão e resolva as coisas tem como ter o nosso Poo suave como você até falou do dos Estados Unidos é o Brasil funciona muito à base de crises né Você precisa ter uma crise para eh reorganizar a base política e eh e conseguir fazer
algumas reformas mas tem também um processo de aprendizado né que eh infelizmente é um aprendizado lento que gera resultados lentos Então vamos analisar um pouco o que que tá acontecendo com esse arcabouço fiscal a gente critica diz que ele é insuficiente eh que ele tá sendo driblado eh mas é melhor com ele do que sem ele né porque ele tem um efeito pedagógico apesar de da direção do pt não gostar e e e ir paraas redes sociais reclamar toda vez que acontece o fato do Arc bolso fiscal existir permite que os técnicos de governo vão
aos jornais dizendo precisa reformar o FGTS o seguro desemp precisa reformar o abono salarial não pode dar reajuste real do salário mínimo acima da inflação para sempre eh então o debate se coloca né porque ainda que o governo na margem esteja driblando e o arcabo eh isso traz transparência pro processo e traz uma discussão eh que de alguma forma avança alguma reforma acontece o que a gente percebe é que elas não acontecem em ritmo em volume é suficiente veja o que aconteceu com a reforma da Previdência que foi super mitigada né já estão falando da
necessidade de uma nova reforma da Previdência então de fato quando vem uma crise ela precipita reformas mais Eh mais intensas né Eh e o que me preocupa mais pela descrição que eu fiz aqui é que o que a gente precisaria seria de uma reforma do nosso processo eleitoral e isso é muito difícil de fazer porque essa reforma vai ter que ser aprovada por quem se beneficia do atual sistema eleitoral que são os parlamentares né Eh que que a gente tem hoje de sistema eh eleitoral a gente tem um sistema em que o Presidente da República
eh é eleito com voto majoritário eh e a Câmara dos Deputados é Eleita com voto proporcional os cientistas políticos mostram que sistema de voto proporcional tende a Gerar muitos partidos tá Ah não cabe aqui entrar em detalhe por quê ao gerar muitos partidos Isso significa que o partido do Presidente da República será minoritário no congresso e aí você gera toda essa necessidade de formar coalizões e etc né Eh E como eu vim a falando antes a outra característica da nossa eleição é que cada parlamentar tem uma um um uma a responsabilidade individual de financiar a
sua própria eleição se você tivesse por exemplo uma uma eleição com a chamada lista fechada em que cada partido diz o primeiro colocar a primeira vaga do partido vai para fulano a segunda vaga vai para beltrano para cicrano eh ficaria mais organizado mas não geraria uma uma briga interna no partido eh de um um candidato do partido lutando contra outro candidato do partido seja iia mais agregação partidária Ah isso não é simples de reformar e além de não ser simples de reformar a gente não sabe exatamente quais serão os resultados né porque o sistema político
tende a se adaptar às novas regras e e e a trabalhar com elas para continuar com os mesmos resultados que tinha antes você veja Por Exemplo foi aprovada uma reforma política em 2007 eh de cláusula de barreira que já está diminuindo o número de partidos né só que o que a gente tá vendo acontecer é que partidos estão se agregando tão tão eh se fundindo e dentro desse partido você pega o caso do União Brasil por exemplo é um quebra-pau danado não tem unidade partidária ali eh a liderança daquele partido não não fala pelo partido
inteiro né então não adiantou muito você ter diminuído de dois dois três partidos que viraram só se aquele partido ali não eh não tem unidade eh e continua a base de emendas parlamentares interesses individuais etc ou seja a gente a gente tem um modelo eh político eleitoral que é atípico por quê Porque sistemas presidencialistas raramente T eleições proporcionais pra Câmara em geral São eleições majoritárias como e por exemplo nos Estados Unidos tem um distrito pequeno tem o candidato Democrata o candidato Republicano eles disputam aquele distrito ganhou o Republicano ele representa aquele distrito ali né Nós
não nós temos eleições proporcionais dentro de todo o estado o distrito eleitoral é enorme isso gera e eh uma representação política individualizada e muito sujeito a lobis também eh sempre falo isso sempre dou esse exemplo se você tem um distrito pequeno eh não vai ter bombeiro suficiente naquele distrito para eleger o representante dos Bombeiros mas se você o se o teu distrito eleitoral é o estado de São Paulo e tiver um candidato no Estado de São Paulo que diz que é o candidato dos Bombeiros os bombeiros do Estado de São Paulo inteiro volta Nesse cara
e esse cara Vai representar os bombeiros lá na Câmara e aí todas as causas dos Bombeiros vão ser bem tratadas para esse camarada você tem a bancada evangélica você tem a bancada do rural você você tem eh a bancada dos sindicatos a bancada dos Servidores Públicos por conta desse modelo de eleição então eh eh o nosso sistema eleitoral torna o congresso muito permeável a interesses específicos que buscam H os seus interesses particulares e espalhando o custo paraa sociedade né então fica muito difícil você eh eh eh ter políticas públicas de caráter geral e ter equilíbrio
fiscal num ambiente em que todo mundo tem o incentivo a pegar um pedacinho e jogar o custo pros outros agora voltando só um pouco para pro lado pro aspecto econômico acho que Tirando a parte política eh olhando eh estritamente pra questão econômica do do atual governo eh acho que tem uma uma frase do do Lisboa muito que eu gosto muito que é o Brasil não é um país não é um país pobre à toa né Isso aqui é trabalho de profissional e assim do do que era esperado do PT eh pelo que eu tenho visto
e do que eu já consegui acompanhar parece que tudo que sempre foi feito está sendo feito novamente estou errado ou tem algo assim que está surpreendendo ou que eles também recuaram e não estão fazendo ou é a agenda de sempre é a mesma coisa que o PT sempre soube fazer é o que surpreende é que não não aprenderam eh eh que a agenda não dá certo né então a coisa sendo rigorosamente repetidas né em alguns casos eh dizendo não agora a gente tá fazendo em eh em dose Menor da outra vez nós exageramos então o
crédito do BNDS não vai subir para 4,3 do PIB Como foi lá em 2010 mas vai subir de 0,7 para 1,5 ou para 2% do PIB Mas é o mesmo modelo de direcionamento do crédito eh ah não mas agora o crédito não é mais subsidiado mais ou menos que já criaram uma série de exceções a tlp na lei que permite crédito subsidiado tr + 2% tr + 1% então isso vai acontecendo eh aos poucos né A minha percepção agora é que tá todo mundo falando não tão repetindo mas estão repetindo em dose menor não vai
dar problema mas isso vai crescendo com tempo e como eu falei conforme eh como a restrição do orçamento está muito mais forte né a tendência para ir pro Extra orçamentário vai ser muito muito maior Então eu acho que eh não houve Qualquer mudança de diagnóstico por parte dos economistas do PT eh eles acham que esse modelo é o modelo correto você tem que estimular consumo ah que isso é que vai fazer crescer que o consumo tem um efeito multiplicador enorme que o o consumo induz investimento E aí e você gera como um Moto Contínuo né
o governo gasta as pessoas consomem o empresário vê que o governo que as pessoas estão consumindo investe mais e aí o o o empresário investindo mais a economia cresce arrecada mais imposto aí o governo gasta mais ainda e você vai nesse Moto Contínuo isso nunca deu certo nem aqui nem em lugar nenhum né Eh e me parece que não houve uma uma revisão de Diagnóstico eh ainda que haja eh uma parte do governo na área econômica tentando fazer algum ajuste fiscal eu acho que não tá sendo suficiente agora sempre que entra nessa questão desse da
questão do Moto Contínuo não funcionar e eu vejo por aí alguém tentando fazer uma comparação desse modelo de crescimento econômico e leva pro lado da China né como se a China fosse um exemplo do que poderia ser aplicado aqui no Brasil por que que essas coisas não não não podem ser comparadas e e a gente não consegue Digamos fazer o que a China faz e nem sei se foi isso que a China fez também nom primeiro lugar em primeiro lugar o trabalhador brasileiro ia ter que aceitar trabalhar como trabalhador chinês que não tem FGTS não
tem seguro desemprego eh não tem assistência social trabalha 12 horas por dia trabalha no final de semana também eh o o regime e a justiça do trabalho também ia ter que aceitar isso né Eh em segundo lugar a gente ia ter que dar um jeito da poupança agregada da do Brasil pular de 16 17% para 50% do PIB que é o que acontece que acontece na China né eh então é um uma uma situação totalmente não comparável eh em terceiro lugar a gente ia ter que aceitar que o nosso modelo de desenvolvimento teria que ser
voltado para fora para exportar e portanto aceitar também abrir as importações eh para ter insumos e capacidade de de produzir eh produtos eh de qualidade que pudessem ser aceitos no mercado internacional e portanto acabar com o nosso modelo de substituição de importações da do qual a a tradicional indústria brasileira não abre mão então é um modelo completamente diverso né é um modelo completamente diverso e não comparável a tentativa de fazer um paralelo que não para de pé em relação a não para não para de pé eh você dizer que eh existe muito essa conversa de
que ah o mundo inteiro faz política Industrial Tudo bem mas vamos ver que tipo de política industrial o que se faz né você pega o Dani rodrick que é o cara da academia que eh é mais favorável à política Industrial você tem um paper receita dele com com coautores que ele fala eh Quais são as precondições para uma política Industrial dar certo primeiro você o governo tem que ser capaz de abandonar os perdedores quando perceber que os caras não deram certo né aqui no Brasil você não abandon na perdedor nunca você tá sustentando a Zona
Franca de Manaus há há quatro décadas segundo lugar tem que ser voltado paraa exportação eh e não pode fazer proteção de mercado interno é tudo que a gente faz aqui né em terceiro lugar você tem que limitar a relação setor privado setor público não deixar Tem que criar mecanismos institucionais para não deixar os lobes tomarem conta eh da política setorial que que é o nova indústria Brasil que que tá dentro da governança do novo indústria Brasil todas as Confederações eh eh de setores industriais tem acento na governança Do nov indústria Brasil né as empresas que
são objeto da política estão dentro da governança da política quer dizer isso não pode dar certo né Eh então tem política industrial no mundo todo tem mas a gente não cumpre as as mínimas condições para que isso tenha alguma chance de dar certo é difícil sair otimista desse cenário mas até Como o próprio Marcos já disse numa numa aparição aqui no Market makers com uma economista de mercado que acho que foi a primeira frase da conversa não sei se você vai lembrar mas que acho que resumiu bem Como é que é a visão de um
economista de mercado um economista um um pesquisador mesmo um que eh não não tá com pendo o mercado no no dia a dia que eh a Marcela tava até a Marcela Rocha outro economist até com uma visão um pouco mais otimista ou menos pessimista aí você até falou não é que eu eu tô vendo o a situação como como eu enxergo aqui através dos meus estudos mas o o economista do mercado financeiro o Brasil não precisa necessariamente bombar para ele ganhar dinheiro Basta apenas que ele se mantenha na mediocridade eh ou não não desamb para
que ele consiga performar Fiz todo esse preâmbulo para fazer essa pergunta pessoal do mercado financeiro vai continuar podendo ganhar dinheiro com o Brasil ou essa situação aqui ela pode descambar de uma maneira voltar a 2015 olha eh tem algum risco sim de você ter uma crise mais forte tanto pelo lado do desarranjos institucionais eh quanto da piora do ambiente de negócio não é pouca coisa o Brasil voltar a ser visto como o país da corrupção não é pouca coisa o Brasil ser visto como um país que não respeita osos eh os direitos dos dos acionistas
minoritários e portanto o Supremo Federal vai lá e congela a conta de uma empresa eh declara a a consolidação eh eh substancial de x e starlink vai lá eh eh eh bloqueia recursos da da starlink então isso cria eh eh um ambiente bastante negativo eh pro país mais as fontes de de desajuste intern que nós temos Pode sim gerar aquele ambiente de disfuncionalidade Eu lembro dessa conversa com a Marcela eu falei olha a preocupação do cara do mercado é de você não entrar em ambiente disfuncional enquanto você tem previsibilidade ainda que seja uma previsibilidade de
mediocridade uma previsibilidade de ir para baixo Eh tudo bem O cara sabe operar né Eh agora quando você abre um um um um espaço de eh eh grande incerteza aí fica mais difícil operar né e o que que seria um um quadro de grande incerteza é um quadro similar ao quadro de eh 2000 começou na metade de 2014 que a economia começou a desabar e você não sabia onde era o fundo do poço né eh e aí eh por conta do o desabamento da economia a fragilização do governo você abre um processo de impeachment que
é uma pancadaria entre legislativo e executivo que você não sabe onde vai parar né felizmente eh as instituições conseguiram contornar bem a a aquela aquela situação mas gera ã uma incerteza medonha né a economia desabando a economia caiu 7% em 2 anos né você não sabia onde era o fundo P você conversava com os políticos conversava com o pessoal de mercado onde é que esse troço vai parar onde é que isso vai parar né Eh Imagino que se o governo Dilma tivesse continuado a deterioração ia ser eh mais esticada mais alongada a gente ia eh
ter uma perda maior né então quando você começa a ver os números da Economia em parafuso para baixo e os políticos não conseguindo se entender isso gera uma situação de bastante eh ansiedade hum Ô Marcos você acompanha bastante ali os bastidores de Brasília né Eh eu já ouvi algumas vezes alguns tipos de análise sobre o processo de impeachment da Dilma em que algumas pessoas TM como um ponto de de referência de uma desorganização institucional principalmente da interferência do STF ali dentro aquela questão do fatiamento do processo da Dilma né que aconteceu pelo Lewandowski eh você
tem alguma análise sobre Quais foram os pontos ali em que as as questões foram sendo fragilizadas você en esse como um ponto de ruptura em que as coisas começaram a a ter uma fragilidade institucional em relação ao ao equilíbrio dos poderes ou você acha que esse ponto não não foi tão central assim em toda essa história do que a gente viveu desde então bom o primeiro o o impeachment em si né e vou fazer o paralelo com a frase feita de desastre de avião avião nunca cai por uma causa só né O impeachment não acontece
por uma causa só você teve ali um fenômeno de fronto político de eh economia caindo em parafuso incapacidade de interlocução de governo e etc depois veio um segundo momento eh de tentar eh mitigar as consequências do impío né Por decisões do do STF o próprio congresso Decidiu não caçar os direitos políticos da Dilma Dilma foi depois candidata ao Senado ao Senado né numa flagrante de num flagrante de respeito da Constituição Porque a Constituição dizia fez um impeachment automaticamente eh caça os direitos políticos eh e aí entra em cena o stdf com esse tipo de de
medida a que eu me referi anteriormente como um legislador suplementar né você tomando decisões no STF que não necessariamente estão escritas na lei na constitui para acomodar uma situação política específica né Então essa esse tipo de eh de procedimento Vai enfraquecendo sim eh as instituições ao longo do tempo você vai perdendo a confiança no STF como um árbitro do jogo né Eh hoje tem pesquisas aí o Carlos Pereira tem algumas pesquisas que mostram de de opinião que mostram que eh a aprovação ou reprovação do STF depende fortemente se o cara é lul É petista ou
bolsonarista né então no momento em que o bolsonaro tá sendo eh pressionado pelo STF os bolsonaristas detestam o STF e os lulistas adoram o STF no passado quando o o STF tava apoiando a lava-jato e botando o PT no corner eh os lulistas detestavam o STF e os bolsonaristas eh eh exaltavam com o STF Então na hora que você partidarização da sociedade sobre o STF tem alguma coisa errada né Tem alguma coisa errada aind n Ô Marcos aproveitando sua presença aqui a gente falou aqui de vários problemas e e acho que no fundo também é
o que ganha repercussão Mas você como acompanha ali profundamente e teve no eh participou ali da do testo de gastos como a gente falou da formulação dessa política que foi importante ali de estabiliza econômica do Brasil eh existe uma sensação também de que existe um Brasil que dá certo né existe um Brasil que funciona que progride E como que é sua visão do que que tem dado certo no Brasil e o que que a gente pode aprender nessa área para se a gente fosse tentar colocar ela em outras o que que é esse Brasil que
produz o Brasil que dá certo e para onde que a gente tá indo também nessa nessa direção vou te dar exemplo de uma empresa que dá muito certo por acaso ontem até li uma entrevista do presidente dela nos jornais que é a Veg né né que que é a Veg é uma empresa que trabalha pro mercado externo Ah que não precisa cumprir eh compromisso de conteúdo local Ah que investiu em tecnologia e hoje tá em inúmeros países do mundo uma empresa lucrativa né Eh porque é uma empresa que eh trabalhou pro mercado Ah você olha
eh O agronegócio com todas as dificuldades eh que existem com relação ao agronegócio muitas vezes não há respeito a regras ambientais muitas vezes se critica que o agronegócio não paga imposto e realmente paga muito imposto que o agronegócio recebe subsídio mas essencialmente mesmo que recebesse subsídio mesmo que não pagasse muito imposto se O agronegócio não se virasse pro pro comércio internacional e ficasse produzindo feijão para arroz para vender pro brasileiro não seria a potência que é hoje então O Brasil precisa descobrir o mundo o Brasil não pode continuar Como ele sempre esteve voltado para dentro
e achando que tem mercado interno suficiente para e eh dar conta né Tem um um um trabalho de um colega Carlos gos que acabou de ser premiado no AMC e o trabalho dele mostra exatamente que o potencial de aumento de produtividade e de crescimento econômico eh decorrente da abertura do país pro comércio internacional é muito muito maior do que a teoria e eh e os papers anteriores imaginavam porque você tem efeitos diretos e indiretos que são muito fortes ah eh e portanto impulsionam o crescimento de economia e você olha os os os países que decolaram
e conseguiram romper a a armadilha da renda média todos eles focaram e eh na expansão do comércio internacional Coreia ah Singapura E por aí vai o próprio Chile né você tem que ter uma uma arrumação interna você tem que abrir sua economia tá senão você não absorve tecnologia você não não compra insumos mais baratos você não atrai trabalhadores mais baratos para você trazer um engenheiro estrangeiro para trabalhar no Brasil a restrição regulatória é imensa né Eh você vai trazer um engenheiro de Harvard para trabalhar em Tucuruí no Pará a Universidade Federal do Pará vai ter
ter que conferir o o o histórico escolar dele para ver se Harvard ensinou engenharia direitinho para ele né e até onde eu acompanhei a empresa que contratou esse Engenheiro brasileiro vai ter esse engenheiro que veio de har vai ter contratar um outro Engenheiro brasileiro para trabalhar do lado dele para ver se ele tá fazendo as coisas direitinho né então você tem exigências regulatórias e protecionistas tão fortes que a gente não consegue introduzir eh conhecimento tecnologia eh dentro do país e aí a gente não não vai adiante o que funcionou no Brasil até hoje foi quem
apostou no no mercado externo eh você citou o O agronegócio mas a a Veg uma empresa que nossa audiência conhece muito bem né é uma das Talvez um dos melhores casos de sucesso da bolsa brasileira mas ela é uma exceção que foge da regra do Brasil em outras palavras por que que as empresas não se espelham nisso são as empresas é o o Brasil que não incentiva isso eu não conheço a a a em detalhe A Veg ela me chama atenção há muito tempo não não conheço a história da empresa mas me parece que eles
não caíram na armadilha do protecionismo de ficar Virado pro próprio umbigo e foram correr atrás do mercado internacional a maioria o que que faz monta um tremendo Lobby em Brasília para ficar eh brigando por tarifas protecionistas mais alta subsídios e isenções tributárias né Eh em vez de eh eh fazer pesquisa tecnológica fazer pesquisa de mercado e brigar por mercado lá fora que é uma tarefa muito mais difícil me parece que a Veg encarou essa eh esse desafio E trabalhou de forma diferente do que eh do Industrial médio brasileiro e para tem mais uma josu eu
tenho Então manda aí que ah eu tava querendo que o Marcos explorasse um pouco mais onde que tá o nó dessa questão da gente ficar olhando sempre pro interno achando que a gente vai desenvolver o país olhando isso o nó é é uma questão Legislativa ou é uma questão da de quem faz a política pública mesmo ou o brasileiro se acostumou com com esse mecanismo de ficar correndo em Brasília subsídio e tá tudo bem aqui com o meu não isso tem uma questão de dependência temporal né você montou lá atrás nos anos 40 com o
Getúlio Vargas um modelo eh de industrialização baseado em e planejamento estatal empresas estatais e proteção a a à indústria Nacional porque a mentalidade era essa que você precisava ter uma substituição de importações e isso é que iria fazer e a o país Decolar né Eh com o tempo se aprendeu que isso não dá certo né só que você já tinha constituído interesses eh que tornaram isso e eh consolidado no país por exemplo na hora que você faz uma zona franca de Manaus ah e e as pessoas vão morar lá vão trabalhar lá tem empresas lá
para você desfazer o incentivo da Zona Franca de Manaus você vai criar um vazio econômico ali né então você gera um grupo de pressão tremendo para que aquilo não acabe nunca né Eh e fica muito difícil você desmontar essa eh esse modelo por exemplo Ah no governo gisel você criou lá segundo pnd etc e tal criou uma indústria de base no Brasil que não é competitiva internacionalmente então a a nossa indústria de bens de capital só sobrevive à base de muita proteção e muito subsídio então o cara que vê que só sobrevive à base de
subsídio de muita proteção ele vai investir tremendamente em Lobby né porque sem o Lobby ele morre né então e eh até hoje a gente P Vai paga e vai continuar pagando a conta daquela decisão de uma política de eh eh de estímulo à indústria de base que foi feita lá no no governo gaiso né eu tenho uma mas é mais para encerramento você quer Posso para tentar fechar com um tom mais otimista acho que o o papo eh bom acho que foi mais realista mesmo acho você trouxe sua visão sobre muita coisa aqui eh mas
acho que essa pergunta do josu foi legal para ver as coisas do Brasil que dão certo e queria saber na sua opinião se tem alguma coisa no Brasil hoje que tá no usando um termo do mercado no seu All Time High isso aqui no Brasil tá no seu melhor momento isso continua evoluindo tem alguma coisa algum setor que você consegue ver uma um grande momento no Brasil Ah essa eu vou escapar porque eu não acompanho setores Então para mim é muito difícil essa é muito difícil para mim então tá então essa vou deixar no ar
aí a gente explora melhor uma próxima mas o que você não vai escapar é o ping-pong esse é o momento mais divertido aqui a gente vai querer saber os livros a música e um convidado que o Marcos Mendes gostaria de ver aqui no Market makers precisa de eh precisa de criatividade né porque se ele já falou um livro para cada vinda aqui já vai ter a biblioteca Marcos Mendes pois acho que depois da terceira a gente pode falar que o convidado Não precisa mais né é não mas hoje é a última então Eh Marcos primeiro
um livro de mercado de Economia enfim um livro mais técnico bom eh eu recomendaria até pra gente entender o momento que a gente está vivendo hoje o livro póstumo do do Afonso Celso Pastore eh que eu não tô me recordando o nome do livro agora foi lançado de chamos aqui eh alguma coisa como Idas e Vindas da estabilização caminhos e descaminhos da estabiliza isso da estabilização não é Idas e Vindas e caminhos e descaminhos da estabilização né É isso aí eh conta a historinha de como chegamos até aqui né boa uma boa homenagem também agora
o livro tema livre para ler no final de semana muito agradável quem não quiser ler tem uma série eh se eu não me engano na prime que é que tem toda os quatro livros da série que é a minha amiga genial né da da ah da Helena Ferrante né que é um conta conta a história de duas duas jovens duas crianças e até a vida adulta na Itália dos anos 50 60 todo todo transcurso de de uma família pobre num país rico muito bem muito bem descrito e e passa também pelos principais fenômenos históricos ao
longo desde os anos 40 até os anos 80 muito interessante muito bom e agora a anti recomendação de livro antir recomendação Vou ficar devendo porque eu já faço a minha seleção prévia Então nem não a gente deixa essa também porque você já veio tant à vezes e um convidado que você gostaria de ver aqui sentar no seu lugar contando a história dele é eu acho que seria muito interessante vocês entrevistaram o Carlos Gois justamente por conta desse trabalho que ele acabou de eh ser premiado acho acredito que seja a tese doutoramento dele a única dificuldade
é que ele tá nos Estados Unidos teria que ser uma entrevista online Ah mas alguma vez em em alguma agenda ele vai vir aqui esse ano a gente já não tá mais com agenda então o o Carlos era bem ativo no Twitter né sim muito ativo no t eu acompanhava é porque eu tava tentando ver se era a mesma pessoa mas acho que é ele mesmo só tinha um Carlos Gois economista lá eu acompanhava ele ele é colonista do Globo também é eu acompanhava ele lá as colunas dele no Globo também são sempre muito boas
bom podemos liberar o homem então josu podemos Marcos Muito obrigado pela aula que você deu aqui eh espero ver você mais vezes e acho que nesse ano a gente já esgotou o Marcos Mas se tiver algum espaço é sempre um prazer ter você aqui o market makers aprende muito sempre com a sua vida muito obrigado muito obrigado Agradeço o espaço Valeu demais valeu josu valeu Salom brilhou demais e você acompanhou até o final Deixa aquele joinha no vídeo se inscreve no canal Market Maker está crescendo semana que vem no dia 23 vai ter o small
Caps Masters Quero ver todos vocês lá é 23 ou 24 dia 24 small Caps Masters link tá na inscrição link pra inscrição tá na descrição desse vídeo ou do podcast que você tá ouvindo na semana que vem a gente se vê com mais um podcast aqui no Market makers tchau n [Música]
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