História da Psicologia Escolar e Educacional

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Luiz Bosco
Prof. Dr. Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior CRP 06/96910
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e hoje a gente começa a ver é a respeito da psicologia escolar e educacional área de atuação e obviamente importante mas que muitas vezes acaba não tendo atenção deveria ter então merece ter na minha opinião e de qualquer forma mesmo que você pense que nunca na vida vai trabalhar com essa especialidade de alguma forma questões relativas à educação e ao ensino vão passar pelas suas mãos não importa onde você trabalha em algum momento vai chegar você e aí então a ideia é que a gente tenha uma formação razoável uma formação razoável e no que diz
respeito à área educacional escolar né a conhecer como que funciona a escola quais as necessidades reais de uma escola ponta dia a dia ali o que é educação qualquer filosofia por trás disso porque que a escola tem aquela estrutura que tem por que a escola com senhora do jeito que funciona será que dá onde surgiu quem que inventou isso como que foi inventado isso são coisas que são importantes né qual que é a ideia de instituição escolar tudo isso faz parte então do conhecimento em psicologia escolar e educacional e a gente vai falar disso aqui
ao longo desse semestre para hoje a gente vai conversar a respeito da origem dessa especialidade da origem da psicologia escolar e educacional psicologia escolar e educacional ela nem sempre teve esse nome grande aqui é o nome completo dela ecologia school o nacional é uma coisa só atualmente é compreendido dessa forma inicialmente psicologia escolar era a área de aplicação na escola especi camente especifi camente e aí ecologia educacional seria a utilização das teorias da psicologia a utilização dos conhecimentos da psicologia para a educação de forma geral essas coisas não tem como se separar então atualmente a
gente não trabalha com essa distinção ainda que formalmente até seja possível tem até autor que ainda fala dessa distinção mas é um outro na prática essa distinção não existe e a psicologia escolar e educacional e foi a primeira área de aplicação da psicologia a psicologia era aquela psicologia teórica e experimental que surgiu com o bumbum aqui no final do século 19 e aí então é às vezes educadores pessoas que estavam repensando a educação no final do século 19 governos que estavam repensando a educação no final do século 19 vão procurar na psicologia elementos que pudessem
auxiliar na construção de uma educação que tivesse fundamento científico de uma escola cuja didática cuja pedagogia fosse suficientemente fundamentado então de início eles vão emprestar elementos desses experimentos com a percepção que que a a linha do volume fazia e depois pouco a pouco vamos aprimorando isso e fazendo coisas mais específicas mas de início era basicamente instalar um laboratório à semelhança do laboratório de leites e instalar junto à escola para avaliar a percepção memorização atenção das crianças e dos adolescentes também né mas principalmente aí das crianças ao ingressar na escola eu já vi uma preocupação de
avaliar as capacidades mentais das crianças para tentar organizá-las conforme essas capacidades com essa concepção não existe mais só que tá no nosso imaginário ainda e volte e meia tem gente que ressuscita essa ideia né vamos fazer sala é dividindo os alunos que estudam mais do menos ou coisa do tipo não isso não existe mais e eu vou falar porque daqui a pouco ali no comecinho do século 20 e aí a gente tem então é um crescimento muito grande da psicologia da educação é mas principalmente no que diz respeito aos pés principalmente que diz respeito aos
pés e em 1905 que a gente tem a criação da mesma escala de inteligência do bilhete e simon eu quero uma tentativa então de se mensurar a inteligência para dessa forma poder conhecer quais os alunos o melhor aptidão mais rápidos quais seriam os alunos de menor aptidão - a oi e aí dessa forma então havia a ideia de tornar a escola mas eficiente que acontece que vocês já devem podem ter visto em estudos a respeito da história dos testes não é que acontece que e ele consequências muito complicadas de vários problemas em vários problemas mesmo
e testes incluindo aí quando foi inventado o quociente de inteligência em 1912 e eles tinham um viés cultural muito mesmo obrigado de tem até hoje não tão nítido tenta se superar o problema do viés cultural mas vamos problema insuperável e aí no início então esse era mais nítido ainda é esses testes traziam elementos de uma determinada classe social do determinada cultura e aí no caso dos estados unidos e aí quem tava não tava desenvolvendo os testes nos estados unidos era quem o nome mais conhecido é o do torne dai que é ganhou muita grana escrevendo
sobre educação ganhou muita grana no e nos estados unidos era ele que tava à frente então dessas tentativas de usar a psicologia para o ensino e na frança era o mineiro irmão é nós temos também na frança o capa red é um pedagogo e o valor valor é um card apologia que infelizmente não é tão conhecido como deveria mas ele tem uma teoria muito interessante sobre desenvolvimento e aprendizagem bom as nos estados unidos principalmente acontece que esses testes eles tinham um conteúdo e acessível para as crianças é de classe média e brancas lembrando que eu
tô falando de 1905 não fazia muito tempo que a escravidão de acabar nos estados unidos e é avião uma separação bem bem nítida não era da população negra da população branca uma separação bem explícita mesmo né oi e aí então as crianças negras ao fazerem esses testes para ingressar na escola elas se saíram mal nutella ela sempre tem um consciente menor porque os elementos daqueles testes não eram identificados por elas ah ah ah o exemplo mais famoso é da prancha da moça jogando tênis né então tem a prancha ea criança tem que identificar e dizer
qual cena que é e aí a moça jogando tênis a criança olhar fala assim é uma moça com uma frigideira o que que é isso né eu me espanador sei lá né é até hoje o tênis é um esporte de elite você imagine em 1905 e ainda então é as crianças negras via de regra e saíam piores nesses testes oi e esse dado alimentou a eugenia a eugenia para quem não lembro nunca vi falar desse assunto é hoje em dia é o tal do racismo científico e a ciência não é santa tá assim a ciência
é falha se ele já pagou muito vai continuar trabalhando mas algumas das falhas da ciência assim né foram grande demais perdoáveis mas um dia ouvir então quem defendesse que o racismo tinha fundamentação científica por ter né e que a eugenia a eugenia seria a ciência de aprimoramento da raça humana resultado tipo aprimorar raça de cachorro thorndike ele foi um entusiasta defensor da eugenia e ele se engajou inclusive em um programa que levava palestrante defensores da eugenia para diversas cidades dos estados unidos para divulgar a eu gemia e eu tô lhe diet np foi um dos
principais nomes da reforma educacional dos estados unidos que aconteceu aí nas duas primeiras décadas de 1920 então dá para dimensionar o tamanho do estrago foi isso né é tão coisas aí que estão no imaginário até hoje né a ideia de que é raça negra intelectualmente inferior é a ideia é uma ideia também muito forte da eugenia de que a mistura de raças estraga a raça humana de certa forma né produz a degeneração da raça humana é muito forte também é uma forma de justificar o fato de tanta gente não se dar bem na escola desistir
da escola ou tem um desempenho sofrível na escola mesmo né porque aí o discurso da eugenia era o seguinte e a escola ensina por igual né a escola é um ambiente homogêneo ela ensina por igual então por que mesmo com esse igual no mesmo ambiente existem crianças que aprendem mais existem crianças que aprendem menos e os adeptos da eugenia falavam que se devia a questões inatas provavelmente herdadas de uma raça e yaya a eugenia nos estados unidos especificamente vai falar dos problemas nesse misturar o branco com o sul americanos com os africanos e com povos
de alguns países da europa principalmente por lei do leste europeu e e essas ideias foram muito forte muito fortes mesmo ela só a impor terra com a segunda guerra mundial é a eugenia ela foi e o elemento central do nazi-fascismo oi e aí assim como a segunda guerra quando vem a público os campos de concentração logo aí dá não foi quando a alemanha perdeu a guerra não foi um pouco antes mas quando alemanha perde a guerra aquele berlim a tomada pela união soviética aí aí aí arrebenta mesmo essa notícia história mesmo né e bom e
aí muito convenientemente pegaram eugenio esconderam embaixo do tapete ácida e por exemplo se você pegar eles livros clássicos de introdução à história da psicologia como por exemplo juntos em show no história da psicologia aquele da capa azul cheia de ilustrações é fala da importância do thorndike psicologia nos estados unidos mas não cita uma linha de que ele era um ferrenho defensor da eugenia não cita humano o e em outros livros que eu dei uma fuçada porque esses tempos atrás aí eu fiquei curioso por esse assunto porque tava rolando um pedido para tirar o nome do
thorndike e batizavam um espaço lá na universidade onde ele trabalhou e aí nesse movimento esse ano nos estados unidos de tirar homenagens feitas a figuras históricas cestas é a rolou então essa petição para que não houvesse essa homenagem ao torne daí fiquei curioso para expulsar e realmente os livros de história da psicologia que a gente costuma usar não falam uma linha disso uma linha inclusive dessa relação dos testes psicológicos e da psicologia da educação com a eugenia e nos estados unidos principalmente pelo porte lá nesse momento a frança também passava por uma reforma educacional muito
grande é o placar rede e o valor estavam envolvidos nessa reforma até onde conseguir buscar a respeito aí não havia essa arma desse apego tão intenso assim a eugenia não que não houvesse racil que eles fazem todo lugar né dessa origem aí complicada não é presa aos testes e é importante observar também o que era havia uma busca então por uma ensino fundamentado científicamente aí a gente tem uma coisa muito bacana né é principalmente por parte de um movimento chamado escola nova esse movimento aí vem no final do século 19 anos no século 20 vai
chegar no brasil bem tardiamente movimento da escola nova ele defendia uma pedagogia científica soccer e ele toma um rumo peculiar não é um por um movimento muito influente mas não conseguiu emplacar reformas educacionais no jeito que eles querem iam esse porque esse movimento defende além de uma pedagogia científica de ensino fundamentado cientificamente com técnica de ensino defendia também que a criança deveria aprender com muita liberdade de forma espontânea conforme seus próprios interesses conforme só própria curiosidade a imaginação da criança deveria ser valorizada que a a criatividade da criança deveria ser valorizada que não deveria haver
punições e não deveria haver aquela disciplina da escola é criança deveria passar mais tempo ao ar livre brincando aprendendo por meio da sua curiosidade natural por meio da experimentação e é revolucionário até hoje essa ideia né imagina aí no começo do século 20 é o mesmo que não tenha sido implantada essa filosofia mas ela foi muito importante gerou muito debate não só na área da educação mas em todo o meio intelectual todo meio acadêmico da era aqui no brasil e bebi adeptos muito importante em 1932 é publicado o manifesto da escola nova no brasil é
muita gente importante da área de educação assinou talvez a figura mais conhecida seja das poetisa cecília meireles cecília meireles assinou esse manifesto e e ela escreveu livros de poesias para crianças né é o poema mais famoso dela que ela escreveu para crianças é aquele ou isso ou aquilo aliás fica até de sugestão de material para trabalhar em oficina é nossa mas eu vou trabalhar poesia em oficina de escola em dá para trabalhar poesia eu preciso escola e é uma experiência muito interessante sim é é um texto maravilhoso feito para falar que eu tenho living que
a obra completa da cecília meireles in eu acho espetacular para cecília meireles e ela foi signatários do manifesto da escola nova e ela defendia né a forma de aprendizagem mais livre quem também foi um adepto entusiasta da escola nova no brasil foi monteiro lobato quem é é o sítio do picapau amarelo é um como eu vou dizer assim é uma é um panfleto da escola nova porque assim é e o pedrinho e a narizinho eles vivem a soltos pelos sítios em meio as suas aventuras cheias de imaginação e dia dessa forma completamente livres na natureza
que eles aprendem é a o reinações de narizinho que é o primeiro livro infantil de monteiro lobato e ele ele é seguramente o livro da escola nova assim puramente na escola agora fala essa ideia então da criança livre na natureza para aprender né é a narizinho vai passar as férias no sítio né então tem essa coisa assim saiu do meio urbano da modernidade sufocante da escola tradicional e aí all star no sítio aprendi muito mano então é uma defesa mesmo da escola nova reinações de narizinho ele é considerado o primeiro livro de dar do brasil
didático não um pede de cartilha mas o primeiro livro infantil utilizado em escolas que foi redigido no brasil é o relações de narizinho a escola nova nunca foi implantado no ensino brasileiro mas é esse movimento todo tem sair no governo getúlio vargas ser criado o ministério da educação e aí então é teve aí mano a reforma educacional no brasil mas assim não foi aplicação desse modelo e no meio disso tudo que a gente tem o desenvolvimento da psicologia escolar e educacional foi impulsionada pelos defensores da escola nova e foi impulsionada por esse propósito por essa
busca de auxiliar a educação então com os conhecimentos da psicologia e quando chega nos anos 40 e esse essa psicologia presa a testagem vai caindo por terra e aí vai pensando então em formas de intervir na escola e não simplesmente então categorizar as crianças conforme supostas aptidões é mas essas quatro décadas aí de uma concepção de educação muito centrada na testagem e deixou as suas marcas no nosso imaginário deixou suas marcas no nosso imaginário e inclusive tem uma obra de 35 de uma analista o inventou aí o termo aluno problema oi e aí ela faz
esse livro descrição do aluno problema típico e esse termo caiu por terra faz um tempão tá não se usa esse termo ter uma extremamente depreciativos tá ah mas eu vejo até professor usar pois é não deveria a existe aluno problema né que essa concepção de aluno problema é enxerga primeiro e os problemas na escola são somente os alunos o segundo que é esses problemas de aprendizagem os problemas da do convívio na sala de aula eles são meramente de ordem individual mas a gente vai ter oportunidade de aprofundar essa discussão a partir daí mais ou menos
da década de 1940 a psicologia escolar e educacional vai procurar meios para intervir na escola na década de 40 psicologia da educação ela vai emprestar elementos da clínica para uma prática dentro das escolas oi e aí assim né nas primeiras tentativas a gente tem coisas do tipo literalmente botar o de banner da escola é uma transposição meio nua e crua assim meio direta demais das práticas da clínica para a escola já adianto que isso não se faz escola não é lugar opera pia é não tem no lugar para isso é mais já foi um avanço
né buscar os elementos da clínica principalmente assim né é no caso da relação da psicanálise com a educação é tentava se encontrar ali na o entendimento da afetividade que a psicanálise funciona e como fazer com que a educação então se fosse mais eficiente né como que poderia ser também uma educação que trabalhasse as questões afetivas também existe ainda tá essa linha psicologia da educação e é fortemente analítica do cruzeiro do brasil existe ainda não é é a gente teve no brasil a maria cutter a uma obra dela conhecidíssima que é arroz feijão de hoje da
educação que é a freud ea educação oi e ela até hoje ela é professora da usp e na usp tem uma escola uma espécie de escola modelo antigamente falava-se escola laboratório é feio esse nome né imagina um ratinho do skinner cinzelado uma escola modelo para as crianças para os filhos dos funcionários da usp tudo lá de graça oi e aí então a maria culpa é não é diretora eu não sei dizer função que é bastante coordenação pedagógica assim da escola a escola é direcionada então por essa ideia de uma psicanálise aplicada à educação mas assim
e não é muito comum mais essa tentativa de análise aplicada à educação meu ponto de vista que temos referenciais teóricos mais completos para esse uso tá aí professor disse que a psicanálise é incompleta ainda bem que em completa toda ciência em completo em termos de pesquisas para entender as questões da aprendizagem para tentar entender o insucesso na vida escolar de parte do alunado e as pesquisas então saíram desse lugar da eugenia para assim bom tá não esquece pato de raça aí que será então que faz com que ea pessoas que se dão mal na escola
e que não tem aí uma deficiência intelectual presente e aí surge a teoria da carência cultural outra tranqueira que é grudada no nosso imaginário cria da carência cultural diz o seguinte as crianças de origem pobre elas vão mal na escola porque tem uma cultura é mais limitada dentro de casa hum faz sentido é mas é muito complicado isso né é já vou dizer porque a teoria da carência cultural ela ela implica também uma ideia de que a afetividade nas famílias pobres é limitada é que a comunicação ela é predominantemente violenta a iva que as relações
familiares são muito ásperas e isso então faz com que a criança de origem pobre seja propensa a agressividade a violência ea indisciplina na escola é é e é muito forte essa concepção até hoje ainda sabe inclusive entre educadores oi e aí é que tá a questão né veja bem e evidentemente que a pobreza traz problemas senão a gente não tava preocupado com ela não tava preocupado com ela é claro que traz problema afetividade com os livres para a aprendizagem não temos dúvida disso o primeiro perigo que salta aos olhos é a continuar com um discurso
de fundamento científico o que antevê como que a criança vai sair na escola tá entendendo é esse que é o problema assim aí vem de origem pó é de origem pobre aí que eu já sei que não vai se dar bem eu já sei que não vai aprender bem que vai ser agressiva que vai ser violência e esse é o problema e esse problema tens a testagem em massa dos alunos ao ingressar se abandonada na maioria dos países brasil inclusive brasil chegou a ter muito bem assim testagem massa não quer carro vista ver mais que
acontece que é quando você faz isso você afirma saber de antemão devido a origem dessa criança você então está determinando o destino dela a ser um determinismo exatamente uma possibilidade de não mudança isso ou uma impossibilidade mudas exatamente aquela criança está fadada a não se dar bem na escola e aí vai desistir da escola hoje no brasil isso é impossível sua criança sobe na escola conselho tutelar vai atrás mas ok até não muito tempo atrás né aí vazou escolar era um problema seríssimo a evasão escolar deixou de ser um problema só por causa disso porque
é obrigado a criança na escola é porque se não for na escola você pegar vai lá bati na porta da família da evasão escolar sem problema muito grande e evasão escolar se dava principalmente em alunos podem e aí assim do livro a produção a casca colar da maria helena souza patto clássico da área da educação também é arroz feijão na área de psicologia escolar e educacional não é ela fala de dessas teorias todas e aí ela fala como que começaram a cair no chão essas teorias como que começaram a desencanado essas dez estranho aí e
assim aí então presa aí que alguém foi lá pesquisar os protocolos da pesquisa então vamos lá e aí assim é eram pesquisa na sociologia na psicologia antropologia então vamos lá os caras fazer observação in loco das famílias pobres ta ta imaginando então é vai lá o o johnny smith speed vai o doutor de will smith de harvard a observar in loco o dia de domingo de uma família pobre você tá entendendo a observar os hábitos alimentares como eles se relacionam a mesa como que eles trocam afeto como que ele se comunicam imagina a cena né
aquele almoço de domingo quem é e a família e o doutor ele o sentimentalismo se a criança vai falar alguma coisa o pai assim cala a boca moleque respeito dele e para baixo para vender e aí o doutor john smith vai lá assim agressividade falta de afeto é um e esse é só um exemplo de vários assim de que mais uma vez tem a terça ali uma perspectiva excessivamente enviesada coisa né e com erros inclusive no levantamento de dados bom então assim é e a cultura e da população periférica da população pobre é diferente mas
não tem como falar que seja pior nos escultura melhor ou pior assim nesse sentido de cultura que eu tô falando que é o conjunto de hábitos de valores de representações de uma de uma coletividade né é uma cultura e é diferente bem sim algumas diferenças com relação à cultura que a escola espera porque a escola é sim pensada para a classe média ah e tem também e isso faz com que infelizmente ainda exista certo elitismo mesmo em escola pública de periferia né quando quando por exemplo chega lá a criança de 6 anos para o primeiro
ano fala bicicleta para professora e a professora já faz aquele escândalo já humilha já tá chacota da criança não no meio dela que ela cresceu todo mundo fala assim e ela tá na escola para aprender a falar o português formal claro que está claro que tem que ensinar é mas geralmente é na base da chacota a recepção a esse linguajar que não é o forma que vocês tiverem a experiência a de estar em um grupo de professores de escolas uma conversa descontraída de verdade eles tem que ter já passado a fase de te enxergar como
como um doutor de luizinho para ter confiança e falar abertamente né você ver umas afirmações assim de deixar o cabelo em pé bicho é complicado viu bem toda a herança dessas teorias antigas aí é muito presente no imaginário até hoje é e é inclusive uma postura infelizmente muitas vezes preconceituosa a gente não tô falando professores são preconceituosos não é isso ainda bem que não são todos nem maioria mas existem sempre tem qualquer grupo de professores você tá com qual você trabalho sempre vai ter lá uns dois três infelizes que são preconceituosos que ficam fazendo piadas
terríveis com os alunos pelas costas você fica assim meu é eu e eu penso honestamente assim sabe para não dá aula agora pegar o emprego sabe eu gosto muito de dar aula tudo bem quando o aluno ensino superior é mas às vezes a gente ouvir isso no ensino superior também né o google no jeito de se referir aos alunos e com desprezo que a vontade de virar e falar assim viu tchau vai dar mais fazer outra coisa tá vai fazer outra coisa de professor de matemática vai vai vir a sua vida fazendo pose de renda
fazendo conta para os outros então é um desprezo com o alunado mas repito não é maioria ainda bem mas a gente sempre tromba com os infelizes das a em uma pesquisa que é importante de falar que é a profecia auto-realizadora é o nome esquisito mas é uma má teoria que fez cair por terra a ideia de testagem em massa de alunos previamente antes de entrar na escola né porque assim o teste existem até hoje nos testes de inteligência mas é quando você é a ver a possibilidade de haver uma limitação intelectual você vai precisar então
averiguar isso com mais exatidão e não faz prévia man haja vou pegar meu filho vou fazer teste para saber qual é que é dele não quê que é a profecia auto-realizadora é aquilo que o teste apontar a respeito da inteligência da criança vai ter consequências na aprendizagem dela e no percurso escolar nela e aí o teste é a pesquisa era basicamente a seguinte e o grupo experimental em que aplicava-se o teste a todas as crianças e divulgava se o resultado do teste tanto para as crianças quanto para os professores o grupo controle em que aplica-se
o teste de inteligência mas o resultado não é divulgado para ninguém o google detrimental e as crianças que saíram mal no teste de inteligência ela se saíram mal no seu desempenho escolar no grupo controle não o número de controle criança com baixo qi podia ter uma aprendizagem e silen criança com quem e alto podia ter uma aprendizagem ruim oi e aí assim e quem isso demonstra leva o sai tá acontecendo então que acontece que a escola inscrição escolar e tendo ciência de alunos apontados como menos inteligentes o que é em menor destino a menos tempo
para esses alunos menos recursos para esses alunos uma cena que a gente presente ia ouvir falar até hoje né tem o aluno lá com uma alimentação intelectual professor professora corre lá e ai faz qualquer jeito tá bom e ai esse daí tem daí é esse daí tem daí então isso aí sair tudo bem deixa eu fazer de qualquer forma e isso é a profecia auto-realizadora e o professor a professora vai dar menos do seu tempo menos da sua atenção a escola vai dedicar menos recursos e consequentemente a ao desempenho ou escolar vai ser ruim mesmo
então isso ajudou a abolir em muitos lugares a testagem prévia essa mensagem em massa mas essa ideia da carência ela grudou no nosso imaginar e como é ruim de tirar né bom então assim já tem já tivemos uma primeira palavra que aluno meu não usa aluno problema segundo a palavra que aluno meu não usa estarem pelo amor dos deuses nada de carência afetiva vem dessas teorias furadas lá da década de 1940 né que as crianças pobres tinham menos afeto na família que a família pobre mais agressiva mas violentos não sei não oi lu não existe
isso tá gente não existe por favor ah tá e o desenvolvimento posterior das pesquisas sobre as questões da escola da aprendizagem vai caminhando no sentido então é de entender a instituição escolar entender condições sociais envolvidas aí no processo hino como que a escola se relaciona com o seu entorno como que a escola é recebe esses alunos como que tá preparada ou não a estrutura da instituição escolar e aí as pesquisas então já começam aí para o outro rumo mais questionador aí já tô falando dos anos 60 70 que vão então afirmar que a instituição escolar
é que produz essa desigualdade na aprendizagem fazendo então com que é crianças pobres de regiões periféricas tenham um desempenho pior porque é do pro é da escola aí aí eu tô falando de autores como o próprio corpo e o altos e que a gente vai ver em breve a o pierre bourdier também vai falar disso como que e a escola é pensada é estruturada de uma forma o que não produza realmente aprendizagem para todos ela vai produzir aí pessoas amestrar abre as para usar a palavra para o cotidiano dos utilizados para o sistema de trabalho
essa preocupação com damental na escola é esse mesmo produção para casa escolar na marisa souza pa ela fala isso com todas as letras tem o último capítulo desse livro assim é uma porrada na cabeça assim sabe leitura recomendada de 1 e quando a gente chega nos anos 80 e aí começa a outra questão preocupante que é da patologização da medicalização do ensino aí a gente vai ter a as modas a gente vai ter as doenças da moda nos anos 80 foi a dislexia e dislalia discalculia oi gato estou indo né atualmente é a gente tem
já bons anos de moda do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade mas tem gente disputando a liderança né o tal do tony transtorno opositor desafiador enfim e aí então agora sim e as explicações para o fracasso na escola recaem sobre essas questões individuais de doenças de supostas patologias servem que é sempre o movimento de não se olhar para o funcionamento da escola de não se olhar para a instituição mais de buscar a responsabilidade do indivíduo como que afinal a mas a escola é homogênea escola igualitária lá ensina crianças são todas ensinadas por igual se
algumas não se saem bem são essas questões individuais aí delimitação e coisa e tal né lembrando que a gente quem gosta de citar o bigodes que esquece coisas básicas do bigode ski e uma delas é que lá em 1920 ele já falava né ele trabalhou com crianças surdas e crianças com deficiência intelectual e ele já falava que não se pode tentar prever até onde uma criança aprende mesmo com deficiência intelectual bom e é preciso sempre estimular lá sempre tentar ir além do que ela já sabe né hoje é quase consenso nessa uma deficiência intelectual ele
é detectada precocemente passe a sobre estimulação né vai aquela criança vai ser mais estimulados dando que as crianças que não têm deficiência intelectual mas ainda assim e a gente tem ainda muito forte a ideia então dessas patologias como as responsáveis pelo fracasso na escola ou como as únicas responsáveis no nosso trabalho em escolas a gente tem que fugir disso tava procurando responsáveis não é aluno que é culpado né professor que é culpado na gestão ocupado né pai que é culpado não tem essa de culpado a gente tem que compreender o funcionamento daquela opção e conseguia
enxergar o que é que tá acontecendo ali tá atrapalhando processo de ensino e aprendizagem que tá atrapalhando as relações da sala de aula então atrapalhando os processos de trabalho sim psicólogo escolar trabalha com processos de trabalho na escola é o aparte ecologia organizacional e do trabalho que diz respeito a gente saúde do trabalhador da educação e aliás é um tema muito importante futuramente falar de também a gente tem um número muito grande de professor e é com estação de sofrimento mental é complicado severo né muitos muitos mesmo né que daí tem que como é que
chama remanejar né no estado é assim que eu tenho que remanejar porque é concursado então e não consegue mais dar aula então coloca para teca para enfim alguma outra função que função burocrática né e nisso tudo aí tá psicologia escolar e educacional foi finalmente aí criando sobre o conjunto próprio de conhecimentos e de técnica atualmente e a psicologia escolar e educacional ela é um viés ela tem uma coisa expectativa institucional ela trabalha com a instituição a essa forma de trabalho e eu tô eu tô me referindo aqui a qual eu vou me referir em todas
as conversas que a gente vai ter eu não se trata de ter um psicólogo uma salinha na escola cuidando de crise emocional fazer o teste nho fazendo avaliação fazendo acompanhamento ainda que e a gente encontre isso em muitas escolas verdadeiro trabalho o bom trabalho de escondida escolar e educacional é o trabalho com a instituição como um todo e não aí é um esse modelo de trabalho que é mais uma vez tentar botar clínica dentro da escola é uma das possibilidades de trabalho é sim o que a gente chama de plantão cologico eu não gosto desse
nome achei esquisitíssimo mas a literatura é toda a bibliografia toda utiliza esse nome então tá bom para que o plantão psicológico profissional calar à disposição de todo o corpo escolar não é só dos alunos não é uma pessoa quer ir lá tem uma conversa orientação psicológica e desabafar pode ir lá nesse plantão coloco vamos lá na lei que regulamenta a nossa profissão lá de 62 das cinco atribuições exclusivas da profissão de psicólogo e uma delas é orientação pedagógica mais assim e eu não sei onde começou e ficou assim de qualquer jeito né atualmente a pessoa
pode ter qualquer graduação ela faz a especialização em pedagogia né e recuperado por dia ela é essencialmente voltada aos problemas de aprendizagem ponto final ela é isso avaliação da aprendizagem do indivíduo existe pedagogia clínica psicopedagogia institucional eu existe aqui sua pedagogia institucional ela tem uma visão institucional tem um sabe essa visão assim mas global da instituição é difícil encontrar o profissional que tem sabe acontece que e é uma questão muito simples de constatar aquilo que a pessoas correm para dizer que é uma limitação do alumínio de visualmente você pode estar em vários outros lugares a
razão de a origem do problema pode ser na relação dele com os colegas pode ser da relação dele com um professor pode ser problema familiar que tá refletir na escola óbvio pode ser questões emocionais essa criança tem muita coisa e aí então fica-se limitado avaliar a aprendizagem e não buscar uma compreensão mais completa do que possa estar acontecendo e não é essa perspectiva então da psicologia escolar e educacional de jeito nenhum de jeito né
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