leitura do livro A Certeza da Fé de Herman bavin narração Luciana bza um a perda da certeza os séculos que precederam a Revolução Francesa 1789 são em vários aspectos diferentes da época subsequente a mudança radical de direção que se introduziu na vida e pensamento das Nações mediante este portentoso evento estilhaçou a continuidade da história somente com grande dificuldade é que podemos nos projetar no pensamento e Vida daqueles que viveram nas eras precedentes eram épocas de autoridade e objetividade enquanto presentemente em nossa era o sujeito proclama sua liberdade e afirma seus direitos em cada área da
existência humana Como se reconhece ao tomar seu ponto de partida na fé a reforma desferiu um esplêndido golpe Na Autoridade que anteriormente havia abarcado a vida em todas suas instâncias ora na reforma protestante o sujeito crente se ergueu contra a autoridade opressiva da Igreja infalível e ousadamente se livrou do penoso jugo de uma velha tradição todavia nos princípios reformados os cristãos permaneciam ligados à palavra de Deus tal como chegara a eles através do antigo e novo testamentos e de semelhante modo na igreja protestante a autoridade dessa palavra era inicialmente tão inabalável que as pessoas raramente
dela duvidavam nem mesmo em seus corações havia fé e certeza ninguém sentia a necessidade de uma investigação até base última da Fé rumo aos fundamentos mais profundos da certeza pesso estam convencidas de possuem a verdade e ningém questiona os escritos sobre os quais a fé se alicerçava n épocas de vigorosa vida religiosa não se examina camente os fundamentos da Esperança fala-se como quem tem autoridade e não como os fariseus após a metade do século XVII a situação gradualmente se alterou o sujeito voltou-se para si próprio tornou-se ccil de seus direitos supostos ou reais e paulatinamente
rompeu todos os laços que o ligavam ao passado Num sentimento ilimitado de liberdade emancipou-se de tudo aquilo que o passado preservava como sagrado toda a autoridade que exigia reconhecimento e obediência deveria primeiramente responder esta questão fundamental mediante qual direito exiges minha obediência a razão crítica despertou Afinal perscrutando até as bases de toda autoridade a fé semelhante a das Crianças ingênua e simples praticamente desapareceu presente a dúvida se tornou a doença de nosso século trazendo consigo uma fileira de problemas e pragas Morais atualmente várias pessoas levam em consideração apenas aquilo que conseguem ver elas deific a
matéria adoram a mamom ou glorificam o poder o número daqueles que ainda proferem um testemunho destemido de sua fé com Alegre entusiasmo e com inteira segurança é comparativamente menor famílias gerações grupos e classes se afastaram de toda a autoridade e romperam com sua fé mesmo dentre aqueles que ainda podem se chamar de crentes quantos devem deformar sua coragem transformando-a numa crença forçada e desnaturada quantos creem apenas como resultado do hábito indolência ou ausência de espírito quantos agem estranhamente mediante uma tentativa doentia de recuperar o passado ou através de um reacionarismo enganador há efetivamente muita celeuma
e movimentação mas pouca consciência genuína pouco entusiasmo autêntico oriundo de uma fé sincera fervorosa e honesta em lugar nenhum isso é mais verdadeiro do que entre os teólogos eles são o grupo mais cético e vacilante de todos possuem uma imensidade de questões dúvidas e críticas para oferecer contudo buscar aquilo que deles esperamos mais do que de qualquer outro grupo Isto é a unidade de perspectiva a consciência do método a certeza da fé e o desejo diligente de dar razão da esperança que neles há é uma tarefa vã esse fenômeno não se restringe a umas poucas
escolas teológicas antes se faz presente em todos os grupos que não enterraram suas cabeças na areia mas que pelo contrário participam da grande batalha das consciências a questão referente aos direitos da fé e o fundamento da certeza é a questão dominante não somente na Vida Prática mas também nas universidades Quanto mais a fé cristã se cusa em lidar com cada questão possível restringindo seu conteúdo material e quanto mais ela se aplica a edificar Um fundamento rigoroso deduzindo tudo o mais logicamente a partir desses princípios fundamentais então mais ela torna-se a interiormente fraca e dividida aqueles
que buscam direção nessa área se deparam com uma matriz heterogênea de opções e opiniões com é vital a fé e a vida de fé o estudo pormenorizado da área dos princípios básicos uma vez que as questões aqui levantadas são de fundamental importância para todos ora não há questão mais importante do que aquela concernente ao fundamento de nossa fé a certeza de nossa salvação ao enraizamento de nossa esperança na vida eterna que vantagem há no conhecimento poder fama e Honra se não responder a questão relativamente ao nosso único conforto logo Nossa área de pesquisa é circunscrita
como um chão sagrado já que nela devemos adentrar com reverência e temor neste ponto tocamos as profundezas mais íntimas do coração humano e assim fazse necessário mais do que em qualquer outra Instância um espírito humilde e despojado mas ao mesmo tempo também é nos necessário uma atitude Franca e Imparcial a fim de entendermos a vida da religião em sua essência intrínseca purificando-a de toda inverdade e erro a sabedoria e a prudência nos ensinam que ao apontar o caminho para obtenção da certeza da Fé devemos considerar primeiramente o que é esta certeza da Fé bem como
os diferentes meios através dos quais os homens a buscam dois o que é a certeza a questão concernente a certeza da fé não é apenas científica e teológica mas é também de importância Religiosa e prática é pois do interesse não só do teólogo mas também do leigo e pertence não somente ao ambiente da sala de aula mas Face de igual modo presente na sala de estar em suma não é uma questão puramente teórica acadêmica mas eminentemente de vida e de prática Não importa quão ímpio ou decaído o indivíduo seja em algum momento de sua vida
ele há de deparar-se com momentos de seriedade veemente todos em algum ponto de suas existências são surpreendidos pelo mistério da vida pelo poder da Morte pelo pavor do julgamento ou pelo temor do senhor como certo homem disse a felicidade nos conduz ao paganismo o sofrimento porém nos leva a Cristo quando o estupor Ébrio no Qual geralmente vivemos se esvai quando o Alegre brilho se desvanece e a consciência desperta quando somos subjugados pelo mistério da vida ou pela dor do sofrimento então nos tornamos todos conscientes da Morte e da Sepultura do julgamento e da eternidade portanto
ninguém pode sustentar a diferença ou se esconder atrás do escudo da neutralidade nesse tocante as pessoas são melhores do que por vezes estamos inclinados a pensar não existem verdadeiros ateus não existem pessoas destituídas de um coração ou de consciência ou mais precisamente Deus jamais se deixa sem um testemunho quer mediante bênçãos quer por meio de julgamentos ele fala a consciência de cada um e a todas as pessoas certamente Muitos buscam sufocar essa voz e insensibilizar suas consciências com um ferro cauterizador e muitos indubitavelmente se tornam hábeis Nesse quesito persistindo em sua falsa segurança ou em
Sua Indiferença desdenhosa até o leito de morte contudo a história nos fornece evidências incontestáveis de que o elemento humano não foi extinto mesmo dentro do pecador mais endurecido a voz do Deus todo-poderoso e onipresente faz Ressoar um acorde responsivo em algum lugar nas profundezas do coração para os perversos todavia não há paz diz o senhor Isaías 48:22 todos nós por natureza arruinam esta paz ninguém permanece inculpado perante a acusação de a consciência com efeito pessoa alguma em si mesma está segura de que as coisas darão certo na vida e depois na morte a segurança da
salvação não é algo que possamos herdar ninguém nasce com ela nem é fruto do esforço humano nemhuma recompensa para obras conscienciosamente realizadas buscamos em vão nos tesouros Desta Terra nos Prazeres desta vida no louvor das massas na fama do intelectualismo na ovação das Artes ou em qualquer coisa daqui debaixo a fim de viver confortavelmente e morrer Alegremente necessitamos da certeza Acerca das coisas invisíveis e eternas que se encontram acima de nós é necessário que saibamos quem nós somos e para onde estamos indo devemos reconhecer que nossa personalidade é mais do que uma onda no oceano
que a batalha moral se encontra bem acima da ordem natural e que os ideais superiores e mais puros da alma não são ilusões mas realidade devemos saber como podemos ser liberados das acusações de nossa consciência e do peso do pecado devemos conhecer quem é Deus e que ele é o nosso Deus devemos assegurar-nos de que estamos reconciliados com ele e podemos portanto nos aproximar da Morte e do juízo sem terror em tudo isto nossa maior necessidade é a certeza Esta é a necessidade mais profunda Embora geralmente inconsciente da alma humana a humanidade buscou pela certeza
ao longo de todas as eras embora seguindo Sendas erradas e mediante métodos equivocados toda a religião não importa quão distorcida seja busca os elementos mais sublimes e mais santos conhecidos pelo homem toda a religião nasce e é sustentada pelo desejo por sobrevivência eterna os crentes valorizam sua religião acima de todas as demais bênçãos todo adepto Genuíno sustenta sua religião com a necessidade central e totalmente Incondicional para ele a religião é vida na sua essência mais profunda a religião é a única maneira de as pessoas obterem aquilo que desejam para esta vida e para a próxima
aquilo que é considerado como o tipo de vida mais real mais Sublime e mais verdadeira é o conteúdo e tema da religião nela nos certificamos de nossa existência Incondicional e sofredora ciência e verdade religiosa quando confrontada pelos mais profundos da vida a ciência tem assumido muitas vezes uma postura que conflita com a seriedade dessas mesmas questões Isto é indigno da própria ciência que geralmente se contenta em caracterizá-las como importantes apenas para os homens inferiores e inexperientes mas insignificantes para a comunidade científica tal crença todavia nada mais é do que uma ilusão vã e jactanciosa ora
de forma alguma desejamos menosprezar as grandes realizações da ciência moderna a qual tem feito descobertas e façanhas espantosas a ciência enriqueceu e facilitou imensamente a existência humana todos nós de maneira grata aproveitamos o conhecimento e o poder que ela nos deu sobre a natureza Embora tenha muito oferecer a nossos sentimentos e entendimento a ciência no entanto não suprime insatisfação do coração na hora do sofrimento e perante a morte que bem obtemos da conquista da natureza das bênçãos da civilização dos triunfos da ciência e do gozo das Artes que vantagem tem o homem se ganhar o
mundo inteiro e perder sua alma a ciência equivoca-se caso Ignore esses sérios problemas da vida humana com um dar de ombros indiferente O discernimento do bem e do mal a de pecado da justiça e do juízo as acusações da consciência o temor da Morte e a necessidade de reconciliação são tão reais como a matéria a energia como a extensão e o número de fato elas são realidades de tremenda importância pois governam o mundo a humanidade a vida e a história agir como se não existissem demonstra uma falta de amor pela verdade contemplá-las com desdém demonstra
ausência de autoconhecimento e dispensá-los como imagens datadas e delírios tolos evidencia uma Total superficialidade se a ciência relega todas essas maravilhosas realidades ao domínio dos sonhos temos pelo menos o direito de indagar a cerca das bases a partir das quais ela Age dessa forma portanto não confiamos cegamente em todos os pronunciamentos da ciência Ora se a ciência afirma a inexistência de Deus do bem e do mal do juízo e julgamento do céu e inferno então que ela nos forneça provas suficientes e incontroversas disso é necessário pois que estejamos absolutamente certos da Verdade dessa negação de
fato tão certos de forma a podermos confiantemente viver e morrer por ela o que se encontra em jogo é Nossa eternidade final de maneira que neste ponto nos é necessária a certeza firme inabalável e divina consequentemente com relação a isso uma crítica rigorosa e Severa mostra-se adequada a ciência pode dizer o que ela entende com culpa e punição vida presente e vida após a morte entretanto não pode nos pedir para sustentar a eternidade numa frágil teia de aranha quando nossos mais altos interesses Nossa bem-aventurança ou infortúnios eternos estão em jogo devemos nos contentar com nada
menos do que a certeza Divina infalível não deve haver pois espaço para dúvida todavia não é difícil perceber que a ciência jamais pode oferecer-nos tal certeza como efeito a ciência pode estar certa ao rejeitar um ceticismo que leva a dúvida ao Status de um novo Dogma mas parte alguma de sua vasta área de pesquisa é capaz de fornecer-nos algo que não seja humano e portanto de certeza falível isso é especialmente visível quando ela se Ventura na área da Verdade religiosa ética filosófica e suprassensível pois aí então encontra-se de forma imediata em divergência com o poderoso
testemunho de toda a humanidade de todos os tempos e lugares cada alma humana é acossada por uma inquietude que nenhum raciocínio científico é capaz de dirimir essas questões derradeiras assomam nos corações tanto de doutos quanto de indoutos os maiores gênios do mundo se debateram com elas a filosofia teve nelas seu ponto de partida e nelas se encontra a origem de todas as religiões ademais a ciência no senso comum do termo ultrapassa sua competência e poderes quando tenta estudar e resolver esses problemas mais profundos do homem ora a ciência pode Honrar O Mistério do ser mas
jamais explicá-lo precisamente no ponto em que mais nos serviria ela tem de admitir sua impotência deixando-nos portanto mudos ela desconhece completamente nossas origens nossa essência Nossa destinação e não pode portanto nos dar o pão que irá matar nossa fome ou a água que irá decedent nossa sede de semelhante modo ela também não é capaz de pronunciar as palavras que darão vida a nossas almas adiante e detrás à esquerda e à direita acima e abaixo em suma por toda parte a ciência descobre mistérios atrás de mistérios já Após uma pequena investigação ela se defronta com o
desconhecido cujo conhecimento nos é indispensável ela se encontra cercada por um mundo invisível no qual não pode adentrar não é de se admirar que aqueles que antes buscaram na ciência a nossa salvação estão agora afastando-se desapontados procurando na arte e no idealismo na deificação do homem e no culto ao herói nas religiões ocultas e orientais aquilo que a ciência não pode fornecer no entanto nossas almas ainda se necessitam isso apenas confirma a verdade de que nossos corações foram criados por Deus e permanecem inquietos até que encontrem descanso nele a tarefa da teologia de todas as
ciências a teologia é aquela que mais do que qualquer outra lida conscientemente com esses mistérios da vida humana ela possui a tarefa glorios não somente de mostrar-nos o caminho que atravessa mas que também conduz para fora desta vida de forma que nas vicissitudes de nossa existência e na hora de nossa morte podemos ter certeza respeito dessas coisas que estão pré-determinadas a teologia Deve nos conduzir ao descanso nos braços de Deus na verdade uma teologia deve demonstrar seu direito e sua verdade não apenas na área da ciência mas também e mais poderosamente Em meio às terríveis
realidades da vida no leito da enfermidade e no leito da morte no sofrimento e na necessidade no perigo e na morte à consciência oprimida pela culpa e ao coração sedento por reconciliação e paz se a teologia se vê impotente perante essas situações e se encontra portanto incapaz de oferecer qualquer forma de consolação então é indigna de seu lugar dentre as ciências falando de maneira geral certamente não podemos esperar que a ciências serão as primeiras a nos apresentar verdades reconfortantes não podemos pedir ao cientista ou ao Historiador para pouparem aquelas imagens e conceitos com os quais
crescemos e que se nos tornaram pois queridos a parte de qualquer uso prático a verdade tem sempre valor duradouro a a verdade é sempre vida sempre nos liberta e sempre nos coroa como Reis a fim de governos tudo aquilo que ela toca com sua luz como uma ciência a teologia está sujeita a estas regras ela não pode proclamar como verdadeiro aquilo que é incapaz de sobreviver ao teste da verdade Não importa quão ricamente confortável falsamente confortável seja para o coração PI que é nutrido com essa verdade no entanto Há também um lado prático na teologia
que a torna semelhante à Medicina o conhecimento teórico do médico é indubitavelmente muito importante porém seu valor e o valor de sua ciência somente são reconhecidos quando ele cura as pessoas semelhantemente a teologia deve prescrever medicamentos para as dores da Alma deve ser capaz de dizer como e de que modo podemos nos ver livres de nossa culpa reconciliados com Deus alcançar a paciência e esperança em meio à tribulações da vida e encontrar motivos para entoar louvores mesmo em face da morte uma teologia que não se preocupa com essas coisas e se dedica apenas ao estudo
crítico e histórico não é digna do nome teologia e por sua vez um teólogo que está familiarizado com todas as mais recentes publicações e novidades de sua ciência e no entanto permanece mudo perante o leito de enfermidade não tendo resposta às questões do coração do pecador perdido também não é digno de seu título e Ofício um professor de teologia me disse certa vez que nos seus dias de estudante ele foi introduzido a toda forma de publica científicas embora Nunca lhe tenham dado a resposta para a seguinte questão como faço para ir para o céu todavia
é a resposta a essa questão que dá à igreja e a teologia a razão para suas existências é sobre essa questão que versam a pregação e a visita familiar a teologia moderna cujos desenvolvimentos não devem ser subestimados não titubeou por causa da argúcia científica de seus inimigos antes sua impotência tornou-se Evidente na prática ela fracassou no púlpito e na visita familiar porque não tinha conforto ao oferecer tanto para a vida quanto o momento da morte não foi a academia mas a igreja não foi o seminário mas o púlpito não foi a apologética mas o leito
da enfermidade e o leito de de morte que evidenciaram a pobreza da teologia moderna continuamente a história e experiência nos mostram aquilo que mais se espera da teologia ela deve nutrir a nossa certeza da Fé caso contrário em vez de buscar a ajuda de uma ciência estabelecida que fala eloquentemente acerca da doença sem contudo curá-la o enfermo volta se para o primeiro charlatão que aparecer a certeza da Fé porém o que devemos entender por essa certeza da fé que é tão importante para a teologia certamente não é o mesmo que a verdade embora as duas
estejam intimamente relacionadas a verdade é a concordância entre pensamento e realidade expressando desse modo uma relação entre os conteúdos de nossa consciência e o objeto de nosso conhecimento a certeza todavia não é uma relação mas uma capacidade uma qualidade um estado do sujeito cognoscente a consciência de determinada pessoa pode assumir diferentes estados em reação a diferentes afirmações ou proposições caso tal consciência não conheça absolutamente nada acerca de uma questão ela pode pode ser completamente indiferente se pesando os prós e contras não tenha sucesso em chegar a uma decisão no tocante à verdade ou falsidade do
assunto ela pode ser lançada num estado de dúvida se por qualquer razão a consciência inclinar-se mais para um lado do que para outro ela pode achar-se em vários estados de opinião de conjetura ou de confiança entretanto também pode alcançar um estado de completa certeza com relação a alguma afirmação a certeza existe quando o espírito encontra repouso absoluto em seu objeto de conhecimento cada uma de nossas faculdades encontra repouso naquilo pelo qual por natureza elas se empenham desse modo a mente ou a consciência repousam apenas no verdadeiro Isto é de maneira mais profundamente Concebida apenas em
Deus que é ele mesmo a verdade o erro e as mentiras portanto conflitam diretamente com a natureza original de nosso espírito este mesmo num estado decaído honra a mentira somente quando ela se encontra sob a aparência da verdade apenas a verdade satisfaz e responde às necessidades do Espírito nela nosso espírito encontra descanso a certeza é pois repouso paz bem-aventurança enquanto a dúvida a conjetura e a opinião sempre envolvem certo grau de desconforto e inquietude a certeza é a condição normal e natural do Espírito assim como a saúde É a do corpo por conseguente a própria
busca pela verdade é bela um dom precioso todavia ainda mais belo e precioso é encontrá-la fruí-la e andar na sua luz a dúvida por outro lado jamais é a verdadeira condição do homem antes é anormal Como a doença por vezes devido ao erro e à mentiras que assolam nossas vidas a dúvida faz-se necessária da mesma forma que uma febre pode trazer benefícios para o corpo e uma tempestade para a atmosfera mas em si mesma a dúvida é sempre um mal doloroso aquele que duvida é como uma onda no oceano embora creia que seja uma rocha
contudo existem diferentes tipos de certeza os filósofos gregos já distinguiam entre a certeza oferecida pelos sentidos e aquela oferecida pela razão dentro deste último domínio Aristóteles posteriormente distinguiu entre a certeza imediata que se deriva dos princípios primeiros da ciência é a certeza mediada oriunda da demonstração e provas esses três tipos de certeza são reconhecidos por todos exceto pelos céticos mais radicais Todos nós temos certeza acerca de coisas que podemos perceber com os sentidos também não duvidamos dos princípios mais básicos autoevidentes e não passíveis de demonstração das várias ciências tais como os axiomas Nos quais se
baseia a matemática semelhantemente também estamos completamente Seguros a respeito das verdades que na ciência são inferidas mediante a dedução lógica a partir de uma premissa estabelecida e que se encontra portanto baseada em Provas suficientes Mas além desses tipos de certeza científica há outro tipo a certeza da fé as pessoas podem divergir amplamente no tocante ao valor dessa certeza todavia sua existência está além de qualquer dúvida mesmo a filosofia foi obrigada a levar a fé em conta foi Emmanuel Kent 1724-1804 que além da certeza empírica e lógica também abriu caminho para certeza moral o modo pelo
qual Kent fez isso não é nosso entretanto podemos agradecer a filosofia Pois por meio de seus pensadores mais perceptivos reconheceu a existência e os direitos de outra forma de certeza além daquela estritamente científica é preciso de fato cegar deliberadamente a si mesmo para duvidar da realidade de tal certeza pois na área da religião e moralidade ninguém baseia sua certeza na prova C ninguém sustenta a existência de Deus a imortalidade da alma a mediação de Cristo a autoridade das escrituras e várias outras crenças na base do argumento racional as pessoas aparentemente carregam consigo o conhecimento de
que a ciência não é capaz e não deve se intrometer Em tais questões todas as religiões mais estruturadas afirmam estarem baseadas na revelação e nenhuma delas se configura como produto simplesmente do entendimento racional em cada religião as provas vieram posteriormente ao fato elas não abriram o caminho mas o refizeram as provas são concebidas para aqueles que não creem ao dialogar com o descrente o crente não pode se contentar em afirmar eu creio logo é verdade antes ele deve buscar fundamentos não para sua própria fé mas para torná-la mais aceitável aquele de Fora ao criticismo Tácito
e assim remover todas as desculpas para descrença a apologética é o fruto jamais a raiz da fé os argumentos através dos quais o apologeta busca promulgar e confirmar sua fé são frequentemente bastante frágeis se sua fé tivesse que se sustentar sobre esses argumentos ela certamente estaria edificada sobre Um fundamento bastante fraco todavia ela está enraizada em algo muito mais profundo do que esses raciocínios concebidos após os fatos não alcançamos e sustentamos nossas convicções mais profundas nossa elas não são produtos do entendimento ou da vontade essas crenças estão localizadas mais entranhadas nos recônditos da alma no
coração elas são partes do próprio homem são por assim dizer parte de sua essência elas são o indivíduo tal como nasceu cresceu e foi moldado num ambiente particular J G Fit 17624 disse que a filosofia pela qual um homem op determina o tipo de homem que ele será a estrutura do pensamento de determinado indivíduo muitas vezes nada mais é do que a história de seu coração testemunho como base da certeza essa certeza moral no sentido amplo do termo apropriadamente ser chamada de certeza da Fé Mas como ela se origina por meio de um indivíduo que
se assenta e refletindo sobre sua natureza moral postula alguns dogmas abstratos certamente que não normalmente a certeza da Fé nasce na infância quando a consciência do sujeito através da fé adota os conceitos Morais e religiosos reconhecidos como autoridade por uma comunidade específica em última análise portanto a criança identifica seu bem-estar com esses conceitos ora a certeza da Fé difere em dois aspectos daquela que é derivada da observação e do pensamento Vista objetivamente a crença oriunda do pensamento é Aparentemente a mais sólida a certeza científica se encontra estabelecida sobre bases válidas para todos os seres Racionais
sua confiabilidade pode ser demonstrada a qualquer criatura dotada de razão de forma que os resultados genuínos da ciência T um poder de compelir nossa razão qualquer um que não é convencido pela prova científica Lança dúvidas sobre sua própria sanidade Este não é o caso contudo com relação a certeza na religião ou ética assim como a fé não pode ser minada pelo argumento científico ela também não pode ser convincentemente estabelecida por ele assim a certeza da fé se apoia sobre a revelação a autoridade uma palavra Divina seja verdadeira ou presumida sendo sempre portanto apenas um fruto
da Fé uma fé que por quaisquer razões reconhece essa autoridade e se curva perante ela em obediência nesse aspecto em questão a certeza científica é indubitavelmente mais Universal e mais forte do que a certeza adquirida pela fé Todavia o tipo de certeza que é válido e apropriado na ciência é completamente inadequado na religião a certeza científica Não importa quão firme e sedimentada seja continua sempre baseada no argumento humano podendo pois ser destruída por investigações ulteriores ou mais profundas uma certeza assim falível e discutível é insuficiente na área da religião já que nesta necessitamos de uma
certeza infalível Divina que Ceda toda dúvida humana e jamais venha a abandonar e com a qual possamos contar aqui no tempo e na eternidade ademais a certeza científica transferida para o domínio da religião transformaria esta numa questão de raciocínio isso demandaria um nível de desenvolvimento intelectual que poucos possuem tornar-nos I sujeitos a uma hierarquia científica até mesmo em nossas questões mais pessoais uma hierarquia que excederia a Roma pré-reforma em intolerância e tirania a liberdade de consciência cessaria de existir tal certeza científica transportada para a vida espiritual produziria em última análise o oposto daquilo que a
religião por nature e pela convicção Universal deveria ser a religião é em primeiro lugar fé Isto é humildade confiança dependência obediência simplicidade e docilidade entretanto na religião a certeza científica geraria orgulho ao invés de humildade intelectualismo ao invés de simplicidade de coração ex jactância ao invés de docilidade o saber ensoberbece mas o amor edifica consequentemente não deveríamos nos queixar mas sermos gratos pelo fato de que além da científica existe uma outra forma de certeza a saber a certeza da fé que não depende do discernimento humano falível mas sim da inabalável Autoridade Divina se todos aceitassem
essa Autoridade Divina na religião e desse modo não houvesse dúvidas sobre onde e como podemos encontrá-la Então ninguém rejeitaria como duvidoso e incerto o conhecimento que é adquirido pela fé mediante Esse testemunho assas infalível certamente ninguém objeta que parte considerável de nosso conhecimento apoia-se sobre o testemunho de outrem podendo desse modo ser obtido somente por meio da fé a fé pode ser Concebida num sentido ainda mais amplo de forma que inclua Nossa confiança no testemunho de nossa própria consciência logo as conjecturas e princípios da ciência como um todo bem como das ciências particulares podem nos
garantir a certeza somente com base na fé que nossa percepção sensorial seja confiável que o mundo externo possui uma existência objetiva que as leis do pensamento correspondem aquelas do ser e que os chamados axiomas são o firme fundamento para todo conhecimento estes e outros postulados não podem ser provados mas são estabelecidos pelo testemunho imediato de nossa consciência anteriormente a todas as provas qual qu quer um que se recuse a proceder partindo dessa base bloqueia seu próprio caminho em direção à verdade tornando-se vítima da dúvida mas também no sentido mais restrito e verdadeiro do termo a
fé como confiança no testemunho de outrem também possui um importante papel na ciência todo homem mesmo o mais dto é limitado em seus dons e energias assim como no espaço e no tempo aquilo que ele pode investigar livre independentemente por si mesmo constitui apenas uma minúscula parcela do domínio ilimitado da ciência indubitavelmente ele deve a maior parte de seu conhecimento a investigação de outros e aceita o testemunho deles como sendo verdadeiro de maneira ainda mais significativa ao lado das ciências naturais que são construídas sobre a observação há a ciência histórica que não possui outra opção
a não ser construir sobre os testemunhos acerca do passado embora permaneçam sujeitos a críticas esses testemunhos sempre exigem uma grande medida de confiança por parte do Historiador qualquer um que exija provas matemáticas ou experimentais na história é forçado a desafiar sua natureza científica e jamais alcançará qualquer grau de ser não há Ciência sem a confiança pessoal no testemunho alheio consequentemente o fato de a religião e a teologia não se apoiarem na observação pessoal mas no testemunho Divino podendo somente sernos demonstradas mediante a fé em si mesmo não prova nada a respeito da veracidade delas porque
o conhecimento que obtemos do testemunho de outros deveria ter um valor menor do que o conhecimento que obtemos de nossa própria investigação as mesmas limitações que importunam os demais também nos expõe a todos os tipos de erros e falhas tudo depende se a pessoa em cujo testemunho depositamos Nossa confiança seja confiável e segura caso o seja então o conhecimento que obtemos sob sua autoridade pode possuir mais verdade do que aquele que obtemos mediante nossa própria observação falível uma vez que na religião não é um ser humano falível mas Deus que se apresenta como testemunha segue-se
que a partir desse ponto de vista não há ciência mais segura de seu assunto do que a teologia sua base e força consistem no Deus dixit isso é assim diz o senhor que a autoridade humana pode ser comparada a do todo-poderoso e na palavra de quem podemos confiar mais plenamente com a mente e o coração no sofrimento e na morte no tempo presente na eternidade do que no testemunho daquele que é a própria verdade dada a existência de uma Autoridade Divina o problema na religião não é se ela merece ou não nossa fé e confiança
todos admitiam isso abstratamente o problema surge tão logo nos questionamos Onde se encontra a Autoridade Divina e como podemos reconhecê-la pois em seguida a humanidade se divide infinitamente na história da humanidade inúmeras religiões surgiram ao lado e após as outras cada uma delas reivindicando ser a verdade mesmo dentro de uma mesma religião os adeptos se encontram divididos a respeito da natureza autoridade conteúdo e escopo da Revelação isto Contudo não pode nos levar à dúvida se a verdade pode ou não ser encontrada pois tal dúvida violentar nossa natureza racional e moral que jamais pode escapar ao
impacto da majestade de de Deus no entanto instilar noos ia uma profunda humildade e um desejo honesto de buscar a verdade apenas onde possa ser encontrada por uma humanidade cega errante a questão com relação à certeza da Fé portanto desdobra-se em duas partes pode dirigir-se à verdade da religião que venhamos a confessar ou a nossa parcela pessoal na salvação prometida por essa mesma religião há uma certeza que pertence à verdade religiosa objetiva e uma certeza que pertence à parcela subjetiva nos benefícios prometidos por tal verdade essas duas espécies de certeza sem dúvida encontram-se intimamente interligadas
todavia deveriam ser distintas e não confundidas entre si o Ato da Fé por meio do qual reconheço a verdade difere daquele mediante o qual me asseguro de minha própria Salvação O Poder da certeza embora a certeza científica se apoie em fundamento racional e portanto mais Universal do que a certeza da fé esta todavia ultrapassa de longe aquela no que se refere ao poder obo Isto é relativamente à força do vínculo pelo qual a alma na fé abraça seu objeto tão logo um testemunho é aceito e reconhecido como Divino evidentemente passa a governar o homem mais
poderosamente do que qualquer outra palavra as convicções da Fé são as mais profundas as mais íntimas as mais queridas e ao mesmo tempo as mais de todas não existem guerras mais terríveis do que aquelas que são travadas pela religião no entanto não há devoção comprometimento abnegação amor fidelidade paciência ou virtudes em geral que sejam tão maravilhosamente ricas e sublimes como aquelas que brotam de uma vida de comunhão com Deus a fé apenas para nomear uma dessas virtudes possui seus milhares de Mártires aliás seus milhões a ciência por sua vez apenas alguns poucos o famoso Johan
Kepler 1571 16630 praticou a Astrologia contrariamente à suas convicções com o intuito de se sustentar ele justificou sua conduta afirmando que a mãe carente astronomia teria de ser sustentada pela sua filha fútil a Astrologia por três vezes Galileu 1564 16672 renegou perante a inquisição suas convicções científicas acerca do sistema copernicano seu medo da execução foi maior que seu amor à Ciência ora quem deseja morrer pela afirmação de que a Terra se move em última análise isso faz pouca diferença e é sempre possível voltar atrás posteriormente quem afinal de contas arriscará suas possessões reputação e sua
vida por uma verdade puramente teórica a certeza científica não é capaz de se manter frente à fogueira e à estaca já a certeza da fé é completamente diferente ela possui uma intensidade muito maior é intip visto que se encontra enraizada no coração humano e envolve cada fibra de nossa existência caso alguém se oponha a ti pautando-se nos princípios é quase impossível convencê-lo do contrário na verdade é impossível arrazoar com tal pessoa o homem é sempre governado pela sua religião mesmo nos casos mais imparciais com efeito essas religiões do homem encontram-se no fundamento de todas as
diferenças que dividem a humanidade Por conseguinte o verdadeiro crente não considera nada demasiadamente penoso para a preservação da Fé seja a tortura o ferro em brasa a cruz ou a estaca sua fé é mais preciosa do que seu lar ou nação esposa ou filhos sua própria vida e o mundo inteiro Pois aquele que perde sua fé perde a si mesmo sua alma e sua salvação eterna mas aquele que mantém sua fé também mantém a si mesmo ainda que Deva perder sua vida a certeza da fé é pois o mais perfeito descanso a mais Sublime liberdade
de Espírito ela não hesita é heroica e destemida não obstante as incontáveis hostes malignas a fé teme somente a Deus e nada mais ela está mais certa de si do que o sol brilhando no céu pode duvidar de tudo a não ser de si própria e com o mesmo direito pelo menos que Descartes propôs seu cogito penso logo existo o crente por sua vez propõe o credo ergum ergo Deus este creio logo existo logo Deus É três A Busca Pela certeza dado que a certeza da fé é de tão grande valor e importância não é
de surpreender que a humanidade sempre buscou por el sem o descanso de seu coração falta ao homem a paz de sua alma foram várias as formas pelas quais o ser humano tentou alcanar a certeza nenhum sacrifício foi grande demais nenhum castigo tão Severo nenhuma vida tão valiosa ele se empenhou com obtê-la mediante a observância de leis e rituais com sacrifícios cruentos ou não por meio de flagelação e mortificação da Carne através de orgias desregradas bem como de um ascetismo rigoroso a história da religião nos mostra esforços e Sofrimentos profundos e grandiosos com os quais desastres
naturais revoluções sociais e guerras nem sequer se comparam cada página dessa história interior nos é narrada com lágrimas suspiros súplicas lutas e tentações A incerteza a dúvida o medo o terror e a ansiedade devoram o coração e a vida das pessoas os hos de todas as nações estão repletos de Lamentações comoventes a futilidade do mundo já foi expressa nos termos mais eloquentes os maiores e mais nobres dentre a raça humana T sido sujeitados às mais terríveis lutas interiores de semelhante modo alguns dos mais sublimes poemas extraíram seu conteúdo a partir do sofrimento a filosofia por
seu turno nasceu da ponderação a respeito do Enigma da Morte a origem e meta das Artes e ciências é tornar a vida mais suportável e a religião tomada como um todo é uma tentativa colossal de sustentar o homem com a ajuda da divindade na luta contra a temível e dura natureza os adeptos do prazer e da sensualidade assim como os artistas e cientistas ocultam sua enervante ansiedade por trás de uma máscara de indiferença por meio do prazer e trabalho eles buscam distrações para a inquietude de suas almas Essas são formas de escapar da vacuidade de
suas existências e da voz recriminador de suas consciências em suma para escaparem de si mesmos Blaze Pascal 1623 166 do falou acertadamente ao afirmar que a totalidade das atividades negócios diversões e Prazeres que observamos na humanidade deriva de um simples fato Eles não conseguem ficar quietos em seu quarto a certeza nas religiões não cristãs não nos é possível examinar e julgar ainda que brevemente as várias religiões a partir desse ponto de vista embora sejamos tentados a isso mas um fenômeno merece efetivamente nossa atenção mesmo que de passagem a certeza de um indivíduo com relação ao
seu estado e seu futuro não é exclusiva do cristianismo já que também se encontra presente em outras religiões conteúdo básico da religião pagã era o temor ansioso e sem dúvida hesitante religio desid daimonia fora da Redenção em Jesus Cristo todos os homens vivem no temor da morte em Servidão sem Deus e sem esperança no entanto o mundo Pagão produz não apenas respostas do medo mas também de confiança e repouso todas as fés religiosas inspiraram seus Mártires aqueles que testificam com seu próprio sangue um famoso exemplo é Sócrates 469 399 a de CR que em 399
a de CR foi condenado em Atenas por se desviar da religião do Estado por trazer novos deuses e verter a juventude com seus ensinamentos no discurso que fez em sua defesa Sócrates afirmou que viveu toda sua vida a serviço da divindade de forma que caso os juízes desejassem perdoá-lo sob a condição de que ele abrisse mão de sua vocação isso é o ensino da filosofia ele teria que recusar escolhendo obedecer antes a Deus do que aos homens ora ele não estava com medo da morte mas sim de fazer algo profano e injusto a certeza no
catolicismo romano a Igreja Católica Romana seguindo Santo Agostinho 354 a 430 depo de. crist chega mesmo a negar a possibilidade de um cristão estar certo de sua salvação eterna salvo algumas poucas exceções e portanto por meio de uma revelação especial da parte de Deus a certeza alcançada pela observância dos decretos da igreja é e continua sendo nada mais do que uma opinião uma conjectura uma opin conjectural não importa o quão aparente seja tal certeza jamais pode se tornar uma convicção inabalável uma certeza completa e inesp não há lugar para isso no sistema de Roma já
que ela não vê a salvação como tendo sido assegurada em Cristo e celada no coração do crente pelo testemunho do Espírito Santo a salvação Depende das boas obras e assim sendo permanece sempre condicional a Igreja Católica Romana jamais permite que o Cristão se torne independente e caminhe com seus próprios pés nunca o deixa ir mas sempre o manté retido mesmo após sua morte no purgatório somente a igreja pode abrir e fechar os portões do Paraíso no catolicismo portanto a fé cristã jamais se volta para esta questão como sei que creio verdadeiramente e como me asseguro
de minha salvação antes ela concentra-se numa questão completamente diferente a saber como observo os decretos da igreja e como de acordo com seu julgamento e pronunciamento recebo a vida eterna ora contanto que o leigo Faça aquilo que a igreja ordena ele não precisa de se preocupar a igreja toma conta do resto todavia no seu esforço para alcançar a vida eterna mediante as boas obras o Cristão romanista pode seguir apenas duas direções ele pode facilitar as coisas para si mesmo e se não em teoria pelo menos em prática perguntar a si próprio qual é o mínimo
com o que posso subsistir ele pode levar a sério a vida eterna e exigir de si mesmo uma observância estrita de todas as ordenanças da igreja em ind além se obrigar a fazer mais do que é exigido como resultado no catolicismo há sempre duas formas de cristãos aqueles que ocasionalmente se confessam e vão à missa observam os jejuns prescritos e no mais vivem uma vida superficial e despreocupada confiando na igreja para sua salvação e aqueles que não se satisfazem com Tais externalidades e buscam viver uma vida religiosa pura por meio do misticismo e ascetismo separando-se
do mundo e negando a carne para assim achegarem se à presença de Deus longe de nós denunciarmos de forma peremptória esta última forma mediante o juízo protestante segundo o qual uma vez que tal Piedade procede de um falso princípio a justificação pelas obras não possui portanto nenhum valor para Deus pois por mais verdade que tal juízo contenha antes de o emitirmos é necessário lembrar que a justificação pelas obras católica é muito mais preferível do que a justificação pela boa doutrina de alguns protestantes pelo menos a justificação pelas boas obras a próximo ao passo que a
justificação pela boa doutrina produz apenas desamor e orgulho ademais não podemos nos manter cegos para tremenda fé arrependimento Genuino sujeição completa e amor fervoroso por Deus e pelo próximo que são evidentes nas vidas e obras de vários cristãos católicos a vida cristã É Tão rica que desenvolve sua glória plena não apenas numa única forma ou dentro das paredes de uma só igreja contudo a piedade Católica mesmo na sua melhor forma é diferente em caráter da Piedade do protestantismo ela sempre permanece aferrolhado não emancipada formal e legalista a ser da enra ausente deix espo para seguinte
questão que fiz suficiente maiso delber Deus fiéis eost a vida espiritual oscila entre a falsa segurança e aente incerteza o catolicismo não compreende o ensino das escrituras segundo o qual o espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus e que todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus a certeza na reforma a reforma todavia troue à tona várias mudanas esse poderoso movimento nasceu de uma profunda necessidade pela segurança da salvação Martinho Lutero 1483 1546 de forma vã buscou a nas boas obras ele encontrou tal segurança na livre graça
de Deus na justificação do pecador pela fé somente quando descobriu esse tesouro Lutero se postou contra toda a cristandade de seu tempo com ousadia heróica sua fé estava tão firmemente ancorada e sua esperança tão assegurada que através delas ele ousou resistir sozinho de fronte todos seus oponentes Deus era por ele quem poderia pois ser contra ele a certeza revelou-se uma característica não apenas da Fé de Lutero Mas também da Fé de todos os reformadores isso não significa dizer que eles não experimentaram tentações e tribulações do mesmo modo não podemos supor que jamais Foram assolados pela
dúvida todos eles passaram por períodos de temerosa ansiedade e profundo desânimo não obstante sua grande fé Lutero não raro travava suas batalhas contra o diabo e a razão frequentemente tinha dúvidas acerca da justiça e da bem-aventura de seus empenhos reformistas de semelhante modo também Felipe melanon 1497 1560 a miúde se via com o espírito Oprimido João Calvino 1509 1564 testifica sem dúvida a partir de sua própria experiência que um crente pode abrigar várias dúvidas e preocupações em Entretanto a diferença entre os reformadores e seus discípulos foi que não cultivaram ou nutriam Tal condição eles não
viam bem algum nisso e não se contentaram pois em permanecer na dúvida lutaram para se livrar da dubiedade e suplicaram para serem libertos dela os reformadores a superaram mediante O Poder da Fé sua coragem estava enraizada na humildade sua autoconfiança na confiança em Deus e sua liberdade e independência na dependência sincera de sua graça somente Suas Emoções não regiam sua razão embora a razão e a vontade não negassem os direitos de suas emoções ora suas mãos jamais ficaram ociosas coração cabeça e mãos trabalharam conjuntamente numa excepcional Harmonia Eles não eram pietist com o olhar e
o coração voltados apenas para vida religiosa nem místicos que se recolhiam em isolamento abandonando o mundo a seu próprio destino também não eram intelectuais e moralistas que falharem em fazer justiç ai da vida emocional a despeito das diferenas de disposição e Carter todos os reformadores possuíam uma natureza profundamente religiosa contudo ou talvez Justamente por isso eles mantiveram seus olhos abertos para as necessidades da vida familiar social econômica e política com efeito desconheciam todo pietismo antinatural e doentio na verdade suas vidas religiosas eram inteiramente saudáveis Claras e simples todavia ardentes e profundas a piedade desses homens
Era bastante diferente da Piedade dos romanistas os reformadores entenderam a essência do cristianismo de um modo completamente novo e original retornando à fonte viva e fresca das escrituras eles auram um espírito e um poder que transformou a topografia da Europa Cristã foi a piedade do salmistas profetas e Apóstolos que se reacendeu em seus corações se expressou por meio de suas palavras eram imitadores de Cristo que embora filho de Deus tornou-se filho do homem para quem nada do que é humano lhe é estranho a descrição da Fé desses homens também corresponde a esse critério pois neles
a fé não é esperança nem opinião nem suposição Ou conjectura nem mesmo conhecimento e concordância mas sim conhecimento seguro e firme confiança uma consciência e convicção tão fortes e derradeiras que excluíam toda dúvida e medo basta atentar para a simples mas vigorosa linguagem presente no catecismo de Heidelberg do Cristão que dá razão da esperança que há nele ele está firmemente seguro de que é um membro vivo da igreja de Jesus e o será eternamente ele vive com confiança sincera de que não somente os outros Mas também ele pessoalmente foi Perdoado e agraciado com a justificação
e salvação eternas apenas pela graça de Deus e pautadas no mérito de Cristo nessa confissão o Cristão faz sua voz ser ouvida ele permanece na Liberdade dos filhos de Deus ora o espírito de Deus fica com o seu espírito que ele é um filho de Deus ele crê por isso ele declara nesse momento a vida cristã recebe sua independência com efeito ele não depende de nenhuma outra criatura está cativa apenas a Deus e a sua palavra a fé não se encontra com mais nada nem ninguém neste mundo a não ser Deus a cza na ortodoxia
e no pietismo esse Alegre acorde ecoou na época dos cânones de dort contudo gradualmente esmoreceu e a incerteza e o medo adentraram na linguagem da fé a fé do século X tornou-se a ortodoxia do século X7 as pessoas não confessavam mais suas crenças mas simplesmente criam em suas confissões dentre a maior parte das pessoas essa ortodoxia preparou o caminho para o racionalismo a religião tornou-se uma questão de razão a verdade concernente às coisas espirituais passou então a depender de provas históricas e de argumentos Racionais e a certeza da fé imiscui se com a compreensão racional
por outro lado dentro de se círculos menores de crentes surgiu outra reação eles não estavam satisfeitos somente com o conhecimento racional antes buscavam a essência da salvação na experiência tal movimento gradualmente se converteu no pietismo a medida em que mais pessoas dotadas de fé genuína olhavam para as formas adulteradas do desenvolvimento da Fé histórica e temporal elas passaram a perder sua própria certeza e crena com efeito deveria existir uma diferença essencial entre essas diferentes fés uma diferença como aquela que há entre a vida e a morte e entre a confiança genuína na graça de Deus
em Cristo e o puro assentis racional à verdade no entanto havia um grande risco de confusão ao engano e falsa segurança ora apontar a diferença entre a verdadeira e a falsa graça entre os nascidos de novo no seu pior estado com os ir regenerados no seu melhor estado era de fato uma tarefa difícil e exigente desse modo o crente estava disposto a se voltar para si mesmo a fim de se assegurar acerca da realidade de sua própria fé nesse autto exame ele era imediatamente conduzido pelas obras de meditação dos escritores devocionais eles passavam a vida
da Alma desde seus primórdios mais recônditos analisando seus movimentos mais ocultos descrevendo-os numa longa série de sinais sutis mas geralmente confusos jamais anteriormente ou posteriormente a vida secreta da comunhão com Deus foi estudada de modo Tão Profundo e sério confrontando a ortodoxia fria do seu tempo esses hom afirmavam que o conhecimento não era suficiente a fé real é experiência não basta escutar apenas o domínio das coisas espirituais tal como descrito por outros é priso tê-lo visto os próprios olhos falar a respeito de uma doena como o faz um médico experiente não quer dizer muita coisa
é preciso pois ter sofrido a enfermidade e a cura O primeiro é simples conhecimento escrito histórico e frio somente por meio da experiência entende-se em primeiro lugar a verdade a experiência descobre nas palavras das escrituras um sentido espiritual inteiramente novo revela-nos uma verdade por trás da verdade não porque essas palavras querem dizer uma outra coisa mas porque experiencias e Delas nos beneficiamos em nossos corações gradualmente expandiu-se a lista de experiências exigidas para o caminho ao céu começara com um profundo senso de miséria uma experiência dolorosa de culpa e o raio fatal da Lei sinaítico todo
aquele que não tenha ouvido o juízo de Condenação proclamado pela lei não tem necessidade da declaração de perdão do Evangelho o doente não o são necessita do grande médico Jesus veio para chamar pecadores e não os justos ao arrependimento pais crentes batismo criação Cristã Confissão de Fé ceia do senhor estes elementos não tornam essa experiência supérflua ao invés de sacramentar a de que esses indivíduos tão abençoados estão incluídos na graça de Deus esses elementos deveriam servir de avisos para que não enganemos a nós mesmos como muitos o fazem acerca da eternidade todos incluindo os filhos
do pacto devem passar pelo julgamento da lei de Deus a fim de conhecerem a si mesmos em seu estado perdido e aprender com o publicano a suplicar das profundezas da miséria por graça esse sentimento de perdição pode durar por um longo ou para um breve período mesmo se um raio de luz penetrar a alma abrindo os olhos para Redenção em Cristo Jesus não se pode imediatamente acreditar e lançar-se às promessas de Deus pois nisso incorre no perigo de uma fé presumida usurpada e bens usurpados não prosperam primeiramente o direito e a coragem para crer têm
de ser dados por Deus assim toda sorte de preparação espiritual necessariamente antecedeu o ato de abraçar as promessas de Deus em fé a fé não estava imediatamente certa de si mesma desde o princípio havia uma diferença entre a essência e o bem-estar da Fé entre a confiança que busca e uma confiança assegurada os primeiros anos de fé eram repletos de suspiros e Lamentações de oração e espera alcança-se a convicção somente após uma série de esperanças dispersas ao longo de vários anos não era dada juntamente com a própria fé nem desta procedia a convicção era muitas
vezes acrescentada a partir de Fora micamente por revelações especiais por vezes dava-se mediante a súbita intrusão de alguma passagem bíblica ou poderia ser que a alma fosse subitamente inundada por uma luz gloriosa incitando o crente a dizer junto com Jacó vi a Deus Face a Face e a minha vida foi salva ocasionalmente o Senhor Jesus mostrava-se diretamente a alma sedenta e enchia com alegria Celestial ou é possível que o crente a semelhança de Paulo seja levado ao terceiro céu e conduzido às câmaras internas pelo Rei somente então ele alcançaria o degrau superior da fé e
um lugar entre os crentes estabelecidos e assegurados mas poucos alguma vez foram tão longe a maioria continuou a pisar em falso em sua marcha ao longo da senda da Vida em lamúrias e Lamentações eram os pobres e Miseráveis sempre preocupados com a sua própria miséria raramente e quando acontecia rejubilo na redenção que pertencia a eles em Cristo e jamais chegando a uma vida de alegria e gratidão eles preferiram ser tratados como a descendência conspurcado de Adão como pecadores sob o juízo de Deus eles tiravam conforto das promessas que Deus apresentou ao vermezinho de Jacó e
povo de Israel visto que não havia luz e felicidade em suas almas tudo ao seu redor também parecia-lhes Tenebroso e lúgubre eles falavam da vida terrena como uma vida de tribulação e pesar o mundo para eles era nada mais do que um Vale de Lágrimas um deserto um mesec eles preferiram retirar-se deste mundo e restringirem ao pequeno círculo de pessoas da mesma opinião a família e a sociedade a ciência e a arte o estado e a igreja foram entregues à incredulidade e à Revolução como se fossem inteiramente corrompidos e dessas pessoas foram nutridas somente por
um pequeno grupo de discussões e pela leitura de antigos autores nas demais coisas eles aguardavam tranquilamente cumprindo pacientemente seus deveres até que viesse o tempo para despojar-se do corpo do pecado ou até o súbito retorno de Cristo reações ao pietismo durante o século X a fé dos melhores e mais piedosos decaiu a esse nível em todas as igrejas reformadas nos países baixos mas essa situação não poderia durar por muito tempo uma vida tão profundamente temerosa e isolada não poderia ser a religião cristã plena e verdadeira aquelas Lamentações não eram adoração aquelas lamúrias não eram fé
e aquela evasão do mundo não era vitória sobre ele consequentemente surgiu um Anseio generalizado por algo diferente algo melhor vários movimentos tentaram apontar um caminho melhor para se alcançar a certeza pode-se reduzi-los a duas linhas principais A Irmandade moravi nos círculos luteranos e os metodistas nos círculos reformados os moravianos buscavam ganhar almas e conduzi-las à Suprema Fel não pela lei Mas pelo evangelho não por meio do Trovão do Monte Sinai mas mediante a voz amável do Gólgota não pela figura austera de Moisés mas por meio da figura amigável de Jesus Nicolas Von zinzendorf 1700 1760
não queria ter relação alguma com os assim designados bucamp e do Kirk a acese penitencial e a iluminação dos pietist eles os chamava de cristãos Miseráveis zinzendorf não queria uma fé lamuriosa e lamentosa mas um cristianismo exultante e jubiloso para trazer isso à tona tudo o que se fazia necessário era proclamação do Amado Salvador uma descrição realista de seu infinito amor por pecadores revelado em seu sofrimento e em sua morte em seu sangue e em suas feridas seria o suficiente para criar uma impressão num coração receptivo e essa impressão é a obra salvífica de Cristo
a renovação e comunicação de vida através do Espírito Santo aqueles assim afetados pelo evangelho da Cruz descansam nas Chagas de Cristo entram numa aliança matrimonial com ele e são libertos da culpa e do domínio do pecado daí em diante eles levaram vidas felizes gratas e desoprimir mandade moravi os metodistas sentiam a necessidade de abalar a alma de sua falsa segurança a fé deveria ser precedida por um profundo senso de culpa evocado por discursos apaixonados por descrições terrific da Morte e do inferno e por canções emocionais e inspiradoras mas imediatamente em seguida a graça era pregada
e havia uma oferta de salvação da descida ao inferno do autto conhecimento a alma ascendia ao céu do conhecimento de Deus o metodismo comprimia toda a experiência da Salvação em um único momento a mais profunda miséria e a mais Sublime bem-aventurança mantinham-se lado a lado aquele que se assentava na cadeira do pecador como uma Alma Perdida era naquele mesmo momento encontrado por Cristo ele assent culpado e merecendo o inferno e erguia-se Perdoado e tendo herdado o céu a fé era portanto uma certeza imediata plena porque originava-se subitamente de uma angústia abismal e extraía sua certeza
absoluta do contraste com o estado precedente a fé nascia da Luz refente da consciência o ista sabe o dia e a hora de seu renascimento John Wesley 1703 1791 converteu-se em 24 de maio de 1738 às 9:15 qualquer um que chegou à certeza da Fé Por meio dessa senda jamais precisa duvidar de sua própria condição não havia mais necessidade para o auto exame contínuo o olhar interno do indivíduo para testar a realidade de sua fé sabia-se que passara da morte para a vida e agora havia coisas mais importantes para fazer a justificação dera de uma
vez por todas e para sempre completa porém a Santificação jazia logo à sua frente e ao seu redor encontrava-se um mundo cheio de Almas Perdidas que necessitavam de salvação Daquele mesmo modo tendo se convertido ele não tinha então nenhum chamado superior que não converter outros e ganhar para Jesus tantas almas quanto fosse possível ambos esses movimentos exerceram uma profunda influência sobre o cristianismo eles despertaram os cristãos de sua autorreflexão e os conclamaram para fora de seu isolamento de volta à batalha com o mundo sob suas lideranças missões internas e externas receberam um poderoso ímpeto essas
congregações também tomaram iniciativa na organização de escolas dominicais e vários outros tipos de associações como resultado desses movimentos a distribuição de Bíblias de folhetos o evangelismo a filantropia e muitas outras atividades cristãs foram criadas a serviço da expansão do Reino de Deus a totalidade do cristianismo foi abalada de seu torpor e incitada para uma vida nova E enérgica no entanto não se pode negar que ambos os movimentos sofriam de uma estreiteza da Visão Cristã nenhum deles prestou atenção suficiente ao primeiro artigo do credo dos Apóstolos a saber que Deus é o todo poderoso criador do
céu e da terra os domínios terrenos da arte e da Ciência da literatura e da política da família e da sociedade não foram reconhecidos em seu sentido e significado plenos e não foram Por conseguinte reformados nem renovados com base nos princípios cristãos descansar nas Chagas de Jesus ou ser convertido E então sair a converter outros parecia ser toda a substância da vida cristã o sentimentalismo e uma sensibilidade mbita muitas vezes caracterizavam o primeiro comportamento e uma atividade frenética e irrefletida o segundo a consciência era frequentemente suprimida em prol da emoção e da vontade e não
havia Harmonia entre as capacidades do homem e seus poderes a liberdade dos filhos de Deus domínio sobre o mundo o desfrute bem agradecido de toda boa dádiva que desce do pais das do Pai das Luzes o exercício Fiel do chamado terreno os olhos atentos a perspectiva Ampla o coração dilatado nada disto veio a ser fruído a vida cristã foi geralmente Vista paralela por vezes acima e ocasionalmente mesmo em conflito com a vida humana nessa percepção O cristianismo não é como um fermento que se mistura com a massa e leveda o todo a grande incerteza uma
grande incerteza adveio da mistura desses diferentes elementos na vida da fé esta foi continuamente conduzida em diferentes direções a ortodoxa e a pietista a moravi e a Metodista a racionalista e a Mística impedindo que tomasse um curso Consciente e se desenvolvesse firmemente na graça e conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo contudo ainda mais nocivo a vida espiritual do que essas diferenças no ponto de vista religiosa era o julgamento incisivo da filosofia sobre a capacidade humana de conhecer juntamente com o impacto da pesquisa histórica sobre a sagradas escrituras como a fonte da Verdade desde os tempos
de Emmanuel Kent uma noção filosófica foi ganhando uma aceitação cada vez maior o homem atado como está por uma percepção sensorial finita e limitada jamais pode alcançar um conhecimento Genuíno das coisas invisíveis eternas a crítica histórica imprimiu seu selo sobre essa posição ao anunciar a inconf e a imprecisão não somente das confissões mas também das escrituras dos Profetas e dos Apóstolos assim não encontramos mais certeza nem fora de nós nem dentro de nós tudo que é certo é aquilo que vemos com nossos próprios olhos e tocamos com nossas próprias mãos tão logo vamos além disso
não há nada que possamos apresentar que tenha autoridade para exigir a subserviência humana todo homem é sua própria medida para as coisas que ele não pode ver e a opinião de um homem é tão válida quanto a de outro consequentemente comamos e bebamos porque amanhã morreremos ou ao menos que se permita que todos busquem a salvação a seu próprio modo pois a religião é uma questão privada nesse domínio ninguém tem acesso à verdade essa filosofia da descrença vem ganhando terreno mesmo entre aqueles que confessam a Cristo mais rapidamente do que se pensa e massas vivem
sob essa mentalidade sendo internamente de uma outra parte pela dúvida impelidas para cima e para baixo como a onda do mar não encontrando paz nem repouso am miúde aqueles que carregam o nome de crentes ocultam A incerteza em seus corações por trás de uma ruidosa preocupação com todos os tipos de coisas e os teólogos não poupam esforços para abrirem caminhos através dos labirintos de declarações quanto ao conhecimento das coisas eternas Como podemos alcançar essa certeza da fé que é essencial para a paz do coração quatro o caminho para a certeza uma importante distinção entre ciência
e religião é que a primeira pode satisfazer-se com a certeza humana ao passo que a última exige nada menos que a certeza Divina o objeto da Fé deve ser a verdade inteiramente confiável falível e eterna de modo que podemos com ela contar na vida e na morte pelo tempo e pela eternidade na maior parte das questões terrenas podemos suportar graus menores ou maiores de probabilidade mas na religião que em seu fundamento mais profundo sempre se interessa pela salvação eterna do homem a certeza total é um requisito indispensável a base de nossa esperança para a eternidade
não pode ser uma palavra humana um resultado da investigação científica um ideal moldado por nossa imaginação ou uma proposição construída sobre o raciocínio humano Pois todos estes são instáveis e falíveis eles não podem suportar o edifício de nossa esperança pois em pouco tempo implodir se ia em Ruínas a fé a fé religiosa pode por sua própria natureza assentar-se numa palavra numa promessa de Deus em algo que procede de sua boca e é revelado ao homem quer naturalmente quer sobrenaturalmente não é portanto coincidência que todas as religiões apelem a revelação elas podem traçar sua origem a
uma revelação especial ou podem viver com base na conta contudo jamais afirmam fundamentar-se na investigação humana mas somente sobre a Autoridade Divina isso flui da natureza da religião a revelação é o prosto o fundamento o lado RSO o correlato necessário da religião uma religião que não mais ou apresentar-se no nome e na autoridade de Deus perde sua própria essência torna-se assim mitologia ou filosofia da religião ademais perde desse modo sua influência sobre as pessoas que sempre esperam mais da religião do que a mera opinião humana uma teologia que não mais se venture a traçar seu
Dogma para um Deus dixt assim diz o senhor solapou seus fundamentos perdeu sua estabilidade e logo tomará em ruínas a revelação a Autoridade Divina é o único pilar no qual a religião pode assentar-se isso não é negar obviamente que a religião sempre Abusou horrivelmente de sua autoridade em parte alguma praticou-se tanto engano em pequena ou grande escala Sutil ou cruelmente do que na área da religião demagogos exploraram essa Autoridade Divina para promover seus próprios fins egoístas sacerdotes colocaram como porta-vozes da vontade de Deus para manter o povo em cativeiro e fazê-los servir a vantagem e
poder desses sacerdotes superstição bruxaria adivinhação e outras barbaridades se entrelaçaram no pedúnculo da Autoridade Divina como se fossem plantas parasitas são incontáveis as injustiças e atrocidades cometidas ao longo da história em nome da ião amplo e profundo é o rio de sangue e de lágrimas derramadas por todas as religiões para a maior glória de Deus mas tudo isso em nada depõe contra o fato de que a revelação divina e a Autoridade Divina São a base da religião pelo contrário esses atos tendem a confirmar essa doutrina pois homens lutarem entre si até a morte porque estavam
convencidos de estar servindo a causa de Deus e promovendo o interesse do Bem Maior isso mais uma vez aponta para o fato de que Diferentemente da ciência e da arte a religião Exige uma certeza Divina a alma humana pode achar repouso absoluto somente em Deus satisfaz plenamente apenas com uma autoridade infalível o pregador é portanto poderoso só quando traz a palavra de sem esta sua Proclamação não tem influência nem poder mas a quem Deus concede o direito de subir ao púlpito erguido sobre as demais pessoas para mostrá-las a regra de fé e vida e para
ligar seu eterno bem-estar ou pesar a sua aceitação ou rejeição demonstração científica se as coisas assim sucedem surge uma questão mais importante e ainda mais difícil onde e como se pode encontrar essa Autoridade Divina que adequadamente demanda nosso reconhecimento e obediência ao responder essa questão começamos admitindo Sem Rodeios que é impossível resolver completamente esse dilema de modo abstrato na ciência pode-se começar isolando a prova introduzida por uma dada proposição de maneira que todos os demais pressupostos advogados pelo sujeito permaneçam fora da operação toda prova pressupõe um ponto de partida comum aos que são a favor
e aos que são contrários Um fundamento reconhecido por ambos é impossível arrazoar com alguém que nega todos os princípios tanto as provas quanto os pressupostos sobre os quais se assentam variam de ciência para ciência são diferentes na matemática e nas ciências naturais são diferentes nas ciências filosóficas e nas ciências históricas diferem em composição em número na intensidade E no grau em que em que depende do sujeito investigador e sua atitude a prova matemática pressupõe o mínimo possui portanto a validade mais Universal tem um caráter realmente convincente a prova lógica parte de muitos outros pressupostos e
como resultado muitas vezes deixa a outra parte não convencida a prova histórica faz um apelo ainda mais forte ao sujeito consequentemente em geral fraca produzindo em muitos casos Não mais do que um grau de probabilidade porém independente das provas introduzidas pelas ciências elas sempre edificam sobre a unidade e a coerência da natureza humana daí também edificam sobre a fé na confiabilidade dos Sentidos na validade das leis da lógica na existência de uma verdade cognoscivel e na veracidade de Deus pautam-se em muitos pressupostos metafísicos lógicos psicológicos e éticos que são pré-estabelecidos Auto contidos autoevidentes e não
passíveis de de prova que são porém veículos de toda prova aqueles que se aprofundam para além deles a fim de partir da dúvida somente solapam os fundamentos da ciência e tornam toda certeza impossível isso é ainda mais verdadeiro na área da religião ninguém jamais cresceu inteiramente privado da religião e da moralidade de modo a poder encontrar-se agora neutro e Imparcial para com todas as religiões a tentativa de provar a verdade de qualquer religião para tal ente abstrato exangue e que existe somente na imaginação seria uma perda fútil de tempo todos aprendem a falar certa língua
quando criança e nesta língua recebem todos os tipos de conceitos religiosos e Morais que via de regra retém até o fim de suas vidas e as quais governam todo seu pensamento e disposição o método moderno que busca estudar todas as religiões sem realizar quaisquer juízos prévios com a intenção de selecioná-los ao fim depara-se com todos os tipos de objeções práticas e teóricas insuperáveis todo mundo imediatamente vê a impossibilidade dessas tentativas de livrar-se de todas as convicções e preconcepções plantadas no coração pelo Nascimento e pela criação antes e durante a investigação científica mesmo num descrente Consumado
as impressões religiosas da infância continuam a exercer alguma influência e até faculdades teológicas embora possam ter sido convertidas em faculdades de religião continuam a sentir a influência de sua origem ou de seu ambiente católico romano luterano ou reformado ademais o método de chegar-se à religião pura por meio do estudo comparado das religiões também merece a condenação teórica em nome da ciência todo aquele que estuda várias religiões sob os auspícios da disciplina científica parte da crença e de que elas são algo diferente algo mais do que uma patologia do Espírito humano parte da Verdade da religião
como tal e portanto também da existência de Deus do valor e da autoridade da metafísica Daia de unidade e dovim do plan e doso naa da religião Aim de estarse as religiões de compará-las entre e de julgá-las Deo com seus valores verdadeiros distintos precisamos de um critério uma ideia de religião Não importa quão vago e generalizado que precede Esse estudo e avaliação e o que o guia e o governa uma concepção puramente positivista da ciência é inalcançável não apenas na teologia mas também na ciência das religiões comparadas Além disso o estudo das religiões tem trazido
um importante benefício isto é tem lançado luz sobre a superioridade da Cristã sobre todas as demais religiões há É verdade alguns grupos dispersos na Europa e na América que atribuem a primazia ao Budismo e ao Islã e formalmente migraram para estas religiões e muito maior são as fileiras daqueles que acreditam que não necessitam do cristianismo que podem levar vidas ricas sem ele e odiá-lo com todo vigor de suas vidas com efeito incontáveis números estão virando suas costas ao cristianismo em orgulho humanista ou indiferença prática buscando satisfação no paganismo contudo isso em nada diminui o fato
de que a constituição Religiosa e ética do cristianismo é muito superior a todas as demais religiões em nenhuma outra parte a natureza e a história o homem e o mundo o coração e a Consciência São pensados com uma verdade tão íntima e tão fiel à realidade como na religião cristã nosso autoconhecimento e nosso conhecimento do mundo atestam continuamente o conhecimento de Deus revelado nas sagradas escrituras Esta é a luz para o caminho que perpassa a criação e que é ela própria iluminada e com afirmada pelo todo da Natureza e por toda a história da humanidade
não temos ideia de que o que faltaria em que terrível pobreza espiritual afundamos caso a religião cristã e toda sua influência e Impacto fossem subitamente extirpados de nossa sociedade e cultura se a religião cristã não é a verdadeira religião há todas as razões para desesperar da Verdade no domínio da religião a questão concernente a certeza da Fé resume-se prática e concretamente nisto de que maneira a verdade do cristianismo pode ser demonstrada e impressa em nossas almas de modo que sejamos convencidos há primeiramente Dois caminhos recomendados um é o caminho que em primeiro lugar demonstra a
verdade da teologia natural por meio das provas da existência de Deus e da Independência e da imortalidade da Alma essa abordagem então extrai as provas para a verdade do cristianismo da confiabilidade dos Apóstolos das profecias e dos milagres das escrituras sagradas dos ensinamentos e da vida de Jesus da continuidade e da difusão da igreja etc este métod busca convencer-nos mediante métodos Racionais científicos via não interdita nem é impossí nem é inútil mesmos profos e próprio Jesus usam paraem seus oues a fé os milagres de Jesus são sinais de sua filiação e ele exige a crença
em sua pessoa que o pai está nele e ele no pai por causa das mesmas obras que fez João 10:38 teólogos cristãos Sempre fizeram uso dessas provas a fim de silenciar oponentes e abrir o caminho para a fé eles dão aos Defensores do cristianismo as armas para repelir todos os tipos de ataques científicos essas permitem-lhe defender-se habilmente contra a crítica que sujeita a ciência o objeto de sua fé e cristãos são capazes de demonstrar que se pode dizer tudo isso geralmente muitas outras coisas mais em apoio à Fé do que a descrença portanto trata-se de
um equívoco privar-se dessas provas em razão da dúvida e da desconfiança refugiando-se no Bastião do misticismo e do agnosticismo qualquer um que se desespere de antemão de sua causa torna-se inapto para a batalha e prepara-se assim para a derrota na arena científica de igual modo crentes são convocados a dar razão da esperança que está neles e confiando seguramente na firmeza de sua própria causa calar seus oponentes e repelir seus ataques o cristianismo tem afinal de contas um lado histórico ele compreende os pensamentos eternos de Deus conforme adentraram em formas temporais seu ponto focal é a
Encarnação do verbo e ele repousa sobre a revelação com uma longa e rica história que Abarca parte do mundo comum um todo e como tal é acessível ao estudo histórico embora as provas possam ser insuficientes para levar alguém a crer na verdade do cristianismo por outro lado porém a crença naquela verdade certamente não teria direito de existir caso se pudesse provar que essa revelação não é histórica pois a fé não é somente confiança mas também conhecimento e assentimento e não pode subsistir por fábulas engenhosamente concebidas as provas para o testemunho Divino das sagradas escrituras ao
menos possuem o poder de tornar claro que crer não é irrazoável Ou absurdo certamente não nos é possível recorrer a provas matemáticas mas estas não estão disponíveis em qualquer área da história a história não é um problema matemático entretanto as características internas e externas da Revelação Sem dúvida somam em número e força contra o que se lhe opõe inúmeros argumentos foram apresentados ao longo dos anos para desafiar a genid e confiabilidade das sagradas escrituras porém muitos logo mostraram-se inconvincente e tiveram de ser abandonados Adolf Von harnack 1851 19930 declarou que já havia passado da hora
em que poderíamos ver nos mais antigos escritos cristãos um tecido de enganos e distorções pois Os relatos que temos sobre a origem do Cristianismo são corretos num esboço geral as descobertas arqueológicas egípcias e assírias estabeleceram além de qualquer dúvida que todas as afirmações acerca da ausência de cultura nos dias de Moisés e da impossibilidade de que o decálogo tivesse sido dado nessa mesma época são completamente indefensáveis se nas escrituras estamos lidando com a história ordinária e o egoísmo pecaminoso e a dureza de coração humana não exercem nenhum papel as provas para sua veracidade seriam tidas
de modo geral como suficientes a culpa para a descrença do homem encontra-se não em Deus e em sua Revelação mas no próprio homem insuficiência de provas entretanto em razão da inclinação subjetiva do coração humano todas as provas são insuficientes para levar o homem a crer a própria palavra do evangelho carece de poder para isso como então essa palavra poderia ser fortalecida por provas humanas para sua verdade essas provas são usualmente de natureza Ora mais ora menos científica e são o resultado de uma grande quantidade de estudo e reflexão antes de serem descobertas elas não poderiam
é claro ser úteis agora que existem elas são geralmente conhecidas e compreendidas somente pelos mais profundamente educados Além disso uma investigação mais pormenorizada e uma reflexão mais séria podem roubá-las parte ou mesmo toda a sua força elas são portanto de importância em qualquer empreendimento científico mas para religião tem somente um valor limitado pois a vida religiosa de ninguém é baseada ou sustentada por Tais provas e devemos ser gratos por isso a revelação que nos é dada na palavra de Deus é para todos para os doutos também para o Homem Comum sua verdade não se articula
em investigações científicas que são acessíveis apenas aos sábios e aos doutos é por isso que velação possui um caráter inteiramente único é história consiste de palavras e fatos que adquiriram um lugar na vida e na história da humanidade mas todo seu desenvolvimento é governado por uma ideia especial Divina a revelação é um organismo com vida própria operando nele estão poderes que não são terrenos mas Celestiais não temporais porém não humanos mas divinos é carne em sua plena manifestação mas essa carne é habitada pelo verbo que está com Deus e que é o próprio Deus não
é apenas uma testemunha sobre eventos do passado que não mais dizem respeito a nós como uma testemunha dos maravilhosos feitos de Deus em dias já idos é uma palavra que mesmo agora ainda prossegue vinda de Deus em direção ao Homem chamando-o De Volta à comunhão com ele assim como a história em geral não é uma simples soma de incidentes mas uma unidade orgânica de eventos interrelacionados amarrados por uma única ideia de igual modo as palavras e fatos que pertencem à esfera da Revelação compreendem um sistema governado por um único pensamento um plano um objetivo o
indivíduo que não entende esse ponto não entende a revelação ele corta o coração a alma e a vida do organismo e é deixado com nada senão um esqueleto seco que se despedaça e assim é destinado à Sepultura dessa forma as palavras e os fatos que extraem seu valor da Revelação perdem em seu sentido e significado porque precisam então ser explicadas num nível natural e julgadas pelos padrões humanos o resultado inevitável é que a unidade das escrituras a unidade da fé a unidade da igreja e a unidade da teologia desaparecem se a história da revelação não
é aprendida nem descrita do ponto de vista de sua própria ideia ela também deixa de ser história no sentido habitual natural da palavra as sagradas escrituras constantemente nos decepcionam caso sujeito às mesmas demandas que impomos sobre outras fontes históricas certamente os livros do antigo testamento não nos permitem escrever uma história ordinária de Israel os Evangelhos são igualmente insatisfatórios para a construção de uma narrativa contínua da vida de Jesus e as epístolas constantemente nos desapontam caso US molas a fim de nos familiarizarmos com as vidas dos Apóstolos ou com a história da igreja durante o século
ieo todos esses escritos são compostos a partir do ponto de vista da Fé nenhum deles é o produto de uma pretens investigação destituída de pressupostos científica e histórica todas são os testemunhos de crentes quem quer que tente escrever uma história regular de Israel ou de Jesus ou dos Apóstolos a parte da ideia da Revelação ver se a constantemente forçado a recorrer a hipóteses A preencher as lacunas com conjeturas a emendar a criticar e a registrar as fontes com o intuito de obter um todo contínuo partindo-se do caráter especial da Revelação segue-se diretamente que as provas
científicas razoáveis são insuficientes para estabelecer a verdade da religião cristã para além da dúvida razoável tal como nos eventos históricos ordinários todas essas provas apenas tocam os fatos externamente e não penetram em seu coração e em sua essência nas palavras de natos elas levaram-nos ao túmulo vazio mas não ao salvador vivo no máximo conduziram a uma fé Histórica no esquema católico Romano isso é o suficiente para receber a graça Sobrenatural através do batismo e mesmo dentro do protestantismo não é de todo privado de importância Contudo não se trata de fé genuína verdadeira a fé histórica
reduz a revelação à história ordinária que ocorreu no passado mas não nos diz mais respeito remove da palavra de Deus aquilo que é o âmago e que ainda hoje faz dela um evangelho as boas novas da salvação não é nada mais senão um assentimento racional alguns eventos passados sem qualquer comprometimento do coração e sem uma mudança da direção na vida do indivíduo a Igreja Católica Romana também afirma que tal fé é insuficiente para salvação de acordo com a confissão católica Romana essa fé deve ser suplementada pelo amor e receber sua forma e características do Amor
a fim de justificar e santificar o homem esse complemento porém não introduz nenhuma mudança real na Essência da fé faz com que o caráter histórico habitual da Fé permaneça inquestionável de um modo questionável desloca o ônus da fé para o amor do evangelho para a lei da religião para a moralidade opondo-se a isso a reforma assumiu a posição de que a revelação não é simplesmente uma narrativa de eventos passados mas a palavra de Deus para nós portanto a fé não era apenas a sentimento à verdade dos relatos históricos mas uma confiança sincera nas boas novas
da salvação a reforma por meio disso restaurou o caráter revelador da Revelação e a fé a relação pessoal em entre Deus e o homem mais uma vez fez de ambos religião a solução Liberal por todas essas razões que citamos em oposição às provas históricas muitos teólogos seguindo frederich schemer 1768 18834 começaram a defender outro método de demonstrar a verdade da religião cristã e de conduzir as pessoas a certeza da Fé o método da experiência esse método sustentava que a revelação que nos fora dada nas escrituras particularmente na pessoa de Cristo porta um caráter único não
é um produto de proposições científicas que podem tornar aceitáveis a razão mediante provas nem é uma simples doutrina que exige apenas a concordância intelectual não a revelação escriturística é vida possui um conteúdo ético religioso que serve para tornar um homem sábio para salvação para torná-lo independente do mundo para que possa permanecer na Liberdade da Glória dos filhos de Deus a verdade dessa Revelação pode portanto ser reconhecida apenas pela consciência pelo coração pela vontade deve ser experienciada na prática experiencialmente conhecida deve-se senti-la na alma acaso as escrituras não dizem que apenas os puros de coração verão
a Deus Somente aqueles que nasceram de novo entrarão no reino dos céus Só aqueles que fazem a vontade do pai celestial confessarão que Jesus não falou de si mesmo antes seus ensinamentos provém de Deus o evangelho de Cristo não se dirige primeiramente ao homem enquanto ser Moral confrontao com a escolha ética de permanecer sujeito ao mundo e ao pecado ou a participar da nova vida de liberdade que procede da influência da imagem de Cristo nas escrituras e na igreja aqueles que se unem na fé da igreja e permitem-se ser influenciados pela imagem de Cristo terão
uma experiência salvífica o evangelho conforta a consciência traz paza ao coração fortalece a vontade e presenteia a pessoa em sua inteireza com o poder de viver uma nova vida essa experiência assegura-nos na verdade da religião cristã da revelação da Graça de Deus em Cristo e de nossa própria cidadania no reino dos céus entre aqueles que baseiam a verdade do cristianismo e A Certeza da Salvação em tal experiência há uma nítida diferença no caráter assim como no conteúdo de sua experiência alguns t em mente uma experiência que é o fruto da operação especial do Espírito Santo
outros olham na como um produto da imagem de Cristo conforme esta nos fala nas escrituras e continua vivendo na igreja outros ainda veem na como não muito mais que um desenvolvimento ulterior das experiências religiosas e Morais pelas quais todos passam em seu coração e em sua consciência de tempos em tempos de semelhante modo há também grandes diferenças sobre o conteúdo de Tais experiências há aqueles que buscam construir toda uma dogmática confessional sobre ela por exemplo uma Luterana outros inferem a partir dela a verdade ético-religiosa das escrituras ou a doutrina da pessoa e obra de Cristo
e ainda outros creem que essa experiência apenas estabelece a vida interior de Cristo Isto é a grandeza ética de Jesus a parte de seus milagres de seu nascimento sobrenatural e de sua ressurreição e ascensão harnack chega mesmo a afirmar que a pessoa de Cristo não pertence ao evangelho original experiência como fundamento da certeza esses pontos de vistas divergentes acerca da natureza e do conteúdo da experiência religiosa tornam claro que neste ponto devemos distinguir cuidadosamente entre a verdade e o erro e mantermo-nos em guarda contra o entendimento equivocado a partir de uma reflexão mais profunda convencemos
cada vez mais disso pois se tomarmos a experiência como sinônimo de percepção sensória como fazemos quando falamos de ciências experimentais então não há lugar para experiência no conhecimento religioso o conteúdo real da fé cristã quer tomada no sentido mais amplo quer tomada no sentido mais restrito para incluir somente as verdades Morais ou também a pessoa de Cristo a Trindade a Encarnação e a propiciação de Cristo encontra-se inteiramente além da experiência não pode ser vista nem ouvida mensurada ou pesada e é completamente estabelecer a verdade dessa fé por experimento se a experiência é tomada no sentido
de experiência interior É verdade para além de qualquer dúvida que a fé cristã traz consigo um copioso número de experiências sentimentos de culpa inquietações acerca do pecado acusações da consciência temores em relação à morte à eternidade idade de Redenção A Esperança em Cristo A paz em seu sangue a reconciliação com Deus a comunhão com ele mediante o espírito santo o consolo do coração A Alegria da Alma Ante gozos da vida eterna e várias outras experiências humilhantes e reconfortantes todas estas experiências em maior ou menor grau são partes da vida daqueles que seguem o caminho cristão
da salvação a fé cristã desperta todo um mundo de Emoções no coração humano variando numa escala que vai desde gemidos de absoluto quebrantamento ao cântico jubiloso de exultação bem-aventurada Porém todas essas experiências pressupõem acompanham e seguem-se à fé elas não são o fundamento dessa nem a precedem aquele que não crê nos ensinamentos das escrituras acerca do pecado e não os reconhece como uma revelação da parte de Deus também não será subjugado por um senso de culpa aquele que não confessa Cristo como salvador do mundo não buscará a propiciação para o pecado em seu sangue de
semelhante modo aquele que não crê no Espírito Santo Não provará jamais de sua comunhão e aquele que duvida da existência de Deus não pode se regozijar em ser seu filho e herdeiro aqueles que se aproximam de Deus Devem em suma crer que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam todas essas verdades que formam o conteúdo da fé cristã são também por sua própria natureza impossíveis de serem experienciadas pessoalmente elas não são afinal de contas ideias inatas não podemos extraí-las do tesouro escondido em nossos corações simplesmente por meio do pensamento mais aprofundado
somente podemos aprender acerca delas caso outro alguém nos ensine ninguém sabe naturalmente que Deus é o todo poderoso criador do céu e da terra que Jesus Cristo é seu filho unigênito concebido pelo Espírito Santo nascido da Virgem Maria que sofreu sob Pôncio Pilatos morreu foi sepultado desceu ao inferno ressuscitou subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso de onde virá para julgar os vivos e os mortos que o Espírito Santo regenera o homem e o conduz à verdade que a uma só Igreja Santa católica a Qual a graça de Deus
concedeu os dons da comunhão dos Santos e o perdão dos pecados a ressurreição do corpo e a vida eterna tratava-se de uma prática comum concluir a ressurreição a partir da experiência dos filhos de Deus e o poder da Ressurreição É de fato revelado nos crentes a vida nova espiritual flui para eles A partir dessa fonte Eles foram regenerados para uma viva Esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo a fé o perdão de Pecados a esperança da Glória o morrer em Cristo assentam-se sobre a ressurreição e sem esta as experiências não seriam nada além de Ilusões
vãs Entretanto é enganoso pensar que a realidade da Ressurreição de Jesus pode ser deduzida da nova vida dos filhos de Deus parte das escrituras o Cristão sabe que deve sua nova vida Ressurreição de Cristo somente emun apost este oúnico qual sa disso aqui Terra acia interior pod dai de crist pressupõe Aé nessa ressurreição sem ela o crente não reconheceria essa experiência por aquilo que é o fracasso da experiência o método que busca deduzir os fatos objetivos da cristandade a partir da experiência religiosa da igreja refletindo a partir do efeito em direção à causa deve ser
rejeitado as escrituras sagradas jamais nos apontam para essa direção em primeira Coríntios 15 Paulo de fato assinala a igreja de Corinto a unidade indissolúvel entre as bênçãos que os crentes compartilham na ressurreição de Cristo e esta ressurreição em si mas ele o faz apenas após estabelecê-la e confirmá-la com o testemunho das escrituras e a manifestação do Salvador ressurreto as sagradas escrituras jamais fazem com que um crente dependa apenas de si próprio elas sempre o vinculam a palavra objetiva A Lei e ao testemunho se eles não falam segundo essa palavra Eles não têm a luz da
Aurora se rejeitaram a palavra do senhor que tipo de Sabedoria possuem a igreja está edificada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas Paulo ameaça com a maldição Divina todo aquele que prega outro evangelho não se pode replicar citando as palavras dos samaritanos que disseram que não mais criam somente com base naquilo que a mulher junto ao poço lhes havia dito mas sim porque eles ouviram o próprio Cristo e sabiam que ele era verdadeiramente o salvador do mundo podemos certamente concluir disso que no evangelho Tudo se resume à fé pessoal a convicção individual mas isso
de modo nenhum que a fé é independente ou que Deva gradualmente tornar-se independente do testemunho dos apóstolos os apóstolos TM uma tarefa em relação à igreja muito diferente da que a mulher junto ao poço tinha para com as pessoas da sua cidade eles logo conheceram Jesus ouviram suas palavras e viram seus atos nós Porém não nos encontramos com Jesus podemos ouvi senão no testemunho dos Apóstolos Nossa Comunhão com Cristo está vinculada à Nossa Comunhão com suas palavras João testifica que os crentes recebem graças a Deus a unção do Espírito Santo e portanto sabem de todas
as coisas e não tem necessidade de que alguém lhes ensine Porém isso também não significa que os crentes Podem trazer à tona a verdade a partir de si mesmos por meio do raciocínio os crentes para quem João está escrevendo já haviam ouvido a proclamação do Evangelho eles sabiam seu conteúdo e talvez não tinham a necessidade de que alguém lhes ensinasse mais do que aquilo que estava de acordo com os conteúdos do Evangelho eles tinham somente de manter-se com o que haviam ouvido desde o princípio e eles permaneceriam no no filho e no pai o que
os apóstolos viram e ouviram eles proclamavam de modo que aqueles que criam podiam ter comunhão com eles e com o pai e seu filho Jesus Cristo essencialmente todas as verdades da fé cristã vem ao homem a partir de Fora elas são lhe concedidas apenas por meio da Revelação e tornam-se sua Possessão só quando ele as aceita como uma criança na fé portanto a fé incluindo a fé genuína e salvífica sempre envolve o conhecimento não um conhecimento imediato direto não um conhecer de Face a Face Não Pela Vista não um conhecimento obtido por meio da investigação
pessoal por meio do argumento e da prova mediante a observação e experimento antes um conhecimento obtido de um testemunho confiável só Quando conhecemos e reconhecemos a verdade dessa maneira é que ela pode evocar a confiança e despertar diferentes tipos de experiências no coração enquanto a fé cristã retiver sua singularidade esse elemento de conhecimento e de assentimento não pode ser negado somente quando a fé é completamente usurp de seu caráter Cristão e conteúdo ela pode perder este elemento Mas então ela também deixa de ser um conceito religioso no racionalismo que ainda se apega à trilogia de
Deus virtude e imortalidade o ponto focal não é mais a fé mas as obras não a religião mas a moralidade a inadequação do método da experiência é demasiadamente Evidente porque em várias ocasiões pode-se deduzir Tudo ou Nada a partir dele e não de modo injustificado todas as religiões despertam emoções e experiências religiosas se elas dão-nos o direito de concluir a verdade dessa fé e de seu conteúdo em linguagem filosófica se os julgamentos de valor são o fundamento e a julos do ser então o budista pode concluir a verdade do Nirvana a partir de sua experiência
o Místico muçulmano de semelhante modo a realidade de seu céu sensível e o católico Romano o direito ao culto da Virgem Maria todos eles poderiam concordar com os incer atribuindo este fundamento último para suas fés para mim é assim meu coração me diz quando voltamo-nos aos elementos essenciais esse método experimental assemelha-se ao do pietismo que invertia a ordem e fazia da experiência o fundamento da fé há uma diferença Todavia o pietismo usou esse método contra a ortodoxia morta e não pretendia lançar dúvida sobre a verdade objetiva da religião cristã nos últimos tempos contudo esse método
tornou-se atrativo porque perdeu-se a certeza da fé e ele foi visto como o único caminho para restaurá-la esse método surgiu após Kent restringir as capacidades cognitivas do homem ao mundo sensível e após a crítica histórica ter lançado dúvida sobre a verdade das escrituras é um filho da descr mas abriga a esperança oculta de ser capaz de salvar alguma fé é uma esperança oculta de que a ciência respeitará a santidade interior da alma e deixará que a árvore da religião ali permaneça imperturbado concede tudo o mundo inteiro a natureza a história e quase a totalidade do
homem com seus sentimentos e percepções memória e imaginação entendimento e razão as positivistas contanto que L seja permitido reter um lugar pequeno e Modesto para a fé nas profundezas do coração humano para esse fim rende Baluarte após Baluarte permitindo que o homem realize sua própria emancipação e secularização até mesmo a maior parte da teologia e da dogmática no pensamento de seus intérpretes mais consistentes é deixado com nada mais do que alguns conceitos religiosos universais O apelo do Evangelho esse método experimental portanto não conduz ao fim pretendido tenta sustentar o caráter religioso da Revelação mas torna
seu conteúdo dependente da experiência do crente correndo assim o risco de perder toda verdade objetiva entretanto devemos ser gratos com a lembrança de que o cristianismo não é Ciência nem fia mas religião não há de fato provas científicas ou argumentos filosóficos que possam levar o homem a aceitar o evangelho falando de maneira geral vale a regra conforme dissemos de que tu não podes argumentar com alguém que opõe nos princípios a ti isso é especialmente válido na área da religião porque o evangelho apresenta Como estando acima e em oposição ao homem natural o Evangelho é para
esse homem mas não segundo dos seus pensamentos e inclinações afirma ser de origem divina e portanto Exige uma inclinação diferente daquela do homem ao nascer se o homem pudesse ser coagido a aceitar a palavra de Deus por meio do raciocínio científico o evangelho não ganharia antes perderia for seria desse modo roubado de seu caráter especial de sua origem Divina de seu conteúdo religioso e de seu propósito salvífico e seria reduzido a um nível ordinário falível racional e humano se nem o argumento racional nem a experiência moral podem explicar como a fé cristã vem a ser
surge a questão se não há um caminho melhor no qual o homem possa ser conduzido a abraçar confiantemente a verdade revelada em Cristo e então devemos antes de tudo lembrar-nos que o Evangelho a despeito de como seja visto ou interpretado equivocadamente Independente de toda a oposição ainda continua a ser pregado de século em século e não obstante todas as diferenças de interpretação tem como Seu principal conteúdo que Jesus veio ao mundo para salvar pecadores é este o modo que o evangelho defronta todos que tiveram contato com ele seja cedo ou tarde seja jovem ou velho
quer o indivíduo aceite-o quer rejeite o evangelho vem até ele exigindo fé e arrependimento Este é um fato inalterável que o Evangelho se nos faz conhecido confrontando-os com o chamado para crer e endos não depende de nossa vontade mas de um decreto de Deus é ele que nos destina a naer de pais cristãos a ser criados num ambiente Cristão e sem qualquer mérito de nossa parte familiariza com o caminho da Salvação em Cristo para resumir existe uma única Igreja Santa católica que enquanto coluna e baloarte da Verdade sustentam O Mistério da Piedade Deus foi manifestado
na carne justificado em espírito contemplado pelos anjos pregado entre os gentios crido no mundo recebido na glória o testemunho da igreja Sem dúvida seria mais forte e seu Impacto mais poderoso se todos os discípulos de Jesus fossem um como o pai está em Jesus e ele no pai então o mundo seria quase forçado a confessar a despeito de si mesmo que Cristo fora enviado pelo pai mas ainda agora não obstante todas suas divisões internas a igreja é Um fundamento e baloarte da Verdade em meio ao mundo o que AD divide Não importa quão grave seja
é sempre menos do que a mantém unida e a unifica quanto mais autoconsciente ou usada torna-se a descrença mais a igreja cristã congrega suas fileiras com contra o inimigo comum O que ela deve salvar e defender é uma Possessão Santa espiritual e ao mundo sua confissão soa como a voz de muitas águas dizendo que não há outro nome dado debaixo do céu pelo qual importa que sejam salvos senão o nome de Jesus o espírito do senhor é ativo nessa confissão convencendo o mundo do pecado da justiça e do juízo Deus não se deixou sem testemunho
na natureza ele não prova sua existência e não a faz dependente de nossa investigação mas ele dá testemunho de si mesmo em nossos corações e consciências por meio da natureza e da história da vida e do destino e este testemunho é tão poderoso que nenhum homem pode evitá-lo ninguém pode continuar a resisti-lhe limitada percepção é possível que haja inúmeros fenômenos e eventos que não se coadunem a essa existência contudo é um fato estabelecido para cada ser humano o mesmo é verdade para o evangelho de Cristo Ele existe é trazido Até nós por várias maneiras e
em circunstâncias amplamente diversas chega até nós a cada momento da jornada de nossa vida e isto traz no a segurança coisa da qual nos deveríamos lembrar o evangelho jamais deixa de causar impressão em nossos corações a única influência apropriada à palavra de Deus considerada em si mesmo como palavra é pela natureza do caso uma influência moral ela pode causar uma impressão sem moldar a vontade e mudar o coração no entanto não é um som vazio ou um símbolo que retine ela Jamais volta vazia antes cumpre tudo aquilo que o senhor a enviou para realizar é
em si uma luz para o caminho e uma lâmpada para os pés mesmo que em razão da cegueira de seus olhos o homem não seja capaz de vê-la embora isso não faça com que sua verdade dependa do raciocínio e da prova a palavra de Deus também não se esquiva deles justamente no momento em que em nossa sabedoria julgamos tê-la demonstrado como sendo loucura ela revela-se como a sabedoria e o poder de Deus ela não se dirige como toda ciência humana à nossa razão a fim de ser estudada e somente Então aceita como verdade ou rejeitada
como erro nem mesmo deve ser julgada por nossos critérios e justificada perante nossos tribunais antes eleva-se muito acima de nossa percepção afirma-se como o juiz de nossos pensamentos e desejos e convoca com tudo que somos e possuímos ao seu tribunal a palavra de Deus dirige-se ao homem em sua totalidade a seu entendimento e a sua razão a seu coração e a sua consciência ao indivíduo em seus recônditos ocultos ao âmago de seu ser ao homem em seu relacionamento com Deus de sua parte nada assume senão que o ser humano é um pecador que necessita de
reconciliação e paz e salvação e os promete e os concede a ele por meio da fé e do arrependimento Em ambos os aspectos o evangelho responde à ideia perfeita e mais bela de religião que podemos conceber por nós mesmos Pois por um lado nada mais é que as boas novas da Graça e da salvação não apresenta uma única demanda não há um requisito de idade ou geração de raça ou de língua de classe ou de riqueza não propõe condições nada pede nada exige não é lei Mas o oposto de toda lei é amplamente humana e
completamente Universal porque não pressupõe senão aquilo que é comum a todos os homens a saber a necessidade de ser livre da miséria do Pecado em consonância a isso por outro lado o evangelho não confronta o homem com nenhuma outra coisa a não ser uma escolha moral a escolha de aceitar o dom da Graça de Deus em Fé ou de rejeitá-la com a dureza do coração fé como opção ética que a diferença entre crença e descrença não é simplesmente de percepção mas de opção ética é algo testificado pela consciência de todo mundo que vive pelo evangelho
todos são são de tempos em tempos afligidos por um senso de culpa e de miséria nos melhores e mais sagrados momentos da vida surge involuntariamente a questão se o evangelho pode não ser a verdade Divina um descrente jamais está seguro Como pode alguém que coloca sua confiança no homem crer com inabalável convicção que Jesus Cristo não veio ao mundo para salvar os pecadores quem arriscar seu nome sua reputação suas possessões e sua vida por uma fé tão negativa quem ousaria quem seria capaz de encaminhar-se jubilosamente ao martírio com tal negação em seus lábios uma negação
não inspira Mártires o que demonstra que em sua base e origem mais profundas A negação não está na reflexão racional no raciocínio filosófico ou na dúvida crítica mas na dureza do coração e essa culpa moral da descrença também reforça a verdade do Evangelho pois nenhuma religião pode ser a verdadeira religião se quando dela escarneça não me fizer culpado em minha consciência perante Deus a opção a favor ou contra o evangelho envolve uma decisão moral porque as promessas embarcadas no evangelho excluem toda compulsão não se constrange ninguém a crer contra sua vontade a fé é uma
função do entendimento que foi levado pela vontade a reconhecer a verdade do Evangelho o homem em sua inteireza encontra-se pois envolvido na crença com sua razão com sua vontade com seu coração no âmago de seu ser nas mais profundas partes de sua existência sabendo-se culpado e perdido o homem na fé rende-se inteiramente à Graça de Deus em Cristo ele cessa de lutar a guerra que há tempos travava Com sua consciência contra o testemunho do Espírito Santo ele leva cativos todos seus pensamentos à obediência de Cristo conforme dissemos anteriormente o que está em questão na religião
é sempre o interesse supremo o sumo bem que o homem reconhece para si para sua própria vida para preservação de sua alma a religião cristã ensina-nos que o sumo bem para o homem encontra-se somente em Deus na comunhão com ele na salvação Celestial a fé é uma questão inteiramente pessoal um reatamento dos vínculos que ligam a alma a Deus uma renúncia de todas as coisas criadas para depositar toda a confiança em Deus seja na vida ou na morte a fé é uma desatenção às coisas que se vê a fim de levar em conta aquelas que
são invisíveis porém eternas e imperecíveis a natureza da Fé também Deixa claro que é necessário outro poder para mover o homem à fé além da influência moral que procede do Evangelho Aim de crer livre e voluntariamente com toda a sua mente o homem necessita de um novo coração e uma vontade mudada quem pode iniciar essas mudanças a palavra pode servir como meio e as provas Racionais e Morais podem servir para recomendar a fé à consciência humana porém em última análise ainda que tomadas conjuntamente elas não são capazes de efetuar no coração do homem a fé
que o faz voltar-se de toda a realidade criada e que lhe permite depositar sua confiança somente em Deus as escrituras colocam Esse testemunho em primeiro plano anteriormente a toda experiência a carne e o sangue não revelam os mistérios do Reino dos Céus só o pai de Jesus que está no céu é Aprazível ocultar essas coisas dos sábios e entendidos e revelá-las aos pequeninos num primeiro momento isso pode parecer ilógico todavia é bastante razoável assim como o conhecimento somente se dá quando o objeto conhecido e o sujeito cognoscente são condizentes assim o verdadeiro conhecimento de Deus
é possível apenas mediante a fé que ele mesmo desperta em nossos corações ninguém conhece o pai senão o filho e a quem o filho deseja revelá-lo isto todavia não deveria nos desencorajar e incitar a indagar sendo assim quem pode ser salvo a todos os homens mesmo os mais perdidos e caídos é oferecido a grande Consolação de que em Deus tudo é possível a experiência de todos os crentes confirma Esse testemunho das escrituras não importa como eles possam discordar e como suas crenças possam divergir em suas orações ou louvores todos os crentes confessam perante a face
de Deus que eles devem sua fé e sua esperança a sua graça somente eles não podem explicar de outra maneira como a obtiveram todas as origens estão ocultas no vé de mistério todo Nascimento é nascimento da luz para a Escuridão o vento S pra onde quer e ouves a sua voz e não sabe para onde ele está indo assim é todo o que é nascido do espírito de Deus O homem cego de nascença só poderia testificar eu era cego e agora vejo É desse modo que o homem que veio a Cristo em Fé vê e
julga e avalia todas as coisas de maneira diferente aquilo que antes lhe fora loucura ele agora honra como sabedoria divina o que ele rejeitava como uma ofensa ele agora considera como sua maior alegria embora tudo possa opor-se a isto embora tudo aparentemente contradiga embora todo o mundo e sua consciência devam acusá-lo de que ele pecou gravemente contra todos os mandamentos de Deus e ainda está inclinado para toda sorte de mal O crente pode apenas testificar que por sua graça somente Deus deu-lhe a justiça de Cristo e reconhece-a como pertencendo a Ele o homem como se
este jamais tivesse pecado como se o próprio homem tivesse cumprido a obediência absoluta que Cristo realizou por ele desse modo a fé é um ato de energia moral um ato de poder espiritual mais elevado é a obra de Deus par excelence Já que é o seu dom mais precioso e mais a fé apega-se a Deus como que vem do invisível conhecendo o amor divino dependendo de sua graça e esperando nele fid dignamente a fé e a palavra de Deus partindo desse centro o crente sente-se em comunhão com os santos ele está cada vez mais vinculado
a toda a verdade ao testemunho pleno rico dos Apóstolos e dos Profetas a totalidade das sagradas escrituras enquanto palavra de Deus esse vínculo da Alma as escrituras indubitavelmente possuem um caráter Místico assim como todo amor e todas as inclinações do coração mas nem por isso é irracional E infundado é verdade que a fé não aceita de modo nenhum somente aquilo que experienciou ou que pode inferir de sua própria experiência interna porque as emoções geralmente e ainda mais nos crentes trilham seu caminho muito através da fé a revelação de Deus nas escrituras não foi dada a
um único membro da igreja mas a igreja de todas as eras em Todos tempos em todas circunstâncias para ser uma fonte de verdade e um meio de graça mas a fé não aceita cegamente tudo que um filósofo ou um artista uma igreja ou um sacerdote apresentam como verdade atualmente Muitos buscam trilhar uma via média valendo-se da certeza subjetiva e do conforto da religião enquanto abre mão de sua verdade objetiva e cognoscibilidade isso transforma a religião numa questão privada uma necessidade psicológica tudo que alguém considera útil e necessário crer num dado momento e espaço é tido
como verdadeiro Mas se a religião no sentido objetivo não existe ou é incognoscível à fé uma palavra deve apresentar-se confirmar e ser celada como uma palavra vinda de Deus desde de seu início mesmo E conforme o retorno da reforma às escrituras novamente tornou Claro a fé tem um caráter religioso não é Primeiramente um conhecimento histórico que é posteriormente suplementado e completado pela confiança ou pelo amor desde o início é um estado religioso um conhecer prático um conhecimento que se aplica a mim uma apropriação das promessas que Deus fez a mim mas tal apropriação é possível
somente se uma palavra se apresenta e confirma-se a mim como uma palavra vinda de Deus se as escrituras não são nada mais do que uma narrativa de eventos passados podesse ia ser aceita apenas com bases históricas por uma fé histórica porém embora também seja histórica na medida em que a história é mais do que uma narrativa é uma palavra vinda de de Deus que vem até o homem conclamando à fé e ao arrependimento como tal pode ser conhecida por meio da Fé genuína todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é fiel a promessa
e a fé são correlatas elas dirigem-se uma à outra quanto mais o Cristão cresce mais ele enraíza nessa palavra aprendendo a conhecê-la melhor e a valorizá-la mais ainda no mesmo ato de fé ele também Abraça a Cristo cuja semelhança vem até o homem de forma não adulterada no testemunho que as escrituras dão acerca de Cristo portanto a fé não é o fundamento que carrega a verdade nem é a fonte da Qual o conhecimento flui em direção ao homem antes é o órgão da Alma ela reconhece a verdade objetiva aut subsistente a fé é o balde
com o qual o crente tira água da vida da Nascente da palavra de Deus em toda percepção e pensamento exige-se a concordância entre sujeito e objeto não basta o sol raiar nos céus o homem também precisa de olhos a fim de ver o sol por sua própria luz não basta que o mundo visível seja a incorporação do pensamento o homem também precisa de uma mente para seguir esses pensamentos e acolhê-los em sua consciência de semelhante modo o crente não é nada mais do que um ser humano normal cujos olhos foram abertos para as coisas eternas
e Celestiais cujo coração aprendeu de novo a compreender os mistérios do Reino dos Céus o cristão não constrói seu conhecimento da Verdade a partir da Fé antes ele penetra a partir da Fé cada vez mais profundamente nos mistérios da salvação a palavra de Deus é sempre o firme fundamento no qual o crente apoia-se a rocha qual se apega o ponto de partida de seu penso a fonte de seu conhecimento a regra de sua vida a luz para o seu caminho e lâmpada para seus pés as dimensões da certeza mas a certeza da fé não é
suficiente para um cristão ele também necessita da Certeza da Salvação ele somente será capaz de descansar e gloriar-se na Liberdade dos filhos de Deus quando sua fé estiver segura não somente do objeto do qual Depende mas também de si mesmo esses dois tipos de certeza embora facilmente distinguíveis não podem ser separados estão intimamente relacionados um não existe sem o outro desse modo a fé é semelhante ao conhecimento uma característica do conhecimento é a certeza não apenas de seu objeto mas ao mesmo tempo também de si mesmo se conhecemos algo real e seguramente sabemos ao mesmo
tempo espontânea imediatamente que sabemos o conhecimento Genuíno exclui toda dúvida com relação a si mesmo ele obtém essa certeza não por argumento racional e não por autorreflexão ou por inferência lógica a luz que o conhecimento lança sobre o objeto conhecido reflete-se imediatamente sobre si e expulsa todas trevas isto também é verdadeiro no tocante à fé a fé que realmente merece este nome traz sua certeza dentro da Fé podemos novamente distinguir entre o que nossos pais chamavam de atos contínuos e retorn de fé entre a busca por abrigo e a confiança assegurada da Fé entre o
estar e o bem-estar da Fé porém por mais sofisticadas que sejam essas distinções não se pode transformá-las em divisões a fé não é um que como uma máquina é composto de diferentes partes e gradualmente formatado numa unidade nem é uma dádiva que é imposta de cima sobre nossa natureza que permanece interiormente alheia a esse dom antes é uma restauração do relacionamento correto entre Deus e o homem o retorno da confiança que uma criança normal deposita em seu pai no estado e atitude da Alma que as sagradas esit de fé a certeza está inus em raz
de sua própria natureza a certeza acima de tudo concernente de Deus que nos no também certe de que pela gra também compartil dessas útima forma de certeza não vem de fora Aé não lhe é acrescentada mecanicamente não se une à fé por uma revelação especial essa certeza está contida na fé desde o princípio e eventualmente procede organicamente dela a fé é certeza e enquanto tal exclui toda dúvida todo aquele que é Oprimido pela culpa e é esmagado e honestamente busca refúgio em Cristo já é um crente na medida mesma em que exercita uma confiança de
quem busca Um Abrigo o crente também possui uma uma confiança assegurada como mais poderia um pecador convencido de sua própria culpa ousar aproximar-se de Deus e invocar sua graça a menos que nas profundezas de seu coração sem estar consciente disso compartilhasse da certeza da fé e da esperança que o pai de Jesus Cristo é misericordioso e grande em amável benevolência por vezes descr a situação como se o pecado convencido como Ester de sua pecaminosidade se voltasse para Deus com estas palavras em seus lábios se perecer pereci a confiança que corre em direção a Deus à
procura de abrigo não é um experimento incerto nem um cálculo duvidoso de probabilidades significa permanecer nas promessas de Deus de que não lançará fora aquele que ele suplica em Cristo Graça e Perdão a Confiança assegurada está desse modo incluída nessa confiança que busca abrigo e ambas se desenvolvem conjuntamente quanto mais forte a confiança que busca abrigo se torna mais forte torna-se a confiança assegurada e se esta última é pequena e fraca podemos confiantemente concluir que a primeira também está carente e incompleta a fé portanto não alcança a certeza em relação a si mesma por meio
do raciocínio lógico nem por meio do exame constante de si própria nem através da reflexão sobre sua própria natureza A Crítica da Razão Pura de Kent dificilmente auxilia na fundamentação de nossa certeza porém a certeza flui para nós imediata e diretamente a partir da própria fé a certeza é uma característica essencial da fé é inseparável dela e pertence à própria natureza da Fé entretanto mesmo no Cristão mais santificado a fé está muitas vezes mesclada com a dúvida essa dúvida no entanto não se origina no novo mas no velho homem quando a luz do espírito o
objeto de fé coloca-se perante os olhos da Alma essa mesma luz ilumina a fé e eleva acima de toda dúvida assim como os israelitas no deserto foram curados não quando olharam para si mesmos mas sim quando miraram a serpente levantada na aste assim também o crente torna-se seguro de sua salvação quando espera que esta proceda não de sua fé mas sim que mediante a fé proceda da Graça de Deus essa certeza é e sempre será uma certeza da Fé bastante distinta em sua origem e natureza da certeza científica mas nem por isso menos estável e
inabalável não repousa sobre o raciocínio humano mas sobre a palavra sobre as promessas de Deus sobre o evangelho que não impõe condições mas apenas proclama que tudo já foi cumprido tudo o que temos de fazer é entrar nessa obra realizada e nela descansar por toda a eternidade a certeza um perigo muitas vezes a igreja cristã não teve a ousadia de proclamar seu rico e livre evangelho porém adaptou às opiniões humanas já nos dias de Paulo muitos temiam que se abusasse da Graça e se criasse ocasião para carne e que as pessoas começariam a pecar abundantemente
para que a graça super abundasse de inúmeras maneiras o evangelho frequentemente foi transformado numa lei o dom de Deus tornou-se uma demanda e suas promessas foram transformadas em condições na igreja católica Romana as boas obras deveriam vir em primeiro lugar e nas igrejas protestantes foram necessários vários tipos de experiências antes que se pudesse realmente acreditar e apropriar-se desse rico Evangelho da Graça de Deus os sacerdotes ou Os Guardiões da vida espiritual garantiam aos crentes o direito e a liberdade de espírito para crer S mente como o produto o fruto de uma série de boas obras
ou de experiências interiores genuínas a fé foi separada de seu objeto a graça de Deus em Cristo por uma longa lista de atividades e foi Obrigada ao constante exame e reflexão sobre seu próprio desenvolvimento a fé ao buscar inutilmente dentro de si e em meio às agitadas ondas da experiência aquilo que se poderia encontrar somente fora de si em Cristo perdeu sua certeza por sua própria natureza e Essência a fé não pode encontrar repouso em nada senão numa palavra vinda de Deus numa promessa do Senhor qualquer outro fundamento fala abalar se já que é humana
e portanto mutável e inconfiável somente uma palavra vinda de Deus pode dar vida às nossas almas e prnos Um fundamento inamovível para edificação de nossa esperança quando todas as coisas humanas que se põe entre a graça de Deus e a nossa fé são eliminadas e quando nossa fé apega-se firmemente às promessas de Deus de modo direto e imediato então a fé será certa e inabalável assim a fé não mais se assenta sobre o fundamento subjetivo mutável mas sim sobre o fundamento objetivo permanente o caráter inabalável da fundação é transmitido diretamente à pessoa que resgatada do
naufrágio de uma vida finca ambos os pés firmemente nesse fundamento em Fé quando se permite que a planta da Fé crie raízes no Chão das promessas de Deus ela naturalmente produzirá o fruto da certeza quanto mais profunda e firmemente as raízes penetrarem nesse chão mais forte e mais alto a planta crescerá e mais ricos serão seus frutos a confirmação dos sacramentos essas promessas são nos oferecidas de duas formas audível e visível como pregação e como Sacramento os sacramentos são sinais e selos da palavra e estão portanto sujeitas a ela separados da palavra não tem qualquer
valor e deixam de ser sacramentos eles não podem pois significar ou transmitir a graça que já não se encontra presente na palavra e que é oferecida através da palavra por meio da Fé eles também pressupõem a fé nessa palavra quem não aceita essa palavra na fé nada estrai dos sacramentos e ao participar deles somente torna-se ainda mais indesculpável os sacramentos foram ordenados somente aos crentes pois eles não efetuam aquilo que não está presente mas apenas fortalecem aquilo que já se fazia presente eles o fazem por sua própria Essência pois estão vinculados à palavra e sinalizam
excelam para confirmá-la os exercem esse poder confirmador e fortalecedor de duas maneiras primeiramente eles celam para o crente as promessas de Deus de que ele será um Deus para eles e para sua descendência Deus falos lembrar-se de sua aliança e dá-lhes todas as bênçãos da salvação o perdão de Pecados e a vida eterna ele não abandonará a boa obra que começou neles mas há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus em segundo lugar por meio da confirmação sacramental das promessas de Deus os crentes são fortalecidos em sua fé juntamente com a certeza das promessas
de Deus e seu cumprimento a força da fé também cresce a consciência Segue o ser na medida mesma em que um menino torna-se um homem ele deixa as coisas de menino e amadurece para autoconsciência límpida e caminha na plena luz do conhecimento as emoções recuam para o fundo e a totalidade da vida torna-se iluminada pela certeza firme da fé Isso certa feita levou Paulo a dizer que o Espírito de Deus tesic em seu coração que ele era um filho de Deus pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus os
frutos da certeza a natureza dessa fé portanto faz com que seja impossível que aqueles que foram enxertados em Cristo não produzam frutos de gratidão aqueles que acreditam na justiça por obras sempre parecem temerosos de que uma fé que se fundamenta somente nas promessas de Deus será moralmente danosa mas tal temor é inteiramente infundado e vão pois em certo sentido não há algo como uma fé morta sem obras toda fé mesmo a fé comum do dia a dia e de igual modo na religião os tipos de fé designados de histórico temporal e miraculoso produzem fruto mas
um fruto segundo a sua própria espécie se estamos longe de casa e recebemos uma mensagem de que nosso lar ou família foram atingidos por um desastre e cremos nisso isso não deixa de afetar noos antes coloca-nos imediatamente em movimento e envia nos celeremente para casa os demônios dizem as escrituras creem que há um Deus e porque creem e não podem negar eles tremem a fé Histórica de igual modo que costumava unir toda a cristandade de maneira geral às verdades do Evangelho não deixava de produzir fruto pois num amplo corte transversal o povo estivera cativo a
ela sendo preservado de vários pecados horrendos embora seja verdade que a hipocrisia fosse generalizada naqueles dias e muitos males fossem cometidos em segredo essa hipocrisia entretanto era uma homenagem que o erro pagava a verdade e o pecado a virtude certamente não era pior do que o horrível descaramento com que as mais terríveis abominações são desput adamente cometidas na sociedade contemporânea consequentemente toda fé gera frutos de acordo com o seu objeto e sua natureza dependendo de o objeto de nossa fé ser boas ou mas novas uma promessa ou uma ameaça uma narrativa ou um vaticínio evangelho
ou Lei ele deferirá em caráter assim como o fruto que ele produz em nossas vidas se isso é verdadeiro para toda a fé quão mais verdadeiro será para a fé enraizada numa renovação Espiritual do coração que realmente recebe o evangelho como boas novas e que depende somente da Graça de de Deus em Cristo não pode produzir pessoas relapses e ímpias essa fé produz fruto de acordo com sua espécie fruto que glorifica o pai nesse fruto a realidade a sabedoria e o poder dessa fé são mais uma vez demonstrados as experiências e as boas obras jamais
podem provar de antemão a verdade da fé toda a experiência genuína e todas as obras Virtuosas não são as raízes mas os frutos da Fé só quando as promessas do Evangelho São apropriadas na fé elas exercem uma influência sobre o nossos corações e vidas através de nossas consciências as emoções seguem o entendimento e a vontade é conduzida por ambos a fé é a fonte da vida emocional e o poder que anima as obras de nossas mãos se a fé Contudo não vem em primeiro lugar nenhuma experiência genuína e nenhumas obras verdadeiras podem resultar enquanto não
estivermos Seguros e firmes em nossa fé e ainda duvidarmos continuaremos a experimentar ansiedade e medo e não teremos a ousadia e a confiança como filhos de Deus ainda estamos muito mais preocupados com nós mesmos para sermos capazes de devotar nossa atenção às obras de amor realizadas a Deus e ao nosso próximo os olhos da Alma permanecem voltados para o interior e não tê uma visão Ampla livre do mundo ainda estamos relativamente sujeitos ao espírito de medo ainda sentimo-nos muito distantes de Deus e não vivemos com base em Nossa Comunhão com ele secretamente ainda abrigamos pensamentos
de que devemos agradá-lo com nossa estatura e Virtudes e ainda Agimos a partir de princípios legalistas permanecemos escravos não filhos mas se em Fé apegarmos imediatamente às promessas de Deus e assumir nosso posicionamento em sua rica graça Então somos seus filhos e recebemos o Espírito de adoção esse espírito é apropriado à nossa filiação testifica em nosso espírito que somos filhos de Deus então sentimo-nos como filhos de Deus temos a estatura e a experiência de filhos e naturalmente também realizamos boas obras não como servos em busca de Recompensas mas por gratidão Ora se somos filhos somos
também herdeiros herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo o inverso da Ordem da salvação Isto é a separação da Fé de seu único objeto apropriado também teve como resultado no passado a concentração cada vez maior dos fiéis em si mesmos reunindo-se em conciliábulos a fim de discutirem questões espirituais abandonando o mundo a seu próprio destino os cristãos pietist preferiram refugiar-se da turbulência da Vida em seus próprios círculos íntimos a vida relosa espiritual era aúnica vida verade ela relega todas as demais atividades a segundo plano considerá-las como de menor é certo que o indivo aa liado
ajug à famab na sociedade e tinha deot alguma atenção a estes no entanto fazia relutantemente a vida do indivíduo no mundo formava um nítido contraste com sua vida espiritual a primeira sempre parecia estar envolvida em maior ou menor grau com o serviço ao mundo em todo caso era uma vida de ordem inferior sentar-se em silenciosa contemplação ou relatar ao círculo dos fiéis aquilo que Deus formara numa alma isto era viver Este era o ideal Este era o destino real do Cristão tal concepção da tarefa terrena do Cristão Surgiu da inversão da Ordem da salvação que
mencionamos anteriormente um cristão era uma pessoa lastimosa o pressa que poderia alcançar a certeza e o repouso somente ao fim de sua vida após uma sée de experiências interiores a certeza tornou-se finalidade ao invés do ponto de partida de todos seus esforços ser salvo era o objeto de todos os seus desejos incerto quanto ao seu próprio estado ele já tinha trabalho suficiente com o qual lidar e faltava-lhe a coragem e a força para voltar seus olhos para fora e assumir o de reformar o mundo bastava que ao fim de sua vida exasperados servos do mundo
essa tradição superestimava e exagerava na única coisa necessária que Em contrapartida está muitas vezes ausente na agitação da vida contemporânea embora os cristãos do século 19 tenham esquecido por si mesmos o mundo corremos o perigo de perdernos no mundo atualmente vamos para fora a fim de converter todo o mundo para conquistar todas as áreas da vida para Cristo porém frequentemente deixamos de indagar se nós mesmos somos realmente convertidos e se pertencemos a Cristo na vida e na morte pois é a isso que a vida de fato se resume não podemos banir essa questão de nossa
vida pessoal ou eclesiástica sob o rótulo do pietismo ou metodismo que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro ainda que por meio de princípios cristãos e perder a sua alma Mas isso não sugere que o sentido da religião cristã possa limitar-se à salvação de almas individuais a situação aparece de modo muito diferente aqueles que em consonância com as escrituras e com a confissão da reforma não colocam a fé ao fim mas no princípio do caminho da salvação este caminho não luta em busca da Fé Mas vive pela fé é o caminho que não trabalha a
fim de crer mas crê a fim de trabalhar esse tipo de Cristão encontrou seu ponto de vista nas promessas da Graça de Deus em Cristo os fundamentos de sua Esperança São fixos pois eles encontram-se fora de si na palavra de Deus que é inamovível ele não precisa examinar constantemente a genu e a força do fundamento sobre o qual o edifício de sua salvação foi construído ele é um filho de Deus não com base em todos os tipos de experiências internas mas sim com base nas promessas do senhor seguro disso ele pode então livremente olhar ao
seu redor e gozar de todas as boas dádivas e do Dom perfeito que desce do Pai das Luzes Tudo é dele pois ele é de Cristo e Cristo de Deus o mundo inteiro torna-se material para seu dever a vida religiosa tem seu próprio conteúdo e valor independente permanece sendo o centro o coração do qual todos os pensamentos e atos do Cristão procedem pelo qual são animados e do qual recebem o calor da vida ali na comunhão Deus ele é fortalecido por seus esos e cinge-se para B misios vida comun Deus não vimar deação quarto mais
Timo porém não é toda no qual se vi e se trabalha a vida espiritual não exclui a família e a vida social os negócios e a política A Arte E A ciência é distinta destes também possui muito mais valor mas não está em oposição irreconciliável em relação a eles antes é o poder que nos permite a cumprir fielmente nosso chamado terreno imprimindo em toda a vida o selo de serviço a Deus o reino de Deus é Sem dúvida semelhante a uma pérola mais preciosa do que o mundo inteiro mas é também como um fermento que
levada toda a massa a fé não é somente o caminho da salvação envolve também vencer o mundo o Cristão tal como é representado nas escrituras e tal como assevera no catecismo de Heidelberg permanece e opera nessa convicção reconciliado com Deus ele também reconcilia-se com todas as coisas visto que no pai de Cristo Ele confessa o Todo Poderoso o criador do céu e da terra ele não pode ser tão Medíocre de coração e restrito em suas afeições pois o próprio Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo que
nele crê não pereça mas tenha a vida eterna e este filho veio à terra não para condenar o mundo mas para salvá-lo na sua cruz céu e terra são reconciliados sob sua autoridade todas as coisas convergirão nele como o cabeça a história de todas as coisas procede de acordo com seu conselho no tocante à Redenção da igreja com uma nova Humanidade para com a libertação do mundo num sentido orgânico em relação ao novo céu e a nova terra mesmo agora por direito tudo em princípio pertence à igreja porque ela é de Cristo e Cristo de
Deus como um sacerdote no templo do senhor aquele nisso é rei sobre toda a terra porque é um cristão é um humano no sentido pleno verdadeiro Ele ama as flores que crescem a seus pés e admira as estrelas que Brilham no firmamento ele não desdenha as artes que são para ele um dom precioso de Deus nem menospreza as ciências pois estas também são um dom do Pai das Luzes o Cristão acredita que tudo que Deus criou é bom e recebido com ações de graças nada é recusável ele luta não Pelo sucesso e não trabalha por
Recompensas mas realiza aquilo que lhe chega às mãos vendo claramente por meio dos mandamentos de Deus embora ignorando aquilo que o futuro possa trazer ele faz boas obras sem pensar duas vezes e gera fruto antes que o perceba ele é como uma flor que espalha sua fragrância sem percebê-lo ele é numa palavra um homem de Deus perfeitamente habilitado para toda boa obra e embora para ele o viver seja Cristo no final o morrer é lucro