Cosmologias indígenas: palavras que carregam mundos

8.87k views12057 WordsCopy TextShare
Autonomia Literária
O Brasil passa por uma das maiores crises da sua história. Para resistir ao projeto bolsonarista, qu...
Video Transcript:
[Música] boa noite pessoal e gostaria de agradecer muito a presença de vocês aqui no meu grupo quer que sua editora a autonomia literária eu tenho a honra imensa de está mediando essa mesa espetacular cosmologia indígena as palavras que carregam mundos com três figuras muito especiais já antiga e professor da da usp um sujeito um pensamento muito original o autor no ar selvagem pela autonomia literária está chegando à quarta edição um prefácio novo do quarto o japão está felizmente quarta com prefácio novo do excelso a nossa querida suely rolnik professora da puc e psicanalista autora do
espera da insurreição notas para uma vida nunca fez nada nem menos um cumpre fará um posfácio do pub atriz preciado e o nosso queridíssimo grande ailton krenak um dos maiores lutadores da causa indígena no brasil autor desse livro o econtro os que têm organização de sérgio com que a apresentação de eduardo viveiros de castro pela editora aleph vamos começar aqui basicamente eles não vou começar pela organização do livro no qual livro em idéias para adiar o fim do mundo idéias para adiar o fim do mundo pela companhia zia que está sendo lançado em evando começar
pela ordem e já foi ele e ailton depois a gente abre 'briga' a e lembrando as coisas da flip peitão aqui montados no nosso bartali tem uma cachaça cerveja super importante pra gente daqui a pouco a gente está abrindo para a venda de livros aqui só pra não atrapalhar a galera que tá palestrando e abusam tá aí daqui a pouco não fechou logo mais super importante o apoio de vocês estão lotando aqui brigado já o boa noite é epiléptico é um prazer então tá tá aqui com um golaço olímpico ailton congo eu acho que a
afp é na sua segunda edição acho que é um acontecimento muito bonito muito importante né encontros debates conversas e outras coisas mais o a gente vive é de alguma forma acho que muitas formas numa um período de transição então a gente tem muita dificuldade um pai nosso esforço é se situar no que tem está acontecendo o que que é qual é o nosso momento político no país no mundo nem suas relações é interessante que é é acho que dialoga com o título tanto do do livro ele quanto esse agora do aílton né é a gente
vive várias sobreposições de fim de mundo nem tem tem a os projetos da esquerda que não deram certo né a libertação nacional socialismo do real social democracia mas também o que alguns em algum momento acharam que era um capitalismo com democracia representativa e uma certa distribuição de renda isso tudo é ruiu e aí a gente vive e se esse renovado confronto entre formas autoritárias e desejos libertados e quando a gente puxa isso para o brasil eu acho que tem mais camadas é é talvez um tanto mais perversas porque talvez olhando é o fim da história
a gente vê uma há sempre fica né esse debate nesse se o tal governo tem um projeto ou não né e de alguma forma sempre pensar num projeto como um preenchimento coletivo um certo sonho coletivo e muito raro ter né porque a gente foi olhar tem uma uma longa guerra de ocupação nunca guerra colonial e se a gente é só pensar quais são as alternativas o que construções coletivas estão em curso e podem é prosperar ganha força é a potência eu acho que um dos caminhos mais festas mais potentes mas é fortes é um digamos
um dever indigenismo das lutas independentistas da esquerda é isso vamos dizer uns seria um é uma conexão que eu vejo acontecendo há uma riqueza de lutas é uma riqueza existencial né apesar dessa longa guerra que mencionei antes né isso se dá pra mim pra falar rápido nem vou falar bem pouquinho aqui em 33 pontos 1 eu acho que essa questão do território o melhor de sempre da terra e de uma terra né e aí tem é uma palavra que pode a gente pode se desentender ao invocá-la que é uma terra habitada né dá uma terra
habitada por espíritos onde as coordenadas e biológicas as pessoas se ligam também a uma série de coordenadas o cosmo fechou então é também pensar uma política das plantas uma política do cultivo na política os animais que inclusive é um digamos parte do que seriam aí uma cota um político de cosmo políticas na então esse eu acho que é o primeiro é o primeiro ponto em segundo é toda uma política que inverte a relação manda obediência nessas na política em geral quando ele vai entender de política vai pensar que a política vai pensar é que os
mandou outros obedecem e a gente justamente pode pensar no píer classic mas para além disso de muitas práticas ocorrendo você tem uma total inversão disso né entre quem manda e quem obedece os vetores são também divertidos né isso tá ligado tanto à a mitos mas também a práticas concretas onde esse lugar do chefe e muitos coletivos vai existir mas existe justamente para ficar fraco que essa inversão diretor e um terceiro que é a questão é é da cura eu sempre fico na dúvida usar essa palavra não fico muito digamos mas eu nunca talvez a aacd
júnior deve ter uma melhor né mas é o que é o rito a celebração né aaa a vida luta né ou seja como que é agente atingido nem por epidemias aí de doença onde mental e de uma doença também chamada capitalismo e que daí também traz o fim do mundo palpável para todos nós é como que a gente se livra disso né e aí acho que tem um clube essa questão de que ritos de que formas coletivas se mobilizar a gente consegue é cultivar e isso tenha uma relação também que eu acho que está presente
em múltiplos povos indígenas que é o uso de certas substâncias psicoativas e também em relação àquele primeiro ponto do território habitado pela terra habitado e o que eu acho interessante e de alguma forma o que eu tentei produzir no mar selvagem é como que esses três pontos eles não são nada lei us a uma tradição menor mas uma tradição das lutas revolucionárias né pensando que a política só faz sentido se ela foi entendida como criação né o resto é burocracia e tudo mais ou seja como que a luta só faz sentido se ela promoveu um
desses caminhos da criação nem os caminhos da construção e o caminho da revolução e o primeiro é aquele primeiro produto da terra habitada ele se envolve por exemplo em si tem alguma coisa universal nos mais variados povos é o que a gente pode chamar pra falar rápido bruxaria inclusive é entre o no coração da chamada europa ocidental celtas né é só ver por exemplo falar rápido o astérix é tem o druida né sempre tem né não vai ver no fundão na inglaterra uma história na floresta negra na alemanha nettheim universalidade do chá eo próprio max
para entender o capitalismo ele vai é e até o grupo tava comentando isso comigo mais cedo né na frase tudo que é sólido se desmancha no ar tem a ver com isso é quando ele vai aprender o capitalismo e sistema feiticeiro ele vai lançar mão dessas perspectivas porque é elas nos transbordam e tem que convocar o invocar é certos conceitos para dar conta dele e também do de golpeá lo o segundo é a questão da chefia de uma política não hierárquica ela está ligada a uma nova tradição menor que tanto o anarquismo comunismo dos conselhos
e sindicalismo revolucionário nos conselhos operários é e isso está muito ligado também a todo o espírito de uma prática de 68 como revolução global aliás a gente vê que há 50 anos todas as instituições fracas da esquerda embora ainda em certas funções tudo mais estão uma crise tremenda e o terceiro são essas intersecções entre fast luta é por exemplo o que vai ser considerado por muitos o grande exemplo inaugural do do governo ou do da criação política proletária comuna de paris ela nasce numa festa né ou seja quando o governo de versalhes que se se
rendido tinha desistido de defender em paris vai tentar recuperar os canhões eles a guarda nacional é recebida pelas mulheres parisiense trabalhadores que promove uma grande festa no que alguns vão dizer o primeiro dia de sol então na primavera de 1971 então não existe luta que não seja alegre então não existe é só essas vão dizer que vão nos interessar e aí né ô ô ô isso também nos coloca eu acho todos sistemas é isso vai ter a mesma solidez amanhã de alguma forma todo dia está debatendo isso descordando vendo caminhos tentando sair de nariz mas
que é toda essa questão espinhosa é que a tradição uma certa tradição marxista falar não o que conta é a classe numa burrice política é inominável porque é fácil sempre foi preta feminista no próprio são da coluna que eu acabei de citar trans indígena é etc e aí o que eu acho que é interessante é ver como que essas intersexualidade superam eu estava até mais cedo lendo uma entrevista do aílton ele tem uma passagem que é muito bonita né e o wilton nos anos 80 participou de uma iniciativa maravilhosa e que está um pouco esquecido
né que a aliança dos povos da floresta e aí um certo momento ele vai diz quando os seringueiros primeiros patrões eles encontraram os índios né luis quem é interessante nos três pontinhos que eu citei antes agora nesse exemplo do aílton né ou seja quando essa essas alianças inesperadas ocorrem todas essas também classificações algumas certezas algumas verdades elas acabam se dissolvendo no sentido produtivo então eu acho que esse encontro que teve nos anos 80 da aliança dos povos da floresta para o falar com a participação da vical penal chico mendes e outros eu acho que isso
mostra o caminho e de certas é criações políticas certas promiscuidades importantes que eu acho que estão aí por aí é por aí afora e que claro que de alguma às vezes a gente pode falar não para simplificando mas no fundo que é uma é uma é uma é uma luta entre vida e morte nem senti ver todas as ações do atual governo brasileiro o que une todas né o agrotóxico o código de trânsito não é querer fazer guerra da venezuela é posse de armas e porte de armas né vamos ver com a cor de paris
né é é sair da cor de migrações tudo aí tem um fio muito forte que une é numa perspectiva total que é no fundo o que é é com naturalidade de uma movimentação talvez fascista verão fascista um pouco importa nesse sentido a palavra mais um certo uma um uma celebração da morte e eu acho que quando a gente percebe todas essas lutas o que eu acho que é maravilhoso isso é eu acho que tira qualquer desânimo possível é que a gente vai vendo essas experiências todas as vezes pontuais às vezes efêmeras às vezes não mas
que tem de extraordinário é que elas transborda de vida e eu acho que esse é um pouco são os passos a ikea no que nos que que se dediquem dynamos aponta obrigado e só lembrando joão max ele tira o enguias tudo que é sólido desmancha doada a tempestade uma fala do próspero que na verdade ele estava usando da feitiçaria dele contra quem lhe aplicou um golpe de estado naquela mesma fala que ele disse que nós somos feitos da matéria dos nossos sonhos ela fala muito bonita na foto 4 da tempestade a última peça de sheik
bom é tão muito feliz de estar aqui com essa mesa com essa gente que eu adoro maravilhosa então vou retomar pelo vou partir do que você colocar colocou o valor deveria indígena né a gente vai dando muitos nomes para isso né e você terminou falando a celebração da vida não gostaria de falar isso né o nome que eu daria pra esse processo deverem dinâmica política né que eu quero dizer com isso que eu vou tentar me fazer entender e oq sentem com a celebração da vida não sentindo banca de areia vida né e que isso
é política em que isso é tão essencial é nem um regime e é o que menos interessa falar do regime colonial racializado capitalista né nenhum regime é uma abstração como a amiga querida tatiana estava falando agora há pouco na mesa anterior um regime corresponde a um modo de existência corresponde ao tipo de subjetividade o modo de funcionamento do desejo porque é isso que dá ao regime sua consistência existencial seu card não é uma pura distração econômica política né bom e do que isso e se esse portanto esse modo de existência e é esse tipo de
subjetividade esse destino da função vital varia segundo os regentes então eu queria me fazer entender um pouco o que consiste isso né e por que ser político é nossa experiência subjetiva que nós todos sabemos no que eu tô falando nossa experiência subjetiva ela ela não é única ela ela tem vaca tem muitas nuances né eu vou falar que duas mães uma que nossas caras pálidas estamos totalmente familiarizados que é você é tua experiência do mundo enquanto forma quando você percebe qualquer coisa como e quando se percebe isso que está acontecendo aqui eu imediatamente minha percepção
é virgem e ela imediatamente se associa com representações que já tem na cabeça com imagens com palavra eo projeto essas palavras e imagens que estou vendo aqui em cima do barco aqui ao lado do barco e com isso a tribo um sentido que eu tô vendo ali com toda está convivendo né e através dessa atribuição de sentido eu posso saber quem é o outro eu posso estou à frente ao outro ea gente pode se comunicar a palavra comunicação né bom mas isso a nossa experiência com aquilo que a gente chama de sujeito ea gente tem
de confundir novas caras pálidas a experiência subjetiva ou subjetividade com sujeito o sujeito da história o sujeito não sei o que é bom só que tem uma outra experiência subjetiva aqui pra nós cara pálidas é muito mais distante e aí que nós entramos com o dever indígena e porque ela é muito próxima das diferentes culturas ameríndias né não só você citou exemplos de tudo isso inclusive na própria europa na europa no começo do século 15 é bom e nessa hora foi acidental é bom e essa experiência consiste em eu me situar no mundo me se
torna essa situação aqui em função dos efeitos que se produz no meu corpo por exemplo eu não vinha pela flip e tente ontem estava no modo vida pela velha eu tô cansada têm que tomar cuidado com minha agenda e no último segundo é decidir justamente quando eu soube que a gente até de disputar a mesa e ela estará que isso que estou vivendo aqui que não sabia que não tinha essa imagem da flip produz efeitos do meu corpo todas as falas que houve então um dos encontros que eu fiz aí pelas ruas produzem efeitos no
meu corpo e esses efeitos do meu corpo que eu vou chamar aqui de afeto afeto não no sentido de que a gente usa nas línguas latinas mesmo inglês também no sentido de carinho de amor de gostoso oferta é tão efetivo né tem a palavra afeto agora está muito na moda né é sempre esse problema né em geral usada nesse sentido e em geral usada pela esquerda nos nesse sentido a gente não pode ser relacionado e outro só ideologicamente a gente então ela foi afetivo com esse outro né mas eu tô falando afeta no outro sentido
é como isso me afeta que os produzem meu corpo e esse efeito de como isso me afeta que estou chamando de o feto e é isso produza o nosso corpo uma espécie de estado estranho é alguém aqui por exemplo é aqui de todos que estão aqui reunidos né é se alguém aqui não sente que está habitada por um estado estranho sem palavras e imagens em gesto diante do que está acontecendo no brasil é o que eu falo sempre me procure na saída que eu posso indicar boas instituições psiquiátricas no brasil infelizmente não há quase nenhum
mais um outro agente consegue por um milagre de uma equipe legal ali um caminho vocês é nós estamos habilitados iniciados entre nós temos habitados por um feto do que está se passando como nós estamos habilitados de afectos àquele que está se passando esse nosso encontro aqui que vêm muito óleo que nós estamos precisando de nos encontrar nesta trocar figurinha a gente poder se torne o que está acontecendo esse afeto esses efeitos do mundo como um corpo vivo como um campo de forças que afetam o meu corpo como um corpo vivo que também um conjunto de
forças né esse afeto e vivendo pra gente por nós como um estado estranho porque o afeto por natureza ele não tem palavra não tem gesto não tem imagem final de linguagem mas isso não quer dizer que ele não é real ele o réu propriamente dita com o cinema tivéssemos habitando estado bruto né bom é isso fica ali no nosso corpo nos destinos produzindo a meditação né essa inquietação não tem nada de ruim tem a ver com lúcia elemento interessante eu vou explicar porquê porque é como se esse afeto ele fosse portador de um germe do
mundo gere de multa que gera demanda porque os efeitos que está produzindo o meu corpo tá anunciando alguma coisa que não está aí que eu não tenho como traduzir no repertório que eu tenho no meu modo de existência e que fica tencionando porque eu tenho como repertório minha auto imagem acho que eu tenho do mundo eu acho que eu tenho dos outros a imagem que eu tenho até da luta política né fica ali na manutenção e essa tensão é uma tensão de causa é uma inquietação porque ela nos disse desestabilizado e estabiliza a como já
explicado as coisas até então de auto-imagem a gente tinha como é que ele se virava no cotidiano essa infiltração ou esse desconforto esse mal está é dos cara pálida seu explicam por que é vivido como uma coisa muito perigosa né é tanto de falar porque é vivido com uma coisa perigosa quero dizer como este não está na nossa pérola negra né e se gosta é essencial porque esse mal estar é como um sinal de alarme vital um sinal de arnica vida estaria em e disparando quer dizer que não está legal quer dizer que a vida
está sufocada nas formas de presentes e que têm alguma coisa já entre eu não sei dá nome né bom pra nós que atrapalho no primeiro vou completar isso não deveria indígena que seria depois ainda não dizer se estou falando bobagem né favor e você também é você também um favor né e qual seria o destino ético dessa situação quando for tomada por essa inquietação e habitada por um germe de mundo inclusive tem uma palavra que está muito na moda infelizmente na moda totalmente deturpada inclusive por nossa esquerda que a palavra tem co autor ano né
a palavra ter cooporã quer dizer aliás vou falar a palavra temporã a palavra que os guarani rosão pra falar da garganta a palavra que eles usam o plano certo falta de nada meu engenheiro haiti essa palavra mas nessa pronúncia tá essa palavra ela significa que garganta é o meio de palavras ora felice eles nomeiam a garganta como meio de palavras primeiro é porque eles dão conta que as palavras primeiro começa sob a forma de um embrião né e que elas habitam nosso corpo percebe a obra habita nosso corpo aí o que quer dizer isso tampouco
as ruas e falou de seu segundo ponto isso quer dizer que se eu tô habitado por um embrião fundado em que ele se com um tom de licença dos senhores eu fui convidada eu fico nada é feito nada pelo que pelas forças do mundo no meu corpo então afeto ele é portador de brand tem grande mundo bom aí que acontece na natureza um exemplo que o ailton traz vários textos dele várias conferências com adoro que é um exemplo do rio doce à margem do rio doce onde habitam âmbito da comunidade grená que de onde ele
vem minas gerais o rio doce ali é onde fica vale neto nossa querida vale deliciosa então ouviu foi foi poluído poluindo porém jamais peixes já criou toda uma história ali é da interpretação daquela comunidade em relação aos efeitos é a força ver vale da natureza do negócio o corpo dele que eu estava aceitando uma relação com tudo isso né bom aí todo histórico 8 pode encontrar melhor e com muito mais propriedade mas aí um tempo depois ele descobre que o rio tinha voltado a fluir poderosamente por debaixo da terra é bom que é como a
gente até esquece quando ea porque se você olhar o rio com a percepção só e não afeta o rio estava morto tinha morrido tá bom em toda uma história como que a gente vai integrar esse tipo de unidade e tal só que quando o rio volta a flip de baixo até aqui aconteceu ele estava morto o olho quando olhava via morto só que ele tinha um gênio de vida que não que não tinha terminado não estava ali fraquinho ali latejando e de repente se é esse jegue germinou quando o real se conector com um outro
pedaço daquele mesmo território e do rio voltou a fluir beleza exemplo eu gosto muito porque como que é isso no humano que talvez só nisso e distingue de todos os outros vende aquilo que em nós vai lidar com esse sinal de alarme vital para tentar recuperar o equilíbrio e isso independente do regime né é o desejo de nós é o que vai agir diante disso eu desejo sempre vai procurar recobrar o equilíbrio que no caso da natureza o equilíbrio vital na natureza essa palavra idiota que nós fazemos parte dela mas no caso dos viventes não
humanos e equilíbrio vital e de encontrar uma nova forma para continuar fluindo vida a vida se afirmar porque o que a vida quer como disse nosso querido espinosa para trás e teve que esperar três séculos tranquilo vamos começar a ouvir quem está falando o que a vida quer perseverai continuar para continuar tem que ser coberto equilíbrio né o que em nós a tua para reconhece que vive o desejo o que a micropolítica que eu digo ele vai ficar na história do que chama de política é a política que o desejo vai adotar para recobrar esse
equilíbrio está acontecendo um dvd indígena como é cobrado esse equilíbrio esse equilíbrio é regularizar a exatamente como fez o rio lá dos gre nais ele vai ser recobrando o desejo é buscar se conectar a que se desconectar dali então vai surgir um processo de criação de uma nova forma de viver onde a vida vai reencontrar seu equilíbrio é esse é um processo de criação você falou da criação é um processo de criação não tem programa prévia após o programa quinquenal aí vai da próxima forma de resistência não tem é um processo de criação porque é
um processo de criação que deseja vai ter que encontrar uma forma de expressão para aquele afeto essa forma de expressão pode ser um novo modo de existência um novo tipo de sexualidade um novo tipo de filme é obra de arte uma canção que for tá à medida que isso que foi inventado seja realmente portador da freqüência de vibração da que afeta que ele gere edmondo aquilo vai ter em poder uma potência de jolie federais de polemizar o ambiente no sentido de que todos aqueles que estão habitados por este germe do mundo vão encontrar ali uma
força uma possibilidade de sair de permitir que o desejo busca dessa forma né bom esse a gente poderia chamar que o destino é rico da função vital porque o destino é de que a opção então por que essa esse processo de criação ele tem como bússola aquilo que a vida tem indicando para poder voltar fluir ele tem um sistema moral comum com a agulha da bússola na ponta de um sistema morava com a família no programa é uma agulha dessa a bússola ela aponta para a vida que vai dizer ea por aqui dá por aqui
não vai dar mesmo que deu tantos anos tão certo vai dar né bom então destino ética da oposição porque está a serviço da quilo que a vida está nos demandando bom o que acontece eu falei que as micro políticas elas variam segundo a política que deseja adotar para recuperar o equilíbrio é o que falei que os regimes então cada um tem um tipo de política do desejo ou sinônimo micropolítica qual é a minha política que predomina no sistema colonial racializado capitalista antropólogo euro falo logo sempre que todas as consultas mais né o que predomina neste
regime predomina uma dissociação da nossa subjetividade da nossa condição de vivo então diante de uma situação como a gente está vivendo agora corre pergunta que nos vem dentre os vários repertórios ééé e lógicos teórico e tal dispõe de toda a tradição das lutas qual é um programa que eu posso estabelecer para requerer o que e cobrando equilíbrio né a última pergunta da vez anterior de uma pergunta de todos nós né o que fazer é onde está o programa é como vai ser né bom então é o que acontece quando a gente está dissociado dessa experiência
que é o nosso caso de todos nós eu inclusive evidentemente ninguém de nós quer falar disso né quem chama de cara pálida qual é o congo de desejo vai agir se eu não entro em contato com o seu não entre em contato com a minha condição de vivente se eu não sei que essa desestabilização do que eu tô vivendo como nesse momento que nós estamos vivendo no mundo e no brasil é próprio do processo vital que processo vital ele é por essência processo de criação e de transformação permanência não sei isso eu acho que o
mundo ele é aquilo que está sendo e aquilo que eu sou minha subjetividade é como tem que ser não tem outro isso é mundo é uma forma de mundos mas é o mundo é meu deus esse mundo tá em cima do meu mundo a boné da camorra e derrota o melhor pro mundo acabou né então porque foi quem terminou noção que a fita é um processo de transformação e que faz parte da minha responsabilidade e ética é participar desse processo de criação que é necessariamente uma construção coletiva então num mundo acabou né então aquilo que
era um mau estar e desconforto uma destabilização absolutamente necessária e maravilhosa talvez nós a coisa mais importante na vida do que esses momentos de fragilidade porque eles estão anunciando que tem 10 de um deles vai dar qualquer ataque na ponta como é que ele vai germinar que a gente vai fazer para germina bom se eu não sei disso eu acho eu considero que o que tá me produzir excitação é uma ameaça de fim de mundo ameaça de fim de mim mesma e centro então né então aquilo que era uma inquietação virar angústia se conhece alguns
andam com essa angústia que gente é bom então aí vira angústia angústia do sujeito ficar sujeito que se vê ameaçado aquele que é portador nos dos repertórios com os quais eu estava guiando até agora né e aí que essa angústia vai fazer como é que eu vou interpretar o que está acontecendo vocês está acontecendo um fim de mundo então é porque alguém tem culpa e aí é bem simples e simplório tipo o cenário assim ai se alguém tem culpa no caso dele a culpa é do outro foi ativo apronto e fica todo mundo em volta
dessa beleza culpa é do outro tá explicado e me junto com todo mundo uma espécie de chorume é aquele é o líquido amniótico chorume aquela coisa de morte eu me sinto super aconchegada dinho e parece que tudo volta pro lugar né esse é o convidou eu vou dizer que a culpa é minha sei o que é pior são dois tipos de neurose distintas é que isso é neurose nosso mando de subjetivação dominante então e culpa é minha bom é porque eu tô velha ou é porque eu sou burro só intelectual de cada bobagem que eu
falo só usou roupa farsas o néné e ninguém quer saber de mim e aí qual é o medo o medo associado a essa angústia você é excluído você é amada porque o ego o sujeito ele só sabe se guiar por duas coisas bem simples ório me ama tipo as folhinhas retirando eu tenho-me ano é bem simples mesmo porque a função droga nessa função do ego o executivo do cotidiano e tudo bem beleza tem sua função mas quando se mede a interpretar esses momento é uma catástrofe bom então o que vai acontecer como é que desejo
maggi pr cobrou equilíbrio ele vai agir através do consumo seja de discurso nem posso adotar discurso marxista possa adotar o discurso dele esse ano possa adotar é também um livro de auto ajuda e tanto faz né é claro que qualquer um eu posso adotar um discurso da gélida faz porque tanto faz não tanto faz que eles fizeram mas tanto faz que eu vou tomar esse discurso com uma coisa que vai me voltar me dar um contorno de o such papagaio não vai pagar é maravilhoso título ventríloco né é uma pena que ela teve blá blá
blá academy que a gente conhece então é bom ou eu vou consumir mil crimes quanto mais caros mas eu vou acreditar no poder de reparação que eles têm da minha imagem de uma mulher por exemplo e por aí vai né é bom que acontece vocês concordam comigo e se não concordar eu faço questão que me coloquem questões que também possa avançar é quando um que se esse é o modo de subjetivação predominante no regime colonial capitalist cook que acontece qual é o destino da função vital não vai ser a transfiguração do presente é encontrar o
equilíbrio o destino vai ser a reprodução do estado escola né vai ser a reprodução do status escolas através do meu próprio desejo né este é o mais grave né e do que o capitalismo se alimenta nesse plano da subjetividade quando ela está dissociada da sua condição de vivente ele já se alimenta ou e abusa ele cafetina por isso que meu livro chama notas fora uma vida nunca fiz nada ele cafetina exatamente a função vital porque o que acontece com a função de tal e vez ela e para seu curso do destino ético é desviada desse
curso para produzir cenários de para investir menor cenário de investimento de capital ea produzir também novos cenários novos objetos de 7 em 7 travou na cidade de consumo e tudo que era função vital que dentre os destinos da transfiguração da realidade no processo de criação coletiva passa a ser cafetinas lado exatamente a produzir as cenas de de acumulação de capital e nos manter como sujeito de dois sujeitos consumidores né bom então isso é muito grave e significa que a base micropolítica não mas mesmo política do capitalismo é a cafetina ageu o abuso ou estupro da
função vital né bom tem que ser gravíssimo que acontece a tradição de esquerda nas suas milhares de tendências e e maneiras de entender dade de agir é o melhor que nós temos na história da de sistema isso não tem dúvida e merece todo respeito e para de falar de derrota é porque há a assistência social uma disputa é uma disputa e nessa disputa tem a gente cria coisas e tem horas que outros dólar atual terreno tem fracasso nenhum e isso bom isso não quer dizer que é caótico está acontecendo sem nenhum otimismo nisso é horrível
está acontecendo neoview mas aí começa uma nova disputa né bom então fica falando agora vai precisar sim eu estava fazendo a minha homenagem a nós da esquerda e seus olhos matiné que merece todo respeito que é o melhor que nós temos isso porque é o melhor porque nesse sistema baseado na desigualdade e aí entra a idéia de raça todos nós sabemos que a invenção da raça que foi que começa às 17 16 instituições científicas mente drásticas no século 19 é o que naturaliza é o que estabelece naturaliza né e naturaliza toda forma de desigualdade não
só no plano da água inclusive entre o gênio né claro que é uma questão de idade biológica bom a gente tem que entender é inferior mesmo é querendo tudo bem mas essa super politicamente correto contigo tá você vai ser minha base de beleza bom então é bom então é a esquerda até hoje nesse sistema claro que é o melhor em todas as suas versões tá bom podemos - mais porque num sistema que é baseado na desigualdade de um ponto de vista mar o político da distribuição dos direitos de acesso direitos na sociedade né é sempre
o lado que lutou pela por uma maior igualdade com a maior justiça social fundamental e isso é uma luta do sujeito o repertório dele que é fundamental nem tanto né no entanto onde que eu penso que barra esquerda só esbarramos barra e eu acho que é essa agora a gente pode ver isso mais claro porque são se a gente tomar o início dessa forma de luta de esquerda com a revolução haitiana bem antes da comuna de paris acho que aqui na américa latina a gente fala mais de relevo sant anna do que como no de
farinha mas tudo bem com todo respeito pela comuna então se não vai querer que certo é tudo com ele mas eu posso lembrar que um século antes quase tv a revolução haitiana bom se isso é é se isso é o melhor de tudo que a gente conquistou diz conquistou voltou a conquistar de outro jeito né por outro lado a subjetividade de esquerda porque nós fazemos parte desse regime ela está estruturada nessa mesma associação nós não temos essa experiência como viventes eu não tenho acesso à experiência como viventes a gente é que nem uma barata tonta
em relação aquilo que a vida nos exigido então por exemplo uma situação como essa nós estamos vendo agora com a pergunta de fazer qual é o programa como nós vamos fazer o que fazer tá certo que perguntar isso só que os movimentos que estão se dando agora é isso que se chama de 90 editado por um grande erro em um grande equívoco porque aqui um parêntesis né aquilo que a gente chama de identidade adaptado historicamente e diz respeito exatamente essa subjetividade reduzidas eu só posso falar identidade da identidade adoro falar em identidades essa nova identidade
se né se se eu só tô nesse plano aí eu posso falar até o lugar da mulher o lugar de nego lugar de índio lugar do homem o lugar do proletário no lugar do patrão lugar do empresário aí eu posso falar identidade mas fiel incluam na minha percepção do mundo essa dimensão me política eu também sei que nós estamos sendo constantemente afetados uns pelos outros e por todo o abril sérá né e que não existe esse lugar existe um processo de transformação permanente e relacional eles dão as relações né bom então a idéia de identidade
ela não é neutro ela tem uma conotação mais eu me referi os movimentos todos citaram aqui lgbt movimentos anti sociais é os movimentos indígenas e tetra né esses movimentos que no brasil mesmo no mundo tiveram início com um movimento coletivo nos anos 60 e como eu já falei pra vocês eu tenho 71 anos então participe ativamente da época tem isso na memória do meu corpo né e isso começa ali mas ainda com muita confusão e muita briga com o mapa político netinho uma cisão assim fatal né meu tipo de movimento que foram é sofreram a
violência da ditadura com tortura morte no conhecimento exílio né bom hoje esses movimentos sertão hindu foram muito mais longe porque esses movimentos essa reconexão com a nossa experiência como viventes hoje a gente sabe que ela é política e aquilo que está se vivendo nesse plano é absolutamente irreversível nesses movimentos e porque eu diria irreversível porque o brasil alguns aqui falaram disso a questão de repetir que não pode esquecer disso nenhum segundo o brasil é o único país da siss colônia na américa latina que jamais reconheceu a violência do colonialismo que jamais reconheceu a violência da
escravidão que jamais reconheceu a violência da ditadura jamais elaborou trauma dessas situações e é um monte de coco que fica flutuando desses dos efeitos desse trauma nos nossos corpos e quando menos se espera e ficou que estava por baixo da terra e ele passa a flutuar pelo ar tomando a sociedade quase como um todo né nesse momento que eu sinto que nesses movimentos está se operando um verdadeiro de vida indígena uma verdadeira ruptura com essa subjetividade colonial é realizada capitalista antropo euro falou ego cêntrica tasci operando uma verdadeira ruptura e esta ruptura é e reversível
disse agora não começou a diversão do que não tem volta aí alguém falou já à tarde a mas poxa mas nesse momento não tem volta também percebo falei que não o governo é reversível nem que demorar 20 anos tem problema não já aconteceu milhões de vezes e daí que 20 anos né e 20 anos parado é 20 anos entrando sair dessa por mil maneiras mas esta indigitação operando no plano político pela primeira vez nesses 500 anos é e ver se vê um bom eu pararia por aqui [Aplausos] eu sou filha de dois anos por exemplo
inclusive para dar um exemplo que esse exemplo acho que ele vai levar muito pra mim mas acho que vale para muita gente o vão beijar o feminismo tá no plano mas pra mim e eu quero me inteirar melhor que eu quero ver comigo política porque de virem disso porque aquilo que a tatiana tal falando vamos ter mais atenção na desistência por que que é isso é político vou pegar o feminismo do ponto de vista macro o político o feminine o machismo é um script é o desculpe é uma relação de poder né onde o professor
opressor no masculino ea oprimido no feminino certo em que consiste a luta macro política neste plano e nesse tipo de relação de poder consiste numa luta das mulheres contra essa desigualdade direitos e tudo isso implica que é pouco falado do lado direito né e contra o opressor e com a nossa meta aí posso nem programa agente qual é o programa não estamos em programas de liderança padrão jeito a opção de ler antes programa porque nossa meta é mudar isso inclusive no plano da lei do estado maravilhoso indispensável o que falta aí porque que é a
luta feminista no plano militar e político que adianta seu digamos que eu seja a rainha da cocada preta do feminismo mundial e que nós consigamos mudanças rei fabulosas e várias partes do mundo do ponto de vista técnico e político quando ele não me telefona eu rainha da cocada preta viu nada como se não existisse olha até telefonar então vamos pensar nesse plano nick político o machismo é é um script de uma cena de teatro onde tem dois personagens o homem ea mulher os dois são responsáveis por aquela cena o ator masculino no domingo ela fica
naquela se notar os dois é que constituem aquela cena beleza digamos que essa cena tanna blog todas as noites desde 1500 sucesso absoluto a humanidade inteira do ocidente pelo menos vai todas as décadas em lotada droga ae digamos que o personagem feminino começa ele consegue se reconecta como esse plano como vivente nessa condição do vivente e se dar conta de um afecto que o habita de um profundo mal estar nesse lugar um profundo mal estar não só pela desigualdade que horror se a mulher desse tipo viver assim tá então comece um processo deseja começar um
processo de transformação desse personagem a esse personagem chega a noite lá na droga e na pecinha do machismo né e aí esse personagem virou de vida indígena ver outro vir outro até não tem como continuar o outro personagem só pra ver o boné mas é que esse outro personagem pra fazer ali digamos pode fazer milhões de coisas né mas digam os dois extremos num extremo que seria o interessante do destino ético da inclusão digital ele vai se dar conta graças àquele encontro essa energia que se produziu ali ele vai conseguir força para entrar em contato
com o feto de lytham violência que é tem que ser macho que é uma coisa horrorosa horrorosa sendo plano de vista macro política nós estamos por baixo do ponto de vista macro acho que é até pior ser machão do que ser mulher de um rolo aquilo e tudo que se exige socialmente por aquele cara ser respeitado né não vou eu não vou citar os detalhes que têm é também por no gráfico é bom então que acontece eles criou se um coletivo temporário entre ele ela onde tem uma sinergia para entrar em contato com esse acerto
é de romper essa barreira em relação à minha experiência minha condição de vivente ele vai começar a transfigurar seu personagem o que não quer dizer que então aí no fim eles vão ser sempre felizes para todo sempre vão seus vinhos alto do bonfim juntos para todos e não a partir daí vão se criar múltiplas cenas em múltiplos personagens porque justamente eles vão estar se livrando de modelos abstratos a partir dos quais a gente organiza a nossa sexualidade e nossos encontros eróticos amorosos então né bom qual é o outro extremo com o seu término aquele homem
bom pensando exemplo o bom cenário que esse não tem cura mesmo adiantamos campeão a exemplo de ônibus ou aquele ou aqueles por cada lado primeiro congresso que eles olham a gente nem acredita nem de onde saiu e foi dito é porque é isto que vergonha bom aí digamos que é um homem assim ele é tão grudado na forma de homem napoli foi suturado ele tão ignorante de que aquilo pode ser uma forma e teve outras possíveis aquilo é tão devastador aí dá até pena né é tão devastador pra ele que a única maneira e então
a ameaça de desaparecimento e de total disse collet fala desagregação dele é tão violenta que qual vai ser a resposta dele feminicídio né vamos voltar tudo primeiro lugar depois nos debates locais vai falar como também o que está acontecendo é uma reação e não só a uma mutação e reversível que está acontecendo mas também há um detalhe sobre a subjetividade neoliberal que a tatiana é mencionou que a gente pode falar depois mas é isso aí gente obrigado [Aplausos] i liga boa noite é você imagina como é que esse negócio que balança e a maior parte
do tempo eu fiquei pensando tomara que eu ficar deles não virem com a gente eu já eu já andei debatê lo no jazz subir alguns rios é de de barco é mais é essa experiência que é radical e com esses conhecer os meus queridos e que numa situação tão extravagante dessa a gente aqui em cima desse negócio balançando tentando equilibrar as mentes uma meditação assim tantra e eu fiquei pensando olha que coisa mais bacana gente aqui em paraty terras dos guarani boa noite com os parentes em goiânia eu sei que tá cheio de guarani por
aqui até então é complementando os nossos parentes pataxó eu vi que tem muitos parentes pataxó aqui em paraty estão adotando para ti também como um sítio é giro triangulação e a pronta ação cultural vai ver que eu sou ele vai considerar que isso tem alguma ver alguma coisa a ver com o micro política os pataxó vezes eles é que são referenciados naqueles caras que estão pendurados aquelas árvores na primeira missa do brasil naquele quadro é lindo que ilustra a nossa primeira digamos assim encontro na praia e agora nós estamos aqui de novo pelas margens né
pelas margens mas nos encontrando em alguma praia é para ti tem essa história é é digamos profunda né de tecido a o porto de strass ao do da nossa história extrativistas de sair por aqui ouro daquela serras de minas de diamante anahí todos aqui é um mau caminho do ouro então que bom que nós estamos aqui é todo dendo futuca com vara curta essa onça da nossa história colonial né viva paraty a flip háháhá ela é uma festa literária que dá oportunidade pra nós todos esse ano de fazer um pouco também do balanço além do
do barco do balanço dessa experiência de imersão política que nós estamos vivendo aqui na américa do sul que ajuda a gente a parar de sacanear os argentinos bem vindo todos os argentinos que estão em paraty também fiquem tranquilos e está em casa então argentinos como diríamos é olhar a realidade dessa nossa aldeia terra brasílias sem perceber o mundo que nós habitamos pode é ser uma redução enorme das nossas perspectivas digamos assim eu estava me lembrando enquanto o barco balançava que o nosso amigo adauto novaes com aquela série de conferências que todos que a maioria de
nós pelo menos sabe que ele faz ele continua fazendo na década de 90 e quando colocavam celebrando os 500 anos das navegações ele fez uma conferência chamada à outra margem do acidente e foi a primeira vez que eu tive a oportunidade de me juntar com esses absurdos que pensam a história do ocidente a política do ocidente o acidente o acidente eu fiquei observando essa esse percurso é que vocês obviamente consideram que é a formação da consciência histórica digamos assim desse cidadão é global que nós conhecemos gente de todos os continentes se espalhando pelo mundo colonizando
e formando essa mistura que nos constituímos no mundo inteiro hoje aquela série de conferências a outra loja do acidente me provocou a pensar sobre essas possíveis imagens que o ocidente constitui e que ao longo da história vou estar formando mentalidades quando essa mentalidade do ocidente chegou aqui na nas américas nesse continente ela afetou profundamente no sentido do que isso ele chama de afetos as vidas e os lugares dos povos que viviam aqui senão numa boa pelo menos não viu numa situação de roubada igual é o que nós estamos aquela gente ficou com o apelido de
os índios agora nós já temos até um de vídeo índio então é hora do eto o meu amigo ele na década de final da década de 70 e que o movimento é chamado artista pela natureza é o bené fonteles que ele publicou um texto dizendo que os vídeos e um dos vídeos fisicamente e um em marcha corrida por desaparecer desaparecimento mas que tinha uma coisa muito legal que os brancos iam virar índios eu falei mas que coisa incrível vocês aparecem com a gente depois vocês viram a gente é uma espécie é uma espécie de magia
negra que estão fazendo é uma sacanagem que tal não vai deixar a gente tem a gente vocês são vocês vocês não suporta o outro se tiver ou outro você tem que comer ele quebrou tinha-se outro é vocês não levam a possibilidade de outros tão diferentes por exemplo onde que não querem ter um governo outros que não querem ter um estado outros que não querem ter o país essa ficção que vocês têm de organizar as sociedades no esquema que vocês constituíram não sei quantos séculos e depois imprimir esse mesmo formato e outros povos que não têm
nada a ver com isso a maioria de vocês sabem que a china invadiu tibete para obrigar o dalai lama foi correndo de lá e anexar aquele lugar num país china em algum momento algum algum coletivo ensandecido que se constituiu numa nacionalidade e vadim o outro lado do rio e obrigou aquele outro lado do rio a selecção também é começar a digamos falar a mesma língua como é a mesma feijoada e obrigando aquela gente fazendo ainda jacy e toda a percepção do que é uma cultura do que uma identidade já que nós mencionamos diferentes entendimentos do
que vence as identidades com as identidades ao longo desse tempo todo dos debates sobre a outra margem do ocidente das discussões que se consideram nas últimas semanas há três décadas sobre esse arranjo que nos constituímos todos os brasileiros em diferentes momentos eu me sentir animado a provocar um pouco de deslocamento dessa idéia de um país de um estado nacional e de um monte de gente se degladiando pra decidir quem é quem dirige o barco ora eu não não publiquei nada é a pretensão de discutir a questão da direita ou da esquerda porque eu nunca considerei
esse assunto relevante não estou brincando então eu acho o seguinte a humanidade essa gente que habita é esse planeta terra que tem uma meninada que eu me encontrei por aqui por a pela margem desse canal que sabe e que compartilha uma ideia poética sobre esse organismo vivo que é a terra de que nós podemos nos entender com os organismos vivos da terra de outra maneira alguns admite outros nomes inclusive para este planeta só a ele de gaia se for aqui pela américa latina vão chamar de pachamama vão chamar de diferentes nomes um organismo inteligente generoso
maravilhoso que dá sentido para as nossas existências que afeta as nossas existências no sentido de nos dá potência para criar vida criar vida e não ficar nessa disputa miserável de tomar territórios subjugar fazer guerra colonial e reproduzir isso a de infinito numa sequência que não acaba parece que cada período que uma o que uma uma leva né de povos e nações conseguem ter tempo suficiente para produzir tecnologia ao invés de desenvolver uma tecnologia para a gente curtir o mundo a gente desenvolve tecnologia para o planeta e botar vindo de todo mundo em parafuso nos anos
70 e 80 nós tínhamos um monte de países louco para comprar pra acessar a aaa o processo inteiro de ativar o urânio produzir elzina nucleares e nós chegamos a consultar fazer duas eu acho andré 1 angra 2 e depois nos viramos com o negócio do datacenter elétricas e arrasamos a floresta para fazer elétrica depois nós viramos com as outras para ver na área então na verdade nós conhecemos todos mesmo uma tribo muito apelo a bolada no planeta virando cada vez com uma tendência tem uma hora que é construir o chelsea nucleares na hora de construir
bomba mesmo nucleares tem hora que eu fazer o processo inteiro o pai invadir e vão invadir o iraque invadiu irã e à síria tá legal vamos afundar com a síria depois a gente reconstrói de novo então se é uma brincadeira de uma burrice tão grande quando nós podíamos arrumar uma maneira de o barco balançar - a gente ficar assim experimentado a paisagem vocês já viram como é a luta bonita a lula enfim tá lá em cima quem está debatendo atacou pouco de dificuldade para ver a lua mas a luta em cima e e aí eu
fiquei pensando olha que está aqui é reunida será que eles achariam tipo assim muitos em sentido ao invés de fazer um debate político crítico e radical sobre o momento que nós estamos vivendo só que eles não acham muito esquisito cantar pra lua hirai eu tô me a querer retomar querendo é sem o cartão de cantar de outro jeito né celita aquilo a luanda o ano a então assim ficou o poesia também gente diz conserta a aaa o coro dos contentes então é se nós estamos passando por uma experiência regional aqui na américa do sul né
e com a possibilidade de afetar é no mau sentido a vizinhança com essa tendência autoritária de governos que não respeitam os direitos civis já batalhar geral qual a ordem é simpática das nossas convivências então nós temos que ter coragem e disposição de fazer esse exercício que a sueli é amorosamente às vezes meu limitada é lembrou que nós podemos fazer que é escapar da armadilha dance é um artifício que o capitalismo consegue mesmo é fazer se reproduzir de uma maneira quase invisível que é de nos tornar individualmente cada um atraído pela oferta que o capitalismo faz
todo dia de que ele pode dar mais coisa para a gente curtir mais ainda é isso que ela chama de cafetinagem a o fluxo o fluxo dessa coisa toda a inauguração de cada shopping ao lançamento de cada bugiganga no mercado a cada mês a cada semana que nos faz atraídos por essas coisas há pontos de dante gastar nossa vida no mundo do trabalho para trocar isso por aquilo é cafetinagem da vida a a aceitar o mundo do trabalho como a condição natural para todos nós é também o mesmo tempo tem uma canção antiga e que
o poeta de lá da nicarágua aliás é que queria aquele padre revolucionário da nicarágua ernesto ernesto cardenal ernesto cardenal foi no campeonao ele ele fez um uma citação de um poema dos índios é a hope no final do século 19 quando os estados unidos decidiram que acabar com os vídeos é alguma das tribos se juntaram para fazer uma peregrinação e foram daquela região ali do novo méxico achando lá para o norte landon dos estados unidos e um dos dos meus camaradas que guiava aquela marcha pela peregrinação e ele dizia numa pegada profética fim ele dizia
vocês perguntam por que os nossos filhos não trabalham os nossos filhos não trabalham porque quem trabalha não sonha vocês não entende porque os nossos filhos usam plumas rejeitado as cabeças e as suas tornozelos eles usam plumas para voar é a coragem de votar esses cantos esses poemas épicos de povos que viveram e que continuam vivendo aqui nós a banda do mundo acreditando que tem outras maneiras de estar na terra de viver na terra pode ser um atrevimento mas eu quero que vocês me dêem ao menos a licença poética de fazer isso e viva a lua
está lá no céu boa noite agora o vander a gente aí né galera passou o microfone está aí pra cá meu dinheiro mas subiram 12 kaká tá é legal tá escrito o pessoal ae quem quiser fazer alguma colocação a gente vai ficar mais uma melhoradinha ai gente que me pergunta a gente acha que lá é tudo muito estranho chegou queria só o rifle tarde quente a gente vem aqui dá para fazer boa nova a gente vem aqui pra trocar figurinha né então por favor coloque coisa e comentem discordem 20 outra coisa por favor e tem
um microfone em baixo aqui quando pega uma empresa que eu quero também road eu vou lá começou sons e só pára brisa então ia perguntar qual se você tem alguma história muito forte nessa sobre a lua já que se falou da lua né e aí já perguntava o que foi a experiência mais forte um sonho que já teve com a lua o único gol o jonas se eu fosse repentista poeta à primeira vista assim como você você ia ver tá bom e não vale pergunta de sobrinho olha o joel santana que o quanto aquela história
do da lua quando a lua ainda não era um astro era uma pessoa fume 11 um rapaz vivendo na sua família e ele é já um rapazinho esperto e tinha meninas muito lindas na na tribo desse rapaz e ele inventou de namorar uma menina e essa menina não podia namorar com ele era um incesto se ele fosse namorar essa menina mas ele namorou escondido e à noite a a mãe da menina desconfiou que tinha um rapaz vindo pra rede dela na rede balançando assim mais barato aí a a mãe da menina perguntou pra ela é
porque tá rolando e tal que está acontecendo na sua rede que fica balançando feito aquele barco da afp aí ela falou o que é isso não vi nada não eu falei olha então toma aqui essa tinta de jenipapo uma pasta preta jenipapo e se alguém mexer com você de noite na sua rede você passa essa tinta no rosto dele nele só o rapaz foi namorada de novo pensando que estava escondido a menina passou jenipapo na cara dele quando ele escapou da rede e foi cair fora ele é percebeu que ele estava com o rosto dele
é marcado ele ficou apavorado com isso ele fugiu porque se ele praticou um com 11 e incesto 1 como chamou o ilícito e naquela naquela família eles iam matar esse cara ele fugiu e desapareceu quando eles procuraram esse rapaz procuraram não acharam é eles descobriram que ele tinha fugido e tinha fé e de moral neste espaço sobre a nossa cabeça e é o lua é camarada que está lá em cima namorador tá bom [Aplausos] hum pode olá boa noite meu nome é rafael é a minha pergunta dirigida por ailton principalmente porque onde contou quem é
bem preparada pra assistir mas eu gostei de ambas as outras falas e tem um pouco a ver com questões de química que vieram à mente enquanto eu vinha preparando um livro novo do hilton que são três saiu está inscrito uma delas é eu queria saber um pouco mais sobre a cultura indígena na questão do sonho porque em algum momento da livro é dito que a cultura branca no caso eo e oposição indígena indígena como folclórica então é em qual e quantificou a divergência da importância da relevância dos sonhos pra preservar ter ideia culturas indígenas que
acredito que seja variada que a nossa cultura a minha cultura no caso não dá rodar simplesmente como o que não é muito relevante que é algo totalmente ilusório ea outra pergunta é que você disse que é o nosso tempo é especialista em criar ausente e depois de ouvir isso ele falando eu acho que ela também pode comentar sobre isso é e de que modo o neoliberalismo é com carinho uma nova forma de capitalismo vem essa é só essa ausência para poder gerar novas demandas a gente pode consumir como a gente com os consumir significância significados
eu me sinto um vazio então que você pode gerar algum tipo de produto posso comprar pra poder sempre estava sempre tomando sentido pra mim ele é que seja as do infinito bom é isso e pedi para começarem a começar pelo fim e paz é como ele me apresentou ficar na lista eu faço questão de dizer esse nome porque esse nome ele tem uma importância na sua origem ele foi bastante isso bastante aquecido pelo entendimento o nascimento da psicanálise foi a introdução da primeira política no ocidente só que foi muito deturpado em todas suas práticas com
belas e sensuais em cada geração por conta de que já no field não se dava conta da dimensão política do que está vivendo zirker introduziu exatamente não só a teoria mas uma prática ritualística de reconexão com este plano os afectos e de um aprendizado de uma fala de uma narrativa a partir desses abert ele chamou de neurose essa dissociação confere brilho era muito importante é que ele chamou de interpretação dos sonhos porque porque o sonho pra ele colocava em cena os afectos não importa a historinha a história do sonho histórico de pega daquilo que então
esse próximo memória daquele dia daqueles dias mas o que o sonho está pondo em cena através daquela história são os afectos e que o sonho também apontam para a gente não só quais a festa estão ali é nos azucrinando nos encantando e também quais estratégias de defesa que a gente está criando para não entrar em contato só que há um tempo atrás eu tive um paciente que ele é um jornalista que se dedicava integralmente a questão indígena e nada dele era publicado no brasil o game o prêmio internacional da setal ameaçado de morte e foi
para análise que estava com medo que ele acompanhe vale desde já estavam sendo mortos um atrás do outro e ele ao mesmo tempo ele era iniciada pelo chão eles não estavam acompanhando eles me engano xavante e ele me contou como era o trabalho de sonho que eu não vá entender tinha um plus em relação ao que se tinha conseguido na psicanálise ele era acompanhado pelo shaman ele tinha um objeto aqui no pescoço pra lembrar durante o sonho é disso que eu vou contar e que é o seguinte pra ele sonho está mostrando esse afeto que
está entrando está mostrando os impasses que a gente inventa a não entrar em contato em um petardo que estava se passando né mas também o sonho aponta o que você tava treinando ou saída e aí você tem que nos dias seguintes então ele continua acompanhando um xamã por isso aqui é esse objeto em pendurar no pescoço você tem que nos sonhos seguintes desenvolver a parte do sonho que se refere à saída né então assim porque também é interessante ter trazido a questão do sonho porque o modo como e supera no sonho é o modo como
isso deveria estar se recuperando na nossa continuidade não só que o sonho da potência mas isso deveria estar sendo incorporado em nosso trabalho na continuidade nesta reconexão com a nossa condição de vivente e com os afectos e é só uma coisa que eu não falei que quero aproveitar seu exemplo falar no meu entender eu disse que a esquerda é esbarrava mas procurei trazer uma tribuna esbarrava com a própria e subjetividade é dissociada dessa condição deles mesmos e nós mesmos que nós fazemos parte dessa cultura que estava operando nesse momento é a introdução da luta na
esfera política e não vamos sair do lugar se essas duas cisternas no sentido a ação nessas duas esferas e que essas esferas não se articule que acho que é legal mas aí eu saí do sul mas tem a ver com o sonho de futuro eu posso falar muito aí na produção de ouro foi ele quem convenceu a a z maio a próxima de você você chama rafael e se chamou de vazio é bem legal se transferir isso adorei vou usar tá me permita porque quando você está tomado por essa desestabilização que as coisas e tem
como repertório para seguir a então perdendo o sentido porque já tem um germe de onda de habitando e esse gera demanda muitas vezes ele nasce pela fecundação de estado de violência que é traumática bom então com esse que nós estamos vivendo nas reservas de um dom quem é velho saber de som tá então a tensã então é a sensação que nós cara pálidas dissociadas da experiência temos é de um vazio correndo buraco rapidinho né e um vestido que está na capa do seu quê né é agora sim voltou um contorno tudo bem né ou eu
aprenda papagaia deles guarda rio ficou com market share de entender ou everton ajuda muito ainda na mesma e eu começa a saber falar direitinho a gente agora sim né uf ao seu vazio e é totalmente dos olhos o que nela osório é aquele aquele trabalho em um sonho né que vai buscando desenvolver essa ainda que está se dando faça aquele afeto insuportável o que ele está como portador de um mundo que eu vou ter que dar conta [Aplausos] meu deus rafael a pergunta da equipe dele entendeu fazer em boy já taxas menores explica do sul
continua hoje uma qualidade que eu estava louco microfone uma coisa que pode ser também pontuada acho que eu estou com muito frio eu tô me lixando pra falar que eu passei aqui no meu não tenha mesmo tv falou pode ser um toque também é questão de você consumir cultura indígena apenas pra pra entrar no está na questão do estado na província de paktia que você vê principalmente que é uma questão curiosa eu sou do rio de janeiro ea periferia o marginal ele é majoritariamente negro mas aqui uma parte histórica o que observo que observa claramente
é que são os índios e você vem aqui você pode consumir a cultura dá margem a cultura do pobre e você pode dizer que você está engajado em movimentos in time' engajado mas para tirar onde sabe e ele sabe isso isso é gritante que os automóveis que incomoda o que pode ser mais cedido sobre seu estado de saúde os negros os índios os pobres brancos os periféricos de qualquer lugar do mundo é sabem o quanto custa ser o o está no lugar que estão agora sobre consumir essa ideia é de é de proximidade com essas
com as suas condições de vida isso pode ser um dos sintomas mesmo dessa produção de ausência que eu tinha mencionado que você dirigiu uma pergunta que tanto eu quanto ele é cool e perspectivas de diversas podemos é é da nossa ideia sobre o assunto a produção de ausência ela está acontecendo ao nosso redor o tempo todo ele produz ausência de sentido da vida ele produza a ausência das coisas reais daquelas coisas que nós podemos tocar ele desaparece com as nossas paisagens eu não sei por quanto tempo nós ainda vamos chegar aqui nessa cidade e reconhecer
a paisagem da cidade anuncia parte patrimonialista dela que é arquitetônica e que o iphan é mais ou menos é tentar fazer valer algum tombamento o resto da paisagem todo 90 e qualquer lugar do mundo em qualquer lugar do país que nós vivemos a possibilidade da paisagem que constitui a sua compreensão do mundo já que a nossa na chamada do nosso encontro tem esse tempo com uma visão é a cosmovisão não é uma piração estratosférica a cosmovisão é aquela possibilidade dos seus ser se constituir num espaço e dar sentido transcendente para esse espaço para esse lugar
você não tenha uma percepção dos lugares apenas como jesus implantes que a gente faz na paisagem na cidade o implante na paisagem da cidade é uma coisa que nós botamos em algum lugar é pode ser para ti mas pode ser nova york pode ser qualquer implante que a gente faz sobre o organismo da terra há a ausência às ausências ela só é construídas também com esses assentamentos nós estamos criando ausência nesses lugares do significado que eles sempre os povos que viveram e que vive nesses lugares de certo que os parentes que o irene que circulam
por aqui não se acham marginais eles estão em casa eles sabem que eles podem andar por aqui mesmo quando são sacaneados na rua discriminados e tratados como mendigos é isso aí é o que os outros acham que o que o guarani está andando aqui na cidade acha que quem está andando na aldeia dele e botaram pedro a tocar ambas no caminho é isso que o que então acabou de falar eu gostaria de complementar porque achei muito importante que ele falou que vem da tua ideia de brasil né é esse outro pra mim pro sujeito não
seria se um sujeito eu tô aqui e outro está ali sendo o meu objeto pra ele o objeto dele não estamos nos comunicando esse outro não tem existência real nenhuma no meu corpo porque tentou dissociar da minha condição de vende se o homem é seu é supera a associação o outro os efeitos ele é meu corpo que são jaffas fazem dele uma presença viva no meu corpo e essa presença viva entre ficção do com aquilo que eu sou e me obriga a uma transformação então assim nós reduzidos é um sujeito na melhor das hipóteses a
gente atribui a esse outro lugar do bem ea gente pode ser politicamente correto com ele você falou puxa uma conta sacanagens já é alguma coisa que gera melhores do que olhar ele com disse o wilton como mendigo racializado e portanto um corpo biologicamente inferior ao meu já é alguma coisa e levar em consideração e dizer ah legal tal totão junto não sei o quê né outra coisa é esse corpo passará a ter uma existência efetiva no meu corpo pra isso tenho que desmanchar em mim no caso do índio do negro especificamente eu tenho que desmancham
a mim em mim a subjetividade de branca constituída na racionalidade porque se o não venceu não me livrar do racismo que apita em milhões de esferas da minha vida que se manifesta cotidianamente mesmo que eu seja a pessoa mais esquerda e mais politicamente correta se eu não desmanchar isso em mim essa relação jamais vai se desmanchar a gente pode até conseguir no plano macro político uma distribuição melhor dos direitos mas isso que nos estrutura socialmente jamais vai se desmanchar então esse teu vazio é importante de botar a atenção dele obrigado [Música] a onde o rafael
eu acho que jonas antes nem eu pensei um bom autor peruano muito interessante e josé carlos mariátegui guiné que propõe o comunismo inc e tudo mais ele disse que a os burgueses erravam do álbum eles falavam que a ciência marxista que maria estava errado em tal coisa tá outro que não era bem isso ele falava que na verdade era o alvo errado porque o que era a força do movimento revolucionário era fé né e então é daí que vinha nephu a confiança fosse uma transformação na resolução e eu acho que tenha a ver com o
sonho que o palco pm o nec é um pouco é tá colocado como nessa gente pega o que então falou mas tá no davi com o penal é muito é essa e se um pouco esse trabalho de cima e também essa questão é de como tem uma riqueza de mundos e esses cientistas da floresta são muito importantes e como tem uma um trabalho de criação muito forte e eu acho que aí tem com ela outros sonhos comuns é isso pessoal a gente vai encerrar por aqui a gente agradece muito a presença de vocês lembrando que
já está à venda no bairro euclides socialista o livro com os inscritos socialistas do homenageado da flip deste ano e também que está frio pra caramba mas tem uma cachacinha muito boa e nosso salário é que eu vou tomar um pouco preso quebrar e recomenda eu nem sei como chico lopes cheguei a pegar [Música]
Related Videos
Entremundos: Dia 04 - Vídeo 03 - Ailton Krenak - Razões ancestrais e Novas Sínteses Culturais
28:50
Entremundos: Dia 04 - Vídeo 03 - Ailton Kr...
Ocareté
11,083 views
As Big Techs estão nos escravizando | Aaron Bastani encontra Yanis Varoufakis
57:38
As Big Techs estão nos escravizando | Aaro...
Autonomia Literária
7,607 views
BREAKING: Update on most DANGEROUS element of Project 2025
13:25
BREAKING: Update on most DANGEROUS element...
Brian Tyler Cohen
171,005 views
CHOMSKY fala sobre o COLAPSO do IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
53:27
CHOMSKY fala sobre o COLAPSO do IMPÉRIO NO...
Autonomia Literária
67,637 views
Roda Viva | Kaká Werá | 09/01/2017
1:21:37
Roda Viva | Kaká Werá | 09/01/2017
Roda Viva
40,068 views
Fórum recebe Ailton Krenak e Suely Rolnik
2:20:06
Fórum recebe Ailton Krenak e Suely Rolnik
Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
26,732 views
A vida não é útil - Ailton Krenak [Unicamp 2025]
34:18
A vida não é útil - Ailton Krenak [Unicamp...
Natália Cristina - Leitura por amor
5,265 views
O que é a Cosmovisão indígena?
1:13:39
O que é a Cosmovisão indígena?
UNILA
1,629 views
Conferência de Ailton Krenak em Lisboa
2:07:55
Conferência de Ailton Krenak em Lisboa
Arquivo Teatro Maria Matos
44,977 views
As línguas e as cosmologias indígenas por Gersem Baniwa
56:11
As línguas e as cosmologias indígenas por ...
Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental
2,447 views
Direitos da Natureza - Ailton Krenak e Eduardo Gudynas
1:27:16
Direitos da Natureza - Ailton Krenak e Edu...
Coalizão pelo Clima
7,566 views
GUATTARI - vivência, potência e encontros - Conferência de Abertura - Suely Rolnik
3:07:04
GUATTARI - vivência, potência e encontros ...
agenciamentos
6,505 views
Claudia Andujar por Ailton Krenak | Conversa na galeria
1:08:34
Claudia Andujar por Ailton Krenak | Conver...
imoreirasalles
8,269 views
Radicalmente vivos - Ailton Krenak no SIM 2020
1:12:51
Radicalmente vivos - Ailton Krenak no SIM ...
O Lugar
62,986 views
Conferencia de Suely Rolnik | Programa Articulacions
2:12:26
Conferencia de Suely Rolnik | Programa Art...
GVA IVAM
3,278 views
A Cosmovisão dos povos originários
35:47
A Cosmovisão dos povos originários
amazonacre
1,705 views
💣Bolsonaro confessa crimes em coletiva desastrada💣Novos áudios explodem defesa dos golpistas💣
10:50
💣Bolsonaro confessa crimes em coletiva de...
Mídia NINJA
403,672 views
Conferência de Eduardo Viveiros de Castro em Lisboa
1:39:59
Conferência de Eduardo Viveiros de Castro ...
Arquivo Teatro Maria Matos
25,185 views
Ailton Krenak - Filosofia ameríndia: por um outro modo de pensar e viver...
1:59:24
Ailton Krenak - Filosofia ameríndia: por u...
agenciamentos
65,535 views
Bem Viver - um novo caminho
21:43
Bem Viver - um novo caminho
Conselho Indigenista Missionario
7,436 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com