esta história foi baseada em relatos enviados por nossos inscritos e editada por mim os nomes foram trocados para manter o Anonimato se você também quiser que sua história seja contada aqui Mande um e-mail para mim adoro receber as suas experiências e trazer novas narrativas para o canal agora vamos lá eu sempre fui uma garota da cidade acostumada com o barulho dos carros o cheiro de asfalto quente e a correria das ruas movimentadas meu mundo era feito de prédios altos Shop lotados e uma rotina cheia de compromisso mas naquele ano minha mãe decidiu que faríamos algo
diferente eu estava Jogada no sofá celular na mão mergulhada na internet como de costume Quando minha mãe entrou na sala com um sorriso enorme no rosto ela parecia empolgada e eu já sabia que quando ela aparecia assim cheia de energia algo estava por vir filha ela começou com aquela voz exageradamente animada já sei onde vamos passar suas férias levantei o do celular por um segundo desconfiada hum onde Na Chácara do seu avô minha reação foi imediata o quê arregalei os olhos descrente mãe fala sério mas ela não estava brincando vai ser ótimo você precisa sair
desse celular respirar ar puro pegar um pouco de sol revirei os olhos eu adorava passar as férias na cidade deitada na minha cama maratonando séries vendo vídeos no celular e claro navegando sem parar na internet ficar sem sinal sem wi-fi sem redes sociais isso Parecia um castigo não um plano de férias mãe não tem nem internet lá o que eu vou fazer no meio do mato falar com as vacas ela riu da minha indignação e cruzou os braços exatamente você vai ver que existe um mundo além do celular minha filha buffi largando o celular no
colo não acredito que vou ter que passar semanas sem internet Isso é tortura psicológica mas pelo jeito minha opinião não importava minha mãe já tinha decidido e eu gostando ou não ia passar minhas férias na chácara do vovô vai ser bom para você filha o ar puro a tranquilidade e seu avô vai adorar te ver depois de tanto tempo confesso que no início não fiquei tão animada com a ideia de passar as férias na fazenda do meu avô eu já não ia lá há anos e a lembrança mais forte que eu tinha era do cheiro
de leite fresco e do Som dos galos cantando antes mesmo dos ao nascer mas minha mãe estava irredutível queria fugir do caos da cidade e me arrastar junto com ela então lá fomos nós a viagem foi longa pegamos um ônibus da capital até Uma cidadezinha do interior depois seguimos de carona até a fazenda o caminho era todo de terra esburacado e cercado por Campos Verdes a perder de vista eu que estava acostumada com prédios e concreto me sentia como se estivesse entrando em outro mundo quando chegamos meu avô já já nos esperava na Porteira de
chapéu de palha e sorriso largo mesmo com a idade avançada ele ainda era um homem forte com as mãos calejadas pelo trabalho no campo como cresceu ele me envolveu em um abraço apertado e naquele momento algo dentro de mim começou a mudar a fazenda era enorme com um Casarão antigo janelas grandes e varanda com rede no quintal galinhas se escavam despreocupadas e alguns cachorros corriam de um lado para o outro mas ao fundo dava para ver os cavalos pastando e além deles o mato alto que escondia um rio que eu nem lembrava mais naquela primeira
noite depois de jantar a luz de Lampião e sentir o cheiro do café recém passado sentei na varanda ouvindo apenas o som dos Grilos e da Brisa leve balançando as folhas das Árvores eu não sabia ainda mas aquelas férias mudariam tudo mesmo contrariada depois de um dia inteiro de viagem e de toda a empolgação do meu avô e da minha mãe meu corpo simplesmente não aguentava mais depois do jantar fui para o quarto que minha mãe e eu dividiriam era um cômodo simples com paredes de madeira um armário antigo e duas camas cobertas por colchas
floridas o cheiro do quarto era uma mistura de madeira antiga e lavanda provavelmente do sachê que minha mãe sempre carregava na mala Joguei minha mochila no chão e me sentei na beirada da cama assim que deitei senti o colchão duro e um tanto irregular debaixo das costas não era nada parecido com minha cama macia e confortável lá de casa mas de tão cansada nem tive forças para reclamar apaguei a luz e Fechei os olhos tentando ignorar os sons da noite lá fora os grilos faziam um barulho interminável um sapo coachava perto da janela e de
vez em quando um galo perdido soltava um canto antes da hora e como se isso não bastasse os mosquitos pareciam determinados a não me deixar em paz o zumbido irritante perto do meu ouvido me fazia esticar o braço no ar para espantá-los mas era inútil suspirei fundo me ajeitei como pude e puxei o lençol até o rosto tentando me proteger dos insetos Mas apesar do colchão desconfortável e dos mosquitos insistentes o cansaço da viagem venceu qualquer incômodo em poucos minutos eu já estava entregue a um sono profundo sem nem perceber quando a noite se transformou
em madrugada na manhã seguinte fui despertando aos poucos sentindo o cheiro forte de café recém passado invadindo o quarto ainda estava com os olhos pesados o corpo meio dolorido por causa do colchão duro e uma preguiça enorme de sair dali virei para o lado tentando me encolher mais um pouco mas não demorou para eu ouvir as vozes animadas vindo da cozinha Minha mãe estava falando sem parar rindo com meu avô e o Som dos Pratos sendo colocados à mesa se misturava com o tilintar das xícaras bocejei longamente Estiquei os braços acima da cabeça e por
fim me espreguicei devagar o sol entrava pelo pelas frestas da janela iluminando o quarto com aquela luz quente da manhã respirei fundo sentindo o cheiro da comida que vinha da cozinha e percebi que mesmo relutante minha barriga já dava sinais de fome levantei ainda com um pouco de cansaço no corpo calcei meus chinelos e procurei uma roupa confortável na mala Escolhi um short jeans e uma camiseta leve prendi o cabelo de qualquer jeito e meio sonolenta ainda saí do quarto arrastando os pés quando cheguei à cozinha encontrei minha mãe em pé ao lado do fogão
mexendo alguma coisa na panela enquanto meu avô ajeitava a mesa com uma expressão satisfeita Olha quem resolveu acordar minha mãe brincou Ao me ver entrar Dormiu bem minha filha perguntou meu avô sorrindo me sentei à mesa e respirei fundo ainda despertando meu avô colocou uma xícara de café na minha frente e eu percebi que apesar da preguiça aquele café da manhã prometia ser diferente do que eu estava acostumada mal minha mente tinha pegado no tranco ainda saboreando os primeiros goles de café meu avô já estava cheio de planos para o dia ele parecia animado com
aquela energia típica de quem já estava acordado há horas pronto para colocar as mãos na massa hoje o dia vai ser bom ele disse batendo as mãos calejadas na mesa Primeiro vamos dar uma olhada nos Bichos ver se está tudo certo com as galinhas e os porcos depois colhemos umas bananas ali no Bananal que estão no no ponto e mais tarde se a gente animar podemos ir até o Rio pescar uns Peixinhos pro almoço fiquei paralisada por um momento segurando minha xícara de café Como assim a gente vô perguntei desconfiada minha mãe riu já prevendo
minha reação claro que é você também minha filha você veio para a fazenda tem que aproveitar a vida do campo suspirei afundando na cadeira eu tinha planejado ficar de boa talvez passar a manhã sentada na varanda mexendo no celular ou pelo menos tentando encontrar um ponto de sinal mas meu avô parecia decidido a me transformar em uma ajudante Rural naquela manhã vamos logo a vida aqui começa cedo se demorar muito o sol Castiga ele disse já se levantando e ajeitando o chapéu de palha olhei para minha mãe esperando que ela me salvasse mas ela apenas
sorriu e voltou a mexer o café respirei fundo aceitando meu destino era oficial minhas férias na fazenda iam ser bem diferentes do que eu imaginava meu avô sempre prático não perdeu tempo enquanto eu ainda processava a ideia de que Passaria o dia ajudando nas tarefas da Fazenda ele já tratava de me arranjar um par de Botas e um chapéu as botas eram um pouco grandes para mim mas pelo menos me protegeriam do barro e dos bichos pelo caminho o chapéu de palha era enorme quase caía sobre meus olhos mas fazia parte do figurino Rural suspirei
já me conformando com a ideia talvez se eu me ocupasse com alguma coisa o tempo passaria ia mais rápido e querendo ou não cada tarefa ali ia tornar meus dias menos monótonos do que ficar revirando o celular sem sinal estávamos prestes a sair para ver os bichos quando uma voz feminina chamou do portão Bom dia Seu Antônio olhei na direção da entrada e vi uma moça caminhando em nossa direção ela parecia ter mais ou menos a minha idade Talvez um ou dois anos mais nova usava uma calça jeans surrada uma blusa simples e Botas empoeiradas
o cabelo estava preso em um uma trança longa e bem feita meu avô abriu um sorriso ao vê-la e fez sinal para que ela se aproximasse Ah que bom que você veio ele se virou para mim e para minha mãe quero que conheçam minha Salvadora essa aqui é a Jenny filha do caseiro da Chácara vizinha ela me ajuda com a limpeza da casa organiza tudo aqui na fazenda e quebra um galho quando preciso Jenny sorriu de leve e fez um gesto discreto com a cabeça eu tento ajudar no que posso disse ela olhando rapidamente para
mim antes de voltar o olhar para o meu avô foi nesse momento que me dei conta de algo que talvez eu não tivesse percebido antes meu avô morava sozinho claro eu já sabia disso mas nunca tinha parado para pensar no quanto deveria ser difícil para ele cuidar de tudo sem ajuda a casa a roça os animais era evidente que ele precisava de alguém para auxiliá-lo na limpeza e na organização da Chácara seu Antônio hoje eu vim ver se precisa de alguma coisa Extra Jane continuou Aproveitei que meu pai ia até a cidade para dar uma
passada aqui sempre precisa minha filha meu avô respondeu com um sorriso Mas hoje vou colocar essa daqui para trabalhar um pouquinho também Jan riu baixo e me olhou de novo dessa vez com um brilho divertido no olhar Ah então vai pegar no pesado Hoje dei um meio sorriso ainda meio incerta sobre como responder parece que sim murmurei ajustando o chapéu na cabeça a manhã foi puxada cuidamos das Galinhas recolhemos os ovos limpamos os coxos dos porcos e ainda colhemos algumas frutas no Pomar No começo eu tentava evitar me sujar mas logo percebi que isso era
impossível minhas mãos já estavam grudentas de carregar bananas maduras meu cabelo cheio de pequenos fiapos das Folhas e minhas botas que começaram o dia relativamente limpas agora estavam cobertas de terra apesar de todo o esforço não pude negar que havia algo satisfatório em pegar uma fruta direto do pé e sentir o cheiro dela ali fresca natural meu avô com aquele sorriso orgulhoso me observava tentando equilibrar um cacho de bananas nos braços enquanto Jane sempre ágil já levava Um cesto cheio de goiabas e mangas para casa mas a verdade era que eu já estava no meu
limite O sol estava alto no céu minha roupa grudava no corpo de tanto suor e cada músculo parecia reclamar do esforço meu avô percebeu minha cara de exaustão e riu tá vendo Cidade grande não te prepara para isso hein Nem me fala suspirei enxugando a testa com as costas da mão ele ajeitou o chapéu na cabeça e deu um tapinha no meu ombro melhor voltarmos para casa já fizemos bastante por hoje concordei de imediato sentindo um alívio imenso ao saber que poderia descansar um pouco voltamos pelo caminho de terra atravessando a cerca de madeira que
separava o Pomar do quintal assim que nos aproximamos da casa fui recebida por um cheiro que me fez esquecer instantaneamente o cansaço o aroma de comida fresca invadia o ar e meu estômago que até então estava quieto deu um Ronco alto ao que chegamos na hora cer antes de não esce de deixar seu like se tá goando da história se inscrever no canal e ativar o Sininho para ficar por dentro de todos os novos vídeos e me nos comentários o que você tá achando agora vamos voltar pra história j já deve estar terminando o almoço
meu avô disse animado Ué já voltaram Ela perguntou sem tirar os olhos da comida Pensei que iam aguentar mais um pouco lá fora sua comida falou mais alto Jane meu avô brincou puxando uma cadeira para se sentar me aproximei da mesa sentindo a fome apertar ainda mais Jane se virou e me olhou de cima abaixo reparando no meu estado suado e cansado parece que o trabalho na roça fez bem para você disse ela com um sorriso de canto fez mais efeito do do que qualquer academia respondi rindo ela soltou uma risada e apontou para a
pia Então vai lavar essas mãos e sentar à mesa porque depois desse almoço você vai precisar de um cochilo antes de encarar o resto do dia e eu nem precisei de mais convite eu podia estar cansada suja e dolorida mas aquela comida caseira estava prestes a me fazer esquecer de tudo isso cansada e satisfeita com o almoço reforçado me entreguei ao sono Sem resistência o colchão ainda era duro e os mosquitos ainda insistiam em me perturbar mas nada disso foi suficiente para impedir meu corpo exausto de desmaiar no descanso não sei quanto tempo dormi mas
quando abri os olhos o quarto já estava mergulhado na penumbra o calor abafado da tarde tinha dado lugar a um frescor leve típico do início da noite me espreguicei devagar sentindo o corpo ainda pesado do cansaço acumulado levantei e caminhei pelo corredor silencioso da casa procurando minha mãe quando passei pelo quarto dela vi que ainda dormia profundamente respirando tranquila Sob a Luz fraca do Lampião que pendia na parede ela devia estar tão cansada quanto eu decidi então procurar pelo meu avô fui até a cozinha mas Encontrei apenas os restos do almoço já cobertos com um
pano de prato na sala tudo estava no mesmo lugar sem sinal dele comecei a me perguntar onde Poderia estar já que aquela hora ele costumava ficar sentado na varanda fumando seu cigarro carro de palha e ouvindo o rádio Saí para o quintal sentindo a brisa suave da noite tocar minha pele as luzes do céu já começavam a aparecer e o som dos Grilos preenchia o ar quando Pensei em chamar pelo meu avô algo me fez parar ouvi sussurros abafados franzi a testa e tentei identificar de onde vinham Me virei lentamente e percebi que o som
vinha do celeiro um pouco afastado da casa imaginei que ele estivesse lá alimentando os cavalos ou verificando algo antes de fechar tudo para noite mas à medida que me aproximava comecei a perceber que havia mais de uma pessoa lá dentro meus passos instintivamente ficaram mais lentos algo dentro de mim dizia que havia algo estranho acontecendo cheguei perto da porta do celeiro que estava apenas encostada por um momento hesitei O que exatamente estava acontecendo ali meu coração acelerou levemente e um frio percorreu minha espinha ao invés de empurrar a porta decidi dar a volta por trás
do celeiro onde eu sabia que havia uma janela quebrada um pedaço da madeira que tinha se soltado com o tempo aproximando-me devagar prendi a respiração e espreitei pelo buraco na madeira o que vi me fez prender o ar na garganta lá dentro sob a fraca iluminação do Lampião pendurado em um prego na parede Meu avô estava mas não estava sozinho com ele em um Claro momento íntimo estava Jane a moça jovem que ele tinha nos apresentado mais cedo ela estava ali junto a ele próximos de um jeito que me fez sentir um choque percorrer meu
corpo o jeito como ele tocava o rosto dela como seus corpos pareciam se encaixar como as mãos dele seguravam Sua cintura com uma familiaridade que deixava evidente que aquilo não era a primeira vez meu peito subia e descia rápido a imagem me deixava atordoada meu avô aquele senhor tranquilo e simples que eu sempre imaginei Solitário depois da morte da minha avó estava envolvido com Jane me afastei rapidamente da janela como se tivesse ess sido pega espionando algo proibido o que eu deveria fazer agora voltei rapidamente para dentro de casa sentindo meu coração disparado no peito
minha respiração estava acelerada Como se eu tivesse corrido uma maratona as imagens do que eu acabara de ver ainda estavam frescas na minha mente pulsando como uma cena de um filme que se repetia sem controle um calor estranho subia pelo meu corpo uma mistura de choque incredulidade e algo que eu não sabia explicar Um Sentimento Proibido inquietante que me fazia sentir um arrepio diferente percorrer minha pele entrei em casa sem fazer barulho fechando a porta devagar para não chamar atenção caminhei até o sofá da sala e me joguei ali tentando recuperar o fôlego cruzei os
braços sobre o peito tentando me acalmar mas o bater acelerado do meu coração denunciava que eu ainda estava completamente envolvida pelo que tinha visto minhas mãos estavam frias Apesar do calor que parecia emanar de dentro de mim engoli em seco apertando os olhos e respirando fundo o que eu deveria fazer fingir que nada aconteceu contar para minha mãe não isso estava fora de questão Foi então que ouvi Passos minha espinha se enrijeceu imediatamente o som de Botas arrastando no chão de madeira se aproximava da entrada da sala fiquei imóvel o coração quase saltando da garganta
a porta arranje levemente quando foi empurrada e lá estava ele meu avô entrou apressado a respiração ainda ofegante como se tivesse caminhado rápido para chegar até ali suas mãos passavam pela camisa de botão tentando recomp como se estivesse com pressa para se ajeitar o cabelo grisalho estava um pouco bagunçado e seu chapéu de palha que ele nunca tirava estava na mão como se tivesse sido retirado às pressas por um instante ele não me viu caminhou alguns passos para dentro da sala ainda ajeitando a fivela do cinto e limpando a garganta antes de perceber minha presença
quando finalmente levantou o olhar e me viu sentada ali seus olhos se estreitaram por um breve segundo como se estivesse tentando entender desde quando eu estava ali eu o encarei sem saber se meu rosto denunciava a confusão e o turbilhão de pensamentos que me consumiam por dentro o silêncio entre nós foi intenso como se ambos soubéssemos que havia algo não dito pairando no ar na manhã seguinte eu ainda mal tinha conseguido processar tudo o que tinha visto na noite anterior meu sono foi agitado repleto de imagens desconexas do celeiro dos sussurros abafados e da proximidade
entre meu avô e Jane a moça jovem da Chácara vizinha levantei cedo sentindo uma leve dor de cabeça Provavelmente por causa da confusão de pensamentos que não me deixavam Em paz me arrastei até a cozinha procurando algum remédio ou pelo menos um copo d'água para aliviar o malestar Foi então que a vi Jan estava ali preparando o café da manhã como se nada tivesse acontecido mexendo distraidamente uma colher dentro da xícara enquanto o cheiro forte de café fresco invadia a cozinha ela parecia tranquila leve como se não carregasse nenhum segredo eu por outro lado sentia
meu corpo inteiro inquieto meus olhos percorriam sua silhueta e minha mente insistia em reproduzir a cena da noite anterior Ela percebeu minha presença e me ofereceu um sorriso simpático Bom dia dormiu bem perguntou com a voz doce hum mais ou menos respondi ainda atordoada quer um café ela ofereceu já pegando uma xícara limpa hesitei por um momento mas a senti não queria levantar suspeitas nem demonstrar o turbilhão de coisas que estavam passando pela minha cabeça o dia seguiu normalmente mas minha atenção Estava sempre voltada para Jan e meu avô entre uma tarefa e outra observei
as interações entre eles os olhares trocados os sorrisos discretos os toques sutis que poderiam passar despercebidos para qualquer um mas não para mim eu sabia Eu tinha visto e agora tudo parecia ainda mais Evidente a noite caiu trazendo consigo uma tempestade Inesperada o céu antes estrelado de repente desabou em água o barulho da chuva era tão forte que mal dava para ouvir outra coisa e o vento fazia as janelas Ranger Jen que normalmente voltava para casa ao entardecer demonstrou preocupação a acho que vai ser difícil voltar para casa com essa chuva disse olhando pela janela
os braços cruzados mordendo o lábio inferior como se calculasse as possibilidades meu avô sempre prático logo sugeriu uma solução que suou mais cômoda do que qualquer outra por que você não dorme aqui essa noite não vale a pena se arriscar debaixo desse temporal Jane pareceu hesitar por um momento mas meu avô insistiu com aquele tom de quem já tinha decidido tudo já tá tarde e a manhã cedo você volta sem pressa ela suspirou e após alguns segundos assentiu tudo bem acho que é o melhor a se fazer a situação estava posta J dormiria ali mais
tarde quando fui para o quarto minha mãe já estava deitada dormindo profundamente o barulho da chuva ritm no telhado de zinco e o vento frio entrava pelas frestas da janela me enrolei no cobertor e tentei dormir mas um incômodo estranho não me deixava em paz em algum momento da madrugada despertei não sabia exatamente porquê mas era como se algo dentro de mim tivesse me puxado para fora do Sono pisquei algumas vezes acostumando os olhos à escuridão notei um feixe de luz fraca passando por baixo da porta do meu quarto era uma luz amarelada vinda da
cozinha meu coração bateu mais forte com a curiosidade crescendo dentro de mim levantei da cama em silêncio meus pés tocaram o chão frio e eu abri a porta devagar tentando não fazer nenhum barulho caminhei pelo corredor sem pressa meus passos leves e silenciosos quando cheguei à entrada da cozinha me escondi na parede prendendo a respiração então olhei meu avô estava lá em pé encostado na pia e Jan estava na frente dele de costas para ele próxima muito próxima fiquei ali parada com o coração batendo forte no peito e o ar preso na garganta algo me
mantinha naquele lugar incapaz de desviar o olhar como se estivesse hipnotizada pelo que via o silêncio da cozinha era cortado apenas pelo som suave da chuva lá fora e pelo gotejar de uma torneira velha um arrepio percorreu todo o meu corpo fazendo minha pele se arrepiar dos pés à cabeça senti o calor subir pelas minhas bochechas enquanto minha respiração se tornava cada vez mais superficial Foi então que os movimentos começaram de onde eu estava com o ângulo limitado da entrada da cozinha eu vi a Jane de costas encostada na pia enquanto meu avô se aproximava
dela colado ao seu corpo as mãos dele se moveram com uma firmeza surpreendente deslizando pela cintura dela que parecia responder a cada toque com uma entrega Inesperada os movimentos se tornaram Frenéticos e intensos os corpos pareciam se sincronizar em uma dança quase Selvagem o som abafado das respirações ofegantes e dos sussurro se misturava ao barulho da chuva que ainda caía forte lá fora tornando o momento ainda mais surreal meu avô que eu sempre enxerguei como uma figura rígida e tradicional estava ali tomado por uma paixão que eu nunca imaginaria eu sentia um nó se formar
na garganta minhas mãos suavam frio e o tempo Parecia ter parado as cenas eram tão vívidas que não parecia real cada detalhe cada gesto ficava gravado em minha mente me deixando confusa e arrepiada um turbilhão de emoções me consumia sem que eu soubesse como reagir ou o que fazer a seguir e assim durante todas as minhas férias fui testemunha daqueles encontros no começo eu dizia para mim mesma que aquilo era apenas coincidência que eu não estava intencionalmente procurando por eles mas com o passar dos dias percebi que não era bem assim algo dentro de mim
ansiava por aqueles momentos como se houvesse uma necessidade inexplicável de presenciar tudo aquilo Cada vez que a noite caía meu corpo já antecipava da inquietação minha mente tentava lutar contra esse desejo estranho mas bastava ouvir um ruído diferente na casa um sussurro distante para que meu coração disparasse e meus pés me guiassem quase por vontade própria até algum canto discreto onde eu pudesse observar sem ser notada e eu sempre os encontrava na cozinha no celeiro na varanda sob a escuridão da noite meu avô e Jenny entregues um ao outro como se o mundo ao redor
simplesmente não existisse eu via tudo os olhares intensos os gestos repletos de desejo os corpos colados em uma sintonia que parecia quase proibida a cada noite eu sabia que aquilo se repetiria e mesmo que dissesse a mim mesma que deveria parar que não era certo eu simplesmente não conseguia eu era prisioneira da minha própria curiosidade Refém Da excitação silenciosa que crescia dentro de mim toda vez que os via juntos e aquilo de alguma forma que eu não compreendia tornava aquelas férias muito mais intensas do que eu jamais poderia ter imaginado e por hoje é isso
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