[Música] [Música] Us [Música] sejam bem-vindos ao ibac referência Nacional em análise do comportamento somos uma instituição que Visa formar profissionais diferenciados na área da Psicologia Clínica desde 1999 oferecemos diversos cursos de pós-graduação e formação para psicólogos e estudantes mais de 2.000 alunos formados ao longo desses anos em 2009 iniciamos os cursos online com aperfeiçoamentos constantes desde então temos uma variada oferta de cursos 100% online de curta e longa duração possibilitando a sua evolução profissional conheça os diferenciais do ibac e de cada curso com um exclusivo sistema de ensino personalizado sobre princípios do comportamento e possibilidade
de Estágios online presenciais descontos para inscrições em grupos inglês instrumental gratuito para alunos e a possibilidade de ingressar no Corpo Clínico do ibac ibac tradição e Excelência em cursos online aí você sabia que o IB oferece conteúdos também em podcast Olá meu nome é Jairo e eu sou uma das vozes do podcast ibac ciência e comportamento aqui nos aprofundamos em assuntos específicos relacionados à ciência do comportamento e a psicologia em geral Nossa abordagem Visa não apenas compartilhar conhecimento mas também estimular discussões aprofundadas sobre o tema encontre-nos no Spotify ou na sua plataforma de preferência e
junte-se a mim e a equipe do ibac nessa jornada acadêmica pelo mundo da análise comportamental clínica [Música] h [Música] sejam bem-vindos ao ibac referência Nacional em análise do comportamento somos uma instituição que Visa formar profissionais diferenciados na área da Psicologia Clínica desde 1999 oferecemos diversos cursos de pós--graduação e formação para psicólogos e estudantes mais de 2000 alunos formados ao longo desses anos em 2009 iniciamos os cursos online com aperfeiçoamentos constantes desde então temos uma variada oferta de cursos 100% online de curta e longa duração possibilitando a sua evolução profissional conheça os diferenciais do IB e
de com um exclusivo sistema de ensino personalizado sobre princípios do comportamento e possibilidade de Estágios online presenciais descontos para inscrições em grupos inglês instrumental gratuito para alunos e a possibilidade de ingressar no Corpo Clínico do ib ib tradição e Excelência em cursos online aí você sabia que o ibak oferece conteúdos também em podcast Olá meu nome é Jairo e eu sou uma das vozes do podcast ibac ciência e comportamento aqui nos aprofundamos em assuntos específicos relacionados à ciência do comportamento e a psicologia em geral Nossa abordagem Visa não apenas compartilhar conhecimento mas também estimular discussões
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Nossa abordagem Visa não apenas compartilhar conhecimento mas também estimular discussões aprofundadas sobre o tema encontre-nos no Spotify ou na sua plataforma de preferência e junte-se a mim e a equipe do ibac nessa jornada acadêmica pelo mundo da análise comportamental clínica [Música] h [Música] a todos uma ótima noite eu sou Gabriela Carneiro estou aqui hoje eh iniciando a nossa jornada o nosso quarto dia de jornada Clínica do ibac E hoje nós vamos falar sobre a psicologia é uma neurociência e quem vai palestrar para nós é o Artur o Artur Menezes ul Vittor Menezes de Souza ele
tem formação em psicologia neuropsicólogo mestre eh em Neurologia e neurociências pela Universidade Federal de São Paulo atualmente ele é neuropsicólogo clínico e em contexto de pesquisa científica instituições públicas e privadas atua como professor e supervisor de psicologia e neuropsicologia instituição de ensino superior possui experiência em avaliação neuropsicológica no contexto hospitalar e também em orientação de pesquisa científica Artur seja bem-vindo e né tô bem curiosa e também ehess ada nesse tema que você trouxe pra gente né que a a psicologia é uma neurociência OK Gabi obrigado bom é isso mesmo né e gente boa noite a
Gabriela me fez esse convite né para est aqui ministrando uma palestra para vocês eu já tinha ministrado outra em outra jornada que aconteceu no ibac acho que faz aí mais ou menos 1 ano e meio ou do anos eh no no evento até falei sobre inteligência né avaliação da inteligência e dessa dessa vez eu quis eh tá abordando um tema diferente mas não tanto né então nos últimos meses nos últimos eh períodos eu tenho estudado um pouco também sobre as bases digamos filosóficas né que orientam ali um pouco do nosso pensamento e escolhi esse título
ousado eh confesso né para est aqui abordando com vocês né um título que para muitos ouvintes né para algumas pessoas eh pode soar ali um pouco reducionista e aí eu queria trabalhar exatamente sobre essa perspectiva para que hoje né pelo que a gente conhece de neurociências e sobre o que é o propósito e o objetivo da Psicologia a gente saiba que de fato nós estamos falando sobre uma interlocução entre o mesmo saber né uma vez que felizmente né hoje a gente já consegue compreender mais que não existe como estudarmos sobre a mente humana né sobre
o comportamento sobre o indivíduo sem considerar ali as suas circuitar eh o se sobre o seu sistema nervoso né sobre o seu funcionamento cerebral encefálico beleza a professora Gabi já me apresentou porém né novamente brevemente eu sou arton Menezes psicólogo neuropsicólogo tenho mestrado também na área né em Neurologia e neurociências e atuo nessa interface tanto ali com docência como também realizando avaliação e supervisão um período da minha vida também trabalhei muito com pesquisa científica mas hoje né confesso que está um pouco mais tímido ali na minha agenda enquanto a avaliação e a docência realmente tomaram
ali né o protagonismo O Carro Chefe de onde eu estou atuando Ok dito isso deixei aqui o meu contato para quem tiver o interesse tanto e-mail para solicitar material pedir fazer alguma dúvida que porventura não faça aqui agora tá bem como também o Instagram no caso meu Instagram profissional o único que eu tenho tá bom para para quem também quiser tá se atualizando sobre ali os materiais que eu publico né as coisas que eu também vou realizando então se eu quero dizer que a psicologia é uma neurociência eu primeiro preciso dizer o o que que
é a psicologia diante disso eu trouxe aqui a definição da APA que é entendido né como o A Entidade até pelo menos de eu entendo a entidade que mais repercute né A Entidade mais confiável acerca do que é a psicologia e eles definem a psicologia como o estudo da mente e do comportamento uma definição que Digamos agradaria que gregos e troianos né tanto quem é considerado Mentalista como quem também não se considera Mentalista acaba sendo contemp lado aqui nessa definição de Psicologia bom então hoje né Principalmente com o advento e crescimento da neuropsicologia a gente
de fato começa a considerar mais esse funcionamento da psiquê Como de fato associado atrelado aqui ao nosso próprio funcionamento cerebral porém ainda existe uma certa resistência acerca desse pensamento principalmente de profissionais mais antigos né também teóricos de de longa data que muitas vezes são a base ali do que a gente estuda na psicologia que não consideram bem dessa forma né que entendem que o estudo do cérebro enquanto um órgão ele acaba sendo ali um viés mais reducionista mais mecanicista isso acontece por conta principalmente de três que eu elenquei aqui três pressupostos filosóficos que muito influenciam
tanto aqui o nosso pensamento ocidental como também de certa forma até até é a própria estruturação do nosso pensamento né A partir ali do nosso desenvolvimento também é muito devido a esses três autores no caso eu vou mencionar eles três e justificar essa essa por que isso aconteceu dessa forma principalmente me baseando aqui no livro do sten pinker tá chamado tábula rasa Recomendo muito essa leitura mas o que que de fato acontece né Nós temos aqui esses três filósofos Imagino que principalmente para quem é da área da Psicologia todos eles são bem conhecidos por vocês
né então a gente tem o René Descartes com o o seu pressuposto do dualismo mente corpo que que o Descartes então né nos ensinava bom existe ali um corpo e existe uma mente que é dividida desse corpo né Uma Mente que pode ser dissociada tanto que através ali daquela sua frase emblemática né penso logo existo a única evidência que a gente tem é da mente enquanto o corpo ele pode ser um mero sonho né uma mera Alucinação acerca dessa mente a gente não tem evidência alguma pro nosso processo mental de que existe um corpo apenas
de que existe uma mente uma vez que nós pensamos diante disso Descartes também considera que a mente por si ela é indivisível mas que o corpo Pode sim ser dividido a partir da mente que ainda assim a nossa mente Seria a mesma né então mesmo que né porventura você perca um braço ou uma perna pro Descartes a sua mente não alterou né você é ainda a mesma pessoa Então por conta disso né o Descartes ele elaborou esse dualismo mente corpo que muito influenciou ali o pensamento da psicologia e que hoje até é referido de um
modo mais pejorativo com aquele termo de um fantasma na máquina né como se pro Descartes o nosso corpo o nosso organismo o nosso cérebro fosse uma mera sala de controle onde a mente que é o seu eu passa a ocupar e controlar ali aquela mente além dele nó nós tivemos aqui um dos grandes patronos da educação Mundial né também que muito influenciou pensamento do Paulo Freire também do do piag que é outro filósofo o jean-jacques Rousseau que nos traz aqui em oposição ao Hobbes essa esse pressuposto do bom selvagem né uma ideia então de que
nós nascemos bons mas que a sociedade nos corrompe A partir dessa linha de pensamento do Rousseau a gente pode então entender né muitas pessoas passam a entender dessa forma que tudo aquilo que influencia as mudanças de um indivíduo acontecem exclusivamente na sua vida né Então a partir ali das experiências de como a sociedade vai o moldando a partir ali da sua própria história então menos por conta do Russo é tirado desses processos digamos biológicos né mecânicos e mais é colocado novamente aqui num peso social né num peso ali das contingências ambientais e não acerca ali
do funcionamento do nosso corpo né do nosso cérebro enquanto organismo na mesma linha a gente tem o John Lock Provavelmente o mais famoso aqui desses três na psicologia contemporânea que né nos traz aqui o pressuposto da tábula rasa o que que é a tábula rasa muito semelhante ao que o Rousseau mencionou né na tábula rasa a gente nasce como uma folha de papel em branco ou seja a gente nasce sem nenhum a priori né sem nenhum tipo de input sem nenhum tipo de conhecimento sem nenhum tipo de mecanismo ou Nada ali que vá guiando o
seu processo de desenvolvimento mental mas apenas ali a própria experiência a própria história de vida os próprios acontecimentos que vão ocorrendo com a gente que de fato vão ali está influenciando nessa sua formação enquanto sujeito então nós temos esses três pressupostos filosóficos que muito influenciaram ali o nosso pensamento ocidental e infelizmente isso Acabou distanciando né Essa Ideia de que a psiquê poderia ser explicada ali através de órgãos né uma vez que a mente ela é influenciada apenas pela pela vivência e Que essa mente é algo separado do corpo então entender que a mente está ali
como um processo do corpo né como um produto desse funcionamento cerebral não faria sentido Por conta desses pressupostos filosóficos que mais uma vez estruturam o nosso modo de pensar bem como a gente também tem questões muito religiosas que influenciam esse pensamento né então de certa forma o ser humano o indivíduo ele é entendido como diferente especial no sentido de ser muitas vezes até superior a outros animais né a outros seres Então o que para os outros a gente estuda em biologia e entende a partir de biologia o ser humano seria muito além né então mais
uma vez essa ideia de que estudar através de mecanismos biológicos cerebrais seria de certa forma um reducionismo nessa compreensão do sujeito o Steven pinker né que mais uma vez foi o livro que eu mostrei e é um dos meus autores preferidos ele da Psicologia atual ele então coloca né Essa frase que eu acho que muito bem resume todo esse processo que nós tememos que a Biologia nos tire aquilos que nos faz especiais né Nós somos e nos sentimos especiais e de fato somos né para aquelas pessoas queridas pela pela gente e por nós mesmos mas
quando a gente a gente fala sobre esse processo mental sobre esse processo comportamental que é o que nós somos a ideia de um estudo biológico de mecanismos biológicos acerca disso mais uma vez é algo que nos faz parecer reducionismo né e esse é um pensamento que muito reverberou através aí das décadas da psicologia e que mais uma vez nos distanciou acerca desse estudo cerebral né tarde ou então que a gente pudesse entender o cérebro como algo que explica ali o nosso indivíduo felizmente nós tivemos ali alguns casos ao longo da história que começaram a mudar
esse processo de pensamento então aqui eu tenho dois Mártires né emblemáticos bem conhecidos por vocês eu imagino do lado esquerdo a gente tem o Fas gage e do lado direito nós temos o Henry moison no caso né foram ali pessoas que o seu processo mental o seu eu mudou a partir de alterações no caso Henry moison ele teve ali uma alteração cognitiva para quem não conhece né é um paciente que sofria de epilepsia Severa e numa época onde pouco se sabia sobre o funcionamento cerebral o neurocirurgião do caso optou por remover os hipocampos que no
caso todo mundo tem dois né ele removeu os dois hipocampos do hry molaison e isso de fato trouxe uma melhora substancial no quadro epiléptico dele né tanto que ele parou de ter crises no entanto o enryo leison ele também perdeu a capacidade de formar novas memórias e com isso começamos então a perceber que talvez Essas funções cognitivas que também são psiquê estão ali alojadas ou de algum forma de alguma forma dependem desse funcionamento cerebral do mesmo modo e talvez ainda mais famoso a gente teve o phas gage que é o o caso mais citado ali
entre toda a literatura da neurociência onde o phas gage ele infelizmente sofreu um acidente com essa barra de de ferro que a gente tá vendo na foto e a barra de ferro atravessou a parte central frontal aqui do cérebro do Phineas gage e após isso ele teve mudanças muito radicais em quem ele era né mudanças no próprio finas gage no próprio jeito de ser dele alguém que antes era considerado bem querido Um boa pinta né boa Praça aquela pessoa gostada e apreciada por todos ele passou a ser evitado né Ele se tornou uma pessoa ali
né de difícil convivência fazia assediava as jovens né tanto que elas eram aconselhadas a não passar perto dele quando estivessem sozinhas passou a beber muito né ter muitos comportamentos de risco não se comprometia ali no trabalho algo que antes ele era até chefe de uma pequena equipe então mais uma vez a partir de uma alteração cerebral a gente teve aqui uma mudança radical significativa na própria personalidade do Fas gay né no seu jeito de ser na sua mente então caso ali que por sorte né abriram o espaço para que os teóricos e os cientistas começassem
a perceber que o cérebro de fato estava ali associado aos nossos processos mentais ao nosso comportamento ao nosso self né a quem nós somos e essa ideia então de que o estudo do cérebro o estudo da neurociência na psicologia é reducionismo foi então aos poucos ali seom minada Apesar que ainda é um processo mas será que a gente consegue explicar né o comportamento humano ou a nossa mente o nosso funcionamento sem considerar bases neurofisiológicas Porque na minha visão parece que o reducionismo é exatamente o contrário né a gente tentar alhe trazer essa explicação ou essa
compreensão do ser humano sem que seja considerado essas essas circuitar neurofisiológicas então diante disso eu elaborei aqui esse exemplo onde a gente vai abordar um único comportamento que esse caso foi uma facada e vamos tentar então compreender essa facada e no exemplo que eu elaborei para vocês onde a gente vai fazer uma viagem ao passado nós vamos perceber que realmente não teria né como a gente compreender esse fenômeno sem considerar aspectos neurobiológicos esse exemplo em específico eu inspirei né como um resumo aqui do caso do livro comport do do autor Robert sapus tá então tentei
dar uma resumida no livro mudei o exemplo né claro o Robert sapos que ele trata de outra forma mas aqui eu trouxe essa facada Então vamos entender aqui o que que aqui no cérebro do Joãozinho aconteceu né para que em uma festa tá em um Show o Joãozinho ali tivesse esse comportamento de dar uma facada bom um segundo antes dessa facada acontecer o Joãozinho teve ali as suas amídalas cerebrais fortemente ativadas para quem não sabe né no nosso cérebro a gente tem duas amídalas um de cada lado cerebral que estão ali muito associadas a emoções
primitivas e a esses comportamentos como raiva medo agressividade Então na hora que o Joãozinho deu a facada o que nós entendemos como um comportamento inadequado ou mal adaptativo ocorreu porque um segundo antes a amídala do Joãozinho se hiperativo de certa forma inibindo ali o processo de tomada de decisão do córtex préfrontal do Joãozinho né então ele foi mais levado ali pelo funcionamento emocional do que por uma decisão racional mas para que a gente entenda isso a gente também tem que voltar um pouco antes no caso minutos antes desse comportamento acontecer o ambiente ali em volta
do Joãozinho começou-se uma confusão né uma briga garrafas gritaria né de fato ali todo um caos toda uma ruaça eh ameaçadora né hostil começou ali a ocorrer em torno do Joãozinho deixando ele ali em um estado de alerta e a amídala dele também mais aceitvel a essa hiper excitação ainda antes no caso horas ou dias antes o Joãozinho também passou por muito momentos de estresse né antes de ir pro show né de viajar ele teve Muitas dificuldades de dormir tava ansioso tava passando ali por uns problemas pessoais bem como né quando ele foi pro evento
viajou ali de uma cidade do interior paraa cidade onde aconteceu o evento ele enfrentou um trânsito caótico né no trânsito Ele se sentiu o tempo todo preterido né Então as outras pessoas cortavam ele ele não conseguia ali entrar nos locais que precisava então todo aquele trânsito hostil também foi algo que gradativamente aumentou os níveis de cortisol de estresse do Joãozinho que tornaram também mais propício dessa amida dele amídala se ativar da forma como se ativou mas mais uma vez a gente volta semanas e meses antes no caso Joãozinho começou a trabalhar em um estágio né
nesse estágio ele tava ali sofrendo constante assédio moral do Chefe né O que também aumentava o nível de irritação de estresse do Joãozinho bem como ele também passou a frequentar uma academia e como qualquer pessoa que começa a frequentar academia ele começa a consumir muito conteúdo acerca disso e ele vê que os principais influenciadores acerca ali do da nossa vida na academia são pessoas hormonizados semelhante ao dessas pessoas hormonizados Afinal eles são os influenciadores né então por por conta disso o Joãozinho também começa ali a fazer uso de anabolizantes o que junto de todo esse
quadro também aumenta a probabilidade de estresse dele ter comportamentos agressivos e ter também uma má tomada de decisão nos momentos em que ele precisa ser mais racional porém mais uma vez a gente precisa agora voltar anos antes né o Joãozinho foi ali uma pessoa que participou de constante bullying no caso dele especificamente ele não foi a vítima né que Ger a gente fala sobre a vítima mas aqui o Joãozinho Ele foi um agressor né ele foi uma pessoa que praticou o bully ou seja ele teve ali certos comportamentos violentos que durante a adolescência dele foram
reforçados socialmente e que isso também foi ali influenciando o modo como o cérebro do Joãozinho eh realizava a sua sinapse né o modo como o cérebro dele ali foi ao longo do tempo se estruturando ele entendeu então através de vários exemplos que muitas vezes um comportamento agressivo Em algumas situações ele pode ser eficaz no caso do Joãozinho foi eficaz para a popularidade dele enquanto adolescente mais uma vez a gente volta agora décadas antes no caso na própria infância do Joãozinho constantemente ele viu ali brigas entre os pais né ele tinha um pai que era alcoolista
agredia a mãe com certa frequência ele assistia toda aquela cena também não podia se rebelar senão poderia também ser espancado ali pelo pai e durante durante os primeiros anos de vida todos os momentos que a gente tem né todos ali toda essa nossa vivência ela tem grande impacto em como o nosso cérebro vai se desenvolver e ser formado permitindo né propiciando ali uma estrutura sináptica que é o seu jeito de ser e que isso vai reverberar por muitos anos ali em como Joãozinho é em como ele se entende né no modo como ele se relaciona
com o mundo então esses momentos que o Joãozinho passou na infância também trouxeram eram ali grande influência na ponta final desse exemplo que foi no caso a facada porém mais uma vez a gente vai voltar mais décadas antes antes mesmo do próprio nascimento do Joãozinho né a gente agora tá falando sobre a gestação bom infelizmente a mãe do Joãozinho teve ali uma gravidez que para ela não foi planejada né os pais dela também não aceitaram essa gravidez faziam também muito assédio eh reclamavam acerca disso né culpabilizam Essa mãe por conta de disso que aconteceu então
durante todos esses 9ve meses ela sofreu al uma constante tortura por ter engravidado e também essa tortura psicológica ao longo desse período mais uma vez aumentou os níveis de estresse de cortisol da mãe do Joãozinho o que vai afetar também diretamente a saúde fetal e aumenta a probabilidade do Joãozinho nascer com alterações e transtornos neuropsicológicos como talvez é o caso aqui desse personagem que a gente tá tá falando mais uma vez vamos voltar um pouco ainda antes né ainda décadas no próprio na própria formação fetal do Joãozinho bom hoje né Nós após ali todo o
investimento do do Projeto Genoma a gente conhece sobre muitos genes E como eles estão Associados a transtornos e comportamentos específicos infelizmente não todos mas a gente já tem um bom mapeamento e eu quero falar para vocês especificamente sobre um gene chamado de mal Alfa Esse é um gene que nós na identificação científica né a gente percebe que ele é mais prevalente em pessoas que se comportam de forma agressiva ou seja ter o gene mal Alfa aumenta a chance de você agressivo ao longo da vida mas esse que tá o ponto curioso isso acontece apenas se
durante a infância durante os primeiros anos de vida essa criança também se desenvolve em um ambiente agressivo e hostil ou seja mesmo que tenha o gene mal Alfa se durante a infância não presenciar esses momentos aversivos a criança não vai tender a desenvolver esses comportamentos de hostilidade e agressividade mas a gente tá falando do Joãozinho e no caso do Joãozinho isso foi sim o que aconteceu na infância dele né então deu de certa forma um match entre esse Gene específico e também os momentos que ele passou ali ao longo da infância mais uma vez a
gente volta um pouco Digamos que agora séculos antes e o Joãozinho Ele é de uma família que digamos era de cangaceiros né E essas pessoas em específico né esse grupo muitas vezes existia ali uma cultura de honra né então São pessoas que por exemplo não levava desaforo para casa né tem ali também muitos comportamentos e uma e uma adaptação social a partir deles que envolve a agressividade né tomar aquilo que é do outro mas considera ser eh era ali um constante risco né tem que ter cuidado para também não não fazer ofensa aos cangaceiros né
mas de certa forma que isso né foi ali ao longo da história de geração e geração dos antecedentes do Joãozinho esse comportamento de ser mais marrento né de que algumas coisas sim podem se resolver na violência né que podem ali De certa forma envolver uma certa agressividade E mais uma vez a gente volta agora milhões de anos antes durante ali a própria formação digamos dos primatas né então nós como humanos compomos aqui o grupo doss primatas Onde existem vários tipos diferentes a gente tem por exemplo primatas menores que apresentam um menor nível de agressividade e
isso por exemplo permite que eles tenham sociedades bem amplas e bem construídas enquanto primatas maiores Como por exemplo o rang tango e os gorilas eles são animais que têm maiores níveis de agressividade isso acaba gerando no funcionamento dele tanto sociedades menores como uma hierarquia muito bem eh delimitada e com altos níveis de estresse em todos esses que compõem essa hierarquia e existem primatas médios que no caso somos nós onde a gente tem ali um nível de agressividade que é tanto adequado para que a gente consiga ter ali um Funcionamento social bem feito mas que também
não baixa o suficiente para que outras pessoas ou outros animais nos explorem né e nos tire ali vantagem então quando a gente faz todo esse percurso ao longo aqui das décadas né dos séculos percebam que contingencial ele aqui a gente fala de vários eventos tanto sociais né fenômenos diversificados mas que ao longo de geração e geração foi ali influenciando esse processo de formação cerebral né o eu da pessoa que especificamente nesse evento nesse show fez com que por exemplo Joãozinho tivesse esse comportamento de facada E aí isso Volta para aquela frase que a gente basicamente
iniciou né de Que Será mesmo que o entendimento ou o estudo da neurociência como uma Psicologia ou o inverso seria um reducionismo porque pelo exemplo que a gente viu agora acho que seria mais reducionista ainda não considerar esses fenômenos durante ali Esse estudo da mente Esse estudo do comportamento como define a apa e a gente consegue então finalizar eh com esse slide vai ter outro né mas aqui essa última intentona Onde coloco que o o cérebro ele se transforma né isso Inclusive tem um título um livro com esse com esse título não gosto desse livro
Tá mas ainda assim usei o o título dele Porque essa ideia do cérebro como um reducionismo vem exatamente de uma baixa compreensão das próprias capacidades das dos próprios atributos cerebrais porque o cérebro ele não é rígido né o cérebro ele se transforma a gente tem vários fenômenos como a neurogênese que é a criação de novos neurônios como também a neuroplasticidade que é exatamente sobre os neurônios conseguirem se reestruturar através da experiência através das demandas ambientais então o nosso cérebro ele se transforma Ele sempre vai estar mudando ao longo da nossa vida então o nosso eu
Nós também mudamos ao longo da vida e a gente muda Exatamente porque o nosso cérebro muda Até porque nós somos o nosso cérebro né então é exatamente as nossas experiências né aquilo que a gente vive que graças a esse atributo biológico essas experiências são então Eh assimiladas nessa própria estrutura biológica que é o cérebro e isso é o que nós somos Então como mencionei né o cérebro é formado por neurônios e esses neurônios eles estabelecem conexões com outros neurônios e essas conexões se modificam ao longo do tempo mais uma vez através da nossa experiência então
a forma que um cérebro funciona o seu eu é Reflexo do arranjo de conexões que os neurônios formaram ao longo da vida e esse arranjo é aqui que entra a transformação né de que nós não de que eh rebate essa ideia do do reducionismo esse arranjo ele é modificado através de cada experiência né então cada novo nova habilidade que você adquire né novos novos fenômenos novos experimentos eh momentos que você vivencia aprendizagem tudo isso vai sendo ali uma forma do o seu cérebro se reestruturar se reorganizar ali a partir novamente dessas vivências de tudo aquilo
que a gente passa né que a gente vive ao longo ao longo da nossa história então assim a gente pode concluir que você é o seu cérebro né E o nosso cérebro ISO até fruto de Pesquisas brasileiras tá o nosso cérebro ele tem aproximadamente 86 bilhões de neurônios e cada um desses neurônios se conecta com vários outros centenas e milhares de neurônios e essas conexões para provar que de fato não é reducionista elas também mudam ao longo da vida como a gente acabou de ver com 86 bilhões de neurônios o nosso cérebro ele tem aproximadamente
um quadrilhão de conexões E mais uma vez essas conexões mudam ao longo da vida se a gente pegar por exemplo um milm cúbico do cérebro Mais especificamente aqui do córtex que é essa camada superficial onde mais existe o nosso eu e as nossas funções cognitivas nesse milímetro cúbico a gente vai ter mais conexões entre os neurônios do que por exemplo estrelas em toda a via láctea E mais uma vez todos esse todo esse arranjo de conexões ele é modificado ali através da nossa experiência então nossa capacidade de nos transformar né A Magia do ser humano
que faz ele ser quem é e todo dia se Reinventar ser uma nova pessoa é também de forma muito bonita e mágica um atributo biológico um atributo cerebral até porque mais uma vez nós somos o nosso cérebro e é isso Obrigado Gabriela Obrigado pessoal Obrigada Artur eu que fico muito feliz né ã vou aguardar algumas perguntas no chat né caso tenham alguma dúvida porque ah muitas pessoas n elas questionam isso da a psicologia ser uma neurociência né parece para algumas pessoas não é óbvio Pelo contrário né Eh algumas pessoas elas são contrárias a essa afirmação
né porque consideram que em função desse reducionismo infelizmente também ah é como se para essas pessoas estudar o cérebro fosse uma uma perspectiva de causa e consequência né e a gente sabe né Muito bem pela sua explanação que as coisas não tão não são tão simples assim né mas que o como importante que é nós conhecermos desde o âmbito da formação desse indivíduo intrauterino né e as variáveis que vão estar ali eh eh perpassando né esses indivíduos até o desenvolvimento ao longo do desenvolvimento da sua vida porque senão a gente faz um recorte de um
idoso né no período da velice a gente esquece toda uma história de vida dele que é importante sim porque aquelas variáveis que eh influenciaram né se a gente tiver também informação Lógico né Eh no desenvolvimento embrionário dele Pode est interferindo agora na velice ou então no decorrer enfim de toda a juventude né então a gente ainda eh precisa também evoluir muito nesses aspectos né Artur sobre essa questão dos estudos e de compreender melhor esse funcionamento isso inclusive Gabi foi algo que o próprio Descartes né também considerou para gerar ali o dualismo né então o Descartes
era um homem da ciência né ele estudava mecanismos né estudava física como ninguém e E então durante ali os seus estudos ele tentou de certa forma compreender também o o cérebro nessa perspectiva né mais biológica porém nesse viés científico ele entendeu que seria um estudo do eu pela causalidade né onde uma coisa gerava outra assim como em outras ciências e e isso iria contrário nessa perspectiva moral que ele tinha na época e também religiosa onde onde não deveria ser assim né porque isso seria um Contramão ali na ideia do livre arbítrio e por isso ele
acabou abandonando né Essa Ideia e considerando que de fato seria um conteúdo mental ou a mente né como algo ali imaterial algo que vai além da nossa existência enquanto físicos Sim e também a gente a partir da evolução né do conhecimento do cérebro a gente também vai compreendendo melhor esse funcionamento e entendendo que não é uma Enfim uma localizacionismo estrito e esse localizacionismo estrito vai fazer com que eu tenha essa função essa habilidade né Eh pelos capos que você trouxe né Tanto do phas gage quanto também do hermz infelizmente né ocorreram essas esses agravos né
esses danos no cérebro deles mas que Eles foram personagens né icônicos e importantes na neuropsicologia pra gente entender né o funcionamento Ah o nosso funcionamento como um todo né e o quanto que esse esse dano no cérebro ele traz também paraa nossa eh a nossa forma de ser né e é um tema para mim eu acho muito interessante principalmente pelo finas Cage porque H imagina quantas pessoas que podem sofrer né alguma lesão por Acidente por exemplo de moto de carro ou enfim um traumatismo cran cfal por alguma circunstância e o quanto que essas pessoas podem
ter alterações né e o quanto que a gente não avalia na psicologia do trânsito né ou em outras h para saber se essas pessoas realmente né Elas têm condições de eh exercer algumas funções ou né Eh terem também a possibilidade de ter uma avalia S adequada sobre regras sociais e sobre outros aspectos né a gente ainda carece muito disso né infelizmente a gente não faz nessa essa essa análise Pelo menos eu busc isso uhum eh eu acabei indo mais rápido Gabi porque eu achei que não daria tempo mas eu vi que ainda sobrou um pouquinho
né e mas se o pessoal já tiver dúvidas não sei a gente também pode ir estão elogiando né gostaram muito da da sua explanação da forma com que você eh dispois o o a né que a psicologia é uma neurociências e que também né foi muito didático né Eu concordo com eles eh bastante sobre isso né Eh e eh enfim tiver alguma consideração algo que você queira também assim ah que eu não falei na minha apresentação porque eu fui um pouco mais rápido mas eu gostaria de retomar se fica também à vontade acho que aí
eles vão alguma pergunta tá aí ou pode ser que não gerou perguntas porque foi muito claro também beleza não a apresentação a minha realmente foi mais rápido mas achei que você também me apresentou né então foi tranquilo e me interesse por esses temas e espero né Um dia também tá trazendo publicações ou algo relacionado a esse mesmo tema que eu trouxe aqui na palestra a Karine tá perguntando eh Quais são as suas indicações né de leitura sobre essa discussão da importância da neurociência para as psicologias pronto perfeito eh é Karine ou Karina Carine perdão Tá
bom eu gosto muito desse autor que Eu mencionei né Ele é um autor vivo Considero que dos autores vivos da Psicologia ele é provavelmente o meu preferido que é o Steven pinker e toda a coleção de livros do pinker trabalham com essa esse tema de certa forma o Ele também é um estudante da linguagem né um grande pesquisador ali da linguagem que muitas vezes dentro da neuropsicologia ou da Psicologia mesmo né a gente é um tema ali mais difícil a gente acaba fugindo um pouco e o pinker também se destina a isso o livro dele
mais famoso provavelmente é o livro como a mente funciona né então talvez com esse título O pessoal até reconheço Mas ele tem uma coletânea especificamente sobre esse tema que que eu trouxe aqui na na palestra seria novamente o tábula rasa que apesar do título ele usa esse título exatamente para a longo de todo o livro desmistificar Essa Ideia de sermos uma tábula rasa é um livro um pouco mais antigo né quase que um camas mas um mais atual né Eu acho que seria quase um pinker 2.0 Apesar que ele não é psicólogo né ele de
de formação de base se eu não me engano o sapos que ele é biólogo que é o livro comporte-se ele até tem um outro livro mais que é muito bom também né um livro bem extenso e e ele faz exatamente como esse exemplo que eu trouxe né ele pega ali os o comportamento humano e ele vai viajando no passado né ele tem um primeiro capítulo é um segundo antes aí o segundo capítulo é um minuto antes aí uma hora e assim ele vai fazendo ao longo de todo o livro pra gente perceber exatamente todos esses
fenômenos que trouxeram ali uma uma variação no cérebro quanto estrutura que repercute no nosso modo de ser e que acaba sendo ali toda essa esse estudo contingencial que leva a esse comportamento no momento presente e ele tem até um livro mais atual que também é sobre isso mas que chamado free Will mas que ainda não foi traduzido pro português mas já já tem a venda também disponível É bem interessante porque essas essa forma cronológica né de especificar os comportamentos as variáveis ou o que influenciou né o meu comportamento naquele determinado momento ah por vezes por
a gente não ter consciência no sentido ou de não Recordar ou de não eh relembrar né todos esses fatores ou mesmo não Estar atento a eles por vezes a gente tem uma concepção de que ah é algo que é inconsciente é algo que veio do nada né um uma um comportamento que eu não sei explicar ou não não tenho como explicar esse comportamento porque a gente não lembra de toda essa historinha né ah dos das variáveis que estão ali correlacionadas ou por né Que Elas acabaram interferindo no meu comportamento nesse momento ou até mesmo a
história de aprendizagem que a gente teve durante o decorrer da vida né que foi o caso também que você eh apresentou muito bem e aí por conta disso a gente usa explicações de misticismo de do inconsciente que foi algo dentro de mim que aconteceu que aflorou enfim sendo que né a ciência a gente já consegue ter boas explicações eh do porquê né de nós termos ou não determinados comportamento sen Não essa questão mágica ou mesmo que vem do nada né do nada eu me comportei assim algo sem explicação me comportei dessa forma o Anderson comentou
que no Brand de 2024 né ele teve o o privilégio de assistir o pinker eh e né Que ótimo aqui em 2025 ele vai o Brand vai est no Ceará em Fortaleza então né estão todos convidados para participar também eh né quem puder enfim mas é bem interessante porque eh como eu disse parece uma coisa óbvia mas tem muitas pessoas que negam né as neurociências ou então tem medo né já vi algumas palestras enfim de algumas pessoas eh tendo esse receio de que a psicologia ela seria substituída para uma neurociências né De forma alguma o
conhecimento sobre o nosso funcionamento nada faz com que nós enquanto psicólogos ou neuropsicólogos nós consigamos compreender melhor né os indivíduos que a gente atende e assim também H propor estratégias técnicas ou intervenções que sejam realmente e centes ou que né ten maior probabilidade aí de de ter uma eficiência e realmente mudar ou ou trazer uma qualidade de vida para essas pessoas né que a gente eh atende enquanto psicólogo e neuropsicólogo e é bem interessante porque eu não sei o Artur mas eu tenho sempre a sensação de que eu não sei de nada né quando se
fala de de ser humano e também eh do funcionamento né do enfim da nossa forma de funcionar e do nosso cérebro então sempre tenho essa sensação de que a cada dia tem mais coisa para aprender e para descobrir porque muitas coisas que eh enfim a gente aprendeu no decorrer da graduação da pós-graduação ainda a necessidade da gente aprender mais coisas e também porque a ciência ela vai evoluindo é não não é uma substituição né com certeza não até porque a neurociência ela é um campo de saber né a gente esse campo de saber para usar
ali em diferentes profissões no caso o a proposta né da palestra é exatamente essa ideia de que a psicologia e a neurociência são de fato uma interlocução entre o mesmo saber né e o psicólogo Como um estudante da mente e do comportamento e alguém que intervém e atua diretamente na mente do comportamento ele precisa também ter ali conhecimentos apropriados de neurociências para que ele possa então ser psicólogo né porque sem esses conhecimentos aí sim seria um psicólogo reducionista e sobre o comentário do Anderson infelizmente eu não fui pro Brand 2024 vou pro 2025 Espero muito
que o pinker também esteja lá e eu consiga tirar uma foto com ele vou falar olha eu sou seu maior fã Néa aqui a prova e vou levar os livros também para ele autografar Sim sim e acredito que nós enquanto psicólogos né a gente não deve ter medo né dessa substituição mas sim estudar e conhecer mais para que a gente possa realmente eh a partir desse conhecimento né sobre o funcionamento enfim também desses indivíduo nessas interações e aprendizagens no ambiente para que a gente possa né Cada Vez eh enquanto pretenda ciência ou como ciência essa
outra discussão mas que a gente possa né ter uma uma atuação pautada realmente eh em algo que seja eh eh eficiente enfim ou que se proponha minimamente Ass né a Francisca Ferreira tá né Eh al elogiando dizendo que é excelente Parabéns ela tá muito grata né pela explanação obrigado gente vocês tiverem dúvida ou quiserem a enfim algo por favor né mandem perguntas no chat a gente né e é bem interessante porque assim a gente consegue nto eh enfim algo que ainda vocês ou alguma dúvida ou alguma referência ou alguma coisa que vocês tenham interesse E
aí o Artur até falou um pouco né sobre essa questão da da neuroplasticidade né do quanto dessa você pudesse eh um pouco mais também não precisa entrar tanto no assunto mas sobre essa questão da neuroplasticidade né e o quanto que esse cérebro ele vai ã sofrendo alterações né em função desses ambientes ou de como eh né enfim a partir dessa interação desse indivíduo com esse ambiente né como é que isso aconteceria vamos vamos pode ser até um cenário assim de um ambiente eh não muito favorável ou também contra Pando como favorá fica à vontade vou
vou trazer de modo conceitual mesmo eh bom então é uma habilidade né é um atributo que o cérebro ele consegue ali modificar ao longo do tempo então essas vivências né ISS essa experiência que a gente tem ao longo da vida vai de Fato propiciando né que os nossos neurônios eles estabeleçam um sinapse que é o ponto de contato entre o neurônio e outro então esses comportamentos que eu desenvolvo o modo pelo qual as pessoas me conhecem é então exatamente um retrato de como que ao longo da vida esses meus neurônios foram ali estendendo os bracinhos
um pro outro e estabelecendo Conexões então nós temos estruturas e Conexões entre os neurônios que elas são de Fato muito mais fortes porque tanto são conexões de sinapses muito antigas e que foram reforçadas ali por exemplo através da minha vida né através de toda a minha história e a gente tem também sinapses mais frágeis que podem ser ali sinapses mais recentes e que não são tanto ali reforçadas ao longo da nossa experiência né então são sinaps também de mais fácil modificação vamos exemplificar por exemplo que eu tô começando a aprender a a tocar algum instrumento
musical meu cérebro então ele vai se reorganizar para conseguir através da minha experiência gradativamente e ali estabelecendo sinapses que consigam assimilar e acomodar melhor dizendo essa essa prática musical que eu tô desenvolvendo mas se é algo que por exemplo eu não insisto né eu faço de uma maneira muito esporádica sem padrão muito distante e não é algo ali que eu vou de fato trabalhando de forma Ávida consequentemente são sinapses que são ali mais frágeis e que não vão perdurar por muito tempo é diferente por exemplo de quando a gente é criança e anda e aprende
a andar de bicicleta né então você tem sinapses que também foram ali estabelecidas para conseguir acomodar esse comportamento de andar de bicicleta só que ele foi tão presente durante um período que é algo que a gente lembra quase que para sempre mas vamos tentar pensar um exemplo até de algo emocional né vamos supor uma pessoa que ao longo ali da infância dela uma série de comportamentos melhor de eventos né sociais foram acontecendo entorno daquela pessoa que gradativamente geraram gerou nela essa ideia de ela ser uma pessoa menos importante do que as outras né dela desenvolver
ali questões de desesperança uma autoimagem negativa né ali questões de humor mais deprimido então ao longo da vida dela principalmente ali na infância coisas aconteceram que geraram esse esse modo dela de pensar e perceber as coisas do mundo e isso também aconteceu de forma sináptica ao longo ainda do desenvolvimento dela enquanto adolescente e adulto essas sinapses da infância que são mais fortes elas vão tender a repercutir também nesses novos eventos que a pessoa vai ter então às vezes vai acontecer uma coisa com ela que outra pessoa não teria uma interpretação eh digamos pessimista né mas
aquela pessoa sim vai ter esse tipo de interpretação porque ela tem sinapses associada a isso até que eventualmente né vamos supor ali no início da vida adulta essa pessoa vai ali procurar um serviço de psicoterapia e o psicólogo né Por sorte ele vai atuar exatamente nessa capacidade do cérebro desse dessa pessoa do exemplo ser plástico né então vai ali gradativamente gerar novos comportamentos vai ali convidar ela a interpretar de outra forma a pensar de uma forma diferente a tentar ali ter um uma interpretação mais ponderada né Não tanto ali no momento mas algo que ela
tende a refletir mais e isso gradativamente vai eh tirando ali a força dessas sinapses mais antigas que geraram no no indivíduo essa interpretação mais pessimista até que gradativamente novas sinapses vão começar a ser construída e a pessoa vai então ter uma visão de mundo diferente daquela que acontecia anteriormente né Graças aí ao serviço do psicólogo que vai atuar diretamente na plasticidade cerebral sim e o quanto que isso né na infância H pode né um ambiente de negligência ou de violência né como você citou no exemplo ele vai interferindo né nessas nossas sinapses na nossa forma
de lidar com esse mundo e que né Podem trazer consequências aí durante o decorrer da vida que não são tão eh eh agradáveis para o indivíduo né E aí a gente eh por vezes é o meu jeito de ser a minha personalidade como se não houvesse essa possibilidade também de mudança né em que lógico com tratamento com enfim todo um trabalho envolvido em que a pessoa ela pode sim ter melhoras né Eh na autopercepção ou no humor enfim em função dessa plasticidade porque a plasticidade ela pode ser tanto num dependendo do ambiente da estimulação né
Artur nos favorecer em alguns aspectos mas também né dependendo desse ambiente se não for tão favorável pode nos trazer prejuízo perfeito tivemos dúvidas tem alguns elogios né a laudes Leia eh Na verdade o Anderson disse que gostou muito da palestra e que queria ter mais palestras de neuro né Eh no ibac e por favor Inclusive a laudes Leia Marx né ao ao ouvir eh me trouxe um refrigério pois estou estudando e procuro que já aprendi e não vejo nada é porque tem que né Art estudar um pouco mais que é para fortalecer aí essas redes
e e enfim memorizar e a informação mas tudo que é novo né a gente precisa de um investimento de tempo de dedicação para eh que realmente se torne uma memória a gente Resgate né ali de uma forma mais tranquila e fácil então eh deixa eu ver se tem mais alguma dúvida acredito né que foram esses comentários não tem nenhuma dúvida que bom né sinal de que eh foi enfim sua explanação ela foi bem esclarecedora que é ótimo também agradeço muito o Artur por ter eh aceitado o convite est aqui conosco falando sobre neuropsicologia e sobre
psicologia e neurociências né um assunto realmente encantador e que fico feliz também que a cada dia nós psicólogos né Eh tenhamos eh isso como importância neuropsicologia neurociência isso como importância na nossa formação né Cada dia vi as pessoas mais interessadas e isso é muito bom h para nós na Psicologia de uma forma geral então muito obrigada Artur eh por você estar aqui conosco e muito obrigada também pela palestra que foi maravilhosa Obrigado Gabi pelo convite e também agradecer todo mundo que assistiu né que também interagiu e me ouviu Aí durante todo esse tempo é um
prazer estar conversando com vocês Tá bom então vos deixo agora né sei que vocês vão ter outra palestra aí esse ano desejar então um bom restinho de quinta boa sexta e bom final de semana Obrigada nós todos agradecemos tchau tchau acredito que o Airton né vai entrar aqui em breve né ah o Airton é o coordenador do curso de neurodivergent Ita e tthh não é isso Airton eu sou a Gabriela me despeço de vocês Sou coordenadora do curso de neuropsicologia clínica comportamental e convido vocês né a entrar na página do ibac tanto para conhecer a
um pouco sobre a pós-graduação em neuropsicologia clínica e comportamental quanto também conhecer no site ou nas mídias sociais Instagram do ibac né as posgraduação urgências que o aon em breve vai apresentar para vocês então muito obrigada um ótimo evento a todos e uma ótima noite e amanhã desculpa né já tô me despedindo mas amanhã às 20 horas a gente também vai ter outra palestra da neuro vai ser com o Juan Aris zabal e o Juan ele vai falar das 20 às 21 horas ele vai falar sobre o mapeamento eh mapeando o cérebro a ciência e
a prática do neurofeedback para profissionais de saúde né é um tema também que é bem interessante e convido vocês amanhã as hor a assistirem a palestra do Juan enquanto isso né deixo vocês aqui com o Airton e uma ótima noite seja bem-vindo Airton Muito obrigado Gabi pela apresentação eh parece que o pessoal tava bem empolgado interessado com eh essa palestra sobre neurociência é muito interessante mesmo Obrigado eh e tchau tchau E amanhã tem mais né mas aliás Hoje ainda temos duas apresentações né na ch Ainda temos duas apresentações n tade E amanhã o quinto dia
de jornada e infelizmente né o último dia mas com certeza tem muito conteúdo aí muita coisa interessante uma boa noite boa noite boa noite a todos e todas que estão nos assistindo e eu imagino que vocês já estão me vendo agora né Jaílton O pessoal já tá me vendo Eh agora nós vamos começar dentro de instantes a apresentação do Dr Rodrigo Xavier né com um tema super interessante eu eu tô assim super interessada as duas palestras de hoje assim tem temas assim muito interessantes Eu imagino que vocês também Estão interessados interessadas eh a palestra do
Rodrigo se chama a psicoterapia analítica funcional como orientação parental para regulação emocional de crianças e eu vou transmitir os seus slides professor já jazinho eh o Dr Rodrigo é psicólogo é psicoterapeuta é doutor em psicologia Clínica pela USP com estágio sanduí na universidade de Washington sobre os cuidados de nada mais nada menos né do que Robert Colen mav e Jonathan cunter é treinador certificado de fap desde 2021 é líder de encontros do projeto Global viva com consciência coragem e Amor desde 2018 e também é professor nos cursos de Formação em fap e Terapia analítico comportamental
infantil do ibac eh Professor eh agradeço pela pela sua presença por aceitar esse convite né de estar aqui com a gente hoje de nada Irton de nada é um prazer eh bom eh Professor só um recado pro pessoal que tá assistindo a gente claro nós vamos ter 45 minutos de apresentação do do Rodrigo e ao final nós teremos alguns minutos uns 10 minutos para eh responder perguntas tá então escrevam suas perguntas seus comentários no chat aí no YouTube que o nosso assistente de transmissão vai eh transmitir pra gente e ao final o professor Rodrigo vai
poder responder enfim interagir um pouco com vocês Fique à vontade Professor Obrigado Airton bom a palestra que eu vou trazer para vocês é sobre a psicoterapia analítica funcional como orientação parental para regulação emocional de crianças eh autistas Boa noite a todos eh primeiramente eu gostaria de expressar a minha profunda gratidão pelo convite e pela oportunidade de estar aqui com vocês nessa jornada tão importante é realmente um privilégio poder participar dessa edição da jornada clínica de 2025 organizada pelo ibac um instituto que tem se destacado na Vanguarda da análise do comportamento no Brasil acredito que eventos
como este desempenham um papel essencial na promoção do conhecimento na troca de experiências que enriquecem o campo da psicologia e da Clínica analítico comportamental Como arton disse o meu nome é Rodrigo Rodrigo Nunes Xavier eu sou Doutor em psicologia pela USP e tenho a honra de ser orientador de pesquisa no curso de especialização em clínica analítico comportamental do ibac tenho me dedicado ao longo dos anos ao estudo e a aplicação de abordagens terapêuticas que buscam não apenas entender o comportamento humano mas também promover mudanças significativas e duradoras na vida das pessoas Airton pode pular o
slide do por favor e pô no slide TR Tá certo obrigado bom hoje nossa conversa se concentrará em um tema que é de extrema relevância para muitos de nós que trabalhamos com crianças e famílias eh como que a psicoterapia analítica funcional ou fap pros íntimos pode ser uma estratégia efetiva Para apoiar pais de crianças autistas a regulação emocional será o nosso foco pois sabemos que ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das crianças especialmente no contexto do autismo discutiremos como que a fap pode ajudar a criar ambientes mais seguros e acolhedores onde os pais se
sintam mais preparados e confiantes para lidar com os desafios diários e ao mesmo tempo oferecer suporte emocional eficaz paraos seus filhos eh Pode pôr no slide 4ro por favor bom a regulação emocional como muitos sabem não é apenas um conceito teórico ela está presente em todos os momentos das nossas vidas e no caso das crianças autistas é um componente crucial para o seu bem-estar e desenvolvimento por meio da FAP podemos promover conexões genuínas entre pais e filhos onde o comportamento é compreendido e moldado de forma prover mais equilíbrio emocional menos conflitos e Claro mais amor
e compreensão slide 5 e vamos falar um pouquinho da definição e características principais do transtorno do espectro autista utea o transtorno do espectro autista sigla Eta né é uma condição neurobiológica complexa que afeta o desenvolvimento de habilidades de comunicação social e comportamento esse transtorno manifesta-se de maneira diferente em cada indivíduo com variações em termos de intensidade E tipo de sintomas o termo espectro se refere Justamente a essa diversidade onde as dificuldades podem ser mais leves ou mais intensas dependendo da pessoa o tea envolve desafios nas áreas de interação social comunicação verbal e não verbal bem
como padrões restritos e repetitivos de comportamento Além disso indivíduos com tea podem apresentar interesses restritos e atividades repetitivas como movimentos estereotipados ou fixações em tópicos específicos embora o diagnóstico de teia seja feito com base em observações comportamentais os sintomas podem se manifestar de diferentes maneiras em cada pessoa O que torna o diagnóstico e o acompanhamento um processo complexo e individualizado slide 6 por favor em relação à prevalência um estudo conduzido pelos centros de controle e prevenção de doenças em 2020 indicou que nos Estados Unidos cerca de uma em cada 59 crianças é diagnosticada com tea
no Brasil a prevalência estimada em uma em cada 100 crianças de acordo com dados de diversas pesquisas Isso demonstra um aumento no número de Diagnósticos de autismo o que reflete a maior conscientização e o avanço nas metodologias de Diagnóstico Esse aumento também trouxe à tona a necessidade urgente de intervenções eficazes para garantir que essas crianças recebam o apoio adequado desde a primeira infância slide 7 um exemplo prático e na minha prática Clínica eu tive a oportunidade de trabalhar com diversas crianças diagnosticadas com tea E o que me impressiona é a diversidade de manifestações desse transtorno
Algumas crianças apresentam dificuldades apenas no campo da comunicação enquanto outras podem ter comportamentos repetitivos e restritos como a repetição incessante de palavras ou movimentos um exemplo disso foi uma criança que ao se sentir sobrecarregada em ambientes com muitos estímulos começa Ava repetir palavras como uma forma de autorregulação esses comportamentos muitas vezes vistos como simples tem um propósito muito mais profundo ajudar a criança a lidar com as emoções em momentos de estresse slide 8 Quais são os desafios da regulação emocional em crianças autistas a regulação emocional é um processo fundamental para saúde mental e bem-estar de
qualquer indivíduo e diz respeito à capacidade de reconhecer processar e responder às emoções de forma adaptativa no entanto para muitas crianças autistas esse processo é particularmente desafiador a dificuldade em identificar e expressar emoções de maneira apropriada pode levar uma série de problemas comportamentais como agressões crises de ansiedade e explosões emocionais slide 9 pesquisas apontam que até 80% das crianças autistas enfrentam dificuldades significativas com a regulação emocional isso se deve a uma combinação de fatores incluindo a hipersensibilidade sensorial dificuldades na comunicação e a dificuldade em entender os nuances sociais e emocionais do ambiente crianças com tea
podem se sentir facilmente sobrecarregadas por estímulos do ambiente como sons luzes ou até mesmo interações sociais o que pode desencadear respostas emocionais intensas e difíceis de controlar pesquisas como a de maev erol de 2013 e a de samson erol e de 2014 destacam que em muitos casos esses comportamentos disruptivos não são uma forma de Desafio ou de rebeldia mas sim uma tentativa da criança de lidar com a sobrecarga emocional que está experimentando a falta de estratégias adequadas de regulação emocional pode a uma escalada desses comportamentos resultando em crises de choro gritos ou até mesmo agressões
físicas como socos ou tapas pode ir pro slide 10 por favor E aí eu trago um exemplo prático um caso que me marcou foi um de um menino de 8 anos diagnosticado com tea que frequentava uma escola regular em muitas ocasiões ele se frustrava quando as atividades escolares não saíam do jeito que ele esperava eh como ele não tinha as habilidades necessárias para expressar suas frustrações de maneira verbal o que ele fazia era ter explosões emocionais como gritar ou se jogar no chão esses comportamentos eram frequentemente mal interpretados pelos educadores como rebeldia ou falta de
disciplina no entanto ao compreender a dinâmica da regulação emocional Ficou claro que essas explosões eram uma tentativa da criança de expressar o que estava sentindo de uma maneira que ele ainda não sabia como controlar esse tipo de situação é comum entre crianças autistas que frequentemente não possuem as ferramentas para adequadamente suas frustrações E angústias com a intervenção adequada por meio do ensino de habilidades de regulação emocional é possível reduzir a intensidade desses comportamentos além de melhorar a comunicação da Criança e a sua capacidade de lidar com situações desafiadoras slide 11 Qual que é a importância
então das intervenções adequadas a compreensão das dificuldades de regulação emocional em crianças autistas é essencial para a criação de intervenções eficazes a regulação emocional não é algo que acontece espontaneamente mas sim uma habilidade que pode ser ensinada e fortalecida ao longo do tempo especialmente com o apoio de profissionais especializados e intervenções estruturadas slide 12 a as estratégias de intervenção focadas na regulação emocional incluem o uso de técnicas comportamentais treinamento de habilidades sociais práticas de mindfulness e outras abordagens terapêuticas que podem ajudar a criança a desenvolver uma melhor compreensão de suas próprias emoções Além disso os
pais educadores desempenham um papel fundamental nesse processo criando ambientes Seguros e acolhedores onde a criança possa aprender a lidar com seus sentimentos de maneira adaptativa slide 13 por favor é importante destacar que embora altea a presente desafios significativos com as intervenções corretas e um suporte adequado muitas crianças conseguem aprender a se autorregular e a se comunicar de maneira eficaz diminuindo o impacto dos sintomas em sua vida diária Além disso essas intervenções podem melhorar significativamente a qualidade de vida da criança e de sua família promovendo um ambiente mais harmonioso e positivo slide 14 que que nós
vimos até agora então falando rapidamente o transtorno do espectro autista é uma condição complexa que afeta as habilidades de comunicação social e a regulação emocional das Crianças embora os sintomas variem de pessoa para pessoa a falta de regulação emocional é um dos maiores desafios enfrentados pelas crianças com teia através do entendimento dessas dificuldades e da implementação de estratégias de intervenção adequadas é possível melhorar a qualidade de vida dessas crianças e ajudá-las a desenvolver as habilidades necessárias para uma vida mais independente e satisfatória aí você pode pô no slide 15 por favor e eu vou falar
um pouquinho da teoria polivagal e da regulação emocional eh A grande questão aqui é ter um quadro de referência e inclusive isso tá dentro do protocolo de tratamento que eu vou apresentar para vocês tá então Quais são os fundamentos da teoria polivagal de porges a teoria polivagal de Steven porg de 2011 oferece uma perspectiva importante sobre como o sistema nervoso humano Responde ao estresse e à insegurança essa teoria propõe que o nervo vago desempenha um papel Central na regulação das nossas respostas fisiológicas a diferentes estados emocionais Pode pôr no próximo slide 16 o poges descreve
três principais estados de resposta ao sistema nervoso autônomo primeiro o estado de segurança que tem a ver com a região ventral vagal quando estamos em um estado de segurança o nosso sistema nervoso está em um estado de calma e de relaxamento nesse estado somos capazes de interagir de maneira eficaz com os outros nosso corpo está em equilíbrio permitindo-nos realizar atividades como conversar fazer contato visual e manter uma comunicação emocional saudável nesse estado é fundamental para a construção esse estado Desculpe é fundamental para a construção de relações sociais saudáveis e para o desenvolvimento emocional das Crianças
próximo slide 17 vamos falar sobre o estado de luta ou fuga que tem a ver com a região do com o sistema simpático esse estado é ativado quando percebemos uma ameaça ou perigo o sistema nervoso simpático é responsável por preparar o corpo para reagir à ameaça seja fugindo ou enfrentando-o ou Fuga o corpo Experimenta uma série de respostas físicas o corpo eh como o aumento da frequência cardíaca respiração acelerada tensão muscular entre outros em embora essas respostas sejam essenciais em situações de emergência elas podem ser prejudiciais se ativadas com frequência como no caso de crianças
que enfrentam constantes estressores emocionais slide 18 e vamos falar também do Estado de colapso ou imobilidade que tem a ver com a região dorsal vagal quando o corpo sente que não pode escapar ou lutar contra uma ameaça o sistema nervoso entra em um estado de colapso ou imobilidade esse é um mecanismo de defesa onde o corpo desliga ou dissocia o que pode levar a comportamentos como o congelamento ou a dissociação emocional muitas vezes em situações de estresse extremo esse estado pode resultar em um distanciamento emocional profundo onde a pessoa se desconecta de suas próprias as
emoções e do ambiente ao seu redor slide 19 no contexto das crianças autistas elas frequentemente T dificuldades em ativar o estado de segurança isso pode ser devido à sobrecarga sensorial ou a dificuldade em interpretar sinais sociais de maneira eficaz como resultado elas podem permanecer presas nos dois estados aqueles outros luta fuga ou colapso o que frequentemente leva a crises de desregulação emocional slide 20 e vamos para um exemplo prático imagine uma criança com um tea em uma situação de interação social Durante uma conversa com outra criança ela evita fazer contato visual se afasta fisicamente e
parece ansiosa esses comportamentos podem ser interpretados como um sinal de que o sistema nervoso da criança está em um estado de luta ou fuga nesse estado o corpo está tentando se proteger de uma ameaça percebida e a criança não consegue se engajar de forma segura nas interações sociais esse afastamento embora pareça desinteresse ou obediência é na realidade resposta fisiológica aoe SL 21 e qual seria então o impacto da desregulação emocional nas famílias quando uma crian está constantemente em um estado de desregulação emocional ISO não afeta apenas a criança mas também tem um grande impacto nos
pais e cuidadores a desregulação emocional pode gerar um ciclo vicioso no qual a criança não consegue regular Suas Emoções adequadamente o que gera estresse frustração e muitas vezes confusão nos pais os pais frequentemente se V um estado de esgotamento emocional a pressão constante para lidar com os comportamentos desafiadores pode resultar em ansiedade e frustração a resposta dos Pais pode então ser impulsiva ou reativa em vez de uma abordagem calma e regulada eles podem gritar punir ou retirar o afeto da criança o que tende a intensificar a crise esse ciclo da desregulação emocional pode afetar grave
dinmica familiar os pais podem começar a se sentir isolados como se estivessem perdendo o controle da situação as tensões aumentam e a comunicação entre os membros da família se torna mais difícil Além disso o estresse crônico pode afetar a saúde mental dos Pais levando a sentimentos de frustração tristeza e até mesmo a depressão slide 22 por favor a e vamos a mais um exemplo eu recheei bastante porque acabei tendo bastante experiência com crianças autistas na época que eu tava trabalhando no SUS então eu vou vou lembrando dos casos conforme Vou trabalhando os temas e um
exemplo que me vem à mente é o de uma mãe que eu atendi em consulta ela relatou que quando seu filho entrava em uma crise emocional ela costumava gritar para interromper o comportamento contudo esse gritar só fazia a situação piorar ela notou que seu filho se tornava ainda mais agitado e se fechava mais ainda emocionalmente a mãe por sua vez sentia-se mais frustrada e impotente após participar de sões que discutiam estratégias de regulação emocional ela começou a experimentar novas abordagens ao invés de gritar ela aprendeu técnicas de autorregulação como a respiração profunda do mindfulness e
a prática da presença emocional esse novo comportamento a ajudou a lidar com a crise de forma mais tranquila e ela observou que seu filho também conseguia se acalmar mais rapidamente o processo de regulação emocional não só ajudou a mãe aar melhor com as crises mas também promoveu uma conexão mais profunda entre ela e seu filho slide 23 a importância da regulação emocional na parentalidade a regulação emocional não é uma habilidade inata ela pode ser desenvolvida ao longo do tempo com prática e conscientização para os pais de crianças autistas desenvolver própria regulação emocional é um passo
essencial quando os pais estão em um estado de regulação emocional eles podem responder com mais empatia e paciência às crises de seus filhos em vez de responder de forma impulsiva ou punitiva a consciência emocional permite que os pais ofereçam apoio calmante ajudando as crianças a aprender a regular suas próprias emoções essa habilidade de modelar a regulação emocional para os filhos é crucial modelar no sentido de dar modelo pois as crianças muitas vezes aprendem observando os comportamentos dos adultos que acercam quando a gente fala de modelagem né o próprio estado regulado é um reforçador para os
comportamentos autorregulação Mas além disso quando os pais se sentem mais calmos e conectados com seus filhos isso cria um ambiente mais seguro e favorável ao aprendizado emocional conectar-se emocionalmente com a criança durante uma crise pode ajudar a construir a segurança emocional necessária para a criança se sentir mais capaz de regular suas próprias emoções no futuro e vamos de mais um exemplo prático no slide 24 por favor é uma história que sempre me toca é a de um pai que aprendeu a perceber os sinais precoces de desregulação emocional de seu filho ele notou que quando seu
filho começava a ficar irritado sua respiração se acelerava e seus punhos se fechavam em vez de reagir de forma abrupta o pai aprendeu a pausar respirar profundamente e dar ao filho espaço para se acalmar ele começou a usar esses momentos como uma oportunidade para ensinar seu filho a fazer o mesmo com o tempo o filho eh aprendeu a autorregular as suas emoções e ambos puderam se comunicar melhor durante Momentos de tensão slide 25 por favor e agora eu chego na psicoterapia analítica funcional e no modelo AC que que é a fap né a fap eh
foi desenvolvida por Robert kollenberg mav e é uma abordagem terapêutica inovadora que foca principalmente na relação entre terapeuta e cliente a fap parte do princípio de que a interação entre essas duas figuras pode ser um microcosmo das interações que o cliente vivencia em sua vida fora do ambiente terapêutico essa abordagem ao invés de tratar apenas os sintomas ou tentar modificar comportamentos de forma direta e imediata busca promover mudanças duradouras por meio de um processo relacional slide 26 por favor a premissa central da FAP é que o comportamento humano é moldado por interações emocionais ao criar
um espaço seguro e empático na sala de terapia o terapeuta consegue engajar o cliente de uma maneira que permita a exploração profunda das emoções e das dinâmicas comportamentais A ideia é que o cliente possa sentir e experimentar novas formas de lidar com suas emoções e com comportamentos dentro do contexto da relação terapêutica o que acaba se refletindo em sua vida cotidiana é claro que a gente tenta promover a generalização intencionalmente não apenas espera que ela aconteça slide 27 por favor ao utilizar essa abordagem é possível que em um ambiente controlado o cliente seja desafiado a
se expor emocionalmente vivenciando situações difíceis que antes poderiam ter sido evitadas essa experiência emocional proporciona o aprendizado e a mudança desejada em famílias especialmente no contexto de pais de crianças autistas a fap pode ser uma ferramenta extremamente útil para melhorar a dinâmica familiar criando um espaço onde a regulação emocional pode ser praticada e sim promovendo uma mudança significativa nas interações familiares slide 28 por exemplo uma criança pode aprender a regular suas emoções de forma mais eficaz quando observa seus pais sendo modelos de regulação emocional no contexto da FAB a relação terapêutica se torna um reflexo
direto dessas interações emocionais ao permitir que os pais se conectem emocionalmente com seus filhos e vice-versa criam-se novas formas de comunicação e enfrentamento emocional que fortalecem o vínculo entre ambos e facilitam a resolução de conflitos slide 29 eu vou falar um pouquinho do modelo ACL para pais de crianças autistas o modelo ACL que a sigla tem a ver com as palavras em português consciência coragem e amor é uma adaptação da FAP e eu vou aqui transpor eh esse modelo especialmente para o contexto familiar com foco no apoio a pais de crianças autistas essa abordagem se
concentra em três qualidades essenciais ou comportamentos alvo a gente pode chamar assim né quem gosta de ser behaviorista que é o meu caso e essas essas qualidades elas podem transformar as interações familiares e promover o desenvolvimento emocional tanto das Crianças quanto dos Pais Vamos explorar cada um desses Pilares com mais detalhes slide 30 por favor primeiro a consciência a consciência é o primeiro passo para promover mudanças no comportamento pois envolve a prática de Estar atento às próprias emoções e às Emoções da criança para os pais isso significa ser capaz de identificar sinais sutis de desregulação
emocional em seus filhos e ao mesmo tempo ser consciente de seus próprios sentimentos esse nível de atenção permite que os pais Façam as escolhas mais reflexivas em suas respostas ao invés de reagirem impulsivamente a consciência também implica em observar e compreender os padrões de comportamento da criança muitas vezes as crianças autistas têm dificuldade em comunicar suas emoções verbalmente e o comportamento delas pode ser a única forma de expressar o que estão sentindo quando os pais desenvolvem a habilidade de perceber esses sinais eles podem antecipar as necessidades emocionais da Criança e responder de forma mais adequada
e empática slide 31 dois coragem a coragem no contexto do modelo acel não significa a ausência de medo pelo contrário mas a capacidade de enfrentar as emoções difíceis sem recorrer a estratégias de fuga e isso tá de acordo com a com a análise funcional que o Skinner faz da palavra coragem lá em ciência e comportamento humano para Muitos pais lidar com o comportamento desafiador de um filho autista pode ser angustiante a coragem é necessária para não se deixar dominar pela frustração ou pela desesperança e para agir de forma consistente mesmo quando a situação parece descontrolada
a coragem envolve também estar disposto a confrontar as próprias crenças e preconceitos sobre o comportamento da criança Muitos pais podem ter a tendência de interpretar o comportamento desregulado como uma afronta ou falha na educação no entanto o modelo AC ensina que essas reações emocionais são muitas vezes um reflexo da luta interna da criança para se regular emocionalmente e que a melhor forma de enfrentar essas situações é com empatia e paciência slide 32 e terceiro o amor o amor a aceitação Incondicional das emoções da Criança é talvez o aspecto mais poderoso do modelo ACL o amor
aqui não se refere apenas a um sentimento de carinho mas a uma atitude ativa de aceitação e apoio ele é fundamental para criar um ambiente onde a criança se sente segura para explorar suas emoções e aprender novas formas de lidar com elas para os pais isso significa validar as emoções da Criança mesmo quando elas parecem irracionais ou intensas ao aceitar que a criança tem o direito de sentir o que sente sem julgá-la ou tentar mudar suas emoções os pais estão criando um espaço seguro onde o filho pode começar a aprender estratégias para lidar com essas
emoções de maneira mais adaptativa slide 33 por favor bom uma mãe que trabalhou com esse com esse modelo me contou que ao reconhecer os sinais de regulação emocional do seu filho ela começou a adotar uma abordagem mais compassiva e reflexiva ao invés de tentar corrigir imediatamente o comportamento do filho ela passou a validar os sentimentos do filho dizendo algo como eu vejo que você tá muito frustrado isso é difícil não é isso deu ao filho a oportunidade de se sentir ouvido e compreendido o que reduziu significativamente o número de crises Além disso ao usar a
abordagem de consciência e coragem a mãe foi capaz de perceber quando estava começando a se sentir frustrada e fazer uma pausa para se recompor antes de reagir impulsivamente isso também ajudou a melhorar a dinâmica entre mãe e filho aumentando a confiança mútua e promovendo uma comunicação mais aberta e honesta com o tempo o relacionamento ent mãe e filho se fortaleceu e o número de conflitos diminuiu o filho passou a se sentir mais seguro emocionalmente o que facilitou a aprendizagem de estratégias para lidar com suas emoções de forma mais construtiva slide 34 esse modelo ao ser
adaptado para a realidade de famílias com crianças autistas pode ser transformador não apenas para crianças mas também para os pais ao integrar a consciência coragem e amor na dinâmica familiar é possível promover um ambiente mais saudável onde tanto pais quanto filhos podem crescer emocionalmente e se apoiar mutuamente esse processo requer tempo paciência e esforço mas os resultados podem ser profundamente recompensadores criando uma base sólida para o desenvolvimento emocional das e para a construção de uma relação mais próxima e saudável entre pais e filhos por favor slide 35 Agora eu vou começar a falar sobre o
nosso estudo e como você pode participar ou incentivar alguém para participar essa apresentação até agora foi a introdução a um projeto que Visa avaliar os efeitos da psicoterapia analítica funcional na emocional de crianças autistas com um foco especial eh tanto nas crianças quanto nos pais ou cuidadores ao longo dessa intervenção buscamos não só melhorar a regulação emocional das Crianças mas também oferecer suporte aos pais ajudando-os a lidar com os próprios desafios emocionais O que torna Esse estudo ainda mais robusto é que estamos realizando um ensaio Clínico randomizado esse tipo de estudo é considerado um dos
mais rigorosos na área científica pois permite uma comparação precisa entre grupos que recebem a intervenção e aqueles que não recebem no nosso caso vai ser uma fila de espera então todos vão receber a intervenção mas em momentos diferentes eliminando o viés e assegurando resultados mais confiáveis a randomização ou a distribuição aleatória dos participantes assegura que qualquer diferença observada no comportamento ou nas emoções dos participantes possa ser atribuída à intervenção e não a fatores externos slide 36 por favor o objetivo fundamental desse estudo é medir como uma intervenção baseada na fap pode auxiliar na regulação emocional
de crianças com autismo sabemos que muitos indivíduos autistas enfrentam desafios significativos em termos de regulação emocional o que muitas vezes leva a comportamentos de resistência explosões emocionais ou dificuldades de adaptação ao ambiente social o que propomos com esse projeto é uma abordagem que não apenas ajude as crianças a desenvolverem suas habilidades emocionais mas que também ofereça aos pais ferramentas valiosas para melhor compreender e apoiar essas dificuldades slide 37 Além disso acreditamos que ao melhorar a regulação emocional de ambas as partes crianças e pais poderemos promover uma melhoria significativa na qualidade de vida das famílias como
um todo estamos falando de uma abordagem que envolve a família no seu contexto completo entendendo que a regulação emocional é um uma habilidade que deve ser trabalhada de forma colaborativa e empática isso não só contribui para o bem-estar das Crianças mas também para um ambiente familiar mais harmônico e menos propenso ao estresse e a frustração slide 38 critérios de inclusão e de exclusão no estudo agora eu vou explicar os critérios para participação neste projeto que são essenciais para garantir que as intervenções sejam eficazes e direcionadas ao público certo o estudo está aberto a pais ou
cuidadores de crianças com diagnóstico de autismo que tenham idades entre 6 e 12 anos este período do Desenvolvimento Infantil é crucial Pois é quando muitas das habilidades sociais e emocionais começam a se desenvolver de maneira mais intensiva O que torna essa faixa etária ideal para esta intervenção para que os pais ou cuidadores possam participar é fundamental que eles estejam dispostos a se comprometer com o processo Isso inclui participar de 10 sessões de intervenção e preencher questionários de avaliação antes durante e após as intervenções sabemos que a participação ativa e o compromisso são determinantes para o
sucesso de qu ququ projeto e queremos garantir que todos os participantes tenham o suporte necessário para que a experiência seja enriquecedora tanto para eles quanto para os seus filhos slide 39 por [Música] favor no entanto como em qualquer estudo há também critérios de exclusão um desses critérios está relacionado a condições de saúde graves caso o cuidador forp do estudo ou a criança apresentem condições de saúde que possam dificultar a participação plena nas atividades eles não poderão participar eu vou esclarecer isso inclui situações em que a saúde física ou mental do participante precise de acompanhamento urgente
e contínuo outro critério important é comunica ef entreis eus fos ição boa é um dos pilares para qualquer intervenção psicoterapêutica portanto para que a fap seja eficaz é necessário que exista algum tipo de comunicação Clara seja verbal ou por meio de sistemas alternativos como quadros de comunicação ou dispositivos assistivos se a criança não tiver uma maneira eficaz de se comunicar com seus pais ou se essa comunicação não for suficientemente estabelecida a intervenção pode não ser adequada por fim em relação às crianças autistas não estamos considerando para este estudo aquelas que apresentem condições de saúde adicionais
grave graves como comorbidades psicológicas que possam interferir no processo de regulação emocional como transtornos psicóticos por exemplo Então se trata de transtorno Psicótico transtorno bipolar e retardo mental grave ou Severo esse critério é importante para garantir que o foco do estudo permaneça na regulação emocional relacionada ao autismo e não a outra condição slide 40 por favor benefícios da participação no estudo participar deste estudo oferece uma excelente oportunidade para pais e crianças se beneficiarem de uma intervenção teraputica inovadora baseada em evidências científicas e focadas na regulação emocional Este estudo Visa proporcionar uma abordagem única para o
apoio ao desenvolvimento emocional das crianças e a melhoria da dinâmica familiar a regulação emocional é uma habilidade fundamental que todos nós utilizamos para lidar com nossas emoções de maneira saudável E construtiva para crianças dificuldades emocionais ou comportamentais como aquelas com transtornos espectro autista este processo pode ser particularmente desafiador a proposta do estudo é proporcionar aos pais e cuidadores ferramentas valiosas para ajudar seus filhos a desenvolverem habilidades de regulação emocional oferecendo um espaço para que eles aprendam e pratiquem novas estratégias em um ambiente seguro e apoiado slide 41 com foco na regulação emocional o estudo busca
melhorar significativamente a comunicação familiar reduzir a tensão nas interações cotidianas e fortalecer o vínculo entre pais e filhos contribuindo para um ambiente familiar mais harmonioso E equilibrado além disso a participação neste estudo pode ter um impacto positivo no bem-estar emocional dos pais a pesquisa será com conduzida de forma a apoiar os pais não apenas em sua interação com seus filhos mas também no desenvolvimento de sua própria regulação emocional o objetivo é capacitar os pais a lidarem melhor com as emoções em momentos de estresse ou crise promovendo o ambiente mais positivo e acolhedor em casa slide
42 assim o os objetivos do estudo são investigar a eficácia de uma intervenção terapêutica centrada na regulação emocional para crianças e pais através dessa intervenção buscamos observar o impacto direto na capacidade das crianças de gerenciar suas emoções e na qualidade das interações familiares a regulação emocional em especial é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação e é um aspecto essencial da Saúde Mental tanto para crianças quanto para adultos Além disso os resultados esperados incluem um aumento significativo no vínculo afetivo entre pais e filhos com um foco especial na construção de relações mais
empáticas e compreensivas pais que participarem do estudo terão a chance de aprimorar suas habilidades parentais aprendendo novas formas de apoiar emocionalmente se seus filhos sem recorrer à disciplina punitiva ou métodos que possam ser prejudiciais ao relacionamento familiar slide 43 eu tô acabando Tá e agora um exemplo de como a intervenção pode beneficiar as famílias embora ainda não tenhamos dados de participantes anteriores nesse modelo podemos visualizar o impacto dessa intervenção em termos Gerais imagine uma criança que frequentemente tem dificuldades para expressar Suas Emoções ela pode demonstrar comportamentos desafiadores como explosões de raiva ou frustração simplesmente porque
não sabe comunicar o que está sentindo após a intervenção a criança a aprende a identificar e nomear Suas Emoções conseguindo expressá-las de maneira mais clara e assertiva para os pais isso significa poder compreender melhor o que está acontecendo emocionalmente com seus filhos o que por sua vez permite uma abordagem mais calma e eficaz nas situações de crise em vez de se sentir perdido ou frustrado o pai ou a mãe pode usar as ferramentas aprendidas durante a intervenção para ajudar a criança a se acalmar reforçando comportamentos positivos e promovendo uma comunicação mais aberta e eficaz slide
44 fica aqui o Encerramento e o convite paraa inscrição eu agradeço imensamente pela atenção e pelo interesse demonstrado até aqui eu estou muito empolgado com o potencial deste estudo e com a oportunidade de trabalhar junto com famílias que se dispõem a embarcar nessa jornada de transformação as inscrições para o estudo estarão abertas até o dia 14 de fevereiro e Seria um prazer contar com a participação de vocês ou caso você ou alguém que você conheça se identifique com a proposta deste estudo e veja valor nas intervenções focadas em regulação emocional não hesite em se inscrever
essa é uma oportunidade única Para apoiar o desenvolvimento emocional das crianças e ao mesmo tempo melhorar o relacionamento familiar como um todo lembro que este estudo não se destina apenas a investigar mas também a oferecer um apoio prático e real para as famílias participantes ao se inscrever você não está apenas contribuindo para a pesquisa mas também recebendo apoio personalizado e estratégias que podem transformar a dinâmica familiar de maneira profunda e duradora slide 45 juntos podemos fazer uma diferença significativa na vida das famílias e criar um futuro mais inclusivo e equilibrado onde todos independentemente de suas
dificuldades possam se sentir valorizados e compreendidos muito obrigado pela atenção e pela consideração caso tenham dúvidas ou precisem de mais informações estou à disposição Espero poder contar com a participação de todos para que possamos juntos transformar vidas e construir um caminho mais positivo para nossas famílias Até breve o slide 46 tem as referências para essa apresentação de hoje é claro que é uma apresentação muito resumida do projeto né científico como ele é enfim apresentado pro ibac apresentado pra plataforma Brasil e etc e no slide 47 eu tenho aí o e-mail pap orientação autismo @gmail.com que
é onde nós estamos recebendo as inscrições das pessoas interessadas em participar do estudo e eu encerro por aqui claro que a gente tem um tempo ainda para dialogar né Airton Sim professor eh e apresentação interessante eu não sei se o pessoal tá me escutando estão sim ah eh que apresentação interessante obrigado por apresentar pra gente por compartilhar com a gente essa proposta eh de intervenção em regulação emocional para promover a regulação emocional eh desse público e também essa proposta de pesquisa Professor eh Rodrigo eh não dá para ver aqui nessa na sala do zoom que
a gente tá mas tivemos né aproximadamente 50 pessoas acompanhando né sua apresentação nesse momento nós temos 49 pessoas eh nos assistindo aqui pessoal eu gostei muito da apresentação do Rodrigo o que que vocês acharam escrevam aí no no chat eh O que que vocês acharam dessa apresentação as impressões de vocês e Se tiverem perguntas também aproveitem esse momento né a presença aqui do do Dr Rodrigo que ele pode né responder vocês diretamente eh Professor eu primeiro assim achei o a o modelo AC se encaixou muito bem Nessa proposta de regulação emocional né assim o Primeiro
Momento de consciência essa consciência pare ser muito importante observar eh os primeiros sinais né de uma desregulação emocional coragem e amor eu achei isso muito assim me pareceu que encaixou muito bem com a proposta professor me eu tenho uma uma questão no meu trabalho assim e mas coixa deixa eu comentar o que você acabou de dizer dizer eh esse projeto ele foi idealizado por uma mãe autista que é autista ela mesma mãe de outra eh uma menina autista de acho que tá com 9 10 anos agora e ela é um membro ativo da comunidade Global
né do do do ACL uma membra né é uma assistente social e a coleta que eu tô fazendo no Brasil ela é para dar apoio a coleta que ela tá fazendo na universidade de Washington ela já começou ela conseguiu dois grupos de nove participantes para fazer a intervenção e a lista de espera né E aí eu tô tentando aqui ver se consigo também eh participantes para fazer da mesma forma em um ensaio Clínico randomizado com mais participantes A gente tem condições de ter um estimador melhor e de tamanho de efeito Essa é a ideia de
fazer essa pesquisa multicêntrica né e e por isso que eu acho que se encaixou tão bem isso que eu queria comentar da tua fala que foi quem teve a visão de levar o modelo AC pro contexto da desregulação emocional foi exatamente uma pessoa autista legal importante essa informação eh Professor temos alguns comentários aqui da das impressões do do pessoal que tá assistindo e eu queria te fazer aproveitar fazer uma pergunta na minha prática eu percebo assim como uma regulação emocional ela é relevante para todo mundo né ter eh eh eh estratégias de regulação emocional é
importante para todo mundo mas eh no meu atendimento tanto com pessoas típicas ou neurodivergentes principalmente de adolescentes e adultos eh quando eu Trago essa essa abilidade de uma respiração profunda não para um pouco respira tenta observar os seus sentimentos geralmente a reação das muitas vezes a reação das pessoas é assim olha esse negócio de meditação não funciona para mim não eu tenho muita dificuldade de transmitir esse tipo de estratégia ó por exemplo uma academia fazer atividade física é mais bem aceito como regulação emocional do que respirar observar ter consciência ter coragem ali com sentimentos O
senhor já enfrentou esse tipo de coisa como é que você enfrenta esse tipo de barreira oh enfrento muito isso o pessoal tem uma resistência a começar eu mesmo tive Airton eu no doutorado fazia parte da do protocolo trabalhar eu trabalhei com Tod né crianças com Todd eu atendia e paraa sessão acontecer não todas elas têm TDH comórbido né tanto na nas referências que eu pesquisei do Journal of applied behavioral analysis todas as crianças que eu recuperei na busca por Tod tinham TDH quanto na minha amostra que eu triei a clínica toda lá da USP para
encontrar as crianças que tinham eh nível Clínico no cbcl para Tod todas elas também tinham nível Clínico para TDH então pra sessão acontecer tinha que fazer um um Trein mindfulness Todo começo de sessão e eu não aplicava em mim eu fui aplicar em mim anos depois quando eu tive a minha única crise de pânico que eu no meio da minha crise lembrei do protocolo e falei não pera aí deixa eu a cabeça ainda funcionava por trás do dos Pensamentos fica muito pensamento né Na hora da crise de pânico mas por trás dos pensamentos eu ainda
a de de pensar no no protocolo e e comecei a me engajar ali no Exercício eu dormi eu dormi aí no outro dia eu falei bom Agora eu preciso tomar vergonha na minha cara e começar a fazer o protocolo que é 10 minutos de manhã 10 minutos à noite né E aí eu fiz por TRS meses e é legal porque quando você adere você acaba tendo um repertório generalizado de mindful né então você uns três meses ali fazendo você começa a a Você nota Os Pequenos sinais da ansiedade e você já faz ali como uma
estratégia que não permite que escale por uma ansiedade maior Então esse esse é um dos testemunhos que eu costumo dar pros meus pacientes eh sobre esse tema mas é totalmente compreensível o sistema é o capitalista né produzir produzir produzir consumir consumir consumir então é é de se entender que não haja uma tendência para algo que não vai gerar lucro para ninguém né simplesmente entrar em contato com a sua humanidade legal professor e vou procurar esse protocolo de mindfulness ao é lá no no livro de 2008 da FAP que foi traduzido pro Brasil em 2011 pelo
pessoal da da lá de Londrina M Simple ou não é o dois é o dois é o dois é o um guia para fap consciência coragem amor e behaviorismo tinha behaviorismo ainda hoje em dia ficou só a CL e mas tem o capítulo se self mindfulness no meio do capítulo assim tem o as instruções ali são duas três páginas em outras palavras é um protocolo perfeito vou procurar Obrigado profess temos alguns comentários aqui e a Maria Moraes ela falou assim indicação de livros por favor né Senhor apresentou pra gente uma as referências né do dos
slides e Depende do quê Se você quer livr a minha referência é complicada porque a minha referência é acadêmica eu eu não leio Putz eu eu não leio e não recomendo autoajuda que é o que o pessoal consome né ou romance não não leio não leio prosa Desde da faculdade eu parei eu lia muito tem um monte de Gibi aqui mas depois disso nunca mais agora as minhas referências vão ser o o livro branco que é o applied behavioral analysis para ter alguma ferramenta de como tá lidando com os problemas de crianças que T eh
crianças autistas então quando eu tava no SUS até eu entrar no SUS eu nunca tinha trabalhado com criança autista eu recusava aco né e depois que eu entrei pro SUS não tem como regus casa que n a pessoa tem direito ao atendimento então eu tinha comprado esse livro quando eu fui aluno da Marta no no doutorado fiz disciplina com ela e ela mandou comprar eu comprei sou obediente comprei então recorri a ele para trabalhar então se você gosta de referência acadêmica é o livro branco né que você procura no no applied behavioral analysis no no
no como é que chama na Amazon é um que tem a capa branca eu não sei falar o nome dos autores não lembro e fap livro de fap para mim é é básico para pra vida do do psicoterapeuta tem que ler pelo menos o de 91 aquele da capa marronzinha e esse eh quer ser terapeuta tem que ler pelo menos uma vez na vida senão não vai fazer direito minha opinião legal Professor eh a Francisca falou assim gratidão excelente explanação A Iara falou gostei Amei a Niele manda um coração a Francisca falou mais um pouco
excelente um assunto em evidência que nós profissionais da psicologia e como analistas do comportamento precisamos sempre estar estudando e aprendendo sobre o assunto a Tatiana mandou um coração também A Iara falou assim colocarei em prática pois Sou professora a Suzane falou assim Ótima aula sou recém-formada e ainda não conhecia o modelo ACL da a Suzane ainda perguntou será um estudo com orientação dos Pais de forma presencial online online porque a gente precisa de diversidade amostral se eu faço um estudo presencial desse porte eu vou ter que lidar com o viés da da regionalidade E aí
fica horrível pros dados né É claro que assim na minha vida depois agora em qualquer momento eu posso abrir um grupo aqui e e começar a atender e e fazer o mesmo trabalho com né as mães aqui da minha região Mas como eu preciso dessa diversidade Regional pro eh pros dados s íos dessa vez vai ser online o que facilita né Qualquer pessoa do Brasil inteiro pode ter acesso ao estudo é só aí preencher os critérios de inclusão né certo a a Maria Moraes ela falou assim eu amei palestra muito rica e a Iara colocou
assim adoro adoro a terapia tft para acalmar F eu não conheço também não mas deve ser alguma estratégia de regulação emocional também é bom professor T tentando tô tentando adivinhar a sigla aqui terapia focada em alguma coisa po não tem nenhum m para ser um Mind compão Pois é parece né tfc seria tfc Iara se você quiser escrever pra gente saber o nome mas Professor mais uma vez obrigado pela sua presença achei muito interessante conhecer nesse trabalho que você tá desenvolvendo e torcemos né O ibac que tá parceiro né na no desenvolvimento dessa pesquisa torcemos
para que apareça bastante gente para participar e vocês possam enfim desenvolver um h desenvolver um trabalho legal com com esse público Muito obrigado muito obrigado a gente tá aí sofrendo com as poucas inscrições inscrição inscrição até agora geral não atingiu o mínimo do n que a gente precisa problema ainda é quando você entra nas inscrições e a pessoa veio sem atender os critérios de inclusão aí corta para 1 terç Então tá sendo bastante difícil Então pessoal eu preciso muito que vocês se sensibilizem em Olha eu conheço alguém que tem uma criança de 6 a 12
anos e que deveria participar desse estudo então indique por favor passa lá o e-mail fap orientação autismo @gmail.com pra pessoa procurar a gente até o dia 14 de fevereiro não tem como ser depois disso porque as meninas têm que se formar né Elas têm que defender o TCC delas e o que a gente já decidiu né que se não tivermos um ensaio Clínico randomizado teremos um estudo de caso então de uma forma ou de outra o estudo vai acontecer a questão é a qualidade dos dados que a gente vai produzir aí de acordo com o
número de participantes eu não vou mais tomar o tempo do próximo palestrante Obrigada Irton Obrigado Professor pessoal compartilhem né Essa essa possibilidade de pesquisa essa participação Somos aqui nesse momento 57 Se cada um enviar para uma pessoa né ou para duas né já e faz essa informação chegar a muito mais gente a nossa colega Iara ela falou assim que tft são batidas em Pontos específicos no corpo e aí ela falou indicarei Inclusive a pesquisa ai obrigado obrigado Iara Professor mais uma vez obrigado e boa noite boa noite querido bom trabalho aí valeu pessoal vamos eh
Nos preparar para a próxima apresentação o o professor ub Belino deve estar entrando a qualquer instante ah enquanto isso aproveito para deixar um recado para quem quer se tornar especialista em aba e autismo eh se você quer se tornar especialista em aba em autismo a pós-graduação em análise do comportamento aplicada voltada pro autismo e outras neurodivergentes do do ibac está com inscrições abertas as aulas da pós-graduação começam na semana que vem né no dia 29 de Janeiro na quarta-feira e ainda dá tempo de participar dessa pós-graduação que tem o selo de qualidade do ibac né
Aproveite Aproveite essa oportunidade eh para mais informações sobre o o curso de pós-graduação acesse o ibac.com.br bar cursos lá você tem acesso a informações sobre esse curso que eu falei de aba eh eh voltada para o autismo e outras neurodivergent mas também outros cursos oferecidos pelo ibac bom e agora vamos para a segunda e última apresentação da noite com o professor Umbelino que já está aqui na nossa sala boa noite Professor Oi boa noite eh o Dr Umbelino é psicólogo Clínico especializado em terapias comportamentais contextuais como act fap e tfc com foco no atendimento de
adultos neurotípicos e neurodivergentes incluindo teia pdh al e altas habilidades eh barra superdotação né Eh Umbelino é doutor em psicologia pela Universidade Federal de São Carlos a fcar e mestre pela Universidade Federal do Ceará hoje o professor vai falar sobre perspectiva a perspectiva das terapias comportamentais contextuais no atendimento de adultos autistas Professor seja muito bem-vindo eh nesse momento aqui só dá para você só consegue me ver mas temos eh 56 pessoas nos assistindo legal eh acho que todo mundo interessado com esse tema eu fiquei muito interessado quero assistir uhum eh pessoal nós vamos ter 45
minutos de apresentação do do Dr Umbelino e ao final nós vamos ter 10 minutos para responder perguntas então escrevam suas perguntas seus comentários no chat do YouTube que o nosso assistente de transmissão vai transmitir pra gente Professor fique à vontade tá liberado eu compartilhar slide olha Deixa pronto está show Agora eu preciso Eu Na verdade eu quero compartilhar aquela outra tela né compartilhei a [Música] do eu eh o zoom sempre tem essa coisa de você escolher ó Qual é a opção ele tá aparecendo as duas opções aqui agora tá a tela cheia sim tela cheia
ah maravilha Muito bem eh e obrigado pela apresentação Obrigado pelo convite obrigado pela atenção de todos vocês que estão aí eh eu vou falar então como o aon muito bem apresentou sobre a perspectiva das terapias comportamentais contextuais eh e antes de chegar aí eu quero introduzir essa questão da Perspectiva da neurodiversidade sobre o autismo que ela deve embasar eticamente a Nossa prática clínica então quero apresentar o autismo como a neurodivergencia então falar dessa abordagem contextualista contextualista funcional e queixas comuns na clínica com autistas E como que as terapias comportamentais contextuais elas elas tratam de de
um modo geral é claro e eh eu quero ressaltar essa questão da neurodiversidade pois como a gente trabalha com práticas baseadas em evidências a gente tem três critérios que definem prática baseadas evidências que primeiro é a melhor evidência disponível sobre aquela prática a perícia Clínica do psicólogo e as características cultura e preferências do cliente e eu quero colocar dar uma sublinhada dar uma destacada nesse no no na no critério C de práticas de definição das práticas basead naem Evidências em psicologia que demanda que nós conheç a que a gente conheça muito bem essas e considere
não só conheça mas considere na nossa prática e tenha isso como guia também na nossa prática essas características cultura e preferências do cliente isso é importante no trabalho com autistas pois autistas costumam funcionar de um jeito um pouco diferente e aquilo que é reforçador é estímulo reforçador para pessoas neur não muitas vezes não é reforçador para autistas e só para exemplificar uma diferença assim importante que você tem que ficar atento no no trabalho com seu cliente eh transtorno espectro autistas por do do transtorno do espectro autistas autista por definição eh é um distúrbio do neurodesenvolvimento
Isso quer dizer que você Teoricamente deveria ou poderia identificar e diagnosticar já desde a infância a maioria dos casos isso acontece mas a gente tem hoje eh com a inclusão da síndrome de Asperger como dentro como espectro estando dentro do espectro autista então tem eh se identificado que muit muitos autistas adultos estão sendo diagnosticados agora quando antes era eh talvez identificado como síndrome de áp E hoje é considerado eh conforme o dsm5 de eh autista nível um de suporte em que você tem a com a a linguagem muito bem preservada e desenvolvida porém com prejuízos
na comunicação social e e e de comp E aí os os principais critérios diagnósticos são déficit persistentes na comunicação social interação social e com por exemplo dificuldades na reciprocidade social emocional problemas na comunicação dificuldades em desenvolver manter e compreender relacionamentos são características bem comum que comuns que caracterizam esses destes na comunicação social e na interação e também padrões restritos e repetitivos de comportamento interesses ou atividades como movimentos motores ou fala repetitivo insistência em rotinas ou rituais interesses altamente restritos e intensos e hipo ou hipersensibilidade estímulos sensoriais eh que também são bem característicos e aí você
tem vários instrumentos de avaliação que permitem que ajudam a gente a identificar bem eh essas características em adultos só que são aqui no Brasil são instrumentos que ainda não tão de tão fácil acesso Porque estão sendo traduzidos e e validados eh muito recentemente como por exemplo a escala rads é uma escala que ajuda muito a identificar o autismo adulto e ela tá sendo validada agora traduzida e validada agora Digo no doutorado de um de um pesquisador do do Mike har é um um pesquisador que tá contribuindo bastante com isso eh características adicionais né do transtorno
de de terra presença desde a infância embora possa ser ficado tardiamente variam o sintomas varam em gravidade por isso que a gente caracteriza como espectro e o diagnóstico inclui especificadores como nível de suporte né Eh e como morbidades presentes o nível de suporte em que o indivíduo possa necessitar nível um dois ou três é assim eh caracterizado conforme o dcm Sim eu gosto muito desse Capítulo de livro eu acho que esse Campus Júnior é você aiton Professor sou eu eh esse capítulo ficou muito bom então achei legal que então eu conheci um dos autores desse
Capítulo eh que os autores eles trazem né que diagnósticos psiquiátricos se destacam dos demais tipos de Diagnósticos como por exemplo diagnósticos eh de doenças físicas do tipo eh pressão alta diabetes eh hipotiroidismo né ou seja tá Tá se fazendo uma comparação entre esse esses tipos de diagnóstico enfim diagnósticos psiquiátricos se destacam dos demais tipos de Diagnósticos por não utilizarem substratos biológicos para sua definição ou seja por não serem redutíveis às alterações ou funcionamentos fisiológicos ainda assim o caráter médico dos diagnósticos pode levar à atribuição de determinismo biológico para essas condições sim por exemplo eh depressão
eh transtorno de ansiedade transtornos de personalidade essa discussão aqui dos autores eh cabe bem porém quando a gente tá falando de autismo e outras neurodivergent a gente tem sim um um determinismo biológico que que já foi muito bem identificado nas pesquisas dos últimos 20 anos sobre funcionamento cerebral então no caso do autismo já tá bem bem claro diferenças cerebrais e diferenças genéticas as diferenças genéticas elas estão sendo ainda mapeadas mas tem um conjunto de genes que estão sendo identificados como eh muito correlacionados ao autismo embora não não consiga se não se consegue ainda identificar ficar
um gene específico mas um um certo conjunto de genes já eh já já tem uma boa correlação com com com t e de características cerebrais também tem identificado que devido a um processo de poda neural que é um processo que acontece eh por volta dos 1 ano e meio 2 anos de idade mais ou menos esse eh a o cérebro da do bebê ele nasce com muitas e muitas sinapses E aí vai ocorre nesse período a as podas neurais em que eh muitas dessas sinapses que não são funcionais elas são retiradas na eh pelo pelo
próprio desenvolvimento do cérebro e o que acontece já se observou com algumas pesquisas que no cérebro autista essa poda neural ela acontece ou reduzida levando a um cérebro hiperconectado ou algumas pesquisas já identificaram também uma Poa neural excessiva com um cérebro com menos conexões que aí eles estão correlacionados mais a autismo junto de deficiência intelectual já um cérebro hiperconectado é mais comum naqueles casos em que você tem o autismo mais eh superdotação e enfim o que leva a também a um funcionamento comportamental diferente e e e uma sensibilidade esse cérebro hiperconectado uma sensibilidade maior também
daí também muitas das alterações sensoriais que autistas eh costumam ter é muito provável um autista eh ter alterações sensoriais como ser mais sensível sensorialmente a sons a cheiros a texturas a a a a questões visuais enfim cada aí cada pessoa tem uma alteração uma alteração sensorial diferente e daí nós a gente tá falando de neurodivergent ou seja diferenças no desenvolvimento neuronal e foi interessante que mais cedo teve uma palestra sobre isso né sobre a a questão cerebral sobre o funcionamento cerebral como o funcionamento cerebral impacta no comportamento Achei bem interessante e porque a gente vê
que eh essas variações genéticas naturais no desenvolvimento cerebral levam a atipicidades em Como que o indivíduo responde aos contextos e reconhecer que diferentes estruturas e processos neurológicos podem resultar em modos distintos de pensar de aprender e se se comportar e essa ideia ela se opõe àquela visão tradicional que que considera apenas um modelo neurotípico como ideal ou normal o ideal ou normal é é é colocado como o o Na verdade o padrão neurotípico o padrão de pessoas que não t uma variação cerebral como essa daí dentro da discussão contemporânea sobre autismo C sobre autismo sobre
TDH sobre superdotação e e e outros casos a gente tem a o paradigma da neurodiversidade que foi proposto esse conceito pela a Jude Singer que ela falou assim numa entrevista que ela deu recentemente eh neuro foi uma referência à Ascensão da neurociência e diversidade é um termo político originou-se com o movimento dos direitos civis dos negros americanos biodiversidade também é um termo realmente político como palavra neurodiversidade descreve toda a humanidade mas o movimento da neurodiversidade é um movimento político para pessoas que querem seus direitos humanos essa é uma é uma posição ética e política que
a gente adota ou deve adotar na nossa prática Clínica a nossa prática Clínica Ela é composta pelo Nosso repertório conceitual pelo Nosso repertório Técnico pelo Nosso repertório interpessoal e pelo Nosso repertório cultural quando eu falo de neurodiversidade eu tô falando de repertório cultural aquilo que guia eticamente as nossas as nossas condutas as nossas decisões clínicas como a gente vai analisar funcionalmente um caso quais comportamentos eu vou eh tomar como alvo da minha análise funcional e da minha intervenção que critérios eu utilizo para fazer uma análise funcional que critérios eu utilizo para decidir ó esse aqui
é um comportamento problema que a gente precisa de intervenção depende dos meus dos meus referenciais éticos e políticos também E aí o paradigma da neurodiversidade no no trabalho com autistas ele é muito importante para guiar Essa visão do que você vai considerar eh como alvo da sua intervenção e de que forma você vai intervir então a gente entende que o autismo ele é faz parte desse conjunto da biodiversidade a gente olhando pra espécie humana como eh que tem uma diversidade dentro da própria espécie humana nesse sentido que você tem um um diversidade genética e diversidade
de funcionamento entos cerebrais levando também essa essa diversidade de funcionamento né e e veja é uma forma de de entender o autismo paradigma da da neurodiversidade de entender o autismo fora de uma psicopatologia eh o diagnóstico ele é útil porque ele facilita identificar padrões de comportamentos previsíveis né o a gente do ponto de vista comportamental contextualista funcional a gente consegue Focar apenas nos nos repertórios dos nossos clientes e alguns autores eh e e clínicos brevior istas tendem a tem uma tendência a não não se não se prenderem ou não se guiarem por por critérios diagnósticos
por classificações diagnósticas só só que ele tem uma utilidade quando a gente tá olhando PR as neurod diversidades eh fica muito essa utilidade Ela é bem importante porque você tá falando realmente de um determinismo biológico ali levando a a a a diferenças no funcionamento comportamental do indivíduo e ele tem a sua utilidade porque ele facilita também organizar o conjunto de pesquisa sobre aquele padrão comportamental sistematizar tratamentos que comummente funcionam para quem se encaixa naquele padrão e compreender que se trata de uma condição que não afeta só aquele indivíduo mas também um conjunto da população que
E no caso das neurodiversidad não deve ser invisibilizado e sim destacada a diferença eh eu quero trazer aqui para contrapor uma proposta tradicional de aba para adultos com terra essa citação é de um capítulo de livro que fala de tratamento de adultos a no livro autismo adulto um livro publicado em 2023 e os pesquisadores eh eles eles afirmam o seguinte e eu vou vej eu vou citar trazer essa citação e vou criticar essa citação tá bom eles falam assim de maneira geral o repertório comportamental do adulto que não recebeu tratamento adequado ao longo da vida
é extremamente restrito e não necessariamente porque depende dos níveis de suporte depende de de diferenças na no próprio desenvolvimento cerebral da aquele indivíduo então aqui eles estão considerando isso talvez pensando apenas no estereótipo do de de autistas de nível dois e nível três que realmente eh tem um repertório muito mais restrito e precisam de ou seja precisam de muito mais suporte e de intervenções precisariam de intervenções mais precoces daí o foco tanto da das das formações para a gente ter eh formações voltadas para o trabalho com crianças pra gente ter cada vez mais profissionais eh
capacitados para trabalhar com essas crianças e diminuir esse nível de suporte desse indivíduo no no seu desenvolvimento e eles colocam assim que seguindo a citação dentro desse mesmo repertório ainda um um número grande de comportamentos inadequados em comparação aos comportamentos adequados aqui os autores eles estão falando de autistas adultos como se autistas adultos necessari mente tivesse um comportamento extremamente restrito e que necessariamente tivesse um grande número de comportamentos inadequados eh é uma colocação eh julgar assim comportamentos como inadequados e adequados falando de adultos Eu tô tratando de adultos é uma é uma perspectiva que eu
considero paternalista como se eu tô olhando aqui para esse adulto responsável por si e eu tô julgando quais comportamentos dele são adequados quais são inadequados então tem uma uma forma melhor da gente olhar para isso que é olhar quais comportamentos são mais adaptativos quais comportamentos T uma funcionalidade melhor E aí sempre vai depender do contexto sempre vai depender do contexto e não de dos meus valores pessoais ou critérios trad iais que eu tenho eh eu eu me refiro ao profissional dentro da sua própria história de vida para considerar aqu do que ele vai considerar como
adequado ou inadequado E tratando de adultos a gente tem que ter muito eh em primeira mão as a a autonomia né Desse indivíduo a gente não tá tratando de crianças e ainda mais falando de autistas eh nível um de suporte Ou seja pessoas que antes seriam eh diagnosticadas com síndrome de áspid eh eu falo antes a na na CID 10 Ainda ainda ainda tem o termo eh síndrome de ID né o diagnóstico Naci de 11 já já não se já não se utiliza essa terminologia por uma série de questões eh sóo históricas que eu não
vou discutir aqui para não tomar muito tempo por que que não se chama mais síndrome de enfim é outro assunto eh e aí eu quero eh trazer para vocês uma reflexão sobre perspectiva interpretação e objetividade que a gente tem assim numa perspectiva eh científica tradicional que a aí eu vou citar aqui o livro da Dan Mat sobre observação que elas trazem assim ó a objetividade na observação significa até se aos fatos efetivamente observados isso é fatos que podem ser percebidos pelos sentidos deixando de lado todas as impressões e interpretações pessoais Ok mas existe observação sem
interpretação a gente não a gente sempre interpreta aquilo que a gente tá observando a gente eu me refiro a quem a indivíduos com linguagem plenamente desenvolvida no caso o cientista o o psicólogo ele é esse indivíduo que tá sempre interpretando interpretando Com base no seu repertório conceitual seu repertório técnico repertório interpessoal e cultural vai esses esses repertórios eles vão determinar como você interpreta aquilo que você tá observando a e a divers a variações na interpretação ela pode acontecer eh dependendo do ponto de vista em que você se coloca por exemplo eh olha essa imagem aqui
o que que esse pintor tá desenhando Ah um círculo eh um E aí vocês se quiserem colocar aí nos comentários vai ser curioso ver as respostas certo mas vamos seguir aqui vamos olhar aqui vamos ampliar o nosso ponto de vista e ver o que que ele tá observando Ah qual é o ponto de vista desse pintor né aqui assim a a girafa olhando lá de cima ele tá pintando o qu então ah não é um simplesmente um círculo olhando dentro desse contexto essa imagem toda é um contexto ele a gente interpreta que ele tá pintando
então um chapéu não é simplesmente um círculo quantas colunas a gente tem aqui Conta aí então Quatro é Depende do ponto de vista se você Dire se você tá direcionando o seu olhar a sua atenção para Esse aspecto do estímulo você conta quatro agora se você direcionar a o seu olhar a sua atenção para Esse aspecto do estímulo você conta três e existem isso são ex um exemplo simples de de um mesmo objeto que ele pode ser se você direcionar a sua atenção para um aspecto dele ou se você direciona a sua atenção para outro
aspecto você vai ter interpretações diferentes e ambas são válidas veja elas fazem sentido Elas têm coerência eh porém elas podem divergir conforme a que a aspecto do do ambiente você tá respondendo assim como por exemplo quem leu corretamente aqui os um que tá dizendo que é seis ou que tá dizendo que é nove Depende do ponto de vista eh eu queria compartilhar essa outra tela aqui só para dar um outro exemplo só mais só mais esse exemplo tá eh que deixa eu ver se a gente tá na tela certa tá aparecendo uma imagem Branca meio
desconexa sim tá escuro com algumas letras parece tá então vou vou rodar aqui esse é um videozinho de 55 segundos vamos ver aqui eh para quem não conhece inglês essa palavra é a palavra Light em inglês significa luz certo e aqui é a palavra Dark que significa sombra ou escuro e Vejam o que que aconteceu aqui o objeto ele mudou ele se moveu não o objeto não se moveu ele não mudou o que que mudou mudou o ponto de vista do Observador daí o ponto de vista do Observador dependendo de onde O Observador se coloca
ele tem um objeto sem sentido desconexo ou ele tem um objeto com sentido e e e e coerente o nome dessa técnica e desse fenômeno que a gente tá observando aqui é anamorfose tá é uma técnica de de de produção aqui artística e é um fenômeno de observação Esse fenômeno de que um objeto observado Ele tem ele tem significado ele consegue ser compreensível dependendo do ponto de vista em que você se coloca Voltar para meus slides ã tá na na tela cheia não tá né não está tá vamos tentar de novo e agora agora tá
agora sim perfeito vamos continuar Então no que consiste o nosso comportamento de interpretar e compreender algo essa é a reflexão que eu quero fazer com vocês olha a interpretação Ela depende de quais dicas contextuais estão sendo discriminadas e interrelacionadas tá o skin lá no verb behav lá no final no livro comportamento verbal dele ele fala sobre a sobreposição das mesmas variáveis de controle entre falante e ouvinte que quando as mesmas variáveis de controle estão controlando o seu comportamento do falante do ouvinte eles estão se compreendendo e eh do ponto de vista da teoria das molduras
relacionais você tem a a interpretação ela é caracterizada pela organização e reorganização das molduras relacionais e redes de respostas relacionais no Nosso repertório certo é é quando você começa a colocar relações você tem um certo conjunto de relações que você aprendeu sobre algo e você reorganiza essas relações E aí você tem uma interpretação diferente sobre aquilo que você tá lendo daquilo que você tá ouvindo e em resumo em resumo que eu quero dizer gente o aprofundamento disso aqui é algumas aulas tá não dá mas em resumo o que eu quero dizer é que compreendemos melhor
o outro quando compartilhamos as mesmas experiências tá e a gente tem que é interessante olhar com essa reflexão que eu tô trazendo para vocês que autistas e neurotípicos eles são uma anamorfose uns para os outros Lembrando que eu tô falando de anose tô falando disso aqui ó uma mudança de ponto de vista Vista ela vai tornar algo dependendo do ponto de vista que você se coloca algo sem sentido ou algo com sentido algo disfuncional ou algo funcional tá pode depender do ponto de vista que você vai se colocar E aí eu vou colocar aqui uma
reflexão se é o paciente Quem deve se movimentar para entender o terapeuta ou é o terapeuta Quem deve se movimentar para entender o paciente quem que tem que ter mais empatia em primeiro lugar o seu paciente para lhe entender você terapeuta ou você terapeuta que tem que ter mais empatia para entender o seu paciente e muitas vezes muitos casos adultos autistas não são compreendidos na clínica não são compreendidos pelos seus terapeutas e são e tem a sua experiência a sua vivência aquilo que sente p e faz desvalidar o que é um grande problema dentro da
relação terapêutica e para o próprio desenvolvimento do do self dessa pessoa que depende de validação eh é interessante que algumas pesquisas mais recentes Elas têm identificado que autistas têm uma um responder diferente a estímulos reforçadores tá e também uma forma de rastar de responder discriminativo ao ambiente também diferente a forma eh a que estímulos um autista Olha primeiro no ambiente é diferente de uma pessoa neurotípica é um funcionamento diferente de interagir com o ambiente e a gente também tem o problema da dupla empatia em que eh eh tá o autista ele tem é diz assim
que ele tem comportamentos inadequados ele não ele tem déficit na comunicação não compreende eh a comunicação e só que os neurotípicos também têm dificuldade em compreender a perspectiva do autista pesquisas sobre cognição social e habilidades sociais elas tradicionalmente vê sendo conduzidas por pesquisadores não autísticos e isso é uma discussão eh dos últimos aí 12 anos e colocando que você vocês né pesquisadores e clínicos tem que entender a perspectiva do autista e quem tem feito essas pesquisa são próprios pesquisadores autistas e profissionais clínicos autistas o para demonstrar experimentalmente essa diferença que o problema de comunicação às
vezes ele tá dentro entre eh não o autista necessariamente Ele tem ele não consegue se comunicar Mas ele tem um estilo de comunicação diferente teve essa pesquisa clássica feita em 2020 eu falo clássica porque dentro dessas discussões ela já é é uma é uma pesquisa sempre citada tá que os pesquisadores eles fizeram como se fosse aquele jogo do telefone semfio que um fala uma coisa e o outro eh fala uma a primeira pessoa fala pra segunda pessoa a segunda pessoa fala aquela informação aquela informação pra terceira pessoa e assim por diante até você verificar a
diferença entre o que o participante um falou e o que o participante 5 falou E aí El ele fez a comparação entre os participantes todos autistas os participantes todos neurotípicos e quando misturava dentro da da fila autistas e neurotípicos identificou que tinha mais diferença mais e dist na informação e e falhas de comunicação quando misturavam os neotip entre autistas e neurotípicos agora nos grup no grupo entre autistas entre autistas tinham pouca divergência de comunicação no grupo de neurotípicos entre neurotípicos também tinha pouca divergência Mas o problema tava aqui quando misturava esses neurotípicos entre autistas e
e neurotípicos E aí onde você tinha mais problema de comunicação e não entre dentro do próprio neurotipico necessariamente tá eh da então eu trouxe aqui para vocês ess essa Perspectiva da neurodiversidade agora eu quero trazer então questões clínicas são comuns na no trabalho com autistas adultos especialmente eu tô me referindo ao trabalho com autistas de nível suporte um tá quando eu falo de Terapias comportamentais contextuais Eu me refiro a terapia de aceitação e compromisso a psicoterapia analítico funcional a terapia focada na compaixão e a terapia comportamental dialética act fap tfc e dbt a tfc é
a única que eu vejo a sigla em português tá as outras as siglas ar fap dbt são as siglas em inglês que aqui no Brasil se Costuma se a gente Costuma se referir assim tá gente eh elas tem em comum uma perspectiva contextualista e funcional tá dentro ão dentro das contextual behavioral Science seja ciência comportamental contextual em que se compreende o comportamento humano a partir de uma perspectiva contextual ou seja Considerando o ambiente e as circunstâncias em que o comportamento ocorre e É oposto de abordagens internalistas Gente esse é uma continuação tá é um desenvolvimento
da perspectiva do brevior ismo radical tá é uma continuação é uma é uma um desenvolvimento não é uma coisa oposta não é uma coisa divergente não é é irmão é é filho neto do Skin tá com as suas devidas diferenças e aí é outra aula sobre isso tá essas diferenças do bismo Magical da terapia an comportamental clássica para ciências comportamentais contextuais mas é todo mundo da mesma família eh o Skinner Ele trouxe que o comportamento dos organismos é um campo único no qual tanto a filogenia quanto a ontogenia devem ser levados em conta e e
também em outro momento ele falou que toda a história será eventualmente contada pela ação conjunta das ciências da genética comportamento e cultura é o que nós estamos tendo atualmente no século XXI com o desenvolvimento tecnológico identificando muito mais eh muito mais claramente esses Eh esses fatores genéticos cerebrais neuronais foi muito legal ter tido uma palestra mais cedo sobre neurociências que eh explicitou bem ess essa questão o funcionamento que e como a gente já tem as análises funcionais para identificar os processos de aprendizagem do comportamento e as pesquisas sociológicas antropológicas identificando os fatores culturais tá então
nessa perspectiva o transtorno psicológico não é visto nem como entidade fí fixa não é não é visto como entidade fixa mas como um padrão de comportamento que é mantido por contingências ambientais adoecedor e aí o foco no tratamento é a alteração dessas contingências para promover mudanças comportamentais adaptativas eh adaptativa é é muito importante a gente ter Claro o conceito de função tá a gente em que você tem a noção de função adaptativa dentro do dentro do conceito de função que a gente trabalha tem duas noções a de função adaptativa e de função probabilística tá dentro
do mesmo conceito essas duas noções a função adaptativa a relação entre o comportamento e os eventos apetitivos ou aversivos que o indivíduo pode encontrar e a função probabilística eh que diz respeito a como a interação com o ambiente influencia a repetição de comportamentos isso envolve os conceitos de reforço e punição então algumas funções comportamentais aumentam o contato com certas coisas e algumas funções comportamentais reduzem o contato com certas coisas Essa é a função adaptativa e a probabilística é qu quando um comportamento funciona para obter uma recompensa uma pessoa terá mais probabilidade de repetir esse comportamento
no contexto em que recebeu essa recompensa e quando o comportamento não OB uma recompensa incorre um custo uma pessoa terá menos probilidade de repetir esse compo no contexto em que não recebeu essa recompensa incorreu em um custo na nossa na nossa prática a gente tá analisando funcionalmente e eu falo a gente assim quem trabalha com as terapias comportamentais contextuais Tanto olhando funções adaptativas quanto funções probabilísticas fazer isso me aproxima de quais apetitivos fazer isso me afasta de quais aversivos o que que eu tô conseguindo produzir do que que eu tô tentando me proteger que custos
eu tô tentando prevenir ter né o resultado do que eu faço min influência agir Em que direção Eu repito eu paro eu aperfeiçoou eu faço diferente São perguntas que a gente como que nós como clínicos vamos colocando assim nas nossas análises do que que os nossos clientes estão fazendo ele tá se aproximando de que que ele tá conseguindo aqui o que que ele tá evitando tá e eh eh isso aqui que tá acontecendo tá influenciando ele age de que forma Em que direção enfim eh então a gente não foca nem na forma de uma ação
nem no conteúdo então não importa se uma ação é considerada assim adequado se um pensamento é real se um sentimento é tido colocado como normal mas sim depende focar na função em relação ao contexto sempre vai depender do contexto em que a o indivíduo tá tá inserido então Eh na prática colocar pensamentos Como assim como eu não sou normal eu sou deficiente eu não vho nada se dentro de um de certas abordagens ele procuraria o profissional procuraria substituir por ideias positivas dentro da das das terapias comportamentais contextuais Não não é bem esse o foco e
sim a gente vai olhar esses pensamentos surgem quais circunstâncias eles te influenciam agir de que modo Como que você pode se relacionar com esses pensamentos de uma maneira que te incentive a buscar uma vida com mais sentido e beleza como esses pensamentos podem te influenciar a buscar aquilo que é mais precioso na sua vida né eh por exemplo o paradigma da neurodiversidade ele é um um guia muito útil para quem recebe o diagnóstico de autismo que nos aproxima de uma comunidade que se apoia que se entende e que e que compreende o próprio funcionamento como
diferente e e sim e que vai ter dificuldades como eh todos indivíduos tanto neurotípicos quanto eh como neurodivergentes vão ter Daí o nosso foco em processos clínicos trans diagnósticos certo e aí eu quero eh seguir trazendo para vocês alguma algumas pinceladas de como a Act A dbt a fap a TF elas podem ajudar em diferentes questões que são comuns na clínica com autistas adultos tá como o problema das alterações sensoriais a gente pode trabalhar aceitação em MF para lidar com com as Sensações intensas autot tranquilização e tolerância ao desconforto promoção de autocompaixão para reduzir julgamento
sobre a própria sensibilidade para fazer esse trabalho aqui gente são diferentes técnicas tá eu não vou dar aula dessas técnicas mas ah tô dizendo assim como é que o que que a gente faz tá de modo geral não dá tempo né de aprofundar aqui né nesse contexto Mas enfim tá eí as formações justamente para esse aprofundamento tá Para você aprender as técnicas que vão trabalhar isso outra questão comum de a dultos autistas sobrecargas sensoriais Então a gente vai pode trabalhar a identificação de valores para direcionar ações Mesmo durante crises regulação emocional com ferramentas como a
técnica stop stop é a técnica Stop gente é parar é de você parar respirar observar a experiência e agir conforme o contexto ali que você tá observando tô explicando ela muito rapidamente tá só um exemplo técnicas de regulação emocional estratégia de regulação baseada em compaixão para reduzir a intensidade da sobrecarga em vez da pessoa ela começar a ela aprender que durante a sobrecarga sensorial né para ela ela não precisa se criticar e se sentir mais doente mas sim que é um funcionamento eh devido à sua própria sensibilidade e aí na verdade a gente trabalha até
para prevenir essas sobrecargas você aprendendo a se cuidar a identificar Quais são as suas eh hipersensibilidades Quais são as suas alterações sensoriais para já a gente tomar medidas no contexto no ambiente e no autocuidado para não ter tal sobrecarga né aí se tiver a sobrecarga Então o que fazer aí tem as técnicas de regulação emocional para você se regular ali é é comum também abuso de álcool e outras entorpecentes muitas vezes devido esse autista que não sabia que era autista não sabia não conseguia perceber que tinha sobrecarga sensorial que aquilo que ele aquela crise que
tava temo era devido a uma sobrecarga sensorial aí vai recorrer ao quê a bebida e a outros entorpecentes é muito comum parecer Então como a gente vai trabalhar isso primeiro fazendo essa psicoeducação de das questões sensoriais mas aí às eh autistas costumam são costumam ter padrões muito eh repetitivo seguir rotinas muito rigidamente então se uma coisa vira um costume se uma coisa vira um hábito a eh a tendência é manter aquele hábito de forma muito muito persistente e aí quando a pessoa ter o hábito de beber é muito ou de usar Outras Drogas ela ela
fica com aquilo muito muito forte no seu na na sua rotina E aí precisa ser trabalhado essa essa questão então às vezes é enfrentamento usa a bebida ou outra entorpecente como esquiva experiencial tá então a gente vai fazer um trabalho dessa esquiva experiencial com foco em valores pessoais prevenção de recaída e aceitação radical aqui bem da dbt isso encorajamento de conexões autênticas que que que oferecem suporte emocional e aumento da autocompaixão para lidar com a culpa ou vergonha associadas ao que traz sofrimento então muitas vezes muitas vezes o a o a pessoa ela recorre a
a álcool e outras entorpecentes como forma de Esquiva experiencial no caso de autismo é bem comum a esquiva experiencial de sobrecarga sensorial e esquiva experiencial do desconforto da ansiedade de interações sociais eh de forma não genuína e que eu me refiro de forma não genuin é não conseguir se colocar do seu próprio jeitinho de ser e sim aprende que você tem que imitar aquelas pessoas que são as mais eh eh desenroladas mais habilidosas socialmente aí você perde o seu senso de si né Isso é o problema e aí você eh ah tem que ser normal
é ser desse jeito ser habilidoso é ser desse jeito aí se força a se colocar em situações que na verdade sente muito desconforto E aí não quer sentir isso acaba recorrendo a entorpecente enfim outra questão muito comum dificuldade de organização e resolução de problemas tá pensamento tem uma tendência a pensamento a a a baixa flexibilidade eh cognitiva tem uma aprende um aprende com uma coisa de um jeito tende a repetir aquela forma de de de de relacionar as coisas de entender as coisas e tem dificuldade em pensar alternativas além de disfunções eh executivas fica com
ambiente muito desorganizado mas se você por quê Porque é muito comum autistas terem TDH tem uma uma uma porcentagem significativa de autistas que também tem TDH E aí dentro do dessa de de autistas com TDH tem muito problema de organização fica com com ambiente um pouco caótico E aí você precisa trabalhar uma coisa coisas bem práticas de estratégia prática mesmo de organização do ambiente organização de rotina organização do do do trabalho do ambiente de casa são coisas bem práticas e e também foco no valores nos valores para priorizar importantes eh apoio no enfrentamento de bloqueios
emocionais durante tarefas apoio esse apoio gente é como eu como eu faço às vezes com meus clientes de você fazer uma ligação por telefone fala vamos lá que que você precisa fora de sessão entendeu a pessoa tá lá no horário dela que ela precisa fazer ela não consegue começar aquela aquela atividade porque tem muita dificuldade em mudar rotinas e inserir algo novo na rotina mas que que precisa sabe que precisa mas não consegue e às vezes Tá faltando só alguém do lado eh dando aquele apoio falando assim e aí qual é o próximo passo qual
é o primeiro passo o que que você precisa fazer agora a tal coisa beleza fez Qual é o próximo passo então ah você vai pegar isso é um é um um apoio nesse nesse nesse sentido muito prático e às vezes você faz isso com uma ligação telefônica naquele horário lá que o seu seu cliente precisa fazer aquilo para inserir uma atividade nova na rotina porque tem autistas tem essa tendência a a padrões rígidos né de de comportamento então mudar coisas e e mudar rotinas pode ser muito difícil e tem que trabalhar também essa tem que
trabalhar autocompaixão porque essas dificuldades trazem muita autocrítica né E essa autocrítica precisa ser trabalhada também para a pessoa em vez de ela ficar se se martirizando ela aprender a se tranquilizar aprender a se encorajar para conseguir essas mudanças e ter uma vida com sentido com mais satisfatório com mais felicidade né outra questão também muito comum é o baixo controle inibitório ou seja impulsividade E aí a gente trabalha muito mindfulness também eu eu vi vocês comentando sobre a dificuldade de trabalhar mais com autistas É verdade às vezes é difícil eh alguns T tem dificuldade a gente
tem que usar técnicas de mindfulness diferente daquela de só parar e observar tá mindfulness é com movimento mindfulness com ações ativas Mas o importante é treinar o individual a observar os impulsos sem reagir automaticamente tá identificar padrões impulsivos que podem estar acontecendo em sessão também tá e olhar para isso que pode estar acontecendo em sessão que a fap nos chama muita atenção para tudo que acontece em sessão ensinar também habilidades práticas né com que eu já falei estratégias para resistir impulsos prejudiciais e regular respostas emocionais e de impulsividade criar um estado interno Mais compassivo também
são coisas que todas vão contribuir para lidar com impulsividade e Ah sim fora eh eh dentro dasas habilidades práticas organização do ambiente tá gente controle de estímulos eh esquemas de reforçamento todas eh que vão ajudar a nesse controle de impulsividade bom essa aqui eu tava mencionando já é sobre a inércia autística ou rotinas rígidas ruminação insistência na na Mesmice intolerância à imprevisibilidade São coisas muito comuns no no trabalho Clínico com autistas Todas têm a ver com esse o critério B né critério diagnóstico B que é de comportamentos restritos e repetitivos eh então a gente trabalha
com metáforas para lidar com mudanças exercícios de desfusão cognitiva eh conscientizar e trabalhar padrões comportamentais rígidos no relacionamento terapêutico Às vezes a autista alguns eh São rígidos até com com um horário da sessão a sessão mas sete tipo Então tá lá 7 horas e se incomoda muito se se se você chegar a 71 72 7 sabe Então esse é só um exemplo de acontecendo dentro da relação terapêutica esse padrão rígido e a gente a gente conscientiza sobre isso sobre essa rigidez e como precisa ganhar flexibilidade fazendo pequenas variações em várias coisas para treinar essa flexibilidade
precisa introduzir estratégi de aceitação e resolução de problemas diante de mudanças muitos autistas ficam travados quando uma coisa sai da do planejamento e fica muito transtornado ou ou irritado ou incomodado E aí e fica com dificuldade de pensar eh rotas alternativas Então você tem que treinar também uma forma de como raciocinar às vezes é colocar no papel e e treinar resolução de problemas tipo assim ah Plano A Plano B sempre algumas regrinhas sempre tem um plano b um plano C para você já prever que as coisas podem sair fora do previsto já Para você ganhar
flexibilidade já a partir de algumas regras a regra que as coisas não vão sair como você previu muito difícil então você já fica eh e mais preparado para mudanças quando as coisas acontecerem diferente do do pensado tá do planejado eh e cultivar um senso de autocompaixão para lidar com essas dificuldades na adaptação a alexitimia é muito comum também um Belino o que que é alexitimia a alexitimia gente é é a dificuldade de perceber de discernir as próprias emoções e nomear e falar sobre elas e expressar tá o a própria palavra Alexia significa isso esse a
aqui do grego significa não ou negativa lexe de lexos de palavra certo de vocabulário e timia vem de timos essa palavra toda grega timos é o era o que os gregos entendiam pelo a parte emocional do corpo então a dificuldade de discernir e nomear as próprias emoções a gente tem que trabalhar é muito comum autistas terem alexitimia muito comum você pergunta às vezes eh e aí o que que você sentiu nessa hora Ah eu fiquei pensando que tal coisa ou então ah eu eu achei que eu tava certo tipo não responde falando de fazendo referência
a sentimentos Mas responde fazendo trazendo um raciocínio falando sobre eventos externos tendo muita dificuldade de observar assim mesmo e a gente trabalha então a gente tem que trabalhar observação observar as Sensações os pensamentos Associados às emoções trabalhar a identificação emocional em tempo real na relação terapêutica para pesso para pro seu cliente aprender a a se auto-observar ali em tempo real também com você o que o que sentiu certo eh reforçar Progresso na expressão e compreensão de Emoções utilizar técnicas estruturadas para identificar e nomear emoções gosto muito de trabalhar escaneamento corporal eh ajuda muito a fazer
esse treino escab nativo de auto-observação outra dificuldade comum dificuldade em saber conversar e fazer amizades com neurotípicos eu vejo muito comum autistas fazerem amizades com outros autistas e e se darem bem agora é é bem comum ter dificuldade para fazer AM ferot típicos é um belin todos os casos tem tem tudo isso que você tá falando não nem todos os casos não tô falando que é comum certo eh então assim ajudar a lidar com desconforto social sem evitar sem evitar as interações que às vezes acaba evitando muitas interações evitando evitando se isolando socialmente O que
leva a quadros pode levar a quadros de depressão eu vejo alguns quadros de depressão que eu atendo é por isolamento social e esse isolamento social por não por ter dificuldade em interagir ter dificuldade de encontrar pessoas como como semelhantes e aí eh as as experiências sociais serem muito aversivas a gente trabalha habilidades sociais no contexto da relação terapêutica tem um trabalho de habilidade sociais eh clássico assim com com role Play com exercícios estruturados mas também dentro da relação terapêutica eh reforçar comportamentos interpessoais eficazes e autênticos isso aqui é bem importante porque para você a pessoa
ela o o seu paciente autista ele entendeu o seu próprio funcionamento o seu próprio jeito de ser isso é muito importante tá para que essa habilidade social ela venha para que o seu paciente ele fique ele seja acertivo na defesa dos próprios direitos certo e e reduzir a autocrítica também né em situações desafiadoras porque eh Às vezes o o artista ele se acha o errado da história e muitas vezes não tá errado às vezes é o outro que eh tá abusando é o outro que tá mentindo tá manipulando ou tá querendo ser esperto autistas TM
uma tendência a fazer as coisas muito corretamente como deveriam ser feitas sem dar aqueles jeitinhos é bem comum isso não tô dizendo que autista não não seja flexível tem muitos autistas eh desenvolvem flexibilidade aprendem que aprendem com os neurotípicos a a a serem espertos também né a ganhar flexibilidade Mas é bem comum essa essas rigidez e e que leva a conflitos como esse tá outra coisa comum que eu já tava falando sobre isso a camuflagem dos traços autísticos com então a gente trabalha alinhar com ações com valores pessoais reduzindo o esforço para se encaixar trabalhar
a aceitação de limites pessoais promovendo interações mais espontâneas cultivar autocompaixão promovendo maior conforto com a própria identidade trabalhar a autenticidade emocional e comportamental na relação terapêutica sabe o seu cliente tem que ser ele poder ser ele mesmo na sessão com você poder fazer as suas estereotipias poder não não fazer contato visual com você se não quiser se não tiver sentindo confortável por exemplo falar no seu próprio ritmo falar no seu próprio volume de de voz alguns autistas falam alto demais outros falam muito baixo né isso ser modulado de forma razoável eh enfim e identificar os
custos emocionais da camuflagem e buscar interações genuínas outra outra questão bem comum Tô terminando já tá gente eh idade e dificuldade em perceber as abusos sofridos é muito comum devido a a autistas ter terem uma tendência a ser muito literais e acreditar naquilo que é dito por essa literalidade a pessoa fala uma coisa então tá dizendo que é né então é E aí leva a uma certa ingenuidade então e a gente pode usar a relação terapêutica para modelar interações seguras e identificar abusos reforçar comportamento assertivo e a capacidade de estabelecer limites ensinar a habilidade mindfulness
interpessoal para perceber intenções alheias ficar atento na na em sinais né de de incoerências no que o outro tá dizendo eh em casos já de ter sofrido abuso a gente tem que promover autocompaixão [Música] para desenvolver gente a o a capacidade de se defender de se encorajar de se colocar de poder ficar bravo certo em pessoas que são mais passivas poder ficar bravo então diminuir a aceitação passiva de abuso aprender a dizer não aprender a se retirar de de de relacionamentos que Estão abusando da sua boa vontade né Isso é autocompaixão feroz n reduzindo a
vulnerabilidade a manipulações emocionais para finalizar aqui outra outra questão comum são sintomas dissociativos como devaneio excessivo desrealização despersonalização e dissociação de identidade tá casos mais graves tá bom que eu tô isso Eu me refiro aqui Deven excessivo é bem comum eh enfim dissociação de identidade é bem é bem raro mas e e e se tiver tendo é porque já tá muito grave assim a pessoa tá lidando com coisas muito aversivas e já desrealização despersonalização depende da da gravidade também são formas de se retirar do ambiente por uma sobrecarga emocional ou sensorial pode acontecer numa numa
crise de ansiedade muito forte enfim tem essas dissociações você vai trabalhar ensinar a primeiro se retirar de ambientes aversivos né se proteger e e também ensinar a ancorar no presente com práticas de mindfulness para reduzir devaneio devaneio eh muitas associado também a ao TDH Então tem que trabalhar eh técnicas de observação aqui do presente aqui agora para treinar essa esse foco tá reforçar completamente conexão com presente e uma identidade mais Coesa se conhecer se aceitar eh isso a gente promove convalidação também oferecer habilidade mais para aumentar a consciência corporal e emocional e técnicas de autogestão
emocional para dar com disparadores né com os famosos como a gente diz já aí popularmente os gatilhos tá então é eh esse é um resumo que eu apresentei para vocês de como as terapias comportamentos Tais contextuais eh lidam com essas várias questões aí que a gente vê na clínica com adultos autistas tá bom esse é o meu contato meu e-mail meu Instagram e quem quiser continuar a conversa só entrar em contato Muito obrigado Professor muito obrigado que palestra interessante CTO eh pessoal eh que tá assistindo a gente eh escrevam no chat o que vocês acharam
da palestra eh Aproveitem a oportunidade de fazer perguntas pro professor também eh Nós ainda vamos ter alguns minutinhos para conversar um pouquinho antes da gente encerrar mais esse dia de de jornada Professor eu a primeira parte da sua palestra eu achei assim muito provocativa e nessa questão ética né e eu acho muito massa assim acho muito legal como as terapias eh contextuais né a terapia comportamental ela tem essa a questão ética ela eh encontra diretamente uma questão prática aham né porque essa ética de respeitar a diversidade ela tá completamente coerente com a nossa visão funcionalista
sim e contextual então tipo não é uma ética simbólica é uma ética muito prática né sim eu eu acho que você tá sendo muito preciso na na sua colocação eh se a minha prática ela não considerar aí eu vou voltar lá pro começo pro comecinho do que eu falei as características cultura e especificidades do meu cliente primeiro eu posso estar sendo não não tá tendo essa conduta mais ética mais respeitosa mais empática mais compassiva e isso vai me levar a a intervenções pouco efetivas e pouco funcionais desconsiderando o próprio contexto então eu estaria sendo eh
incoerente tanto com o ponto eh a perspectiva teórica que eu trabalho como também a perspectiva prática né Sim professor eh vou ler alguns comentários que as pessoas escreveram eh aquela aqueles exemplos de percepções diferentes diante de um mesmo estímulo muito muito doido né Eu acho que as pessoas comentaram aqui né Muito bom alguns quatro né que dava para contar e tal aham legal esses exemplos a a Camila Santos ela escreveu aqui muito bom a Raiane Martins escreveu assim conheci o Umbelino no podcast a Ceará cast Ah sim aí fiz uma PS onde ele foi citado
pelos estudos em rft Ah ele produz um conteúdo bem legal no Instagram também muito boa palestra Parabéns Ah obrigado é é Fiz parte da ser Cash que legal é E aí eu estudei muito rft no meu doutorado a a rft ela é a base para pra act né então eh todas essas pra act pra fap também AD dbt nem tanto nem a terapia focada na compaixão porém se você estuda rft você fica com o embasamento muito muito sólido para essas intervenções eh mais sobre comportamento simbólico do do seu do seu cliente né que são as
coisas que a pessoa pensa como ela interpreta as coisas eh que regras ela tá seguindo como flexibilizar essas regras tudo isso embasado pela eft uhum a Francisca escrever assim gratidão Professor Umbelino excelente explanação e completou muito interessante legal é bom né receber um feedback assim reforçador sim nossa muito interessante mesmo Professor a segunda parte da sua apresentação eu foi assim realmente uma pincelada rápida né sobre algumas possibilidades é da de aplicação sim é eu queria trazer uma coisa mais PR eh mais da prática também para você ter uma visão geral assim do que que costuma
aparecer na clínica e como como eh ter uma noção do do que fazer né também uhum o que que dá para ser feito a Camila Santos escreveu assim Quais livros você indica falando sobre autismo em adultos pergunta difícil né Professor autismo em adultos tem olha esse livro é é excelente tá eh organizado pelo pessoal lá de Belo Horizonte de de neuropsicologia leve para quem espect autista é muito bom muito bom mesmo esse livro Editora Ampla Eu já eu já vim preparado porque o pessoal sempre pede indicação de livro esse livro Aqui também tá muito bom
expecto artista feminino é um livro eh tem Tá é tá tá voltando então pra gente finalizar voltamos voltou eh Mateus e e Jaílton Nossa transmissão no YouTube está acontecendo uhum sim bom professor fomos interrompidos eh o senhor pode retomar o que o senhor estava dizendo Ah não eu só tava agradecendo eh o convite que eu eu falei eu tava falando também que me sinto bem honrado assim bem Me sinto prestigiado né de est participando da jornada do ibac que é uma sempre foi uma uma referência é uma referência há muitos anos né para todo mundo
que tá buscando a formação eh na área comportamental então é bem especial assim o participar desse evento para mim é né Legal professor e nós ficamos felizes eu fico feliz de ter a sua presença aqui esperamos poder contar com a sua participação eh em outras aulas outras palestras também sobre esse tema e outros tá bom legal Maravilha obrigado Boa noite Boa noite todo mundo que tá assistindo aí deixa o like E compartilhe Valeu Professor gente e para quem ainda tá aqui eu quero eh deixar mais um recado Você já se inscreveu no Cac entre o
dia 7 e o dia 11 de abril será realizada uma imersão online com profissionais de destaque Internacional e temas relevantes para a clínica participe do do quinto Simpósio Internacional de análise comportamental Clínica oferecido pelo ibac Não perca essa chance as inscrições as inscrições estão abertas Garanta a sua participação eh Além disso eh Amanhã temos mais um dia de jornada Clínica e as inscrições para os cursos de pós-graduação do ibac pós-graduação formação do ibac estão abertas né acesso ibac.com.br bar cursos para mais informações e nos despedimos por aqui eh Boa noite a todos e todas obrigado
pela presença de vocês m