O ciclo ovariano | Vida e evolução | Khan Academy

RKA10GM - E aí, pessoal, tudo bem? Neste vídeo, vamos falar sobre o ciclo ovariano. O ovário é composto por duas estruturas do sistema reprodutivo feminino que produz óvulos.

E a cada mês, os seus óvulos passam por um processo de maturação, que é chamado de "ciclo ovariano". Este ciclo cria um oócito secundário que pode ser fertilizado por um espermatozoide, e isso resulta em uma gravidez. O ciclo ovariano também é conhecido como "ciclo menstrual".

Basicamente os oócitos primários, que são destinados para serem ovulados, irão desenvolver nos ovários completa meiose um pouco antes da ovulação. Então serão expulsos como oócitos secundários capturados pelas fímbrias. E aí eles vão para o tubo interino para esperar a fertilização.

Então vamos começar do início. Dentro dos ovários, os óvulos se desenvolvem em estruturas chamadas de "folículos", ou seja, estes círculos roxos aqui. Eles começam como folículos primordiais.

Então, o que é um folículo? Vou expandir isto para você. Isso aqui é um oócito primário, ou seja, um óvulo cercado por células que chamamos de "células da granulosa", e elas se desenvolvem e se tornam mais numerosas quando o folículo amadurece.

Essas células possuem alguns hormônios, que são o estrogênio, a progesterona e alguma inibina, mas nós vamos falar a respeito das funções delas um pouco mais tarde. Então vamos criar uma linha do tempo de como esse ciclo acontece? Você sabe que o ciclo ovariano dura 28 dias, e esse aqui é o dia zero, que acontece no folículo primordial, e nós vamos caminhar no sentido anti-horário, e todo esse caminho até aqui, que é o dia 13, e aqui, temos onde o oócito secundário é expulso ou ovulado, e esse é o dia 14.

O resto do tempo é gasto voltando para o folículo primordial, e isso acontece dos dias 15 a 28. Então agora você tem uma ideia de quanto tempo isso leva. E lembra que eu disse que as células das granulosas produzem hormônios?

Como os folículos se desenvolvem em um período de 13 dias, e você pode ver a mudança de estar aqui ou estar aqui, ou seja, tem muito mais células rosas por aqui, e essas são as células da granulosa, então o nível de células da granulosa aumenta, e, com isso, elas produzem hormônios. E o que você acha que acontece com os níveis hormonais no sangue? Exato, eles sobem.

Então esse é só um ponto geral, vamos voltar aqui, onde nós sabemos que são os folículos primordiais, e o próximo passo são estes folículos, que chamamos de "folículos primários". Nos folículos primários, as camadas de células da granulosa e o oócito, ou seja, os óvulos, começam a ser separados por essa outra camada que começa a ser formada entre eles, que chamamos de "zona pelúcida". Mesmo que eu tenha colocado o óvulo em azul, ainda existe uma camada de zona pelúcida em torno dele.

E mesmo que exista uma camada separando o óvulo das células da granulosa, as células ainda podem nutrir o óvulo, isso através de junções que atravessam a zona pelúcida. Deixe-me colocar aqui: junções de folga. Essas junções são pequenas passagens que permitem a troca de nutrientes e outras coisas de uma célula para outra.

E, na verdade, é através dessas junções que as células da granulosa enviam pequenos produtos químicos que mantêm os ovócitos presos na meiose do estágio 1. Porque, você se lembra, neste momento, todos os oócitos primários estão presos na prisão meiótica. Então, nós fomos dos folículos primordiais para os folículos primários, e o próximo folículo é este, que chamamos de "folículo pré-antral".

O que acontece é que as células da granulosa estão começando a se dividir e ficando um pouco mais numerosas. Você pode ver que existe uma grande diferença das células da granulosa do nosso folículo primário para o nosso folículo pré-antral. E, claro, estas células em rosa são as células da granulosa.

Enquanto as células da granulosa estão começando a se proliferar, esta camada é formada por fora dela, que nós chamamos de "teca". As células da teca têm receptores para o hormônio luteinizante da hipófise anterior. Quando o hormônio luteinizante, que chamamos de LH, liga estas células da teca, elas produzem o hormônio que chamamos de "androstenediona".

Quando as células teca recebem isso, elas dão para as células da granulosa que, então, convertem em estrogênio, então e os níveis de estrogênio no sangue começam a subir neste momento, e esses pedaços vermelhos e azuis correndo dentro do ovário são vasos sanguíneos, artérias e veias. Agora você deve estar se perguntando: qual é o folículo antral? Este é o folículo antral.

Na verdade, ele se refere ao antro, que será formado no próximo passo. O antro basicamente é um fluido que está sendo criado pelas células da granulosa. E é este antro e o fluido que empurram a borda do folículo, e isso faz com que ele se expanda.

Isso é importante para você saber que durante este processo, vários folículos estão se formando, não é só esse folículo pré-antral ou antral, ou então este folículo maduro. Você está recebendo muitas dessas coisas ao mesmo tempo, mas apenas um dos maiores é aquele que é ovulado, porque você só ovula um óvulo a cada 28 dias. E aquele que é ovulado, nós chamamos de "folículo dominante", e o que estamos vendo é um desenvolvimento do folículo dominante.

Por quê? Os outros folículos que estavam se desenvolvendo ao longo deste processo se degeneram, e aí eu posso dizer que o resto sofre atresia. Atresia significa apenas "degenerar".

E só mais uma coisa: nos folículos que sofrem atresia, tanto o folículo quanto os óvulos que eles contêm, morrem. E nós podemos dizer que uma mulher perde de 15 a 25 óvulos por período menstrual, ou seja, sofre atresia, enquanto apenas um é ovulado. Então você deve estar se perguntando: como você vai de 0 a 4 milhões de óvulos, quando você nasce, até zero óvulos, com cerca de 35 anos?

Ou seja, não é apenas um óvulo que você perde na ovulação, são vários. De qualquer forma, voltando ao desenvolvimento do folículo dominante, ele aumenta devido ao antro em expansão, como eu mencionei anteriormente. E, com isso, as células granulosas começam a formar um monte aqui que se projeta para o meio do antro, e este monte de células da granulosa chamamos de cumulus oophorus.

E como parte do desenvolvimento do folículo dominante, o cumulus oophorus e o tipo de óvulo se separam da parede do folículo e ficam caminhando juntos dentro do antro, e o folículo aumenta de tamanho. Então o folículo atual está aumentando de tamanho, isso à medida que é preenchido com mais fluido da célula da granulosa. E o que acontece é que essas células estão produzindo este fluido com um subproduto do seu metabolismo e, claro, criação de hormônios.

E, eventualmente, este folículo é chamado de "folículo maduro". E aí ele começa a balançar do lado do ovário mais ou menos assim, ou seja, eles apenas começam a empurrar para fora contra a borda do ovário. Isso porque a borda do ovário e a parede do folículo maduro estão próximos, e as enzimas dentro do folículo maduro decompõem a parede comum entre eles, e aí o óvulo sai na superfície do ovário, porque agora essa parede está quebrada.

A propósito, uma enzima é uma proteína que realiza uma tarefa específica. E a tarefa aqui é derrubar esta parede, ou seja, a parede entre o ovário e o folículo maduro, e isso acontece no dia 14. Por isso é importante ter uma acumulação do dia zero ao dia 13 para chegar a este evento, e quando isso acontece algumas mulheres sentem um pouco de dor pélvica.

Às vezes, dois ou mais folículos alcançam a maturidade, e é assim que você tem gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos e assim sucessivamente. Porque todos eles são expelidos e cada um fertiliza-se com um espermatozoide cada. Então agora você tem um óvulo aqui fora.

. . e o folículo no qual ele estava?

O folículo entra em colapso e se transforma em uma estrutura chamada de "corpo lúteo", e, nesse processo, as células da granulosa ficam muito maiores e começam a produzir estrogênio, progesterona e inibina, que era o que nós mencionamos antes. Então rapidamente, a inibina diminui a quantidade de FSH, que é o Hormônio Folículo Estimulante que vem antes da hipófise anterior. E isso acontece porque este hormônio estimula todo o processo de maturação folicular, como você pode imaginar a partir do nome, ou seja, ele estimula.

De qualquer forma, se o óvulo não for fertilizado, o corpo lúteo atinge o tamanho máximo em cerca de 10 dias, é como se o dia 25 estivesse nesta parte. Então ele degenera por apoptose, que é um processo que as células usam para se autodestruir e morrer. Vou abreviar "corpo lúteo" como CL.

Então, apoptose para a CL. Se um óvulo é fertilizado por um espermatozoide, o corpo lúteo continua vivo, porque queremos que continue a produzir estrogênio e progesterona. Isso porque o estrogênio e a progesterona preparam um revestimento dentro do lado interno do útero, que é chamado de "endométrio", para a implantação.

Isso é importante porque agora precisamos de um óvulo fecundado que precisa se desenvolver. E é aí que acontece, ou seja, é implantado no endométrio do útero. E com cerca de 50, 51 anos, as mulheres sofrem menopausa, ou seja, os primeiros ciclos menstruais se tornam cada vez menos regulares.

Em outras palavras, eles não acontecem há cerca de 28 dias, ou seja, não acontece da mesma forma de quando você tem menos de 50 anos. E finalmente eles param de acontecer. A principal causa da menopausa é a insuficiência ovariana.

Então, basicamente, os ovários perdem a capacidade de responder para sinalização de hormônios do seu cérebro que chamamos de "gonadotrofinas", que conhecemos como LH ou, então, FSH. Isso acontece porque todos ou quase todos os folículos já passaram pelo processo que chamamos de "atresia". Em outras palavras, eles se degeneram.

É isso aí, pessoal. Até a próxima aula!