FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: IDEALISMO

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Doxa e Episteme
Leia o livro: Filosofia da educação https://amzn.to/414vTdN O idealismo é uma concepção filosófica q...
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bem-vindos ao doxa e episteme hoje temos mais um episódio do bloco filosofando em casa com tema filosofia da educação idealismo fui idealismo é uma concepção filosófica que afirma que nosso conhecimento não está baseado na experiência sensível mas sim em uma realidade não sensível composta por ideias essa realidade não sensível é exemplificada por figuras geométricas de duas dimensões com círculos e quadrados perfeitos que não podem ser percebidos pelos Sentidos o fundador do idealismo filosófico foi Platão cuja influência se fez sentir em outros pensadores como Agostinho de Bona a partir da ideia de Platão de que as
formas perfeitas existem em um mundo não sensível Santo Agostinho desenvolveu sua própria concepção Idealista para ele a verdadeira realidade não é do mundo material mas sim as ideias que existem na mente de Deus a partir disso roxinho argumentou que o conhecimento humano é possível porque a mente humana é capaz de se conectar com as ideias divinas o idealismo portanto afirma que a realidade não é algo que possa ser diretamente percebido pelos sentidos mas sim algo que é composto por ideias essa concepção tem influenciado muitos filósofos ao longo da história como Kant e Hegel e ainda
é debatida e discutida nos dias de hoje embora seja uma ideia complexa o idealismo tem um mérito de questionar a natureza do conhecimento humano assim como da realidade em si mesma o idealismo Platônico não é apenas uma teoria estabelecida de maneira dogmática mas é sustentada por argumentos sólidos quando se trata de filosofia da educação argumenta que educar é rememorar e isso é justificado pelo paradoxo da investigação no diálogo menno Platão apresenta o paradoxo da investigação como alguém pode investigar algo que já sabe ou algo que não sabe se alguém sabe não há necessidade de investigação
E se alguém não sabe como pode investigar algo que não sabe o que é existem apenas quatro possibilidades em relação ao conhecimento de qualquer objeto o primeiro caso é quando alguém sabe que conhece algo e portanto não há necessidade de investigação ou aprendizagem o segundo caso é o total desconhecimento que é claro não permite a aprendizagem o terceiro caso é quando alguém conhece algo sem saber que conhece e o quarto caso é quando alguém não sabe que não conhece algo o paradoxo da investigação também é o paradoxo da aprendizagem pois como alguém pode querer aprender
algo que não sabe o que é ou onde encontrar a solução para esse paradoxo é a rememoração em que o conhecimento já existe na alma da pessoa e a educação é um processo de fazer a pessoa lembrar desse conhecimento o paradoxo da investigação proposto por Platão questiona a possibilidade de investigar algo que já sabemos ou nós sabemos nesse sentido a aprendizagem é vista como uma forma de investigação uma vez que só aprendemos o que ainda não sabemos a objeção óbvia a essa interpretação é que alguém como um professor pode nos informar sobre algo que não
sabemos no entanto Platão considera aprendizagem como uma tarefa ativa em que há a vontade do aluno em aprender algo a solução para o paradoxo da investigação é que toda aprendizagem consiste na remuneração de algo que esquecemos assim aprendemos algo pela primeira vez ao nos lembrarmos de algo que já conhecíamos em outra vida antes de nascermos essa ideia é fundamental na doutrina religiosa da imortalidade da Alma que segundo Platão já nasceu várias vezes e viu tudo que existe aqui e no mundo dos mortos aprendendo tudo que é necessário no entanto o conhecimento adquirido pela alma não
é o conhecimento transitório do mundo mas sim as verdades eternas e imutáveis as ideias então acreditava que a realidade sensível é apenas uma cópia imperfeita das ideias que são no fundo a verdadeira realidade o idealismo Platônico portanto defende que nosso conhecimento não está sentado na experiência sensível mas sim no acesso a uma realidade não sensível composta por ideias no diálogo manaon Sócrates conduz uma conversa com jovem escravo que nunca estudou matemática e por meio de perguntas faz com que o escravo descubra um teorema geométrico essa descoberta é um exemplo de remuneração porque Sócrates acredita que
o escravo não aprendeu nada novo mas apenas recordou algo que já sabia em seu estado de conhecimento anterior que Platão acreditava ser um conhecimento inato presente na alma para Sócrates a alma humana contém conhecimentos eternos e imutáveis que são adquiridos antes do nascimento e esquecidos durante a vida Portanto o exemplo do escravo que demonstra um teorema sem ter aprendido matemática mostra aprendizagem é um processo de remuneração de conhecimentos anteriores a função do professor é conduzir o aluno no processo de trazer a consciência as ideias que já escondidas em sua alma para Sócrates o verdadeiro conhecimento
não é o que se aprende mas o que se lembra por essa razão ele compara o seu trabalho com o da Parteira que induz o nascimento das verdades que estavam adormecidas no interior da mente do indivíduo a matemática é considerada um conhecimento eterno e imutável mas não é a única forma de conhecimento que pode ser alcançado no diálogo menno Sócrates mostra que a virtude é um tema tão importante quanto a matemática bem como os conceitos éticos e estéticos Santo Agostinho encontrou inspiração na filosofia platônica para seus escritos sobre a educação em seu livro de magistro
Agostinho aborda a linguagem e como podemos aprender o significado das palavras ele afirma que as palavras são sinais que só podem ser compreendidos Através de outros sinais Agostinho acreditava que o conhecimento da Verdade interior é anterior ao empírico e é fornecido pela virtude incomensurável de Deus e pela sempre eterna sabedoria que toda alma racional consulta ele acredita que nosso conhecimento das coisas as quais as palavras se referem já existe em nossa mente assim tanto a matemática quanto a virtude conceitos éticos e estéticos são formas de conhecimento que podem ser alcançados através do processo de remuneração
e do conhecimento interior a linguagem é um sinal que indica significado mas só pode ser compreendida Através de outros sinais e do conhecimento anterior ao empírico em soma a questão da origem do conhecimento e da função do professor são temas recorrentes na filosofia e tanto Platão quanto Agostinho trazem importantes reflexões sobre o assunto embora de feira em suas soluções para o dilemar apresentado ambos os filósofos concordam na importância do papel do professor como guia na jornada de descoberta do conhecimento que já habita dentro do aluno seja por meio da remuneração ou da Inspiração Divina por
hoje é só agradeço a você que assistir o vídeo até aqui caso tenha gostado dê um like assim o canal E compartilhe com os amigos Gostaria muito de saber qual é a sua opinião sobre o idealismo deixe nos comentários um forte abraço e Vitória sempre [Música]
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