Se você for olhar assim as causas de mortes provocadas por animais dos seres humanos, eh, os grandes predadores, onça pintada, por exemplo, ele é praticamente irrisório, né? Se você olhar assim o qual é, qual é o animal que mais mata no mundo? Mosquitos.
Mosquito. Mosquito. Vaca mata muito mais gente do que onça, por exemplo.
Mas a onça causa comoção. Então, vamos ouvir o Leandro do IOP falando aqui. Ninguém entende mais de onça do que ele.
O mosquito chega a matar 700. 000 1 pessoas por ano no mundo, malária, dengue, zica e várias outras. Exatamente.
E se você olhar depois vem os as os animais peçonhentos, quer dizer, no Brasil em 2023 a o escorpião passou cobra, por exemplo. É, então o escorpião mata mais hoje do que do que cobra no Brasil. Os grandes predadores, eles representam muito pouco nessa nossa relação com a fauna, mas em termos de impacto emocional eles é estrondoso o impacto, né?
Mas fala por quê, né? Se você olhar assim, por exemplo, eh, o número de mortes nos Estados Unidos nos últimos 5 anos morreram acho que umas 30 ou 40 pessoas com ataques de urso de onça pardas. Sim, relativamente onça.
Onça parda mata muito mais do que onça pintada. Onça pintada é muito raro acontecer. Agora, onça parda nos Estados Unidos ele entra no na estatística anual de acidente, tá?
e morte, ou seja, bastante diferente. Agora, a onça pintada causa muita comoção, cara, porque é uma coisa rara de acontecer. Porém, todos os dias aí você tem onça pintadas sendo atropeladas ou mortas a tiro mesmo, né?
Pequeno número em relação a o que morre, por exemplo, com uma abelha. Mas por que que a gente reage diferente quando é um grande predador? É porque a gente tem o que a gente chama de memória evolutiva em relação a essa espécie.
a gente tá lá, tá printado no nosso DNA, né? Então, a gente tem esse instinto ancestral de medo que a gente conviveu. E se você olhar a nossa convivência, os primeiros hominídios que foram que tem registro de serem atacados por grandes ferinos, foi há 1.
8 milhões de anos atrás. Uau! Fósseis é de de com marcas de dente de tigre e de dente de sabe atacando osídios.
Quando você ouve um passarinho cantando, um BV, por exemplo, você vê algo meloso, aquele someloso. Mas um rugido de um tigre para você é terrível. É terrível porque nós evoluímos sendo predado por esses predadores.
Se você fosse uma lagarticha de quintal, você provavelmente se apavoraria com o piado, com aquele som meloso de um bent vi, porque ele é capaz de predar a lagartixa, entende? Então são coisas bastante diferentes. Como nós evoluímos sendo predados por felinos, o gido do tigre vai te vai te causar impacto traz.
Ou seja, a gente sempre conviveu e nunca foi uma convivência pacífica. Nós tivemos um conflito. Acontece que em tempos recentes a gente ficou mais urbano, né?
Hoje 85% da população brasileira é urbana. Então ela parou de conviver próximo ao predador, mas ainda tá lá na nossa memória evolutiva de que este animal ele representa a natureza bruta. E entre a gente, hominídio, e ele, a gente não tem chance.
Além de que todos os casos de morte por esses animais são sempre extremamente violentos e graficamente feios, não é? São coisas de embrulhar o estômago. Por exemplo, se quando você morre por uma consequência de de uma dengue, por exemplo, eh é uma morte silenciosa que ela é pouco emocional, né?
E sempre dá sensação que você é visual, ela ela é pouco visual, então e é uma morte silenciosa assim, porque ela ela ela não tem o impacto emocional de um cenário. Quando você é igual serpente, né? São 150 óbitos por ano, onça, um a cada não sei quantos anos.
Mas o que que te causa impacto? A 11 você e ele te faz pensar assim: "Poxa, eu poderia ter evitado basado não ter água para que gerar um mosquito". Quando é um grande predador, a sensação nossa é de natureza bruta lutando contra a gente e a gente não tem menor chance.
Então isso causa um pavor. Este pavor leva essa comoção. E isso de explicar porque que a gente enxerga diferente a morte de um grande predador e a morte eh por uma picada de um escorpião, de inseto, né, para um animal que parece inofessivo, né?
Eu acho que a moral da história desse vídeo é que esses casos acontecem, sempre aconteceram desde os primórdios da humanidade. A gente tem conflito com esses animais com crocodilos, ah, tubarões, urso, lobo, onça, todos, todos os grandes predadores. Ah, nunca teve uma convivência pacífica, só que hoje com a internet a gente tem cada vez mais acesso a esses casos.
Exatamente. E a moral da história é a seguinte. Isso sempre aconteceu, sempre vai continuar acontecendo.
Em 2022 a gente teve um outro, uma criança indígena também que foi atacada e morta, né? Eh, 4 anos atrás você teve um caso no Pantanal, mas são casos raríssimos. Sim.
Agora, qual que é o objetivo desse vídeo? Primeiro responder, nossos seguidores estão pedindo uma uma interpretação nossa desse caso. O que a gente pode dizer é o seguinte: por sorte, entre os grandes felinos, né, o o do planeta, a onça pintada é a que menos tem eh casos de ataque a ser humanos, ou seja, a onça não vê o ser humano naturalmente como uma presa natural.
O tigre vê o leão tem casos vê o leopardo nem se fala o e e onça pardas atacam com alta frequência nos Estados Unidos. Mas no Brasil por sorte a gente não tem a onça pintada a onça parda atacando os seres humanos com frequência a um ponto de ser uma a uma necessidade de um alarmismo, de uma preocupação exagerada, né? Este, mesmo assim eu ainda vi mais registro de onça parda aqui.
É porque a nossa espécie de onça parda ela é menor. É a mesma onça, tá? Sus suarana lá nos Estados Unidos e onça parda.
Aqui é mesma coisa, só subespécie que muda, só que as junas são menores. Porém lá nos Estados Unidos ele entra no anuário, cara. Olha que coisa louca.
E onça pintada praticamente não tem. De todos os grandes felinos, a onça pintada é a que menos ataca seres humanos. Caso específico do Pantanal tem a gente olhar muito o contexto, né?
As onças ali são extremamente tolerantes a pessoas e e um animal pode desviar aquele comportamento padrão e às vezes levar um ataque. Sim. Mas inclusive uma coisa interessante do Leandro ter falado sobre isso, porque é possível que aquelas onces convivessem com o senhor ali por muito tempo, por muito tempo.
Podem ter vivido ali de boa com ele, só que são animais selvagens. apertou a fome, ela decidiu atacar um ser humano. O que vale é as pessoas entenderem que que naturalmente a onça não atacaria as pessoas e e não não está no no instinto dela.
E a gente pode falar isso com base em dados mesmo, reais estatísticas pelo casos de ataques e acidentes fatais que a gente tem, são tão baixos que a gente pode dizer que é uma espécie que não tem o padrão de atacar as pessoas, vendo as pessoas como presa. Nos Estados Unidos, por exemplo, casos de morte foram separados, por exemplo, entram como mortes por causa natural, não entra na natureza da mesma categoria de furacões, terremotos e tempestades. Exato.
Tempestades. Sim. Lá eles têm um número expressivo desse tipo de ataque, tanto que eles estão na mesma categoria.
Aqui no Brasil os ataques de onça não tão bem, eles nem entram nas nossas estatísticas. Você vê, entra animais peçonhentos, né? Entra raiva, ah, cachorros, entra cachorro, mas não entra os grandes pisadores.
Por quê? Porque os números são tão baixos, são tãoos para essa estatística global a nível de população que eles não entram. Então isso serve pra gente eh tranquilizar de que não é essa esse não há esse risco de eu sair a onça naturalmente vi me atacar, mas a gente sempre tem que lembrar que um predador tem um instinto ah de ser extremamente eficiente nas forma de atacar.
E vale lembrar que a onça entre os grandes predadores é o que desenvolveu uma uma eficiência máxima em atacar matar com uma única mordida na base do crânio. Então que eu sempre falei aqui, né? Você sabe isso desde criancinha de de que é um animal que eu falo, se é um animal que mata uma vaca, uma anta, mordendo a base da cabeça, imagina o que ele não faria com a gente, né?
O que vale, Thago, é entender que este comportamento, este caso, ele é uma exceção da regra da regra, né? Não é o padrão da espécie. Então não é esperar isso.
Tanto que você vê que o o Pantanal é um exemplo de de um turismo responsável, ecologicamente sustentável, onde as pessoas estão lá interagindo no meio das onças e nunca teve um ataque dessa forma, né? Então, eh, vamos acreditar que isso é apenas uma exceção de uma regra. como nós também, seres humanos, podemos ter surtos, ataques e e agir fora de um padrão social, às vezes pode acontecer eh por uma série de motivos que não não vamos aprofundar aqui agora.
Sim. Pois é, como você pode ver, a onça, apesar de ser o grande filino que menos ataca pessoas no redor do mundo, não custuma ver o ser humano com empresa, há de se lembrar de que ela é o mais eficiente dos predadores dentre os felinos, pelo menos na minha concepção. E o ataque dela, se acontecer, pode ser fatal, mas é extremamente raro.
E fica aqui de novo os meus sentimentos ao Jorge, a família do Jorge.