olá bem-vindos ao doxa e episteme hoje temos mais um episódio do bloco sociologia em casa com o tema a escravidão EA questão racial em florestan Fernandes EA questão racial temas abordados por vários sociólogos durante o século 20 permaneceram extremamente relevantes no século 21 a referência clássica desses autores ainda com algumas críticas e avanços é a obra de florestan Fernandes esse autor foi responsável pela formação de um conjunto de pesquisadores que desenvolveram seu trabalho na sociologia brasileira principalmente otaviani e Fernando Henrique Cardoso além das discussões acerca da escravidão e da questão racial sua obra aborda temas
como a metodologia sociológica e o subdesenvolvimento as questões são Oi e a questão indígena tornando assim uma das referências centrais para sociologia contemporânea perfil florestan Fernandes florestan Fernandes nasceu em São Paulo em 1920 filho de um imigrante Portuguesa que o criou trabalhando como empregada doméstica começou a trabalhar aos 6 anos de idade primeiro como Engraxate depois em vários outros ofícios precisou abandonar o curso primário por questões de ordem material depois de se formar no curso de madureza Supletivo ingressou se na faculdade de Filosofia letras e ciências humanas da Universidade de São Paulo em 1947 formando-se
em Ciências Sociais doutorou-se em 1951 foi assistente catedrático livre-docente e professor titular da cadeira de sociologia depois do golpe militar de 1964 protestou contra o tratamento dado aos seus colegas presos e também foi detido cassado em 1969 pelo e deixa o Brasil e lecionou na universidade de Toronto no Canadá Columbia e-mail nos Estados Unidos de volta ao Brasil em 1972 passou a lecionar na PUC São Paulo ligado ao partido dos trabalhadores PT desde a sua formação elegeu-se deputado federal em 1986 em 1990 morreu em 1995 deixando uma obra fundamental falei Ciências Sociais e para a
área das ciências humanas para Fernandes a escravidão no Brasil tomou formas distintas e se conecta diretamente e indiretamente com ciclos econômicos do período colonial como vimos atualmente Muitos historiadores defendem que havia atividades econômicas voltadas para o abastecimento interno de modo a economia da Colônia não era apenas exploradores ciclos tem semelhança com abordagem de Caio Prado Júnior florestan Fernandes entendia que o Brasil colônia a ver se estruturado com uma economia exploradora de produtos tropicais a organização foi imposta pela metrópole portuguesa a economia colonial foi marcada pela especialização em determinados Ramos produtivos especialização se Manteve após a
emancipação da colônia iniciada com a vinda da família imperial portuguesa para o Brasil em 1808 florestan Fernandes observou que as estruturas de dominação social do período colonial tenham sido preservadas no processo de modernização capitalista do Brasil na medida em que já no século 20 até pendência em relação à Metrópole teria sido transferidas de forma mais ampla para o mercado capitalista europeu a escravidão projetos assim como um fenômeno social que tem ressonância na organização social da sociedade brasileira até nossos dias a desigualdade social por exemplo ter relação Direta com a escravidão e mais particularmente como modo
Como os negros são incorporados a uma sociedade de classes depois da Abolição em 1888 ou seja mesmo a cada um Marco histórico importante seria fundamental questionar em que medida as desigualdades sociais baseadas em diferenças de cor se reproduziram e se mantiveram após a abolição assim falou florestan Fernandes a desagregação do regime escravocrata e senhorial superou no Brasil sem ser cá se a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantia que os protegessem na transição para o regime de trabalho livre os senhores foram exibidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos diversos tem
que o estado a igreja ou qualquer outra instituição assume tem um cargos especiais tivessem por objetivo preparar os para um novo regime de organização da vida e do trabalho para entender esse processo seria preciso analisar o mito da democracia racial em seu livro a integração do negro na sociedade de classes 1978 florestan Fernandes observou que a democracia racial ter e servido e tira a ideia de que não existir distinção social entre negros e brancos e afirmar uma suposta convivência pacífica e harmônica entre brancos e não-brancos essas idéias levaram a supor que as oportunidades econômicas sociais
e políticas estariam abertas a todos os brasileiros de forma igualitária você já tem serviço a Constituição Brasileira como também de outros países de tradição institucional democrática é influenciada pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão França 1789 tem como uma das suas formulações mais importantes a ideia de que todos os indivíduos são iguais perante a lei mãe tanto assim como os outros países a diferenças estruturais que chocam com esse princípio de igualdade de direitos e deveres o passado escravista promove na sociedade brasileira contemporânea desigualdades econômicas sociais culturais e social que não reproduzem de fato
o princípio de igualdade entre os indivíduos têm de examinar essa questão observando como diferença de cor podem representar também diferenças econômicas e salariais entender com essas diferenças tem relação com a história pregressa do Brasil segundo esse autor essa ideologia propaganda até hoje no Brasil Máscara o racismo o preconceito e discriminações exemplos disso seriam afirmações do senso comum que garantem que o negro não tem problema de Integração Social e que ainda hoje brasileira não permite distinções raciais que as oportunidades sociais estão abertas a todos os brasileiros de forma igualitária que o negro está satisfeito com a
sua posição social e o seu estilo de vida esse problema fica evidente em um estudo realizado em 2014 pelo Fórum Brasileiro de segurança pública em parceria com a Unesco Organização das Nações Unidas para a educação a a cultura denominado índice de vulnerabilidade infantil A violência a desigualdade racial segundo Esse estudo no Brasil a probabilidade um jovem negro ser assassinado é 2,5 vezes maior do que um jovem branco no outro dado indica que a taxa de jovens negros mortos por 100 mil habitantes subiu de 60,5 em 2007 para 70,8 em 2012 entre os jovens brancos de
26,1 para 27,8 mesmo que é a taxa de assassinatos têm aumentado para negros e brancos a frequência de morte de jovens negros cresceu muito mais do que é de jovens brancos e para florestan Fernandes de um lado o mito da democracia racial teria consolidado a crença de que a situação do negro se deve a sua própria incapacidade de superar dificuldades sociais tais como desemprego EA pobreza por outro lado úmido desresponsabiliza o branco e o isenta sobretudo justos brancos da classe dominante dos efeitos da abolição e da degradação da situação das Comunidades negras no Brasil Fernando
sugeriu entretanto se um mito da democracia racial poderia ser usado como ponto de partida para a melhoria da condição do negro na sociedade de classes desde que o pressuposto democrático seja realmente alcançado salientou assim que a luta em torno dessa questão deve ser levada a cabo por brancos e pardos nos últimos anos entretanto essa questão vem sendo trabalhado por outro ângulo o mito da democracia racial não seria simplesmente mecanismo jacober tamento das desigualdades e discriminações e também reproduziria a ideologia da identidade nacional que impede a construção da Igualdade entre os brasileiros mais sobre isso falaremos
mais no próximo vídeo por hoje é só muito obrigado a você que assiste o vídeo até aqui é assim gostado dê um like aqui no canal E compartilhe com os amigos todo comentário é bem-vindo forte abraço e nos traga é sempre bom E aí [Música]