3 ideias para pensar sobre pobreza e desigualdade no Brasil

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Nexo Jornal
Os economistas Sergio Firpo, Naércio Menezes e Cecilia Machado investigam os efeitos distributivos d...
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existe a relação entre pobreza e desigualdade mas são dois conceitos é diferente você consegue combater a desigualdade por exemplo se você reduzir por exemplo a diferença entre a renda dos mais pobres como adjunto por exemplo tributando novo ser necessariamente afetar esse pobreza do país um dos grandes desafios do próximo presidente vai ser aumentar a mobilidade inter geracional ou seja promover a igualdade de oportunidades acho que esse é o conceito básico no longo prazo será que essas famílias nós conseguem sair da situação de pobreza será que é esse jovem é conseguem uma pesquisa do educacional no
mercado de trabalho mais favorável será que a saúde dos dois filhos dos beneficiários do bolsa família no passado é melhor eles também conseguem isso exige a relação entre pobreza e desigualdade mas são dois conceitos é diferente você consegue combater a desigualdade por exemplo é só se reduzir por exemplo a diferença entre a renda do mais pobre ao mais rico por exemplo tributando mas sem necessariamente afetar em si pobreza do país ao mesmo tempo você consegue reduzir a pobreza e reduzir a pobreza ea desigualdade se nada acontecer com a camada mais rica é desse país então
são dois conceitos diferentes nos conceitos importantes para a gente analisar bem estar mas eles são separadas isolados no brasil é cronicamente alta desde as primeiras menstruações de desvantagem sabe que a nossa desigualdade ela é uma das mais altas entre todos os países que a gente tem esse tipo de medida não é é um país comparável por exemplo em termos de desigualdade é a áfrica do sul nem sabe que a áfrica do sul é viver o coro não é longos anos né segregação racial institucional a gente sabe que a determinante importante que são bem vindos do
mercado de trabalho como um discriminação racial o gênero que afetam a desigualdade mas é verdade também tem outras fontes e têm outras formas de ser a serem combatidos e combate à pobreza né sobretudo a pobreza extrema também é muito relevante não quer tem uma parte importante da população vivendo sobre pobreza extrema a gente tem programas e políticas sociais relativamente bem focalizadas pra mim é atender essa pobreza extrema né mas a gente tem esses dois problemas sobretudo recentemente a gente sabe que devido à crise boa parte da população que havia melhorado de vida em termos de
bem-estar ela voltou para a situação de pobreza porque perdeu o emprego porque até teve alguma dificuldade de acesso o valor certo certo benefício foi reajustado a gente sabe que é essa são dois conceitos importantes no brasil hoje dois problemas que têm que ser enfrentados é com essa igualdade a gente tem que se afastar um pouco do paradigma que vem dos países desenvolvidos não somente pensando na américa do norte e os países é na europa ocidental em que o programa desigualdade lan é um problema relacionado à a diferença que existe de rendimentos ou de riqueza entre
os muito ricos de regulação estados unidos e passou por um processo é relativamente recente em que os muito ricos ficaram mais ricos isso em detrimento da população então desigualdade lá subiu e você tem todo um clamor com redução de desigualdade que tem a ver com tributar os mais ricos no brasil o que aconteceu foi que nos anos 2000 desde a segunda metade de 90 na verdade a gente presenciou em crescimento da renda dos mais pobres são dois poemas muito é diferente então com relação à desigualdade a gente não deve se preocupar tanto com esse a
forma de combater soraggi que se preconiza nesses países não necessariamente a forma de combater a desigualdade no brasil conhece a pobreza a gente tem que focalizar tem que continuar com problemas o programa específico de combate à extrema pobreza com o bolsa família o que eu vou apresentar hoje aqui é falar um pouco sobre o salário como instrumento de política social gera uma série de distorções no mercado trabalho né e não necessariamente atingir aqueles mais preciso na hora que você olha como ela me sido ao longo da canção de renda dos 10% mais pobres eles não
são tão pobres que não têm acesso ao salário então saiu como um instrumento de combate à exploração e não necessariamente produzir os efeitos desejados é como o combate à pobreza não produzir efeitos desejados como combate à desigualdade ele pode se resguardar em alguns momentos específicos e aprendi muito sobre o que acontece com a economia a funcionar amanhã a gente já presenciou situações em que dado que ter não é crime não estava indo muito bem elevações reais de salário mínimo tiveram efeito de na verdade agravar a desigualdade não é reduzir novamente porque tem uma parcela da
população que está desprotegido o que também informalidade pobreza e desigualdade são duas coisas diferentes né é a pobreza é a meu ver é mais importante de ser resolvida porque as pessoas pobres muitas vezes têm dificuldades de consumir o básico e no passado no brasil a gente tinha problemas até de sobrevivência dessas pessoas passando fome a mortalidade infantil muito alta a desigualdade é importante também porque é um país muito desigual mostra que teria condições de diminuir a pobreza é redistribuído renda por exemplo dos mais ricos para os mais pobres é um país é pobre e igualitariamente
pobre é seria mais difícil reduzir a pobreza porque não haveria renda disponível pra isso o brasil já teve um nível de pobreza bastante elevado no passado em que as pessoas efetivamente passavam fome e isso causava tem uma migração muito grande nas áreas rurais do nordeste para o sul e sudeste hoje em dia a pobreza diminuiu bastante assim como a mortalidade infantil então nos últimos anos houve um avanço grande nessa área ea desigualdade também se reduziu é o grande problema no brasil que ainda tem uma estratificação muito grande na sociedade é um dos grandes desafios do
próximo presidente vai ser aumentar a mobilidade inter geracional ou seja promover a igualdade de oportunidades acho que esse é o conceito básico e realmente as pessoas as crianças ao nascerem teriam as mesmas oportunidades ao longo da vida as crianças que nascem em um bairro rico de são paulo numa favela no nordeste todas elas teriam oportunidade de fazer as escolhas que quisessem na vida só que no brasil isso acontece porque porque as crianças que nascem em famílias mais pobres têm mais dificuldades ao longo da vida então o próximo presidente tem que ampliar a igualdade de oportunidades
fazendo é determinadas políticas focadas com prioridade na primeira infância vários estudos mostram que o que acontece nos primeiros mil dias de vida é muito importante para todo o futuro das crianças né então é aquelas que nascem em famílias mais pobres desenvolvem menos um vocabulário desenvolve - suas habilidades cognitivas sócio-emocionais isso vai atrapalhar até sua vida escolar sua trajetória escolar e vai reproduzir um circo um ciclo de pobreza ao longo da vida então é importante você focar no desenvolvimento infantil programa de visitação domiciliar nas famílias mais pobres para assegurar que as crianças tenham as condições de
desenvolvimento inicial é importante melhorar a qualidade das creches e da pré-escola que é o próximo passo em seguida melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio ea partir daí você deixa o mercado remunerar as pessoas de acordo com suas habilidades então pelas forças de mercado mas é importante que o início todo mundo tenha uma educação e saúde de qualidade nos dados do mercado de trabalho e desigualdades reduziu mas quando você leva em conta os dados de declarações de imposto de renda desigualdade não seduziu tanto e na verdade o que parece é que você tem uma
diferença de habilidades e que é muito grande entre as pessoas nascidas em famílias pobres e ricas essa desigualdade estão se acentuando ao longo da vida pela falta de mobilidade e além disso é você no brasil taxa muito pouco os mais ricos muito ricos então você deveria ter mais imposto sobre a herança é mais imposto sobre a propriedade aumentar a alíquota é do imposto de renda à alíquota marginal dos mais ricos sem uma série de medidas é que a elite é evitou fazer ao longo dos anos no brasil é pra manter seu status né então é
necessário você ter políticas mais agressivas de impostos para efetivamente reduzir a desigualdade transferir esse dinheiro para os mais pobres é principalmente em políticas o desenvolvimento infantil saúde e educação a questão da pobreza e desigualdade são dois conceitos que estão relacionados em algum sentido é a pobreza está relacionada à a distribuição de renda na sua cauda inferior ou seja quem são as pessoas que são mais pobres é e e como é que vocês como conquistar na distribuição de renda né há as medidas de desigualdade de certa forma também leva em consideração é a situação de pobreza
uma vez que eles compram que se compara né é a dispersão da dessa renda uma medida de desigualdade por exemplo a dispersão da renda e se quanto compara por exemplo continua inferior de renda um contínuo superior então obviamente é melhoras na situação de pobreza de uma população pode se refletir numa uma queda da desigualdade mas não necessariamente por exemplo a gente pode também pensar numa a uma mudança é da renda para todos os continentes e nesse caso apesar da população pobre é tá num novo patamar de renda desigualdade pode permanecer inalterado então são conceitos relacionados
mas distintos acho que as duas questões são importantes é não acho que uma não é menor do que a outra e nesse sentido são questões distintas né a gente se preocupa com a população pobre porque é uma população que é muito vulnerável vulnerável socioeconomicamente é vulnerável nas suas condições de saúde têm efeitos de sazonalidade população como um todo então a gente realmente se preocupa com isso a questão da desigualdade no brasil é uma questão bastante relevante no sentido que a desigualdade no brasil ainda é bastante elevada né e o fenômeno recente é de uma de
uma queda de desigualdade contestada de alguma forma de acordo com como agente média essas variáveis de de renda né no brasil a gente tem um setor informal muito grande é a gente tem uma parte da população que há é a que fica invisível é pra medidas de alta renda é que geralmente não estão reportadas não é é cadastrado no mercado de trabalho formal podem ser firmes então essas medidas de igualdade também são suscetíveis alguma crítica e no brasil apesar da queda da desigualdade é ser um fenômeno é bastante expressiva desigualdade ainda é muito alto a
gente precisa se preocupar com essa população pobre quais as políticas que são é mas mais efetivas nem pra tirar a população da pobreza é investimentos educacionais investimentos em saúde geralmente é são políticas é que são bastante positivas principalmente quando a gente pensa é no longo prazo é mas a gente não pode negar que já existe uma geração que está aí que se encontra numa situação de pobreza e que existem políticas de curto prazo que funciona muito bem para essa população como caso de programas de assistência social e no caso do brasil é o programa bolsa
família é que tem é tem tido avaliações sérias é avaliações de impacto que a gente pode com alguma segurança falar de efeitos causados de fato de que de fato o bolsa família é responsável pela melhora de alguns indicadores da população de alta vulnerabilidade socioeconômica é e essas políticas é a meu ver elas precisam ser mantidas porque a gente tem uma população que é bastante expressiva é que depende ainda de cissé dessa assistência social ela funciona como um mecanismo é de assistência para proteger a população de choques econômicos que tem acontecido na economia brasileira principalmente porque
o mercado de trabalho dessas pessoas é muito diferente é o investimento em educação a qualidade da educação em i é é bastante diferente e esse programa de transferência principalmente porque são condicionais é podem melhorar essa situação de investimento é investimento em saúde e educação no longo prazo será que essas famílias elas conseguem sair da situação de pobreza será que é esse jovens conseguem ter uma perspectiva educacional o mercado de trabalho mais favorável será que a saúde dos dos filhos dos beneficiários do bolsa família no passado é melhor eles também conseguem investir eu acho que isso
é uma ainda um desafio de mensuração e e e a gente entender esses efeitos causados e pensar é quais as arestas que a gente pode parar no programa pra é para alcançar saúde objetivo [Música]
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