[Música] [Aplausos] [Música] em nossas florestas nativas temos uma grande diversidade de espécies de vegetais entre se destacam as espécies produtoras de madeira essas espécies são alvos de exploração para as mais variadas utilidades como construções diversas mobiliário utensílios em geral instrumentos musicais fabricação de carvão entre [Música] outros Apesar da grande quantidade de espéci produtoras de madeira em nossas florestas para suprir a demanda do mercado temos também florestas plantadas com espécies introduzidas e nativas de rápido crescimento como pinos e eucalipto para monitorar o manejo das florestas precisamos conhecer as espécies e muitas vezes reconhecer os produtos de
sua transformação e beneficiamento para executar essas ações são necessários conhecimentos para identificar as espécies florestais em campo por meio de características morfológicas Como folhas casca tronco flores frutos ou por meio das características anatômicas da madeira e da casca para esse reconhecimento são necessários profissionais treinados e com de campo para reconhecer as características específicas e classificar as plantas em um sistema de classificação botânica conferindo-lhes [Música] [Música] nomes a exploração das florestas proporciona a derrubada de árvores que são encontradas em formas de toras madeira beneficiada e às vezes até transformadas em [Música] [Aplausos] [Música] carvão para a
identificação desse material é necessário conhecimento sobre as características gerais da madeira e sua estrutura anatômica as características gerais e atômicas das madeiras nem sempre são visualizadas com um simples olhar para isso são necessários instrumentos como lupas e microscópios além do conhecimento básico sobre a estrutura da madeira e prática para seu reconhecimento temos na natureza dois grandes grupos de plantas que produzem madeira em seu desenvolvimento as gimnospermas e as angiospermas as dimos permas são plantas cujos frutos não possuem casca e as sementes estão expostas e colocadas em volta de um eixo como o fruto da araucar
e do pinos e também possuem folhas afiladas ou em forma de espim dentro deste grupo de plantas estão as coníferas onde se destaca o Pinheiro do Paraná espécie nativa do Brasil e as espécies de pinos que foram introduzidas em nosso país e abrangem grandes áreas plantadas em especial na região sul e sudeste as angiospermas são plantas que possuem sementes envolvidas em um fruto revestido por casca elas possuem folhas alargadas ou late folhadas e flores com pétalas e sépalas muitas vezes vistosas a esse grupo pertencem praticamente todas nossas espécies das florestas nativas assim como existem diferenças
morfológicas nas plantas desses dois grupos também existem diferenças na anatomia de suas madeiras as angiospermas são consideradas plantas mais evoluídas e possuem células especializadas denominadas elementos de vaso para conduzir a água que é absorvida pelas raízes e conduzida para o resto da planta as gimnospermas tem um sistema de condução de água mais primitivo e não possuem elementos de vaso fica uma planta se atribui a ela um nome para que possa ser distinguida entre as demais Existem duas formas de dar nomes para as plantas A nomenclatura popular e A nomenclatura científica os nomes populares são dados
para as plantas já tradicionalmente conhecidas utilizando critérios empíricos e culturais às vezes Associados a alguma característica peculiar da planta ou de uma parte específica por exemplo o nome Pau Ferro foi dado a a espécie por Tem madeira muito dura a pata de vaca pela característica da folha o iper roxo pela cor de sua flor já os nomes científicos são dados para as plantas baseados em um sistema de classificação onde são consideradas suas características evolutivas e agrupadas por parentesco as plantas como os demais seres vivos são classificadas de acordo com sua diversidade biológica e história de
evolução para fazer essa classificação podem ser usadas informações sobre as características de morfologia anatomia bioquímica genética entre outras que a cada dia são inovadas com avanço tecnológico e científico ao identificar uma espécie devemos informar seu nome científico e a família a que pertence é preciso salientar que os nomes científicos sempre são escritos em latim e desta forma todas espécies independente do país de origem são descritas na mesma língua que é neutra para todos vamos usar um exemplo prático a espécie imeia cor baril pertence ao gênero imeia que por sua vez pertence à família leguminose o
nome científico é formado por duas palavras a primeira indica o gênero e a segunda é o epíteto específico após o nome da espécie é colocado o nome do autor ou seja quem Desc a espécie pela primeira vez no caso Lineu esta espécie de acordo com o catálogo de árvores do Brasil é comercializada com cerca de 90 nomes populares entre os quais destacamos Jatobá Jataí Jatobá Jutaí Jutaí grande Jutaí do campo Olha o Jutaí abati copu do Brasil e cau como vocês puderam observar o número de nomes populares para uma mesma espécie é muito grande variando
conforme a região de ocorrência e em muitos casos trocado para comercializar uma espécie por outra Antes de iniciar com a anatomia da Madeira devemos entender Qual é a função da madeira na planta e a relação dos diferentes óc entre si as árvores são plantas superiores de estrutura complexa com CIC de vida bastante prolongado podendo atingir mais de 1000 anos as raízes são os órgãos que fixam a planta ao solo absorvem a água os sais minerais que são conduzidos em direção ao caule e deste até as extremidades onde estão as folhas e Flores além da função
de absorção ela também é importante órgão de reserva de compostos para serem utilizados como fonte de energia como é o caso das reservas de amido além de fixar a planta no solo o caule é o órgão que conduz a seiva absorvida pelas raízes armazena substâncias de reserva e d resistência mecânica para sustentar a Copa as folhas são os órgãos com estruturas especializadas para fazer as trocas gasosas absorver a energia luminosa do Sol e fabricar as substâncias alimentares necessárias para o desenvolvimento da planta as flores são os órgãos de reprodução das plantas super que após a
fecundação se transformam nos frutos os frutos são os órgãos das plantas superiores que abrigam as sementes resultantes do desenvolvimento do ovário e as sementes por sua vez após germinação vão formar uma nova planta agora nós vamos voltar ao laboratório para falar do tronco que é o nosso foco se observarmos um tronco Podemos verificar de fora para dentro suas diversas partes a casca é a parte situada externamente ao câmbio vascular que é formada por duas regiões uma morta e a outra viva a parte morta serve para proteger a planta dos agentes externos e a parte interna
que é viva conduz a seiva elaborada de cima para baixo o câmbio vascular é uma fina camada situada entre a casca interna e a Madeira sendo visível apenas microscopicamente o câmbio é formado por células que possuem a capacidade de se multiplicar formando madeira para o lado de dentro e casca viva ou floema para o lado de fora para o lado de dentro do câmbio vascular encontra-se o xilema secundário ou também denominado de lenho Essas são designações científicas utilizadas para denominar a madeira a madeira é formada por um um conjunto de células com funções vitais na
planta que são a condução da seiva bruta a reserva de substâncias E a sustentação da árvore cada função é feita por um tipo especial de célula os elementos de vaso são células especializadas com duas extremidades abertas e são dispostas umaas sobre as outras formando tubos alongados que conduzem a seiva bruta desde a raiz até a parte superior da planta as células de parenquima armazenam substâncias de reserva e as fibras fazem a sustentação mecânica da árvore para identificar madeiras é necessário observar a sua organização Isto pode ser visualizado em uma seção transversal de um tronco que
permite observar as partes da Madeira uma delas é o alburno que é formado pelas camadas exteriores da Madeira situadas próximos da casca onde é feito o transporte da seiva bruta a madeira desta região geralmente é mais clara e mais suscetível à degradação a outra é o CNE a parte mais interna da Madeira constituída por tecido fisiologicamente morto em geral o CNE possui coloração mais escura do que o alburno e mais resistente ao ataque de organismos degradadores de madeira o lenho juvenil é a parte da Madeira formada quando a planta ainda era jovem e que fica
próximo da medula a medula é formada por células parenquimáticas provenientes do crescimento primário da planta e que não faz parte da Madeira apesar de estar localizado no interior do caule ela pode ser central ou excêntrica com diâmetros variáveis o lenho juvenil e a medula são pouco resistentes ao ataque de organismos degradadores de madeira formando muitas vezes partes ocas ao observar o topo de um disco de madeira nota-se em algumas espécies camadas mais ou menos concêntricas dispostas como Anéis ao redor da medula essas camadas são denominadas anéis de crescimento e muitas vezes possuem cores distintas mais
claras e mais esses Anéis são resultantes da adição de novas camadas celulares pela atividade do câmbio vascular este tipo de anel de crescimento bem demarcado é característico de espécies de regiões de clima temperado onde as estações do ano são bem definidas em madeiras tropicais existem espécies com Anéis distintos pouco distintos e outras sem distinção de anéis no processo de identificação de madeira algumas características podem ser observadas pelos nossos sentidos uma delas é a cor característica bastante usada para distinguir algumas espécies de madeira o cheiro é uma característica importante na classificação em usos finais e também
é usada na identificação de madeiras tem madeiras com gosto característico como o angelinha amargoso não é recomendado colocar madeiras desconhecidas na boca devido ao risco de intoxicação outra característica importante é a Gran este termo refere-se ao arranjo e à direção das células que constituem a madeira ao longo do eixo do tronco esta orientação é dada pelo câmbio vascular quando novas camas de madeira são adicionadas a Gran é verificada quando uma madeira é partida no sentido Radial ao cortar as camadas de crescimento existem diversos tipos de Grã mas as principais são Grã direita ao ser partida
a madeira se divide em duas partes com superfícies planas Gran entrecruzada ou reva quando possui as camadas inclinadas em direções Opostas difícil de Partir apresentando uma superfície irregular Grã inclinada a madeira parte em direção inclinada ao eixo da peça Grã ondulada são madeiras que partem no sentido Radial formando uma superfície transversalmente ondulada outra característica é a dureza que pode ser verificada com equipamentos especiais mas também pode-se ter uma ideia ada fazendo uma incisão com canivete transversalmente as fibras ou com a própria unha o brilho é a propriedade da madeira em refletir luz já a textura
é um termo usado para referir às dimensões a distribuição e a abundância relativa dos tecidos da Madeira dependendo das dimensões Distribuição e abundância relativa das células temos madeiras com textura fina textura média e textura grossa as figuras observadas em madeira são causadas por diferentes caracteres e apresentam-se de diversas maneiras Entre As madeiras nativas frequentemente ocorrem figuras causadas por variações na cor como neste pedaço de madeira quando a madeira possui anéis de crescimento distintos observam-se figuras em forma de u ou de v e outras formas irregulares na superfície tangencial os anéis formam faixas ou linhas de
cores distintas se vistos na superfície Radial na face Radial de madeiras com raios altos ou bem distintos observam-se figuras em forma de linhas transversais ou eixo da árvore alguns tipos de Grã podem causar figuras muitas vezes atrativas e em outros casos não dependendo do tratamento dado superfície nos processos de serragem e acabamento além dessas figuras Existem muitos outros tipos peculiares a cada tipo de madeira as células que constituem a madeira estão arranjadas no caule seguindo duas direções no sentido do eixo do tronco denominada direção axial e no sentido da casca para dula que é a
direção Radial as análises da Madeira são feitas em três planos ou superfícies transversal é a superfície que fica exposta no topo de uma tora de madeira quando se realiza um corte perpendicular ao eixo do tronco nesta superfície os vasos são vistos como orifícios denominados poros o paren maxial aparece como pequenas manchas mais claras a parte mais escura da superfície são as fibras os raios aparecem como linhas estendidas no sentido da casca para o centro do disco no sentido longitudinal as células são analisadas em duas superfícies superfície longitudinal tangencial esta superfície é exposta quando se retira
a casca da árvore ou quando se realiza um corte em direção perpendicular aos raios e tangencialmente aos anéis de crescimento nessa superfície pode observar a altura dos raios as fibras as linhas vasculares e o paren maxial a superfície longitudinal Radial é exposta por meio de um corte que segue os raios desde a casca até a medula nesta superfície os raios são vistos no seu comprimento e vse também as fibras as linhas vasculares e o paren maxial o que faz uma madeira ser diferente da outra é a disposição a distribuição o arranjo e os tamanhos desses
tipos de células que compõem a madeira para se identificar uma madeira é necessário analisar o maior número de caracteres possíveis que o material disponível permitir iniciando pelos caracteres organolépticos como cor brilho cheiro gosto Os caracteres Gerais como os anéis de crescimento A Grã a textura e posteriormente os caracteres anatômicos para proceder A análise anatômica é necessário orientar o material e observá-lo na superfícies transversal tangencial e Radial A análise anatômica pode ser feita em dois níveis o nível macroscópico no qual se observa um pequeno bloco de madeira previamente orientado com o auxílio de uma lente de
10 vezes de aumento o segundo é o nível microscópico no qual se analizam cortes finos de madeira montados entre duas lâminas de vidro obtidos nos planos transversal Radial e tangencial para uma melhor visualização esses cortes são coloridos com corantes específicos A análise microscópica permite observar maiores detalhes que a análise macroscópica porém necessita de equipamentos como microscópio micrótomo afiador de navalhas e um laboratório com os demais materiais necessários para o preparo e análise do material como vimos as espécies de madeira podem se diferenciar pelas suas características morfológicas e anatômicas por isso é importante conhecer a estrutura
da madeira e suas características para utilizá-las na identificação por meio da anatomia da Madeira pode-se diferenciar espécies comercializadas como sendo outras por apresentarem características semelhantes um exemplo é a Andiroba que muitas vezes é comercializada como sendo mogno ou vice--versa as duas espécies são bastante conhecidas no mercado e possuem grande semelhança na cor na densidade na estrutura anatômica da Madeira Além de pertencerem a mesma família entretanto Existem algumas diferenças anatômicas entre elas o mogno apresenta os raios mais ou menos organizados em extratos ou camadas denominado estratificação de Raios enquanto que a Andiroba não apresenta essa característica
outra diferença entre essas espécies é o destaque da linha Marginal do paren maxial no mogno esta característica é bem acentuada enquanto que na Andiroba não se destaca outro caso semelhante é o pau brasil e o falso Pau Brasil o pau brasil pode ser vermelho ou cor de laranja e o falso Pau Brasil sempre é vermelho no caso dessas duas espécies além das Diferenças anatômicas a localização geográfica também é um dado importante o pau brasil ocorre na Mata Atlântica e o falso Pau Brasil é da Amazônia Como podemos ver existem muitas características comuns entre As madeiras
em especial entre aquelas de uma mesma família ou gênero mas para identificar madeiras precisamos dar especial atenção para as características não comuns pois são elas que permitem diferenciar As madeiras entre si Aguardamos você na etapa presencial do curso que será realizada aqui no laboratório de produtos florestais do serviço Florestal brasileiro em Brasília até [Aplausos] breve [Música] C [Música] n