Feridas emocionais abertas não te permitem ser líder. Por quê? Porque ferida emocional aberta ataca a tua identidade.
Um líder é difícil ele conduzir um exército se ele não sabe o valor dele. Ele pode ser um ótimo chefe, um ótimo comandante que dá ordens e quem tem juízo obedece, mas nunca vai ser alguém que inspira, que forma outros líderes, que direciona, que serve, que levanta todo mundo. Liderança é diferente.
Ferida emocional aberta torna difícil você liderar. Fraturas emocionais são a grande chave que te mantém no lugar de perda de dinheiro, de dor, de relacionamentos, de dificuldade de manter um estilo de vida saudável, de ciclos de derrota, de "tô rico, tô pobre, tô rico, tô pobre", de tirar de você um monstro que, de vez em quando, pergunta: "Meu Deus, da onde vem isso? Eu não sou essa pessoa.
" Fraturas emocionais são a grande origem de tudo que em mim e você nos leva para o lugar de dor, de fracasso, de dificuldade, de tristeza, de derrota. Um trauma ou uma fratura emocional são vivências, experiências. O que são experiências?
Olha isso: experiência é tudo que acontece em minha vida e na sua vida; tudo, tudo, tudo que acontece, tudo do seu nascimento até a hora que você sentou nessa cadeira depois que você voltou do lanche. São experiências. Nós somos formados por incontáveis experiências.
Todas essas experiências produzem em mim e você memórias, e elas são empilhadas na nossa mente. E para cada memória, eu e você temos um significado e um sentimento, o conteúdo do método. A ação dessas memórias, o significado que você deu desde criança e o sentimento que você associou a cada experiência formam as suas crenças.
Tô só fazendo uma breve revisão para entrar nesse conteúdo: e você hoje vive exatamente o que você acredita ao seu respeito. Você tem o dinheiro que acredita que merece, você tem o sucesso que acredita que merece, você tem o corpo que acredita que merece, você tem o casamento ou a solidão que acredita que merece. Eu e você gritamos e colocamos para o mundo as nossas crenças.
E essas crenças vieram das nossas experiências. Experiência é tudo que você viveu até aqui; tudo é experiência. Então, os traumas e as fraturas emocionais são as experiências do passado de muita dor que causaram feridas emocionais que ainda estão presentes, causando prejuízo na saúde física, emocional e nos resultados da vida.
E eu vou acrescentar: tá, espiritual também. Existem muitas pessoas que nunca conquistam um espírito inabalável pelas suas feridas emocionais, que não conseguem ter um relacionamento verdadeiro de intimidade com Deus por causa das suas feridas emocionais. Todos os teus resultados são definidos pelas feridas emocionais que você tem na sua vida.
Camila, dá um exemplo simples aqui. Foi falado de algo que aconteceu com muita dor. Tem coisas que não doeram muito, mas que foram repetidas, repetidas, repetidas, repetidas até causar uma ferida.
Exemplo: faz de conta que o meu braço é a tua alma. "Menino burro! Menino burro!
Burro! Menino burro! Burro!
Não faz nada direito, menino burro! Ei, burro! Presta atenção, eu tô falando com você!
Olha para mim, menino burro! " Um menino burro não causa muito prejuízo. Dois meninos burros talvez te deixem triste, assim tristinho.
Três meninos burros e começa a doer o coração. Quarto menino burro. .
. daqui a pouco tá ardendo. Cinco, seis, sete, oito.
. . e você acreditou que você é um menino burro.
E você sabe como é o nome dessa marca na sua alma? É uma ferida emocional. Talvez ela não tenha vindo de uma dor muito forte, não precisou de um grande acidente, de uma fatalidade, de um abuso ou de algo com um forte impacto emocional, de uma grande violência, mas pequenas doses de ataque à sua identidade; sentimentos de acusação, de rejeição, de invalidação, de culpa, de crítica, de dor, repetidamente: bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu, bateu.
Virou uma ferida. Imagina que eu no meu braço bati 10 vezes. Já tá vermelho.
E como é que fica na nossa estrutura emocional a vida inteira se sentindo uma criança, se sentindo invalidada, criticada, rejeitada, não amada, injustiçada, humilhada, comparada? Feridas emocionais existem e elas são reais. Quer saber se você tem?
É só olhar teus resultados. É só olhar os teus resultados em todas as áreas da vida. Essas feridas, em algum momento, tendem a gerar uma cicatriz.
Cicatrizes emocionais são quando as feridas cicatrizam e elas podem se tornar aprendizados. Olha isso: traumáticos ou benéficos, e isso varia de acordo com a intensidade ou a duração da ferida e o significado dado por ela. Eu quero que você pegue essas palavras: intensidade, duração e significado.
Camila, me dá um exemplo para isso. Eu vou dar um exemplo real. Existiu uma história numa cidade do Brasil.
O Paulo acompanhou. São pessoas que têm mais ou menos a idade dele. Quatro jovens, quatro amigos, estavam num carro.
Eles sofreram um acidente de carro; jovens de 17, 18, 19, 20 anos, bêbados. Um não bebia, um bêbado no volante, um bêbado sentado ao lado, dois atrás. Um dos que estava atrás nunca tocou em álcool.
Aconteceu um acidente: um dos jovens morreu, os outros ficaram muito machucados. Tudo amigos. E essa.
. . fala comigo, experiência!
Esse acidente é uma experiência. Essa experiência marcou a vida dos quatro. Um perdeu a vida, o outro.
. . eu não sei notícia, mas os dois que estavam atrás; o que bebia, nunca mais tocou em álcool, virou um homem extremamente correto, íntegro, generoso e criou um movimento lindo de resgate à vida a partir do combate ao alcoolismo.
O que não bebia entrou num quadro de depressão porque viu o amigo morrer de tristeza. Foi uma forte dor, um impacto emocional tão grande que ele não. .
. Conseguiu dar o significado certo àquela experiência e virou um alcoólatra, e nunca conseguiu fazer nada da vida. Duas pessoas viveram a mesma experiência, cada um com um significado diferente; consequentemente, tiveram resultados completamente diferentes.
E as cicatrizes estão ligadas à intensidade, à duração e, principalmente, ao significado que eu dou às minhas experiências traumáticas. Óbvio que eu usei uma experiência traumática como exemplo para vocês, mas eu e você somos cheios de pequenas experiências sutis em nossas vidas: uma experiência à mesa com seus pais, uma briga de um pai e mãe que você viu na sua frente, uma indiferença, uma crítica, um divórcio, um caso de adultério dentro de casa, uma falência… Tudo é experiência, e você aprendeu bem direitinho algo com essa experiência. Mas vamos andar mais.
Existe também as cicatrizes traumáticas. O que são cicatrizes traumáticas? São marcas emocionais que nos permitem ter uma vida aparentemente normal na maior parte do tempo.
Porém, por ser muito sensível, quando tal área recebe qualquer tipo de ameaça ou estímulo, a pessoa manifesta um cuidado em forma de pânico preventivo ou de maneira desproporcional. Camila, me dá um exemplo? Eu vou dar outro exemplo radical: um veterano de guerra.
Um dia, eu li — não assisti — a um vídeo de uma reportagem de um veterano de guerra que conta que ele foi da frente da guerra da Segunda Guerra Mundial. Então, ele todo dia saía com fuzil, ele via tiro, ele pegava braço caído dos amigos, ele botava o dedo na jugular pra pessoa se sentir pelo menos amada enquanto morria. E ele todo dia saía da base sem saber se voltava vivo, e ele dormia e acordava com tiro, com bandeira voando, o braço voando, o corpo partido ao meio.
E ele voltou, acabou a guerra, e voltou vivo, mas completamente destruído. As experiências que ele viu, que ele ouviu e que ele sentiu criaram nele feridas emocionais: cicatrizes fortes. E sabe o que ele conta?
Ele disse que basta uma bola de uma criança brincando na rua bater num vidro; aquele barulho para ele é o suficiente para remetê-lo a toda dor. Ele disse: "Olha, eu sei racionalmente que não estou mais na guerra, mas o barulho de uma bola na vidraça do prédio, se eu não estiver vendo a bola e tomar um susto com aquilo, vem toda uma química no meu corpo: adrenalina, cortisol… as minhas glândulas suprarrenais são ativadas, e eu entro em pânico ao ponto de ir para o hospital com sudorese, com taquicardia, falta de ar. É um sequestro da amígdala; a nossa consciência é roubada.
" Ok, fui por causa de um veterano de guerra, mas existem homens ou mulheres que foram traídos, e se algo lembrar a cena que ele viu ou que ele imaginou, ele já cria toda a imagem de novo, ele sente a mesma dor, ele escuta as mesmas vozes, ele sente taquicardia, ele sente sudores, ele sente ira e nada aconteceu: cicatrizes traumáticas. Quais são as suas cicatrizes? Quais são as suas cicatrizes?
Camila, tem jeito? Tem. Existem cicatrizes que saram, que são cicatrizes saradas: são traumas curados, experiências adversas do passado que não causam mais prejuízo na minha vida.
Elas não tiram mais de mim o pior comportamento; elas não me colocam mais no lugar de medo, de pânico, de insegurança, de ameaça; elas não produzem mais um tipo de sentimento ruim. Elas deixaram em mim algum tipo de aprendizado. Eu consegui dar o significado correto; ela cicatrizou.
Pode bater, não dói mais. Pode botar o dedo. Ei, bota o dedo aqui, ó; não dói mais; tô sarada, não tem mais prejuízo, não influencia mais na minha vida.
Mas existem as feridas abertas, que é onde eu acho que a maioria de todos nós nos colocamos. Fala mais, Camila. Quando a ferida tá sarada, pode pegar; não vai mais doer.
Ela pode botar o dedo aqui, ela pode ameaçar que vai doer; fazer assim não me incomoda. Ela botar o dedo na ferida não me incomoda; ela de alguma forma me lembra uma dor porque tá sarada. Mas se a ferida está aberta, olha o que acontece: uma ferida recente ou não cicatrizada nos gera comportamentos disfuncionais e ações e reações desproporcionais.
Ela costuma interpretar tudo como uma agressão ou ameaça. Se a ferida tá aberta, se a ferida tava fechada, ela podia bater e não me incomodar, mas se a minha ferida tá aberta, basta ela aproximar a mão e eu falo: "Epa, não! Quem é você para pegar na minha ferida?
Por que você tá falando assim comigo? " Qualquer menção que vão tocar o dedo naquilo que te machucou no passado, seja na traição, seja na grosseria, seja na indiferença, seja no abandono, seja na rejeição, seja na crítica, seja na dor de pai e mãe, qualquer coisa ou na dor da fase adulta, no trauma que você viveu. .
. Ai de quem ameaçar que vai tocar, porque um monstro surge aí e você não entende por quê. Mas, ah, na minha ferida ninguém toca.
E essas feridas abertas nos mantêm no loop eterno de dor. É como se o cérebro. .
. O cérebro não sabe que é imaginário; toda vez que alguém faz menção que vai entrar nessa ferida, surge dentro de mim uma disfunção. Deixa eu contar uma história real para vocês.
Nós estávamos aqui nos Estados Unidos, deve ter uns quatro anos ou um pouco menos, não sei; acho que uns quatro anos, foi antes da pandemia. E a gente estava. .
. O Paulo foi levar uma palavra numa igreja aqui; quando acabou o culto, tinha um casal com duas jovenzinhas, e eles foram até mim e disseram assim: "Eu preciso ter um tempo com você e com o Paulo". Aí eu disse: "Espera dois minutinhos.
" Chegaram assim no palco, e o marido, na frente da esposa, deixou as filhas no cantinho. Esposa diz assim: "Eu preciso de ajuda. " E o Paulo, fale amigo, como é que eu posso lhe ajudar?
Ele disse: "Amigo, é o seguinte, eu tô vivendo no inferno. Eu sei que a culpa é minha porque eu errei, mas eu não sei como eu mudo essa história. " O Paulo me fala: "O que é que aconteceu?
" Esse Paulo, eu traí a minha esposa. E a esposa vem: "Eu traí a minha esposa. " Mas eu não traí de qualquer jeito, não.
Eu traí com requinte de crueldade. Aí ele começou a dizer: "Foi com uma pessoa tal. A pessoa tal tinha relacionamento com ela.
Eu levei para tal lugar, eu fiz isso. Esse relacionamento durou quanto tempo? " E ele foi contando, e a esposa, muito tranquila, ouvindo toda a história na frente do Paulo.
E o Paulo: "Então, eu tô entendendo que ela já sabe de tudo. " "Vocês estão juntos? " "Ela, sim.
" "E como é que eu posso te ajudar? " "Não, Paulo, o que que acontece? Isso já tem um ano que eu confessei, me arrependi, larguei, e ela perdoou.
Mas ela, todos os dias, me maltrata, todos os dias é indiferente, todos os dias eu comecei a falar com algumas pessoas aqui tá. Ela, todos os dias, ela é grosseira, todos os dias ela passa na minha cara o meu pecado, o meu erro. Todos os dias, ela dá um jeito de me desrespeitar e desonrar.
" E o Paulo olhou para ela e disse assim: "Por quê? " "Ela, porque todos os dias eu lembro do que ele me fez e a palavra dela, e a ferida tá aberta. E enquanto a ferida doer, eu quero ver ele sofrendo.
Enquanto a ferida doer, eu quero ver ele sofrendo. " "Pera aí, você acabou o casamento? " "Não, eu não quero acabar o casamento.
Eu quero ver ele sofrer. Feridas emocionais, feridas abertas, feridas que não saram, feridas que as pessoas não conseguem esquecer. " "Vamos para um nível de verdade, Camila.
Qual é a manifestação disfuncional de comportamento que uma pessoa que tem ferida emocional aberta tem? " Vou ler, tá? Vou ler.
Se eu fosse vocês, eu ia marcando com coragem, verdade. Então vamos lá, não precisa levantar a mão. Eu vou ler rapidinho e cada um examine o seu coração, examine de verdade.
Eu tenho que fazer, gente, parece bobo, mas por incrível que pareça funciona. Som do teu coração, tira as máscaras. Quer se livrar dessa porcaria?
Então coloca ela para fora. Não tô nem aí pra sua vida, você não é melhor do que eu, nem eu sou melhor que você. Então confessa, bota para fora, porque só tem esse caminho para você ficar livre.
Então vamos lá, características de pessoas que têm feridas emocionais: 1) Ansiedade extrema; pessoas que estão o tempo inteiro preocupadas com o futuro. 2) Um frio na boca do estômago; 3) Necessidade de controle absurda. 2) Frigidez sexual; 3) Não merecimento profundo; ganha dinheiro, mas dá um jeito de perder; consegue um sucesso na carreira, mas dá um jeito rapidinho de desconstruir o que construiu.
Tá vivendo uma lua de mel no casamento, mas dá um jeito de fazer exatamente aquilo que sabe que ele não suporta. Por quê? Porque não merece.
Fala que merece, mas no íntimo da alma não merece. Então sempre dá um jeito de voltar para lugar de dor. 4) Inadequação; sentimento de que tá sempre um peixe fora d'água.
Senta numa mesa: "Meu Deus, essa mesa é demais para mim. " Entra num ambiente e diz assim: "Não, não tô bem vestido o suficiente, não sou bom o suficiente, não sei o suficiente, não tenho dinheiro o suficiente. " Um sentimento que só quem já sentiu sabe; um sentimento de inadequação.
É coisa demais para mim, eu sou um peixinho fora desse lugar. Vamos lá. Psoríase, tô falando de manifestação física.
Sentimento de culpa: deixa eu contar uma coisa para você. Você pode negar o seu erro, olha para mim: você pode não verbalizar que errou, você não pode não confessar para ninguém, você não pode não confessar nem para Deus. Mas eu e você, independente do que você crê, nós temos algo em nós que é do Senhor Deus Todo-Poderoso.
Fomos criados por Deus. Nem todos são filhos, mas nós somos criados. Existe em mim e em você uma identificação do erro.
Toda vez que você faz alguma coisa que vai contra a tua natureza divina, aquilo que tá conectado ao teu Criador. Você sabe que você pode não confessar, você pode mentir, você pode esconder, você pode justificar, você pode botar para debaixo, você pode morrer jurando que negando. Mas você sabe que dentro do seu coração, da sua alma, você coloca o chapéu de sou culpado.
E culpado não merece ter dinheiro, culpado não merece ter casamento feliz, culpado não merece ter filhos fortes emocionalmente, culpado não merece sucesso, culpado não merece saúde, culpado não merece o estilo de vida abundante, culpado não merece prosperidade profissional, culpado merece dor. E ferida emocional aberta te mantém no lugar de culpa e, por ser culpado, você sempre dá um jeito de parar no meio do caminho, de voltar para o lugar do erro, de procrastinar, ciclos de autossabotagem sem fim. Não precisa confessar.
Amigo, você sabe quando erra? Depressão, melancolia, tristeza, vontade de estar quietinha no canto, vontade de estar escondida, dificuldade de estar em ambientes sociais, vontade de estar num quarto escuro. Feridas emocionais abertas, impaciência e descontrole.
Eu recebi algumas mensagens essa semana. Eu tenho uma mentoria para mulheres e eu recebi muitas mensagens, semana mulheres falando: "Camila, eu não consigo controlar as minhas emoções. Eu faço todos os meus exercícios, mas quando menos espero eu tô gritando, eu tô me zangando, eu tô me enfurecendo.
Aquilo que eu não quero viver é o que eu tô vivendo. " Feridas emocionais abertas, falta de diálogo, síndrome de pânico. Sério, Camila, seríssimo!
Síndrome de pânico: feridas emocionais abertas, subserviência. Aquelas pessoas. .
. Que não conseguem dizer não. Pessoas que não dizem não.
Pessoas que estão o tempo inteiro como capacho de outras pessoas, que não colocam limite nos relacionamentos, nem pessoais nem profissionais, estão sempre cedendo o seu lugar pro outro, o seu trabalho pro outro, a melhor parte pro outro. A Camila é generosidade, e não é dependência emocional e necessidade de se colocar no lugar de subserviência, porque assim você, de alguma forma, se acha aceito. Dificuldade de se relacionar e fazer amizades, isolamento, solidão, feridas emocionais abertas, compulsão por compras: joias, carros, bolsas, sapatos.
Ai, Camila! É todo tipo de compulsão. Fala de uma ferida emocional não tratada, dificuldade de liderar equipes.
Liderar não é chefar, tá? Você pode ser um ótimo mandador de tarefas, mas isso não é ser líder. Feridas emocionais abertas não te permitem ser líder.
Por quê? Porque ferida emocional aberta ataca a tua identidade. Um líder é difícil de conduzir um exército se ele não sabe o valor dele.
Ele pode ser um ótimo chefe, um ótimo comandante que dá ordens e quem tem juízo obedece, mas nunca vai ser alguém que inspira, que forma outros líderes, que direciona, que serve, que levanta todo mundo no lugar. Liderança é diferente. Ferida emocional aberta é difícil você liderar.
Medos crônicos: medo do escuro, medo de casar, medo de ter filho, medo de falar em público, medo de medo, medo, medo. Eu sou paralisada pelo medo. Feridas emocionais abertas.
Desacordo, dificuldade de entrar em alinhamento com os filhos, com cônjuge, autovitimização, autossabotagem o tempo inteiro, com estilo de vida que te leva a um lugar de fracasso. Desequilíbrio entre ganhar, ter e usufruir. Fala mais, Camila!
Feridas emocionais abertas. Lembra: feridas emocionais abertas falam de identidade. Pessoas têm dificuldade profunda em equilibrar o que ganham, o que gastam e o que usufruem.
Algumas precisam: "eu preciso ganhar, eu preciso ganhar, eu preciso ganhar, eu preciso ganhar! " Aí, só ganham e retêm. Outros nem querem saber quanto ganham: "eu preciso gastar, eu preciso gastar", porque isso alimenta alguma coisa, o buraco que tem na minha alma.
"Eu preciso gastar, eu preciso gastar! " Outros ganham muito, gastam pouco, não conseguem usufruir. Outros querem comer todos os bombons no mesmo dia.
Sempre que existir um desequilíbrio na administração dos seus recursos financeiros, é o indício de uma ferida emocional aberta. Camila, por que eu preciso eliminar, sarar, cicatrizar as minhas feridas emocionais? Por que eu preciso?
Por que é importante eu eliminar o trauma ou, pelo menos, diminuir a intensidade dele? Por quê? Sabe por que você precisa se livrar do trauma?
Porque essa dor só existe porque a ferida emocional tá aberta. Só por isso. Só existe dor na nossa vida porque existe orgulho.
O orgulho só existe na minha vida porque ele é o bandido da ferida que tá aberta. Só existe dor, problema, dificuldade, porque a ferida não foi cicatrizada. E ela, enquanto tiver aberta, sempre vai ser estratégia do orgulho, do vitimismo, da falta de autorresponsabilidade.
E aí, toda a narrativa de destruição que tem te colocado num lugar de dor, de autossabotagem, de estilo de vida disfuncional, todo problema que eu e você temos, temos por causa do orgulho. E o orgulho só existe porque tem uma ferida aberta. E ele fica lá: "eu vou defender, eu vou defender, eu vou proteger".
Ninguém bota mais a mão. E esse é um ciclo sem fim na minha vida e na sua vida. Só existe cura quando a gente decide viver esses três passos.
Parece simples, né? E é! Sabia?
A pergunta é: o quanto teu orgulho vai deixar você viver os três passos? Vou te dizer qual o caminho. Primeiro, faz a tarefa aberta porque faltou perdão.
Como assim, Camila? Eu já perdoei? Será?
Será mesmo que você perdoou? Você perdoou ou você diz assim: "não quero nem ouvir a voz. Pra mim, vai lá, viva sua vida, pra mim não importa o que você faça"?
Você consegue abençoar a vida dessa pessoa? Você consegue abrir a sua boca e abençoar a pessoa que mais te feriu? Você consegue orar por ela?
Você consegue declarar que ela tem uma vida melhor do que a sua? Você consegue celebrar de verdade as vitórias dela? Você consegue viver uma dose de sacrifício, de alguma forma, seja financeiro, seja de tempo, seja de qualquer coisa?
Você consegue entregar alguma coisa para essa pessoa? Só existe ferida emocional aberta porque falta perdão. Só existe ferida emocional aberta porque falta perdão.
Sabe por que aquela esposa todo dia maltratava o marido? Porque ela não tinha perdoado. Ela aceitou porque não queria acabar o casamento, mas perdão, não!
A segunda coisa que mantém a tua ferida cheia de pus, fedorenta e destruindo a tua vida, roubando a tua saúde, teu dinheiro, tua paz, tua alegria, significado e narrativas erradas. Eu preciso contar essa história para vocês. Acabou de acontecer, deve ter 10 dias.
Eu estava na academia onde eu treino todo dia, em São Paulo, e chega uma vizinha dentro do meu condomínio. Do nada, ela me mira e vai onde eu tô. Ela olha para mim e disse assim: "Camila, eu preciso arrancar o ódio que tem dentro do meu coração.
" Do nada! Aí eu parei e disse: "fala, amiga, fala mais. " "Todo dia eu sinto uma fúria dentro do meu coração.
" Eu disse: "de quem? " Aí ela olha e diz: "de my love. " Eu disse: "meu Deus, quem é o my love?
" Uma fúria do my love! E eu disse: "o que é que ele te fez? " Camila, comecei a namorar com ele na adolescência, nós temos, sei lá, 20 anos de casado.
Não lembro o nome que ela disse. Você acredita que há 3 anos atrás ele viveu. .
. o nome que ela usou foi uma fé? Ele viveu uma fé, ele foi curtir a vida, ele foi tal.
. . Tal, tal, Camila.
Eu olhei calma. Vem cá, você tá casada? Ela: Tô.
E você? Não perdoou nunca? Eu durmo e acordo sentindo ódio no meu coração.
Gente, isso tem sete dias, dez dias. Eu disse: "Ok, e qual é a consequência? Qual é a consequência?
É porque todo dia a mesma coisa da outra esposa. Todo dia dói o meu coração. Eu como o que não quero comer, eu tô acima do peso, eu estou ansiosa, eu tenho síndrome do pânico, eu tenho insônia, e eu não consigo mais me conectar com ele.
" E aí, quando ele faz menção que vai embora, eu saio correndo desesperada para ele não ir embora, mas quando ele volta, eu sinto tanto ódio. Eu disse: "Por que que você vem me falar? " Ele disse: "Porque eu quero sua ajuda.
" Você quer minha ajuda? Quero. Então pega papel e caneta.
Você vai escrever uma carta onde você vai botar para fora toda a sua fúria, mas ela vai acabar nesse papel. Depois você vai pegar essa carta, você vai ler. Se faltou mais alguma coisa, bota mais.
Pode chorar, ter raiva, ruivar. Atenção! Você vai fazer a carta.
Ela: Não, não. Mas deixa eu te contar uma coisa. Você acredita que a mulher tinha metade da minha idade?
Eu disse: "Filha, olha para mim. " Depois disso, você vai fazer uma carta de gratidão por tudo que você viveu com ele nesses 20 anos, e para cada motivo de gratidão, você vai dizer por que é que você ama esse homem. Você tá me entendendo?
Tô. Você vai fazer. Não, calma.
Eu preciso falar. A gente tá rindo, né? Mas em que área da sua vida você tá igualzinha a ela, se envenenando nas suas narrativas, se justificando, justificando a sua dor, seu insucesso, seu fracasso, a sua dificuldade?
Eu já sei de todas as coisas porque eu já fiz todas as coisas. Que área da sua vida você tem se envenenado pelo seu discurso, pelas suas narrativas? E você sequer escuta a possibilidade de mudança, completamente aprisionada nas narrativas erradas, no significado errado.
Ei, poucas coisas. . .
Amanhã eles vão ter aulas de narrativa. Amanhã, poucas coisas são mais poderosas para mudar a sua vida e a minha vida do que a narrativa. Você é o que você fala.
Você vive o que você fala em todas as áreas. Você tem um relacionamento com Deus que está completamente alinhado às suas narrativas. Você tem um casamento alinhado às suas narrativas.
Você tem uma carreira profissional alinhada às suas narrativas. Você tem dinheiro alinhado às suas narrativas. Você tem um corpo alinhado às suas narrativas.
Você tem os filhos alinhados à sua narrativa. Aquilo que você fala dos seus filhos, você vive. Aquilo que você profetiza e declara sobre a sua casa é exatamente o que você vive.
No método SIS, eu ensinei para vocês que o tolo fala do que vê, né? O sábio fala do que quer viver. Mas você já sabe, ó, você repetiu o que eu disse.
Mas será que você mudou suas narrativas? O que que você fala do seu corpo? O que que você fala da sua saúde?
O que que você fala da sua vida financeira? O que que você fala do seu cônjuge? O que é que você fala do seu futuro cônjuge?
O que é que você fala do seu país? O que é que você fala da nação que você vive? O que é que você fala?
Qual é a explicação que você tem contado? Por que é que a ferida ainda tá aberta? Será que ela é o troféu que você usa para se vitimizar, para passar na cara de quem te feriu?
Para dizer: "Olha o prejuízo que eu tenho na minha vida hoje por sua causa"? Porque essa moça faz isso. Ela usa a ferida para maltratar o marido.
Mal sabe que quem tá adoecendo é ela, e ele tá lá de boa. Qual é a narrativa? O que é que você conta sobre as feridas que estão abertas no seu coração?
E terceiro, quando você sofre recorrentemente o mesmo abuso emocional? Eita, Camila! Como assim?
Eu vou usar um caso hipotético. Carina, vamos supor. Sei nada da sua vida, mas vamos supor que a sua ferida emocional está ligada à invalidação.
Você ouviu muitas vezes, como criança, que isso não é para você, que você não consegue. Você foi comparada e não cumpriram o que prometeram a você. Vamos supor que não cumpriam o que prometiam a você.
Essa é a fase. E aí você cresceu, sua vida, acreditando que você não era merecedor. Afinal de contas, ninguém te dava o que te prometia.
Teu pai disse que ia chegar, mas não chegava. Tua mãe prometia que fazia algo e não fazia. O melhor sempre estava para os outros.
Não era para você. Então você cresceu com uma crença de merecimento e de valor adulterada. E aí você segue sua vida e, em todos os relacionamentos, você é casada.
Todos os relacionamentos que você teve, você sempre entendeu que as pessoas não cumpriam o que prometiam a você. Sempre alguém te deixou devendo alguma coisa. Alianças não eram cumpridas, acordos eram quebrados.
E ela vai dizer assim: "Na vida. . .
" Vamos supor que ela cresce. Ela diz assim: "Meu Deus, cara, o negócio desgraçado é homem. Cara, homem não presta.
Homem não cumpre promessas. " Não, filha, homem presta! Só que ela, pelas feridas emocionais dela, virou uma mulher viciada em quê?
Em ser desapontada, em ser desonrada, em ser enganada. E ela segue uma vida inteira se conectando com pessoas, seja profissionalmente, seja nos relacionamentos, seja na vida social, pessoas que vão alimentar o mesmo vício dela. Conseguiu entender como funciona?
Aí ela vai dizer assim: "Mas como é que eu me curo disso se eu só me conecto com pessoas que fazem eu sentir de novo a mesma dor? Como é que eu saio desse lugar? Eu tô o tempo inteiro, recorrentemente, vivendo o.
. . " Mesmo tipo de abuso emocional, eu vou falar de mim.
Quem não fez o SIS ainda não vai entender. Obrigada, linda. Qual era a minha principal ferida emocional?
Crítica, grosseria e humilhação. Fui muito criticada, muito. Minha mãe era muito crítica, e nenhuma crítica dela era carinhosa.
Ninguém critica de forma carinhosa; pelo menos, ela não criticava dessa forma. Ela era sempre com grosseria, com impaciência, com adjetivos pesados e sempre tinha plateia. Então, tinha a crítica e a humilhação.
Essa era a minha ferida emocional, e a ferida estava aberta. Eu entrei no meu relacionamento conjugal com a minha ferida emocional aberta, e todas as vezes que eu conto isso no CIS, todas as vezes que o Paulo ia me dar um feedback. Por que o meu casamento quase acabou?
Porque, se a minha ferida é a crítica, se o meu marido ia me exortar, ia me dar um feedback, ia dizer como ele se sentia quando eu me comportava. . .
Porque não tem relacionamento sem feedback! Se você não consegue dar um feedback, ouvir o feedback, tá fadada ao fracasso, seja profissional, seja conjugal, seja qualquer relacionamento. Você precisa ser capaz de falar, e a outra pessoa tem que ouvir, pelo menos, colocar no mosaico e pegar 1% de oportunidade de transformação.
Mas como a minha ferida era crítica, todo feedback eu entendia como: "Meu Deus, que homem insatisfeito! Tá sempre reclamando, tá sempre criticando. Se, meu Jesus, casei com a minha mãe!
" E era essa a minha leitura. Gente, eu casei mesmo com a minha mãe. É real, eu procurei no mercado quem era igual a ela.
Você fez a mesma coisa? Você encontrou quem alimentasse sua ferida. Pode escolher.
Eu não sei em que área foi, mas você encontrou alguém que alimentava sua ferida. Deixa eu ver quem é que bota o dedinho exatamente onde dói. E não tem nada a ver com ele, a ferida emocional era minha, mas toda ferida emocional gerou em você, amigo, um vício emocional.
E você com certeza está cercado de pessoas que alimentam o seu vício. Todos nós. Porque eu perguntei e duas pessoas levantaram a mão.
Se eu não me percebo com nenhum desses comportamentos. . .
A última turma que eu estava ministrando esse conteúdo foi interessante: veio uma senhora, um oriental. Ela levantou a mão e disse assim: "Camila, eu não tenho nada disso. Eu não tenho uma memória de dor da minha infância.
" Eu disse: "Uau! Eu preciso conversar com você. Preciso conhecer sua família.
Senta aqui. " E ela saiu correndo atrás de mim na sala, não é verdade? Aí eu disse: "Sério?
" Ela: "Deixa eu te contar, meu pai era imigrante, um japonês que chegou em São Paulo e trabalhava muito para sustentar os seis filhos. " Olha isso, não tinha nenhuma ferida! Trabalhava muito para sustentar os seis filhos, e eu era a filha mais velha.
E ele disse assim: "Ele queria ter um filho homem e não nasceu nenhum homem. " E ela não tinha nenhuma ferida. E eu entendi que esse era o meu papel.
E ele morreu cedo, Camila, e eu sustentei meus quatro irmãos. Sou médica, trabalhei. .
. Eu disse: "Uau! " E disse: "Fala mais da sua vida.
" Ela: "Você é casada? " "Sou! " "Sou casada.
Tem filhos? " "Não, não, não. Filhos não.
" Eu disse: "Há quantos anos você é casada? " "Ah, 18 anos. " "E filhos?
" "Não, eu já criei quatro. " "Não tem nenhuma ferida? " "Ah, não.
O seu marido? " "Não, ele já entendeu que para estar casado comigo não pode ter filho. " E não tem nenhuma ferida, orgulho!
A verdade é que, enquanto existir ferida, enquanto existir falta de perdão ou enquanto existir as narrativas, as explicações, enquanto existir justificativas, enquanto existirem vícios emocionais, as cicatrizes não são curadas. Deixa eu fazer uma pergunta: você já parou para pensar por que pessoas extraordinárias fazem coisas terríveis? Olha isso, Camila, não tenho ideia!
Que mulher é essa que eu casei? Gente, era uma princesa e, de uma hora para outra, a minha mulher virou uma "megera", ranzinza, resmungona, lamurienta, ingrata, insatisfeita, controladora. Quer controlar os meus pensamentos, quer controlar o que eu faço, quer controlar os meus sentimentos.
Que pessoa é essa que eu casei? Por que pessoas maravilhosas fazem coisas terríveis? Estive casado por 10 anos e não conhecia a minha esposa.
Dez anos depois veio o filho e apareceu uma versão dela abominável. Por que pessoas incríveis fazem coisas terríveis? Só um monstro seria capaz de fazer isso com o próprio filho.
Frases do tipo. . .
Você já ouviu frases desse tipo? Gente, como assim esse homem trata essa criança dessa forma? Aos gritos, aos berros: "Cala a boca!
" Impaciente, grosseiro, mas dentro do ambiente de trabalho, um Lord! Por que, naquela atmosfera, naquele ecossistema, naquele ambiente, naquela instância, ele é um rei e em casa um traste? Você conhece pessoas assim?
Eu conheço! Por que pessoas incríveis, dentro de um ambiente familiar, talvez sejam tão fracassadas num ambiente profissional? Preguiçosas, procrastinadoras, superficiais, medíocres, faz o mínimo necessário, finge que trabalha, só se conecta com os laranjas podres da empresa, estão sempre reclamando, murmurando.
Mas é um pai incrível! Mas nesse ambiente desprezível, desinteressante! Por que será que uma mulher que faz um projeto social maravilhoso, generosa, amorosa, misericordiosa, doadora, investidora de projetos, sensível ao dolor alheio, por que ela é incrível nesse ambiente e, quando chega em casa com os filhos, ela é grosseira?
Ela é estúpida, ela tá cansada, ela é impaciente, ela é desrespeitosa, ela é desconectada? Como pode a mesma pessoa ter versões tão diferentes em áreas diferentes da sua vida? Como podem pessoas tão extraordinárias fazer coisas tão terríveis?
Esse homem cruel deixou a esposa e os filhos com a mão na frente e outra atrás. Mas você viu como ele é na igreja? Como podem duas pessoas fazerem coisas tão diferentes e antagônicas?
Desculpa, como a mesma pessoa pode fazer duas coisas? Tão diferentes e antagônicas, era uma pessoa tão boa. Era uma pessoa tão boa.
Quem conhece alguém assim, levanta a mão. Eu não vou perguntar se é você, tá? Prometo.
Por que pessoas boas, como eu e você, fazem coisas terríveis? Ei, por que um homem tão honesto, profissionalmente tão sábio, tão inteligente, gente tão estudiosa, tão preparada, um pai amoroso, deita para um filho dormir, ensina a palavra de Deus aos filhos, joga futebol com pequenino, cuida da flor para princesa? Por que ele é um adúltero?
Por que uma mulher tão instruída, tão próspera financeiramente, abandona uma família? Por que pessoas que estão em crise fazem coisas tão desprezíveis? Por que pessoas fazem coisas terríveis?
Por que são acusadas? Por que tratam com desrespeito? Por que fazem assédio?
Por que procrastinam? Meu Deus, por que sabem o que têm que fazer e sempre deixam para amanhã? Mas, Camila, ele é brilhante nessa área.
Pois é, e nesse ele todo dia diz que no outro dia vai fazer. Como é que pode? Como é que pode uma pessoa tão doce e generosa, que abençoa tantos projetos de criança ao redor do mundo, ser tão violenta quando tocam na ferida dele?
É tão bruto, é tão grosseiro. Por que ele é tão agressivo? Bastou ameaçar a ferida dele, que está aberta.
Como pode, no mesmo coração, habitar o mais genuíno amor ao próximo e a mais louca fúria? Da onde vem isso? É a mesma pessoa.
Como é que pode pessoas tão prósperas financeiramente se sabotarem e destruírem a sua saúde todo dia? Como pode pessoas que cuidam tanto do seu corpo terem uma frieza espiritual que eu não sei nem como é que vivem? Como pode pessoas tão sábias financeiramente destruírem as suas casas todos os dias?
É a mesma pessoa. É a mesma pessoa. Depressão, paralisação, pessoas numa inércia absurda, não conseguem romper, não vão para outro nível.
Pessoas que vivem em torno de abusos: abusos emocionais, abusos sexuais, abusos físicos, suicídio. Eu gosto de abrir o leque do suicídio, porque quando as pessoas pensam em suicídio, dizem assim: "ato de tirar a vida", "ato de tirar a vida". Mas esse é o clássico.
Só que tem outro, extremamente mais comum, que é um estilo de vida suicida. A pessoa não tira a sua vida, mas se mata todo dia um pouquinho. Se mata comendo errado, se mata bebendo o que não pode, se mata não dormindo, se mata procrastinando, se mata com sedentarismo, se mata com tristeza, se mata com melancolia, se mata nas mesas erradas, se mata ouvindo o que não é para ouvir, assistindo o que não é para assistir, se mata com indiferença, se mata com solidão, com tristeza crônica.
Existe um estilo de vida suicida. E como pode a mesma pessoa ser tão preparada em uma área e ser tão, tão, tão desprezível em outra área? Quem todo machucado machuca.
Enquanto a sua ferida doer, de dentro de você, vai jorrar bênção e maldição. Vai existir uma versão de um homem íntegro, virtuoso, sábio, nobre, um homem de honra, mas também vai existir um homem desprezível, furioso, indiferente, frio, grosseiro, sabotador, preguiçoso, derrotado. Enquanto a ferida doer e enquanto a ferida doer, vai existir uma mulher sábia, de honra, humilde, generosa, sensível, guiada pelo Espírito Santo de Deus.
Mas enquanto a ferida doer e você não decidir perdoar, mudar as narrativas e parar os vícios emocionais, vai existir também uma mulher raivosa, ingrata, insatisfeita, adúltera, preguiçosa, reclamona, injusta. Enquanto a ferida doer, as minhas feridas emocionais, as suas feridas emocionais, elas sempre serão a chave do que não está bom na sua vida. Lembra do problema que você disse que queria mudar?
A chave vai ser isso. Como é que eu sei quais são as minhas feridas? Tua feridas é tudo que te ofende.
Tudo que te ofende são tuas feridas. Uau, fala mais, Camila. Tudo aquilo que tira de você um comportamento que você não gosta é uma ferida emocional.
Tudo aquilo que te incomoda, tudo aquilo que gera um sentimento ruim no seu coração é sinal de que tem uma ferida emocional que não está cicatrizada. Então vamos começar a trazer consciência, porque a gente só se livra daquilo que a gente conhece. A gente só pode interromper um ciclo de vista emocional quando eu sei como eu me comporto.
Todas esses comportamentos aqui são isca. Isca de quem? Tem um livro que eu amo, do John Bevere, chamado "Isca de Satanás".
A ofensa é uma isca de Satanás. Por quê? Porque ele tira você do centro da vontade de Deus sempre.
E quando eu mordo a isca, quando eu me ofendo porque a minha alma está ferida, a ofensa sempre vai tirar de você a versão que não parece com o homem e a mulher que Deus fez para ser. Por isso ele chama de isca de Satanás. Então, tudo que te ofende fala da tua ferida que está aberta.
Tudo que te ofende fala de um perdão que ainda não foi dado. Tudo que te ofende fala de uma narrativa, de uma explicação, de uma justificativa que você tem dado e não tem entrado num lugar de transformação e mudança. Então vamos lá pro jogo da verdade.
Você vai colocar uma nota de 0 a 10. Eu vou ler, tá? Eu vou ler, calma.
De 0 a 10, o quanto isso te incomoda, o quanto isso te ofende? Sejam sinceros, sejam sinceros. Então, vamos lá.
Quando você se sente rejeitado, de 0 a 10, o dói rejeitado? Tipo assim: "Olha, uma coisa básica, boba. Ei, vocês estão indo para onde?
Vamos comer uma pizza. " "Ah, eu vou com vocês! " "Não, não foi chamado.
" "Não foram chamados. " "Ah, mas eu vou com vocês. " Aí, quando você está entrando no carro, o carro só cabia cinco, você é a sexta pessoa.
"Ah, não, ok. Tá, eu vou ver se. .
. " Eu peguei um Uber, então, no próximo dia, eu vou para alguns. .
. Isso é uma rejeição. Existem rejeições sutis o dia inteiro, então, de zero a dez, o quanto a rejeição te incomoda?
Sejam sinceros. Verdadeiros. Injustiça: quando você é injustiçado, quando você entende que te julgaram por algo que você não fez ou que não te deram a honra pelo aquilo que você fez.
Sentimento de injustiça, se essa for tua isca, coloca aí de zero a dez. Abandono: sempre que você se sente abandonado, que você se sente esquecido, preterido, de trocados, você por alguém ou por alguma coisa. Qual o sentimento?
Humilhação: sempre que você é criticado, julgado, comparado publicamente. Quando você se sente humilhado, isso para você te ofende ou não? Camila, a humilhação não me ofende.
Zero. Traição: engano. Veja que eu tô usando o verbo “quando você se sente”.
Tá? Quando você se sente traído e enganado. Qual é o sentimento?
Maus-tratos: abuso, abuso verbal, abuso emocional, abuso moral, abuso, todo tipo de abuso. A gente tem gente que enlouquece, se sentir que tá sendo. .
. Você tá me ameaçando? O cara pode ter dito que ia dar porrada nele; ele não se incomoda, mas se ameaçou.
. . Como é?
Você tá me ameaçando? Aí vira um monstro. Indiferença: poucas formas de desamor são mais cruéis do que a indiferença.
Como é que você se sente quando a pessoa lhe trata com indiferença? É como se você fosse igual àquela porta, nem fede nem cheira. Tenha um tipo de.
. . nenhum tipo de importância, nenhum tipo de valor.
Qual o sentimento? Comparação: quando você é parado. .
. Isso é uma ofensa para você ou não? O quanto isso te incomoda?
Mentira. . .
E aí eu comecei a olhar. Só que eu era totalmente prepotente, totalmente arrogante. Não estava fácil viver da forma que eu estava vivendo, porque eu olhava pra minha vida.
Foi super desafiador. Eu conquistava meu diploma de médico, eu já estava trabalhando numa empresa muito grande, numa estatal; eu tinha um cargo bom, eu tinha um salário bom. E eu olhava pra minha família, olhava pros meus filhos e eu não me encontrava nem na minha profissão e muito menos dentro daquela família.
Milhões de pessoas hoje estão num quadro de sobrevivência, estão sobrevivendo, estão tendo uma saúde péssima. Sabemos como a gestão das emoções influencia na depressão, na ansiedade, no Parkinson; como elas influenciam em todas as doenças da nossa vida. Hoje, o método SIS, para mim, é uma oportunidade.
Uma oportunidade de quê? Oportunidade de vida. Se não fosse por ele, eu teria virado estatística.
Hoje, vocês estariam ouvindo ou lendo, né, um médico que destruiu uma família e cometeu suicídio.