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Video Transcript:
[Música] Boa tarde senhoras e senhores presentes aos mais de 383 inscritos via Moodle e da audiência no YouTube eu sou a Cláudia Mariano da coordenação de difusão de conhecimento e educação da Funda centro sejam bem-vindas e bem-vindos ao curso prevenção de violências e assédios relacionados ao trabalho para abertura do nosso curso convidamos o presidente da fundacentro José Cloves da Silva bem-vindo Presidente Obrigado Cláudia Bom dia boa tarde né já né boa tarde a todas Boa tarde a todos presentes aqui no auditório aqui na nossa sede nosso CTN aqui em São Paulo e a todos aí
que nos vem online pela pela rede mundial de computadores pela internet essa essa parte da ciência que nos favoreceu muito né que fez com que a gente pudesse Expandir os cursos para mais gente ao mesmo tempo né você minha época de estudante lá no antes da internet né Você tinha que ir na biblioteca pegar enciclopédia ler estudar aquela coisa toda hoje você num Google você viaja mundo a fora viaja aqui o o trabalho e a pesquisa de todo mundo que tá aqui vai aqui no nosso que vai falar que vai ministrar aula hoje aqui são
pesquisadores são professores e você consegue hoje verificar o trabalho de Todo Mundo em alguns segundos e aí mundo a fora então quero agradecer vocês os que estão aqui presentes os que estão online pela inscrição pela participação nesse curso O curso prevenção de violências e assédios relacionados ao trabalho e aí quem é trabalhador quem é trabalhadora sabe do que a gente fala quando a gente fala do assédio eh não posso aqui deixar de dizer que as trabalhadoras sabem muito mais o que é o assédio tanto moral como sexual e outros assédios aí sabe que às vezes
eles dão uma mudadinha no nome dão uma tucanada no nome e fala que é outra coisa mas a gente sabe que assédio sim É perpetrado principalmente pelos pelos homens Essas pessoas aí do por nós assim do sexo masculino né Nós temos esse pequeno esse pequeno problema né de de achar que podemos tudo de que as mulheres são objetos que as mulheres T que ser submiss como alguns pregam aí né numa na teoria da Bíblia aí que consegue interpretar a Bíblia de uma forma assim que é interessantíssima as interpretações Mas tirando isso esse esse curso obviamente
é prevenção de violência então é algo pra gente prevenir que essas violências ocorram no local de trabalho porque vocês sabem que a fundacentro tem como missão saúde e segurança do Trabalhador saúde e segurança da trabalhadora essa a nossa missão e e nada como a gente poder prevenir isso tá aqui o professor Remígio que coordena a diretoria que que ministra esses cursos todos aí junto com o professor Rogério que tá ali que é da diretoria de ciência aplicada também então gente Quero Dizer para vocês aproveitem bastante o curso eh Leiam estudem depois peguem seu certificado e
na verdade pratiquem especialmente os homens especialmente nós homens que possam usar esse curso para praticar no dia a dia que a gente vai aprender aqui tá Às vezes um um um simples um simples passo ao lado um simples passo para trás já faz mudar muito a a relação de de pessoas no ambiente de trabalho tá bom parabéns a vocês obrigado pela presença aqui e vamos lá pro curso Professor Remígio professores todos quem vai começar o curso hoje quem é o primeiro professor professor Marsal que vai começar então Marsal que vai começar a ministrar as aulas
obrigado pela presença de vocês aqui obrigado para todos vocês que estão aí no Moodle via internet mais uma vez repetindo Sigam o que nós vamos aprender aqui hoje tá bom obrigada Senor Cloves antes de iniciarmos com os docentes algumas orientações importantes para os participantes O curso está ocorrendo de forma presencial em São Paulo com transmissão ao vivo para o canal da fundacentro no YouTube e pela plataforma de de Moodle da fundacentro reiteramos que a participação nas gravações implica no aceite do uso da Imagem e voz pela instituição informamos que as inscrições presenciais estão encerradas para
o recebimento dos certificados de participação os alunos presenciais deverão ter pelo menos 60% de presença no curso através da assinatura das listas de presença de cada aula para o recebimento dos certificados aqueles que estão participando pelo Moodle deverão obter aproveitamento de 60% nas avaliações a data limite para a realização das avaliações no mudo é até o dia 20 de Dezembro de 2024 não haverá emissão de certificado para participação apenas no YouTube ao final de cada apresentação abriremos para as perguntas para o público online o chat do YouTube está aberto e as perguntas aos docentes devem
ser feitas através através do link disponível na descrição do vídeo o público presencial deverá dirigir-se ao microfone em frente o púlpito solicitamos por gentileza ao público presente que ajustem seus celulares para o modo silencioso ou vibração para iniciar o curso convidamos o diretor de pesquisa aplicada da fundacentro Rogério Bezerra da Silva que irá coordenar a primeira aula com o tema gestão patologia organizacional e violência no trabalho Rogério é baixarel em Geografia mestre e doutor em política científica e tecnológica pela Unicamp pós-doutorado pela Unicamp no projeto percepções de agricultores familiares sobre agrotóxicos ligado ao Macro estudo
saúde do ambiente e saúde para agente em cooperação entre as instituições de pesquisa Unicamp Unioeste universidade de carde carde me corrija Car card card isso foi analista de políticas públicas na Câmara Municipal de Campinas foi primeiro secretário da agb Campinas foi coordenador e fundador do mctp movimento pela ciência tecnológica e Pública bem-vindo Rogério Muito obrigado Cláudia é um prazer imenso estar com todos e todas aqui nesta tarde os presencial e e quem está online mas sem mais delongas né porque nós ouvimos aqui para ouvir o Marsal e eu vou me postar aqui para apresentar o
professor que vai iniciar esse curso aqui nessa tarde eh depois então vou apresentar o professor para vocês que é o José Marçal filho o Marçal é servidor da fundacentro desde 1988 engenheiro de Minas pela Escola Politécnica da USP Doutor em ergonomia pelo Conservatório Nacional de artes e ofícios de Paris pós-doutorado na universidade de bordou foi docente no programa de pós-graduação Mestrado da fundacentro trabalho saúde e ambiente vice-coordenador do grupo de trabalho GT ergonomia da atividade da Associação Brasileira de ergonomia desde março de 2024 então sem mais delonga eu vou passar a palavra ao Marsal que
já está ali online e ansioso para falar com vocês ele vai fazer uma aula expositório né sei lá uns 30 40 minutos e logo na sequência a gente abre pra intervenção de quem está aqui presente e online então Marsal toda a sua essa aula Obrigado Rogério Obrigado remiro eh a Solange a presidência da fundacentro pelo convite para poder fazer a introdução desse curso num tema que é cada vez mais importante eh eu o Rogério disse o título Inicial que havia previsto mas aí eu resolvi fazer uma pequena adaptação e eu tô chamando então de gestão
e violência em organizações doentes mas ao mesmo tempo eu já tô propondo alternativa para sair dessa situação e que me parece que é a democracia né Eh organizações que tem um funcionamento democrático vão ter muito menos chance de ver aparecer situações de violência eh entre os seus membros e participantes bom antes de de entrar no tema eu eu quero dizer que eu alguns aspectos são importantes deixar claro Antes de iniciar é que eu tenho há muito tempo estudado saúde e trabalho no serviço público Então nesse sentido o enfoque aqui vai ser mais de serviço público
do que do setor privado né mais algumas alguns elementos são válidos nos dois casos mas a minha preocupação Central sempre foi com o serviço público eh por outro lado eu não sou um especialista do do estudo de violência né Eu minha minha meu referencial teórico conceitual metodológico a da ergonomia e portanto as violências são consequências do das atividades do sistema de produção existente e assim como outras formas de doença né de doença de acidente etc eh Então isso é isso é um um ponto ponto importante eh eu a a minha o meu papel aqui é
procurar então deixar esclarecer um pouco o processo né que que que se relaciona com a adoção de determinadas formas de gestão e a violência como resultado desses processos eh por outro lado e é um tema extremamente atual né A questão das violências mas extremamente difícil e difícil porque hoje não há praticamente ninguém que esteja isento desse tipo de situação eh quando eu comecei a trabalhar na fundacentro ao final dos anos 80 no início dos anos 90 eh a gente estudava o trabalho dos outros e praticamente os demais tinham problemas né a gente servidores públicos eram
de uma certa forma privilegiados no sentido de que não havi um de violência eh não sofriam de formas de de violência de um modo geral mas atualmente não é o caso né A gente assistiu nos últimos anos uma série de de medidas de ações de modos de gestão de reorganizações das instituições públicas e inclusive de pesquisa com a fundacentro e nós também né ao mesmo tempo que estudamos os trabalhos de pessoas que podem ser objeto de violência nós Também passamos por situações difíceis né e que de certa forma já estão até sendo descritas na literatura
Então tem um colega Liberato que tem publicado em particular sobre o caso da fundac eu não vou discutir isso mas isso é um ponto fundamental que questiona um pouco o nosso próprio papel né porque a gente sempre teve muita legitimidade para falar dessas questões eh mas hoje o fato da gente passar por problemas deixa a gente numa situação um pouco mais constrangedora né Eh e a gente espera né uma certa dificuldade é muito mais fácil você falar para fora do que você fala para dentro mas eh a vamos dizer a produção do conhecimento de um
modo geral tem que ser aplicada de um modo geral para todas as instituições seja públicas ou privadas eh e isso é uma a perspectiva que a gente coloca aqui que torna um pouco difícil para nós Porque nós estamos nessa situação um pouco contraditória atualmente próxima e r clod por favor bom eu fiquei pensando em como fazer essa apresentação E aí eu resolvi fazer o seguinte vou começar pelo fim né esse era meus últimos slides e eu comecei a eu resolvi colocar ele no início ao invés de falar dos problemas vamos falar da solução de certa
forma ou pelo menos o caminho né pressuposto do que seria eh o o a solução o fim dessas coisas né Ou seja a nossa Utopia Qual é a nossa Utopia que as instituições de de de forma geral públicas sejam instituções engajadas em atender ao que preza a constituição e isso porque já existem vários conhecimentos que estão disponíveis então a a a primeira questão que eu que eu coloco né aí recentemente o o governo federal né tá tá publicou uma normativa que todas as instituições têm que ter a regulamentos voltados à prevenção de violências e assédio
eh eu diria que mais do que normatizar a prevenção é importante que as a estrutura organizacional seja desenhada em si já como uma forma de prevenção né do mesmo jeito que a gente compra um determinado equipamento E se o o equipamento ele é de risco a melhor coisa que a gente tem ao invés de dizer pras pessoas sobre como usar né o comportamento seguro para usar é que o o equipamento seja desenhado já de forma a prevenir situações de risco então é um pouco nesse sentido a ótica mais do que uma Norma a gente precisa
ter organizações que tem um desenho que por si só já não permite a emergência das violências e isso passa né dentro dessa essa lógica que eu tô propondo aqui dessa premissa democrática que as pessoas tenham o seu direito de expressão e fala restituídos né que as pessoas os servidores os trabalhadores possam se expressar nas situações em que encontram dificuldades que eles tenham espaços para isso e que essa expressão das pessoas eh por mais difíceis que seja por piores que elas sejam né que envolvem conflitos contradições que isso seja usado como uma fonte de desenvolvimento né
a gente sabe nas nas teorias da psicologia do desenvolvimento baseados inv vigot sobretudo e pessoas e sucessores que a gente não tem que evitar as contradições mas a gente tem que expor as contradições para que elas sirvam para que a gente evolua né para que a gente vá além do que a gente faz Então essa é uma premissa fundamental por um lado as a o direito de expressão e em segundo e em segundo o o a utilização das contradições que emergem desse processo como uma fonte de desenvolvimento e nesse sentido né é super importante que
a gente Valorize a busca pelo conhecimento do trabalho real né que é a base da da economia da atividade eh baseada na participação dos trabalhadores eh nesse processo mas também no processo de prescrição né a ergonomia fala de trabalho real e trabalho prescrito mas tradicionalmente o trabalho prescrito cabe aos a administradores e alguns estudos em particular da clínica da atividade dific tem mostrado a importância né até para que o trabalho seja bem feito tenha qualidade que ele que os trabalhadores participem do processo de prescrição do seu próprio trabalho eh por outro lado eh no âmbito
do serviço público a gente tem já algumas instâncias de participação previstas na lei Mas a gente sente que é necessário revigorar o redesenhar essas essas instâncias eh para evitar né a a influ uma uma série de influências de formas de controle que são exercidas sobre elas né Eh muitas vezes a o desenho das das da da dessas instâncias se basei no setor privado né Por exemplo a Cipa no setor privado ela prevê que a empresa indique o presidente da Comissão ora a gente sabe que isso é uma forma de controlar o funcionamento Por que que
numa instituição pública que tem um serviço dessa natureza é se faz necessária a a presença da da instituição né alegando que que nós estamos nos baseando numa Norma privada mas que a gente sabe que ela não tem tanto efeito então a gente precisa repensar essas instâncias de participação eh por outro lado eh num num num funcionamento democrático a gente precisa reconceber o papel da administração eh menos como controle da atividade das pessoas mas mais como um suporte à suas atividades o que a gente espera né nesse tipo de instituição que eu chamo aqui engajada é
que o motivo que que orienta as ações seja o caráter público do nosso trabalho né o caráter público que se justifica pelo respeito à constituição então uma instituição de saúde antes de tudo ela tem que atender as premissas contidas na constituição sobre a questão da saúde e assim por diante então é o mesmo caso de uma estão de pesquisa o nosso papel é produzir conhecimento científico num determinado campo do conhecimento e nesse sentido a instituição tem que tá toda engajada para essa para essa perspectiva né Então nesse sentido a gente tem que ter instituições engajadas
que TM essa perspectiva colocada de início respeitar o seu caráter público a fim de atender o que preza a constituição eh próxima por favor bom então agora eu posso eh definir entrar na na minha apresentação já que eu subvertia a minha ordem né comecei pelo fim vamos primeiro definir o que é violência eh a gente pode né se vocês puderem ler eu eu tirei do a uma versão do a que se encontrava na Funda centro que define alguns aspectos do que é violência né Eh entre elas vou me aproximar aqui porque tá pequeno eh qualidade
do que é violento ação o efeito de empregar força física ou intimidação moral exercício injusto ou discricionário ilegal de força ou de poder eh constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem coação etc ou ou seja a violência é um uso intencional da força ou abuso de poder para dominar alguém ou impor algo próximo clon por favor eh eh bom tendo definido então a gente pode discutir um pouco eh das vamos dizer da da da emergência da violência na atualidade né Lógico a violência nas nas nas nas sociedades
não é um fator novo no trabalho muito menos né a gente sabe muito claramente da nossa história vinculada ao trabalho escravo eh eh durante a colonização do Brasil mas eu vou me até aqui um pouco mais à questões que estão ligadas a nossa história recente verdade e é importante dizer que nos estudos né do nosso campo Elas começam a aparecer mais ou menos no final do século do da década de 90 né No início dos anos 2000 eh e de certa forma relacionados à queda do muro de Berlim né que foi ao final dos anos
80 Na verdade até então havia todo um discurso no estado de bem social sobre a necessidade de emancipação dos trabalhadores pelo trabalho né a gente vivenciou a Suécia nos países nórdicos eh formas de organização do trabalho em que a autonomia era o princípio maior e isso recuou com a queda do muro de Berlim então nos estudos da União Europeia que avaliam as condições de trabalho né que são realizadas a cada 5 anos o de 1900 o publicado em 2000 que referia a dados de 1995 começou a mostrar um um fenômeno que a gente cada vez
mais toma consciência que é o da intensificação do trabalho e da sua Associação com os problemas tanto de natureza músculo esquelética né dor nas costas por exemplo quanto eh de ordem mental como o stresse por exemplo Então essa associação entre intensidade do trabalho e esse tipo de adoecimento Mas além disso nessa enquete realizada pela união europeia apareceu pela primeira vez né que é um são questionários que são entregues 9% dos trabalhadores referiram ter sofrido alguma forma de intimidação durante o último ano o que forma de intimidação que se refere a eh alguma forma de violência
né uma forma de pressão no seu trabalho próxima clud do mesmo modo né então se eh a violência surge no setor privado com esse fenômeno de intensificação e a gente sabe que o fenômeno de intensificação tá ligado a novas formas de produção né sobretudo as do tipo japonesa né Justin Time etc eh modelo japonês né então existe uma forma sobre um modelo de gestão a intensificação do tralho e e e determinadas consequências entre elas a violência a gente pode também pensar um pouco sobre a emergência da violência no setor público eh que cada vez mais
né desde a constituição no caso brasileiro até hoje eh começa a apresentar relações cada vez mais difíceis né serviços difíceis até porque a população precisa de serviços que são eh a partir de direitos previstos na Constituição então elas buscam serviços e o muitas vezes o que elas observam é a falta de recursos a falta de serviços para atender aos aos seus direitos né então historicamente a gente começa a perceber uma série de essas relações difíceis entre o os cidadãos e os servidores públicos eh por outro lado parece evidente que a adoção do sistema neoliberal né
nessa virada desses séculos após a queda do muro de Berlim como como proposta Econômica política eh trouxe para os serviços públicos uma nova forma de Gestão Pública que é chamada em inglês de New Public Management e no bojo dessa proposta A ideia era que a gestão do serviço público deveria espelhar-se no serviço privado Eh Ou seja instrumentos de gestão utilizados na gestão privada passam a ser utilizados no no setor público Olha isso já tem uma incoerência imediata porque os as premissas de operação do serviço público Como eu disse são completamente diferentes do privado o privado
legitimamente busca o lucro a rentabilidade do Capital no caso do do serviço público a gente tem que ter outros critérios que seja atender a todos né da melhor forma possível de com Equidade né diversidade etc então A Proposta o a essência do serviço público é diferente como fazer isso usando ferramentas de gestão que são voltadas para produção eh para produção da rentabilidade né Essa é uma primeira questão importante E no caso brasileiro eh a gente viveu uma situação bastante particular porque a gente publicou a nossa Constituição cidadã que é extremamente diferente e diversa colava uma
série de direitos pra população ao mesmo tempo que a gente passa a adotar o sistema neoliberal e entra nesse momento neoliberal Então existe um texto fabuloso Francisco de Oliveira né sociólogo que já falecido que se chama eh eu vou dizer o nome para vocês que se chama privatização do público destituição da fala e anulação da política o totalismo neoliberal que ele escreveu no nos durante os anos 90 ainda no governo Fernando Henrique Cardoso e ele mostrava como esse processo de privatização né baseado no patrimonialismo que é característico do Brasil influencia a o funcionamento das instituições
públicas de um modo geral tanto eh legislativas quanto das próprias instituições né Então essa esse patrimonialismo ele serve de uma certa forma como o o o a característica brasileiro desse processo de privatização do público que a a gente tem assistido no mundo eh mais recentemente né fazendo uma crítica ao que se passava no no governo anterior a esse né Federal a esse o Cardoso Júnior que é um pesquisador do ipea fez um documento pelo sindicato do ipé uma obra enorme que vocês podem encontrar na na internet eh denunciando descrevendo diferentes formas de assédio organizacional em
inúmeras instituições públicas brasileiras eh eh e que mostrava então né começava a caracterizar de uma forma mais Evidente assim mais clara os os processos que levam a produção dessa violência dentro do setor público eh e eh nesse sentido o que parece parecia muito Evidente um traço comum a essas a esses estudos era como e eu vou falar um pouco mais para frente como uma nova ordem né Eh governamental colocada e que de certa forma era distinta das premissas que constavam na na Constituição faziam com que essas instituições tinham que ser geridas de forma a subverter
a ordem prescrita para as instituições né se eu não for Claro vocês me perguntem depois mas a ideia se uma instituição precisa fazer pesquisa e atender o público Por que que ela você tem regras que constrangem e que limitam a produção de conhecimentos num determinado campo ou de serviços que ela presta né em função dos interesses dos dos governos essas ordens ordens entram em choque e isso tava eh provocava essa necessidade vamos dizer assim de conformar essas instituições aos desejos do governo eh do do governo anterior mas o que parece para nós assim um um
novo paradigma né Eu disse rápido no início é que nós que pesquisamos né esse grupo que escreveu esse livro também a gente tá submetido aos mesmos determinantes do que os trabalhadores objetos dos nossos estudos então todos nós estamos vivendo essas contradições esses paradoxos eh atuais por favor coldo bom então agora eu vou falar um pouco né e seguindo aqui eu vou me apoiar bastante num artigo que foi publicado na rbso em 2012 que chama-se predomínio da gestão e violência simbólica né de três autores franceses o primeiro se chama MG eh e para discutir um pouco
então esse processo de gestão que leva a violência né esses autores Falam até em gestional né processo de gestional que estaria trelado Então como consequência a situações de violência mas a primeira coisa né que que é importante a gente fala que tradicionalmente a gestão é vista como um controle né e muitas vezes associadas à punição né no serviço público eu não sei se todos sabem mas existem procedimentos administrativos famosos pades que são uma forma nítida Clara e eu acho que eh de certa forma tão atreladas ainda a nossa herança e da ditadura militar de punir
as pessoas né por atos que teriam cometidos né Eh errado erros e eventualmente situação comportamentos que não são considerados adequados com servidor público mas de qualquer forma o modelo tradicional da gestão é esse que se baseia no controle outra questão que é fundamental a equívoco põe é que existe um poder de prescrever as as atividades ou seja existem pessoas nas instituições os administradores os os pessoas que ocupam cargos eh etc que tem que cujo papel é prescrever o trabalho das pessoas e só que existe um um antagonismo aí porque quem pratica atividade são outros né
então a ergonomia já vai falar a história do trabalho real trabalho prescrito então Mas isso é um poder né e muitas vezes de difícil eh muito difícil de se negociar as condições das prescrições atividades e por outro lado então eh medger e seus colegas vai mostrar que a violência ela tá desenhada ela é organizada legitimada nas organizações n Então os instrumentos alguns atores os serviços têm de uma certa forma monopólio né do podero da violência isso não quer dizer que eh a violência que é gerada pela administração não vá ter uma reação violenta por parte
do servidores também também ocorre Mas o que eu tô querendo dizer nesse caso é dentro desse processo de Galiza a A violência é um eh vamos dizer um resultado esperado desse processo então Eh de certa dizem né os autores eh interessados pelos processos de Galiza em termos de violência é procurar saber se além dos princípios de ação apresentando todas as aparências de neutralidade Rigor científico sabem que a gestão ela tem esse caráter de ser científico Né desde os tempos de tebro né Administração Científica um pressuposto de que de cientificidade eh Mas além disso não se
exercem relações complexas de violência inscritas tanto nos modos de organização como nas modalidades de correção dos seus efeitos eh é preciso acrescentar que a violência gestionária dispõe de duas vias para se exercer ela pode ser proveniente da própria estrutura dos dispositivos a lógica gestionária inscrita no dispositivo é por construção antagônica às lógicas profissionais lembra que eu falei da disputa entre e que eu vou falar um pouquinho mais paraa frente controle da atividade eh como pode resultar ou ser reforçada por modalidades de sua implementação pelas iniciativas locais de gerenciamento essa é uma questão examente né já
descrita aqui na literatura e que mostra como uma determinada organização seu desenho organizacional já comporta a possibilidade o espaço do exercício da violência por outro lado eh essa essa essa disputa né pelo controle da atividade entre gestores e quem pratica atividade né tomos o caso da fundacentro né as equipes que se ocupam da administração e as pessoas que produzem conhecimento científico os pesquisadores os tecnologistas os analistas de Ciência Tecnologia etc ou então dizem assim os atores é preciso lembrar que a concepção a introdução e implementação de instrumentos de gestão resultam da vontade de controlar Os
territórios profissionais de outras categorias de atores ação gerencial tanto de comando como de gestão consiste em tomar decisões estruturantes em matéria de organização de divisão e dializa das atividades de outras categorias de assalariados no entanto organizar organizar o trabalho do outro é frequentemente intervir em um trabalho que já foi realizado pelos próprios membros dos grupos profissionais Mas a partir de outros princípios lógicas e valores essa luta é assim a expressão de um conflito de racionalidades entre a lógica de gestão e a lógica profissional eh próximo clud eh eh e desse embate desses né em função
da da medida como cada instituição se organiza se Vale dos instrumentos e do conflito que resulta dessa força a gente vai ter essa ideia de que a gente passa a viver uma organização patológica que se associa a gravos à saúde né essa ideia foi proposta pro François danielou né que é um pesquisador francês mas que tava analisando ao final dos anos 90 a emergência de ldor em Sistemas de produção por exemplo da indústria automobilística e ele mostrava né que era quase como inerente a esse processo né Eh uma vez que era como se as o
trabalho fosse confinado né ninguém tivesse poder de agir na situação né ele ele fala que o o que se vivia era uma síndrome generalizada de impotência desde a direção da fábrica A Hierarquia intermediária e os operadores né a máxima que se vivia era tendo ou não vassoura varra de qualquer jeito E aí ele descreve o que ele chamou de um funcionamento paradoxal que tinha três níveis num primeiro momento uma fonte de perda de produtividade que não era detectada pela empresa depois no segundo momento uma tentativa de compensação dessa perda de produtividade através da pressão direta
sobre os ritmos de trabalho ou sobre os efetivos e por fim a agravação da perda de produtividade devido aos efeitos secundários desse processo isso ele chamou em francês de bu fernal e eu né de um sistema retroativo Infernal e que eu traduzi por um funcionamento paradoxal eh Remígio Fica tranquilo 10 minutos vai eh vai rolar Muito obrigado pela informação eh A partir dessa dessa ideia de de de Patologia organizacional eu estudante serviço público Como eu disse antes eu num estudo que eu fiz numa agência pública eu eh usei dessa metafora dessa metáfora para também comparar
o que eu tinha observado naquele serviço público e os problemas de saúde dos Servidores né então o que que eu observei exigências contraditórias entre objetivos meios e recursos disponíveis uma organização que ind determinados momentos era um impedimento ao engajamento dos Servidores né tudo controlado tudo certo relações de trabalho extremamente difíceis eh e em determinados momentos a existência de formas de punição e intimidação qualquer erro poderia levar um servidor para ser representado pelo superior passar por um processo administrativo eh posteriormente a gente começou então a observar isso que eu comentei antes a essa né mais recentemente
Né desde o último governo aá uma nova ordem patrimonial né h o sentido de que eh os representantes do do governo eles propõem eh perspectivas que muitas vezes são contraditórias a que existem na instituição e e e disso é preciso a gente vive o que alguns outros autores chamaram como uma absurd ccia né S completamente aberrantes eh e que prescindem desse do uso da punição da intimidação para que essa ordem seja colocada em prática e a gente tem observado a existência de uma superestrutura de gestão por exemplo eh o a par o controle da de
pessoas da administração nas instâncias de participação por exemplo E isso tem levado a um funcionamento absurdo né que que dificulta né Como diz Fran danielou que torna mais difícil a gente fazer o nosso papel né cumprir o papel público eh num contexto em que as relações sociais são cada vez mais tensas próximo clodo alo mas a gente precisa sair dessa situação né esse breve diagnóstico que eu estabeleci a gente precisa sair disso a gente precisa de uma nova abordagem gestionário uma abordagem que eh que vai além disso e e que tenha na base A ideia
de gestão Como suporte paraa atividade né Eh eu vou então aqui pegar carona com o movimento atual da segurança da Nova Visão da segurança não sei se você já ouvir falar da segurança um ou da segurança dois eh diferente de CJ Decker que tem revertido a perspectiva tradicional da segurança que a gente conhece eh na na verdade eh o que o que tá por trás é é que na segurança diferente nesse movimento a gente parte de uma premissa que os mesmos empregados que fazem o mesmo trabalho de segurança e de com sucesso 999,9 do tempo
podem Em algum momento errar né ou seja definir a segurança a gente tem que mudar ou seja a segurança passa a ser o deixar de ser evitar que as coisas deem errado para garantir que tudo funcione bem então essas novas seguranças Elas têm a habilidade de funcionar em em diversas situações a partir de situações inesperadas variadas etc e que o papel dos profissionais de segurança mude né daquela visão de controle de procedimento que eles tinham para ao lado dos trabalhadores favorecer a fabricação da segurança em todas as situações Então o que é extremamente interessante que
a segurança no Brasil que ela tem um caráter totalmente hierarquizado procedimental que desconsidera o trabalho essa nova visão Da da segurança tá prop um outro olhar e que é um outro olhar que se abre para uma outra perspectiva gestionária que é a participação do desses especialistas junto das pessoas não contra essas pessoas eh outro colega né raú Rocha defende a ideia de espaços de debate já dentro de uma criação mais democrática da situação que articula experiência dos trabalhadores e capacidade da tomada de decisão próxima clal por favor eh então num estudo que Ele publicou na
Safety Science que é o principal periódico do campo da ciênci da da segurança Ele foi estudar o risco em situações de não conformidade numa empresa elétrica de gás e uma das coisas que foi negociada desde o início do trabalho dele é que a empresa não ia mais punir né na verdade ela na chegada do no início do estudo a empresa punia os erros dos dos trabalhadores a a partir das das análises de investigações de acidente ora eles não conseguiam compreender exatamente o que se passava né na verdade quando você pune alguém porque a julgou que
a pessoa cometeu um ato errado você não sabe de fato o que tá por trás então quando foi feito e o número de acidentes nessa empresa era muito grande no início do trabalho foi negociado Isso foi um longo processo durou praticamente um ano para que fosse suspensa temporariamente a punição para que os pesquisadores pudessem ter acesso ao trabalho real conhecer as razões os motivos as formas como as pessoas trabalhavam né E que pressupunha observações e aí debates em espaço de discussão e e isso partir né A partir do momento que essas questões foram colocadas as
pessoas podiam falar as contradições eram emergentes a a organização começou a se desenvolver a evoluir e discutir um papel para esses espaços que eram diferentes do que se previa então a possibilidade de falar levou um aumento do poder de agir dos diferentes níveis hierárquicos né Então essa segurança se operou por meio desses espaços Democráticos Nos quais a fala dos trabalhadores tinha legitimidade eh O que é Central nesse processo como um todo é que o que eu coloquei antes né a o o a contradição o conflito a disputa entre gestão e atividade passa a ser um
encontro né um encontro feliz de uma gestão que passa a suportar a atividade das pessoas Essa é a principal questão que se coloca dentro dessa corrente que propõe Uma Nova Visão da segurança Então existe um uma convergência entre atividade e gestão próxima clodo por favor bom então eu volto né Rem você pode ver que eu já tô terminando porque eu tô colocando a primeira transferência repetindo no fim então eu posso dizer mais uma vez que ao invés de normatização a gente precisa do redesenho da segurança da estrutura organizacional que a gente precisa restituir o direito
de expressão e fala das pessoas que as contradições sejam usadas como fonte de desenvolvimento eu coloco aqui um pad que é investigado que ninguém conhece porque ninguém tem acesso só quem investiga como como isso serve para fazer melhor fazer diferente construir prop um aprendizagem do coletivo nas instituições isso morre escondido eh por outro lado nós temos que valorizar o trabalho real né conhecer o trabalho real valorizar o trabalho real e e valorizar o papel dos Trabalhadores no processo de prescrição que muitas vezes é contraria o que se passa na realidade enfim a gente tem que
influenciar a Para que sejam revigoradas redesenhadas as instâncias de participação e ao contrário som nós que temos que influenciar as a o o setor Privado não o setor privado que nos influenciar negativamente a gente sabe que as normas pro setor privado são fruto de negociação e portanto restritas por definição do processo negocial no nosso caso o que deve guiar a produção normativa é a saúde dos trabalhadores públicos enfim né tirando essa lição da gestão da segurança reconceber o papel da administração de uma forma radical Como suporte atividade institucional o que se quer é que os
administrativos participem do nosso movimento não estejam joguem contra nós tudo tudo isso porque o público e o respeito à constituição é o que nos move e a gente vai ser legitimado reconhecido pela sociedade e aí enfrentar esse processo que o Francisco de Oliveira também colocava de desnecessidade do público quando a gente conseguir atuar cada vez mais ou seja quando a nossa instituição tiver engajada como eu disse antes no processo de produção de conhecimento por exemplo ou de outro tipo de serviço próximo a clod enfim o que a gente tá pedindo nada mais é do que
o estado da arte do nosso campo diz né o pesquisador belga lorão Vogel já disse há muito tempo a segurança a saúde dos trabalhadores é uma questão de democracia próxima e Como disse o meu colega da fil cruz eh Fadel de Vasconcelos eu tô acabei de encontrar ele ontem esse texto ontem a saúde do Trabalhador é um direito humano e que é preciso que se viabilize uma utopia civilizatória o entre parentes também público é meu não é possível que para produzir serviços pro público a gente tenha sofrer dos mesmos males que eles estão sofrendo muito
obrigado na sequência Clodoaldo as referências eh bibliográficas para vocês consultarem só falta essa última porque foi feita na última hora mesmo muito obrigado Maral pela excelente exposição eu vou abrir a palavra ao público mas até que você se parem o público presente e o público que estiver online né para fazer questionamentos enfim interagir com o Marsal acho que eu tenho um comentário introdutório para fazer primeiro né agradecer imensamente ao Marsal pela excelente exposição e sobretudo porque ele coloca uma questão que eu acho que é não só eu né mas enfim achamos que é fundamental que
é destacar o trabalho no serviço público né Normalmente quando a gente discute nesses espaços a questão do adoecimento do Trabalhador notadamente a gente discute o trabalhador do serviço privado que no Brasil tem um contingente de quase 40 milhões que tem carteira assinada Outros tantos enfim 50 55 milhões Que sequer tem direitos né garantidos são os informais enfim mas também temos um quantitativo de trabalhadores trabalhadores nesse Brasil que é gigantesco que enfim que dá ordem de cerca de 15 milhões de pessoas por baixo aí que são servidores públicos que estão em instituições públicas sejam nos municípios
enfim instituições eh federais que são trabalhadores também e são pouco percebidos como os trabalhadores né que talvez seja o foco fundamental aí que o Marsal nos trouxe né de olhar também para estes trabalhadores sobretudo no seu aspecto de adoecimento porque esses trabalhadores por serem trabalhadores também adoecem e adoecem tanto por outros fatores externos Mas enfim destacado essencialmente aí pelo pelo Marsal né sobre a questão da do controle né do seu trabalho né nós tivemos um processo aala salador aí vivenciado desde os anos 90 que ainda continua né que é implentação do estado neoliberal que tenta
comprimir não só o número de servidores públicos né tanto que a quantidade de servidores públicos que hoje existem no Brasil para aquilo que é necessário em termos de prestação de serviço ao cidadão né de possibilidade chegar ao cidadão nós temos um número infinito apesar de ser quase 15 milhões mas esse é o número muito aquém daquilo que seria necessário num país como o Brasil com as desigualdades que tem e além desse número estar sendo reduzido ainda existe o aspecto de compressão da própria atividade que leva ao adoecimento eh sistêmico né mais do que que contínua
adoecimento sistêmico destes trabalhadores Então eu acho que é essencial o que o Marcel está nos colocando este olhar sobre esses trabalhadores também né porque a gente pouco comenta e aí quanto fundacentro nós temos alguns desafios que são gigantes né nesse aspecto tanto por olhar para esses 15 milhões de pessoas a partir da sua característica dos seus aspectos de adoecimento mas também porque nós somos uma instituição pública que temos servidores públicos então nós temos que olhar não somente para estes trabalhadores mas olhar para nós mesmos né Isso é um desafio gigante quando se está falando de
uma instituição que olha a partir da variável segurança e saúde desses trabalhadores que é olhar para fora mas também olhar para si porque é um desafio gigante porque isso trata-se da produção de conhecimento né a fundacentro é reconhecida por discutir essa questão no Brasil mas a gente não consegue discutir isso se a gente não discute nós mesmos né dentro desse bojo gigante né que é o adoecimento inclusive dos seus próprios trabalhadores Então eu queria destacar de início Esse aspecto fundamental aqui que o Marsal nos trouxe né que ele é pouco trazido a baila que é
olhar pros servidores públicos né E aí só para finalizar mesmo passar a palavra para vocês notadamente todo esse processo de reforma do estado que é como nos passad né que veem lá desde os anos 90 enfim da implantação do neoliberismo dentro do serviço público nós sempre temos quando se olha pro serviço público a palavra que é colocado em evidência é a máxima eficiência do serviço público né É como se toda a tomada de decisão de reestruturação do serviço público ela preconizasse pelo quê essencialmente pela eficiência do serviço público para que o serviço público preste o
melhor serviço possível ao cidadão mas muito diferente do que eficiência como se fosse o conceito fundamental que guia toda a normativa do Estado o preceito fundamental de tudo isso tá se baseado no controle quando a gente pega a maior parte dos estudos que vão entender o que que ocorre com o serviço público no Brasil Mais Do Que eficiência toda a normatização toda a orientação e toda a reforma do Estado ela é pautada no controle seja controle do serviço seja controle do Servidor então tudo que vocês vão ver em termos de normativa do Estado tudo né
estaria exagerando Mas enfim a maior parte da orientação sobre a normativa do Estado ela está pautada no controle ou do serviço público ou do servidor público e não na eficiência tal como no s passado e esse aspecto por si só por estar baseado no controle vem toda essa característica tal como a gente observa no serviço privado que o controle é que o que preconiza toda ação do empregador sobre o empregado né E aí leva Esse aspecto do adoecimento sistêmico porque as pessoas se sentem controladas mesmo né hoje com as tecnologias da informação e comunicação isso
é ainda mais fácil controlar o servidor público o o o o trabalhador isso também se passa com o serviço público bom mas eu queria destacar fundamentalmente isso essa orientação que o o Marsal nos dá aqui no debate que eu acho que é indispensável né que a gente discuta isso inclusive enquanto diretor de pesquisa né venho com convocando muito entre aspas ao controle o Marsal sendo provocado né pra gente implantar discussões nesse sentido aqui internamente né Para dar conta da questão do serviço público externo e também interno então Marcel Muito obrigado e eu passo a palavra
a quem tiver intervenções aqui presencialmente ao público aqui não sei se alguém tem online tem uma pergunta ah online nós temos uma pergunta presencialmente se alguém tiver pesse dirigir aqui eh cilânia dos Santos costas como mensurar a violência relacionada ao trabalho uma vez que no campo da saúde pública se limita as notificações de violência interpessoal e autoprovocada não dando conta de traçar o perfil real essa é a pergunta da cilânia eh Taís por favor mais alguém se puder eu ligo aqui Alô boa tarde a todos os presentes Boa tarde a quem tá virtualmente agradecer o
colega Marsal por essa exposição provocadora né e e que expressa né muito dos nossos sentimentos de servidores públicos aqui colegas né Eh eu queria Marsal que você pudesse eu sei que você foi apressado aqui por por mensagens para você terminar rápido Eh mas você eh coloca muito claramente essa questão da margem de ação do Poder de agir dos trabalhadores e uma outra coisa que eu acho que eu pediria para você talvez até através realmente do trabalho que vocês realizaram com os agentes comunitários de saúde porque claramente né nos estudos que estão sendo feitos com servidores
públicos já de um bom tempo né Eh existe uma questão de falta de recursos para realizar o trabalho né Eh então eu acho que quando o Rogério né colocou essa questão da eficiência né Lembrou essa questão da eficiência que é muito necessário né quer dizer aparentemente eh o sistema gerencialista que foi criado foi criado para trazer eficiência a esse serviço público né que ele chegasse a as a sociedade a população né E que ele desse conta desses problemas públicos eh que a sociedade sente se ressente né sente falta eh no entanto a gente já teve
grandes manifestações de rua em 2013 né Eh mostrando claramente que a a população em geral não estava vendo a presença do estado em diversos serviços que ela procurava né Eh e a gente eh e você foi falando eu não tinha feito essa ligação eu achei interessante quando a gente tá no setor privado hoje a gente fala que o capitalismo financista né a gente fala não a a a gente percebe que o capitalismo financista faz com que os acionistas queiram a rentabilidade Então a gente tem aquela comparação dos trabalhadores da Ford que iam até a casa
do Henry Ford exigir uma remuneração melhor tinha com quem negociar tinha com quem conversar e aí você traz essa questão da participação junto a quem faz a concepção dos instrumentos de controle dos instrumentos gerencialistas das formas de avaliação de desempenho e a gente não tem né então assim como hoje no capitalista no capitalismo financista você tem um CEO você tem um diretor que tá tão subjugado né a essa vontade da rentabilidade independente da capacidade produtiva existente né E aí você colocou e eu não tinha feito isso mas é bem isso que acontece também com o
serviço público porque a instituição localmente ela também não tem essa essa autonomia sobre essas formas que vem de cima para baixo e a gente acaba nunca tendo como ir até a casa do Ford para conversar com ele eh eu acho que é isso obrigada obrigado Thaís eh temos mais uma pergunta online aqui do Roberto Marques dos Anjos Oliveira pergunta abre aspas Então se as empresas adotarem essa questão dentro do Consenso de ética organizacional para todos os funcionários provavelmente reduzirá a quantidade de violência e assédio até porque essa ética padrão organizacional tornando-se rotina diária das pessoas
ente no seu dia a dia a ética permanecerá eu acho que é um comentário eh mais alguém eh bom Marcel com você obrigado pelas perguntas e mas é né cada vez mais um um uma atividade educativa como essa não é uma transmissão de conhecimento tá gente é um processo coletivo de aprendizagem e que a gente de certa forma aprende no também no debate Eu acho que o que é importante eh é que tenha tempo de debate para que ideias surjam né dessa interação que a gente tá tendo mesmo que a distância né Eh Então thí
na verdade eu já tinha planejado fazer uma fala curta mesmo né na verdade o Eu não eu não mexi absolutamente nada eu não deixei de falar nada porque eu acho que é isso mesmo a gente tem que provocar o debate né o Rogério na síntese que fez ele captou bem a essência da da questão colocada né de chamar a atenção dos servidores públicos para isso e de mostrar essa contradição que tá na no Gene brasileiro do da gestão do estado que é o patrimonialismo Né o patrimonialismo é a ocupação do Estado por interesses privados né
e nesse neoliberalismo brasileiro ele não rompe radicalmente com com com o paternalismo né com com o patrimonialismo ele tenta se inspirar então no meu entender dentro das perguntas que foram colocar aqui você tem hoje alguns grupos que estão disputando né Você tem o grupo político deputados que tem interesse no patrimonialismo você tem um grupo de técnicos de tecnocratas no centro do estado brasileiro em especial do Ministério da gestão e da Inovação planejamento que são os gestores do planejamento aquele cargo de carreira criado pelo durante o governo Fernando Henrique Cardoso que tem uma ideia de produção
deficiência pública que que o Rogério tá colocando eh mas que são pessoas que tem já dentro da Ótica neoliberal dentro de uma certa visão de estado E você tem os servidores públicos que estão tentando responder à constituição então basicamente a gente tem três grupos de atores que tão nessa Seara né disputa pela atividade pública né E que eu acho que é um que é um fato extremamente interessante agora de qualquer forma esse grupo de gestores Como disse o o Rogério para mim na minha opinião Ele só faz aumentar as ferramentas de controle os instrumentos de
controle a visão que se tem ainda é da gestão baseada no controle é só ver a gente ver essa discussão sobre o trabalho remoto sobre os planos de gestão de desenvolvimento nitidamente existe uma influência de pensamento gestionário dessa forma né que e que parte sempre do pressuposto que o servidores não são tão eficientes quanto fora que a gente a nossa produção é sempre baixa etc né então diante disso é Preciso aumentar a eficiência mas ao invés de favorecer o nosso trabalho ou seja dá recurso pra gente dá condição de trabalho e tal não nada disso
tem que continuar trabal sendo muito mais produtivo fazendo a mesma coisa Nas condições que você tem né então um exemplo que recente foi no início dos programas de gestão e desenvolvimento né trabalho remoto que a pessoa para trabalhar no remoto ela tinha que ter uma produção uma produtividade maior quer dizer da onde isso né na verdade na verdade a nossa produção Depende das nossas condições de trabalho e e e dos recursos que a gente tem para fazer se a gente tiver recursos condição de trabalho a gente vai eh produzir muito mais serviço como é o
que espera a a população e aí a questão que tá por trás né você comentou da questão do mundo privado eh e do mundo público é que o mundo privado influencia o mundo público por meio do mercado né esse Deus que tem corpo mente ideias propostas mirabolantes e que coloca para pro estado o princípio da austeridade então o tempo inteiro nós estamos tendo que escutar que nós gastamos muito que nós temos isso não que tem que ser gastar menos que tem que reduzir que o custo do estado é cada vez mais alto né então a
a a gente de certa forma é regulado por essa entidade né vamos se dizer o mercado que e seus representantes né que que que veiculam essas ideias né entre elas a da da austeridade e que tá diretamente ligada e à situações que a gente vive por qu porque com menos recurso e cada vez menos a gente vai a gente vai ter instituições com relações mais difíceis porque você não tem recurso existe disputa de recurso eh você tem o sal a tendência do salário de serviço público é diminuir Então vai ter uma disputa pelos cargos de
confiança para que as pessoas Então você cria o conflito né Eh já A partir dessa premissa de de austeridade do funcionamento eh e enfim o que nós estamos propondo o Roberto captou bem a mensagem é que a gente não pode a gente a gente é diferente do do privado nós temos que operar de uma forma diferente as pessoas que chegam tem que ser bem recebidas né os os cidadãos tê que ser bem recebidos tem que ser todos recebidos a gente entre nós tem que ter um modo de funcionamento que prime por relações cordiais éticas de
respeito etc democráticas que as pessoas possam se expressar que possa haver diferença não não não pode haver uma perspectiva de uma uma só verdade e quando isso ocorre essa imposição de uma forma de ver de uma verdade como nos tempos recentes o o o conflito é enorme porque os o trabalho perde o sentido dos Servidores E aí eles vão adoecer né então eh a a a a a proposta é utópica na verdade é fazer com que nós sejamos um modelo pro privado porque até nas instituições privadas quando o modo de funcionamento é democrático quando as
pessoas podem se expressar quando elas podem negociar as diferenças eh com respeito etc a coisa funciona muito melhor também né é um modelo né que é que tá em que tá que tá em disputa e com relação à questão da de mensurar violência eu acho que as próximas falas vão vão tocar mais n n nesse Nessas questões eh eu eu não entrei nessa questão mas o que para nós é importante é que as instâncias de participação do serviço público como a comissão interna de segurança tal tal tal a cisp que elas sejam espaços onde as
pessoas possam eh se expressar né então os casos de violência possam chegar e Eh esses casos a comissão tem o papel de fazer a negociação dessas situações com a administração então é por isso que eu digo que o funcionamento dessas comissões ela não pode ser um palco de disputas que tem pessoas da administração e pessoa e servidores todos são servidores né na verdade tem que ser um espaço onde essa lógica Essa visão essa realidade apareça então para nós é fundamental que se houver situações de violência ou Doença que eles cheguem nessa nessa comissão para que
eh haja a comissão seja um porta-voz e negocie com a direção à condições da mudança que como eu disse antes passa pelo redesenho eh da estrutura organizacional de modo geral bom muito obrigado Maral eu acho que agora a gente vai ter um Inter falo é isso já vai direto bom então muito obrigado Marsal nós vamos passar agora paraa segunda Eu que agradeço intervenção enfim né Mas você vai continuar aí como se trata de um curso né de uma aula então todas as questões não levantadas até o momento e as que virão ser levantadas poderão ser
discutidas né ao longo desses próximos três dias porque o curso só está começando agora e se encerra na próxima quarta-feira então nós teremos bastante tempo aí para enfim para levantar questões debatê-las e e melhor orientá-las tá bom então obrigado Marsal continue por Aí continuaremos por aqui vocês todos continuam tá bom passo a palavra não não então mais uma vez obrigada Marsal e obrigada Rogério e agora prosseguindo o curso convidamos a tecnologista da fundacentro Juliana Andrade de Oliveira que irá ordenar a segunda aula com o tema assédios no trabalho como risco psicossocial em busca do trabalho
Digno Juliana é servidora pública na fundacentro desde 2004 foi representante da fundacentro no grupo de estudos tripartit sobre os riscos psicossociais eu não consigo falar essa palavra ai gente desculpa no trabalho foi docente no programa de pós--graduação de Mestrado da fundacentro trabalho saúde e ambiente coautora dos livros trabalho emocional e trabalho de cuidados violências durante o processo de adoecimento pelo trabalho e compreendendo o assédio moral no trabalho editada pela fundacentro possui bacharelados em sociologia e em Ciência Política pela Unicamp mestrado e doutorado em sociologia pela USP com estágio na universidade de em Montreal bem-vinda Juliana
e [Aplausos] desculpa Boa tarde a todas as pessoas presentes na sala e online no YouTube que nos acompanham eh eu vou ter aqui o prazer de apresentar a minha colega de trabalho com quem Aprendo muito que a ergonomista que vai dar a chamada assédios no trabalho como risco psicossocial em busca do trabalho Digno Então ela é a thí Helena de Carvalho barreira a pode subir Taísa Taísa servidora da fundacentro desde 1988 tendo atuado no serviço de ergonomia e no serviço de sociologia e psicologia da outrora coordenação de saúde no trabalho possui graduação em fisioterapia pela
USP especialização eem mestrado em ergonomia pela USP doutorado em políticas e prevenção em saúde e segurança no trabalho pela Universidade de massachusets foi docente no programa de pós--graduação de Mestrado da Funda centro trabalho saúde e ambiente de 2012 a 2018 possui experiência em prevenção das eh lesões por esforços repetitivos e dores osteomusculares relacionadas ao trabalho identificação de riscos psicossociais no trabalho e atuou nos grupos de trabalho técnicos das normas regulamentadoras 17 ou anexo 2 da NR 17 e também na norma regulamentadora 36 eh então bem-vinda thí passo para você a palavra e a gente se
fala mais tarde obrigada obrigada eh pela oportunidade também aqui é preciso agradecer Eh esses cursos como diz o Marçal Remígio eh tem sido uma fonte eh de reflexão crítica de muitos aspectos eh muitos temas né na área de saúde e segurança no trabalho e acho que essa essa reflexão é sempre necessária e como ele comentou né Essa interação entre nós é muito importante né Agradeço também a Solange chaffer por ter organizado esse curso e nós vamos ter também Juliana depois que que também tem muito me ajudado né a gente aqui tem um processo de interação
e integração que tá muito interessante bom eh como a Juliana já antecipou então né Eh eu tenho que falar aqui para vocês eh deixar claro né como que essas violências e os assédios constituem em si um risco psicossocial no trabalho né para isso é importante que a gente entenda a entre esse trabalho né que é realizado atividade de trabalho que é realizada e a saúde integral das pessoas dos trabalhadores e trabalhadoras e a saúde integral tem que ser compreendida no seu aparato biológico eh no seu aparato psicológico e nas formas de relacionamento e de convivência
social né seguindo exatamente a o conceito da organização mundial da saúde que coloca este estado de Bem Viver biopsicossocial como um objetivo para quem trabalha na área da saúde né aqui a gente não tá fazendo uma distinção como Marsal falou né a gente a segurança e a saúde elas trabalham muito próximas né porque a intenção é de fato garantir a essa saúde esse bem-v biopsicossocial no trabalho né a gente tá colocando o trabalho Digno decente que é um conceito antigo de 1999 da oit e que agora em 2022 a oit colocou como princípios fundamentais do
trabalho a segurança né e o ambiente saudável as relações de trabalho saudáveis né então portanto eh ampliando essa questão e formalizando né como o Marsal fez em cima então de princípios fundamentais de direitos e eu vou comentar com vocês que isso começa portanto dentro da oit E aí a ONU pega o princípio o conceito do trabalho Digno e descente coloca como o oitavo objetivo de desenvolvimento sustentável né como uma forma de você buscar a Equidade social a democracia eliminar a pobreza né então os objetivos de desenvolvimento sustentável eles estão pensando na sustentabilidade social do mundo
que a gente vive para além da Saúde ambiental eu fui estudar nos Estados Unidos num departamento que que fez questão de se autodenominar ambiente eh em inglês fez sentido né que era work environment o ambiente e o trabalho e a brincadeira era a brincadeira não né a provocação era a seguinte o movimento ambientalista e a gente pode ver pelo Partido Verde etc no mundo todo ele ganhou corações e mentes desde a década de 60 e o Fadel né aqui como Vasconcelos como marcal trouxe e nós todos que trabalhamos na área de segurança eh dos trabalhadores
a gente adoraria ver que o local o ambiente o projeto de trabalho em que os trabalhadores estão envolvidos para realizar também tivesse essa mesma pegada esse mesmo engajamento na defesa né da saúde e da segurança dos trabalhadores essa é uma luta né que a gente tem e por isso que a gente coloca essa questão eh eh do do valor né do valor social que a gente dá para o trabalho e paraa saúde pode mudar por favor aí eu mudo né Ai obrigada então a gente tá começando né a colocar essa questão o Marsal já começou
a dizer que esse sistema sociotécnico onde o trabalho existe por uma concepção né de de organização do trabalho de equipamentos de condições não é ele não vai bem né ah o Marsal colocou a gestão patológica do trabalho né eh e aí você pode usar a palavra disfuncional quer dizer o que está doente de verdade é essa esse sistema essa situação de trabalho e o que a gente quer é eh através ou da intervenção corretiva né ou que a gente já possa se utilizar dos conhecimentos que existem para que a gente possa fazer um projeto de
concepção né É preciso que a gente já que a gente tem tantos conhecimentos sobre o que o que deu errado o que adoeceu o que causou os acidentes né Por que é que a gente não pode se antecipar de verdade e já pensar numa concepção que não traga esse tipo de dano e de agrava a saúde dos trabalhadores não é E mesmo quando se pensa em fazer mudanças Por que que essas mudanças como bem lembrou Marsal já não se apropriam do conhecimento existente o conhecimento técnico e o saber fazer do trabalhador né a sabedoria a
expertise e a competência que estão ali a acumulados para que essas novas mudanças não pudessem eh prevenir o adoecimento evitar o adoecimento esse é o nosso grande desafio não é então a gente vai tá falando dessa relação do trabalho com a saúde Lembrando que o ser humano né ele tem uma complexidade né e essa complexidade eh realiza o seu trabalho é colocada engajada para realizar o trabalho e ninguém faz isso esse esforço todo né se não for pensando em fazer bem feito porque a hora que a gente consegue enxergar o resultado do nosso trabalho e
ver que ele que que ele resultou em coisa boa em coisa que a gente queria em coisa que era era desejado não é eh o A satisfação é muito maior e naturalmente ninguém também quer perder dedo e ninguém quer adoecer né então sempre existe uma preocupação com o custo humano no trabalho Eu também fiz questão de destacar aqui a inteligência humana no trabalho né como um fator de confiabilidade né que o Marsal falou muito pouco infelizmente eh que é a questão da nova segurança no trabalho que coloca bastante essa questão da Inteligência criativa humana que
se utiliza de todo o seu aparato sensorial cognitivo né para corrigir desvios para dar conta de imprevistos para dar conta de variabilidades Então tem um saber fazer aqui que atua constantemente a favor de manter o sistema funcionando e de forma eficiente tá bom aí a gente tem que lembrar que agora no Brasil a gente tem a regulamentação né da nr1 que trouxe nesse capítulo recém publicado agora de Agosto a inclusão dos riscos psicossociais no trabalho que deve já eh ser matéria de intervenção e de inspeção a partir de 24 de maio de 25 né nesse
anexo você tem que o gerenciamento eh de riscos psicos de riscos ocupacionais né o GR ele vai cuidar daqueles agentes mais tradicionais né os físicos os químicos os biológicos as condições ambientais e ele vai se preocupar com aquilo que provoca o acidente Lembrando que a gente tá sempre tendo que voltar né não apenas na situação imediata do acidente mas olhar como é que estava essa organização as condições de trabalho os recursos a capacitação dessas pessoas e a sabedoria do Trabalhador o que a gente observa eh que com essas novas formas de subcontratação de de mão
de obra né O que a gente tem muitas vezes é sendo colocado pessoas que não t o treinamento a capacitação para fazer determinadas tarefas de limpeza e de manutenção de máquinas não é que é onde a gente tem um número elevado de riscos de acidentes Então aquela sabedoria do Trabalhador aquele saber fazer do Trabalhador veio se perdendo porque você agora não tem aquela aquele tempo do trabalhador né você Contrata alguém de fora que é uma pessoa necessitada que pegou um emprego e que é colocado para fazer uma limpeza uma manutenção e não vai dizer não
porque precisa do trabalho né Aí você tem a questão daquilo que é chamado de fatores ergonômicos eu coloquei entre aspas porque não sei se vocês já ouviram falar mas a gente coloca que não existe exatamente fatores ergonômicos mas a gente entende que quando as pessoas falam isso é por conta da nr17 de ergonomia e é por conta dos princípios que a ergonomia traz para dentro do campo de saúde e segurança do trabalho né que são adaptação do trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores né porque o ser humano ele tem uma capacidade enorme motora cognitiva e
tudo mas ele também tem suas limitações então qualquer coisa que a gente for fazer aqui no trabalho a gente tem que se preocupar com essas características era muito comum as pessoas lembrarem do comprimento do braço né ou da posição que ficava o pescoço porque nr17 lá em 90 quando ela foi eh revisada né e assumiu toda a questão da ergonomia ela colocava muito trabalho na área de serviço e aí você tinha bastante essa questão de que o mobiliário tinha que ser adaptado a as características psicofisiológicas e também a natureza do trabalho então quando a gente
pensa nas condições adequadas para o trabalho que a gente vai pensar que esse trabalho essa relação aqui do trabalho com a saúde tem que garantir o conforto a segurança a saúde e o desempenho eficiente Lembrando que a gente já conversou do trabalho bem feito e do custo humano no trabalho reduzido não é é dito na nr17 que isso tem que observar a natureza e o conteúdo dessa tarefa ou seja Quais são as exigências eh que estão sendo solicitadas demandadas a esse trabalhador né então vai além das exigências biomecânicas que a nr17 de 90 era muito
focalizada na questão biomecânica porque a gente estava numa época de epidemia de ler dort mas na medida em que a mudou também a a redução dos processos de industrialização do setor da indústria e aumentou o setor de serviços a gente passa a ter um aumento das exigências cognitivas e emocionais trabalhador né Então aí a gente começa já a pensar então nos Riscos psicossociais aqui só para lembrar então aqui que além de você documentar o que é que existe como perigo e qual perigo que pode tá tendo uma probabilidade grande de causar dano nesse trabalhador Então
você vai buscar reconhecer e descrever esses perigos e riscos você tem por obrigação pensar planos de ação para a prevenção desse dano né E para tanto você tem que envolver os trabalhadores não tem solução melhor do que você trazer os trabalhadores que estão ali naquele trabalho para participar de todo esse processo do processo de análise do que existe como perigo e risco e nas alternativas nas propostas como o Marsal já colocou né para gerenciar para eliminar esse risco Lembrando que existe uma ferramenta técnica importantíssima e que depende como Marsal colocou de uma linha de confiabilidade
junto à empresa que é a vigilância epidemiológica né que é a gente saber que existe níveis de adoecimento ou níveis de acidente de trabalho isso são indicadores importantes Entretanto a gente ainda vê a a recusa né do registro disso ou a dificuldade do do registro disso e a participação social ampla para eliminar eh vejam que o o Risk Management né que é o gerenciamento de riscos ele requer que essa decisão para aquilo que é aceitável ou não aceitável passe por uma decisão social com os trabalhadores né que é o o princípio da precaução né quer
dizer ninguém sentado no gabinete pode decidir qual é o tamanho do Risco eh que as pessoas vão ser expostas aqui já trazendo o o tema que a gente tem da violências e assédios né aqui eu trouxe uma ã é uma cartilha da Fiocruz de 2014 que foi republicada em 2022 e que coloca alguns eh alguns já sintomas e adoecimentos então você tem ansiedade apatia insegurança depressão melancolia irritação insônia mudança de humor Pânico e fobias e pesadelos Mas você também tem hipertensão arterial ataques de asma né de broncoespasmo taquicardia doenças coronarianas eh dermatites cefaleias assim como
você tem eh na conduta da pessoa naquilo como ela se manifesta né Eh se ela teve um aumento de irritabilidade e se ela não tá se sentindo bem se ela não dormiu bem não é incomum que a gente perceba um aumento de agressividade inclusive contra si que até teve a pergunta né Eh contra si e contra os outros também muitas vezes a as pessoas vão tentar através de drogas né a gente tá vendo uma medicalização exagerada né Eh para tentar Minimizar esses sintomas e também além das medicações de antidepressivos ansiolíticos etc muitas pessoas tentam né
de uma forma barata usar o álcool Às vezes a o próprio aumento do consumo do cigarro disfunções sexuais isolamento social e ordens do apetite então a gente encontra esse tipo de queixa com muita frequência né a gente tem a lista de doença relacionada ao trabalho que faz já há muito tempo a gente tem a primeira lista a gente tem desde 1999 e agora recentemente em novembro a gente teve a a a republicação né dessa lista de doenças relacionadas ao trabalho que correlaciona agentes e fatores de risco com essas doenças certo e a gente tem já
de muito tempo pesquisas epidemiológicas que demonstram né a um dos primeiros modelos que é usado até hoje é o de demanda controle que é esse que fala se a pessoa é muito exigida se existe uma hipersolicitação quer seja quantitativa quer seja qualitativa né na forma da polivalência Múltipla eu chamo de Bombril exigem que a gente seja bumbu mil utilidades além de técnico a gente também vai conseguir analisar contratos vai fazer uma série de coisas que a gente nunca fez na vida eh Então essa demanda se não tiver controle como Marcel já chamou bastante atenção dessa
questão se o o trabalhador tem a redução da sua margem de autonomia e de controle sobre essas demandas ele não consegue regular essa demanda porque ela é colocada de uma forma cada vez mais intensa por um controle externo né então você tem uma lista de doenças eh muito bem já eh já correlacionadas demonstradas e tudo isso então a gente volta aqui para lembrar certo que a gente tá dentro do paradigma da complexidade o paradigma da complexidade mostra pra gente que não existe uma relação unívoca Ah se tem isso vai ter aquilo por quê Porque a
gente tem uma dinâmica de diversas interações Então a gente tem como o Marsal foi colocando uma escolha e decisões gerenciais pros modelos de organização do trabalho os entos de gestão o estilo de gestão né se ele é vertical autoritário ou se ele é horizontal colegiado partilhado não é eh a relação de trabalho com o processo saúde e doença para os riscos psicossociais no trabalho a gente não tem equipamento para mensurar E por que que a gente não tem equipamento para mensurar porque a gente não tá aqui pegando um agente e medindo como a luz o
som né a temperatura não a gente tá falando de diversas eh diversas questões aqui né que estão associadamente então é multicausal tem também relação com o contexto com a conjuntura em que se está vivendo e ainda tem interações com a própria subjetividade do trabalhador né Eh então o o trabalhador ele pode também ter mais recursos pessoais ou ter menos recursos e ele pode também tá num momento Todos nós temos uma variabilidade pessoal tem momentos que a gente tá melhor tem momentos que a gente não tá melhor sem falar do ciclo vigília sono certo e a
gente tem uma variedade intra desculpa intra indivíduos é eu comigo mesma e Inter indivíduos é pessoas diferentes isso tudo eh faz com que essas interações sejam diferentes né E o que é que faz com que existam tantas formas diferentes de reagir a esses riscos a essas ameaças a essas pressões eh que existem no trabalho as pessoas vivem T trajetórias de vida pessoais e portanto elas constróem memórias né que são evocadas de formas diferentes então existem e além de de você ter uma história pessoal você tem também como eu falei aqui do da conjuntura uma questão
de processos sociais e psicológicos então por exemplo o modelo do karasek né de demanda controle ele coloca o suporte social porque se você é capaz se você tem a condição né porque isso aqui vem de fora se você tem colegas que podem te ajudar no no trabalho se você tem uma chefia que tem eh empatia que consegue humanizar aquela relação de trabalho então se você sente que tem suporte social você já vai perceber as pressões as ameaças de um outro jeito não é porque você percebe que você tá contando com uma ajuda externa Então você
tem essas mediações né para isso bom Aqui é só só para lembrar que a gente tá vivendo um momento eh onde os transtornos de saúde mental no mundo inteiro aumentaram e isso é um problema público mundial e por conta desse problema público Mundial que traz uma série de danos aqui psíquicos agravos psíquicos não é processos de adoecimento Lembrando que transtorno ainda não é um adoecimento né e é por isso que a gente tem que intervir rapidamente a gente além de tudo esses transtornos existe um custo econômico por quê Porque eles representam uma perda de produtividade
que é o presenteísmo né Eh perda de produtividade perda de materiais não é eh e aí você acaba tendo a perda econômica e daí é que veio a a OMS a Organização Mundial da Saúde e o organização internacional do trabalho com a ideia portanto de que este trabalho decente Digno produtivo e saudável Ele também é um fator protetivo né paraa saúde mental das pessoas Então se colocou a OMS oit elas pegaram esse objetivo da ONU e trouxeram para um plano global de melhoria das condições de saúde mental da população mundial por quê Porque o trabalho
se ele tiver sentido se ele for realizado pensando na saúde nas pessoas pensando na eficiência etc mantido em relações sociais saudáveis e solidárias você pode chamar esse trabalho de um trabalho positivo um trabalho que funciona como um operador de saúde trazendo o Bem Viver biopsicosocial no trabalho é o que a gente deseja né é o objetivo do nosso trabalho tá E é isso aqui bom aqui só para lembrar o Marsal já falou bastante disso também né quer dizer o sujeito enquanto ele tá trabalhando ele é protagonista de uma série de ações né de uma série
de intervenções humanas no trabalho e essas intervenções portanto elas vão desenvolvendo cada vez mais conhecimentos experiência e que são mobilizadas né Eh por um desejo de fazer um bom trabalho de de realizar um trabalho que seja útil né para o próximo para a sociedade um um desejo de não se fazer mal e não fazer mal o outro né então isso é muito importante porque a gente tem que lembrar que a pessoa humana né por essas características eh completas né como a gente falou ela tá ali atuando o tempo inteiro né como já foi dito e
ela vai como Maral colocou mesmo diante de incoerências organizacionais ma planejamento contrariedades contradições que a empresa coloca para essa pessoa né como o Maral já explicou ela vai tentar eh ela vai se mobilizar para conseguir fazer as coisas darem certo e muitas vezes é esse empenho é esse esforço eh que acaba desmesuradamente não sendo reconhecido não sendo valorizado sendo cada vez mais impedido sendo cada vez mais amputada a o poder de agir dessas pessoas que vai trazer o adoecimento né então o trabalho a gente já falou não é nunca somente manual né então tem uma
série de atividades eh do processo cognitivo e da forma como a gente se relaciona com as pessoas e com o trabalho né Eh uma parte Pode até ser automatizada mas você tem o tempo inteiro uma atenção sendo colocada para você corrigir os problemas que vão acontecendo e é por isso que é muito importante essa análise eh ergonômica do trabalho porque ela vai trazer uma compreensão desse trabalho que ele tá dentro de uma situação que a gente chama de real do trabalho que é o que a gente estava falando existem recursos existem condições existe um contexto
propício para aquele trabalho ser realizado né então há pouco tempo que eu terminei o trabalho eh com os entregadores né de bicicleta de motocicleta e a gente vê claramente o problema deles porque tudo conspira contra né Eh é trânsito é o cliente que não é legal é a sopa que vaza eh uma série de coisas que acontecem Então esse é o real né E aí o que que você tem que fazer os profissionais de saúde e segurança no trabalho eles precisam trabalhar pro redesenho né para uma nova concepção que traga o famoso trabalho Digno no
sentido de que você pensa saúde segurança etc certo eh então é muito importante conhecer compreender e empreender mudanças no sentido de um redesenho então é uma uma questão que a gente coloca eh que a norma regulamentadora ela pode servir como um recurso de você ter referências né Para você fazer um redesenho do trabalho pelo pelos aspectos físicos mobiliário equipamentos materiais pelos aspectos técnicos né Desse aparato técnico que tá sendo colocado e Sem dúvida nenhuma pela parte da organização e sempre vejam que a gente vai trazer a escuta e a participação dos trabalhadores porque o melhor
a melhor búa pro profissional de saúde e segurança para aqueles pros cistas para aqueles que querem de fato melhorar a vida dos trabalhadores é conversando com os trabalhadores é escutando os trabalhadores Essa é a bússola que a gente tem né então aqui em 2009 eh o francês lerou fez um estudo comparado Espanha França Grécia Itália e Portugal e percebeu que os riscos psicossociais no trabal trabalho eles se tornavam mais frequentes e mais graves com essas transformações do trabalho que o Marsal tava lembrando que faz parte de um processo de reestruturação produtiva que passa a ocorrer
a partir da década de 70 né com a o o projeto programa neoliberal que começa com a tcher vai para Reagan e tal então isso faz com que se aumente as formas de precarização social através das reformas trabalhistas que você agora tem ocupações não protegidas pelos direitos trabalhistas e sociais né você tem novas formas de organização das cadeias que a gente sabe que o que que aconteceu foram procurar locais onde a mão deobra era mais barata onde a inspeção do trabalho era menor né então existiu uma procura eh por redução das exigências que se fazia
pro trabalho ser melhor a gente teve nesse mesmo período a questão das novas tecnologias as inovações tecnológicas que a gente tá percebendo que agora tá muito mais acelerado o processo de inovação tecnológica a gente tava analisando outro dia eh o chat GPT em 10 meses em 8 meses ele já foi mudando do 1.0 2.0 3.0 4.0 Então a gente tem uma aceleração aqui das inovações né o Marsal trouxe a questão da intensificação e a gente vê que esse tipo de gestão por metas por pressões para dar conta de metas por pressões para dar conta de
prazos não é Ou então a gestão por medo que é a ameaça de punição Se você não conseguir fazer né tudo isso é lógico que significa um risco aumentado um risco psicossocial aumentado dentro do trabalho né então a gente tem aqui uma um conceito né de riscos psicossociais no trabalho que vai falar disso tudo que a gente já falou o conteúdo do trabalho a organização as formas de gestão do trabalho existe o Marsal colocou a questão da cultura organizacional é bem complicado num país como o nosso a vai trazer bastante exemplos disso eh onde a
gente tem o patriarcado o colonialismo o escravagismo ainda muito presente no Imaginário coletivo né então a gente precisa constantemente trabalhar as questões culturais as questões de valores e isso tudo influencia as relações sociais e interpessoais tanto internas as empresas como com os clientes os usuários e o público externo autorizando ou desautorizando condutas e comportamentos O que que a gente quer dizer se a empresa fecha os olhos paraas atitudes discriminatórias e de assédio e de violência você vai ter isso multiplicado se a empresa coíbe Pronto né a pessoa sabe que não vai poder fazer isso com
facilidade tá certo aqui Tá errado viu gente eu tava relendo aqui é práticas não consentidas né que o que a gente tá falando aqui bom então um dos grandes problemas portanto é o da sobrecarga de trabalho e uma redução do Poder de agir que o Marsal colocou muito bem a gente tem outras questões temporais a gente tá na época da luta pela redução pela mudança da escala 6 por1 né não à toa Apesar de que os trabalhadores não formalizados eles vêm eh não tem essa proteção de jornada de trabalho né então é um mas precisa
mudar mentalidade né porque a gente recentemente né nesse projeto de 40 anos a gente foi induzido a acreditar que se a gente se dedicar totalmente aí a gente vai receber o reconhecimento o valor e o aumento da nossa renda e a gente vai se estourar também ficar adoecido às vezes até morrer como no caso dos entregadores não é então a gente precisa começar a discutir essa questão da jornada diária a frequência com que as demandas são colocadas né o ritmo de trabalho as escalas como a gente tá falando não ao 6 por1 o trabalho em
turnos né que se você mantiver trabalhando toda a noite ou se você ficar rodiziando a pessoa vai ter mais dificuldade para dormir e a gente tem uma característica que é o ritmo ciclo vigília sono que precisa se mais respeitado não é precisa haver pausas intrajornadas é uma coisa impressionante como até hoje a gente tem que lembrar que pausa é uma coisa importante pausa parece que perde não perde nada pausa é o tempo de recuperação psicofisiológica que tá na nr17 né pausas intra e interjornadas a gente tá vendo as pessoas dormindo cada vez menos né E
isso essa falta de equilíbrio entre os tempos de vigila e repouso são adoecedor E você tem o equilíbrio dos tempos trabalho e vida pessoal né as pessoas precisam ter tempo pro autocuidado pro seu lazer e pra sua vida social bom isso aqui eu já falei né a gente tem modelos de de organização e digestão que induzem o trabalhador a não se escutar a não dar atenção ao seu sinais de cansaço de desconforto de incômodo né então eles não ouvem não prestam atenção aos seus limites físicos e mentais nesta crença né de que superando ultrapassando essas
dores esse sofrimento ele vai ficar melhor né então só que isso não acontece né ao desrespeitar esses limites a gente tá vendo as doenças de sobrecarga física mental psíquica aqui são frases que vocês conhecem né Eh que as pessoas não estão dando conta do trabalho tinha medo de perder o emprego por mim pelos meus filhos chegava a não dormir de noite né tremia de medo isso aqui foi pego do do documentário eh dos frigoríficos né né do Ministério Público do Trabalho e aí a gente chega Nessa parte do ambiente psicossocial como a parte das relações
sociais né internas na empresa e externas com o público usuário e nessas nessa mesma pesquisa que o Marsal comentou que é uma pesquisa europeia que é feita a cada 5 anos pela melhoria das condições de trabalho eh foi encontrado agora Ele trouxe a questão da intimidação foi encontrada uma queixa de 60% dos trabalhadores se queixando de um público difícil ou seja quem é o público usuário cliente aluno né Então essa essa relação tá cada vez mais difícil e muitas vezes o que esse trabalhador da ponta tem que fazer é que ele tem que informar das
contradições do sistema então do agente como da saúde a esse trabalho do do Marsal com o Rodolfo Vilela e a Regina Alice é sensacional porque eles mostram e agora também na semana passada teve a publicação de um relatório dos trabalhadores da saúde que trazem as mesmas coisas e eu estive também na semana passada com trabalhadores da ponta que trazem a mesma questão Quem tá na ponta que chama nível da rua né o trabalhador do serviço nível da rua que lida com esse público Professor etc que que acontece o sistema público tá cheio de contrariedade então
a mãe tá precisando do ultrassom mas o agente comunitário de saúde não consegue agendar ultrassom pra mãe da pessoa a pessoa tá morrendo precisava de algum remédio não é um agente comunitário da saúde que vai do nada tirar esse remédio Aliás o Marcial na na aula que ele deu dia 23 e 24 de Outubro ele mencionou isso dos médicos neonatos ou médicos de UTI e a gente viu isso na covid né quando não tinham o recurso para amenizar a dor né o oxigênio para amenizar a sensação de angústia respiratória era um sofrimento imenso porque você
sabe o que tem que fazer mas você não tem um recurso para oferecer e isso paraas pessoas acaba muitas vezes você sendo agredido que é o que deu nesse relatório né Essas formas de agressão deste público para com aquele que é o o amortecedor né do serviço público e ele tem que eh fazer essa coisa quanto tempo falta aqui aqui acho que todo mundo a mídia tem ajudado muito nessa conversa né Eh o cliente do entregador acredita que não basta o entregador deixar na portaria né é preciso subir então essa charge mostra né o entregador
dando na boquinha e ainda o cliente falando vai lá lavar louça né Então esse é o tipo de contradição que o Marsal tava colocando entre o conteúdo prescrito aquilo que o trabalhador entende que é o trabalho dele aquilo que o cliente entende que é o trabalho dele e a falta de Norma Clara a falta de regra Clara as empresas que mantém esse serviço de entrega elas deveriam deixar claro os limites desse trabalho ou remunerar pelo trabalho extra de subir até a porta do cliente né E isso não acontece Então você tem às vezes essa ideia
o cliente é o rei mesmo nas escolas né o aluno pode tudo o professor é que tem que ficar constrangido né Então essa situação é claro que é uma situação que provoca sofrimento né não tem dúvida O Marsal já colocou essa questão da patologia organizacional e eu acho que essa questão da falta de recursos vejam que recurso pode ser esse recurso material de ter uma vassoura de ter um equipamento melhor e pode também ser de não ter margem de ação de não ter um tempo de respiro um tempo para você eh se recuperar uma forma
de você trabalhar para melhorar o seu trabalho né então então e aí apega todo mundo né E aí aquilo que a gente já comentou esse tipo de questão acaba causando muito retrabalho perda de material presenteísmo e uma enorme rotatividade dos trabalhadores ter regras Claras é muito importante por quê Porque é a partir dessas regras que o trabalhador consegue fazer uma regulação ele constrói estrat para regular o tamanho do esforço que ele faz para dar conta da demanda aonde que ele pode criar um um respiro para fazer isso é aonde ele vai fazer a inteligência criativa
dele e desenvolver formas de fazer se as regras forem obscuras incertas e Mutantes como é o caso por exemplo dos entregadores é sofrimento contínuo e constante né então Lembrando que a nr17 tem um item específico sobre as atribuições e as obrigações que os superiores hierárquicos precisam ter com seus trabalhadores né facilitando a compreensão mantendo aberto o diálogo né isso eu acho que é uma questão sempre né parsal colocou aqui eu tô colocando diversas vezes o trabalho em equipe a gente viu que o suporte social do supervisor e dos colegas muda completamente a forma de reação
as pressões que são colocadas paraa pessoa o tratamento justo e respeitoso é o básico né e a gente tá aqui por conta disso e é lamentável e uma das questões Lógico que pegam sempre é essa questão da insegurança socioeconômica perder o emprego perder renda não V a possibilidade não não saber quanto tempo ele consegue ficar empregado ele o tipo de situação eh de proteção social que ele tem né então isso acaba por vezes em situações onde o desemprego é maior onde a remuneração é menor as pessoas tendem a aceitar isso que eu quis dizer aqui
as pessoas tendem a aceitar coisas ruins a gente engole seco né eu tava outro dia numa palestra com também servidores estatutários e e me foi perguntado isso Qual é a estratégia pra gente engolir seco mas não carregar esse caminhão de de de coisa ruim para casa né Eh não é fácil né bom então aqui a Solange vai trazer essa questão que não tem forma individual de resolver esse problema mesmo que tenha alguém individualmente sendo perseguido este alguém não pode se defender sozinho é preciso ter uma resposta coletiva e da própria organização em relação a isso
né o equilíbrio do tempo de trabalho e fora do trabalho aqui são os indicadores que eu já fui eh falando ao longo da apresentação e aí a gente vem para aquela questão quais seriam portanto as possibilidades nossas de profissionais de SST em relação a esses trabalhadores né O que é que a gente pode fazer o que é que os sindicatos que vêm acompanhando essa desregulamentação essa precarização social do trabalho essa ideologia da meritocracia né O que que a gente pode fazer bom E aí eu trago sempre essa frase eh do Professor Carlos Maio Gomes lá
da Fiocruz com a sua colega Sônia tedin Costa eh que colocam que você veja que é de 97 Porque a gente já tava né dentro do processo né e de precarização geral então a gente não tem só um agir técnico né a gente tem um agir jurídico a gente tem um agir político e a gente tem acima de tudo um posicionamento ético cada um de nós precisa eh eu entendo e a gente entende que se você mantiver uma coerência comos seus valores né sociais humanos eh você tem mais chance eh de sair bem porque quando
você se corrompe no caminho com certeza isso é pior né Então aí ele fala do diagnóstico naturalmente para as intervenções e fala que o percurso Não está fácil nos tempos atuais de novo lembrando a questão da participação dos trabalhadores que é o único jeito para resolver como eu falei é a bússola Você pode ter participação de trabalhadores discutindo diversos fatores relacionados ao trabalho deles e acompanhando as possíveis mudanças eh que vão ser propostas pro trabalho e lembrando né aonde que a gente quer chegar né nesse trabalho positivo nesse trabalho que traz potência de saúde e
de vida nesse Bem Viver biopsicossocial né então não faltam eh conversas sobre isso né sobre o trabalho significa significativo com significado que melhora a autoestima a autoconfiança porque tudo isso é o contrário né a pessoa não vai viver realização autoestima autoconfiança e desenvolvimento pessoal numa organização do trabalho que não reconheça esse trabalho né que como o Marsal falou eh que não mantenha essa contrariedade né aqui a gente fala do sentido e da Identificação do engajamento né das pessoas com o trabalho a margem de ação né Eh que o Marsal Sempre coloca né a importância de
você manter essa margem de ação pros trabalhadores terem esse fôlego ele citou o trabalho do raú Rocha que fala dessas regulações necessárias né e é isso isso daqui é um trabalho que mostra assim eh papel da organização se a organização mantém eh Não claro né qual é o papel que o trabalhador tem que desenvolver se existem conflitos de papéis a serem realizados né se essa responsabilidade por resolver as coisas for das pessoas se elas não contarem né com a organização do trabalho maior certamente a gente tem um ambiente psicossocial adoecedor se Essas funções e responsabilidades
estiverem Claras Se as pessoas puderem contar com suporte para atingir seus objetivos a gente tem um ambiente psicosocial Poso então é uma forma da gente ir percebendo o que é que falta e o que é que a gente pode oferecer pras pessoas Tá bom obrigada [Aplausos] gente Juliana eu tava com medo viu alô muito obrigada thí isso é um milagre gente quem conhece a thí barreira que ela terminar uma palestra no tempo é difícil porque ela sempre tem muita coisa e muita coisa interessante para falar eh bom Vamos lá temos perguntas na plateia temos eh
comentários eh ah mas antes do cafezinho a gente bate um papo temos perguntas no no online eh bom tivemos um comentário aqui que foi bem esclarecedor eu também achei e eu vou fazer um comentário breve de que eu acho eh além do do Marsal eu vou usar dizer que eu acho que essa palestra foi para mim a mais Eh Marsal não vai gostar mas eu acho que foi a mais ergonômica porque a thí trouxe exatamente o fundamento da ergonomia que é como a gente desenha o trabalho a gente melhora o trabalho para fazer com que
isso se torne eh operador de saúde né além o trabalho não pode ser só produtivo ele tem que ter sentido né Eh e eu acho que na fala da thí e ela encerrou também falando isso a gente não trabalha só para sobreviver para ter o nosso salário vivemos numa sociedade capitalista né Eh nós aqui quem não é proprietário e herdeiro tem que trabalhar para sobreviver né Eu acho que somos A grande maioria mas não é só isso isso a gente trabalha muito eh no Brasil trabalha-se muito esses dias eh bom deixa eu só concluir no
Brasil trabalha-se muito e se a gente pensar na quantidade de tempo que a gente trabalha não pode ser só por dinheiro porque o que que a gente tá sentindo pensando fazendo vivendo sendo enquanto trabalhamos isso tem que fazer sentido para nós o trabalho tem que ser eh construtor de prazer de alegria de sentido de estarmos sabendo que estamos colaborando em alguma coisa no mundo não e eu acho que quando a thí enfatiza bem que não existe trabalho só manual e que as regras precisam ser Claras é porque a gente não pode evitar de ser inteligente
vejam bem a gente é inteligente de um jeito que a gente não consegue deixar de ser então todo todos nós quando estamos trabalhando e vemos algo que pode ser feito de maneira melhor dificilmente a gente não vai pensar sobre isso a gente vai pensar se a gente puder a gente vai executar e vai tentar melhorar aquele aquela atividade que a gente tá desempenhando agora se as regras mudam toda hora se a gente é avaliado por critérios que não estão Claros como que fica essa nossa inteligência a gente fica ludibriado né E isso adoece E aí
está o nascedouro de tantos assédios né porque Taís não falou na palavra assédio e esse é um curso de prevenção de violências e assédio E aí alguém da plateia ou Internauta pode dizer horas o que que essa palestra sobre o que que essa palestra Eu Me inscrevi num curso sobre prevenção de assédio esta palestra falou o tempo inteiro de prevenção de assédio do início ao fim porque é na organização do trabalho e nesse redesenho da organização do trabalho para aúde é que a gente combate os nascedouros dos assédios Então esse é só um breve comentário
Ah sim vou retomar o que eu queria falar o Marco Antônio bussacos que é o estatístico aqui da fundacentro um dos ele esses dias ele mandou um uma planilha pra gente sobre a quantidade de horas trabalhadas do brasileiro Ele puxou isso pela R é enorme quade de ocupações que trabalham mais de 44 horas 44 é o nosso limite legal ele puxou uma tabela que ele encontrou ocupações com 48 horas de trabalho então pensem em vocês Se a gente deixar para se realizar como ser humano depois do trabalho não dá não dá pra gente pensar assim
vou trabalhar quando eu chegar em casa eu vou ser eu mesmo quando eu chegar em casa eu vou fazer as coisas que eu gosto a gente tem que ser a gente mesmo toda hora enquanto está trabalhando também e eu acho que é é por esse espaço que que a thí colocou a sua palestra bom e temos ainda alguma pergunta alguma provocação gente eu não opa opa pega no microfone porque senão o pessoal não a gente não vai desaparecer né a gente tá aqui à disposição e tem o fala Funda centro N é isso que é
aquela canal também né que as pessoas podem acho que é funda centro escuta fundacentro escuta perfeito Obrigada eh e eu entendo que tá todo mundo precisando de pausa e eu como defendo pausa bentão vou voltar aqui a palavra pra Cláudia Opa tem uma pergunta ali você você quer descer para você fazer no microfone porque aí o pessal precisa colocar no microfone é porque vai ficar gravado é E aí as pessoas escutam e foi interessante isso que você falou né Juliana o o Marco ele colocou o tempo dos trabalhadores formais os não formais esses estão se
virando 24 horas 20 horas 7 dias na semana né é uma loucura por favor obrigada tud bem me chamo Flávio né representa a Santa Casa de Santos eu tô com mais dois colegas ali também de trabalho tá e um assunto bem né que você comentou aí bem importante na questão de envolver os colaboradores né na questão de da gente poder entender ali aquele problema que ele tá passando né na parte psicológica ali só que eu me preocupo às vezes com uma seguinte questão muitas pessoas já trazem esse problema de casa né eles já adquire seus
problemas em casa todo mundo tem problema com conta filho casamento enfim várias coisas essa mistura né de eles apresentarem também lá no local de trabalho dele aí outro dia de repente ele tá chateado com a chefia dele Ah não aguento mais minha chefia ele começa a inventar um monte de situações a gente entende a dificuldade né a gente realmente entende trabalhar com o público é muito difícil né atender Principalmente quando tiver doente então pior ainda mas a questão eh como que a gente pode criar uma situação ou talvez até uma planilha mesmo com com as
dificuldades deles né O que realmente tá representando ali para eles para ele tá tendo aquele problema mais psicológico Obrigada qual que é seu nome mesmo Flávio olha Flávio foi ótima A tua pergunta eu acho que a gente percebe cada um de nós a gente percebe que às vezes a gente tá aperreado né como se fala com alguma questão de família como você falou né Eh existem questões como você falou diversas né que nos colocam numa situação desconfortável o mínimo que a gente pode dizer e a gente percebe que quando a gente se engaja num trabalho
que faz sentido e a gente entra nesse fluxo do trabalho engajado a gente consegue abstrair não é eh e e trabalhadores da Saúde principalmente porque tem um significado muito grande aquilo que eles fazem eu vivi isso e vocês devem ter vivido isso né Eh muitas vezes você não chega bem pro seu trabalho mas conforme você vai fazendo a interação no trabalho né e vai fazendo todo aquele sentido que você buscou quando você se formou quando você estudou né quando você vê um sorriso de um paciente porque tem os pacientes chatos mas tem os pacientes fofos
né tem aqueles que te agradecem tem aqueles que que mostram a importância tua né Eh quando você dá o banho quando você ajuda na transferência né do leito então assim é esse o sentido né Mesmo quando a pessoa não estiver estiver rabugenta foi uma pessoa rabujenta eu eu estive recentemente eh quro meses no hospital T acompanhando a minha mãe né E era então as as a enfermagem vinha conversar muito com a gente então mesmo os pacientes rabugentos elas sabem a importância do trabalho delas e quando elas percebem a melhora no paciente é exultante é um
sucesso daquilo que você faz né então a gente percebe que assim mesmo os problemas nossos eles conseguem ganhar outra dimensão tanto é que tem muita gente que fala eu prefiro sair para trabalhar do que ficar em casa martelando os problemas da casa né os problemas financeiros etc etc pelo menos enquanto eu tô atuando enquanto eu tô no trabalho isso fica de lado né então acho que isso é muito importante e nós como profissionais como vocês né que estão ali dentro do hospital onde Existem muitos problemas de organização de relações sociais né é uma coisa a
gente sabe as dificuldades que tem né eh é importante você retomar isso né retomar que o trabalho ganha né muitas vezes dessas coisas e aonde você pode atuar porque você não vai atuar na violência doméstica claro que você pode eh ser um fator protetivo para isso porque se você no trabalho tiver relações saudáveis e não abusivas quando você chegar em casa e tiver contato com uma relação abusiva tóxica e violenta exatamente você não vai aceitar isso né então esse contraste é fundamental a nossa obrigação é oferecer esse tipo de relação social saudável positiva cooperativa solidária
no trabalho porque aí ela consegue também inclusive se proteger da relação doméstica né Eh com relação a essa questão de que eu não falei no sédio eu falei sim viu gente é eu falei sim porque quando a pessoa Obrigada viu quando a pessoa não tá bem gente ela reage e ela age às vezes de uma forma muito ruim né para ela mesmo e pros outros tá certo encerramos então gente Cláudio bom então acho que chamamos para o café e voltamos em quantos minutos vamos lá 20 minutos então tá bom até mais gente di [Música] k
[Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] C [Música] C [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] 2 [Música] [Música] a a [Música] [Música] p [Música] [Música] C [Música] p [Música] C [Música] [Música] C [Música] C [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] C a [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] C [Música] C [Música] C [Música] que que é ela treinou para falar psic psicos sociais e e a colinha da tá aqui ah a prosseguindo o curso convidamos a pesquisadora da Funda centro senhora Taís Helena de Carvalho
barreira que irá coordenar a terceira aula com o tema normatização de assédios do trabalho e enfrentamento do problema bem-vinda thí novamente obrigada bom gente estamos aqui então pós pausa e vai ser com muita satisfação que eu vou convidar a minha colega Solange Regina chaffer que é uma Líder aqui na área de assédio que tem organizado esses eventos então A Solange é servidora pública da Funda centro desde 87 graduou-se em pedagogia se especializou em higiene do trabalho fez mestrado em gestão integrada em saúde e meio ambiente fez o doutorado concluiu o doutorado em ciências humanas e
sociais pela Universidade Federal do do ABC ou seja ela é a interdisciplinariedade em pessoa e por isso que é tão maravilhoso conviver com ela possui experiência nos temas política pública do jovem aprendiz violência sede discriminação no trabalho diversidade e gênero Obrigada Solange microfone acho que imagina eu que agradeço a Taís aí pela apresentação uma parceira aí de de luta e de história aí na Funda centro né com que eu aprendo bastante também agradecer o Remígio também pelo convite né e eu falo que eu sou a portadora de más notícias né porque eh a minha o
meu objetivo aqui é trazer para você realmente as características como acontece os assédios Então vamos lá eu vou trabalhar com vocês conceitos e características normas e diretrizes e formas de enfrentamento então vocês vão ver que muita coisa que eu vou trazer aqui já foi trazido né já foi falado pelo Marsal e pela thí né então violências no trabalho como o Marcel falou né são é o uso eh do do Poder né Eh então as a violência no trabalho ela não tem um un uma um único conceito são vários conceitos depois vocês vão ver no slide
que eu vou falar um pouquinho da oit que ela não trata então aqui eu trouxe a discriminação e os assédios como forma de violência aquela violência simbólica que o Marsal também já eh trouxe né e a oit ela separa o assédio da violência mas ela vai querer também dizer a mesma coisa né então os assédios a discriminação ela tem por base essas questões de gestão organização trabalho que Marcel já falou cultura e clima organizacional ele falou um pouquinho da cultura Taís também estilos de liderança as relações inter e as microagressões também que a thí falou
né Então tudo isso é que vai acabar em desfecho para as violências e os assédios no trabalho né Então quais as consequências são várias Taí troue alguma coisa aqui de risco psicossocial então todo assédio de discriminação é um risco psíquicos social no trabalho então eh não foi à toa que esses dois pesquisadores me antecederam para trabalhar alguns conteúdos mais teóricos e aqui eu vou conversar um pouquinho com vocês vou trazer um exemplo eh vários exemplos que eu tenho de Chão de fábrica Porque durante o meu doutorado eu fiz uma parte prática da Minha tese numa
indústria automobilística numa montadora em uma das né cinco montadoras da região da ABC e eh foi o primeiro contato que eu tive prático com o tema assédio então percebi lá todos os tipos de assédio sexual moral organizacional enfim e discriminação também então vou trazer um pouquinho desses exemplos né e as formas de enfrentamento foi mais uma experiência também que eu tive aqui como como membro da cisp a fundacentro tem uma comissão interna de saúde do Servidor Público da Funda centro né Essa cisp ela é obrigada todos Eh que todos os órgãos públicos federais do Poder
Executivo tenham Essa cisp é lei né E ela funciona muito parecido com a CPA né então ela tem a paridade dos indicados e dos eleitos né pelo pelos no nosso caso eleição direta pelo servidores né E ela atua na prevenção da saúde e segurança tá nesse caso aqui da fundacentro do Servidor então muitas formas da cisp que eu eu fiquei 4 anos na cisp aqui da Funda centro muitas formas de enfrentamento eh a questões de de assédio ou eh ou outras formas que não caracterizavam a sédio os servidores achavam que era sédio eu trouxe como
exemplo de enfrentamento então tem alguns caminhos eu não tenho uma receita de bolo completa tem alguns caminhos que eu trouxe que eh foram por mim vivenciados E é isso que o Marcel falou a riqueza aqui da aula eu sempre aprendo em qualquer palestra né em todas as palestras em todas as aulas eu aprendo muito porque cada um traz a sua vivência cada um traz a sua experiência e a gente pode ver outros caminhos que ainda nós não percorremos aqui né então o assédio no trabalho leva a desestabilização emocional psíquica do trabalhador né e ele implica
em custos sociais econômicos pro próprio trabalhador que às vezes ele tem que se afastar receber da Previdência um valor muito mais baixo do que o salário dele ou do que ele ganha vai trazer um custo paraa família principalmente se ele adoecer em depressão ou Burnout enfim e também é um custo que vai impactar as organizações porque vai ter o trabalhador afastado né E também o estado da sociedade então se não enfrentar o assédio a discriminação essas formas de violência no trabalho se as organizações quando eu falo organização aqui é sempre públ e privada eu não
vou separar aqui tá eh fechar os olhos para as questões de violência no trabalho é é uma atitude extremamente cega e muito burra porque primeiro quem vai perder a organização parte daí né É claro o trabalhador também mas a organização também eu trouxe aqui eh eu tinha um slide aqui de várias consequências do assédio Mas nós vamos ter a professora Andreia Garbim da USP na sexta-feira ela vai dar a última aula E ela ficou responsável por trazer quarta desculpa quarta-feira na última aula Ela vai trazer as consequências do do assédio para a saúde do Trabalhador
tá então vou para ela então é aquilo né a interseccionalidade né tudo aquilo que está entre um ambiente de trabalho aqui é como se fosse um uma organização qualquer pública ou privada né Eh e como os assédios estrutural se dão aqui dentro então tem a organização e os mecanismos de gestão Marsal e Taí já falaram a cultura organizacional Então quando você eh já tem uma organização com preconceitos né ou seja discriminação de raça principalmente eh através de comportamentos e atos verbais que são naturalizados de que muitas vezes são tidos como ah são brincadeiras apenas uma
brincadeira é é apenas uma forma dele se referir ao colega do trabalho né vai naturalizando tudo isso né o incentivo a competitividade dentro do clima organizacional ou um clima organizacional já degradado isso Vai facilitar mais ainda ocorrência de assédios né os estilos de liderança quanto mais autoritário disruptivo maior vai ser o adoecimento mental no trabalho e as relações interpessoais que já foi foram dita aqui né Eh Principalmente quando essas relações quando a organização ela de forma intencional segrega os trabalhadores pela hierarquização das Diferenças então muitas vezes isso existe muito no no setor privado quando eles
começam a degradar as relações hum do grupo de grávidas por exemplo colocando uma série de imposições forçando até elas pedirem a conta então essa hierarquização das Diferenças eu quero dizer eh disso Principalmente eu vou passar depois eu volto Então quem são mais sensíveis a sofrer assédio os portadores de deficiência a população lgbtq a mais mulheres adolescentes e jovem Por quê ele eles têm baixo poder de coletividade né de sindicalização negros e negras a questão do etarismo opção religiosa migrantes nortistas nordestinos e Imigrantes de países emergentes né Eh então a pode haver essa intencionalidade de de
praticar o assédio para que eh esses certos determinado grupo de trabalhadores se demitam né eu coloquei aqui do do oxo Pera aí vou voltar aqui vou pra frente Aliás o caso oxo caiu na imprensa eh ela é uma empresa na área de comércio alimentício mexicana praticamente tem em vários bairros né a gente vê várias portinhas lá e aí eh caiu na imprensa essa questão do assédio primeiro começa com são vários assédios a o o assédio sexual que eles têm uma sala chamada sala de guerra aonde os gestores se reúnem fazem piadas sexistas inclusive com a
a encarregada do RH que ela faz vários depoimentos depois vocês colocam na mídia acho que é fácil de achar mas ficou muito caracterizado dois casos onde um portador de deficiência eh especiais né que era um jovem um do sexo masculino que sofreu um acidente de moto e ficou com um lado todo danificado então ele tinha placa no no no crânio o o olho ficou cego ele tinha deficiência na mão eh e que que aconteceu a a oxu diz que tem uma política de revesamento logo que a pessoa entra no primeiro mês para trabalhar então eu
não sei se é cada dia ou cada dois dias a os trabalhadores são obrigados a rodear a os locais da oxc então ah hoje ele tá hoje amanhã ele tá em Pinheiros amanhã ele vai para Santo André depois de amanhã então tem esse deslocamento e esse rapaz por causa da das deficiências dele talvez por causa até um pouquinho do trauma do acidente que fica aquelas marcas emocionais do acidente além de marcas físicas né Eh ele começou a se irritar com esse rodiz momento então ele ficava agressivo com os próprios colegas de trabalho e tal e
aí a chefe do RH mandou lá pros gestores falou olha eu aconselho tirar ele do rodízio fixa ele em algum lugar para que ele fica fique menos eh assim eh não não D tanto problema né nos locais de trabalho porque ele ele não tá gostando ele não tá se adaptando com essas mudanças de endereço cada cada dia um lugar e aí os gestores Depois de muita resistência concordaram em colocá-lo num num numa loja física fixa porque ele era portador mas não deu tempo ele pediu as contas antes até chegar o e-mail paraa gestora enfim e
teve um outro caso também de uma trabalhadora ela Fazia um mês que ela tava na oxo de uma loja de Santo André e sofreu cinco assaltos e ela entrou no Pânico desenvolver uma síndrome de pânico e tal eh a empresa não prestou assistência então com salário de 1900 ela mesma teve que pagar psicólogo ela mesma teve que se virar para lidar com trauma dela e ela também pediu a conta né e parece que eles estão tentando agora é o que a thí o Marcel falou estão tentando aí Reinventar uma forma de gestão do trabalho que
seja com menos rodízio que evite as demissões porque é um custo paraa empresa também toda hora eh admitir né Você tem todo um um um tempo do RH para fazer entrevista enfim né é aquilo que eu falo tem que ser uma coisa bem estratégica é para você não ter o também o retrabalho né Então aí trouxe aqui duas importantes premissas no enfrentamento de assédio e violência ela já falou né que o o É sempre no coletivo então Eh temos que entender o seguinte todo assédio do trabalho e violência no trabalho não é um problema individual
aqui eu coloquei também acidente de trabalho né em qualquer circunstância ele é sempre coletivo ele é um problema da organização a organização é responsável por combater coibir não consentir né então o por quê Porque quando tiver uma séde uma discriminação vai ter que ter uma Cat a cat e acidente do trabalho né então eu falo muito isso na na na empresa eu falei na indústria eles não gostaram quando eu falei isso na montadora que eu fui chamada para participar da análise pós acidente onde uma aprendiz de 17 anos perdeu um dedo na na na fresa
Eh aí eles discutindo o erro humano né sempre o erro humano e aí eu falei que esse paradigma já caiu por terra por o acidente é da organização quem está gerando risco é o trabalhador não Quem gera o risco é a organização Então o acidente é da organização né então ele nunca é por mais que aquela aprendiz se acidentou na fresa ela não é individual quem a colocou nesse risco foi a empresa né então os enfrentamentos de assédio discriminação sempre coletivo trabalhadores junto com a organização articulando inclusive instâncias com capacidade de negociação quando for necessário
como internas são as chefias a CPA associação de funcionários se tiver os sindicatos né a os as instâncias externas Ministério Público do Trabalho gerência de relações de trabalho que é a fiscalização do ministério pú eh Ministério do Trabalho e Emprego os centros de referência e saúde do Trabalhador são os ceses regionais que é do Ministério da Saúde e universidades então não conseguiu resposta dentro da organização busca mecanismos externos de enfrentamento mas tem que enfrentar e tem que fazer alguma coisa eh para prevenir isso né Então quais são as formas de assédio Taís falou bem rapidamente
a vertical descendente quando é praticado pelas chefias né pelo pelos cargos superior em relação à pessoa subordinada o ascendente que é o ao contrário quando são os funcionários que pratica o assédio para com a chefia isso às vezes Teve até um caso eh por exemplo isso acontece muito principalmente empresa na montadora eu peguei isso né então é quando o subordinado sabe que o por exemplo o chefe tem um caso com uma outra pess pess lá dentro da fábrica e e esse funcionário também conhece a esposa do chefe então ele começa a pedir pro chefe promoção
porque senão ele vai contar né do caso que ele tem com com a a a outra colega de trabalho então também pode acontecer esse assédio ascendente o horizontal que é entre pares entre os próprios colegas de trabalho e o organizacional ou institucional mar falou um pouquinho disso né que é praticado pela organização para para alcançar determinados objetivos quais seriam nes né aumentar a a produtividade sem dar meios ou sem explicar como atingir isso essa produtividade intensificar a produtividade sem aumento salarial exercer controle excessivo sobre Trabalhadores em geral ou determinado grupo como eu já falei de
repente gestantes etari portadores de deficiência né bom agora eu já começo a trazer para vocês eh a Controladoria Geral da União do ano passado 2023 ela fez um guia chamado guia lilás orientações para prevenção e tratamento ao assédio sexual moral e discriminação eh voltado exclusivamente para o órgão federal mas ela traz muitos conceitos e exemplos muito interessantes antes por exemplo discriminação ela consiste na ação ou omissão de tratamento inferiorizado a uma pessoa o grupo de de pessoas em razão da sua raça cor sexo nacionalidade origem étnica orientação sexual e existe uma lei lei 9459 de
1997 para crimes de preconceito de raç então Por enquanto só essa lei dá conta da discriminação racial no caso tá mas a CGU eh amplia esse esse esse conceito de discriminação para Além da questão racial também trouxe aqui para vocês um conceito do o Maral falou sobre a o ipé né Aqui é da Associação dos Funcionários do ipé eh o acedo organizacional institucional são conjunto de discursos falas e posicionamentos públicos imposições normativas e práticas administrativas realizado por dirigentes e gestores públicos em posições hierárquicas superiores com recorrentes ameaça cerceamentos constrangimentos desautorização desqualificação e deslegitimação acerca de
determinadas organizações enfim envolve a missão institucional então quando eh os hierárquicos superiores seja numa indústria eh privada pública ela começa descaracterizar os objetivos e a missão daquela instituição isso pode ser entendido como assédio organizacional institucional tem lei para isso não mas mas a penalidade é que essas denúncias devem ser feitas no Ministério Público do Trabalho aí o Ministério públic do trabal vai Ane eles ab um termo de ae de né E às vezes já vai pra Justiça do Trabalho que é uma Instância superior ao mpt Pr indenização e multa seja daquela daquele órgão público ou
da instituição privada então ela não tem uma lei eh Cívil ou penal Mas ela é passível sim eh de indenização e multa agora o assédio sexual características do assédio sexual aqui eu fiz uma mescla do que a oit traz pra gente 2010 e o guia lilá da CGU que eu acabei de ai tá errado é 2023 tá da CGU 2023 Aqui também tá errado 2000 2020 acho que na hora digitar digitei errado bom Como é que o assédio sexual se caracteriza verbal Palavras Cantadas observações de cunho sexual principalmente em referência a em relação à roupa
ou ao corpo principalmente da mulher né aqui tá ó o assédio sexual pode acometer todos os gêneros mas as mulheres geralmente são a maioria das vítimas né ambiente narração de piadas ou expressões de uso sexual conversas indesejáveis então Aquele colega de trabalho que todo dia faz aquela piadinha de conteúdo sexual já falou que não gosta não é para fazer isso né então cuidado com essas práticas naturalizadas né nos locais de trabalho ambiente inadequado imagem de nudez o conteúdo sexual então em montadora tem muito na linha de montagem né você roda lá pela pelas linhas de
montagem aqueles poster de mulher pelada enfim isso aí é uma né eu sugeri que eles tirassem ou fizessem uma campanha para tirar esses cartazes lá atitudes insinuações e convites para atividade sexual né tanto por superiores como colegas de trabalho mesmo que feitos eh fora da Então já ouvi isso também né eu dou muita palestra de assédio em órgãos públicos Municipal Estadual enfim aí já me perguntaram ah não mas meu colega cantou fora do horário de trabalho sim mas amanhã você vai vê-lo né Amanhã você vai est lá convivendo com ele então não é fora do
ambiente de trabalho é relacionado ao seu trabalho você não está no horário de expediente Você não tá no local de trabalho mas é um colega de trabalho né a mesma coisa você pegar uma carona com um chefe um colega e começar as investidas sexuais né então tomem cuidado porque se for gravado isso vira um assédio é uma comprovação eu vou falar um pouquinho mais disso então Opa solicitação de favores sexuais com chantagem como eu dei o exemplo permanência ou promoção e através de gestos também gestos libidinosos ou toques não permitidos né Essas são as características
e o assédio sexual é crime ele Tá previsto no código penal 10224 2001 então tem dois tipos aqui de de criminalização do assédio sexual então quando há só um constrangimento no intuito de obter um favorecimento que é uma pena que pode chegar uma pena de 1 a 2 anos de Detenção eh geralmente ele é praticado só de forma descendente o Ministério Público ele faz bastante essa diferença tá esse código aqui com esse eu sei porque eu já conversei com várias procuradoras eu venho palestrando em em mesas em debates né em workshops que as procuradoras também
trazem essa questão da tipificação e a importunação sexual que é uma outra lei 13.718 de 2018 e o artigo é o 15 a então praticar contra alguém sem a sua anuência ato libidinoso com objetivo de satisfazer-se a si próprio ou a terceiro aí já é eh o contato físico aquela forçar um beijo forçar alguma prática sexual né já me perguntaram de Ah mas eu gosto de um colega de trabalho ele faz umas brincadeiras né Isso é assédio Não não é assédio porque é correspondido você está correspondendo ao sentimento dele não deveria fazer né Eh certo
certo certas práticas de toque deveria ser evitado dentro do ambiente de trabalho você tá no local de trabalho e durante o local de trabalho mas se é com sentido se é um um flirt correspondido não há problema né então o assédio sexual também ele pode ser considerado falta grave ele pode resultar na na empresa privada demissão de justa causa e no serviço público a abertura de pad o processo administrativo disciplinar Como já foi até comentado do pad pelo pelo Marsal como que pode-se agir contra o assédio sexual né então deixar claro que não aceita as
investidas deixar bem claro ó para por aí não confunde a nossa amizade aqui no trabalho contar para os colegas o que tá acontecendo se a pessoa não parar e continuar fazendo investida conte para os outros colegas além do alívio emocional psíquico né aí pode ser até que você não seja a única Pode ser que aquela pessoa esteja aando outras colegas de trabalho né aqui cabe pro assédio sexual ou moral sempre reunir provas né ou seja bilhetes presente e-mails eh Anotar os dados pessoais Eh aí o que pode ser feito abrir um boletim de ocorrência na
Delegacia mandar pro Ministério Público ou se a empresa no órgão público pode se mandar para ouvidoria se for uma empresa privada ouvidoria eh compliance se nada se resolver manda pro Ministério Público do Trabalho tá a funda centro tem aqui eu deixei um link a funda centro tem uma cartilha chamada cartilha e cantada não é elogio é uma eh uma campanha né de assédio sexual e opressão do gênero Então deixei aqui disponível vai ficar gravado aí o pessoal consegue depois abaixar tá gratuito para download e é eu go por que que eu gosto do do guia
lilás da CGU né ela também traz o que não se configura como um assédio Então o que não é Aé sexual elogios sem conteúdo sexual então falar para um colega ou uma colega tá bonita Você tá elegante hoje isso não é assédio né e paqueras e flertes correspondido como eu já disse bom agora a gente vai paraa sée moral o assédio moral ele é previsto em Dois artigos da CLT no 482 onde onde o empregador eh pode demitir o funcionário por justa causa quando houver e é compreendido como ato lesivo da honra ou da boa
fama praticado por qualquer um dentro do local de trabalho né E também o artigo 483 da da CLT onde o próprio empregado pode pedir a rescisão do contrato e pleitear indenização quando empregador ou seus pressupostos praticar contra ele ou pessoas da família ato lesivo da Honra e da boa fama né ou também quando o empregador ou seus eh pressupostos ofenderam eh fisicamente eh qual a diferença Eu também venho eh eu tenho tem muitos colegas advogados que inclusive tem um que é um compliance numa empresa alemã no no interior de eh de São Paulo quando assim
quando chega a denúncia de assédio dentro da empresa eles tendem a classificar como injúria para tentar escapar do assédio né então qual é a diferença aqui já me perguntaram também a diferença entre o assédio moral e AJ né O que que é injúria ofensa a dignidade honra ou moral de uma pessoa tá bem parecido aqui com com a sede moral da da CGU pode ser verbal escrita por gestos eh divulgar informações com objetivo né divulgar informações falsas ou distorcidas sobre alguém eh também tá dentro do artigo 140 do Código Penal mas a diferença é que
injúria dificilmente ela vai eh a justiça geralmente do trabalho nunca vai classificar injúria aqui dentro do código penal é muito difícil de comprovar isso né então os advogados principalmente das grandes empresas elas tentam classificar como injúria Ah não isso é injúria outro dia Entrei numa discussão de quase 3 horas com esse meu colega esse meu amigo eu não não não CONSEG não aí não e a sete o que que você acha que é e a gente ficou lá discutindo então assim se tiver uma prova muito contudente como eu falei uma gravação e-mail alguma comprovação que
a gente chama de prova né Eh é assédio e e se pegar um bom advogado tem como fazer essa desconstrução da injúria tá só para vocês saberem eh bom Aqui também a CGU muito interessante ela diz o que não é a sede mor Então veja só conflitos fazem parte né das relações humanas do trabalho nem toda situação de discordância entre você se chefe entre você o seu colega de trabalho de atrito constitui um assédio moral Nem tudo é assé moral tá a gente também tem que tomar cuidado com isso então o que não é a
sede moral cobranças de trabalho feitas de maneira respeitosa atribuição de tarefa a ados com meio suficiente para e claros para atingir os objetivos divergências esporádicas né com chefia e colegas desde que tudo seja dito de forma Clara respeitosa também não é assédio avaliações desempenho realizada de forma respeitosa e com regras Claras e equânimes não pode dentro de uma mesma equipe um colega de trabalho ser avaliado com um determinado peso e outro com outros pesos aí é a sée mas des que as regras estejam Claras sejam pesos iguais para todo mundo é claro cada cada um
vai ter a sua nota final Mas isso não é assédio né aí eu vou fazer uma brincadeira também quando o diretor Rogério às vezes liga depois das 18 horas na sexta-feira falar com você urgente Não é sédio viu gente porque é uma vez um ano e tem coisas que não dá para deixar para resolver Hã Tem tem a cota tem a cota brincadeira gente tem que ser tudo com muito respeito né bom aqui eu trago alguma alguns detalhes aqui do guia de convenção 190 da oit tá então é aquilo que eu falei no começo ela
mas a o conceito de violência e assédio paritário né que é o conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis ou ameaça ocorrência única ou repetida outra coisa que eu ia falar aqui única ou repetida geralmente a única o it ela usa para Sede sexual e repetida para a sede moral ou seja você tem que ter eh vários eventos de desfecho que e caracterizo o assédio moral já o Ministério Público do Trabalho diz que não um único evento de assédio moral ele já pode sofrer um uma empresa pode sofrer Claro que vai ser apurado vai ser julgado
vai paraa Instância superior mas uma às vezes um único assédio moral da forma como ele é feito a empresa paga milhões por causa de um do TR funcionários né então se tiver prova se tiver gravação se você tiver um monte de colegas que eh também passaram por por isso ou presenciaram e vão lá eh eh prestar né depoimento como testemunha então às vezes um único evento também paraa sede moral também vale tá eh bom violência com base no gênero ela também complementa com ela atende aqui ela estende P balise no no gênero e violência e
assédio sexual é muito legal essa convenção 90 ela ainda ela tá no Brasil Desde o ano passado para ser ratificada E por que que ela não foi ratificada Olha a complexidade eu vou explicar o porquê artigo 2 da convenção 190 do ait protege trabalhadores e outras pessoas do mundo do trabalho independente do contrato de trabalho então entra tudo aqui setor formal informal CNPJ ó eh pessoas que estejam em formação incluindo Estagiários e aprendizes trabalhadores com contrato já rescindido voluntário pessoas à procura de emprego e candidatos de emprego Então a hora que um país ratifica uma
convenção dessa ela tem que ter milhares de atores eh setor ados né vamos dizer assim em seus municípios em seus estados para dar conta de proteger todas essas pessoas então por exemplo se tiver Anunci da vida que é uma agência de de emprego a pessoa tá lá Procurando um Emprego ela sofre um assédio moral essa agência de emprego teria que dar conta onde que ele vai denunciar isso se a agência de emprego não fizer nada para onde que ele vai né até onde vai chegar essa denúncia então então assim o alcance dessa convenção é tamanha
e o tamanho do Brasil também é né estratosférico que precisa primeiro de várias parcerias locais né municipais estaduais para dar conta de eh atender todos os requisitos aqui da convenção por isso que ela ainda não foi ratificada né e é como eu falei ela aplica-se a todos os setores públicos privados economia formal informal áreas urbanas e rurais eh aqui também Ela traz muito claro que eu já falei também que os assédios ela contempla os assédios todos relacionados ao trabalho ou decorrentes do trabalho então não precisa tá no trabalho você em teletrabalho sofrer um assédio por
e-mail através de uma reunião no teams Enfim tudo tudo é configurado entra aqui no pacote tá então eh contemplo espaço público privado recepção pode acontecer no na recepção refeitório banheiro eh vestiário deslocamento de viagem treinamento evento atividades sociais né isso aqui também o Ministério Público aqui no Brasil tá muito atento então Aqueles eventos de empresa privada né você tá numa numa conferência aí sofre uma sée sexual mas não tava no local de trabalho mas você está a serviço do trabalho tá então é caracterizado com a sede sexual no trabalho comunicação através de e-mails alojamento fornecido
pro trabalhador durante o trajeto aquilo que eu falei da carona né entre o domicílio e local de trabalho bom aqui eu trouxe uma uma coisa bem interessante que é os exemplos de e de assédio moral da CGU Aqui tem muita coisa Ela traz várias páginas de exemplos de que pode se configurar em a sée moral então aquilo que o Marc tava falando a thí também falou não dar acesso necessário ao Trabalhador de informações e instrumentos para realização do trabalho exigir a execução de tarefas urgentes de forma desnecessária atribuir com frequência tarefas inferiores ou superiores a
função daquele trabalhador entregar de forma persistente quantidade superior de tarefa eh para um trabalhador e para outro não porque aí você tá fazendo a diferença sgar proposição propositalmente informações necessárias para a realização das tarefas ou induzir ao erro para aquele funcionário aquela funcionária ou eh pedir a conta se for no setor privado ou mesmo no público para ele eh para tentar desqualificá-lo né atribuir tarefas vexatórias ou humilhantes Outro dia eu li uma reportagem foi ano passado de uma empresa eh que em sua maioria eles têm eh representantes comerciais de CNPJ eu não lembro de era
de um ramo alimentício eu não lembro agora qual então assim para tentar desafiar os trabalhadores eles cinco chegar no local de trabalho botava numa sala Ah agora vocês vão fazer 10 flexões quem não conseguir vai pagar sei lá o quê então assim isso é tipo de prática vech tória não leva a lugar nenhum é que eles querem testar a resistência mental aí não é nem física né porque se ele não conseguir fazer exercício vai ser um vexame para ele então eh tem muito disso às vezes em empresa privada né que que aquilo que eu falei
que instiga a competição e usa dessa dessas práticas desnecessárias que não tem nada a ver com a função do funcionário não atribuir atividades deixando o trabalhador sem qualquer tarefa com a sensação de de inutilidade e incompetência Então tem muito disso eu já vi aprendiz lá na fábrica que eles têm quase 200 aprendizes cada um num no setor administrativo Então tinha aprendiz lá que eh separava 1000 notas fiscais no setor de contabilidade ela ia embora o os funcionários já efetivos da da fábrica do setor lá da contabilidade que não gostava dela pegava Todas aquelas notas fiscais
eh que ela fez escondia dava um jeito e quando chegava no outro dia ela falou Não agora você tem que fazer ela falou não mas eu fiz separei mais de 1000 notas fiscais não você não fez tá aqui ó tá aqui dentro do armário Você não fez nada disso né ou então também deixava alguns sem função nenhuma ficavam 6 horas lá dentro da fábrica sem função nenhuma para que isso para cumprir a cota aprendiz que é obrigatória pelo Ministério do trabalho é fiscalizado e eles ganham uma multa muito grande se não não atingir a cota
aprendiz Então muitos ficam sem qualquer isso é assédio também Opa desconsiderar problemas de saúde e recomendações médicas na distribuição das tarefas contestar sistematicamente as decisões do Trabalhador ou trabalhadora e criticar seu trabalho de modo exagerado em justo principalmente na na frente de outros colegas né para deixá-lo Em Maus Lençóis como a gente diz controlar a frequência e o tipo e o tempo de utilização do banheiro criticar a Vida Privada do trabalhador da trabalhadora suas convicções pessoais ou até políticas invadir a intimidade do Trabalhador trabalhadora além do suas mensagens e e-mail sem permissão né aquele bisbilhoteiro
que vai lá na na na mesa do colega e Fica lendo né O que ele não diz respeito fazer comentário indiscretos quando trabalhadora trabalhadora falta ao serviço dificultar ou impedir promoções ou exercício de funções diferenciadas então aquele trabalhador que é competente que se mostra interessado que estuda além das suas funções mas que às vezes não é permitido que ele suba de cargo né ou mesmo que se qualificou através de um diploma pressionar trabalhadores para não exercerem seus direitos trabalhistas agredir verbalmente gritar fazer gestos ou desprezo ameaçar com violência física aqui eu trouxe alguns exemplos ainda
dentro do guia lilás de assédio moral eh Com base no gênero tratar Trabalhadores de de forma infantilizada questionar a sanidade mental da trabalhadora para ela ser mulher Então ela faz alguma colocação durante uma reunião você tá louca né essa expressão você tá louca proferir piadas de cunho sexista interromper constantemente Obrigada CL a fala de trabalhadoras ou impedir que exerçam o seu trabalho tem muito disso né Eh eu fiz um questionário eh fiz entrevistas gravadas junto com aprendiz uma das diz falou ah era um setor extremamente masculinizado eram 14 homens para a chefe era mulher e
tinha aprendiz ela falou Nossa aqui é uma misogenia que não tem fim a minha chefe vai ela é chefe de todos eles quando ela vai falar tentar falar na reunião eles cortam a todo momento né então pode existir muito isso sempre atribuir tarefas mais importantes estratégicas aos homens a aprimor apropriar-se das ideias de mulheres sem dar-lhes os dividos créditos às vezes rouba a ideia da colega e por ser mulher eh Fala não A ideia foi minha né deixar trabalhadoras de fora de conversas ou decisões importantes relacionado ao trabalho fazer insinuações ou afirmações da incompetência ou
incapacidade da trabalhadora por ser mulher desconsiderar repetida ente a opinião técnica da trabalhadora em sua área de conhecimento dificultar ou impedir aqui É voltado para gestante que gestantes compareçam as consultas médicas desconsiderar recomendações médicas à gestantes na distribuição da tarefa Então pode ter muito disso às vezes ela tá gestante tem alguns algumas complicações aí o médico sugere olha vai para essa atividade para outra e Tem empresas que não querem eh seguir essa recomendação interferir no planejamento familiar das trabalhadoras sugerindo que não engravidem criticar a trabalhadora por ter engravidado então aqui é o alguma alguns exemplos
né a thí eu trouxe aqui eh a título só de curiosidade alguns sides de tudo isso que eu tô falando né da do assédio da discriminação então Eh já tem um sed pro assédio que é o z60 que são os problemas relacionados com o meio social porque nós estamos falando de relações interpessoais no trabalho e também para discriminação e e perseguição percebidas também tem o sid z60.5 aqui a thí já já trouxe né o o sid 10 alguns des derivado do 10 porque 10 10 é a revisão que a última revisão que tinha sido feita
lá em 1990 e pouco né agora saiu uma uma revisão enorme da OMS e o Brasil parece que tá traduzindo esse manual e vai ficar pronto pro ano que vem e vai ser C de 11 porque é a 11ª revisão tá então aqui tem alcoolismo a Taí Já falou um pouquinho relacionar o sid do alcoolismo relacionado ao trabalho que pode derivar eh de algum algum desdobramento da da questão de assédio se acontecer pode também o assédio pode levar à depressão a um estresse pós-traumático enfim tem algumas aqui tá Ah agora eu trago para vocês normas
e diretrizes da do ministério do trabalho thí também falou um pouquinho já já que os o o como eu falei o assédio a discriminação as violências no trabalho elas são risco psicossociais tá então elas vê para cá quando já é identificado alguns setores ou é identificado algum assédio algum tipo de assédio na organização público ou privada ela tem que vim aqui para dentro do item eh aqui não pera aí ah dentro do pd do pgr desculpa o que que é o pgr Né é aquele programa onde entra todos os riscos como a thí falou químico
físico biológico mecânico ergonômico e aí entra também os fatores de risco Ops psicossociais relacionado ao trabalho tá bom como agora já eh falando das formas de enfrentamento como que nós trabalhadores nós que eu também sou trabalhadora né podemos podemos cobrar eh a instituição da prevenção e o enfrentamento dos assédios e violências né bom primeiro temos que cobrar da alta administração a criação de uma política de enfrentamento isso está sendo cobrado pelo Ministério Público do Trabalho seja microempresa seja uma média seja uma multinacional seja um órgão público tá sendo cobrado essa política por mais simples que
seja Tem que existir uma política né E o que tem que conter um plano de ação prazos cronograma estratégias de enfrentamento definição da responsabilidade né agora eh tanto no órgão público como privado o gestor ou empregador ele tem que designar Quem é responsável pela execução e gerenciamento e implementação daquela política ele tem que definir tem que tá muito bem claro quem vai tocar isso né e também de preferência consultar todos os trabalhadores seja gestores seja terceirizado Estagiários né e e divulgar amplamente essa política ela po pode aqui é só uma ideia ela pode estar dentro
do plano de ação da CIPA ou também não ou em outros programas de SST aqui é livre aqui é só uma ideia que eu é minha tá essa ideia bom e para a implementação e execução dessa política a autoadministração ela deve ela deve definir quem vai fazer isso capacitar A equipe que vai IMP acompanhar a execução e destinar recursos financeiros para cada uma das etapas incluindo a capacitação de gestores equipe responsável trabalhadores né também nós trabalhadores devemos cobrar da autoadministração a inclusão dos fatores de risco psicossociais no pgr a gente tem que cobrar que isso
vai lá para dentro do pgr prevendo a possibilidade inclusive de recusa de trabalho em setores onde eh principalmente já se sabe que tem assédio ou não porque rádio peão roda e roda rápido né a gente sempre acaba sabendo ou em setores onde esses riscos psicossociais estão mais presentes Com certeza ele tá mais predisposto ao assédio as denúncias de assédio cobrar também da alta administração que define procedimentos Claros de recebimento de escuta e de acolhimento Inicial humanizado e sigiloso diante das denúncias de assédio divulgar amplamente tá que Quais são os canais de que forma vai fazer
essa escuta né se houver sipa disponibilizar essas informações também quando a CPA requisitar a autoadministração eu vou trazer aqui daqui a pouquinho acho que é no no próximo slide eh qual é a cláusula da nr5 que a CPA pode pedir informações de assédio isso não quer dizer que isso eu tô falando na empresa privada a empresa privada vai fornecer mas ela pode tá e se não fornecer fala com o sindicato o ministério pro trabalho tá escondendo o quê se tá escondendo É porque tem alguma coisa né então não adianta esconder não adianta não olhar para
tem que se enfrentar fechar os olhos e colocar debaixo do tapete achando que ninguém vai saber é um erro muito grande então tudo isso que eu tô falando chega na desconstrução então o que que a gente tem que fazer diariamente desconstruir a discriminação desconstruir a misogenia nos ambientes de trabalho desconstruir as formas de violência aquelas práticas naturalizadas que pare tão inofensivas mas que às vezes vai se avolumando né como aqui bem foi colocado ah às vezes você traz problema do de casa para o trabalho não há como separar problemas pessoais do trabalho a gente passa
muito mais tempo trabalhando do que com as nossas próprias famílias né então não tem como desassociar uma uma questão eh um sentimento do outro um problema do outro né isso vai se somando se você não tem um ambiente de trabalho saudável legal respeitoso aquele teu problema lá fora da família vai se potencializar e você pode até se desconhecer da reação que você vai ter às vezes uma Coisa boba mas você vai sair do seu eixo né isso pode acontecer já tô indo Remigio então desconstrução a todo momento né então a autoadministração deve incentivar a desconstrução
da violência através de campanhas educativas né E principalmente alertando sobre os desdobramento dessas práticas Então tudo isso que eu trouxe código civil código penal levem para as suas empresas e falem Olha isso é tipificado é tipificado né Ó lá portaria nr5 atual agora que é do ano passado 2022 comissão interna de prevenção de acidente e de assédio sipa mais a Então olha lá item 53 um a CPA tem por atribuição requisitar a organização as informações sobre questões relacionadas a saúde e segurança dos trabalhadores Olha o meu grifo aqui abre becha para si para pedir informações
de assédio não tá falando que não pode pedir então assim a CPA deve requisitar a organização informações de SST né incluindo as cats comunicação de acidente do trabalho então aqui aqui tá uma brecha né Eh ela também deve incluir temas referentes à prevenção e ao combate do assédio e outras formas de violência assede sexual aí já perguntaram para mim também no discursos Ah mas não tá falando de acdi de moral o que que é isso aqui formas de violência no trabalho entra sim entra a discriminação entra a sede moral entra tudo tá eh entra a
sede institucional também nas suas atividades práticas e também tem o item 572 o treinamento da CIPA deve contemplar no mínimo prevenção de combate ao assédio sexual e outras formas de violência entra moral institucional discriminação aqui agora especificamente Pass CPA vou deixar aqui não sei se vai dar tempo de ler tudo mas eh a CPA ou até o os próprios trabalhadores se for uma empresa com menos de 20 funcionários que aí não é obrigatório te CPA pode eh solicitar a um empresário gestor a inclusão dos fatores de risco no pgr como eu já falei né É
obrigatório qualquer risco entrar nesse item aqui que é o pgr CPA solicitar a inclusão a inclusão do assédio no mapa de risco como fator de risco psicosocial no trabalho quer dizer el não precisa nem solicitar né se ela fez o mapa de risco dela coloca lá o assédio como fator de risco psicossocial CPA incluir o tema violências no trabalho e no treinamento obrigatório Então ela tem que promover boas práticas no ambiente do trabalho é um trabalho solidário cooperativo estimular a participação de todos os trabalhadores né Na Busca dessa prevenção do assédio discriminação violência no trabalho
buscar diálogo e cobrar soluções dos gestores responsáveis tá abordar o tema sédio encontros reuniões palestras rodas de conversa campanha de sensibilização quanto aos perigos de linguagens ofensivas comportamentos agressivos e discriminatórios principalmente em relação gênero idade racismo lgbtfobia desconstrução da cultura organizacional tá quando tem essas questões aqui discriminatórias ah essa é a última é a última eh aqui é sugestão de como as de como a CPA pode levar esse assunto dentro lá de tudo que eu falei reuniões rodas de conversas suas campanhas e tal tem uma eu deixei aqui o link eh para vocês fazerem download
gratuito tem mais de tem quase 80 histórias em quadrinhos o Ministério Público do Trabalho aqui tá errado tá É Espírito Santo é Vitória do Espírito Santo ela fez uma série de histórias em em quadrinhos onde ela fala de assédio ela fala de discriminação ela fala de um monte de coisa é muito interessante é linguagem simples são extremamente bem ilustrativas de repente a Cipa ou quem não é da CIPA pode divulgar isso nos seus locais de trabalho façam isso é muito muito bom um material muito bom elaborar também e fixar cartazes pelos corredores e pontos estratégicos
de maior circulação de trabalhadores enviar textos curtos P mala direta dos Servidores enfim aqui são algumas sugestões aqui de como enfrentar o tema deixei aqui minhas referências bibliográficas as leis não estão aí tá os código civil e penal não trouxe porque ia ficar muito minúsculo e é interessante que vocês tenh todas essas referências aí mas é isso gente Obrigada pela paciência Nossa gente é difícil né Depois de uma palestra dessa com tantos exemplos e doídos né que nos pegam daqui ou dali né mas eu acho sol que como sempre né você trouxe essas questões bem
importantes sobre a legislação que é onde a gente pode encontrar o apoio necessário para combater para enfrentar né usar o sistema jurídico como você falou né a gente amanhã né vai ter o Ministério Público do Trabalho né quarta-feira quarta é eh que o Ministério Público do Trabalho tem tido uma atuação bem importante né porque como você comentou por vezes as pessoas dentro das empresas se protegem né quer seja por essa cultura machista colonialista racista né a gente cana de ver esse tipo de atitude né E como você bem falou a necessidade da desconstrução dessa Cultura
né desnaturalizar E aí eu acho que como você chamou bastante atenção a Cipa tem um papel muito importante porque a Cipa ela consegue exercer a Ela traz os trabalhadores né nos seus representantes e ela também tem uma proximidade com área técnica da empresa né então eu acho que isso é bem bacana porque ela consegue então nessa composição trazer visibilidade para o problema né e auxiliar o trabalhador e ser um canal de confiança de confiabilidade para esse trabalhador poder se expressar poder externar né trazer sua queixa sua denúncia que eu acho que um dos maiores problemas
de f é esse processo esse fluxo do acolhimento a comprovação da denúncia e por fim Claro a própria punição que cabe ou como a gente sempre defende a necessidade de você buscar um processo de correição de educação né Eh para que essa pessoa possa mudar a forma de agir né então E aí você traz um exemplo bem bacana também você trouxe aí uma ideia bem bacana que é às vezes se os canais internos não tem esta sensibilidade não tem você vê que não tem essa forma de ação para o enfrentamento Né pelo contrário acabam agindo
muitas vezes para a ocultação dos casos ou para desfazer o peso que tem não é Eh esses casos de violência Então você buscar ajuda externa né E você trouxe eh diversas ajudas diversas formas de ajuda né Eh inclusive os cestes né porque você pode as inspeções do trabalho a secretaria de relações do trabalho você pode levar a questão para essas instâncias e através dessas instâncias você conseguir uma ação e uma intervenção né Eh recentemente a gente viu aquela questão da caixa também no governo anterior né mas a dificuldade de você enquadrar o presidente o diretor
né E como que todo havia toda uma conspiração para protegeral né o assunto exato Então eu acho que acho que você colocou assim bem legal essas questões né o Remígio pediu para fazer um comentário o nosso diretor aqui é estamos bem no tempo bem apertadinho mas eu quero aqui também testemunhar que foi essas 4 horas que a gente Esteve Aqui foram riquíssimas né porque na realidade o Marsal ele dá ênfase que paraa construção do trabalho transformador Libertador evidente que precisa da Democracia aprofundar a questão democrática a a thí aqui coloca que até revendo todas todos
os conceitos que vem da oit quer dizer você parte praticamente de superação do trabalho indecente para na realidade ter a ergonomia e um trabalho mental saudável porque toda essa positivação dada dada pelo Marçal e pela thí na realidade São contrárias à questão da violência do assédio relacionado ao trabalho é essa questão e por fim de forma brilhante também a Solange aqui traz na realidade toda caracterização eu diria que para nós também não só fazer a referência com a norma 5 que a gente tem agora porque nós estamos também em processo de revisão da nr5 inclusive
no mês de outubro eu fiz uma apresentação fazendo a solicitação já em nome da fundacentro e com apoio também do mundo do trabalho porque a gente precisa de uma revisão para ampliar representação na Cipa não restringir como houve todas as restrições que vem a ditadura militar para que aí principalmente nessa parte de Prevenção ou de combate ao assédio a gente precisa detalhar melhor na nr5 Quais são qual é a essência das formas de enfrentamento porque aí só diz olha é preciso tratar do tema do assédio mas preciso que se Estabeleça um canal de denúncia a
questão da alta direção toda essa parte três que a que a Solange coloca é essencial pra gente também fazer uma construção melhor de uma política pública de combate às violências e o assédio aí acho que essa é uma aula riquíssima a gente aende e também capta novas ideias e novas informações para essa construção de uma política pública para fazer com que o nosso trabalho porque não vem é interessante que tem para concluir aquela questão vida após o trabalho quer dizer essa concepção também que tá colocada no movimento 6 por1 mostra que o trabalho ele tá
e é preciso superar transformar o trabalho Construtor com jornada menor e dividido para toda a coletividade e tô com uma pergunta aqui Poliana Paula Silva Araújo Ela diz que não entendeu o que eu falei né se é necessário abrir a Car em caso de assédio sim sim deve se abrir a Cat em casos de assédio né tem que abrir Já me fizeram a perguntar Ah mas eu abro eh por exemplo principalmente cipeiros né eu abro eh sem ainda chegar chegar na fase final de julgamento se realmente houve assédio ou só depois que houver o assédio
Não mesmo em caso de suspeita tá ktia é Clara em caso de suspeita você abre a Cátia Então já tem aí o Cid z6 então abra porque senão a gente cai naquele buraco da subnotificação sem fim e essa questão do assédio vai vai para mais debaixo do tapete a gente precisa de estatística para isso né Eu acho que era só essa pergunta não sei se alguém tem mais parece que tem uma para você aqui tem aluma existe alguma pergunta aqui do pessoal que tá presencial eu vi que nós já estamos além das 18 horas né
Somos aqui todos vitoriosos aqui nessa resiliência mas se alguém quiser fazer uma pergunta é fica à vontade ou uma colocação até também agradeço sempre a gente aprende gente eu acho que assim a gente avançado mesmo na hora eh acho que é importante a gente agradecer as pessoas presentes convidar as pessoas que estão no virtual a virem amanhã e quarta-feira porque é muito mais agradável e também faz mais sentido para todos os que estão aqui tanto dando a a palestra como quem tá recebendo se a gente tiver mais pessoas aqui então a gente agradece imensamente a
gente viu que tivemos aqui síncronos vários pessoas Isso é muito bom mas se puderem vir amanhã a gente agradece mais ainda né fica feliz né Obrigada viu gente e agradecer então a Solange por tudo obrigada Cláudia obrigada aí Clodoaldo o Marcelo o Cleiton Então antes de encerrar mais uma vez agradecemos as presenças das docentes do docente do coordenador de mesa das coordenadoras de mesa que enriqueceram essa nossa jornada de aprendizado e inscrevam-se no nosso canal dê um like e ative as notificações seu apoio ajuda a funda centro alcançar mais pessoas promovendo conhecimento técnico-científico Educação e
Cultura solicitamos aos alunos presenciais que não deixe de assinar as listas de presença aguardamos vocês amanhã a partir das 14 horas ótima noite
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