Neurociência do aprendizado.

o que nos torna humanos como é possível na sermos bbc defesas incapazes em dia nos transformamos em adultos e engenheiros médicos ou professores como séria pra frente [Música] porque preferimos chá ou café chocolate ou morango cães ou gatos hoje já é possível entender porque preferimos algumas coisas há outras que é a motivação como ela contribui para o aprendizado [Música] é claro que não é preciso perder os cientistas a entender em detalhes como o cérebro funciona pra apreciar a vida ter uma vida satisfatória muito menos pra achar interessante mas hoje a neurociência mostra tantas novas informações

sobre como o cérebro funciona e com esse funcionamento vagnozzi que somos pensamos sentimos lembramos que é muito interessante aprender cabelo cinza tenha nos ensinar e usar esses conhecimentos na nossa vida de várias maneiras diferentes [Música] a neurociência hoje tem muito que ensinar sobre o aprendizado a começar com o que é o aprendizado que é para o cérebro aprender que fatores influenciam o aprendizado e o que pode facilitar o aprendizado [Música] por que então aprender para a neurociência a gente pode definir o aprendizado com uma modificação do cérebro com a experiência ou seja o cérebro que

faz alguma coisa se modifica de uma maneira tal que da próxima vez ele age de uma maneira diferente de acordo com a experiência anterior que ele teve [Música] usar o cérebro muda o cérebro as conexões entre neurônios mude se modificam algumas ficam mais fortes outras mais fracas dependendo do uso e essa mudança com a experiência que é justamente a base do aprendizado que faz com que o cérebro responda de uma maneira diferente da próxima vez a conseqüência do aprendizado é que o cérebro ao mudar ele faz diferente [Música] no nosso cérebro existem cerca de 86

bilhões de neurônios que são as estruturas básicas do seu funcionamento a atividade cerebral consiste na troca de sinais entre eles mas os neurônios não se tocam diretamente a comunicação se dá através das sinapses local onde dois neurônios trocam entre si substâncias químicas capazes de transmitir sinais de um para o outro essas conexões entre neurônios são as sinapses são os pontos em que dois neurônios trocam informação espaço a informação de um para o outro essas são as unidades de processamento de informação no sistema nervoso então a primeira vez que a gente poderia esperar que essas sinapses

aumentassem número ao longo da vida ou seja o bebê nasceria com o número pequeno de sinapses iria ganhando cada vez mais sinapses cada vez mais conexões ao longo da vida com formas mais experiências que ele vai adquirindo que ele vai vivendo mas não é assim ao contrário o cérebro nasce com um determinado número de sinapses e esse número dobra nos primeiros anos de vida o que gera um excesso de conexões o excesso de sinapses entre neurônios [Música] o desenvolvimento normal envolve uma primeira etapa de exuberância sináptica ou seja o excesso de sinapses atingido no ser

humano durante os primeiros anos de vida aos 12 meses o bebê tem o dobro de sinapses que o cérebro adulto e cada grama do cérebro infantil consome até o dobro de energia que o cérebro adulto [Música] esse excesso de sinapses é considerado matéria prima para o aprendizado porque o aprendizado consiste não simplesmente no acréscimo de conexões novas e sim no processo de eliminação direcionada dessas sinapses o excesso de sinapses no começo da vida do desenvolvimento é apenas uma matéria prima digamos assim como um bloco de mármore não é uma escultura ainda para que o bloco

de mármore se transforma em uma escultura com significado coerente e bonita é preciso que todo o material em excesso seja removido no cérebro que faz a remoção a eliminação dessas sinapses em excesso das conexões excessivas entre neurônios é justamente o uso é conforme o cérebro vai sendo usado e algumas conexões são de fato eficazes dão certo servem a um objetivo e outras não servem que estas vão sendo eliminadas as outras vão sendo fortalecidas e assim o cérebro ao longo do desenvolvimento vai sendo esculpidos o excesso de conexões nunes desenvolvimento serve portanto como matéria prima que

permite que aqueles cérebro se transforme em essencialmente qualquer coisa de acordo com as suas experiências a gente pode pensar nesse excesso nessa exuberâncias de conexões entre neurônios no começo do desenvolvimento como um mato cheio de possibilidades mas que a tem apenas um caminho entre o onde você está e onde é a saída e você pode percorrer vários caminhos diferentes cada um desses caminhos é uma dessas possibilidades devido à exuberância de de conexões mas é com a experiência que você consegue por tentativa e erro encontrar aquele caminho que de fato dá o resultado que você precisa

um resultado que faz sentido para o seu cérebro e com a experiência então conforme você vai repetindo como conforme você descobre pela primeira vez esse caminho sinapi que funciona e você começa então a repetir a trilhar cada vez mais esse caminho que ele vai se reforçando a tese que até que ele se torna a havia digamos mais rápida e mais direta entre dois pontos exatamente como abrir uma picada na mata [Música] quanto mais vezes você anda por aquele mesmo caminho mais demarcado ele fica no meio do meio da floresta e você consegue então encontrar aquele

caminho com mais facilidade da próxima vez até que ele fica tão limpo tão claro que você consegue encontrar aquele caminho seguir aquele caminho das próximas vezes com facilidade rapidez [Música] esse excesso de sinapses permite ao cérebro então uma riqueza de conexões uma riqueza de possibilidades agora o que será de fato o cérebro adulto depende dos caminhos percorridos depende portanto do que você faz do que você aprende e da remodelagem que acontece no seu cérebro em função desse aprendizado em si ou seja em função das suas experiências de vida muitas vezes me perguntam como eu faço

pra ter mais sinapses no meu cérebro queria ter mais conexões no meu cérebro responde não você não quer ter mais conexões novas e quer ter as conexões certas aquelas que de fato fazem sentido o nuno desenvolvimento o que a gente observa no cérebro é justamente esse processo de enfraquecimento daquelas sinapses que não são usadas ou seja das conexões que não servem pra nada ou que não dão resultados interessantes para o cérebro enquanto aquelas que de fato funcionam aquelas que permitem ao cérebro fazer um movimento que dá certo processar a informação de uma maneira significativa essas

sim vão sendo fortalecidas o resultado então é que esse emaranhado de conexões vai sendo esculpidos e chega um ponto em que ele de fato faz sentido em que ele deixa de ser apenas possibilidades e passa a ser um conjunto de caminhos de fato eficazes que funcionam como uma escultura que aparece de dentro de um bloco de mármore que é todo possibilidade e contém dentro dele todas as culturas possíveis mas que ainda não é nenhuma delas [Música] pra você ter uma idéia de como esse processo de enfraquecimento e eliminação de sinapses é importante na formação do

cérebro no aprendizado uma das formas de retardo mental mais comuns que é a síndrome do x frágil está associada a uma uma deficiência molecular que impede esse mecanismo na célula que enfraquece renove as sinapses inúteis ou inadequadas o resultado é que o cérebro dessas dessas pessoas se mantém congelado no estado infantil com uma exuberância sináptica com uma riqueza de conexões mas que não fazem nenhum sentido ou seja há muito ruído há muitas possibilidades mas nenhuma de fato se concretiza através desse processo de remodelagem do cérebro pelo aprendizado então assim como é importante fortalecer aquelas conexões

que servem de fato é igualmente importante que aquelas outras conexões que não servem para nada que ao contrário só atrapalha só introduzem ruído no cérebro sejam também eliminadas aprender é modificar o cérebro então dessas duas maneiras simultaneamente manter e fortalecer aquilo que funciona é usado e enfraquecer e até remover aquelas conexões que não são usadas e que pelo contrário atrapalha o processamento [Música] esse aprendizado um processo de lapidação do cérebro a gente poderia imaginar então que esse bloco de possibilidades que é o cérebro ficaria cada vez menor conforme a gente vai aprendendo conforme o tempo

vai passando mas isso também não é bem assim porque novas sinapses novas conexões entre neurônios continuam brotando o tempo todo ao longo de toda a vida um cérebro adulto também ganha novas sinapses o tempo todo então esse processo de aprendizagem através da remoção de algumas sinapses e do fortalecimento de outras ele é contínuo ele acontece o tempo todo ele se renova o tempo todo então a gente mantenha ao longo de toda a vida a capacidade de aprender coisas novas a diferença claro é que esse bloco de possibilidades é muito maior no começo da vida quando

ele ainda não passou por nenhum tipo de emoção mas a gente já sabe que até a adolescência por exemplo quando se imaginava anteriormente que o cérebro já estaria pronto ao final da infância a gente hoje sabe que até a adolescência é um novo período de geração de exuberância de exuberância sináptica na adolescência muito provavelmente um cérebro gera um grande número de novas conexões que permitem então um acréscimo de possibilidades ao cérebro do adolescente [Música] todo o neurônio possui um prolongamento longo axônio que atua como condutor dos impulsos nervosos enquanto algumas sinapses são removidas e outras

fortalecidos os axônios vão sendo envolvidos por uma camada de gordura a menina isso aumenta a fidelidade ea velocidade dos impulsos elétricos uma menina a velocidade de impulso chega a 360 quilômetros por hora o que garante que um sinal através do cérebro em 2010o mundo além da exuberância sináptica que é muito maior no começo da vida existem também períodos críticos ou seja janelas de oportunidade são aqueles períodos da vida em que o cérebro é especialmente capaz de se modificar de acordo com o uso de acordo com a experiência por exemplo o cérebro precisa aprender a enxergar

o córtex visual precisa aprender a processar a informação que chega dos olhos de uma maneira que seja coerente com os outros sentidos isso acontece com muito muita facilidade no começo da vida ea gente sabe inclusive que até é preciso que o córtex visual aprenda por exemplo a juntar à imagem dos dois olhos a processar a imagem que chega de cada um dos olhos de maneira coerente até os 45 anos de idade mais ou menos é por isso que cirurgias para correções do estrabismo devem ser realizadas na criança ainda pequena antes dela chegar aos 4 anos

de idade justamente para não perder essa janela de oportunidade em que o córtex visual têm mais facilidade de sofrer essas modificações de acordo com a experiência sensorial de acordo com a experiência visual e aprender então a juntar à informação dos dois olhos [Música] [Aplausos] assim como existe uma janela de oportunidade para a visão existe outra para a linguagem por exemplo é especialmente fácil para o cérebro aprender as regras da gramática até os 10 anos de idade por isso adultos que mudam de países precisam aprender uma nova gramática depois da adolescência têm muito mais dificuldade do

que crianças que aprendem uma segunda língua ainda antes dos dez anos de idade por isso também é tão importante a ensinar uma segunda língua na escola antes dessa idade a bola aí mesmo era m dia toca longe a minha grande de mim a mudança no currículo escolar para que a segunda segunda língua seja ensinada desde a educação infantil e não mais somente a partir do segundo ciclo do ensino fundamental é muito positivo é muito boa porque justamente esperar até os 11 anos de idade para comprar só então começar a ensinar uma segunda língua é justamente

perder essa janela de oportunidade quando o cérebro tenha maior facilidade de lidar com a segunda língua inclusive aprender sua gramática agora de novo a existência de uma janela de oportunidade na qual o aprendizado de algo como linguagem é especialmente fácil não significa que passada essa janela de oportunidade o cérebro não consiga prender a gente sabe inclusive por experiência própria que é sim possível aprender uma terceira uma quarta língua e mesmo a segunda língua na idade adulta sem ter tido nenhum tipo de instrução na infância com o aprendizado de outras línguas talvez seja um pouco mais

difícil talvez algumas pessoas tenham dificuldades específicas mas ainda assim o aprendizado é possível o aprendizado é sempre possível modificar o cérebro da gente conforme o uso é sempre possível é claro que a genética pode influenciar pontos específicos do aprendizado como por exemplo em cada pessoa a estrutura ou a o funcionamento de moléculas que participam do aprendizado que participam de todo esse todas essas mudanças na na estabilidade na força das sinapses mas de maneira geral na grande maioria dos casos essas variações genéticas são apenas isso variações elas não impossibilitam o aprendizado elas a elas talvez facilitem

um outro aspecto do aprendizado mas elas não não torna o aprendizado impossível a não ser em casos extremos como por exemplo as modificações associadas ao retardo mental [Música] cerca de dez anos atrás um pesquisador criou artificialmente no laboratório um camundongo com uma modificação genética que facilita a fortalecimento das sinapses esse camundongo ele de fato tem uma facilidade maior do que os seus irmãos pra aprender ele precisa de menos repetições para aprender uma coisa nova e aprende aquilo mais rapidamente então isso demonstra que variações genéticas podem sim facilitar o aprendizado mas isso não é razão para

a desejar por exemplo fazer se submeter à terapia genética sul a seleção genética pra determinados traços ou características por exemplo a mesma modificação genética que torna esse esse camundongo especialmente rápido aprendizado também o torna especialmente sensível à dor então a facilidade para aprendizado tem um custo que é uma sensibilidade maior à dor não é algo que eu escolheria voluntariamente conscientemente por exemplo sobretudo quando a gente sabe que tem vários fatores que contribuem para o aprendizado a genética é apenas um deles apenas um ponto de partida [Música] claro que existem condições genéticas como por exemplo a

dislexia que modificam a maneira como o cérebro processa informações e no caso da alfabetização geram dificuldades específicas a criança disléxica têm dificuldade por exemplo de associar ções a a letras específicas na rua grafemas específicos outras ao contrário têm dificuldade de diferenciar ções muito específicos somos muito rápidos agora ainda assim essas dificuldades da dislexia que são hereditárias a criança nasce com essas dificuldades não é culpa dos pais não é culpa da escola não é culpa da família não é culpa da criança sobretudo essa diferença dificuldades da dislexia são apenas isso dificuldades elas não são incapacidades de

modo algum o que é preciso é reconhecer essas capacidades específicas quando elas existem para então encontrar uma maneira de contornar leve e continuar o aprendizado da mesma forma [Música] é claro que a gente deve reconhecer que diferenças inatas biológicas genéticas têm sim a sua contribuição nas capacidades de cada um mas mais importante ainda é reconhecer que oportunidade prática motivação são muito mais importantes são muito mais determinantes do aprendizado das nossas capacidades desenvolvidas do que esse ponto de partida biológico genético ou não por exemplo no caso das habilidades entre homens e mulheres a a mídia popular

adora dizer que homens são assim mulheres são assado as mulheres têm mais têm melhores capacidades de comunicação oral verbal por exemplo os homens seriam melhores em raciocínio abstrato e raciocínio matemático espacial dependendo de como você fizer um estudo de como você fizer essa comparação você de fato pode encontrar diferenças mas primeiro essas diferenças tendem a ser mínimas e segundo o papel da expectativa é enorme por exemplo você pode pegar o mesmo teste e aplicar ao mesmo grupo de pessoas de duas maneiras diferentes se encontrar resultados radicalmente diferentes se você aplicar para um grupo de moças

um teste de matemática dizendo antes pra elas olha isso aqui é apenas um teste uma formalidade pra gente comprovar que de fato vocês têm menos habilidades matemáticas do que o grupo de homens na outra sala o que você encontra é que de fato o resultado vai ser pior para essas moças do que os rapazes que fizerem a mesma prova agora se você pegar a mesma prova e aplicar da mesma maneira só que antes você anunciar para as moças olha essa prova que vocês vão fazer é para demonstrar que essa história de que as mulheres têm

menos habilidades matemáticas é besteira nós vamos comprovar com essa prova que vocês têm de fato muito mais habilidades matemáticas do que os rapazes que estão na outra sala o que você encontra em média uma nota melhor de fato nas mulher eles do que nos homens então a expectativa a motivação tem um papel enorme na formação das nossas habilidades no desenvolvimento das nossas capacidades de fato a gente hoje reconhece que a cultura é um dos grandes direcionadores dessas habilidades e sobretudo da motivação a lição que a gente pode tirar disso tudo é que a pior coisa

que se pode dizer para uma criança pra quem você deseja ensinar alguma coisa é que ela não vai aprender aquilo que ela não pode aprender aquilo que ela é incapaz incompetente ou pior ainda burra demais não tem como aprender a encontrar a melhor coisa que você pode ser uma criança pra quem você quer ensinar alguma coisa é que ela é sim perfeitamente capaz de aprender aquilo [Música] e é só uma questão de tempo ou de método ou de insistência você ela conseguir de fato aprender o que ela quer [Música] quanta diferença então entre meninos e

meninas o que uns podem aprender ou outros podem aprender a melhor abordagem que a neurociência pode sugerir hoje é que eles sejam tratados igualmente como crianças igualmente capazes de aprender qualquer coisa e o que uns ou outras vão aprender de fato deve ser definido pelas suas preferências pelos seus gostos mesmo pelas suas motivações e não por expectativas prévias de outras pessoas expectativas culturais que ditam que meninas devem ser assim meninos devem ser assado até onde a gente sabe o cérebro dos meninos e das meninas é igualmente capaz de aprender qualquer coisa que fatores então influencia

o aprendizado olhando o desempenho dos adultos então a gente descobre algumas tendências que têm nessa verdade pra todo mundo aqui a gente reconhece os três grandes fatores que contribuem para o aprendizado o primeiro é a atenção e prática é o ter tantas outras coisas a melhorar ou seja o número de horas no dia limitado então a gente não pode se dedicar igualmente a tudo é preciso limitar o nosso tempo de prática algumas poucas coisas ea gente acaba então se tornando especialista naquelas poucas coisas o segundo fator que influencia o aprendizado é o método é o

que torna a que se refere como não saber como fazer aprender um método novo descobrir métodos de aprendizado muitas vezes é o que faltava para fazer a diferença entre aprender e não aprender o terceiro fator é a motivação é o fazer questão de melhorar é o querer aprender querer melhorar a neurociência hoje ensina as bases cerebrais dessas três coisas a prática a atenção ea motivação e como que elas contribuem de fato para o aprendizado a motivação é fundamental por uma série de razões através do encorajamento do retorno positivo que sinaliza para a criança ou o

adulto em aprendizado quando ele fez certo que deve continuar fazendo daquela maneira então ea motivação também depende de uma dificuldade adequada fácil demais é ruim difícil demais também é ruim além dos efeitos diretos no aprendizado a motivação é fundamental por outra razão é ela que permite que a gente se empenhe na prática é a motivação que faz com que a gente se dedique de fato aprender algo [Música] que essa através dessa relação entre a motivação ea prática tem início um círculo virtuoso muito favorável ao aprendizado que é quanto mais prática você tem mais você melhora

e portanto mais motivação encontra para continuar aprendendo e quanto mais motivação você tem mais você consegue se dedicar mais à vontade você tem de continuar se dedicando ao aprendizado e portanto mais horas de prática você adquire acumula então mais prática leva mais motivação que leva mais prática que leva mais motivação e assim no cérebro tem o que ele precisa pra aprender de fato para passar por todas aquelas modificações que permitem o aprendizado agora nada disso acontece se não houver oportunidade [Música] ninguém se torna pianista sem nunca ter colocado o dedo no piano uma vez na

vida não havendo oportunidade de experimentar a primeira vez com a leitura com o futebol com o piano ou outro instrumento musical ou com a dança não há como um cérebro descobrir que ele gosta daquilo que ele ai que ele tem motivação e interesse para se dedicar à queda atividade aquele aprendizado novo então abrir um leque de oportunidades para crianças e adultos é um dos maiores incentivos ao aprendizado que a gente pode dar a essas pessoas [Música] e aqui tem o papel do método não tem porque o mesmo método se aplicar igualmente bem a todas as

pessoas por exemplo existem vários métodos de fazer contas de cabeça existem vários métodos de fazer a multiplicação por dez cada pessoa pode encontrar o seu método que funciona melhor para ela por exemplo um método de multiplicação que funciona perfeitamente bem no papel não é adequado para fazer contas de cabeça a a maneira convencional que a gente tem de fazer a multiplicação no papel de si colocando um número em baixo do outro fazendo as modificações parciais e depois somando esses números têm um número de etapas grande demais para a capacidade da nossa memória de trabalho que

conseguem guardar e trabalhar com cerca de 6 a 8 informações a cada instante então quando você tenta usar esse método para fazer uma conta de cabeça em geral você se perde no meio talvez a gente talvez a talvez a gente consiga fazer isso com facilidade para multiplicações de dois algarismos mas com a multiplicação de três algarismos já são etapas parciais demais a gente não consegue resolver a conta de cabeça usando esse método existem outros métodos então que podem ser usados que são mais adequados para fazer essa conta de cabeça agora nem isso garante que o

mesmo método será adequado será igualmente bom para todas as pessoas então aqui tem outro papel do professor também é ter um leque de métodos digamos de de possibilidades diferentes para oferecer aos seus alunos e sobretudo reconhecer que quando um método específico não funciona para alunos não é o fim do mundo não quer dizer que aquele aluno jamais será capaz de resolver aquele problema talvez significa apenas que aquele método não é adequado para aquele aluno mas se você encontrar um outro método se você poder o futuro se você puder oferecer um outro método aquele aluno talvez

ele consiga justamente resolver sim o problema é por exemplo o que se encontra na dislexia o método de alfabetização que funciona muito bem para algumas crianças não funciona para crianças disléxicas e vice-versa alguns métodos que funcionam com as crianças disléxicas talvez não sejam ideais para outras crianças então fundamental reconhecer a importância do método e lembrar sempre que é possível que quando um método não funciona talvez outro funciona e sim para aquela pessoa a grande porta de entrada do aprendizado é a atenção a gente precisa considerar que o tempo todo tem muito mais coisas acontecendo que

o cérebro consegue dar conta isso não é porque hoje a gente vive num mundo moderno porque exige internet nada disso isso é o resultado de uma limitação natural do cérebro que é que a gente só consegue prestar atenção em uma coisa de cada vez mesmo quando a gente acha que está prestando atenção em duas ou três ao mesmo tempo na verdade o que a gente faz é alternar rapidamente entre uma e outra nem voltar você pode experimentar por exemplo ouvir música e ler um livro ao mesmo tempo ou bem você entende o que você está

lendo o livro ou bem você entende que a pessoa tá cantando a música as duas coisas ao mesmo tempo é impossível um ou então a gente tem uma amostra de como a atenção é importante a atenção é esse filtro que o cérebro usa para decidir qual informação será processada de maneira especial digamos de maneira dedicada a cada instante isso quer dizer que de todas as informações disponíveis a cada instante apenas uma sobre liga esse filtro e todas as outras são eliminadas essas que são eliminadas não ganham acesso ao que a gente chama de memória de

trabalho que é a memória de curta duração que o cérebro tem que permite que a gente trabalhe com várias informações ao mesmo tempo a base da memória de trabalho são os neurônios do córtex pré-frontal estes neurônios tanto mantém viva as representações mentais de coisas que já assumiram de vista como um número de telefone ou uma fórmula matemática quanto tornam possível a evocação de eventos que ficaram registrados na memória por exemplo para fazer uma conta de cabeça 5 + 7 mais oito você precisa processar as várias etapas da da conta e mantendo ativas na sua cabeça

os resultados parciais 5 7 12 mais 8 20 você chega ao resultado mas você só consegue fazer isso porque o seu cérebro consegue aguardar os resultados parciais e lembrar que quando ele chega e quando ele somos cinco mais sete da 12 ele ainda precisa somar com mais um número e aliás esse outro número a ser somada a oito e aí você chega então o resultado 2011 lembrando que você estava fazendo o que você começou a resolver o problema cinco mais sete mas oito então isso a memória de trabalho por sua vez a memória de trabalho

só existe para aquilo que está no foco da sua atenção se você começa a resolver um problema e passa um carro fazendo barulho na sua rua e ele rouba sua atenção ou um barulho na terminar na televisão chama sua atenção alguém fala com você chama sua atenção o que estava no foco da sua atenção sai dele e portanto sai também da sua memória de trabalho e portanto não consegue mais ser processado com essa dedicação com essa exclusividade pelo cérebro então a atenção é o grande filtro é a porta de entrada que permite que a informação

com que você está lidando no momento seja transferida para a memória de trabalho seja processada na sua memória de trabalho que ele seja associada a outras informações seja relacionada a outras coisas que você está aprendendo e dali então ganha acesso a outros sistemas de memória mais duradouros se você não presta atenção no que você está fazendo essa informação não terá acesso à sua memória de trabalho e portanto também não terá acesso a outros sistemas mais duradouros de memória resultado ou você presta atenção no que você está fazendo ou seu cérebro não guarda nenhum registro daquilo

e portanto não aprende aquela informação nova a gente pode ilustrar rapidamente essa necessidade do filtro da atenção olhando pra imagens complexas onde você procura uma figura em particular a gente não consegue processar aquela imagem como um todo a por uma outra razão que é uma limitação da visão a gente só embora a gente acha que a visão é um sentido maravilhoso que a gente vê enxerga tudo em perfeito os detalhes a visão só funciona realmente bem como a gente acha que ela funciona numa região muito pequena do campo visual que corresponde a isso aqui mais

ou menos ou seja aquela área para a qual você olha diretamente o que cai no no centro da sua retina só essa parte do campo visual é que tem realmente o processamento detalhado quando você quer encontrar uma figura em particular dentro de uma cena complexa como acontece o tempo todo na vida cotidiana digamos que você esteja procurando as suas chaves de casa você precisa fazer uma varredura de toda a cena movendo os seus olhos e dedicando a sua atenção a cada uma dessas regiões em particular para dar oportunidades ao seu cérebro de encontrar de fato

aquela figura que você está procurando então a atenção traz essa possibilidade também de você processar com os detalhes necessários a informação que você quer registrar que você quer aprender [Música] [Música] [Música] [Música] [Música]