Olá pessoal sou Marcos Simões psicanalista e hoje a gente vai entrar num tema bem comum do nosso dia a dia a raiva no olhar psicanalítico a raiva faz parte do nosso dia a dia então vamos entender como é que a psicanálise enxerga essa emoção trazer alguns pontos de reflexão sobre esse tema a relação da projeção e da introjeção e como é que a gente lida com a raiva do dentro do Set o que também serve para nós né para nosso dia a dia então vamos começar já curta esse vídeo já compartilha com outras pessoas aproveita
também já começa a colocar aqui nos comentários o que que faz você sentir mais raiva já escreva também no canal da EPC se você não é inscrito vai receber notificação de outros vídeos que a gente tiver publicando e roda a vinheta [Música] na visão psicanalítica raiva é uma emoção complexa que pode ter raízes Profundas em nossa psique baseado naquilo que vivemos lá na nossa infância para a gente ter uma ideia de onde Poderia vir a raiva na psicanálise nós falamos que ela está ligada a uma pulsão de morte uma energia interna que pode ser direcionada
tanto para o próprio indivíduo quanto para o outro num sentido de destruição é aqui que a gente começa a ter uma ideia também da introjeção e da projeção da raiva vamos pegar um exemplo você está lá na sua infância brincando na rua com seus amigos e de repente você ouve aquela voz aquela voz que vem de lá de dentro da sua casa e diz assim Venha já para dentro quando você tem aquela vontade de brincar e você não quer voltar para dentro de casa te bate aquela raiva e você vai para casa com aquele sentimento
com aquela expressão quando você entra na sua casa você simplesmente Bate a porta com toda a violência e isso faz com que a sua mãe também venha até você com a raiva dela porque você bateu a porta e vocês vão alimentando aquele sentimento percebe que a Raiva ela vai aparecer no nosso dia a dia mas somos nós que precisamos aprender a lidar o sentimento de raiva é um sentimento de protesto de insegurança de às vezes de timidez às vezes de injustiça de frustração contra alguém ou alguma coisa que ta exteriorizada quando o ego se sente
ferido ou ameaçado ou contrariado não era para ser daquela forma a raiva muitas vezes surge como uma forma de defesa contra ameaças tanto internas quanto externas quando experimentamos o sentimento destrutivo em relação a nós mesmos como culpa como impotência como incapacidade possibilidade de vergonha de injustiça protesto podemos projetar esse sentimento em outra pessoa direcionando a nossa raiva para ela ou até mesmo para um outro objeto como por exemplo bater porta fazer aquele barulho para poder expressar a sua violência essa projeção é o mecanismo de defesa da psiquê que nos permite evitar enfrentar a dor e
a destruição interna transferindo para outro objeto nesse processo projetamos em alguém ou algo os aspectos negativos que rejeitamos em nós mesmos atribuindo a eles a responsabilidade pelo nosso sentimento ruim ou seja a raiva é uma emoção totalmente nossa mas para não direcionarmos para nosso selfie vamos Direcionar para outro objeto na intenção de afastar aquilo que pode nos afetar além disso a formação da raiva pode ter relação com experiências e relacionamentos com os nossos pais ou as nossas figuras parentais nossas Sensações sociais e vínculos afetivos de uma maneira como lidamos com as nossas emoções Incluindo aí
a raiva Especialmente quando estamos diante de algo que pode ser ruim para nós a forma como fomos tratados na infância pode influenciar a nossa capacidade de expressar e lidar com a raiva se tivermos experiências que poderiam nos destruir vamos querer agredir aquilo que pode nos agredir nós vamos revidar para afastar aquele objeto que pode nos afetar é uma forma de sobrevivência ter raiva por alguém é destinar a raiva criada na infância por determinado objeto e levar essa energia destrutiva para afastar aquele mesmo objeto a raiva sempre vem no sentido de afastar algo que pode nos
afetar é uma maneira de repreender algo ou alguém por não corresponder da forma que nós gostaríamos além de ser uma maneira de canalizar uma energia destrutiva é aquela criança que nos contextos de Melanie briga com o peito que não está lá quando precisa dele mas quando o peito vem também briga porque ele está lá na hora que não deveria estar ou seja respondemos ao peito com a raiva em dois momentos quando ele não está e quando ele está depois da nossa carga de raiva porque estão sentindo aquela raiva não é à toa que depois de
que despejamos a nossa raiva em alguém também entendemos a querer reparação restauração né ficar bem com aquele objeto ou aquela pessoa não é sempre que isso acontece porque também existe o nosso narcisismo existe o nosso egoísmo Mas é o mesmo movimento que fazíamos quando éramos criança então a raiva foi uma construção da infância para lidar com situações ruins e frustrantes quando ela não é direcionada para o outro pelo medo da perda deste outro vamos direcionar essa raiva para nós mesmos como se fossemos os culpados pelo que acontece ou pelo que aconteceu para não responsabilizar outras
pessoas quando a gente fala da introjeção podemos estar buscando aquilo que é ruim que acontece no mundo introjetamos em nós como se nós fôssemos os responsáveis por aquilo ruim que está acontecendo e isso vai fazendo com que essa raiva também seja direcionada para nós é o que acontece por exemplo no caso da depressão um outro mecanismo que aparece também quando a gente fala da raiva se chama virando-se contra o selfie Ou seja quando nós nos culpamos pelas coisas quando nós fala para nós mesmos não sou capaz Eu sou uma pessoa ruim eu sou uma pessoa
que não pode ter essa condição Eu sou uma pessoa que não merece isso então como é que nós podemos lidar melhor com a raiva primeiramente autoconhecimento falar da minha raiva do objeto que está me causando raiva falar da dor que eu tenho e que também resulta em raiva porque não se está sendo correspondido da forma que você gostaria é preciso entender que esse objeto que eu era tende as nossas expectativas hora não atende o que que ele está representando para nós quem que é esse elemento causador dessa raiva nós sempre direcionamos energia para o objeto
externo e eu às vezes para nós mesmos e parte dessa energia também vem de lá da nossa construção que nós vamos chamar de objeto original aquilo que causou a raiva depois reconhecer a dificuldade de lidar com um objeto que causa a raiva reconhecer que é necessário entender que o objeto nem sempre vai suprir aquilo que gostaríamos até mesmo se direcionamos Nossa raiva para nós mesmos é compreender porque que merecemos ser destruídos a pulsão de morte leva uma pessoa se agredir por punição como se antecipasse uma punição que viria do outro que nos termos de mecanismos
de defesa nós chamamos de expiação já quando se trata do outro a raiva é querer destruir esse outro objeto aquele objeto que causa Uma sensação ruim que não está lá quando a gente precisa ou que quando está em demasia nem precisaria mais a raiva que sentimos hoje não é por conta desse objeto o qual a gente está ali se relacionando mas sim por conta daquele objeto original lá de que fez com que a gente tivesse tal é reação e a gente aprendeu que quando acontece uma situação parecida nós vamos expressar da mesma forma é aquilo
que nós não conseguimos lidar na infância aparecendo novamente mesmo que seja raiva algo tão natural da gente sentir dentro do sete analítico expressar a raiva é necessário esbravejar e falar daquele objeto que causa sofrimento é uma liberação de uma carga emocional muito grande a raiva como vimos vem da infância da maneira como aprendemos ou não a lidar com algo ela é necessária e faz parte da Constituição do sujeito não haveria possibilidade de vida sem a raiva porque ela também faz parte de uma construção da manutenção da vida sem a raiva não criamos competitividade assim como
a ansiedade a raiva precisa existir ela precisa acontecer o problema está quando ela em excesso quando ela excessiva o que demonstra uma dificuldade para lidar com determinado objeto é no 7 analítico que vamos aprender a lidar melhor com essa raiva e entender também porque que estamos tendo esse comportamento diante de determinado objeto e raiva é uma emoção poderosa que pode ser complexa de lidar mas com autoconhecimento com apoio adequado com uma Escuta mais assertiva com uma atenção voltada para aquilo que o outro está trazendo podemos aprender a expressar nossas emoções de uma maneira muito mais
saudável lembre-se de que todos nós temos a capacidade de transformar a nossa raiva em uma força mais construtiva desde que consigamos direcionar melhor essa energia você é uma pessoa que guarda raiva ressentimento de alguém aquelas dores e quando acontece alguma coisa você explode Talvez seja melhor começar a expressar mais o que que você sente ou que você pensa ou que você na verdade Guarda aí dentro mas nem sempre tem a possibilidade de expressar gostou de ter essa reflexão sobre a raiva de pensar um pouquinho sobre esse conteúdo Então já curta esse vídeo aqui já compartilha
com outras pessoas e comenta aqui como é que você sente a sua raiva Em que momento que você mais explode na sua vida que você tem essa Sensações ruins comenta aqui com a gente para a gente poder também perceber o quanto Esse vídeo foi importante para você e também poder trabalhar em novos conteúdos que vão auxiliar essas reflexões Já pensou na sua raiva porque será que às vezes você sente ela não é nada errado sentir raiva mas não entender porque você está sentindo Aí sim talvez tenha algo a se pensar eu vou ficando por aqui
até o próximo vídeo e até mais [Música]