Por que a Apple PAROU de Inovar?

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Pela primeira vez na história, a Apple  passou a Samsung e é a líder em venda de celulares. A Apple vendeu 234,6 milhões de  aparelhos, enquanto a Samsung vendeu 226,6. Por mais que seja algo positivo, isso  diz muito sobre a Apple de hoje em dia, muito preocupada com números, vendas e lucros,  e pra muitos uma empresa que não parece ser nem a sombra da Apple de Steve Jobs.
Quando o iPhone 15 foi lançado, em setembro de 2023, notícias sobre a falta de  inovação da Apple surgiram e com elas, afirmações como “a inovação morreu com Steve Jobs”. Depois de anos de lançamentos que parecem apenas atualizações e decisões questionáveis,  chegou a hora de perguntar: a Apple sem Steve Jobs ainda vai nos surpreender, ou eles trocaram a  alma pelo lucro? Será que a Apple atingiu o limite da inovação?
Pra entender isso precisamos primeiro  saber como a Apple ganhou a fama de inovadora. Esse vídeo é em parceria com a Nomad,  a melhor conta global para você viajar, comprar e investir no exterior. Abra sua conta  agora usando o cupom ELEMENTAR no cadastro e ganhe até 20 dólares de cashback  na sua primeira operação de câmbio.
A visão de Jobs era que todos pudessem, um dia,  ter um computador em casa que fosse fácil de usar, e que pudesse realizar as mais variadas  tarefas. Foi com isso em mente que Jobs e Wozniak trabalharam no Apple 1, o  primeiro computador pessoal da Apple. Apesar de seu design quase artesanal e  de não ter sido nenhum sucesso de vendas, o Apple 1 serviu como um protótipo do que  viria a se tornar o primeiro verdadeiro computador pessoal da Apple.
Até lá,  foram necessárias diversas alterações, mas o conceito havia sido estabelecido e essa,  talvez, tenha sido a parte mais importante. Diversas melhorias feitas ao longo de vários  anos foram responsáveis por cimentar o que viria a ser o computador pessoal. Dentre  elas, uma que chama atenção é a interface gráfica.
A Apple foi a primeira empresa a incluir  a interface gráfica em seus computadores pessoais. Mas a ideia original não é da Apple. Em 1979,  Jobs e sua equipe foram fazer uma visita à Xerox, mais conhecida como Xerox.
Durante essa  visita, a comitiva foi apresentada a uma demonstração do Alto, um computador pessoal que  os pesquisadores da Xerox haviam desenvolvido. E a principal característica do Alto era  justamente a interface gráfica. Na época, a forma dominante de interagir com os computadores  era através de linha de comando, ou seja, a tela do computador não exibia ícones, janelas  ou menus, mas sim linhas de texto e código, e a única maneira de fazer o computador executar uma  função, era digitando comandos através do teclado.
No Alto era bem diferente, a tela  exibia uma interface gráfica, ou seja, gráficos que exibiam ícones, menus de  navegação, janelas e um cursor, que permitia que o usuário usasse um mouse e apenas  clicasse nas ferramentas que queria utilizar, sem precisar ficar decorando comandos enormes. Jobs imediatamente entendeu que todos os computadores deveriam funcionar daquele  jeito e ele não conseguia entender por que a Xerox ainda não tinha lançado essa  novidade pro público, e então resolveu que ele mesmo iria fazer isso na Apple. Foi assim que foi desenvolvido o Apple Lisa, o primeiro computador pessoal comercializado  que oferecia uma interface gráfica ao usuário, uma maneira infinitamente mais intuitiva  e prática de utilizar o computador.
O Lisa foi revolucionário, e foi um dos passos  necessários pra que hoje seu smartphone ou computador exibam esses ícones bonitinhos. Anos depois, em 1984, a Apple anunciava, oficialmente, o lançamento de seu primeiro  Macintosh. Desde então, todos os computadores pessoais que se seguiram, foram, de uma forma ou  de outra, uma versão dos primeiros computadores da Apple.
Isso porque a Apple foi a primeira empresa  a realmente conseguir construir um dispositivo que aliava portabilidade e intuitividade, algo até  então desconhecido pelo grande público e por isso seu PC foi amplamente adotado por todo mundo. Steve Jobs conseguia enxergar o futuro bem na sua frente, e parecia só uma questão de tempo  pra que suas ideias visionárias ganhassem o mundo de vez. E foi exatamente o que aconteceu,  mas não sem uma péssima surpresa no caminho.
No ano seguinte, Jobs foi demitido da  empresa que ajudou a construir. O motivo: um longo entrave com o quadro de acionistas  e com o então CEO da empresa, John Sculley. Sculley havia sido contratado por Jobs, alguns  anos antes, após uma carreira de sucesso como presidente e vice-presidente da PepsiCo.
Após ser demitido, Jobs fundou uma startup chamada NeXT, e continuou a desenvolver suas ideias pra  computadores pessoais. Mas sem a mente de Jobs guiando a visão da Apple, logo a companhia  perdeu o foco, e começou a experimentar uma série de lançamentos fracassados, como o Newton  MessagePad, um dispositivo de assistência pessoal. Steve Jobs foi trazido de volta à  Apple por uma gestão desesperada, quando a Apple resolveu comprar a startup de  Jobs por quase meio bilhão de dólares, em 1997.
No mesmo ano, Jobs convenceu o quadro de  acionistas a colocá-lo como CEO interino. A volta do visionário proporcionou  uma verdadeira reviravolta na empresa, e a Apple logo voltou a ser sinônimo de inovação. Sob o comando dele, a Apple lançou o iMac em 1998, o primeiro computador all-in-one da marca, que  continua sendo um dos principais produtos da empresa até os dias de hoje.
O sucesso do iMac  acabou consolidando o cargo de Jobs como CEO. Poucos anos depois, em 2001, outro sucesso  absoluto da Apple: o iPod. Trazendo uma nova maneira portátil de escutar músicas, numa época  em que os MP3 ainda estavam se popularizando, e os “diskman” e “walkman” ainda eram comuns.
O iPod teve mais de 400 milhões de unidades vendidas, e surgiu simultaneamente ao iTunes, loja  digital de músicas da Apple, quando Steve Jobs percebeu que os dispositivos de MP3 que já haviam  no mercado eram “uma porcaria”, segundo ele. Quando algum produto novo passava pelo feedback de  Jobs, avaliações do tipo “ficou uma porcaria” ou “tá uma merda” eram muito comuns – ele sempre  buscava o maior padrão de qualidade possível, independente dos sentimentos  dos seus colegas e funcionários. Foi assim que a Apple continuou sendo uma marca  reconhecida pela confiabilidade e qualidade dos seus produtos, sempre na primeira  fileira das inovações tecnológicas.
Essa característica foi reforçada mais uma vez  com o lançamento do iPhone, em 2007, que foi um marco não somente na indústria de telefonia, mas  também na forma como o mundo moderno funciona. Não, o iPhone não foi o primeiro  smartphone do mundo. Na verdade, desde 1994 já se desenvolviam aparelhos que se  encaixariam no conceito de smartphone, como o IBM Simon.
Mas foi o iPhone de Steve Jobs que tornou  o smartphone algo que todo mundo queria ter. O iPhone trazia uma série de inovações,  como uma interface gráfica totalmente nova, funcionalidades de um iPod incorporadas,  teclado virtual no lugar de um teclado físico, e uma tela multitoque com sensibilidade e  performance incríveis, especialmente pra uma época em que muitos dispositivos com tela  touch ainda precisavam de uma “canetinha”. Toda essa tecnologia embutida em um só  aparelho foi o ponto de virada na linha de tempo dos celulares.
Na época de lançamento do  iPhone, o Android já estava sendo desenvolvido, mas eles ainda pretendiam fazer um celular no  estilo “Blackberry”. Isso mudou quando eles viram o novo produto de Jobs, que imediatamente  tornou o projeto do Android original obsoleto, e o time do Android basicamente recomeçou o projeto  do zero pra incorporar várias ideias do iPhone. Esse foi o grau de inovação que a  introdução do iPhone proporcionou, um dispositivo que mudaria a vida das pessoas,  à altura da reputação da Apple como uma empresa de quem se podia esperar tecnologia avançada.
Feito que se repetiria em 2010, com o lançamento do iPad, um outro dispositivo revolucionário,  que faria pelo mercado de tablets o mesmo que o iPhone fez pelo mercado de smartphones  – ou seja, apresentaria as pessoas a uma nova forma de interagir com o mundo digital. Infelizmente, a trajetória do gênio da Apple foi interrompida muito antes da hora.  Steve Jobs passou boa parte dos anos 2000 lutando contra um tipo raro de câncer de  pâncreas, que foi identificado ainda em 2004.
No final da década, começou a ficar aparente que  o corpo de Jobs estava lutando contra algo severo, à medida em que ele parecia estar cada vez  mais debilitado em suas aparições públicas. Mesmo assim, Steve Jobs continuou liderando  a Apple com a genialidade de sempre, até que no início de 2011 teve que se  afastar do trabalho para cuidar da saúde, até inevitavelmente renunciar ao cargo de  CEO da companhia em agosto daquele ano. Alguns meses depois, aos 56 anos, Steve  Jobs perdeu a luta contra o câncer, e o mundo perdeu um dos maiores  nomes da história da tecnologia.
O momento de luto pra os amantes da tecnologia  significava também um momento de enorme desafio pra Apple, que pela primeira vez desde 1997,  teria que se virar sem a mente de Jobs pra ajudar. A tarefa de manter a Apple no topo caiu no colo  de um dos executivos mais próximos de Steve, o diretor de operações Tim Cook, que agora  precisaria provar que a Apple ainda seria sinônimo de inovação. Ele estava sob muita pressão  para dar continuidade ao legado de Jobs desde o início.
E a pergunta que todos se faziam era:  Tim Cook conseguiria suprir a falta de Jobs? Em termos de negócios, não poderia  haver escolha melhor que Tim Cook pra assumir as rédeas da Apple e  continuar o legado de Steve Jobs. Afinal, foi sob a sua liderança que a marca  expandiu imensamente seus negócios, e se tornou a primeira empresa a atingir o valor de mercado  de 1 trilhão de dólares, lá em 2018.
Desde então, triplicou esse valor, e se manteve como  a empresa mais valiosa do mundo inteiro. Mas em termos de inovação, a verdade é que a marca  pode não transmitir a mesma coisa que antes, e há tempos parece não carregar mais aquela magia de  inovação que pairava sobre cada novo lançamento. O iPhone, por exemplo, carro chefe da Apple com  mais de 234 milhões de unidades vendidas em 2023, não parece ter sofrido nenhuma mudança  significativa nos últimos anos, coisa que não acontecia nos primeiros anos da linha.
Além disso, algumas das poucas mudanças que aconteceram, às vezes acabam não sendo tão bem  vindas assim. Foi o caso do iPhone 15 Pro Max. No seu lançamento, a Apple fez questão  de enaltecer que a estrutura do celular possui titânio na sua composição, supostamente  fazendo dele o iPhone mais robusto já feito.
Só que quando criadores de conteúdo de tecnologia  colocaram as mãos no modelo, viram que a coisa não é bem assim: usando somente as mãos, é  possível entortar o aparelho o suficiente pra quebrar o vidro traseiro – algo estranho de  acontecer com o “iPhone mais robusto já feito”. Outro ponto que dá pra observar é que,  parece que sob o comando de Tim Cook, os iPhone passaram a ter vários modelos por  lançamento. Isso não só fez com que os nomes virassem uma enorme confusão, mas gerou também  cenários que a Apple de Jobs não proporcionava.
Nos iPhones que foram lançados enquanto Jobs  estava vivo, existiam diferenças de design, de funcionalidade e técnicas. A cada  Iphone, uma necessidade suprida que o mercado nem sabia que tinha. Comprar um  telefone novo significava algo realmente novo.
O comprador podia ter certeza que estava  comprando um dispositivo com o melhor da Apple, essa era uma característica dos produtos deles. Isso já não é mais verdade. Hoje, você pode estar comprando tecnologia “velha” mesmo se comprar  um iPhone novo durante o seu lançamento.
Por exemplo, a geração mais atual do iPhone  no momento em que esse vídeo foi feito é a do iPhone 15. Apesar disso, quem comprar um  iPhone 15 “comum” não tá levando pra casa o melhor que a Apple tem a oferecer, pois várias  novidades importantes são, na verdade, as mesmas já presentes no iPhone 14 Pro do ano anterior. Isso não quer dizer que o novo iPhone seja um celular ruim ou algo do tipo, mas com certeza  isso não ajuda a manter a ideia de produto inovador premium e tecnologia de ponta que os  primeiros iPhones traziam, e certamente não deixa os fãs da marca muito satisfeitos.
Como se não bastasse, nos últimos anos a Apple tomou algumas medidas não muito  interessantes do ponto de vista do consumidor, como a remoção da entrada pra fone de ouvido dos  aparelhos, algo que era padrão na indústria e que proporcionava comodidade e compatibilidade do  aparelho com qualquer fone que você possuísse. Ao invés disso, agora você teria que usar  um fone específico da Apple, muito mais caro que os outros, ou então partir pros fones  sem fio, como o próprio Airpods da marca, obviamente ainda mais caro. Em iPhones  posteriores, a Apple jogou ainda mais sal na ferida ao remover os fones de fábrica da  caixa dos iPhones, deixando todo mundo meio puto.
Mas é claro que eles não pararam por aí,  ao mesmo tempo em que retiraram os fones, eles resolveram tirar os carregadores também. Tudo  isso, somado ao fato de que os preços do iPhone só aumentam a cada ano, significa que agora você  pagava muito caro pra ter um celular da Apple, mas não recebia nem mesmo fone e carregador na caixa. A justificativa da empresa pra essas mudanças é a de que isso é uma tentativa de tornar  o processo mais ecologicamente correto, mas nem todo mundo acreditou nisso.
Pouco  mais de 1 ano após adotar essa medida, foi estimado que a Apple já tinha economizado  cerca de 6 bilhões e meio de dólares com isso. Com relação à inovação, muita gente acha que  a Apple de Tim Cook tem deixado a desejar. É claro que não é nem um pouco fácil criar produtos  revolucionários, e isso não acontece todo dia.
Mas, essencialmente, os únicos produtos mais  perto de “inovadores” que a Apple lançou desde a morte de Jobs foram o Apple Watch e os  Airpods, sendo que esses não foram gadgets tão impactantes quanto o iPhone, o iPad ou o iPod. Vale destacar que enquanto esse vídeo estava sendo feito, a Apple tinha mesmo lançado o Apple  Vision, um dispositivo de realidade mista, que ainda é muito cedo pra determinar  se ele vai ou não ser um sucesso. Por isso, alguns usuários chegaram a afirmar  que “a inovação morreu com o Steve Jobs”.
Quer você concorde ou não, a Apple de hoje  é muito mais parecida com outras empresas, do que com ela mesma do passado, e a “magia”  que rondava cada lançamento inovador dos produtos de Steve Jobs, hoje parece ter  sumido em meio à busca pelo lucro máximo. Toda empresa precisa de lucros para sobreviver,  e certamente Jobs também pensava assim, mas parece que com ele a coisa não  era tão evidente, ou parece que eles se esforçavam um pouco mais na experiência do  consumidor, não focando apenas nos números. A grande questão é: Precisa ser  lançado um iPhone novo todo o ano?
A resposta é que pra Apple sim. Mas tem inovação suficiente pra isso? E mais, os consumidores precisam trocar de aparelho todo ano?
Pra essas perguntas a resposta é não. Isso porque a Apple mudou muito o seu  modelo de negócios e essas estratégias fazem sentido hoje pra ela. A Apple hoje é uma empresa de serviços e não mais somente de produtos.
A grande diferença da Apple pra qualquer outra empresa que vende smartphones  android, como a Samsung por exemplo, é que a Apple controla todo o ecossistema. Vender um telefone é basicamente onde a Samsung para de ganhar dinheiro com um  consumidor, e justamente onde a Apple começa. Isso porque as vendas feitas dentro de um  Android usam a loja de aplicativos do Google, então quem ganha dinheiro na venda de  aplicativos é o Google, e não a Samsung.
Por causa do iOS, a Apple tem sua própria  loja de aplicativos, a App Store, e toda venda que ocorrer ali paga comissão pra Apple. E não para por aí, se você comprar qualquer coisa dentro de um aplicativo baixado na  App Store ou Play Store, você vai pagar comissão pra Apple ou Google, que chega até 30%. Além disso, a Apple ainda tem os serviços próprios dela, como Apple Music, Apple TV, iCloud e outros Então além da Apple ganhar na venda do smartphone, ela ganha muito dinheiro mantendo o cliente.
Segundo uma análise de performance do ano fiscal de 2023, feita pela Forrester, a Apple  vendeu o equivalente a 298 bilhões de dólares em produtos e 85 bilhões em serviços. Produtos representaram 78% das vendas, enquanto serviços 22%. O interessante é que a venda de produtos caiu 6% ano a ano, enquanto  a venda de serviços cresceu 9% ano a ano.
Mas o que é ainda mais interessante é que a  margem de lucro bruta para produtos foi de 37%, enquanto para serviços chega a 71%. Isso deixa claro que pra Apple, manter o cliente no seu ecossistema é mais  importante que vender um aparelho novo. O que pode ser comprovado pela alegação da  própria empresa de que iPhones duram o dobro das concorrentes, tendo uma vida útil média de  46 meses, comparado com 23 meses dos Androids.
E também de que a Apple se mantem  atualizando seus smartphones por até 6 anos. Em matéria de 2021 da Techtudo, a Samsung  havia se comprometido em dobrar as atualizações dos seus smartphones de 2 para 4 anos. Dessa forma, a Apple não precisa inovar em todo lançamento, na verdade  é provável que ela nem queira.
O custo pra desenvolver produtos inovadores  é muito mais alto do que simplesmente atualizar e melhorar a versão anterior. Assim o cliente que comprou a versão do ano anterior não se sente pressionado a  comprar o novo lançamento, e mantém o seu smartphone por algo entre dois a três anos. Ele se mantém no ecossistema da Apple, continua assinando os serviços Apple  e gerando receita através dos demais serviços da empresa, que é justamente  onde a empresa tem mais margem de lucro.
Olhando por essa ótica, é muito mais  interessante pra ela aumentar a sua base de usuários do que aumentar a receita por produto. E o resultado disso é que, o lado inovador com os lançamentos espetaculares dos iphones  do início, deram lugar a menos inovação, mas consistência e regularidade de  lançamento, já que fazem isso todo o ano. E por estar cada vez mais posicionada como uma  empresa de serviços, a Apple valoriza ainda mais suas ações, já que o mercado tende  a valorizar empresas de serviço por um múltiplo maior do que empresas de hardware.
E se isso já não fosse bom o suficiente pros investidores, a Apple também passou a  distribuir dividendos para seus acionistas. Um dividendo basicamente é a empresa dizendo: "E tenho tanto dinheiro sobrando que não tenho  nem onde investir dentro da minha própria empresa, então, como gesto de gratidão pelo seu  investimento, pega aqui esse dinheiro de volta. Se você continuar investindo  em mim, eu vou seguir te pagando” Não é atoa que as maiores empresas  do mundo estão nos estados unidos e assim como as maiores bolsas de valores.
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Por esse vídeo é isso, um  grande abraço e até mais.
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