[Música] pessoal boa noite sejam todos muito bem-vindos a Nova Acrópole e pela primeira segunda terceira quarta vez né Coisa boa meu nome é Renata e hoje eu vou trabalhar com vocês o tema da jornada do herói né um tema falando de mitologia a gente tem uma série de livros relacionados ao tema quem tiver interesse eles estão em exposição ali na entrada né são são todos relacionados e dois que eu usei mais que foi o Joseph campbel poder do mito né e o junito Brandão que é uma coleção são três volumes sobre mitologia eh grega Ok
então são duas referências agora a linha que a gente vai colocar também ela é Principalmente dentro da Visão da filosofia a maneira clássica né que a gente desenvolve dentro do curso de Filosofia então é uma proposta de uma visão filosófica dos símbolos que são colocados dentro dessas mitologias dessas grandes tradições né que a gente consegue eh ver aí na história e tentar explicar um pouquinho porque que o mito ele é tão importante mas ele parece tão confuso né da mitologia grega é desesperador cada hora eh o Deus nasce de um de um pai diferente né
tem uma história diferente da do seu nascimento da sua criação Enfim então a gente acaba sem ter a parte simbólica a gente começa a achar as histórias elas não são tão lógicas quanto a gente gostaria né então elas ficam um pouco estranhas pra gente né E no momento em que a gente começa a entender os símbolos que tão por trás elas ficam extremamente interessantes e pra gente uma das coisas mais importantes é que a vida nossa ela é simbólica a vida ela é formada de símbolos por isso que se pode usar os símbolos dentro da
mitologia porque a vida toda é simbólica a vida nos fala através de símbolos nós falamos uns com os outros através de símbolos né de protocolos eh quando a gente quer expressar carinho em geral a gente usa símbolos a gente dá uma flor né a gente a gente faz um gesto simbólico e a gente se TNA toa com esse símbolo então é importante compreender a simbologia não por ser uma história ou por ser uma civilização mas por ser a nossa vida mesmo e falar do Herói é sempre muito bom eu vou tentar falar do Herói genericamente
Não exatamente dentro de uma tradição né Por quê Porque falar do Herói é falar de cada um de nós quando a gente fala do crescimento humano a gente tá falando de um ato heroico porque cá entre nós crescer não é fácil né não crescer é muito difícil é difícil saber as respostas é difícil saber os momentos é difícil saber qual arma utilizar né e e os mitos eles trazem se bem vistos né eles trazem opções eles trazem soluções eles trazem possibilidade de como sair né dessa dessa sai ajusta às vezes que a gente tá na
vida se nós somos ver com cuidado nó sempre estamos vivendo algum mito algum mito e a gente até usa isso né nossa eu tô me sentindo num inferno não é assim todos os mitos o herói faz o quê ele desce aos infernos Nossa eu tô no céu porque quando acaba né a jornada do herói ele vai entrar no Olimpo né que é justamente o céu então de certa forma a gente entende um pouco isso a gente fala nossa eu tô tô lidando com um dragão eu tenho que matar um dragão por dia matar um leão
por dia não é assim que a gente fala é o próprio Hércules né não matando seus leões ou os cavaleiros de re Artur matando seus dragões Então falar do Herói é falar de nós por isso que é tão interessante por isso que é um tema que que toca muito né como é que eu montei e a palestra eh eu vou trabalhar a ideia do Herói O que que faz um herói ser herói e depois falar da jornada dele Ok então são duas partes porque às vezes a gente não sabe por que a gente chama determinada
figura de herói né e mostrar como hoje em dia essa figura nos falta e isso tem consequências muito sérias inclusive né que a gente não tem muitas vezes noção Então os mitos vão falar dessas nossas realidades que são expressas muitas vezes eh muito mais de forma simbólica do que racional Eu particularmente para falar do amor Prefiro muito mais receber flores do que uma tese de doutorado eu vou entender muito melhor tá tudo bem que a tese de doutorado vai poder detalhar muita coisa mas com certeza as flores tocam né então eles falam e às vezes
falam de coisas que a gente não consegue entender racionalmente vocês nunca tiveram uma coisa assim nossa isso não tem lógica nenhuma mas faz todo sentido é é mais ou menos isso a gente não vê a lógica mas parece que aquilo faz sentido então o símbolo Ele trabalha de outra forma e às vezes fala de coisas que a razão não alcança o próprio Platão costumava dizer que quando ele precisava falar de coisas muito complexas que a razão teria dificuldade de compreender ele I usar o mito e aí vem o mito da caverna o mito das Parelhas
aladas o mito eh do banquete né que vai falar do amor esses mitos surgem porque são coisas muito importantes realidades que a razão não entende completamente ela não consegue expressar completamente então ele faz o quê usa o símbolo usa o mito Ok então ele ele agrega essas duas formas falando da importância do mito e pra gente o mito heroico então é evolução do ser humano quando a gente tá falando dos heróis a gente tá falando de como o homem vai ganhar consciência Como que o homem vai desenvolver não habilidades exatamente mais virtudes Quais são as
respostas que ele deve dar à Vida para que ele chegue ao máximo desse modelo humano não é à toa que na Grécia a paideia grega né Uma das uma das suas bases era utilizar a figura do Herói para fazer a parte da educação dos jovens então era utilizado o herói como um modelo para que os jovens pudessem se inspirar durante a sua vida durante os combates durante o convívio e hoje em dia a gente perdeu isso a gente não tem mais essa essa ideia heroica né ela tá muito restrita hoje em dia e isso faz
com que a gente viva pouco esse mito e talvez cresça pouco em relação a essas esses conteúdos justamente por não valorizar mais tanto essa visão do Herói como um modelo Educacional E por que que funciona bem isso é muito mais fácil perante uma situação difícil você virar principalmente para um adolescente e perguntar assim o rei Artur faria isso é muito mais fácil ele responder isso do que você ficar fazendo uma teoria sobre a coragem né porque a coragem não sei o que você tem que isso tem que aquilo é muito complicado não dá tempo muitas
vezes muitas vezes não dá tempo de você elaborar isso tudo aí você P cai lá um mito do re Artur Artur faria isso ou não faria isso E aí tá o modelo funcionando como referência Educacional Tudo bem então aí ele é o modelo de evolução do homem pra gente é bem importante aí então a gente vai falar primeiro das características do Herói por quê Nem tudo que parece corajoso é heróico né a gente tem uma ideia às vezes de que o herói é aquele que eh se arrisca que o herói é aquele que faz grandes
feitos tem isso sim mas não é só isso e é nessas características às vezes um pouco mais sutis que a gente perde a referência do Herói tá então a Primeira ideia é falar de onde vem o herói em si ele vem de Eros né ele pode a gente pode imaginar ele como aquele que serve por amor o ato heroico ele serve as pessoas Samurai também né tem essa essa conotação é aquele que serve então o herói ele tem por princípio que os seus feitos heróicos eles são altruístas ele não tem um interesse pessoal nas coisas
que ele faz ele faz pelo bem dos outros do Próximo daquela pessoa que tá ali esperando Imaginem a situação tá passando um cavaleiro do rei Artur né pocó po po aí vira um cara e fala assim olha tem um dragão aqui a minha prin né minha filha tá correndo perigo de vida ele e o que que o senhor vai me pagar para ir lá pegar esse dragão Pri não foi caro né Essas habilidades todas que que eu ganho com isso vocês já viram vai R vai meu filho vai deixa eu ver alguém que faça de
graça esse negócio por quê Porque não é interesse próprio ainda mais ele vai ele mata o dragão ele salva a princesa enfim ele passa pela pela por determinada prova e beneficia o todo ele se beneficia porque o todo mas o objetivo dele não é asse mesmo ok E aí nos nossos heróis modernos a gente já vê algumas dificuldades porque se você for ver eh eles estão sempre se vingando de alguma coisa já repararam o Batman são os pais não é isso aí tem o homem-aranha no último Colocaram ele entre salvar a humanidade e a namorada
que ele ficou meio em dúvida é mas é o oi a base Ah tem o tio isso a base é o tio isso mesmo Aí falaram o único que não tem isso é o Superhomem né mas ele veio de outro planeta então por isso que no caso dele é é um pouquinho diferente o Superhomem ele ainda tem essa parte um pouquinho mais limpa né E aí ele vem de outro planeta então a gente já vê que os nossos heróis a gente não coloca esse elemento altruísta Hoje em dia a maioria dos filmes O Gladiador Quem
viu uma vez duas vezes TRS vezes qu 10 vez quem sabe os diálogos de cor salteado ele chega um momento que é por vingança né No início ele tá bem heroico ele tá bem heroico né ele não quer ser Imperador aquela coisa toda aí ele depois pega por vingança então a gente tá sem querer né a gente tá associando a figura do Herói é uma pessoa que tem um motor vingativo aconteceu alguma coisa muito ruim o homem-aranha vacilou Foi picado ainda né além de tudo é desatento cidadão né a mulher gato eu não vi mas
me disseram que é bem pior é bem pior porque ela dá um azar danado e vira heroína Olha só né ISS ao invés de ser um modelo de superação você é azarado aí você não tem uma vida comum como se fosse ruim né você ser herói então a gente perdeu essa coisa do altruísmo isso já não tá mais sendo tão utilizado como referência e a cara característica principal do herói não não há heroísmo se você faz as coisas em em prol de si mesmo em benefício próprio e e dentro de todos os mitos Quando você
vai ver eh os heróis buscam a aventura por um chamado da Alma praticamente não não Exatamente porque ele quer alguma coisa né é um chamado da alma é uma necessidade de saber sua origem coisas desse tipo mas não interesses Ok E aí então sendo altruísta ele vai paraos seus feitos heroicos aí ele ele mostra eh potencialidades capacidades além da Média ele se destaca né ele consegue matar um dragão ele consegue matar uma hidra ele consegue matar pegar o touro enfim ele vai ter uma série de coisas que ele consegue fazer que é fora do normal
por quê Porque o herói ele se destaca da multidão ele não é comum certo só que ele se ele não for altruísta ele se torna comum tá então tão aí os feitos heróicos não vale qualquer coisa tem que ser com Espírito altruísta E aí todo o herói tem um vilão inclusive eh isso na vida é muito assim o vilão ele define o tamanho do Herói se você tem um vilão pequenininho mirradinho sabe aquele negócio meio chinfrim assim é porque o herói não é bom né poucos poucos problemas poucos obstáculos um vilão meio bobo é é
o herói é bobo por você define eh luz e sombras entende se você tem um grande adversário né se você tem um grande vilão aí você vai ter um grande herói porque ele vai se definir em contraposição a essa outra figura Ok Então na verdade o vilão é o que faz com que a gente conhece o herói porque ele faz os seus feitos heróicos por em geral eles são o que a gente chama dos iniciadores no fundo Eles é que tão mostrando pro herói que ele é herói porque senão ele não saberia entende ele não
ele passaria em branco eh e na vida o que que nos mostra o heroísmo as nossas provas a gente costuma dizer que se os seus problemas são muito pequenininhos é porque a vida não tá com muita fé na gente Então os problema é pequenininho assim sabe essas coisinhas agora a medida que a pessoa cresce né tem sonhos maiores os problemas dela aumentam também certo porque ela também cresceu a vida costuma trazer problemas do tamanho né que a gente se propõe a ser é como se ela tivesse nos ensinando então na vida no cotidiano o vilão
né vão ser situações todas que aparecem como provas como como dificuldades e que exigem que a gente mude que a gente cresça enfim que a gente tenha um ato heroico dentro da nossa vida então eles vão revelar as potencialidades que a gente tem n nessa figura aqui eh a gente tá com psiquê e Eros né E quem era a vilã de psiquê dentro do mito a deusa Vênus então é uma heroína tanto né porque ó o tamanho do vilão que ela tem não é a toa que no final ela entra no Olímpo ela fica com
Eros né Ela é aceita entre os deuses a viland ela quem dá as provas é Vênus de início parece muito ruim muito chato eh Poxa que azarada que é essa psiquê mas se não fosse todas essas coisas ela não aprendia então é necessário a presença do vilão que vai colocar as provas que é quem vai fazer ela crescer Então se a gente tem um ímpeto heróico Com certeza a gente vai receber provas tá a gente tem obviamente o curso de Filosofia né e a gente costuma dizer que a vida sabe ensinar muito e às vezes
a gente acha que sabe como é que deveria ser mas só para dar um exemplo Normalmente quando a gente vai estudar filosofia o filósofo ele busca sabedoria ele busca o saber né então a maioria de nós se perguntar como é que a gente vai se tornar sábio a gente vai comprar uma enciclopédia né você pega uma Barça e começa a estudar para você ficar sábio ficar inig gente né só que se você pega os mitos eh o sábio Principalmente dentro da da tradição Zen é aquele cara que tá em cima da montanha né e ele
tem uma enciclopédia Barça Por que que ele é sábio Por que que aquele cara fica lá em cima que todo mundo quer por que que ele é sábio porque ele sabe resolver problema não é assim todo problema que você chega lá o herói é assim também tem o problema ele vai lá e resolve o negócio então o que que eles Estão dizendo que se você quiser ser sáb você vai ter que resolver problemas então se você quiser a sabedoria o que que provavelmente vai começar a acontecer problemas por isso que eu perdi as inscrições no
curso de Filosofia agora né quem tava pensando em fazer o curso de Filosofia agora né dançou eh A ideia é essa porque a sabedoria ela vem de conseguir resolver essas situações todas resolver essas problemáticas então quanto mais problema eu tenho mais eu desenvolvo e não o estudo a vida sabe ensinar melhor né E às vezes a gente acha e que sabe como é que as coisas deveriam ser por isso a gente tem que ficar antenado né O que que a vida tá querendo dizer com símbolos com os símbolos que ela tá trazendo pra gente Ok
então ta Eros E psiquê no caso aqui uma heroína né e todo herói tem uma arma Super Poderosa que é o máximo e É engraçado porque assim em geral não são muitas armas se você pega os cavaleiros ele tem a espada né O Escudo o cavalo uma habilidade de guerra eh você pega aquele Quarteto Fantástico Ele é legal nesse ponto por cada um tem uma virtude não é tem tem um poder eu não lembro todos um vira água um fica invisível outro é elástico não é isso ele é todo elástico e outro é fogo é
isso olha só que interessante só com um um atributo ele consegue resolver tudo não é não é interessante isso é Como assim aquele aquele poder que ele tem sei lá de ser elástico de fogo e tudo resolve tudo ele pensa num jeito de resolver o problema com aquilo que ele tem é um superpoder que é tipo Bombril certo para qualquer coisa senão a gente imaginava assim para sair ele tem que ter esse esse daqui aí depois quando ele tá numa lanchea ele tem que ter o outro poder depois quando ele tá no sei não é
sempre o mesmo né em geral a gente na vida é assim também porque essas armas elas são as nossas virtudes né a nossa capacidade de nossa vontade nossa força de fazer as coisas e quando a gente tem uma virtude normalmente a gente se destaca por uma virtude já repararam a gente em geral não vê não por isso que é bom perguntar pros outros mas os outros falam não Fulano virtude dele é tal e em geral é é um consenso porque ela se destaca E se a gente reparar bem é através dela que a gente resolve
todos os problemas da vida você pega uma pessoa responsável por exemplo né que que é uma virtude não é tão metafísica uma pessoa responsável ela pode resolver muitos problemas muitas provas pela responsabilidade que ela tem porque eu sou responsável não vou deixar isso acontecer né ou então não sou uma pessoa responsável não posso me comportar assim não sou uma pessoa responsável eu tenho que dar determinada osta nessa situação né Então essa virtude muitas vezes vai fazendo com que a gente passe pela vida resolvendo milhares de coisas mas a gente tem que ter tem que ter
pode ser uma não tem problema mas tem que ter e tem que saber que tem tem que saber que tem eh tem um tem um filme do do Aladim a lâmpada mágica que quando ele cai dentro do é um desenho animado já mais antigo É bem interessante essa parte ele cai na caverna da primeira vez que é onde ele vai encontrar a lâmpada e antes dele descer eh o o tio né o parente dele dá um anel e ele fala assim olha esse anel vai lhe proteger tal tal tal e ele vai e ele esquece
que tem um anel ele esquece então ele entra na caverna né que é descida aos infernos né vai passando pelas provas se mete numa confusão danada quase não consegue sair e a gente fica assim o anel o anel USA usa e ele não usa porque ele esqueceu ele não sabe ele esqueceu que ele tinha aquele negócio aquele poder então é como se não tivesse entende é como se não tivesse é uma potência se usado vai resolver tudo mas tem que usar então a gente fica numa eu fiquei numa agonia no filme Meu Deus usa esse
anel menino né E aí depois ele descobre meio por acaso e consegue sair graças ao anel Então a gente tem as nossas a gente tem que saber qual é e saber utilizar né é a nossa arma né o nosso super poder para passar pelas coisas passar pelas situações Ok e outra característica dos herois e principalmente dentro das mitologias né grego nórdico egípcio e tudo é que muitos dos heróis eles vão ser filhos de um Deus com um mortal Ok por a ideia da evolução dessa jornada então que o nosso herói vai fazer é despertar o
que ele tem de Divino E por que que ele tem certeza que ele tem algo de Divino porque um dos Pais é um Deus então El ele tem uma origem que lhe confere essa possibilidade e se você pensar que todos nós né aí a gente pode botar milhões de nomes né temos um ego temos um ser temos uma parcela Divina dentro de nós a gente também é filho de um Deus certo dentro dessa ideia de que algo eterno existe e é o que dá potência pra gente então a gente é filho da matéria né que
a parte mortal e de uma parte metafísica espiritual representada pelo Deus então quando você junta né a divindade com a matéria então nasce Esse Nosso Herói que busca e que às vezes Inclusive tem a proteção dos Deuses dentro da guerra de Troia né a gente vai ter muito isso a proteção de de Atenas de dentro de toda a problemática doss heróis Então você vai ter essa presença se a gente pensar no herói como uma uma oportunidade de encontrar esse ser né Essa parte mais profunda a gente vai entender os mitos e porque que os heróis
passam por tanto problema tá a gente costuma falar muito do do se autoconhecer né do autoconhecimento aí quando a gente começa a fazer esse processo começam provas vilões justamente para ir mostrando essa parte Nossa do do pai Divino dessa dessa figura do Deus que adormece dentro da gente Ok então isso é outra característica do Herói então ele é altruísta né ele tem os seus poderes eh ele é filho de um Deus ele tem esses atos heróicos e ele deixa eu ver se é nessa aqui tá E aí a gente vai começar a falar da jornada
tudo bem Deu para ver que nem todo mundo herói não é só fazer coisas fenomenais digamos assim porque os vilões fazem coisas fenomenais também se você for ver né os vilões também fazem muita coisa então a gente agora tem um herói aí tem outras características agora que é da jornada dele desde a infância desde a concepção às vezes né até a sua morte a gente tem toda uma jornada do Herói com determinadas características que a gente vai dar uma olhadinha em geral o herói quando ele nasce eh existe uma profecia ou algum tipo de problema
até na branca de neve é uma profecia não é quando ela quando ela corta o dedo né sai o sangue e ela fala eu vou ter uma filha eh com os lábios vermelhos como sangue o cabelo preto como Ébano desta janela e a pele branca como a neve Isso é uma profecia né ela já tá já tá sendo Profética ela já tá falando que que vai acontecer de certa forma ela já tá falando da saga né que a Branca de Neve vai ter durante a sua vida o rei Artur ele é concebido por uma magia
né é feita toda uma uma magia aonde ele é concebido e Merlin fala que quando a criança daquela noite né onde eles dormiram juntos quando aquela criança nascer ela vai ser dele então já é um Nascimento Profético o próprio Merlin é assim também eh o Merlin ele nasce a mãe dele tá numa numa torre sozinha e aparece grávida aí as pessoas dizem que era o demônio que Merlin seria Filho do Demônio né Maria concebe a Cristo virgem entende nunca é um um Nascimento ou uma concepção comum ela sempre tem alguma coisa ou uma dificuldade ou
alguma característica que diferencia já eh essa concepção da criança que vai ser um herói ok depois disso a gente tem uma infância em geral com muitas coisas aqui é uma figura de Hércules que era manda duas serpentes pro seu berço né para tentar matá-lo e ele pequenininho já mata as as serpentes não sobra não sobra uma para contar a história eh você tem uma das versões míticas do nascimento de buda onde ele nasce grande andando e falando né diz que ele se vira pros quatro pontos cardeais é tudo super simbólico e e você pega Cristo
lembra que numa em determinada passagem ele ensina né os os mestres dentro da Sinagoga porque ele sabe mais do que os mais velhos É uma criança extraordinária não é então aí você já vai vendo as marcas dessa jornada heróica não é uma criança comum ou ela tem algum tipo de de de idade de força como no caso do Hércules ou ela sabe mais do que os próprios adultos por quê Porque é quem vem ensinar né aquela coisa da cestinha né tipo que a gente tem com Moisés po na cestinha e tudo isso daí são símbolos
de de pessoas que não nasceram paraas suas famílias que nasceram pra humanidade né Tem uma missão pra humanidade então eles não são criados pelos próprios pais né também tem essa chave ok então nunca é uma infância comum a gente sempre tem uma uma série de elementos falando aí da jornada já dizendo que ele vai ser um herói essa figura aqui é tesu né que depois vai matar o Minotauro aqui é quando ele chega na adolescência eh e é interessante porque a adolescência ela se identifica muito você tem muitos heróis eh juvenis Você tem muitos heróis
com essa esse ímpeto né essa essa energia essa essa vontade de passar os limites e você tem alguns heróis mais maduros como ulices né ulices não sei se vocês lembram quando ele volta da guerra de Troia né tentando chegar em ítaca ele só dá uma desperto né ele não passa nas provas pela força ele engana o cíclope né até para levar Aquiles paraa guerra ele usa de uma série de artimanhas ele já é é considerado um herói maduro é um modelo de heroísmo fora da Juventude né que é como você vai usar inteligência eh e
enquanto que as provas juvenis são muito de domínio da força você dominar o ímpeto você dominar os instintos né dominar a força aí são mais os mitos juvenis Ok e tezeu é um mito juvenil e conta a história que o pai dele quando saiu deixou ele a ser cuidado com a mãe ele colocou debaixo de uma pedra uma espada e uma sandália né a espada como vontade a sandália como símbolo de toda a caminhada né que ele ia ter que fazer deixou debaixo de uma pedra né que tá representada ali e falou assim pra mãe
quando ele tiver idade o suficiente quando ele tiver força desculpa quando ele tiver força o suficiente para levantar essa pedra Diga para ele me procurar Diga para ele usar essas sandálias que eu vou reconhecer ele pelas sandálias E aí chega um determinado momento onde ele tem força né e agora ele quer saber a sua origem Ele quer saber quem ele é quem é meu pai de onde eu vim né O que que o futuro me reserva quem eu você esse momento ele é muito importante porque aonde vem a definição a gente na nossa vida vai
ter um momento em que a gente vai ter que definir se a gente vai ser herói ou não vai ser Herói por quê Porque quando vem essa pergunta a gente vai ter que decidir se a gente vai procurar dar uma resposta ou não se você não for procurar a resposta provavelmente não vai ter uma jornada heróica então quando a alma clama né quando a gente tem essas essas dicas né digamos assim de que tem muita coisa ainda pra gente aprender sobre nós sobre o mundo sobre o universo quando a gente resolve atender esse chamado né
a gente começa a receber as armas no caso aqui é espada para que a gente busque essas respostas busc essa essa origem e aí vem a partida né que é uma outra parte que em geral é muito eh forte dentro das tradições aqui é uma de buda certo Buda quando ele ele sai eh depois dos seus passeios né e ele resolve procurar a resposta do Por que é humanidade tem tanta dor e aí vem a grande partida porque ele abandona tudo que ele conhece ele abandona a família a esposa os filhos e vai procurar uma
resposta ok e inclusive é uma das cenas onde você tem mais iconografia né você tem mais desenhos enfim né é essa partida aí de buda um outro que faz a partida que é interessante é Aquiles Ulisses vai lá falar com Aquiles né e convence ele de ir pra guerra de Troia e ele muito né sábio vai procurar quem a mãe viu os heróis também fazem isso ele foi procurar quem a mãe né era uma Nereida era uma era um um ser do mar né e ele vai perguntar pra mãe o que que ele deve fazer
e ele chega e fala bem o que faço né vou pra Troia todos os grandes heróis vão est lá e tudo mas é uma guerra que não é minha tal ele põe uma série de de coisas né eu vou para lá ou eu fico aqui e e tenho minha vida aí a resposta que ele tem é bem enigmático assim é bem claro Na verdade ele fala assim se você ficar aqui e não for A Troia você vai ser uma pessoa muito feliz você vai ter uma excelente esposa você vai ter vários filhos e eles vão
lhe amar profundamente assim como sua esposa e os filhos dos seus filhos seus netos também vão adorar você vão lhe amar profundamente os filhos deles talvez não lembrem tanto de você e em três ou quatro gerações provavelmente Seu nome será esquecido mas você terá sido feliz agora se você for A Troia o seu nome será cantado Erso e prosa por toda a eternidade mas esse é o último momento em que nós nos encontramos porque junto com a sua glória está a sua morte que que Aquiles escolhe a glória tá aí que que o pessoal fala
megalomania com esse cara né mania de grandeza mania de grandeza que ele tem porque a gente vê assim se a gente não tem espírito herói que escuta a história a gente fal cara petulante né porque a gente olhando sem espírito heróico parece uma loucura mas pega para um herói e diz Para Ele não ser herói né Pega um herói e diz Para Ele não optar pela pela eternidade porque aí o símbolo ele não é de uma família e e de querer ser se registrar na história como uma coisa para si é você escolher entre a
humanidade né você escolher por essa eternidade e você escolher pelo seus interesses entende na verdade a a pergunta aí é se ele quer as coisas para ele ou se ele quer seguir um caminho histórico e ele escolhe pela história que é o que um herói faz ele jamais ficaria em dúvida né assim como o homem-aranha fica ele jamais ficaria em dúvida né Vocês viram o filme troio com Brad Pitt F com Brad Pitt né não tem como não ser bom aí é né a gente tem certas preferências fazer o quê aí chega uma hora do
filme que ele vai se vingar de outro grande herói que é o Eitor né não sei se vocês lembram Inclusive essa cena me marcou muito que ele parece tá bufando né chamando o Eitor porque matou o primo dele enfim né a história toda e Eitor quando vem ele vem sabendo que vai morrer ele sabe um dos dois vai morrer provavelmente sou eu ele ele ele se despede da esposa né ele se despede dos filhos se despede do pai sabendo que tá indo pra morte isso é uma coisa muito muito forte porque se ele fica ele
desonra ele não pode não ir porque se ele não for para aquela luta que ele tá sendo chamado ele vai desonrar a família inteira e por aí vai então ele não vê outra opção entende para ele não existe outra opção aí você fala assim Ah mas isso é mito né é lenda isso não acontece acontece os 300 de Esparta a história é exatamente a mesma coisa 300 pessoas que foram sabendo que iam morrer mas para defender toda a Grécia Então são são heróis né são modelos heróicos só que isso pra gente é tão estranho que
a gente às vezes não considera que pode ter acontecido a gente vê a história dos espartanos né e e acha que inventaram aquele negócio a gente não leva a sério sabe e foram 300 guerreiros os que foram pra morte para defender o o a sua terra né então existe essa essa opção tá E aí obviamente né Portões de Fogo quem não leu tá na hora certo chegou a hora de ler Portões de Fogo do Steven pressfield que é muito bom certo excelente falando justamente sobre isso E aí ele partiu né Na hora que ele parte
Então vem todas as provas os vilões e os Monstros que que é importante a gente ter em mente um herói não tem problemas certo não é assim os 12 problemas de Hércules Não não é assim né não existe ele tem provas ele tem provas ele tem trabalhos ele tem missões nunca problemas por quê Porque a ideia é que aquela aquilo que ele precisa fazer vai desenvolver algo nele ele vai ter que aprender alguma coisa né Essa primeiro aqui é Hércules matando a hidra né quando Hércules sai inclusive muita pouca gente lembra que Hércules tem as
provas para se purificar são provas de purificação porque ele é tomado pela noia que é de onde vem paranoia né que é uma força arrebatadora onde ele simplesmente mata a família inteira e aí ele procura né algo para se limpar e e os 12 trabalhos são trabalhos de de purificação justamente por conta do que ele fez né E aí Cada trabalho vai ensinar uma coisa esse daqui é a hidra a hidra de lerna que quando você corta uma cabeça nascem duas é o típico exemplo de um problema mal resolvido problema mal resolvido é assim você
tem um aí você acha que resolveu você vira as costas tá com dois quando não é mais né então problema mal resolvido é exatamente isso e ele tenta fazer o quê na força né então primeiro ele tenta cortar as cabeças e na força um herói juvenil né Eh quanto mais ele usa pior fica então chega um momento que ele fala assim opa não não vai dar certo isso daqui pela força não vai dar ele todos os trabalhos dele nunca dá certo na força bruta ele sempre tem que ter algum elemento de inteligência associado né A
a nesse ele começa a cauterizar as cabeças quando ele corta ele tem que cauterizar fogo né como conhecimento como sabedoria que é o que faz com que não nasçam outras cabeças então não adianta você só querer ir cortando cortando você não consegue vencer tá então o que que as provas têm ensinamentos assim como os problemas da vida eh o problema ele é um problema porque você não sabe resolver definição é essa né ele é um problema porque eu ainda não sei resolver mas ele tem solução se não tivesse solução também não era problema eu não
sei resolver não não consigo ver essa solução por quê Porque eu não sei alguma coisa me falta algo E aí É nesse momento em que a prova se revela como sendo quem vai moldar o herói porque ela vai dizer o que que ele tem que desenvolver o que que ele tem que aprender então Hércules a maioria do tempo ele tem que aprender a não usar força Ele tem que aprender a usar inteligência por quê Porque é típico da evolução humana você usar mais a inteligência do que a força Ok justamente mostrando essa esse crescimento humano
tá bom aqui embaixo a gente tem o Cérbero né que guarda as portas do inferno a porta do Adis e que ele é muito Manso para entrar ele sempre deixa você entrar o problema é sair certo sair é que ele fica um pouco mais violento né eh e aí também tem tá tá na porta dos infernos e é interessante porque os heróis têm que descer aos infernos né então sempre vão ter que passar por Cérbero que vai estar guardando essas portas né e aqui a gente tem a parte cavaleiresca que é muito comum o dragão
eh que a gente tem hoje em dia essa ideia e muitas muitas ideias românticas né em relação a isso eh O que que é o dragão e o que que é a princesa que ele não vai cobrar para salvar né a princesa é como a própria alma que tá lá né é pura numa torre distante e que não pode lhe ajudar ela tá ela sabe que tem o dragão Ela sabe que você pode morrer um monte mas ela não pode lhe ajudar você que vai ter que ir para lá por quê Porque o o conhecimento
ele é assim né ele tá lá ele vai resolver todos os seus problemas você vai ter que chegar lá ele não vai poder vir até você só no xk que isso acontece E aí é interessante porque o xk gente a Ah se você for pensar em termos míticos assim ele não é um filme pra criança tá porque ele desconstrói o shirk ele é ótimo para adulto porque a gente tem a referência né e a gente entende o que que tá acontecendo eh uma criança sem a referência né ou um jovem sem a referência ele começa
a achar que é o contrário mesmo Olha a quantidade de heróis trocados que a gente tem eh não tem aqueles 60 60 segundos tem um filme de que o cara roubava carro tem um monte Esse é um que eu lembro o ladrão é o moinho não é isso aí porque ele tem que roubar para salvar o primo não sei o que uns negócios Desse tipo aí ele é o herói mas ele é o ladrão então assim como a gente tem uma referência né ou pode ser que a gente tenha essa referência eu assisti um filme
desse ele fica pode ficar interessante mas às vezes para um adolescente dar a visão errada vai falar eu tenho que me dar bem eu tenho fazer as coisas nem que eu tenha que roubar desde que eu resolv aquilo lá entende então hoje em dia o que a gente tem é uma inversão do Herói o herói hoje ele não é muito bem definido Você às vezes não sabe se o herói é o mocinho ou bandido porque o o herói tá ficando com cara de bandido certo agora por qu ele pega alguns elementos heróicos ele pega os
feitos heroicos né E eles tão uma torcidinha em algumas coisinhas e a a gente é muito desatento não vê essa torcidinha e acaba pegando as mensagens meio meio trocadas Ok eh quando a gente pega desenhos animados muitos acabam passando esse tipo de inversão a gente precisa tomar um certo cuidado ainda mais porque muitos deles são feitos para adultos mesmo seriam mais indicados engraçados enfim para para um público adulto Não exatamente a gente não pode pensar porque porque é desenho é para criança né a gente não pode imaginar assim isso era na época do Disney né
do Walt Disney Cinderela Branca de Neve enfim aí tudo bem porque ele era muito fiel aí quando a gente começa a adaptar muito D problema Ok então hoje em dia eh as provas eh eu vi um filme Onde o Lancelot era feito pelo Richard Gu e aí ele tinha que passar por um por uma prova que era tipo a do Domingão do Faustão vocês lembram não tem um negócio Domingão do Faustão que você vai andando aí bate uns negócios né a você tem que andar numa ponte que que que é perigosa tem que pular aí
vem um negócio te dar um soco para ver se você cai aí a prova do Lance elaa essa assim rapaz tá muito fácil você Cavaleiro do rei Artur desse jeito mas por Poxa tinha que ser um dragão agora virou a ponte do rio que cai PR você ver e a gente e a gente vai absorvendo isso e a gente começa a achar que o cara lá da cai e quando ele passa ele é um herói vocês não viram Car chamando o pessoal do Big Brother de herói dos nossos heróis rapaz eu nem nem vou entrar
nisso porque porque enfim né são muitas muitas coisas mas o cara fala e as pessoas repetem e e você acaba tirando o significado né do que que é realmente um herói você já viram o o antil líder o rapaz do Facebook que que fez o Facebook eh quando a gente fala de liderança ele é o antil líder ele é o contraexemplo do que um líder deve ser por qu porque ele passa a perna em todo mundo né ele não tem um pingo de princípio o produto em si começa de uma forma totalmente assim chula né
e ele é o ídolo da garotada todo mundo quer ser como ele porque ele é rico e ele se deu bem na profissão e é considerado um homem muito inteligente a pessoal tem ele como herói como modelo então o que acontece a gente não põe modelos pras né pras pessoas para eles vão colocar algum porque a gente tem necessidade a gente trabalha com isso então se eu não escolho não ofereço bons modelos vão aparecer outros tá um uma interpretação que eu vi que eu achei muito engraçada foi da dam vagabundo essa daí eu comento com
os alunos bastante a o o nome já começa é a Dama e o a aí no filme tem um cachorrinho bonitinho fofinho todo certinho louco por ela faz tudo certinho mas a dama não quer ela quer quem pronto tá dada a mensagem aí você vê a menininha né adolescente aquela coisa aí ela se apaixona por quem e os pais não é né E a gente não gosta mas a gente tá trabalhando com isso ó né Já faz um tempão passando isso então tem que tomar certos certos cuidados parece muito inocente né é aquela Esse daí
é aquele do macarrão né que eles vão comendo macarrão uh enfim tão romântico tão romântico e aí existem provas e existe a prova certo a grande prova então ela é a decida aos infernos ah nos Mitos em geral é o inferno inferno mesmo dentro da mitologia grega é o Ades né muitos descem ao Ades próprio Ulisses desce ao Ades para perguntar a um profeta cego como é que ele chega em casa né E aí quando ele sai ele consegue passa pela última prova e realmente né consegue chegar em casa então nos infernos Estão muitas das
respostas só que nem sempre é um inferno dessa forma tão explícita no caso de tezeu e Minotauro ali é o próprio labirinto o centro do labirinto é onde ele vai fazer a grande prova né Essa descida aos infernos e e e o labirinto ele é interessante porque ele tem a dificuldade de chegar ao centro e de voltar né e de sair do centro e você nunca par do pressuposto de que você não vai conseguir sair né ele tem o fio de ariad e tudo mas a ideia eu tenho que chegar ao centro no centro onde
acontecem as coisas né e no centro de nós mesmos é onde vamos encontrar esse Minotauro e o que que é o Minotauro corpo de homem né e cabeça de animal que exatamente O protótipo do homem que se deixa levar pela sua parte animal instintiva se transforma em um monstro isso não é só o Minotauro todos nós ficamos assim todos nós vai dizer que nó a gente até fala assim Perdi a cabeça ótimo que que tava no lugar enquanto ela não tava aí né provavelmente uma cabeça de touro era um minotauro por quê Porque quando a
cabeça tá no lugar a gente pensa a gente faz as coisas de forma correta né então ali é a esse centro é o próprio inferno que tesu vai entrar tá a gente tem ali as tentações de buda também as tentações de Mara né Maia a deusa da ilusão que manda suas filhas seduzirem o Buda enquanto ele vai eh meditar para chegar nessa iluminação e chega um ponto elas vão oferecendo tudo para ele muito similar as tentações de Cristo no deserto né é um deserto não é exatamente o inferno o Ades né mas é o mesmo
sim simbolismo eh quando você tem aqui as as a mesma coisa que o Diabo fica oferecendo a Cristo as filhas de Mara oferecem a buda né Você pode ter tudo impérios Prazeres tal tal tal tudo que você quiser então é interessante porque as provas últimas são a essa grande tentação é quando a pessoa oferece exatamente aquilo que você sempre quis a sua vida inteira e você não pode aceitar é realmente um inferno esse negócio e aí aqui a gente tem carontes né que é o o Barqueiro que vai levar as almas pro pro Adis né
vai fazer essa essa transposição das Almas aonde é interessante que você para chegar segundo a tradição gria você tem que botar você tem que pagar carontes né você tem que entregar duas ou três moedas dependendo de onde você tá E essas moedas eu eu vocês nunca pensaram Por que tem que ser nos olhos e na boca porque que eles faziam uma pira funerária né e o dinheiro do carontes eles colocavam nos olhos né e na boca assim eram três moedas aí acendia a pira e você usava essas três moedas para pagar o passeio né aqui
do carones aí eu sempre me perguntar mas por que que não põe no bolso né porque imagina o cara vai pra guerra el vai pra guerra Vai que ele se perde né vai que não tem a pira essas coisas todas põe no bolso e leva né no bolso não vale E por que que não vale porque você primeiro tem que ter alguém que corra atrás do seu corpo que morreu na guerra para lhe dar um funeral primeiro ponto né Alguém tem que se importar e as as as moedas é justamente se você durante a vida
tem que ter vivido de uma forma aonde uma pessoa esteja no seu enterro e coloque essas moedas tem que ser outra pessoa porque ela é representação do fruto de tudo que você fez na sua vida você comu uma pessoa ao ponto de no momento da sua morte ela querer est ao seu lado e te homenagear por isso que não pode pô no bolso tem que ser outra pessoa porque não é a questão do dinheiro o que que é o pagamento do car ones Na verdade o ter conseguido cativar o coração de alguém que tava ali
no seu lado naquele momento e que te homenageou certo Por isso que as moedas têm que ser dessa forma extremamente simbólico né aí quando eles falam não tem que dar um funeral tem que fazer né dentro das quando a gente vai vendo as histórias de guerra né tem essa preocupação muito grande mas pelo símbolo que tem tá então tá aí seu carontes e Normalmente quando ele sai dos infernos Ele cumpre com a sua missão seja ela qual for tem mil missões diferentes ele saindo dessa grande prova então ele vai conseguir fechar eh o que ele
foi fazer e normalmente ele volta para casa aí tem o retorno O Retorno tem duas opções A primeira é o casamento ele volta né ele se casa ele constitui família ele vai ser um rei né ele ele consegue voltar e esse casamento é justamente a união entre céu e terra é o símbolo de que ele conseguiu harmonizar essas partes da vida e agora ele é pleno como se ele tivesse encontrado sua própria alma certo então ele se se une e casa daí que os contos de fada em geral terminam assim sim né viveram felizes para
sempre então eles porque é justamente o retorno esse final essa essa harmonia que ele consegue então no retorno muitas vezes ele casa ou se torna um rei ou alguma coisa desse tipo e a segunda opção em geral né que é o fim da jornada do Herói é a morte é a morte são as duas opções certo a morte como superação então o casamento ele é com uma harmonia em Vida constituída em vida e a morte é como a superação total de da necessidade da existência então ele morre ok ele pode morrer em guerra Cumprindo com
a sua missão que inclusive né o que acontece ali com Aquiles também se eu não me engano eh ou ele pode morrer de de doença Enfim pode ter mil formas mas aí como se fosse assim eu já fiz tudo eu já me tornei Hero já dessus infernos eu já fiz eu já aprendi cabei não tem mais o que fazer aqui Ok essa é a segunda parte que normalmente eh a gente não coloca nos contos de fadas né porque os contos de fadas não trabalham com morte eles trabalham sempre com junção que é mais uma linguagem
infantil tá então tá aí o retorno do Nosso Herói é onde a gente fecha essa jornada né então a gente tem a jornada dele desde criança Desde da Concepção né normalmente um parto difícil é uma concepção diferente ele passa por uma infância onde ele é destacado tem poderes enfim E aí na juventude ele vai buscar sua origem passa pelas suas provas passa pela grande prova e depois retorna a casa e por que que tem o retorno porque ele fecha o ciclo né porque o o o negócio é que a gente vai voltar pro ponto onde
a gente partiu a jornada do herói não é ir para outro lugar porque ela se passa toda dentro da gente então você sai mas no fundo você volta pro mesmo lugar então tem esse retorno na origem ele é importante para fechar o mito é onde você volta e agora entende Você pode reinar né muitas vezes sobre si mesmo que é justamente esse retorno tá E aí a ideia sempre é que os mitos nos ensinam a viver dessa forma heroica tá quando a gente conta para um adolescente ou quando a gente mesmo né Tá ouvindo essas
histórias heroicas todas e existe um jeito heroico de encarar a vida né não que a gente vai passar pelas provas explícitas Mas quem aqui nunca se sentiu num labirinto quem aqui nunca se sentiu perante um touro né que você tem que segurar Ali quem nunca ficou perdido pelos Mares da Grécia sem saber porque que as coisas não dão certo gente foram 10 anos Ulisses foram 10 anos para chegar em casa tudo dando errado e ele não sabia por e você sabe por que ele não conseguiu que quando ele ganhou a guerra de Troia porque a
ideia do do Cavalo de Troia foi dele né do ulices ele começou a achar que ele tinha ganho e ele falou que não precisava mais dos Deuses ele falou eu ganhei sozinho uma guerra eu que tive essa ideia eu sou muito melhor eu sou muito mais inteligente do que os deuses Esse foi o erro dele né aí que que pidão faz eu fala você vai voltar para casa pelos meus Mares né E aí o que que ele faz vai enche o saco do Ulisses não deixa ele chegar em casa até que ele fique totalmente despido
sem navio sem embarcação sem roupa sem nada e pergunte o que você quer de mim e aí nesse momento ele fala né que você veja que você precisa dos Deuses e quando ele assume isso ele consegue voltar para ítaca então é é como isso fica bem explícito po Cidão tá mandando as provas para que ele entenda que ele não é a última coca-cola do deserto como ele pensava certo e a gente é assim também não é a vida B Fala meu filho baixo facho aí a gente empina né aí meu aí cacetada meu filho baixo
faxo né você não é tudo isso a gente empina mais ainda porque para ter confiança né a gente empina mais ainda uma hora ela bate de um jeito que você não tem mais para onde ir certo e lembrem-se sempre né nunca problemas nunca problemas sempre aí é o conversar com a vida converse que que que que você tá querendo me ensinar que que é para eu aprender agora porque a gente aprende passar pra próxima não é que acaba não não acaba não você passa pra próxima certo e a ideia é que a gente seja esse
herói do cotidiano né a ideia da da vivência filosófica dessa busca por respostas é exatamente essa jornada do herói que a gente procura fazer constantemente né E a gente tem muitos heróis infelizmente a gente não dá muito valor a eles né quando a gente vê uma uma pessoa num né às vezes num Resgate um desconhecido completo Total uma pessoa arriscando a vida tudo bem que é uma parte extremamente visível né mas a gente muitas vezes não valoriza a gente não valoriza os nossos pequenos heróis né pessoas às vezes que fazem coisas fantásticas Fabulosas em relação
ao que é o comum hoje em dia e a gente não valoriza Então como a gente não valoriza quem é que vai querer ser herói se se o herói não É valorizado se o pessoal fala que foi bobo né se arriscou à toa então a gente vai cada vez mais diminuindo esse essa capacidade de sonhar né com heróis que todos nós temos então nós temos heróis no nosso cotidiano é preciso valorizá-los a gente tem muito medo de esquecido já reparou a gente tem muito medo de ser esquecido e de não deixar nada de que ninguém
lembre da gente né E por que que a gente tem tanto medo que a gente não não lembra a gente não lembra às vezes não lembra da nossa genealogia né não lembra da das pessoas que marcaram que fizeram coisas importantes na nossa vida então a gente fica com medo de que isso aconteça também então a tem que começar a mudar isso a partir de da da valorização que a gente pode dar a esse tipo de de situações que acontecem né na nossa vida essa aqui eu acho sempre uma imagem muito forte né Uma imagem forte
porque é uma é uma decisão pessoa decidiu e ela tava lá fazendo e e veja né é uma arma que o cara tem né E às vezes coisas muito simples né como você poder compartilhar poder ajudar uma pessoa que tem necessidade de qualquer tipo e você poder apoiar enfim poder est do lado de uma pessoa dessa isso também tem que ser visto como at herói que tem que ser valorizado justamente para que a gente consiga trazer essa essa visão do Herói para algo cotidiano né e eu eu fecho a palestra com uma frase que tá
naquele livro ali do Poder do mito que que é a entrevista né que o Joseph Campbell deu um pouquinho antes antes de morrer e ele Pergunta assim por que que as pessoas têm que estudar Mitologia e ele responde para que elas aprendam a viver e eu achei excelente a resposta porque é exatamente isso que o mito bem interpretado pode ajudar a gente a fazer aprender a viver e principalmente ver a vida toda de forma simbólica a vida nunca vai falar com a gente de forma lógica desiste se você pensar por essa linha a vida não
faz sentido nenhum né porque ela é toda simbólica ela faz sentido se Vista vivida experimentada aprendida de forma simbólica porque ela nunca vai ficar no seu ouvido e falar agora você vira pra esquerda agora você vira né ela não vai fazer isso ela não vai você vai ter que ouvir ela dentro desse cotidiano por isso que a gente tem que se transformar em heróis cotidianos porque a vida nos fala diariamente e cotidianamente e a gente com esse espírito heróico pode aprender a escutá-la pode aprender a a saber o que que nesse ponto eu tô vivendo
do mito e o que que eu tenho que aprender agora com isso que tá acontecendo e eu garanto para vocês que a vida tem uma outra dimensão ela vai ter um outro significado vai começar a ficar viva pulsante vibrante real não essa coisa Às vezes muito parada vocês nunca viram que às vezes quando a gente faz uma coisa muito bacana assim muito especial a gente se sente vivo já reparou você se sente vivo parece que você tá vivo você fala rapaz e antes não tava né não tava porque não não vibra não sei a gente
tem que ter mais momentos desse tipo né a gente tem que ter mais eh condições né de ter essa essa presença da vida e ela vem através dessa vivência simbólica né né por isso obviamente que nem eu falei para vocês né a ideia aqui é fazer essa essa ligação dos mitos né com o nosso cotidiano que é uma das matérias inclusive que a gente vê no curso de Filosofia que vai ser simbologia a a gente estuda simbologia de diversas tradições Grécia Roma China Egito enfim a gente passa por todas essas culturas justamente para tentar resgatar
esses símbolos e vivê-los né então por isso obviamente eu faço convite a todos eh Pro nosso curso de Filosofia vai começar dia 29 de agosto uma quinta-feira às 20 horas né Eh venham conhecer Tragam as pessoas para conhecer um pouco dessa proposta pode ser que tenha um herói adormecido em algum lugar por aí né esperando justamente o dia 29 de agosto para [Música] despertar [Música] s