[Imunologia] 4 - Sistema do Complemento

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MedCanal
Neste vídeo, falo sobre o sistema do complemento, cascata de proteínas plasmáticas com importantes f...
Video Transcript:
fala pessoal tudo bem continuando a nossa maratona imunológica aqui no Med canal Hoje a gente vai falar um pouco sobre o sistema do complemento [Música] bem-vindos bom pessoal então o que que é o complemento o que que é o sistema do complemento o sistema do complemento é uma cascata de proteínas que vai est presente no plasma e essas proteínas quando elas forem ativadas a gente vai ver como elas são ativadas elas vão provocar a morte tanto de células infectadas quanto dos próprios patógenos né no caso de uma bactéria por exemplo e vai também desencadear uma
resposta inflamatória a gente vai ver no próximo vídeo que a inflamação ela é muito importante né para potencializar a resposta imunológica eh principalmente da imunidade inata então o complemento ele é capaz de induzir aise de uma célula alvo ou de um patógeno o complemento também ele facilita A fagocitose de um patógeno através de um processo que é chamado de opsonização opsonizar nada mais é do que marcar uma célula por exemplo para que ela seja fagocitada então toda vez que uma molécula faz uma opsonização a gente chama essa molécula de uma opsonina e a gente vai
ver que várias moléculas do complementos funcionam como opsoninas aliás as principais opsoninas são moléculas do complemento e anticorpos O que as opsoninas fazem é grudar no patógeno E aí as células fagocitárias como os macrófagos e as células dendríticas elas vão ter receptores para essas opsoninas então isso Vai facilitar né a ligação desses fagócitos nessas células né E A fagocitose consequente Então mas Além disso O complemento também ele atua na remoção de imunocomplexos imuno complexos são complexos formados pela ligação entre antígeno e anticorpo e o complemento também a ativa a resposta inflamatória a gente vai ver
que várias moléculas do complemento são moléculas que tem a capacidade de ativar a inflamação Além disso eu falei para vocês que o complemento ele provoca a Lise né de de células infectadas ou de patógenos e ela faz isso não através de apoptose mas ela provoca necrose nessas células Então essas células quando sofrem necrose elas vão liberar no meio externo é o conteúdo interno delas e esse conteúdo interno quando liberado no exterior tem grande capacidade de ativar uma resposta inflamatória Então nesse sentido o complemento vai também eh potencializar a resposta inflamatória o complemento ele pode ser
ativado através de três vias que é a via clássica a via alternativa e a via das lectinas porém não importa por qual das vias eh eu ative o sistema do complemento todas as três vias elas vão convergir para um evento comum que é a clivagem de uma eh das moléculas do complemento que é uma molécula chamada C3 e essa molécula vai ser clivada em duas partes C3 a E c3b então todas as três vias a gente vai ver que cada uma começa de uma forma mas as três convergem para esse evento a clivagem do C3
em C3 a e c3b Então veja bem não importa qual das três vias eh do complemento for ativada todas elas vão convergir para esse evento que é a clivagem dessa proteína que é a proteína C3 que é uma das proteínas do complemento e aí ela vai ser clivada em C3 a que é esse pedacinho menor e c3b o c3b ele é uma opsonina isso porque ele vai se ligar na superfície do patógeno do microrganismo né facilitando A fagocitose já o C3 a esse fragmento C3 a ele é uma molécula que ativa processos inflamatórios então a
opsonização facilita fagocitose e a inflamação ela vai recrutar e mais células para aquele local principalmente neutrófilos que é uma célula especializada em fagocitose porém se mesmo assim aquele antígeno não é a cascata do complemento ela continua e vai potencializar aquela resposta como é que ele faz isso o c3b que tá aqui na superfície do microrganismo ele vai recrutar para aquele local algumas moléculas entre elas uma molécula que é a molécula do C5 que é essa daqui e aí esse C5 ele também vai ser clivado em C5 a e c5b da mesma maneira o C5 a
é uma molécula que vai e recrutar né o processo inflamatório e o c5b vai e opsonizar ele vai também grudar na parede aqui do microrganismo fazendo a opsonização dele e aí esse C5 na superfície do patógeno ele vai recrutar outras proteínas como C6 C7 C8 e C9 essas não vão ser clivadas o C9 em especial ele vai polimerizar né vai formar um polímero aqui na membrana do microrganismo formando esse complexo de ataque à membrana isso nada mais é do que um uma comunicação entre o meio interno daquela célula e o meio externo com isso Você
vai formar uma espécie de canal E aí essa célula vai começar a perder né moléculas que estão dentro dela E aí essa célula acaba morrendo por desequilíbrio osmótico o C3 a e o C5 a como eles desencadeiam o processo inflamatório elas são moléculas que são chamadas de aná toxinas né que são substâncias que provocam uma reação inflamatória vamos começar a ver então cada uma das três vias do complemento e a gente começa pela via alternativa bom a via alternativa ela vai iniciar com a clivagem espontânea do C3 ali no plasma então o C3 ele vai
est sendo clivado espontaneamente o tempo todo ali no plasma claro que é uma taxa muito baixa né e aos pouquinhos uma ou outra molécula vai sendo clivada espontaneamente Porém se não houver nenhum patógeno ali presente pro c3b opsonizar esses dois fragmentos vão ser degradados E aí não vai haver uma continuação da resposta né do complemento pela via alternativa porém se houver um patógeno livre ali no no ambiente aí a gente vai continuar com a sequência da via alternativa do complemento então o C3 ele vai est sendo clivado e no plasma o tempo todo a uma
taxa muito baixa porém o processo da via alternativa só vai continuar se tiver ali um patógeno pro c3b se ligar se não houver nenhum patógeno o que vai acontecer é que esse c3b vai ser hidrolizado e inativado E aí a gente não vai ter uma continuação Então dessa via do complemento porém se esse c3b encontrar um microrganismo encontrar um patógeno para ele se ligar então ele vai se ligar e aí ele vai continuar a Cascata da via alternativa E como que isso acontece quando o c3b ele se liga que na superfície do patógeno ele vai
recar uma outra proteína que é essa proteína aqui que é chamada de fator B E aí com a ajuda de um catalisador que é o fator D vai haver então a clivagem do fator B ele vai ser clivado em Ba e em BB o fragmento ba ele não tem nenhuma função ele vai ser degrad D só que agora eu vou ter ali ligado no patógeno esse complexo aqui que é o c3b ligado ao BB esse complexo c3b BB a gente chama de C3 convertase E aí agora essa C3 convertase vai começar a clivar várias moléculas
de C3 Então não vai ser mais aquele processo a uma taxa bem pequena como era antes quando eu não tinha o patógeno ali no ambiente né Essa C3 convertase vai então servir como enzima vai catalisar a clivagem de várias moléculas de C3 em c3b e C3 a aí Lembrando que o C3 a ativa inflamação e o c3b vai opsonizar e aí a gente vai ter vários c3b se ligando ali a superfície do patógeno agora Note que um desses c3b clivado ele vai se ligar ali no complexo c3b BB formando então um novo complexo c3b BB
c3b esse complexo passa a se chamar C5 convertase essa C5 convertase vai catalizar a clivagem do C5 em c5b e C5 a E aí esse C5 Então vai recrutar C6 C7 C8 C9 a gente vai ter a formação daquele complexo de ataque a membrana a gente vai ver já já como é que funciona essa etapa Final O importante é você se lembrar que a via alternativa começa com a clivagem espontânea de C3 E aí vai culminar né em todo aquele processo que é comum as três vias Vamos falar agora então sobre a via clássica na
Via clássica você vai ter um complexo formado por antigo e anticorpo E aí essa via clássica vai se iniciar pela ligação de uma proteína do complemento que é a proteína C1 a esse complexo antígeno anticorpo Então se lá na via alternativa eu começava a via com a clivagem espontânea de C3 na Via clássica eu começo a via com a ligação da C1 ao Complexo antígeno anticorpo é isso que a gente vê aqui olha a gente tem então um patógeno um microrganismo né com um antígeno ali na membrana dele que já se ligou a um anticorpo
aí eu vou ter então A chegada dessa proteína aqui que é a proteína C1 que vai se ligar a esse complexo antígeno anticorpo iniciando a via clássica quando a proteína C1 se liga ao Complexo antígeno anticorpo ela vai recrutar a proteína C4 que vai então ser clivada em C4 a e c4b o c4b ele se liga aqui na superfície do patógeno só que ele não é uma boa opsonina porém ele não é necessário como opsonina né porque ali a gente já tem o anticorpo ligado na superfície desse patógeno o anticorpo sim é uma boa opsonina
o c4b ele vai recrutar uma outra proteína que é a proteína C2 e vai clivar essa proteína C2 em C2 a e c2b que também não são boas opsoninas nem anafil toxinas porém o complexo c4b doa é a C3 convertase da Via clásica essa C3 convertas vai então clivar várias moléculas de C3 em c3b e C3 a E aí eu vou ter esse c3b é se ligando à superfície do patógeno o c3b sim é uma boa opsonina e a gente vai ter também um c3b se ligando ao Complexo c4b 2ax c4b C2 a c3b que
é uma C5 convertase que vai então clivar o C5 em C5 a e C5 B sobre a via clássica eu tenho duas observações Como você tem a formação de um complexo antígeno anticorpo eu tenho que Obrigatoriamente já ter tido anteriormente né a ativação de um linfócito B né que produziu aquele anticorpo mas essa ativação ela pode ter acontecido numa infecção anterior né E aí eu tenho anticorpos de memória ali no plasma outra observação é a diferença entre a C3 convertase e C5 convertase da via alternativa pra C3 convertas e C5 convertas da Via clássica você
vai ver que elas são formadas por partes diferentes Você viu que na via alternativa a minha C3 convertas ela era formada por um c3b BB enquanto na Via clássica a minha C3 convertas é um c4b 2 A da mesma forma a C5 convertase na via alternativa vai ser uma c3b BB c3b enquanto que na Via clássica vai ser um c4b 2 A 3B tá então fiquem atentos a essa particularidade por fim a gente vai ter a via da lectina a via da lectina é uma via muito parecida com a via clássica porém ela vai se
iniciar com a ligação de uma proteína que é a lectina é diretamente a superfície do patógeno e ela vai se ligar a um resíduo de manose na superfície do patógeno Você lembra que na última aula quando eu falava dos receptores que reconhecem padrões né né de microrganismos eu falei que vários microrganismos TM na sua membrana a manose que é um açúcar que não existe né nos mamíferos mas existe em vários microrganismos e a via da lectina então vai se aproveitar dessa manose para iniciar a via Então essa daqui é a lectina e você vai notar
que ela é uma molécula muito parecida com o C1 lá da Via clássica essa lectina vai se ligar aqui na membrana do patógeno a esse resíduo de manose E aí a partir daí a gente tem o restante da Via Idêntica a via clássica A única diferença é que a lectina funciona no lugar de C1 então é importante a gente lembrar como que cada uma das três vias se inicia a via Nativa começa com a clivagem espontânea do C3 no plasma a via clássica começa com a ligação da proteína C1 ao Complexo antígeno anticorpo e a
via da lectina começa com a lectina se ligando a manose na superfície do patógeno a gente viu que todas as três vias convergem pra clivagem de C3 em C3 a c3b E aí você tem a formação da C3 convertase e da C5 convertase de forma que a gente terminou o estudo de cada uma das vias com a formação de C5 a e c5b a gente vê agora Então como que as três vias continuam de maneira comum pra formação daquele complexo de ataque à membrana então você vê aqui né aquela etapa que a gente falou do
C5 clivado em C5 a E c5b lembrando que o C5 a é uma anafil toxina porque induz a inflamação e o c5b ele vai recrutar outras proteínas como C6 C7 C8 que vão formar aqui né um complexo na membrana recrutando o C9 né a gente vai ter várias e moleculin aqui de C9 formando então esse poro na membrana que é o complexo de ataque a membrana esse complexo de ataque a membrana vai formar vários buracos mesmo na superfície da célula que vai desestabilizar essa célula levando ela A Lise por desequilíbrio osmótico Lembrando que além da
Lise o complemento ele induz A fagocitose através da opsonização os fagócitos vão tem sua superfície receptores que reconhecem as opsoninas do complemento né facilitando assim o processo de fagocitose Além disso O complemento vai também ativar eh o processo inflamatório falando em inflamação Esse é o assunto do nosso próximo vídeo que inclusive eu vou gravar aqui na sequência Então logo logo já deve est no ar eh espero que vocês tenham gostado que tenham é um assunto um pouco chato porque é uma cascata mesmo de proteínas e vai uma clivando a outra ativando a outra os nomes
São muito parecidos Então você tem que ter um pouco de atenção ao estudar esse assunto a gente se vê no próximo vídeo sobre inflamação até lá e um grande [Música] abraço n
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