o número de pessoas que recebem benefícios sociais tem aumentado no Brasil e a diferença entre o valor do auxílio e o que ganhariam no mercado de trabalho acaba por desestimular a busca por emprego especialistas reforçam a importância de programas como bolsa família na vida dos mais pobres mas alertam para o desequilíbrio que essa dependência provoca na economia e apontam soluções para o país sair desse ciclo vicioso A reportagem é de Débora Oliveira nos últimos anos o número de brasileiros dependentes dos programas sociais disparou antes da pandemia os benefícios do Bolsa Família chegavam a 40 milhões
de pessoas hoje são 54 milhões de beneficiários quase um quar da população economistas alertam para o risco desse cenário isso tem dois aspectos um positivo que o Brasil tá dando conta de atender com um programa como esse de transferência de renda há um enorme contingente de pessoas pobres O que é negativo é que isso revela um país doente porque a quantidade de pobres é muito grande e o que é pior isso não tem se reduzido ao longo do tempo então a gente tem aliviado A Pobreza dessas pessoas mas não temos conseguido como país reduzir o
volume de pessoas pobres a população pendente dos programas sociais cresce enquanto o número de trabalhadores não acompanha o mesmo ritmo e isso gera um desequilíbrio antes a pandemia eram 2,3 trabalhadores para cada beneficiário do programa social hoje essa proporção caiu para menos de dois para muitos beneficiários a diferença entre o valor do auxílio e o que ganhariam no mercado de trabalho acabaria desestimulando a busca por emprego a considerar custos com transporte e outros gastos e isso leva a um problema ainda maior a dependência financeira do programa enquanto a renda média do brasileiro subiu 2,63 nos
últimos 5 anos o valor médio do benefício subiu 257 no período chegando a um total de 678 em 2024 a população ocupada se divide em 58 milhões de brasileiros no setor privado outros 31 milhões de trabalhadores por conta própria e empregadores e 12 milhões no setor público além desses há quem esteja fora da força de trabalho 66 milhões e pessoas abaixo de 14 anos 26 milhões desses mais de 200 milhões de pessoas da população brasileira 55 milhões recebem atualmente o bolsa família para especialistas a queda do desemprego nos últimos anos tem relação com o aumento
do número de benefícios um primeiro efeito sobre o mercado de trabalho é diminuir a oferta de trabalho né porque menos trabalhadores se oferecem no mercado de trabalho para trabalhar consequentemente se diminui a oferta de trabalho isso faz com que eh o mercado de trabalho se torne mais apertado pode gerar um aumento do salário tá certo e uma pressão inflacionária do outro lado você tá jogando fora uma parte do seu potencial produtivo o trabalhador é fundamental para produzir bens e serviços se tem uma oferta menor de trabalho na economia você tá diminuindo o potencial de crescimento
da economia o crescimento do principal programa social brasileiro o atual Bolsa Família e o ex auxílio Brasil aconteceu especialmente no pós-pandemia nesse período o mundo político aprovou a ampliação do número de beneficiários e do valor pago mensalmente economistas ouvidos pela CNN defendem que o Brasil precisa encontrar um equilíbrio eles dizem que os programas sociais são fundamentais mas não podem se tornar uma opção de vida permanente para quem tem condições de trabalhar a gente precisa necessariamente que as pessoas trabalhando sejam em número maior do que as pessoas que dependem do Estado justamente porque o estado para
ele funcionar para ele ter condições até até de e dar recursos para quem não consegue trabalhar ele precisa ter gente que produz que gera riqueza gera renda e com isso gera arrecadação de impostos suficiente para que o governo consiga suprir essas pessoas que não t condições de trabalhar se as pessoas que dependem do Estado estão em número igual ou maior ou muito próximo do número de pessoas que está trabalhando a gente tem um problema sério mas há também outros problemas os desses benefícios em al são de um lado o estímulo ao consumo O que é
positivo para o mercado doméstico mas do outro também há um peso nas contas públicas e esses dois fatores juntos pressionam tanto a inflação como a alta dos juros a gente tem um aumento de gastos muito grande Tá Esse aumento de gastos muito grande e o temor de que esse tipo de benefício social V se acumulando cada vez mais gerando um crescente volume de públicos gera uma desconfiança um aumento do Risco Esse aumento do Risco gera um aumento do juros gera umaação do dólar etc a solução segundo os economistas está na chamada porta de saída com
educação e qualificação profissional e garantir que os beneficiários possam no futuro entrar no mercado de trabalho e contribuir para a economia e não apenas depender dela nós temos que potencializar isso e não é só o bolsa família é o bolsa família mas todo conjunto de políticas públicas que envolve a educação das crianças o atendimento de saúde o atendimento e o acompanhamento das famílias pobres para que a criança que um dia recebeu ou Venha receber bolsa família possa aumentar o seu capital humano ao longo da vida e no futuro deixar de depender de programa de transferência
de renda e dessa forma a gente começar a reduzir o número de beneficiários não é reduzir porque a gente vai cortar dinheiro por restrição fiscal mas reduzir porque as pessoas estão estruturalmente ou estarão estruturalmente saindo da pobreza quando isso acontecer será um sucesso para o país o país estará menos doente