e só aquilo de você receber um paciente com sorriso ele já se sente acolhido e ele vê que você tem é humanidade dentro do seu coração porque porque a saúde em si ela tem que ter humanização a saúde sem malização ela não é mais saúde a gente sabe que na grande maioria a equipe já sofre tanto para chegar até aquela comunidade e chega lá ainda não consegui vacinar a comunidade ou realizar os atendimentos por falta de estratégia Isso não pode acontecer tava torcendo muito para chover e começou a chover de madrugada e a gente saiu
catando as panelas da casa assim colocando debaixo das goteiras felizes da vida e meia pegava para beber no outro dia e não tava me importando a gente abaixa muito o nosso nosso limite assim do que do que é necessário para ser feliz sabe eu tava altamente feliz porque tinha chovido e eu tava com uma panela debaixo da goteira para poder beber água que não fosse água que espantava os girino assim para poder viver Às vezes a gente abandonou no veículo tem que ir de pé buscar o paciente até chegar no veículo eu acho que se
torna como se fosse uma ambulância uma camioneta dessa eu não estou arrependida de estar na saúde indígena mas se hoje eu tivesse aquela mesma proposta de ir para um outro município e para um outro Polo confesso que eu fico na dúvida mas talvez eu diria para distante da minha família eu não vou só vou se for com eles [Música] ai Amari no pênis [Música] [Aplausos] [Música] pênis no pênis no pênis ai Amari no [Música] quando eu entrei na cesária no final de 2016 eu era técnica de enfermagem em concluir o curso em 2019 e quando
foi em 2021 Eu consegui passar no seletiva né e consegui entrar como enfermeira na saúde indígena eu sou muito Sonhadora eu espero coisas melhores Principalmente dentro da Saúde indígena que é aquilo que eu vivo eu vivo mais na saúde indígena do que até dentro da minha casa com a minha família mas é porque eu me sinto realizada eu me sinto bem o que eu faço eu me sinto bem ser útil [Música] em primeira de um ambiente hospitalar infelizmente é muito mecanizada segue-se um padrão de rotina você chega na unidade hospitalar você vai fazer vai acompanhar
todos os pacientes vai olhar prontuário vai dar medicação saúde indígena a gente sempre fala que você tá preparado para tentar preparado para tudo então você é enfermeiro Você é médico você é técnico de enfermagem Você é amigo você é a Isa você é esse literalmente eu sou apaixonada pelo que eu faço apaixonada de verdade o meu perfil de profissional eu sou aquela pessoa que eu tenho ditado que eu sou aquela pessoa que morre de assopra ao mesmo tempo hoje posso ser referência a imunização então querendo ou não a gente se torna chata muitas vezes só
que não é ser chato é querer que as coisas aconteçam da forma correta e o meu perfil é esse Eu tenho prazos a cumprir e eu gosto de tudo muito organizado tudo muito organizado eu não gosto nem de dizer que eu tenho toque que a palavra não é essa eu literalmente gosto das coisas organizadas de cumprir os prazos que são solicitadas porque eu entendo que existe uma hierarquia se eu tenho um prazo a cumprir é porque os meus superiores também tem o prazo [Música] meu nome é Gabriela Mafra Eu Tenho 31 anos o médico indianista
trabalha desconstruindo muito etnocentrismo dentro da saúde né a gente tem que trabalhar é entendendo as diferenças de porque é que o indígena pode ou não pode fazer uma determinada coisa Inclusive eu lembro de uma situação em que eu tava com a paciente que tinha acabado de ganhar neném eu fui lá avaliar né fazer o atendimento de floricultura e chegando lá ela me disse que o bebezinho tava cansado e eu precisei né verificar todas as situações daquela criança e eu pedi para que ela fosse para o posto de saúde com a gente e ela disse que
não que ela não poderia ir para o posto e eu iniciante ali na saúde indígena naquele momento eu fiquei um chateada com aquilo tentando entender porque é que ela não queria ir para o posto e aí depois eles disseram Olha ela não pode ir para o posto porque tem que atravessar um riacho e depois que ela ganha neném ela não pode passar por água nenhuma E aí eu falei certo então o que que a gente pode fazer para resolver isso eles disseram que tinha que ir chamar o pajé o sabor né para poder fazer a
reza para ela ficar segura para ir para o oposto então a gente pediu para ir chamar o sabor e fizeram a reza e assim ela pode ir para o posto então trabalhar com saúde indígena é também entender essas questões culturais e saber teve muito cintura e às vezes resolver coisas que são questões sociais também e não só especificamente nessa nesse modelo de saúde que a gente identifica né que é só examinar um paciente ou coisas do tipo [Música] eu me vejo como uma profissional É como se eu adotasse cada usuário como se cada usuário desse
fosse um irmão fosse minha mãe fosse um filho eu sempre eu vou além do que eu vejo que é de direito no intuito de estar garantindo isso não é fácil é Um Desafio constante mas eu acredito que eu tô fazendo mais do que a minha profissão me Exige uma assistente social na saúde indígena a gente faz um pouco de tudo desde o agendamento de consultas especializadas a intervenções da média e alta complexidade [Música] meu nome é josenaldo Pereira Rios sou motorista oficial tenho 60 anos e emagrecer no serviço público em 1988 e agora tô na
saúde indígena há 12 anos e o motorista para trabalhar na saúde indígena tem que ter força de vontade gostar do que faz porque a saúde indígena todo mundo sabe que é diferenciada então precisa que a gente seja compreensivo a gente sabe que a gente é difícil o trabalho mas a gente faz porque gosta porque a gente sabe que alguém algum lugar tem um índio precisando da saúde e a gente tem que estar pronto para servir na hora que for chamado ninguém nunca morreu no meu carro Graças a Deus e já tive a sorte de salvar
a vida de uma criança nesse serviço que me deixou muito orgulhoso de saber que ela hoje está bem de saúde e com certeza já é uma mãe de família [Música] quando eu cheguei aqui a farmácia ela estava assim bem desorganizada né e estava um momento sem o profissional encontramos né com várias caixas várias medicações vencidas vários testes rápidos vencidos E aí na medida do possível a gente foi organizando colocando cada um no seu devido lugar procurando deixar um ambiente mais confortável para que os profissionais tipo As Enfermeiras vem aqui pegam seus materiais achem organizado como
Aqui nós temos um material para fazer troca de sonda as sondas porque o trabalho em si tem que ter organização sem organização não tem como a gente trabalhar você entrar no ambiente aonde você não sabe aonde que tá né nota de scalp Aonde que tá é uma luva né para você pegar onde que dá uma atadura né Onde está tudo misturado os medicamentos é complicado né sim é aquilo que eu falo não é o ambiente que faz né porque você pode estar no Aldeia aonde não tem piso pode ser chão você pode estar num lugar
onde o teto né de saber mas o que leva é a organização é a limpeza é isso que leva ao nosso Polo tem as dificuldades mas isso não nos impede de fazer com que nós é fazemos nosso trabalho de uma maneira eficaz né [Música] Olá vamos entrar Acredite faz uma temporada com a gente né Trabalhando mas eu não me lembro que data né mas ela passou um tempo aqui com a gente foi um trabalho excelente né e um trabalho mais de uma prevenção né e um trabalho que que deu certo um trabalho que avançou na
época dela né porque a enfermeira crise ela quer um trabalho tudo certo né E quando a gente não quer vacinar ela tem que ir lá na casa de buscar ou então vai lá assinar mas esse é o trabalho que ela vinha fazendo né então um trabalho que a vacina que veio foi utilizado vacina que veio foi todo usado com os povos indígenas com as crianças e aquele dia ela foi uma enfermeira que a gente sentiu falta né porque nem todo mundo é igual né Tem trabalho tem trabalho de profissional que às vezes agrada às vezes
e não agrada né é mais lento e mais também é muita gente muita comunidade muitas vezes não agrada o trabalho né mas é de graças a Deus ela vai enfermeira excelência né trade né ela foi foi uma enfermeira que que ela quando chegar quando chega na aldeia Ela não ela primeiramente ela vem na casa do Cacique né porque nem toda a equipe é assim né a equipe já chega já vai começando a trabalhar como que pode ser Casa da Mãe Joana né porque na aldeia o cacique tem tem Cacique né tem dono e ele precisamente
chegar na casa do Cacique para poder de liberar o trabalho para comunidade né mas tem gente que não é assim né Tem gente que chega e até fazer do jeito dele então isso não agrada para comunidade então acredito Uma pessoa que sempre consulta a gente né ouve a gente é legal demais assim foi um trabalho que até hoje como eu falei isso é lembra né Mas é isso né Nem todo mundo vai ficar para sempre né É sempre substituído mas quando substitui que vem uma pessoa igual também é difícil é muito complicado dizer o que
mais matam indígena é quando a gente não especifica a etnia né Eu acho que existem variações eu vou falar agora sobre o indígena Yanomami que eu tenho percebido um conjunto de fatores né não existe só uma desnutrição porque a desnutrição vem junto com anemia que vem às vezes junto com a parasitose e uma diarreia num paciente desnutrido ela é muito mais difícil de combater e de resolver então existem inúmeras situações mas eu acredito que a desnutrição é uma coisa muito chocante né de se dizer existe no Brasil existem pessoas no Brasil morrendo de fome a
desnutrição e a pneumonia podem matar sim mas se o paciente é um paciente desnutrido ele tá debilitado ele tá muito mais suscetível as formas graves dessas patologias então eu que o grande vilão é a desnutrição [Música] espero tentar conversar com o agente de saúde da equipe que a gente tem uma loja de saúde que fica aqui próximo que aqui faz responsável por essa Aldeia e também a gente tenta a gente vai conversar com o cacique para mais uma vez a gente tentar sensibilizar a necessidade de que a comunidade porque considerando que todos são parentes bem
próximos aqui são primos tios é tias irmãos aqui do lado moram uma irmã só a mãe dele e na maioria das visita a mãe dele não está às vezes ela está quando eu consigo informar ela com antecedência às vezes ela tá aguardando O que que a gente vai fazer falar com o cacique da Aldeia e pedir mais uma vez que ele tente sensibiliz já ajuda da família né porque assim aqui eu querendo ou não é um estado de abandono e pelo que a gente sabe é ele fica assim comigo sem beber então a situação complicada
nessa situação aqui a gente precisava de acionaria é o município porque ele não tem condição de ser translado na nossa viatura aí a gente fala um hospital eles vem com a ambulância e leva para unidade hospitalar infelizmente a gente pode ver que com comunidade ninguém se responsabiliza de ir às vezes quem vai como acompanhante é a mãe dele é da última vez foi necessário uma intervenção bem grande mesmo com a própria unidade hospitalar recebê-lo ele faz uso de medicação de psicotrópicos essa medicação a gente tem conseguido ver o município a gente tem conseguido agora a
gente não sabe se ele tá tomando a medicação da forma correta mas a gente observa a gente procurar alimento na casa provavelmente não tem eu tava de plantão e foi acionado o carro para prestar Socorro com uma vítima de uma criança que ingeriu medicamento não autorizado né ou conta própria acho que não conhecia e ela entrou em convulsão ficou muito mal precisou ser deslocada para cidade de Imperatriz que eram de um socorro mais adequado E aí eu fui na camioneta junto com uma técnica prestar Socorro para essa jovem graças a Deus chegamos a tempo ao
nosso maior medo era aquela falecida do carro cheguei a rodar numa caminhonete dessas a 200 km por hora correndo risco isso à noite mas chegamos com vida deixamos a menina com vida no hospital e tivemos o prazer a distância de 250 a 300 km de distância e eu tive o prazer de buscar a menina de volta bem de saúde trazer de volta para sua Aldeia bom na época que a gente saiu para Aldeia a menina tava Dada como Mota praticamente e quando a gente retornou com a menina na mesma viatura que eu trouxe ela quando
a gente chegou na aldeia eu fui recebida assim eu me senti muito orgulhoso fiquei gratificado porque a gente recebido da forma que eu fui recebido nessa Aldeia e trazendo uma criança aqui praticamente foi dada como mostra para a gente foi um uma satisfação muito grande e que até hoje durante todo esse percurso que eu tenho de saúde indígena já tive muita dificuldade mas esse é o maior prazer que eu tive aqui essa garota sobreviveu graças a Deus até hoje está viva depois de muito tempo já com muitos tempos bem passado eu fui fui chamado turma
para fazer uma emergência à noite e na verdade era era como se fosse uma emboscada na verdade eles iam prender a viatura E aí a gente ficou da chamada a gente não pode pensar que seja uma emboscada tem que ir fazer o socorro e chegando lá a região lá e recebi o comunicado lá dos Cacique tá liderança que o carro ia ficar retido que é uma maneira que eles têm né de reivindicar o direito deles a gente também não pode questionar isso aí eles falaram que o Me Prender Aí eu disse para eles que tudo
bem eu não tinha feito nada de errado na repartição nem para eles os outros índios de outras Aldeia quando souberam notícia que eles e o primo prender Eles não aceitaram e foram atrás e disseram não Rapaz esse aqui não vai não pode ficar preso vocês podem prender quem quiser mas o motorista que salva a vida de um parente da gente não pode ser tratado dessa forma e eu agradeci muito a eles nesse período porque não deixa você não ficar nervoso ainda mais durante o período que era noite né eu tenho que voltar a ficar preso
assim complicado mas certo graças a Deus os índios foram coerente pediram desculpa também que eles não sabem o da história aí Me liberaram eu vim mas continuei trabalhando na mesma região e com eles também geralmente eles liberam a pessoa após você voltar mas como Aldeia é muito distante e você é obrigado a ficar mas quando ele Age dessa forma dizer que vai aprender a equipe completa a gente tem que se comportar normalmente por mais que seja constrangedor o medo querer a gente saber das ameaças que eles fazem mas só mesmo para pressão psicológica Na verdade
eu nunca não sei de nenhum colega que foi agredido por índio já fomos presos Já ficamos retido e Aldeia mas nunca foi agredir ninguém que eu saiba mas a pressão psicológica Principalmente quando tem mulheres ontem médica enfermeira técnica de enfermagem geralmente elas ficam mais apavorada mas a gente tem que levar né aceitar concordar com o que eles quando o índio chega a esse ponto não adianta você questionar tem que aceitar o que ele tá decidindo se ele decidiu prender você simplesmente aceita entrega a chave fica de boa [Música] no ano de 2021 eu senti que
eu estava com nódulo na mama direita e como um profissional de saúde também já né acendeu uma luzinha eu falei Ah isso aqui deve ser alguma coisa não é normal nem um módulo é normal no corpo e aí em momento nenhum né eu me apavorei não procurei ficar mais calma possível e busquei ajuda médica né tive Toda Toda apoio em Campo Grande aonde eu busquei a ajuda e quando eu recebi o diagnóstico que o médico me chamou e falou para mim que eu estava com o ca maligno na mama eu agarrei muito a minha fé
a minha confiança em Deus acima de tudo sabendo que tudo acontece na nossa vida tem um propósito E que se era para mim passar por aquilo por isso que eu estou passando eu iria passar e eu passar sem momento nenhum reclamar com deus e sem ser meu momento nenhum querer me afastar eu me senti bem né tanto que teve oportunidade de conhecer o secretário né E quando ele ficou sabendo que eu estava eu estava realizando relacionamento Ecológico ele me disse você tem todo o direito de se afastar para se tratar eu disse para ele eu
não quero porque eu sinto que eu posso trabalhar eu sinto que eu posso desenvolver algo nesse momento e também eu sinto que Através disso que eu estou passando eu posso levar outras mulheres também a buscar ajuda porque a nossa comunidade ela tem muito isso de esconder que ela está passando por alguma enfermidade que ela está passando por alguma doença Principalmente quando as pessoas falam sobre câncer quando fala ai é um câncer ele já se auto diz que já é Uma Sentença de Morte recentemente nós acompanhamos dois casos na casais que me marcou muito inclusive as
uma delas foi se há de mama e além de ser nova uma paciente indígena nova ela tinha quatro filhos todos pequenos e eu via ela ali na casai ela não tava sabe muitas forças falava que ela não queria morrer ela dizia para mim eu não quero morrer enfermeira eu não posso morrer eu tenho quatro filhos para criar e aquilo me marcou muito sabe eu me emociono porque o que que eu podia né oferecer para ela não ser um abraço um conforto e dizer para ela não você vai ficar bem vai passar isso você vai voltar
para sua Aldeia e você vai cuidar dos seus filhos mas infelizmente foi isso que aconteceu aqui mulher da voadeira porque a gente é desses com aquela lua maravilhosa lá fora e é sobre isso a equipe literalmente dorme no barco porque Boca do Acre nós não temos UBS quando tem o bsi a gente tem os alojamentos serve como de apoio não tem a equipe literalmente vai nas voadeiras na sua grande maioria são duas ladeiras uma só com a equipe e outra só com material Eu particularmente a minha pessoa como eu sou né se tem um pouquinho
de atenção a minha mochila a minha mala vai onde eu vou Porque dependendo da situação as coisas vai comida vai e você fica sem nada né então a minhas minhas coisas sempre vão do meu lado e a equipe chega na aldeia Ela carrega tudo para uma casa que os parentes cegam para a gente e aí a equipe dorme nesse local quando não são aqueles barcos grande que a equipe literalmente é uma casa móvel vamos dizer assim todo mundo come lá unido todo mundo dorme Ah toma as redes dentro dos barcos no dia seguinte acampamento vai
atender na aldeia nós somos para uma reunião em Santa Rosa do Perus que eu falo que é Santa Rosa do coruja o negócio a gente foi para Santa Rosa do Perus estávamos em oito pessoas nós chegamos um certo local o motor não funcionou mais né que na verdade não é nem que o motor não funcionou o cabo de Leme que ele fala quebrou o cabo de direção na verdade quebrou e o Barqueiro não tinha não tinha o que fazer a gente o motor funcionava porém ele não conseguia ir para lugar nenhum não girava para lugar
nenhum E aí a gente parou no local conseguimos um pedaço de pau fizemos um fogareiro improvisado né como eu falei se tem uma coisa que eu passo passo raiva eu passo tudo mas eu não passo fome e aí a gente conseguiu levar uma comida a gente achar que arroz levei um pouquinho de óleo levei umas coisinhas e a gente conseguiu fazer um arroz com charque de qualquer jeito mas a gente fez né e a gente conseguiu comer e à noite dormimos oito pessoas dentro da voadeira dentro de uma voadeira de cinco de seis sete metros
um por cima dos outros mas a gente conseguiu eu armei o meu Mosqueteiro e eu falo que essa é a vontade de ser pequenininha tá porque aí tu se joga em qualquer canto se encolhe dorme e a gente a equipe toda que estávamos com a gente Inclusive a nossa coordenadora Carla a gente brincou que a gente fala que foi o dia que a gente dormiu mais tranquilo que todo mundo conseguiu relaxar mentira tava todo mundo medicado né todo mundo tomou remédio de tão exausto que nós estávamos a gente tomou remédio e dormimos dentro da geladeira
cada um amarrou no seu mosquete dentro da voar dele dormindo dentro da voadeira [Música] eu sempre trabalho tentando remover o paciente menos possível remover ele tirar ele de área indígena e trazer para a cidade seja por algum caso de acidente grave que ele sofra lá que ele vem é atendido no hospital e depois como a gente trabalha com essas logísticas com essa dependendo dessa logística aérea nem sempre tem aeronave disponível para levar então esse paciente vai ser trazido para cá mas existem também os casos dos pacientes que estão fazendo tratamento de tuberculose que eles são
assistidos aqui na casais Existem os pacientes que tem alguma questão social né Por exemplo um paciente que tá aguardando uma cadeira de rodas eles vão ficar sempre sendo assistidos aqui pela equipe da casais porque saúde indígena não é para fracos saúde não desafio e no final de tudo a gente nos deixa feliz Se fosse fácil não seria a saúde indígena Lembro sim a gente estava ali meio que no ápice da covid onde naquele período eu estava bem distante da minha família eu já estava ali no terceiro município na época eu atuava no Polo base Santa
Inês onde eu era responsável também por o Polo de Zé Doca então assim eu tava bem bem já mesmo esgotada e o convite foi o convite para mim foi um ensinamento além de um enfrentamento e dali levando estando com aquele pessoal levando aquela assistência mas não tava sendo fácil porque naquele período Eu passei mais de 90 dias sem onde minha família então assim foi um desafio muito grande e acredito que o motivo o qual me fez ficar naquele momento eu estava bem sensível né além da covid que era um medo também a questão de estar
muito longe da família e naquela oportunidade eu estava feliz era uma aldeia que o de ser Maranhão não adentrava e eu tive a oportunidade a honra e a felicidade de conhecer aquela Aldeia porque do nosso distrito Aldeia que a gente tem dificuldade de acessar é aquela ao meio assim Bora andar município de Centro do Guilherme e tal mas você também tem uma família como é que você lida com isso não é fácil eu sou muito dedicada ao meu trabalho e com isso eu perdi um pouco da minha família eu tenho um filho com 18 anos
e eu tenho uma filha que faz hoje 11 e pouco eu convivi com eles Eu costumo até falar que hoje eu não me imagino fora da Saúde indígena porque é muita dedicação e de certa forma é uma outra vida como se minha família fosse aqui também eu tento agora eu tô trabalhando mais próximo apenas 115 km da minha cidade então assim eu tô tentando dar mais um suporte ao meus filhos a minha mãe e eu sou muito cobrado muito muito cobrada mesmo hoje minha filha falou que não queria nenhum presente o presente que ela queria
que a mãe dela pudesse estar com ela então não é fácil as lágrimas é inevitável né nem sempre a gente tem condição de fazer o nosso café do jeito tradicional por isso a gente sempre Improvisa aqui na região da Aldeia não tem lugares mas nem por isso deixamos de tomar o nosso cafezinho daquele jeito que eu sempre gosto forte que é para despertar o profissional às vezes cansado [Música] através da minha vida através do meu testemunho eu posso levar as pessoas também a buscar cura porque eu cheguei agora no mês de outubro foi o mês
que é dominar denominado outubro rosa é onde nós fizemos várias campanhas e aonde eu tive oportunidades também de ir para várias aldeias juntamente com a nossa equipe do Polo e eu tive oportunidade de falar para as mulheres do meu testemunho eu tive oportunidade de mostrar para elas que eu estava realizando um tratamento falei para elas olha como que eu estou eu estou bem então o câncer ele não tem aquela cara só aquela cara de pessoa que está morrendo que sabe desfalecendo então quando eu falei para elas que eu estava fazendo um tratamento de câncer Muitas
delas pararam ficaram me olhando assustada porque quando você fala em câncer ele já imaginam né aquela pessoa ali direito aquela pessoa que não anda aquela pessoa que não come Então eu fico feliz de saber que eu podia ajudar muito Essas Mulheres nesse Outubro Rosa através do meu testemunho através daquilo que eu vivenciei daquilo que eu estou ainda vivenciando [Música] ele gosta de vacina sim o que acontece o que aconteceu com a vacina da covid que nós tivemos muito problema foram as fake News né atrapalhou demais gente demais mesmo em Santa Rosa do Perus que eu
não falei para vocês a gente teve que ir lá porque quando nós chegamos lá ele já falaram para gente que eles não iam Eles não iam tomar vacina não porque a vacina o líquido dela é vermelho e a gente sabe que vocês profissionais vocês não tomaram e esse líquido que é vermelho vocês vão aplicar na gente que é para a gente morrer não eu fiquei surpreso porque eles são eles são primeiro que eles são muito entendidos Então me surpreendeu de ver lideranças fazendo vídeos alertando a população para não tomar a vacina e aí o que
que a gente fez juntou toda a comunidade e fizemos uma conversa e como eu falei anteriormente eu sou muito sincera com indígena comigo é isso é assim assim assim a gente não enrola muitas coisas eu gosto muito da verdade como eu falei eu chamei todo mundo eu resolvi fazer uma reunião grande né que a gente fala reunião grande chamamos todo mundo e conversei com Cacique expliquei para ele que se ele quisesse eu ia tomar minha vacina junto com eles e ainda montei outra estratégia O que que a gente fez como eles falaram que a gente
tinha organizado isopor Olha só eles foram orientados Que nós tínhamos organizado no isopor que a vacina dele ficava de um lado e as outras vacinas que não matava de outro o que que eu falei com eles eu falei você vai abrir o isopor e você vai escolher a vacina que você quer tomar que a gente prepara um isopor só de vacina de convite né eu falei você vai escolher a vacina que você quer tomar e ali eu orientei o porquê que a vacina era boa dei para eles como exemplo o sarampo que há anos atrás
dizimou aldeias inteiras porque não tinha vacina contra o sarampo E hoje nós temos E aí a gente conseguiu conversar com eles e no momento que tava todo mundo Nossa teve muito questionamento né e a todo a todo momento a gente tinha que ter as respostas certas Porque dependendo de qualquer coisa que a gente falasse ali como ele estava muito armados qualquer coisa que a gente falasse a gente não ia conseguir vaciná-los E aí a gente conseguiu orientar e informar o porquê que a vacina contra o covid era importante o cacique ele ficava conversando com um
e outro orientando as pessoas não tomar e o que que eu falei na época né eu peguei e falei para ele assim eu falei olha eu só saio daqui quando você tomar eu falei para ele nem que eu vá na tua casa todo dia todo dia todo dia mas você vai tomar e ele ria né falar enfermeira eu vou tomar Amanhã eu vou tomar então ele ficava tentando me enrolar né ficava tentando me enrolar e no dia seguinte eu estava na casa dele estava na casa dele do meio do fim eu já ia para lá
e a gente tomava café junto certo eu já tomava café eu chegava lá macaxeira já tava cozida eu levava alguma coisa da UBS para eles também e a gente sentava ali e Resumindo a gente conseguiu fazer com que toda essa comunidade tomasse a vacina e para a gente O que que a gente ficou Maravilhado quando saiu de lá que a gente conseguiu compreensão a gente lá viu aí nós decidimos não tomava vacina mas como a Cleide que ela é Ela toma de conta da gente né ela anda aí muito preocupado com nós a gente resolveu
tomar a vacina a gente acredita que vacina é boa né para a gente se Deus quiser a gente não vai acontecer nada então a gente Tomou a vacina por causa disso né que ela veio preocupada ela veio muito longe né com preocupação por causa de nós aí se nós não resolver tomar aí ela ia fazer o que né que nós somos da comunidade então eles são preocupados com nós a gente tem que tomar essa vacina quando eu falei para minha mãe que eu ia trabalhar com saúde indígena ela ela chorou dizer que minha mãe chorou
por alguma emoção é algo que quem conhece sabe o que é uma coisa recorrente E aí ela só sabia chorar Ficou desesperada filha não inicialmente né com muito medo porque eu expliquei para ela que o acesso era que eu passaria 15 dias sem contato e ela preocupada mas ela não tem energia você aquela coisinha sabe a filhinha da mamãe Apesar de eu ser a mais velha mas foi questão de um dia assim até ela falar era você que tinha que estar lá se alguém precisa estar lá e se alguém é você e aí ela já
reconheceu em mim essa essa Gabriela que ela sempre sempre soube que que em algum momento apareceria ela ela sabia que eu não ia trabalhar de um jeito que ela pudesse ficar confortável em casa sem nenhuma preocupação então eu sinto muito por deixar minha mãe meu pai preocupados Mas eles eles querem me ver feliz e ele já aceitaram que que é assim que vai ser por um tempinho ainda pois deixa eu te contar entreguei meu rancho hoje deu tudo certo Talvez os voos aconteçam amanhã mas não é certeza ainda eu tenho sentido que eu tô conseguindo
cumprir sabe essa não vou chamar de Missão né mas eu tô conseguindo me sentir útil eu acho que trabalhar com o que eu tenho fazer o que eu posso com que eu tenho tem sido meu lema porque a gente isso é a Gabriela copo meio cheio falando tá tem dia que eu acordo meio chateada também reclamando mas agora eu tô com lentes de gratidão e a gente faz o que a gente pode com que a gente tem dando sempre o melhor entendendo que se todo mundo fechar os olhos e se revoltar porque o sistema falhou
e falar não eu não quero lavo as minhas mãos existe um povo vai ficar desassistido Então é por eles que eu dou meu Melhor é por eles que eu me esforço é por eles que eu tenho passado por todas as dificuldades que eu passo e eu tô muito disposta a continuar dando o meu melhor enquanto eu tiver forças mas eu vou continuar me esforçando porque não é fácil não é fácil é um trabalho muito desafiador em alguns momentos dá vontade de desistir sabe ficar longe da minha família eu não tenho ninguém aqui em Roraima mas
eu tenho uma um foco sabe [Música] eu acho muito puxado devido tanta carga horária como a distância da família deixa muito a desejar porque vive muito longe da família tanto os filhos de esposo tudo afeta no relacionamento da família eu acharei que deveria ser mais elevado ao lado da família você já deveria olhar mais o lado da família e Rever essa questão porque é muito muito puxado o filho fica mais longe da mãe aí atrapalha tudo na educação como na educação escolar tanto como na educação de casa mesmo e a gente conversou com secretário sobre
essa situação e ele mandou uma mensagem para você um abraço para vocês dois é só apertar o play aí há coisas nas nossas vidas que a gente não entende a saúde indígena o trabalhador de saúde indígena ele é picado por alguma coisa ou algo diz no coração dele que a nossa dedicação o nosso interior o nosso coração isso a gente também não esquece principalmente daqueles Nossos amores e aqui eu tenho um exemplo da nossa profissional assistente social e se dedica integralmente a saúde indígena e eu peço e falo a você Junior encarecidamente né que entenda
essa situação do nosso Profissionais de Saúde indígena e quanto mais você apoiar o trabalho da Lana uma assistente social mas ela terá condições de apoiar os nossos indígenas e cuidar de você porque vocês têm uma história muito bonita parabéns obrigado e aí o que que vocês acharam geralmente quando eu tô de folga eu gosto de bater uma pelada no futebolzinho nos finais de semana às vezes na própria Aldeia que a gente também passa o final de semana é o Deus já Participei de jogos em área indígena que por sinal tem craque viu na área que
você fica de queixo caído e vendo como é que ele joga [Música] [Música] na casa de Campo Grande a gente presta muito a humanidade assim como toda na saúde indígena eu falo que a gente tem que ter um olhar diferenciado quando o paciente ele sai da Aldeia e vai para outra outro município outro estado ele não vai para passear ele não vai para passar férias ele vai Porque porque ele tá em busca de uma saúde Ele tá em busca do Socorro e quando ele chega ali a gente sempre conversava a gente falava assim ó quando
entrar um paciente ali por aquela porta primeira coisa que a gente faz a gente brincava Vamos mostrar os dentes para ele vamos rir vamos sorrir porque porque ele já deixou a família dele lá na aldeia ele já tá com dor né E você ainda vai receber ele com o rosto fechado não Por mais que você tenha problema deixa o seu problema lá fora e aqui aqui a gente é outra que a gente é profissional e quando a gente recebia eles a gente já recebia eles com sorriso por mais que por dentro você esteja sofrendo passando
por problemas e só aquilo de você receber um paciente com sorriso ele já se sente acolhido e ele vê que você tem humanidade dentro do seu coração Bom dia Felipe tudo bem por aqui tá ai que bom então tá então aqui por mais um dia de trabalho né vamos lá [Música] Boa tarde tudo bom Como que vai tudo bom Seu André a senhora está bem também tá Que bom graças a Deus daí realizou a Cristo lá no bracinho vamos recortar tá bem né Tá sequinho Ah que bom hoje a senhora realice amanhã porque ele fala
que por mais dificuldades que a gente passa Deus ele é fiel na nossa vida e por mais tempestade ele nunca vai nos abandonar é a letra dele é muito bonita Então eu sei todos os dias como se fosse a minha oração para Deus aí fala que em meio a muitos problemas é meio as lutas em Sem Fim por mais que ajuda sejam Sem Fim por entre muitos dilemas que a gente passa Nossa nosso dia né [Música] vamos ver [Música] Ah então Eu malho né E aí como a gente tava um pouquinho acima do peso a
gente decidiu que precisava fazer alguma coisa então a gente quando dá tempo a gente corre pela manhã no período da manhã a gente acorda mais cedo tipo 5 horas e a gente corre até seis quando não dá tempo de correr a gente malha no período da tarde mas na aldeia a gente corre todo dia terminou o atendimento a gente vai para o campo de futebol correr numa situação extrema você traz a sua continua Mantendo a sua rotina continua cuidando da saúde continua tranquilamente eu levo para Aldeia eu levo os pesos eu levo as anilhas e
eu continuo do mesmo jeito fazendo meus exercícios e é um evento né é um evento porque ele fica tudo ali olhando e aí eu pego as elas fazem os agachamentos também se precisam ver elas fazem os abdominais também e é uma das coisas que eu até acho legal porque a gente consegue naquele momento que não é trabalho a gente consegue conversar com eles e aí nessa conversa por exemplo você percebe algumas situações você descobre algumas situações que está acontecendo dentro da comunidade que não foi falado no momento do atendimento ali você consegue perceber uma criança
que tá bebendo gasolina cheirando gasolina entende a gente consegue nesses momentos a gente consegue perceber que tem uma criança escondida dentro de uma casa com desnutrição que está sendo tratada e que não foi ele não levaram no atendimento certo então a gente consegue ter essa relação tem um gostinho de pitanga gente E aí eu acho muito complexo falar do futuro eu sou uma pessoa que tem buscado fazer planos a curto prazo mais do que a longo prazo até porque eu percebi que eu entrei na saúde indígena e eu não sabia que eu ia gostar tanto
sabe a ideia Inicial era passar dois anos eu já tô há quatro anos aqui então a certeza que eu tenho é de que eu nunca mais você é a mesma pessoa desde que desde a minha primeira entrada em área indígena aquela Gabriela nunca mais vai existir a Gabriela que aprendeu a valorizar as mínimas coisas se eu não tivesse nenhum tipo de fé essa menina eu já teria saído Até porque eu já tenho tempo para sair mas eu gosto eu vou continuar ainda a esperança que a gente tem que o parente lá da ponta da Aldeia
também tem a mesma do Servidor é que as coisas melhore principalmente a saúde indígena precisa muito de cada dia que passa a melhorar porque não é fácil saúde indígena não é fácil não é como atender um paciente dentro de uma cidade dentro da Aldeia as coisas sem som difícil e o profissional tem que se virar em dois para que a coisa dê certo porque se não for assim se não for com gosto da Saúde indígena eu vou lhe dizer é difícil para eles é muito difícil para gente que mora na cidade já é difícil imagina
para o parente que mora numa aldeia 100 80 90 Km mata dentro Então a gente tem que levar saúde se você chegou até lá você tem que dar saúde de qualidade que para isso é que a gente pede melhoria dos nossos governos para que a gente possa fazer a nossa parte o governo faz a dele e a gente fazer a nossa que com certeza se todos fizer dessa forma o índio não vai ter precisando nenhuma de prender carro de prender servidor muito pelo contrário quando chega a saúde indígena eles recebem de braços abertos Eu pretendo
trabalhar mais alguns quatro anos por exemplo na saúde indígena e me aposentar curtir a vida com a minha família que eu gosto muito da minha família gosta de um cara muito família meus netos gosto muito de mim e aí fica na beira de um açudezinho pegando um peixinho tomando uma cervejinha contando história para o meu neto como é a vida da Aldeia que eles são curiosos me perguntando se os índios são bravos sozinhos são isso então porque muita pessoa maquia o índio numa forma errada e na verdade o índio é um ser humano igual a
gente eles entendem o que a gente quer eles a gente entende o que eles querem então isso eu passo meu neto no filme O índio é um é igual a você o índio joga bola o índio de banho de rio o índio faz tudo que uma criança faz então o meu futuro que eu espero é isso é ter saúde para contar as historinhas pro meu neto e para os amigos tem muitos amigos meu que fica me perguntando pá tu não tem medo o hino te fazia não te ameaça gente medo tem todo lugar mas a
gente aprende a trabalhar com eles entender o índio é um ponto fundamental para quem quer trabalhar na saúde indígena ter paciência e entender o índice [Música] [Música] nesse momento Eu Estou finalizando o meu tratamento oncológico eu realizei 12 quimioterapias brancas e quatro quimioterapia vermelha semana que vem eu estarei fazendo a penúltima quimioterapia vermelha e já estou partindo para o último já Estou finalizando quando nós recebemos diagnóstico nódulo na mão uma direita estava com 7 cm Agora ele já está com 4 cm Então já já estamos caminhando para o final Eu sempre gostei de indígena né
eu tenho várias fotos na minha adolescência eu abraçada com os indígenas porque eu gosto do Povo eu até falo que se eu acreditasse em vida passada que eu não acredito eu tenho certeza que eu era indígena Eu gosto demais do indígena e eu lembro que quando eu passava na frente do dicei eu falava assim para o senhor Dizia um dia eu vou trabalhar aqui e isso 2014 2015 eu dizia para o senhor falava assim um dia eu vou trabalhar aqui e quando eu fui para o display Eu lembro que eu subi a escada chorando porque
eu falei né Na época falei cara como Deus é perfeito como Deus realiza sonhos na verdade e assim eu vim trabalhei primeiro em Manoel Urbano em seguida vim para a Boca do Acre e fiquei aqui dois anos e um pouco e eu tenho certeza que onde eu passei eu consegui criar uma um vínculo muito bom com os parentes até hoje eu tenho contato com os parentes e a gente se fala então como eu acredito que as promessas de Deus ainda não finalizaram na minha vida na saúde indígena é o que me motiva e assim um
dos exemplos maior que eu posso falar para vocês é que eu tava passando um momento bem complicado né Eu estava no município capacitando os profissionais e eu tive um estresse tão grande num trabalho um estresse de verdade que eu tive uma crise de enxaqueca tão intensa que eu não consegui dar aula para os profissionais à tarde e eu lembro que eu fui para o apartamento eu chorei muito muito mesmo justamente pela situação de você se doar tanto e tipo tanto faz como tanto fez né e no dia seguinte eu recebi eu vi o número me
ligando e eu vi que o número diferente era de Brasília e eu imaginei que fosse Adriana do pmi né a coordenadora Nacional de imunização do PNI na verdade e ela que sempre me liga desses números diferentes né E aí era o Luiz e o Luiz me lançou esse convite e eu chorei muito ele não percebeu eu chorei de verdade eu lembro que eu fui para o banheiro do Polo e chorei muito muito mesmo porque para mim foi tipo uma resposta de Deus dizendo assim acalma o coração que eu tô aqui sabe Então é isso que
não me faz desistir porque o convite era para participar de um documentário falando da vida do profissional de toda sua trajetória na saúde indígena e eu já vivi um pouquinho de coisa né fui de Polo hoje estou no display hoje estou como referência técnica e imunização então acredito que são degrais que eu preciso que eu preciso passar subir vamos dizer assim Então esse é o motivo que não me faz existir [Música] porque você sabe que nos transporta ninguém em carroceria então aqui a gente transporta um paciente dando à luz por exemplo uma índia dando um
processo de parto uma mordida de cobra acidente com da Mata doente qualquer tipo é daqui nesse carro que a gente leva até chegar no Hospital adequado onde tem uma ambulância para levar mais para frente e aí agora em área Eu também já perdi medo de altura perdi medo de alguns animais mais o sapo continua me assustando mas eu quero continuar porque o que eu literalmente amo fazer amo e é isso e já já corta