IV Curso Livre Marx-Engels | Marx, Engels e a crítica do Estado e do direito | Alysson Mascaro

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TV Boitempo
Nesta aula de abertura do IV Curso Livre Marx-Engels, ministrada pelo jurista e filósofo do direito ...
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Boa tarde a todos em nome da boitempo editorial do SESC da fundação Lauro Campos Fundação Maurício grabis Fundação Rosa Luxemburgo e o programa de pós-graduação da faculdade de arquitetura e urbanismo da USP a gente d a Boava a todos vocês para essa quarta Edição do curso livre Marx engels que encerra o projeto Marx da criação destruidora o projeto Marx da criação destruidora mobilizou um público de mais de 15.000 pessoas em eventos de seis cidades desde março até hoje aqui no Brasil eh mostrando que realmente a o interesse pela tradição marxista na contemporaneidade é enorme essa
quarta Edição do curso livre Marx engels dá continuidade a um projeto iniciado pela boit tempo em 2008 de aulas de introdução a vida e obra de Carl Marx a primeira edição do curso foi em 2008 na PUC de São Paulo e homenageou o intelectual marxista Jacó gorender autor dentre outros de um estudo sobre a história do Capital que foi incluído na edição do Capital que a boitempo lançou no início desse projeto aqui no Sesc também em 2008 na uerg a gente teve a segunda edição do curso que homenageou Leandro con e no ano passado em
2012 a gente teve a terceira Edição do curso no sindicato dos bancários de São Paulo Osasco e região que homenageou ao final de seu Curso Carlos Nelson Coutinho nessa quarta Edição a gente tem uma diferença programática em relação às primeiras três edições que inclusive foram todas gravadas e podem ser assistidas no canal da boit tempo no YouTube ah a diferença é que Enquanto nas outras edições abordagem e da vobra de Marx zengel se dava pelos pelas obras pelos títulos tulos eh neste curso que começa hoje e que vai até a quarta-feira da semana que vem
a gente tem uma curadoria de José Paulo Neto eh com ênfase numa numa organização cronológica e temática Então nem sempre vai ser completamente cronológico nem sempre vai ser puramente temático mas esse é o norte dessa programação de cunho dialético Zé Paulo estará aqui amanhã conosco né a gente inicia hoje a a aula o curso com a aula do Alisson Alisson Leandro mascaro seguindo com a aula do professor Antônio rago da PUC SP e da Fundação Santo André e lembrando a todos o formato e é o seguinte ah a gente terá uma aula de aproximadamente 1
hora e me0 uma exposição de 1 hora me seguida de questões que podem ser enviados pelo público Ah temos aqui o bloco de notas que todos devem ter recebido que tem uma umas páginas destacáveis para perguntas e elas podem ser encaminhadas ao pessoal da produção que vai estar nas laterais do auditório durante toda a aula então vocês podem encaminhar então ao fim dessa exposição a gente tem um uma leve pausa um uma pausa rapidinha e volta paraa resposta das questões eh inclusive quem tiver interesse ah a boitempo tem ah lá fora a venda toda a
coleção Marx engels e o livro que o Alisson Leandro mascaro tá lançando hoje né que acabou de chegar da gráfica que é o estado e forma política que inclusive foi definido pelo slavis Isac que abriu o projeto aqui no Sesc como a obra mais importante do pensamento marxista das últimas décadas isso enfim fica o convite a todos a encontrarem essa obra então Eh no intervalo também Se tiverem interesse porque ao fim da ah da exposição e das respostas às questões a gente vai ter uma breve um breve sessão de de autógrafos com Alisson eh que
inclusive é autor do prefácio A Crítica da filosofia do direito de Hegel de Marx que ganha agora uma nova edição pela boit tempo que chegou nesse instante da gráfica tá lá do lado de fora mas que então é um é um acréscimo à edição que a boitempo já tinha realizado eh inclusive o o livro do Alison vai ter um lançamento no próximo dia 18 no Sindicato dos Bancários que quem tiver interesse ele vai expor mais detidamente a temática do livro e enfim lembrando a todos que as aulas eh são são oito aulas a cada uma
com professor diferente vocês devem estar familiarizados com a programação vocês receberam apostila que tem um textos de cada professor ah apresentando o curso e na última aula como mencionei anteriormente a gente tem sempre uma homenagem a um grande intelectual marxista brasileiro e o homenageado desse ano é o Francisco de Oliveira sociólogo a professor aposentado da Universidade de São Paulo que estará aqui para receber a homenagem Encerrando o curso na semana que vem então gostaria de chamar ao palco Alisson [Aplausos] mascaro o tema dessa primeira aula é a crítica do estado e do direito a forma
política os livros que serão abordados são a já mencionada crítica da filosofia do direito de Hegel de Marx o 18 de brumar B tamb de e o socialismo jurídico deel publicado após a morte de Marx vou fazer uma apresentação então do professor Alon mascaro Alon Leandro mascaro é jurista e filósofo do direito nascido na cidade de Catanduva em São Paulo em 1976 é e Liv docente em filosofia eor direito pela Universidade de São Paulo Largo São Francisco professor da tradicional Faculdade de Direito da USP e da pós--graduação em direito da Universidade Presbiteriana McKenzie além de
fundador e professor emérito de muitas instituições de ensino superior publicou dentre outros livros filosofia do direito e Introdução ao Estudo do direito pela Editora Atlas e Utopia e direito an Block e a ontologia jurídica da Utopia pela Editora quarti latan é o prefaciador da edição Brasileira de indefesa das causas perdidas de la Voice Isac e da nova edição de crítica da filosofia do direito de Hegel de k Marx ambos lançados pela boitempo assim como o novo estado e forma política passo a palavra ao professor arison Boa tarde a todos é uma alegria encontrá-los aqui neste
momento quando se dá início ao quarto ciclo do curso Marx engels e eu vejo aqui nesta plateia queridos amigos e amigas pessoas que compartilham o interesse pela reflexão em torno do Marxismo é uma felicidade muito grande estarmos aqui neste momento para iniciarmos esta jornada que se estenderá por duas semanas em das obras de Marx e de engels que tratam a respeito daquilo que é o fundamental de sua produção aquilo que é o cerne de Todo pensamento que envolve o Marxismo e o fundamental do socialismo na atualidade é uma alegria estarmos aqui juntos eu quero ao
final desse nosso encontro falar em específico de algumas outras questões inclusive de algumas outras obras mas em especial minhas senhoras e meus senhores eu quero nesta ocasião iniciar o curso Marx engels tratando de três obras de Marx e de engels publicadas pela Editora boitempo nos últimos anos algumas delas já há tempos passados e outras recentemente obras que T um eixo temático este curso Marx Engel estará nesse momento sendo iniciado com uma reflexão que tem um tema e o tema é política e direito portanto é muito importante para todos nós que nós comecemos Esta etapa de
reflexão sobre Marx sabendo que isto que vamos aqui trabalhar tem um impacto tem uma repercussão para nós imediata porque a política para todos nós é um dos pontos e mais importantes mais relevantes do nosso agir no mundo existem reflexões de Marx que são as mais avançadas No que diz respeito ao método a epistemologia a possibilidade de entendimento da própria filosofia do que é a sociedade de como se pode compreender as bases desta mesma reflexão social e no entanto tem existem alguns outros livros de Marx de engels que tem a capacidade de não só O que
é a compreensão filosófica de mundo mas também como agirmos Nesta mesma realidade Ou seja que se espera que se pode ter neste mundo que se pode fazer neste mundo em busca da transformação política da própria sociedade os livros com os quais nós vamos trabalhar e que iniciam esta jornada do quarto encontro Marx engels são os livros portanto de política mas uma coisa minhas senhoras e meus senhores são três grandes obras que cobrem exatamente a sequência da evolução do pensamento marxista sobre estado política e também direito uma obra da Juventude de Marx uma obra do Marx
já maduro aprofundando o seu pensamento desenvolvendo de modo melhor suas ideias e suas possibilidades de leitura política de mundo e uma obra de plena maturidade escrita pelo sucessor intelectual de Marx já após a morte de Marx tratando de um balanço sobre a política naqueles tempos do final do século XIX estas obras minha senhoras e meus senhores a primeira delas A Crítica da filosofia do direito de Hegel obra de juventude de Marx uma das obras mais impactantes de toda a literatura do próprio Marx uma obra belíssima inclusive em termos estéticos depois dela o 18 de Brumário
de luí Bonaparte uma obra já de 1852 uma obra do Marx já com maturidade intelectual refletindo a respeito do seu tempo dos problemas da sociedade capitalista do seu tempo e uma obra ao final de Engel e os escreveu esta obra com kautsky é uma obra escrita por dois autores kaut que no tempo em que estava muito próximo de Engel e das lutas revolucionárias ao final do século XIX ambos escreveram um notável pequeno livrinho que se chama o socialismo jurídico estes Três livros que são de três etapas diferentes eles são para todos nós um belo termômetro
um belo índice de como se desenvolve o pensamento político marxista os que se encontram aqui nesta plateia e já tem uma ampla vivência uma ampla leitura a respeito dos textos de Marx conhecem eventualmente bem a literatura marxista quando voltam a ler ou quando leem pela primeira vez alguns desses três livros ou os três livros se espantam com a capacidade de postulação teórica que estes livros na sequência nos dão nos oferecem quem nunca teve acesso a literatura de Marx ou de engels quem está pela primeira vez ouvindo a respeito das questões do Marxismo tem também nesses
três livros Talvez o vadmecum o primeiro passo a base pela qual se pode compreender os termos políticos do próprio Marxismo e alguém dirá mas são textos do século X o que tem para nós de política no século XX estes Três livros a nos ensinar meus senhores basicamente todos os pontos todos os tópicos que Marx e os e Cut aqui nesse caso também já nos postularam no século XIX em todas as etapas do século XIX eles são basicamente os mesmos temas e horizontes e propostas de abordagem de mundo que temos até a atualidade estudar o passado
portanto neste caso aqui não é simplesmente uma prova de erudição estudar o passado é fundamental para que nós possamos compreender quais os nossos passos no presente mais um dado minhas senhoras e meus senhores que também é muito peculiar nós estamos começando com uma reflexão política que é exatamente a mais impactante a imediata a que nos ensina as balizas os horizontes os caminhos para o mundo portanto nos dá diretrizes práticas mas ao mesmo tempo fica aqui mais um dado Além Deste político Além Deste sobre o estado nestas três obras esp na e na ter estão tratando
também de direito e aí muitos que são vinculados aqui a uma formação jurídica também que não esperam do Marxismo em muitas ocasiões uma postulação mais cuidadosa mais atenta à questões do direito encam comes livros pergunt como é iní falado tanto e tenha cuidado tanto das questões do próprio direito meus senhores por um dado muito peculiar que nós nos esquecemos mas que é fundamental para entendermos a trajetória do próprio pensamento de Marx Marx não fez faculdade de Filosofia não fez Faculdade de Ciências Sociais e essa faculdade nem existiria no século XIX não fez faculdade de história
geografia letras nada disso Marx fez faculdade de direito que era Justamente a faculdade que até o século XIX fornecia nas ciências humanas o arcabouço mais tradicional sobre a sociedade sobre o mundo é por causa disso é por causa da formação de Marx no direito na Alemanha lá da primeira metade do século X que ele ainda muito jovem Então escreve esta grande obra que se chama crítica da filosofia do direito de Hegel esta obra meus senhores revela um rapaz que estava na faculdade de direito que havia tido formação universitária de direito e que em algum momento
depois desta formação da Faculdade de Direito resolveu passar a limpo o seu passado resolveu tirar de frente tudo aquilo que havia aprendido para colocar nos eixos devidos a compreensão que tinha sobre o direito este livro é a crítica da filosofia do direito de Hegel uma das obras volto a dizer mais importantes de Marx em especial porque é uma obra que revela desde o início O Termômetro do que pensava este jovem Marx e o que pensava este jovem Marx também revela também dá possibilidade de entendimento de como se estruturava o pensamento jurídico do seu tempo é
uma crítica ao seu tempo é uma crítica ao pensamento jurídico do seu tempo esta é a obra que inaugura a tradição aqui desta nossa reflexão para aprofundarmos toda esta evolução do pensamento de Marx e também depois de engels e kautsky é preciso que nós lembremos minhas senhoras e meus senhores desde o início que quando se fala a respeito de Marx e de engs seu grande companheiro intelectual nós não podemos ler a obra de Marx como se ela de começo a fim estivesse dizendo sempre as mesmas coisas e os mesmos assuntos isto não existe na história
não permite algo nesse sentido e os grandes os maiores filósofos da história eles não produziram em geral uma obra de uma só fase ou de um só pensamento ou seja eles vão amadurecendo com o passar do tempo eles vão desenvolvendo possibilidades de compreensão de mundo melhores eles vão tendo aqui certas fases da sua obra que vão identificando inclusive Onde estão no conserto das possibilidades políticas sociais nos horizontes de mundo portanto desta mesma visão destes filósofos eu dou um exemplo do passado nem Platão que é um homem que para nós é praticamente um bloco só de
Filosofia e Platão é um bloco só de filosofia porque começou a escrever sua obra com 40 anos de idade daí paraa frente ele não escreveu jovenzinho escreveu bem Depois a sua obra até em Platão que o passado olha e diz por lá parece sempre a mesma coisa os estudiosos de Platão olham com uma lupa Platão e dizem não existe um Platão das primeiras obras e um Platão das últimas obras o que Dirá um menino genial como era Marx que desde a fase da faculdade já escrevia e escrevia brilhantemente Este menino se tornou um homem com
uma cabeça com uma capacidade filosófica imensa e depois daí Com passar dos anos esse desenvolvimento das suas ideias se torna cada vez mais pleno o Marco minhas senhoras meus senhores já que estamos aqui iniciando a trajetória do curso Marx engels o Marco fundamental do pensamento de Marx é a sua última obra o capital Esta é a referência é como se nós disséssemos aqui é o termômetro Geral de Todo pensamento de Marx é o melhor pensamento de Marx capital que inclusive este ano foi lançado pela Editora boitempo em tradução Direta do Alemão aqui está o melhor
Marx as demais obras têm que ser pensadas Como Estrelas nesta constelação ou como planetas e o sol sendo o capital como obra fundamental aquilo que eu vou dizer hoje também falando de um livro de Engel revela então uma obra que é essa de Engel o socialismo jurídico que foi escrita depois do capital e por isso essa obra também é belíssima Porque ela foi escrita conforme toda a base toda a produção todo o fundamento daquilo que seja a própria política a partir do Capital muito bem mas Marx chega no final da sua vida à maturidade plena
do capital e no entanto tem uma história passada esta história não começa com a crítica da filosofia do direito de Hegel A Crítica da filosofia do direito de Hegel pelo contrário Talvez seja um dos melhores livros da primeira fase mas não é o único Marx escrevia Desde o tempo da faculdade no jornalzinho da faculdade talvez não se chamasse centro acadêmico como a gente chama aos nossos da faculdade mas vejam escrevi artigos já desde aquele tempo e quando nós vamos voltar para o passado para buscar o que Marx escreveu alguém há de lembrar que no tempo
da faculdade de direito ele escreveu tal artigo no jornalzinho da faculdade e alguém guardou isto portanto a história conta desde esses textos perdidos de marqu no passado e aí vai se dando a evolução do seu pensamento meus senhores a obra de Marx portanto está marcada nesta primeira fase por tdo aquilo por tudo aquilo que era a formação dele próprio é a isso que a leitura do Marxismo chama de jovem Marx o Marx da Juventude é este homem que estava este jovem que está acabando a faculdade de direito logo em seguida ingressa nas lutas sociais dos
trabalhadores sempre de um modo bastante crítico de um modo bastante contundente com uma atitude uma postura na sociedade de muito embate em relação a tudo aquilo que estava dado tanto assim que foi sucessivamente em vários exílios foi saindo da Prússia e foi até parar na Inglaterra numa longa trajetória da vida pessoal inclusive Este é Marx A Crítica da filosofia do direito de Hegel é um dos grandes livros do final da Juventude de Marx ali depois de 2 3 anos os teóricos do Marxismo costumam dizer que esta primeira fase do jovem Marx já foi abandonada Portanto
ele já começa a produzir um pensamento mais adulto o 18 de Brumário de Luiz Bonaparte é um dos livros adultos de Marx é um livro com grande capacidade de elaboração política com enfrentamento inclusive teórico de mundo muito melhor do que a própria crítica da filosofia direito de Hegel já revela aqui um grande monumento da teoria política do próprio Marx há quem Considere os não marxistas porque os marxistas gostam de too a obra de Marx os não marxistas respeitam o 18 de Brumário por acharem que este é um dos livros fundadores da Ciência Política contemporânea ou
seja aquilo que mais ou menos nos dias de hoje você possa chamar teoria política ou Ciência Política teve um impacto de Formação com esta 18 de Brumário do próprio Marx e ao final então Eng depois do Capital produz o socialismo jurídico on está Marx para o seu início de trajetória um rapaz formado em Direito na Alemanha e quem se formasse em Direito aleman aprendia termos de Horizonte filosófico no início do século XG inclusive porque Hegel o grande filósofo do início do século X na Alemanha também cuidou do direito e também deu aula na Faculdade de
Direito a mesma faculdade na qual Marx foi aluno Hegel lá foi professor só que Hegel não foi professor de Marx porque nem a cronologia da idade permitiria isso quando Hegel morreu Marx era menino mas Marx foi aluno dos alunos de Hegel os alunos de Hegel um dia viraram professores e foram esses alunos de Hegel e colegas de Hegel estes Sim professor de Marx então Marx aprendeu ao seu tempo de primeira metade do século XIX na Alemanha aprendeu com seus professores a ler a política e o mundo a partir das lentes hegelianas e o mais importante
livro político de Hegel o livro político não filosófico é um livro chamado princípios da filosofia do direito era um livro resultado das suas aulas na faculdade de direito Hegel que é um gênio da teologia um gênio da metodologia filosófica um gênio da epistemologia o criador do método dialético de uma forma basicamente aproximada daquilo que ele se apresenta até os dias de hoje ele dedicou-se também ao direito e o resultado disto é o seu livro princípios da filosofia do direito este livro não é só de direito nele em específico Hegel também cuida de questões filosóficas Gerais
e muita a gente percebeu que as questões mais importantes de Hegel para a filosofia ele fez constas no prefácio ao seu livro jurídico Por exemplo quando o Hegel falou que o real é igual ao racional isto que é base metodológica de Hegel não está nos livros filosóficos puros e Hegel está no livro jurídico é como se ele dissesse vou deixar com juristas aquilo que os juristas nunca vão ler e aí como os filósofos não vão atrás do livro jurídico fica uma garrafa lançada ao mar se algum dia alguém pegar esta mensagem muito bem Então ele
depositou muito da sua reflexão da dialética do entendimento de mundo nesta obra que é jurídica posso dizer aqui a todos os presentes na qualidade de um deles os juristas na média não entenderam que Hegel fez quando deixou essas sementes ou essas mensagens para os juristas como os filósofos também não leem um livro de direito não sentem necessidade de fazer isto ficou durante muito tempo perdido este mod de pensar o mundo ali na obra jurídica de Hegel o queocorre minhas senhoras e meus senhores é que Hegel marcou o início da trajetória de Marx não diretamente mas
indiretamente o contexto no qual Marx vivia era um contexto regiano E então depois da facade de direito Marx passa a limpo seu passado o seu sua forma anterior de compreensão de mundo aquilo que el havia sido ensinado e a partir daí Marx escreve A Crítica da filosofia do direito de Hegel dizendo Este é Hegel e eu não concordo com ele por causa de Tais e quais coisas então Aqueles que vem no jovem Marx também uma espécie de hegeliano tucur Ou seja estritamente hegeliano é bom que nós nos lembremos que Marx sempre foi contra Hegel apenas
no começo da sua produção ele escreve exatamente contra Hegel e por causa disso ele está preso em todo Horizonte do velho Hegel ou seja passar um tempo da sua produção falando de alguém quer dizer que este alguém é a minha referência ainda que seja para dizer que não concordo com ele é por causa disso que nós dizemos que este é o jovem Marx porque a sua referência é um outro depois em um certo momento ele vai abandonando o não sobre o outro e passa a falar um sim o sim dele ou melhor dizendo o seu
não em relação ao mundo mas não o não do outro meus senhores Hegel ao contrário de toda a tradição existente ao contrário de toda filosofia que se punha no século X Ele inaugurou o século X dizendo que o estado era a razão ou seja tudo que tivéssemos no mundo como Horizonte fundamental da nossa compreensão passava pelo Estado isto foi um choque no século X desde o seu início porque até o século XVI a Europa cuspia no estado os grandes filósofos do século XVI tinham horror ao estado e aqui todos até os que estão ainda no
ensino médio já podem acompanhar esta reflexão lembrando da história a burguesia no século XV no século XVII ela estava fora do poder do estado Quem estava no estado o estado era melhor dizendo o absolutismo era um monarca um soberano um rei que mandava de acordo com a sua própria vontade ninguém controlava o rei ninguém mandava acima do rei a justificativa inclusive desse mando absolutista era a de que o poder do Rei vinha de Deus portanto Deus deu todo poder pro rei e a partir daí o rei manda do jeito que quiser a burguesia era contra
isso portanto do século X no século 18 a burguesia dizia o estado não é a razão o estado não é a justiça a burguesia meus senhores pasmem mas todos sabem disso a burguesia já foi revolucionária um dia ela era contra o rei a nobreza o absolutismo os privilégios portanto a burguesia em um certo momento da história disse isto aqui eu não quero Contra isso a burguesia falava que existia uma razão que estava muito distante do estado esta razão estava na cabeça de cada um era uma razão individual e todas as pessoas sabiam o que era
a justiça Se pensassem conforme um burguês Se pensassem em princípios universais que se afirmariam para todo sempre para todos e basicamente minhas senhoras e meus senhores esses princípios eram a defesa da propriedade privada a liberdade de contrato a autonomia da vontade e que a igualdade fosse afirmada no mundo mas pasmem também uma igualdade só perante a lei portanto nenhuma iG igualdade concreta isto era o horizonte da burguesia burguesia dizia dizia que isto estava na razão que habitava em cada Qual dos sujeitos em cada Qual dos indivíduos o melhor representante desta filosofia do século XVI é
Kant Kant pensa exatamente assim a razão não está no estado a razão está no sujeito nas possibilidades do sujeito por meio de uma ferramenta que é o imperativo categórico nas possibilidades de que ele pense racionalmente e chegue ao mesmo resultado que todos os demais se também usarem da mesma ferramenta resultado até o século XVII a burguesia era contra o estado mas meus senhores um dia de tanta luta e com tanta com tanto embate um dia a burguesia tomou o poder nos estados e ela passou 200 anos dizendo o estado não é racional o estado Não
é justo o justo está na cabeça de cada um um dia a burguesia tomou o poder nos estados e da noite pro dia neste momento disse então a burguesia tudo que nós falamos até ontem esam esam o que eu escrevi disseram disse alguém inspirado nisso agora eui o poder nos estados e atir de agora a razão é o estado portanto a partir desse momento o que a burguesia disser dentro do Estado Isto é a razão Claro não foi só isto tão chocantemente assim houve uma desculpa muito esfarrapada a desculpa da burguesia era toda a razão
que nós tínhamos na cabeça até o século XVII agora nós vamos transplanta para o estado e o estado será racional quando ele segue esta razão da burguesia até o século XVII resultado agora sim surgiu Hegel é o primeiro grande filósofo político da burguesia dentro do Poder dos Estados Kant é o último filósofo burguês da burguesia fora do Estado em 15 anos a burguesia toma o poder nos Estados o Marco exemplar aqui é a Revolução Francesa decant para reggel é a burguesia fora do Estado para a burguesia dentro do Estado agora todos aqui conseguem entender o
discurso que parece esquizofrênico da burguesia a respeito da política por 200 anos séculos x século XVI a burguesia era contra o estado a partir do século X e até os dias de hoje século XXX agora temos a nossa do mundo de hoje a do mundo de hoje é só se pode fazer política a partir do Estado o estado é a razão não gosta do Estado abra um partido político conforme o estado disser que tem que abrir e brigue dentro do Estado mas nunca fora do Estado o estado é burguês muito bem reggel neste livro Princípios
da filosofia do direito disse que o estado é a razão em si e para si de todo o livro de Hegel a parte mais importante é essa parágrafo 258 dos princípios da filosofia do direito o estado é a razão em si para si Claro a burguesia já está dentro do poder do estado isto o jovem Marx nos anos iniciais da do pós-revolução francesa nas décadas iniciais na Europa que estava fervilhando ainda no seu mundo burguês com algumas marchas para trás a Prússia ainda não tinha dado passo pra frente mas com contrapontos este era o mundo
que se tinha no início do século XIX Marcos aprendeu isto o estado é a razão agora meus senhores vem o primeiro petardo contra Hegel crítica da filosofia do direito de Hegel um rapaz de 25 anos de idade se dedica a pegar este livro de Hegel nas mãos e a dizer está errado daqui paraa frente emdo em tudo em todos os pontos que ele apresenta o livro de Hegel é um livro muito peculiar porque ele não é um texto dissertativo pleno ele é dividido por parágrafos cada item é fracionado em relação aos demais e portanto cada
item tem um tema que muitas vezes se esgota em si próprio Marx fez o mesmo ele foi acompanhando a ordem dos parágrafos e foi rebatendo os parágrafos com o seu texto texto de Marx inclusive nós não temos integralmente pra história esse texto era um rascunho quando se descobriu esse texto quando se quando se se deu a vontade de publicá-lo Este texto já não tinha o início eu falei por exemplo do parágrafo 258 de Hegel que é o mais importante o estado é a razão em si para si Marx provavelmente começou a fazer a redação do
seu livro A partir dali que é a parte mais importante do livro mas as primeiras páginas do seu caderno sumi o tempo perdeu de tal sorte que a gente começa de uns quatro parágrafos pra frente vai até o final do próprio livro Marx vai rebatendo ponta a ponta dizendo o estado não é a razão ou melhor pode ser a razão mas da burguesia a razão não é a razão de todos para todos que se apresente como absoluto do nosso tempo não é isto muito bem Marx começa Este trabalho e rebate ponto a ponto vou dizer
a todos os senhores e as senhoras aqui presentes Hegel já tem um texto difícil Marx que rebate ponto a ponto o texto de Hegel faz outro texto também muito difícil muito chato Em certas horas inclusive no entanto depois que ele escreveu esse livro Ele casou e foi pra lua de mel e na lua de mel tendo acabado de escrever o livro ponto a ponto parágrafo por parágrafo uns meses de depois ele resolveu escrever uma introdução ao livro e a introdução meus senhores não foi a primeira coisa que ele escreveu foi a última o livro já
estava pronto e demorou um tempinho aí para escrever esta introdução de tal sorte que de lá até hoje Toda vez que temos o livro de mar na mão a introdução vem ao final e as pessoas ficam até revoltadas ou espantadas dizendo mas como uma coisa que se chama introdução a um livro vem ao final do livro porque foi Exatamente isto ele foi evoluindo com o pensamento uns meses depois resolveu escrever este belíssimo livro esse belíssimo texto que é a introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel portanto quando os senhores se deparam com um
livro quando os senhores têm um livro na mão senhores perguntam Mas qual é o livro de Marx porque aqui eu vejo um Depois vejo o outro sendo que a introdução vem depois muita gente não consegue entender como é que funciona o livro então minhas senhoras e meus senhores o livro que rebate Hegel é a da filosofia do direito de Hegel rebatendo ponto a ponto o livro hegeliano depois ao final Marx escreve uma introdução a esse livro Só que na introdução pela primeira vez ele já tem as asas próprias ele não fica rebatendo mais reg a
introdução é como se fosse um livro próprio mas como é um livrinho ele nunca é publicado sozinho ele é o final da crítica da filosofia do Dire de Hegel este final é um dos textos mais belos não só de Marx mas é um doss textos mais belos da história o que um tem de chato lento Para se entender lento para compreender o outro tem de belíssimo começa com um osso e ao final chega ao filé Minon de uma maneira bastante magnífica neste pequeno texto que é o final da crítica da filosofia do direito de Hegel
Marx começa a refletir sobre o que é a sociedade capitalista ele começa a perceber que o problema do mundo não está no estado pela primeira vez este jovem Marx depois da lua de mel bastante emocionado e amoroso ele diz o seguinte o problema do mundo não é Hegel e também não devo ficar atrás de Hegel dizendo estado não estado Quanto estado pode Quanto estado não pode o problema do mundo é que o mundo está dividido agora vem pela primeira vez este grande conceito que identifica um dos fundamentos do próprio Marxismo o problema do mundo é
que o mundo está dividido em classes sociais Isto é o fundamental problema do mundo não é partido tal partido Qual estado tal governo tal Poder Legislativo executivo judiciário essas divisões que estão na órbita do estado para nós são imediatas mas não causam um grande problema nem explicam o mundo m de modo melhor o grande modo de compreensão do mundo é entendermos que o mundo está fraturado em classes sociais Aqui começa então o índice Aqui começa a Florescer o próprio Marxismo como nós o conhecemos e vejam meus senhores que este jovem Marx está tomando partido de
uma visão de mundo que até hoje boa parte das pessoas discorda sobre isto tem raiva a respeito dessa posição porque fundamentalmente as pessoas ficam revoltadas quando o marxista vem ensinar que o mundo está cindido em classes querem saber por quê Porque toda a sociedade capitalista ensina para nós que cada um é um eu tenho meu corpo a outra tem seu corpo o outro tem seu corpo nós somos cada um um um gosta de vestir com a da com a roupa tal a outra com a roupa qual como é possível juntarmos mais que um e Marx
não juntou mais que um para dizer um dois da homem um dois da mulher não é isto é mais do que isto 1 2 3 homens 4 5 6 mulheres assim vai tudo isto se junta e dá uma classe social e a verdade do mundo é a verdade das classes e até hoje passados tantas passadas tantas décadas e mais de século quase dois séculos até hoje as pessoas rejeitam a possibilidade de entender as classes que até hoje a pessoa diz mas eu eu sou uma pessoa que visto roupa tal como é que eu sou da
mesma classe daquele outro que se que se veste com a roupa qual vejam até hoje o mundo não aceita a noção de classe até hoje nós achamos que somos diferentes dos outros e Marx anunciou isso na introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel é quando compreendemos as classes sociais que nós entendemos inclusive os movimentos da política a política não é um acaso o eventual acaso da política se explica a partir das classes e se se explica a partir das classes agora a incumbência de Marx passa a ser outra por que existem classes como
elas se estruturam como elas se formam como elas se mudam como elas se alteram qual classe manda na outra na sociedade que é de tipo capitalista a classe majoritária A classe dominadora a classe exploradora é justamente a classe burguesa Mas por que assim por meio de que categorias a burguesia manda é só porque a burguesia tem a arma na mão que ela manda ou é porque ela tem um capital na mão vejam esta reflexão vai avançando até chegar no fundamento da sociabilidade capitalista que é o capital mas começou ali ao tacar uma pedra em Hegel
Marx não percebeu tacou uma pedra em Hegel mas foi começando a construir com estas pedradas o seu próprio Edifício uma pedra que sobrou por ali ele começou a fazer o alicerce da sua grande reflexão sobre as classes a sociedade capitalista aquilo que estava se organizando portanto naquele momento a introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel é uma das obras necessárias da leitura de qualquer pessoa que queira conhecer o Marxismo são 10 páginas belíssimas que concluem este livro e estas 10 páginas são inclusive marcantes para todos nós frases que muitas vezes nós nem sabemos
onde estão e nós repetimos a todo momento como por exemplo coisa que hoje volta a ser importante a religião é o ópio do povo que não tem nada a ver com reggel princípios da filosofia de direit de reggel ninguém associa de início esta frase ao livro crítica da filosofia do direito de regg está lá na introdução a esse livro que é a última coisa do livro portanto aquele que diss que quiser conhecer o que Marx falou sobre religião e onde está essa frase Belíssima que não é só isto isso é o final de uma frase
onde está esse desenvolvimento está nesse livro ou seja mais ou menos é mais um que jogou uma garrafa com as mensagens bonitas no mar e deu na mão dos juristas porque imaginou que ninguém fosse buscar justamente naquelas pessoas coisas tão magníficas se espera que Bons Frutos estejam guardados em boas árvores e não em contrário Enfim então ele rompeu um pouco com a lógica Alisson sim só avisando também que essa introdução da crítica da filosofia do direito de Hegel é o único texto de Marx que tá na apostila aqui contém pessoal recebeu na apostila então vejam
e já que todos TM apostila na mão basta então observarmos que está na página 45 infelizmente está no livro os senhores vêm lá no primeiro Pará da 45 a miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real a religião é o suspiro da criatura oprimida o ânimo de um mundo sem coração assim como o espírito de estados de coisas embrutecidos ela é o ópio do povo está aqui portanto uma das reflexões candentes desse texto poético belíssimo que é a introdução à crítica da filosofia do direit de
Hegel muito bem meus senhores Esse é o Marx que está nos dizendo o estado não é a razão a religião também não é o melhor sentimento do mundo embora ela seja o ópio do povo ou seja o povo sofrendo demais encontra a religião se agarrando nela como se fosse o lenitivo para si Mas esse lenitivo não cura doença Esse lenitivo é um espar drapo que nós colocamos na ferida é útil porque a ferida está sangrando Marx está não só fazendo uma crítica à religião mas dizendo que numa sociedade de desgraça a religião é lenitiva é
óbvio só que a religião não cura Então quem cura o estado também não quem cura é a luta das classes portanto Eis Aqui o primeiro Marx agora nós vamos chegar a um segundo momento depois depois de muito tempo Marx começa a analisar um fato insólito muito peculiar que se deu Justamente na entrada da década de 1850 na França veja nós estamos pulando aqui já alguns anos em termos históricos e aqui vem o 18 de Brumário de Luís Bonaparte em primeiro lugar aos que tomam contato com o livro pela primeira vez que que é Brumário que
que é 18 de Brumário no calendário da Revolução Francesa que alterou os meses do ano para constar conforme a sua própria eh narrativa isto aqui era um mês no dia 18 de Brumário no dia 18 deste mês de Brumário luí Bonaparte deu um golpe na França Esta é a história deste pequeno livro notável livro 18 de Brumário de luí Bonaparte que Aliás na tradução da editora boi tempo muito bem feita é de 18 de Brumário sendo que todos nós no Brasil dizíamos 18 Brumário como a gente não diz o dia de hoje 7 Maio a
gente diz 7 de Maio também penso que devamos dizer conforme o título do livro 18 de Brumário então é uma tradução que põe de novo de pé o nome correto como todos diriam enfim 1eo de Abril 31 de Março ou datas similares a 18 de brumar muito bem meus senhores luí Bonaparte deu um golpe aí vem a pergunta Quem é luí Bonaparte porque o sobrenome Bonaparte nós já conhecemos do Napoleão Será que se luí Bonaparte era o qu de Bonaparte é o próprio Bonaparte não tempos depois décadas depois houve um golpe na França e um
sujeito que todos consideravam um dos mais esdrúxulos da história política francesa um tal luí Bonaparte que cuja única coisa notável é era o fato de ter sido sobrinho de Napoleão era Exatamente isto este sobrinho de Napoleão que não era ninguém as pessoas inclusive tinham um alto desdém por essa pessoa este luí Bonaparte deu um golpe e pmem senhoras e senhores este golpe colou e Luís Bonaparte deu o golpe e tomou o poder na França e pôs a coroa na cabeça porque não foi um golpe presidencialista ele se declarou Imperador da França e pior os franceses
gostaram disso e que franceses os ricos a classe média muito ordeira que espera um golpe salvador da sua ordem constante gostou este luí Bonaparte pois a Corona na cabeça e se chamou Napoleão terceiro sen dizer mas como terceiro se teve o tio dele é porque o tio dele nomeou o irmão emperador da Espanha naquele tempo então o irmão é o segundo então ele seria o terceiro e assim houve um golpe resultado meus senhores todos analisavam esse golpe pela base do Espanto Vittor Hugo esse grande literato francês é um dos daqueles que escreveram um livro exatamente
no tempo do golpe dizendo como é possível que em pleno tempo normal cristalino tudo muito dado muito bem assentado a França já havia passado 60 mais de 60 anos do início da Revolução Francesa a França já cultivava o gosto democrático já fazia 60 anos na prática já o gosto Republicano também como é possível que a França tenha caído num golpe para nomear um Imperador como é possível que isso tenha acontecido resposta de Vítor Hugo só por conta desse absurdo esse homem é tão idiota que ninguém deu valor para ele resultado como ele foi crescendo crescendo
crescendo e as idiotices foram aumentando e todo mundo achava que ele era um idiota repentinamente este homem mandou no mundo francês uma espécie de buche sem uma coroa na cabeça Alfred Newman do desenho como nos dias de hoje Existem muitos aí no mundo político que a gente considera banal e são banais mesmo e um desses um dia pode dar um golpe muito bem é possí isto todos diziam ah os franceses estavam desatentos Ah ele teve sorte essa era a explicação de mundo Marx rejeitou tudo isto Marx ao mesmo tempo do calor do golpe também escreveu
o seu livro O 18 de brumar de luí Bonaparte que de início não era um livro eram artigos que ele escrevia para um jornal comentando como é que se dava esse golpe de Luiz Bonaparte aqui Marx deu um passo fundamental em ter de análise política qualquer um que queira entender a política dos nossos tempos passa por esse livro e aqui tem aqui se encontra um dos monumentos da reflexão da política na história que disse Marx nesse texto luí Bonaparte deu um golpe contra a burguesia de fato porque a burguesia administrava a França desde do começo
da revolução francesa tirando o lapso ali do Povo no poder Robes Pierre O resto é burguesia no poder luí Bonaparte tirou a burguesia do Poder no início dos anos 1850 como é que foi possível que a burguesia depois de 60 anos no poder tenha sido tirada do poder e um homem pôs uma coroa na cabeça e começou a mandar na França como se ele fosse dono da França disse Marx é porque nós precisamos entender agora O que vem a ser o estado a burguesia é uma classe cujos agentes de fato são Unidos por certos interesses
mas são agentes em concorrência o que eu quero dizer por isto quando nós dizemos a burguesia comercial nós nos lembramos dos grandes Comerciantes dos pequenos Comerciantes dos médios Comerciantes e Nós pensamos que que eles querem quanto ao salário do Trabalhador eles querem o salário de minuto porque aí todos eles lucram todos eles têm possibilidade de exploração do trabalho num nível maior Isto é o geral Mas se nós pensarmos que eles são também concorrentes entre si eventualmente um certo comerciante não quer que o outro seja o presidente da república e não quer por quê Por causa
de dor de cotovelo porque o outro começou na mesmo na mesma Vila que ele tinha uma lojinha como ele de repente ele ficou rico ficou pobre razões mesquinhas muitas vezes muito bem diz Marx a burguesia administra a França faz 60 anos e eventualmente a burguesia pode ter momentos que ela não consiga por conta de bater cabeça entre si ela não consiga explorar tanto o povo matar tanta gente fazer tantas coisas que ela deve fazer para afirmar a sua própria dominação porque Vejam a burguesia tem em geral um discurso que fala o seguinte nós defendemos o
direito nós defendemos a liberdade todos são iguais perante a lei esse discurso é tipicamente Burguês Em algumas ocasiões ela precisa matar o trabalhador ou os trabalhadores ou as insurgências das revoltas dos trabalhadores e às vezes o burguês que tem o punho de Renda ele não quer pegar numa arma ele não consegue fazer isto resultado Às vezes a burguesia não consegue ela própria dar cabo de seu próprio interesse Então o que acontece em certas horas quando a administração do capitalismo não consegue mais ser feita pela própria burguesia então identific com Marx aí vem o golpe aí
vem alguém de fora que nem burguês é que não tem nada com o passado com a vida burguesa ele dá um golpe no entanto na hora que ele impõe a ordem a ordem é burguesa porque ele não tirou casa de ninguém ele não desapropriou terra de ninguém ele não expropriou indústria de ninguém ele continua dando aquilo que é seu para cada qual burguês que tem aquilo que também é seu muito bem que que nós observamos nisto Em certas horas a classe burguesa não consegue administrar a sociedade em benefício do capitalismo foi o caso aqui da
França Luiz Bonaparte deu um golpe contra a burguesia para salvar o capitalismo olhem como é que Marx foi genial na sua análise a classe que controla o estado não necessariamente muda o estado mais que isto a classe burguesa vive numa sociedade burguesa não é porque ela classe burguesa esteja controlando o estado nas mãos o estado pode estar nas mãos de outros e mesmo assim a sociedade continua burguesa agora vem um ponto que para nós é fundamental é um passo adiante este passo eu quero dizer aqui a todos os presentes a maior parte das pessoas no
mundo hoje nem sequer se aventura a pensar isto porque isto já é um ponto muito avançado nós dizemos o seguinte se o pobre pegar o estado na mão então o Estado será a favor do pobre se os trabalhadores dominarem o Estado então a sociedade será em favor dos trabalhadores Marx está ensinando não a sociedade continua a mesma apenas nós colocamos lá um administrador desta sociedade A Fazenda é do fazendeiro quando o fazendeiro mora na fazenda ele administra a sua própria fazenda e quando ele começa a perceber que ele não dá mais conta de matar moscas
insetos cobras ratos ele se muda pra cidade aí nós vamos dizer quem ficou por lá administrando A Fazenda um trabalhador dele um administrador da Fazenda aí nós vamos diz ah agora A Fazenda virou dos trabalhadores mentira A Fazenda continua do fazendeiro apenas o fazendeiro foi morar na cidade e toda a lógica da Fazenda Continua em favor do fazendeiro tudo que o trabalha fizer inclusive o administrador da Fazenda fizer for será em favor do capitalista aqui é o 18 de brumar de Luís Bonaparte Luís Bonaparte não era um burguês típico vivia no mundo ap parte o
negócio dele não era ganhar lucro com aquilo que estava fazendo com o imperador ele era Mega lanico ele queria que as pessoas fizessem vassalagem para ele respeitassem a sua coroa enfim beijassem sua mão isso não dá lucro imediato isso não é interesse burguês isso é interesse Nobre absolutista de priscas eras portanto não é algo burguês o burguês não quer que ninguém beije a mão dele inclusive o burguês quer viver sozinho com muito lucro ele tá pouco interessar com coroa enfim a não ser em derreter o ouro da coroa e vender né vejam luí Bonaparte não
é tipicamente um burguês e no entanto a sociedade francesa tirou a burguesia do estado para continuar sendo burguesa se a burguesia continuasse no poder do estado vai dizer Marx o povo os trabalhadores que já haviam feito a comuna de Paris se organizavam ainda de modo melhor e um dia tomavam o poder então se a classe burguesa não consegue tomar o poder vem um louco e tomam poder pela burguesia tira a burguesia do Poder para o mundo ser burguês conclusão de Marx nós temos aqui um fato o Estado tem alguma coisa nele que não é só
a administração sua do dia a dia o estado não é aquilo que o administrador fizer dele pode trocar aqui o administrador e o estado continua o mesmo em certas coisas agora meus senhores Isso é uma balde de água fria em cima de nós Porque nós dizemos o seguinte no dia em que eu chegar lá o mundo será como eu quero no dia que os trabalhadores chegarem ao poder o mundo Será dos trabalhadores Marx ensinou em 1852 que não é assim porque um louco chegou ao poder e o poder não é do louco o poder é
da burguesia é o caso do golpe de Luiz Bonaparte que isto quer nos ensinar que a transformação da sociedade não se faz somente mediante a tomada do Poder no estado isso não muda quase nada na ordem social é agora que Marx então começa a refletir do Por que o estado não manda na sociedade agora se engata lá com a crítica da filosofia de Direito de Hegel não é o estado que fez a sociedade o estado é um resultante também de uma certa estrutura social o capitalismo se põe como tal e daí sai o estado não
é o estado que fez o capitalismo o capitalismo que fez o estado portanto se alguém domina o estado domina o produto não produtor diferente de dominar o estado é o fim das próprias relações capitalistas porque estas são as mais difíceis de serem dominadas Estas são as mais difíceis de serem transformadas observem meus senhores que desde que MX falou isso até os dias de hoje a maior parte do mundo da esquerda das pessoas de esquerda maior parte dessas pessoas ainda insiste no contrário Qual é a nossa luta a luta é por tomar o estado e depois
disso por ficar no estado mas vejam Marx não está dizendo que não se Deva tomar o estado o estado é uma das peças de uma grande engrenagem mas está dizendo esta peça tomada deve ser passado ato contínuo para outras questões tomar o fundamental o coração da sociedade capitalista não é o estado são as relações de produção capitalistas Essas são as difíceis de serem tomadas por isso existiram muitos casos no mundo de trabalhadores que tomaram poder nos Estados e não mudaram a sociedade capitalista reformaram melhoraram em muitos casos em outros pioraram em uns tentaram resistência Salvador
aliende no Chile é um exemplo disso enfim nós temos muitos casos de Atos belíssimos dentro do estado Só que o estado não é o dominante do Capital o estado é o dominado do Capital tanto assim que a própria classe burguesa terceirizou o domínio do Estado ela disse bom já que eu não dou conta de controlar o meu próprio estado vai lá o Imperador Luiz Bonaparte meus senhores isto aqui é exatamente a explicação Hi leres do Brasil de 64 que a burguesia se digia que uma parte é distancio que tá com João Gular outra parte não
tá uma parte tá a faor do Povo outra parte não tá que virou uma balbúrdia tira burguesia do pod e vem os militares poder os militares ganhando soo eles não são burgueses é a briga de todo mundo aqui como é possível que que no caso no caso foi foram as forças armadas mas dizendo Num caso mais específico como é possível que o policial militar bata no professor da escola pública o policial militar não é burguês ele ganha o mesmo salário que professor da escola pública Por que ele bate no professor da escola pública exatamente por
isto meus senhores as funções as estruturas do Estado podem ser dominadas até pelo militar que ganha um soldo baixíssimo só que ele vive numa máquina que está em favor do capital é Isto existe uma máquina dentro de uma totalidade social que faz com que a política seja do Capital não porque o capitalista dominou o poder político em geral é ele que domina diretamente em geral o fazendeiro mora na fazenda mas eventualmente quando ele sai da Fazenda continua a fazenda dele é assim que se deve pensar a política quase sempre a burguesia domina o poder nos
Estados nas poucas vezes que são militares loucos como Luiz Bonaparte trabalhadores ou outras coisas mais também não fazem muita coisa porque o estado é uma forma necessária do capitalismo daí se me permite o Quim é o meu livro que vai ser lançado está de forma política ou seja o Estado está amarrado a uma Âncora política uma forma política da qual não depende simplesmente de pegá-lo na mão para podermos modificá-lo portanto é o passo que se deve dar a partir daí Marx portanto vai analisar como foi possível que na França a burguesia tem saído do poder
e mar vai dizer não pensem os senhores que a burguesia acabou luí Bonaparte quando afastou a burguesia no poder foi para fortalecê-la porque inclusive o fazendeiro quando vai viajar passar umas férias na praia Enquanto sua fazenda fica por lá na hora que ele volta ele volta feliz desestressado Enfim então ele explora ainda melhor chicoteia melhor os seus trabalhadores após uma temporada de férias e isto que se passou com a França depois a burguesia voltou com mais alegria ainda aprendendo inclusive como ela deve fazer para não perder mais o poder ela aprendeu certinho todos seus detalhes
mais que isso todos os franceses Riam de Luís Bonaparte fora do poder e dentro do Poder idiota débil mental louco e não alguns tentavam dizer que ele não era sobrinho de Napoleão porque teoric Teoricamente a mãe dele era prostituta e não sabia quem era o pai mas dizer não tudo isto além de preconceito qualquer coisa nada disso é importante porque o problema não é luí Bonaparte o problema é como as contradições sociais da França fazem com que um louco Tome o poder mas a culpa não é do louco A Culpa É Das contradições como nós
em geral no mundo começamos a xingar o Bush só que o Bush são os Estados Unidos o capital o poderi militar é isto o caso o Bush é o fantoche de tudo isto e não adianta dizer o Bush é idiota é uma verdade mas só isso não é suficiente ou não porque todos dizendo que bucho é o idiota como o luí Bonaparte era o idiota um governou por 8 anos e o outro foi Imperador da França sendo idiotas muito bem Este caminho vai avançando um dia Marx chega ao seu apogeu o apogeu é o capital
esta belíssima obra capital é o estado da arte da compreensão da sociedade capitalista neste momento Marx estabelece os alicerces para entendermos como funciona a própria sociabilidade capitalista se eu disse aqui no meu livro Por exemplo de forma política é no capital que Marx nos dá entender o que é forma na sociedade capitalista tudo tem a forma de mercadoria ou seja tudo está talhado tudo está moldado para ser mercadoria di mas tudo vira mercadoria sim capitalismo forma ele dá uma forma para a sociedade de tal modo que qualquer coisa é mercadoria educação [Música] eh estética roupa
comida saúde e principalmente meus senhores a maior mercadoria é o trabalho é o trabalhador o trabalhador não ganha pela dignidade de se ganha o que o mercado pagar para ele isto é o fundamental ou seja as pessoas recebem um valor de mercado o trabalho é mercadoria por isto As pessoas são exploradas na sua vida de trabalho aqui está o capital capital é o alto da montanha Quem começa a estudar Marx pode ler toda a obra de Marx para um dia chegar ao alto da montanha se quiser começar deste alto portanto os demais formam esta grande
constelação Eis Aqui o caminho de Marx muito bem Marx morreu as lutas doos trabalhadores na Europa de modo geral tiveram avanços e refluxos e um dia o seu sucessor engels junto com kautz que virou renegado depois mas é a fase na qual ele não ainda não é o renegado kautsky ele ainda não havia também pedido para que esquecessem o que ele escreveu kautsky junto com engels um dia escreveram o socialismo jurídico Marx já havia morrido e este livro é um dos mais belos textos de toda a obra marxista sobre o que fazermos do direito da
política nos nossos tempos em primeiro lugar Marx e engels haviam insistido a vida inteira que na sociabilidade capitalista o estado é capitalista isso aqui para nós é fundamental é o 18 pro Mário se nós vivemos numa sociedade capitalista o estado é capitalista ainda que seja um trabalhador que domine o Estado o estado é capitalista ainda que seja um militar que domine o estado ainda que seja um pobre um louco qualquer coisa que seja o estado é um estado capitalista em outros termos Se eu quisesse dar um exemplo bem minúsculo que não tem comparação com o
estado mas é um exemplo suficiente a sociedade é machista se a Dilma é presidente da república isso quer dizer que a sociedade deixou de ser machista nãoa sociedade não está vinculada à presidência da república não está vinculada ao estado existe uma mulher mandando na república e mesmo assim a sociedade continua machista é o exemplo paralelo para dizermos o dia que o pobre toma o poder o poder está agora na mão dos Pobres poder político e a sociedade continua capitalista muito bem e Marx sempre ensinou não basta tomar o estado aliás pelo contrário é preciso destruir
o estado porque o estado não é o produtor do capital é um produto E quando se destrói o produto é porque está se destruindo também o produtor deste produto Ou seja é preciso destruir a sociabilidade capitalista Isto é revolução meus senhores Isto é socialismo Isto é o passo para diante Vejam a maioria da humanidade se choca com isso porque muita gente gosta de Marx porque parece que ele falou mal do Capital se for só isto já tem coisas suficientes no mundo enfim cantores artistas que também já falaram mal do Capital não precisa ir para Marx
Marx não só falou mal do Capital eí falou mal do Capital quando escreveu um texto na faculdade dali paraa frente é para mostrar que aquele que se ind dispõe contra as estruturas da exploração capitalista deve transformar estas estruturas desmontar e montar outras em seu lugar ou seja revolução muito bem mas os e cuts que um dia se depararam com pessoas de esquerda que disseram o seguinte Ah isso foi no tempo de Marx porque lá o trabalhador estava na indústria de carvão trabalhando 18 horas por dia lá criancinha de 5 anos trabalhava e 20 horas por
dia etc e tal mulher não tinha sábado domingo feriado é verdade isto aconteceu no entanto disseram agora o os juristas essa classe sempre conservadora quase sempre conservadora classe dos juristas os juristas por isso o livro se cham o socialismo jurídico os juristas disseram assim no final do século XIX parece que a gente já ouviu essa história 1 vezes depois disso ah o Marxismo acabou por quê Porque os trabalhadores já não trabalham mais 18 horas por dia na mina de carvão eles trabalham 13 já tá melhor já tem até vagabundos trabalhando enfim nas minas de cavão
crianças só depois de 12 anos vejam já não explora mais criancinhas de 5 anos eles já descansam Domingo então observem o mundo segundo essa gente já estava bom as pessoas não morrem tanto mais de fome elas aguentam seis meses antes de morrer porque elas eh comem alguma coisa no caminho enfim muito bem esse discurso meus senhores colou estava colando na Europa se nós conseguí uma luta por ganhar alguns direitos pro trabalhador era isso que as pessoas iriam fazer se fossem de esquerda elas deviam lutar por alguns direitos por exemplo descansar ao domingo não trabalhar criança
abaixo de 12 anos e ter a possibilidade de um salário mínimo coisas nesse sentido sendo que toda a trajetória do Marxismo era para dizer que não basta um domínio do estado ou de umas normas jurídicas do estado é preciso acabar com a estrutura que gera o estado e todo esse conjunto de normas engels ficou espantado como é que possível que depois de Marx depois do capital de toda a obra e da Luta dos trabalhadores na Europa ainda houvesse pessoas que eram de esquerda e dissessem coisas como essas vamos ganhar um pouquinho pra gente poder ser
mais feliz Viver Melhor eram os socialistas juristas que diziam lá por meio do direito o mundo vai ser um pouquinho melhor engels ficou tão revoltado com isso que juntou-se com kautsky e ao invés de falar o nome de quem falava de quem apregoava essas ideias ele falou se eu coloco o nome dessa pessoa naa do livro Essa pessoa que é ninguém fica important essa pessoa que não er ninguém que falava isto não se deve lutar pela revolução apenas por pequenas reformas esta pessoa que falava isto era um jurista austríaco chamado Anton menger esse Senor menger
falava que não se devia fazer revolução no mesmo tipo de estrutura de mundo capitalista deveríamos ganhar o estado e conseguir algumas coisinhas muito bem Engel e c que nem Põe o nome de menger na capa do livro para não dar promoção para quem não devia entrar pra história tanto é que a maioria aqui está ouvindo o nome menger pela primeira vez eu orientei inclusive uma dissertação de Mestrado sobre menger e este livro aqui uma pesquisa sobre quem era este jurista menger dizia vamos lutar por alguns direitos engels vai começar a dizer que o socialismo dos
juristas ou seja esta passagem ao socialismo por meio de alguns ganhos Isto é impossível jamais esses ganhos existirão e meus senhores querem ver um exemplo concreto de como o socialismo jurídico é presente passados mais de um passado mais de um século da sua escrita e da sua publicação a Europa desde o pós Segunda Guerra pegou não esse livrinho aqui o contrário dele pegou menger e fez exatamente que menger dizia de que jeito aumentou o salário mínimo do Trabalhador europeu deu condições um pouco melhores pro trabalhador deu casa para quem não tinha casa deu esgoto deu
água etc e tal por uns 50 anos a Europa viveu neste mundo encantado do bem-estar Social dentro do capitalismo e a cobra estava lá picando mordendo só que toda vez que ela picava a gente a gente dava um veneno mais um dia ela picava mais um dia de veneno ou seja por 50 anos o capitalismo continuou explorando e nós demos ao capitalismo algumas bences até o dia em que a cobra foi maior do que o veneno nosso um dia o estoque acabou um dia acabou a força a energia e acabou a vacina e a cobra
continuou picando resultado a Europa de bem-estar social ruiu os Estados Unidos o pouco que tinham de bem-estar social há 30 anos de ne liberalismo está em Franca ruína também sendo combatido por aquele tempo ou seja engs vai dizer é possível lutar por ganhar alguma coisa sim e é possível ganhar alguma coisa sim também na luta das classes na sociedade capitalista as classes trabalhadoras ganham alguma coisa o problema é o seguinte é possível gozar com esta pouca coisa se aquele que disser ganhei um aumento Zinho de salário Vou me encostar e vou viver com isto O
Capital continua mandando as formas sociais são capitalistas a estrutura da exploração é capitalista então aquilo que é mais forte que o mais fraco não tem razão nenhuma para no Médio prazo continuar passando a mão na cabeça do fraco dizendo Continue com o seu salário mínimo por qualquer dois ou TRS minutos se destrói a estrutura do bem-estar Social reformista existente então engels e cuts que ensinaram aqui com este livrinho que o Marxismo passou uma linha no chão e disse daqui para cá é Reforma a reforma é confortável ela não causa tanta tanto desgaste ela se consegue
fazer com pouco esforço no entanto nada garante que o mundo reformado é um mundo constante a exploração continua a mesma inclusive portanto é a separação dos marxistas dos reformistas a esquerda lat senso é reformista o Marxismo é revolucionário E engels mais uma vez disse isso não se chega ao socialismo por meio de reformas jurídicas quando Alguém vê o título o socialismo jurídico Tem pessoa que fica feliz e fala nossa nós vamos chegar ao socialismo por meio do direito esse título é uma ironia não existe socialismo jurídico quem disser que chegará ao socialismo primeiro do direito
não entendeu o que é o socialismo e também não entendeu o que é o direito que o direito não permite algo nesse sentido então entendam meus senhores nesta trajetória lá do primeiro texto de um de um dos primeiros textos de Marx que é a crítica da filosofia do direito de Hegel passando pelo 18 de Brumário chegando até o Engel e o kautsky do socialismo jurídico é preciso que nós venhamos a entender que o estado não é uma Peça isolada que apareceu do nada sem lastro nenhum estrutural com a realidade e que para nós nos resta
então tomar nas mãos e dizer agora é meu e se for meu agora tem a minha cor o meu jeito meu ritmo meu tempo meu horizonte está ensinando o Marx que na política o fundamental o estrutural são as formas da sociabilidade capitalista mercadoria valor de troca a lógica que faz com que todos os trabalhadores do mundo sejam pessoas que se vendem a exploração do Capital a separação portanto do Capital em relação aos trabalhadores tudo isto meus senhores é o fundamental do capitalismo se nós não tocamos isto o resto não faz nada Ou seja que faz
o estado o estado em geral administra isto Só que não é só administrar no sentido de alguém pegar as rédeas disso e como se fosse algo neutro e dissesse vai para lá ou vai para cá o Estado está talhado estruturalmente para funcionar conforme o capital é isso inclusive que eu tenho insistido nesse novo livro que é o estado e forma política o estado ele não é ocasionalmente capitalista o estado é necessário capitalista tanto assim e um exemplo banal na Idade Média que é feudal não existe estado existe senhor feudal estado não existe o estado é
capitalista ele existe na lógica do capitalismo e somente nessa lógica daí que então Marx insiste muito engs também insiste nesse livro dizendo termômetro de socialismo não é quando o estado passa a dominar tudo termômetro de socialismo é quando o capitalismo na sua base produtiva nas suas relações de produção estiver perecendo e junto também também vem a aparecer o próprio estado por isso por exemplo a união soviética nos tempos de auge do estalinismo não gostava muito de Marx porque Stalin precisava fortalecer o estado soviético no meio de um conserto de outros estados capitalistas do mundo e
o índice do socialismo não é um estado socialista forte nem cinco nem 14 nem 27 o índice do socialismo é o fim das relações de produção capitalistas e por decorrência o fim do Estado e o fim do direito tal qual nós o conhecemos isto meus senhores é o horizonte mais belo ele é tão bonito para nós uma sociedade sem domínio uma sociedade na qual os trabalhadores possam inclusive fazer valer sua vontade que até hoje para nós é chocante por isso pouca gente é marxista no mundo esse auditório está lotado mas o mundo não sabe o
que é isto e aliás se nós perguntarmos para as pessoas no mundo que é altamente explorado se elas acham possível que o mundo exista sem exploração As pessoas dizem não E se nós perguntarmos para as pessoas Qual é Então seu passo pro mundo ser melhor todas as pessoas imaginam é pegar o estado na mão vejam Isto é o horizonte político imediato das pessoas dominar o estado e o horizonte é muito mais do que isso o horizonte é a transformação das relações de produção capitalistas este curso minhas senhoras e meus senhores que se inicia agora que
se inicia com nesta palestra de hoje ela esse curso melhor dizendo ele tem uma base que nos dá um Horizonte para pensarmos as nossas estratégias na vida muitos que chegaram aqui nesta tarde de hoje chegaram com curiosidade que que é Marx que é Marxismo que é socialismo que é comunismo a curiosidade se satisfaz com os livros e para isto as leituras estão aí referenciadas e indicadas Mas acima de tudo meus senhores É porque também as lutas do mundo que existem ainda quando nós imaginamos que elas não existem porque os explorados do mundo continuam explorados ainda
que anestesiados e aliás quanto mais anestesiados mais explorados Eles continuam a luta deste mundo meus senhores Depende das formas da Ordem da circunstância das estruturas das relações que este mundo próprio apresenta o estado a política são volto a dizer elementos fundamentais desta a mesma manutenção da ordem existente da exploração existente nosso pensamento é muito maior do que ter nas mãos este produto do Capital que é a política do jeito que se põe estatal jurídica nossa luta meus senhores é por transformar as condições da sociabilidade capitalista eu vejo aqui nesta plateia muitos jovens de escola muitos
de faculdade muitos já com uma idade avançada do cor corpo mas eu vejo aqui muita esperança quando brilha no olho de todas e de todos quando nós dizemos que algo nos unifica este algo que nos unifica não é simplesmente chegar ao patamar dois ou três da luta política não é simplesmente entendermos algumas coisinhas imediatas o que nos unifica é um sonho muito alto tão alto que demanda de nós uma grandiosa generosidade pessoal inclusive para pensar em todos e não só em si para pensar na classe dos explorados do mundo ainda que eventualmente não sejamos dela
e quase sempre somos dela que que nós nos enganamos a classe média acha que não é a classe explorada ela é só uma franja dessa grande classe explorada o que precisamos meus senhores é justamente o Saber científico tal qual diz Marx porque esse saber se soma com os nossos sentimentos com o nosso coração com a nossa alma que encontra um e outro diz por lá por aquele ser humano é explorado do outro porque eu sou explorado do outro porque 99% do mundo são explorados por 1% e essa conta está errada porque são 99,9 do mundo
explorados por 0 1% do mundo porque Isto existe aquele que tiver vergonha de si vergonha do seu tempo é quem tem este sentimento e esse sentimento o faz estudar o faz ler beber nas fontes melor melhores inclusive do próprio Marxismo para dar um passo adiante e o terceiro passo meus senhores além de sentir Além de pensar é o agir portanto além do cérebro além do coração são as mãos operando as mãos Unidas para que nós possamos fazer do mundo Um Mundo Melhor eu falei de Hegel e falei de Marx para chegarmos a engels e kautsky
Marx quando tomava de reggel alguns exemplos os hegelianos é que se inspiravam no exemplo de que o socialismo é uma mão com uma rosa sendo segurada e a mão meus senhores que inclusive desfere ataques violentos contra os exploradores Só que essa mão que bate nos outros tem uma rosa sendo segurada e que rosa é essa meus senhores matamos Lutamos contra a exploração para não sermos mortos lutamos para que o mundo seja outro mas com uma rosa na mão essa rosa na mão é a grande esperança de que a partir da crítica do nosso tempo se
levante um tempo melhor Muito [Aplausos] obrigado bom eh Então a gente tem o pessoal da da produção nas laterais eh então a gente pede a todos os alunos interessados enviar questões por escrito aqui pra frente que encaminhem aos ah membros da produção e a gente tem também para esse período de formulação de dúvidas um breve intervalo Então se alguém tiver interesse de de ir ao banheiro de foliar a A Crítica da filosofia do direito de Hegel foliar o livro do Alisson fico convite a gente tem mais ou menos 5 minutos até as questões serem encaminhadas
aqui à frente a gente vai organizar as questões por eixos temáticos e o Alisson vai retomá-las na segunda parte da aula lado de fora legal retomando pode pode tomar V po então só para se saber a gente vai ter mais ou menos uns 45 minutos bom a gente recebeu aqui centenas de questões de grande nível muito muito bacana mesmo est estávamos comentando aqui eh Inclusive a gente estava comentando como é interessante positivo um público tão significativo numa terça-feira à tarde Lembrando que essa aula assim como todas as aulas do curso e todas as atividades do
projeto Marx a criação de distruidora estão sendo gravadas e serão todas publicadas posteriormente no canal da boit tempo no YouTube ah possibilitando que sejam assistidos posteriormente eu esqueci de falar no começo mas o Alison eh é o professor cativo do curso Marx engels porque essa é a quarta Edição e ele deu uma aula em cada edição cada aula diferente da outra então as aulas dele caso tenha interesse da primeira e da terceira Edição já estão publicadas Então quem tiver interesse em assistir tem uma abordagem diferente em cada aula e e enfim o o público desse
curso é muito muito bacana a ideia da da boitempo é sempre unir forças em parcerias para levar esse curso para outras cidades que não São Paulo né então de quatro edições três foram em São Paulo onde a boitempo está sedeada mas o intuito é sempre levar para outras regiões do país também isso e a outra edição foi foi no rio eh bom como havia antecipado a forma como a gente organizou esse segundo momento da aula se dá da seguinte maneira a gente recebeu aqui diversas questões e estamos agrupando questões por eixos temáticos então eu vou
fazer questões que que e sintetizam frentes de questionamento e o Alisson responde a cada Eixo para começar essa retomada a gente tem aqui algumas questões sobre a relação intrínseca entre o direito o estado e o capitalismo Ah no qual alguns alunos aqui levantaram a questão se não seria possível discutir a forma jurídica como um estado pré burguês não não haveria um estado pré burguês feudal não haveria e uma uma herança do direito em relação a teorias romanas e da antiguidade Então se o capitalismo é algo essencialmente moderno e o direito e o estado São necessariamente
capitalistas de que forma entender essas heranças históricas eh não capitalistas queria pedir pro Alisson começar por esse viés muito bem eu quero antes de começar as respostas dizer mais uma vez Dessa alegria porque eu vejo aqui muita gente querida muita gente muito carinhosa e é uma satisfação nós vermos pessoas de tantas formações de tantas leituras de mundo de tantas experiências desde Luciana genro lá do Rio Grande do Sul que está aqui presente até os que são de São Paulo de outros estados é uma alegria vermos todos aqui e imbuídos de uma reflexão e iniciando esse
curso portanto fazendo esta esta estee pensamento conjunto sobre o que unifica o Marxismo a questão as questões porque são mais de uma aí as questões sobre como se dá historicamente o estado São questões Que nestes Três livros não estão desenvolvidas Marx trabalha com o estado numa referência do que ele é pros dias de hoje ou seja século XIX x 2 mas ele nunca fez uma investigação mais detalhada sobre o estado na história Então se o quem me permite eu os Convido os que fizeram essa pergunta e todos os demais para o lançamento do meu livro
que será no dia 18 de agora de Maio daqui sábado não esse sábado agora no outro porque meu livro trata disso enfim como ler o estado em termos históricos mas basicamente meus senhores o Marxismo de grande de em grandes horizontes ele necessariamente compreende uma relação entre estado e capitalismo estado é capitalista porque feudalismo não tem forma política estatal tem um senhor feudal que manda diretamente o político e o econômico estão jungidos nas mãos do senhor feudal e a sociedade escravista do passado também tem a mesma coisa ou seja o senhor de escravos ele também é
diretamente aquele que dá a sorte do escravo no plano econômico e no plano político daí que as sociedades do passado pouco se diferenciavam no econômico do político embora o passado escravista tem uma diferença em relação ao feudalismo no passado escravista havia uma dinâmica de interação social maior entre os Livres senhores de escravos e não senhores que eram uma fração minúscula da sociedade o resto é escravo Portanto o passado não é igual presente ele não tem a mesma estrutura estado em termos estritos é capitalista é isso que a gente deve ter por Horizonte Sempre então no
máximo se pode dizer há várias formas de organização política em toda a história política há políticas na história mas estado é uma forma política do capitalismo tem algumas questões aqui eh que dizem respeito ao estudo da crítica do direito no ensino jurídico então de que forma é possível trabalhar a crítica do direito no ensino jurídico de que forma os estudos marxianos na área eh do direito se dão Se você pudesse trazer um pouco essa vertente porque eh existe um senso comum de que pesquisas e reflexões acadêmicas marxianas ou marxistas se dão mais nos âmbitos das
Ciências Sociais história economia Então você pudesse falar um pouco talvez dos seus queridos orientandos e de que forma isso se dá no Brasil eu tive a felicidade de ser professor bastante jovem em duas faculdades de direito da USP que é a minha casa e o maquens quando eu comecei a dar a dar aula se dizia claramente enfim Marxismo não tem no direito só tem nas ciências humanas de modo geral Ciências Sociais filosofia história geografia eh não estou feliz com o que eu vou dizer agora só estou mais triste ainda enfim E conforme os anos foram
passando fui percebendo que não tem no direito e agora cada vez menos tem também nas Ciências Sociais nas ciências humanas de modo geral ou seja aquilo que era uma exclusividade jurídica passou a ser pauta comum de todo o mundo das ciências humanas Quada vez menos se vem professores marxistas nas universidades e alunos com uma visualização de esquerda embora também haja uma peculiaridade havia massas de esquerda com um certo gosto pelo Marxismo hoje nós temos massas de direita porque vejam que as pessoas têm gosto em dizer que cada um tem a sua verdade enfim cada um
tem o seu Horizonte de mundo e portanto é um uma peculiaridade de formação dos nossos tempos conservadora Mas os que são marxistas são resistentes e portanto tem uma casca mais grossa porque no passado havia muito marxista que era marxista porque todo mundo era então a moda tornava a pessoa frágil Hoje os que são coitadinhos apanham dos outros então é quem quem é marxista seja no direito na filosofia nas Ciências Sociais e nas cências humanas de modo geral é um bravo resistente na psicologia na educação todas as áreas Artes eu tô dando aqui por exemplo só
como exemplo na engenharia então nas Fas da vida é uma pessoa é quase masoquista né enfim é então antigamente perguntava por que que só o direito não não tem leitura crítica A pergunta é no geral Por que que nosso tempo não tem leitura crítica de mundo de tal sorte que o Quim diss aqui eu tenho aqui alguns queridos orientandos meus de Mestrado doutorado que hoje tem praticamente não é que aumentou o número de juristas marxistas mas como resistiram nesse número em termos de proporção capaz de ter mais marxistas no direito do que fora do direito
né então acaba uma peculiaridade a pergunta não é pro direito a pergunta é para todo o mundo Universitário que se tem estabelecido como forjar para pessoas da Universidade alunos docentes aqueles que estão vinculados ao mundo acadêmico como como forjar o interesse por uma perspectiva crítica do a pergunta fundamental é que o nosso tempo como todos os tempos ele tem uma estrutura ideológica de fabricação das subjetividades Este é o fundamental Nós não somos assim porque Acordamos de manhã e escolhemos ser assim há 15 anos atrás disse que eu comecei a dar aula na universidade cedo se
eu estivesse dando aula 15 anos atrás meus alunos estavam sem barba 15 anos passados meus alunos estão com barba daqui 20 anos vão est talvez sem barba de novo resultado porque todo mundo de escolado usa barba porque é moda por todo mundo desculpa alguns outros não enfim [Música] é ou por não usa barba porque até moda também o que eu quero dizer é o seguinte os parâmetros do que nós fazemos ou não fazemos não são escolhas individuais é um pedacinho da gente que parece ser escola individual Porque mesmo nesse parâmetro não pode usar barba como
como Quim usa pode usar barba de outro jeito enfim não é igual cada um escolhe o seu mas o fato é que nós temos constitu que não vão simplesmente no gosto estético elas vão pro horizonte de mundo de todos nós Um deles que para quem é da universidade é praticamente nocivo é dizer que o mundo não tem verdade é justamente o Marxismo uma um dos baluartes da luta pela verdade o Marxismo não é mais uma interpretação de mundo Marxismo se pretende busca efetivamente a descoberta da realidade concreta da sociedade capitalista da sua sociabilidade portanto nós
temos um Horizonte para o qual nós não estamos fazendo bosquejos de mundo enfim esboços da realidade nós estamos agindo no mundo Ou seja quando eu quero entender o que é uma classe social não é para fazer dissertação de mestrado é para lutar por uma sociedade transformada na qual não haja mais classe exploradora e classe explorada ou classes exploradoras exploradas a depender do gosto o fato meus senhores é que para o Marxismo o conhecimento teórico não é simplesmente para fazer teoria ele tem uma implicação prática mas o mundo de hoje é um mundo bem assentado E
por que que as pessoas querem fazer teoria não é também porque é mais legal que quando escuta uma coisa dessa o mundo está aí com a exploração na porta e você está fazendo teoria a pessoa sente um certo constrangimento a pessoa é só teórica porque é mais confortável não dá trabalho nunca ela erra nunca ela culpa dela que o mundo esteja dessa desgraça ela é sempre alguma coisa diferente do outro vejam todo mundo tem uma crítica a fazer alguma coisa vejam é o ar das da das pessoas hoje na sociedade contemporânea todas as pessoas fazem
o a Blazer enfim eh até em cidade minúscula o cara não cumprimenta o outro na rua por quê Porque é um sinal de ser cool enfim é eu eu sou indiferente a tudo que que é isto gente essa indiferença do mundo é um estado para dizer eu não sou responsável por nada e também vou dando cotovelada nos outros é por causa dessa estrutura que chega um dia à universidade e também não pensa em nada que seja útil o intelectual também não pensa em nada que seja fundamental ele vai dizer ah mas eu penso em alguma
utilidade Eu Discuto AC cor do pelo do ovo de tal então ele encontra uma utilidade para isso mas vejam é minúsculo o que se faz A grande questão é como animarmos uma nova geração para o pensamento crítico dificuldade fundamental a universidade é de classe média e como a universidade é de classe média ela tem as esperanças da classe média e tem as tragédias da classe média ou seja ela visita o pobre chora junto com o pobre e volta para casa portanto é um mundo peculiar Claro a maioria do mundo visita o pobre mata o pobre
enfim e e põe uma medalha no peito quem chora com o pobre já já é meu irmão disparadamente Enfim uma pessoa que ainda chora com o pobre mas A grande questão do Marxismo é como estabelecer e da crítica de mundo é como estabelecer o compromisso com os explorados do mundo que se dê tanto no plano teórico quanto no plano prático como estabelecer essa junção de teoria e prática como sensibilizar as pessoas e nós só temos meus senhores as armas de sempre as armas de sempre não mudam em um certo nível Se as pessoas se sensibilizam
pelas ideias é mostrar as ideias da crítica Ou seja é fazermos esse esforço de formiguinha o Kim falou aqui são quatro Esse é o quarto encontro Marx engels eu dou aula nos dei aula nos quatro encontros os três aqui em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro nesses encontros é falarmos temos aqui centenas outros centenas depois vai pra internet depois vai os os outros vão vendo etc e tal e a possibilidade das pessoas se sensibilizarem com isto porque também tem mais um dado a origem de classe explica a formação da pessoa mas não
explica necessariamente que ela tenha desmatado para aquilo ou para aquilo outro tanto que a ideologia estrutural do capitalismo é a mesma para ricos e pobres Essa é a tragédia do mundo Ou seja pobre que pensa como Rico que pensa como Branco homossexual que é homofóbico mulher machista Essa é a tragédia da nossa sociedade de hoje então como melhorar este mundo no geral como modificar ess Horizonte no plano amplo alguém vai dizer mas nos momentos de crise as pessoas choram mas a crise do mundo tem sido uma crise que atinge diretamente as classes trabalhadoras a classe
média continua ainda protegida por algumas alguns confortos eu quero dizer a todos ensinar Justiça no Mundo injusto em primeiro lugar é fazendo esse trabalho de resistência teórica e de avanço no mundo muita gente diz o seguinte Ah vamos abandonar a crítica e vamos dialogar conforme os outros para buscar alguns descontos para isso serve o os e o c ou seja se nós consideramos que o mundo é estruturalmente explorador devemos continuar nessa toada e ainda que esta toada não seja moda é preciso insistirmos no fato de um pensamento crítico mais profundo do que a média um
dia a humanidade amadurece porque observem os senhores e as senhoras que nós vivemos hoje em tempos de adolescência intelectual da humanidade isso não quer ser ofensa à adolescência longe disso mas quer dizer que as pessoas têm um hábito de leveza adolescente que se estende dos 10 anos de idade porque 10 anos toda criança já é adolescente ela não quer mais ser criança enfim ela não quer usar roupinha de criança Ela já é uma menina quase adulta e com anos a pessoa adolescente ainda e daqui a pouco com 70 80 enfim vai avançando com a com
adolescência geral resultado as pessoas têm teoria conforme mudam de roupa aí sim a barba serve é moda ter barba muito bem é moda ser marxista muito bem é moda não ser muito bem também meus senhores eu penso que é preciso que nós deixemos de ser adolescentes no nosso mundo que é adolescente Ou seja é Preciso olhar com aquilo que nós tenhamos de mais rug das nossas expressões tristeza do mundo dizer Esse Mundo Continua explorado esse mundo continua na angústia profunda das pessoas estarem na injustiça e não saberem que estão porque a pior das tristezas é
essa enfim hoje as pessoas estão exploradas e tem uma latinha de cerveja na mão e curtem no Facebook e saem PR balada resultado a exploração faz uma geração de pessoas robotizadas que nem para ser o explorado de décadas passadas que fala eu sou explorado eu te odeio hoje a pessoa curte enfim é na mesma balada que vai o trabalhador vai o patrão as mesmas minas que ele quer catar o outro também quer catar e vejam expressão catar mina enfim etc e tal churra serve mina nisso resume um mundo Universitário médio enfim vejam que forró universitário
sertanejo universitário representam uma monade Universitário quer dizer o pior tipo de música para qualquer ramo musical Enfim então o que é a filosofia Universitária o pensamento Universitário é o equivalente ao seit anejo Universitário enfim é não vejo grande esperança nisso A grande questão é que os explorados do mundo possam Em algum momento ultrapassar o limite da sua própria indigência interpretativa ideológica essa indigência interpretativa a ideológica é esta que é feita pelas grandes máquinas da ideologia todas as pessoas se instruem pela internet a internet por mais que tenha bilhões de páginas elas falam mais ou menos
a mesma coisa raramente alguma coisa fala diferente e se fala ninguém sabe chegar a elas também não é que não sabem não querem chegar a elas o mundo se instrui pela página um do Google de qualquer assunto Enfim então este é o horizonte de compreensão do mundo um dia as classes trabalhadoras podem tomar conta e os explorados do mundo podem se dar conta de que só com essa ferramentas eles estão se afundando e todos estão se afundando cada vez mais nessa hora quem sabe então aí aquela garrafinha com a mensagem que foi jogada ao mar
alguém encontre abra ali a garrafa e faça disso alguma coisa ou seja em tempos de tragédia intelectual resistência meus senhores não é eh avançarmos com a moda mas pelo contrário é não estarmos na moda isto para entregarmos ao mundo essa mensagem inclusive da escola de Frankfurt frankfurtianos achavam que o nazismo Estava acabando com qualquer crítica então eles disseram por que que eu sou filósofo por que que eu estou pensando a crítica para deixar uma garrafa pro mundo um dia o mundo pega essa garrafa entender o que dissemos se nós abandonarmos a luta Fazemos o que
o mundo quer se nós começamos a falar conforme que os outros querem aí nós não somos críticos nem revolucionários ou seja andar na mesma toada apanhar violento do mundo porque o senhores imaginam eh o quanto ser socialista nos dias de hoje eh é um absurdo no mundo que cada vez vai se tornando conservador reacionário reacionário teológico enfim comunista xingamento eh os piores jargões são possíveis para este mundo é resistirmos que os senhores inclusive eh cedem cada qual Dê ao outro e todos nós venhamos a dar a nós mesmos muita força muita camaradagem nessa resistência volto
a dizer aqueles que se põem para um pensamento crítico e uma luta crítica aph Arão violentamente do mundo então sejam camaradas também nesse sentido fraterno de dizermos nós nos apoiamos inclusive para avançarmos para apanharmos juntos e lamber nossas feridas para nos abraçarmos para mostrarmos inclusive os explorados do mundo que é a opção latinha na mão curtir no Face churras e serve mina essa opção é trágica para o explorado que acorda todo dia de manhã pega Du horas de ônibus de trem de metrô para trabalhar passa um dia inteiro trabal Uma vida sem sentido para chegar
à noite curtindo Face para chegar no sábado ir pra balada vejam é uma vida eh robotizada de ponta a ponta e para que serve essa vida então quando a gente esclarece isso esclarece tudo as melhores coisas Inclusive inclusive para dizer você quer curtir balada no sábado à noite do jeito que você curte curte do pior jeito possível porque são 40 anos curtindo balada e 40 anos de infelicidade sem amor sem afeto sem carinho e com milhares de Manos e Minas enfim nas baladas da vida e quanto isto faz uma pessoa uma pessoa melhor portanto volto
a dizer nós temos na leitura crítica de mundo a melhor leitura do mundo e por que a leitura é melhor porque Ela implica na transformação estrutural da realidade então não tenham vergonha de serem minoria não tenham vergonha de pensarem o que a maioria não pensa pelo contrário tenham felicidade em lutar até o dia que a humanidade possa pensar então em poder se transformar e volto a dizer é que é humanidade não tem meios estruturais de saber disso porque são 99% do mundo explorados o dia que eu dis para uma pessoa que é melhor abraçar e
receber um abraço do que catar na balada sendo que catar na balada sai no Face e 27 pessoas curtem e abraçar e ser abraçado ninguém curte no Face não dia que a pessoa entende que o afeto é melhor do que a curtição de que trabalhar sendo proprietário do meio de produção e não sendo explorado é melhor no dia em que nós descobrirmos que um mundo sem racismo sem patriarcalismo machismo um mundo de todos iguais é um mundo melhor meus senhores não tem porque 99% do mundo resistirem a isso é um caminho melhor portanto minhas palavras
aqui aos que perguntam o que fazer do direito das ciências humanas é a esperança porque nós queremos que de fato o mundo seja melhor ainda que o mundo não queira ver algo nesse sentido [Aplausos] toda conferência palestra debate aula do Alison especialmente essas mais amplas e voltadas à teoria marxista costumam receber uma certa dose de questões que a gente chama do Eixo das angústias são aquelas questões que foram escritas por um grau deori ação previsto pelo Alisson que pode se resumir a o que fazer como fazer por fazer é o tipo de coisa que a
gente encontra com maior facilidade nessas Exposições do Alon e enfim Queria convidar se tiver disposto a uma resposta Lembrando que aqui eu tô vendo centenas de perguntas eu estou à disposição de todos para conversar obviamente tenho condiçõ de responder a todos e a todas as indagações mas isso se faz com o passar do do tempo nós temos na realidade da sociedade contemporânea caso do Brasil e caso do mundo geografias sociais e tempos históricos praticamente Gerais mas com variantes pessoais eu escrevi um livro sobre blo que foi a minha tese de Liv docência na USP era
nesse blo bloque era um homem genial para que ele dizia o capitalismo é um tempo dentro desse tempo tem vários outros cada qual tem uma demanda cada qual tem uma história e todo mundo tem a mesma história como é bonito isso de entendermos que estamos todos explorados na sociedade capitalista e cada qual vem por uma razão para essa exploração em eventos como esses aqui nos quais eu tenho GES de toda formação possível imaginável desde locais idades até áreas de interesse de saber Isto fica patente o que leva uma pessoa a lutar por um mundo transformado
e um mundo justo 30% por causa da religião se eu aprendi da minha religião que são todos irmãos na prática Nós não somos porque tem muro tem porta tem divisão tem cadeia não tem jeito dizer que esse mundo é um mundo de irmãos tem gente que chega à transformação do mundo pelo humanitarismo ou seja nós somos todos irmãos e na prática do mundo Nós não somos nesse sentido a grande trajetória deste humanitarismo não é apenas Cristã é o primeiro grande filósofo que falou da família Universal Platão e aquela foi preso porque lembrem meus senhores toda
pessoa que falar que o mundo será justo será presa se ela não for presa porque ela não falou com voz tão alta né enfim é e ou então pode acontecer certos casos da indigência do mundo sei tamanha que ele falou e ninguém entendeu mas é o caso dos dias de hoje inclusive mas quem entende tem poder há de prender Platão disz por lá se nós somos a família Universal não pode ter mais pai e mãe todos são pais e mães de todos todos comem da mesma comida todos almoçam do mesmo almoço todos bebem da mesma
água Isto é belíssimo e eu conheço gente que é cristã nesse sentido e eu conheço gente exatamente nos dias de hoje os senhores conhecem também que é a maioria da população de Brasil e Estados Unidos que é uma maioria cristã para dizer eu te odeio você não é de Deus Vejam a expressão de Deus enfim é já revela Enfim este cop é de Deus esse não é de Deus enfim o que é um absurdo filosófico ou tudo é de Deus né ou Nada é de Deus mas a tragédia do mundo meus senhores é que nós
ainda estamos no primitivismo de explicação teológica social enfim teórica porque as pessoas ainda se limitam a esse Horizonte dizer minha religião é contra a sua se a minha é certa a sua é errada meu Deus seu Deus nós aqui outro lá ou por exemplo outros Deuses democracia então é preciso defender a democracia vocês comunistas não têm Liberdade vocês socialistas são demônio eh antes de mim o satanás enfim com com coisas que são corriqueiras no discurso comum eu não tenho nenhuma desesperança de que se uma pessoa se anuncia como fraterna em relação a alguém ela seja
intrab para ser fraterna em favor de todos ou seja se alguém disser que é cristã se uma pessoa disser que é cristã se alguém disser que é Cristão e resolver matar índio eh da outra gente da outra religião gay lésbica travesti etc e tal é impossível que puxado pelas premissas esta pessoa sendo trabalhada não consiga entender que tem uma profunda de sintonia consigo própria neste momento é preciso que nós saibamos falar mas mais que falar é preciso que nós possamos falar porque a gente pode falar isto a gente pode dizer pro Cristão olha Cristão is
aqui é matar travesti Mas por que que travesti não é de Deus e aí a gente vai com essa explicação mas quantos de nós fazemos isso sendo que a televisão faz para 194 milhões de pessoas e eu faço aqui para uma plateia como essa e mais os tantos da internet mas que para chegar lá tem que saber tem que ter gosto enfim entre mim e uma e um filme de vídeo pornô enfim não tem nem dúvida da concorrência enfim quem vai ficar olhando para mim né enfim eh são 10 versus 10.000 enfim é assim é
aumento da da visualização o King conhece tá falando que é mais inclusive é que conhece os meus vídeos é isso que eu quero dizer n é então vejam é difícil mas ao mesmo tempo o que eu quero ensinar insistir aqui com todos é o fato de que nós não falamos o absurdo o absurdo é que o mundo fala o absurdo é 1% serem donos de 70% da riqueza e 99 serem donos de 30 e essa conta tô chutando alto inclusive em favor dos explorados Esse é o absurdo do mundo o absurdo do mundo é que
para que isso exista aí vai estado direito jurista militar policial estados relações internacionais um punhado de coisas meus senhores para fazer com que 1% mande 99 resultado como é possível que 99% da população morra explorada cadeia miséria polícia preso e hipocrisia ressentimento preconceito e tudo possível imaginável então volto a dizer aquele que se põe em favor da transformação do mundo em sentido propositivo Progressista ele está lutando para o mundo melhor ele não tá fazendo a transformação reacionária quer dizer vou torná-la mulher de novo rainha do lar e de novo sem luta feminista não é o
passado é o futuro vou tornar homens e mulheres não importa o gênero iguais nossa luta é uma luta bonita e essa luta meus senhores é uma luta Histórica de muito tempo e não pensem que ela é uma luta como se fosse uma Correia infinita cujo motor Não Para e anda sempre no mesmo ritmo é mais do que isso o os tempos históricos são diferentes há tempos que se aceleram de um modo impressionante e há tempos de profunda pasmaceira e o que leva o tempo a ser de um jeito ou de outro mil fatores até até
o acaso vejam lá a América Latina que resolveu dar um passinho pra esquerda quando todo mundo deu um passinho pra direita e é um passinho enfim é um passinho para lá um passinho para cá resultado da história por que estamos hoje numa situação na qual parece que a América Latina tem um pouco mais de fôlego por causa justamente desses acasos de cino ou seja nós perdemos todas em um certo momento depois de tanto perder falar bom agora já tá estragado fica Estragaram o brinquedo tá aqui agora fica na mão de vocês mas vai que a
gente conserta é tudo uma condicionante de muitos fatores ao mesmo tempo o acaso que também se deu com a Europa Ou seja a Europa foi arrasada na segunda guerra mundial fez da Europa um pouquinho melhor esse pouquinho melhor já disse agora há pouco durou 50 anos e anestesiou o europeu as novas gerações de tal modo que a Europa acaba e o europeu não sai do Luxo o europeu não desce do salto ou seja o europeu não se torna socialista e também meus senhores porque tornar-se socialista é de tal Impacto algo nesse sentido que exige de
alguém enfrentar inclusive o mundo para morrer e a pergunta do Raul Sea está certíssima Quem quer ser herói hoje no dia de hoje ninguém ninguém nasceu para herói a pessoa já está curtida no Facebook por 27 pessoas por que que ela vai deixar de ser curtida para ser herói no futuro para virar estátua enfim ninguém quer ser herói de nada do mundo porque todo mundo já curte todo mundo já tem um Certo prazer em relação ao próprio mundo marcuzi nesse sentido estava muito certo no dia que o capitalismo descobriu que ele tem que liberar sexo
e gostos culturais com as pessoas ele achou o ópio melhor do que a religião porque não di que as pessoas curtem na sexta sábado domingo Elas têm mais cinco dias de energia para serem exploradas três de de curtição cinco de de qu C de trabalho imenso resultado meus senhores quem quer abandonar a curtição em favor da plenitude do amor emv em favor da plenitude do socialismo mas volto a dizer aqui cada qual tem seu tempo então qual é o tempo de hoje do Brasil partidos de centro esquerda gente religiosa reacionária essa emos identificar os públicos
e por se dão desse mesmo desse modo porque vejam no tempo do neoliberalismo todo mundo era uma massa no tempo que tem partidos mais à esquerda Tem gente mais à direita Então por que que a gente desagrega por que que a gente faz com que os mesmos explorados porque o trabalhador explorado ele é o religioso reacionário ele é o rapaz que está no partido de esquerda Por que que essa gente se se eh Se desgarra um do outro como chegar a essa gente aí que eu dizia do Ernest Block Ernest Block dizia o seguinte os
socialistas chegavam na Alemanha no tempo das eleições pré tomad do Poder pelo nazismo a Alemanha era uma desgraça a gente passava fome o socialista chegava o socialista Lia todos os livros certinho fazam um as contas certinhos os socialistas tinham tudo na mão a Alemanha perdeu a Primeira Guerra pagava de dívida de Guerra Não sei quantos bilhões ou trilhões de Marcos passava fome chegava numa cidade pequena do interior da Alemanha falava assim pro povo num comício 8 horas da noite de um certo dia o povo desempregado cujo patrão dizia vou te mandar embora porque eu tô
devendo não sei quanto de Marco Alemão para outra empresa então vou ter que demitir etc e tal chegava o socialista de no dizia gente vocês são explorados Mais valia tira-se da Alemanha não sei quanto para pagar PR pr pra Inglaterra etc e tal que que os alemães ouviam a verdade na forma de números no outro dia à noite chegava o nazista e dizia vocês estão Pass fome porque o judeu tá roubando vocês a hora que eu matar o judeu Vocês ficam ricos resultado disse bloque o socialista contava a verdade o o nazista falou a maior
mentira do mundo porque não tem nada a ver fome de alemão com judeu resultado a Alemanha inteira entrou no barco do nazismo porque o nazismo tocava o sentimento do Alemão o socialismo mostrava número planilha e resultado o Alemão tava cansado de ver planilha e mais que tudo ele não entendia que que era planilha esforço de guerra dívida de guerra ninguém quem quer saber de uma coisa dessa que que nós dizemos hoje pro mundo a verdade nós contamos a verdade exploração mais valia trabalho capital tudo isso é a nossa verdade agora o outro chega e fala
Jesus Cristo amor você é de Deus o outro é do satanás é autamente impactante pros nossos sentimentos pra nossa formação de mundo quando uma pessoa crítica E transformadora terá condição de falar ao analfabeto do mundo nos termos que esse analfabeto possa se sensibilizar e lutar por Um Mundo Melhor alguém vai dizar no dia que o analfabeto tiver faculdade de sociologia no dia que o analfabeto tiver faculdade de sociologia ele tá estudando sociólogo de direita e aí não falo mais para ele porque aí ele não quer mais saber de Marxismo também então meus senhores como fazemos
com que um explorado do mundo Aprenda que sair da exploração é poder se levantar Inclusive a partir dos seus sentimentos dizendo se eu sou cristão Por que eu vou matar boliviano que que existe mais que tudo se eu sou cristão Por que que existe Brasil e Bolívia que existe estado com um traço no meio Imaginário Para que serve algo nesse sentido por que não vou tirar a fronteira do México nos Estados Unidos e agora todo mundo é irmão todo mundo é igual gente eu orientei uma tese um dia sobre haich direito política em reish reish
é um homem que foi notável disse assim Jesus Cristo não volte à Terra porque se voltar à terra vai ser morto pelos cristãos verdade Se Jesus voltar a terra e dizer agora todo mundo é irmão mexicano e norte--americano acaba com um muro George Bush mata Jesus tem como eu vou ser igual ao mexicano eu vou acabar com um muro que separa o México dos Estados Unidos detalhe o Bush é o Cristão então a única novidade de Jesus voltando à terra é que será morto pelos cristãos Jesus se voltar à terra no Brasil ele é nordestino
negro travesti quem reconhecerá uma pessoa uma mensagem de Um Nordestino negro travesti que nasceu no mang porque se um cara nasceu na manjedoura em Belém e foi para Jerusalém é isto agora quem reconhece a verdade num nordestino travesti que marxista agora quero falar pior que marxista Parará para ouvir essa pessoa que a gente tem que pensar na gente se a gente ouvir essa pessoa a gente já deu um passo se a gente ensinar PR os outros ouça essa pessoa também e essa pessoa meus senhores não é uma são os milhões do mundo os bilhões do
mundo eles falam a todo dia e a todo dia a gente não escutou eles falaram pra gente chegar aqui eles falam falaram dirigindo o ônibus dirigindo o metrô dirigindo o carro limpando esse chão eles estão falando a todo momento e nunca a gente ouviu essa pessoa na realidade a gente vai perguntar Ah mas será que existe tanta exploração assim no mundo Será que existe tanta tragédia assim no mundo eu cheguei aqui esse microfone tava aqui enfim esse microfone não nasceu aqui a gente chegou aqui essa luz tá acesa enfim quem acendeu e não sei quem
é Vejam o mundo está posto nas mesmas estruturas que se punham antes apenas em alguns momentos quem sabe a sensibilidade do mundo se torna um pouco melhor as pessoas começam a entender isto por exemplo nos tempos de ditadura militar do Brasil no tempo das revoltas de maio de 68 na França etc e tal mas volto a dizer a sensibilidade lá era uma a gente consegue fazer sensibilidade pro mundo de outro jeito também nos dias de hoje minha palav para todos é de esper volto a dizer se nós aamos que todos de comer do mesmo pão
e de partilhar do mesmo teto a nossa mensagem é melhor é a mais simples inclusive Quero ver falar oo contrário tudo é de um e o resto vai paraa cadeia Quero ver falar isto e meus senhores isto está ganhando da gente da nossa parte hoje é como sabermos chegar ao mundo e passarmos esta mensagem ao mundo de tal modo meus senhores que a gente possa riscar um fósforo tá tudo encharcado de álcool tá tudo no mundo encharcado de álcool é que ninguém risca o fósforo ninguém tem coragem de fazer isto e no dia em que
isto se levantar meus senhores No Dia Em Que isto puder ser feito mundo corre por 2 minutos 3 minutos e vai adiante tragédia e beleza não foi assim com a com a revolta árabe primavera árabe de 2 anos atrás 40 anos de ditadura em uma semana cai o ditador beleza tragédia cai o ditador para confirmarmos todas as formas sociais que sempre com as quais sempre vivemos então daí faltava então o passo adiante cair e fazer o novo agora Quem suporta o novo no mundo de velhos Este é o nosso sonho essa é a nossa luta
Obrigado vamos concluir com uma última questão mais específica no 18 de Brumário Marx aponta um grande apoio do campesinato conservador ao golpe de Lu bonap Professor senhoria porv coment um de classe em si e classe para si aliada com uma reflexão sobre as formas de tomada de consciência de classe vejam lá meus senhores a constatação de Marx fundamental o trabalhador mais explorado da França o o Agrário trabalhador do campo do campo esse mais bateu palma para Luiz Bonaparte até o trabalhador urbano de uma certa maneira ficou ressabiado com o golpe do Napoleão Tero e como
é possível isso que o mais explorado seja quem mais bate palma pro explorador entra em cena nesse momento um ponto fundamental que o Marxismo ensina a todos que é a ideologia do qual em geral nós nos esquecemos não existe correspondência entre a classe e o que a classe pensa de si ou seja não é porque é pobre que é contra o rico é isso que é fundamental falando em termos bem populares a maioria dos pobres do mundo é ensinada de que o rico é bonito e o Pobre é feio todos aprendem isso e como é
que aprendem com uma maldade estrutural da sociedade não meus senhores é uma coisa muito simples é verdade que toda pessoa que ganha um pouco mais de dinheiro compra melhores cosméticos é isso não tem grandes diferenças eh é riquíssimo comprou o melhor perfume e tragédia o melhor perfume cheira melhor mesmo que o pior perfume enfim é é a tragédia pela o Brasil não faz um perfume que nem o francês enfim é raro chega no pé de um médio da França resultado da história o rico cheira melhor o rico é mais bonito o ar Blazer do rico
é melhor do que do pobre porque quando um pobre faz ar Blazer Você tá muito metido você tá se achando a rainha da carne seca e você não é ninguém a rica não enfim eu sou top model internacional resultado de fato a riqueza é mais bonita e a pobreza é feia uma mansão é mais bonita que a favela tá certo o capitalismo é ISO o capitalismo não adianta fazar dizendo Ah que legal que bonito é o morro enfim Ainda teve um tempo no Rio de Janeiro do sambistas da V ag quer dizer ó que bonita
tem amizade no morro isso sim amizade no morro mas não posso falar que a arquitetura do morro é melhor que da do niemer no chão enim não é Então meus senhores é preciso dar o passo adiante nesse sentido nós vivemos num mundo no qual todos os signos do Poder são bonitos para nós querem ver se eu fizer uma enquete hoje no BR Brasil você qu é presidente da república ou Imperador capaz de ganhar o Imperador por quê Porque Imperador é bonito Imperador é sangue azul tem coroa tem Cetro tem capa tem manto tem não sei
o que mais a Imperatriz e e e é uma senhora distinta etc e tal Presidente da República só põ uma faixa na Argentina ainda o presidente segura um um um cajado aqui nem cajado tem para segurar resultado que beleza tem um negócio desse nada é é o as pessoas são tão mal informadas que entre o Palácio das Laranjeiras no Rio de Janeiro que é um prédio de arquitetura rococó é totalmente falso em termos históricos e o Palácio do Planalto ela acha mais bonito Palácio das Larangeiras porque é feito em gesso faz umas voltinhas tem umas
estátuas e falar que isso é bonito para PL é 1 vezes mais bonito mas por quê sendo funcional a pessoa não vê luxo resultado o pobre ele enxerga o signo da beleza no rico que de fato não se ensina ao pobre a beleza da pobreza a dignidade da pobreza raramente isso isso é ensinado desse jeito só você tem notícia de um caso muito absurdo de ditadura de direita que valorizava a pobreza no mundo que foi a de sal Lazar em Portugal mas como o salaz não tinha nada para dar de riqueza pro povo ele tem
que fazer um discurso contrário somos portugueses porque nós somos humildes esfarrapados e essa é a alma português o espanhol é do ouro e a gente é da humildade Enfim uma casa portuguesa só só encontra amor abraços e e e um São José na parede enfim eh vejam eh Tirando isso o pobre gosta de de de ser rico é que ele não consegue ser rico individualmente para que que eu estou dizendo isso quando chegou o luí Bonaparte e falou eu sou Imperador porque eu venho de sangue azul etc e tal meu sangue é o do do
Napoleão pro povão francês Essa foi a beleza Olha que legal agora eu tenho um Imperador ag esse Imperador é do bem esse Imperador de Deus etc e tal o duro ele gostar da República duro ele gostar do governo de todos para todos então de fato nos dias da daquele tempo e nos dias de hoje a classe social não corresponde à sua consciência nem a sua ideologia as classes não correspondem consciência ideologia querem um exemplo disso Universidade gente de esquerda classe média o Pobre não tem a correspondência quando entra na universidade em termos ideológicos do que
tem a classe média que se tornou crítica o o pobre na universidade em geral quer ser rico a classe média cujo pai lhe deu alguma coisa ele se Aventura em raras vezes a ser crítico à própria sociedade então não tem correspondência crítica com classe social em específico é o que se revela também nos dias de hoje porque volto a dizer quanto mais explorado é alguém no Brasil e nos Estados Unidos são os casos paradigmáticos quanto mais explorado mais ele mata outro explorado e não explorador ou seja sou uma pessoa estou na favela estou sendo explorado
quem é meu inimigo os é isto eu sou da favela eu tenho Deus no meu coração e Deus odeia os então eu odeio os vejam meus senhores a luta de classes é totalmente desfocada para nós focarmos numa luta de gênero e aí nos obriga a todos inclusive a pensar que uma pauta já estava ganha faz muito tempo voltar para essa pauta e dizer pera aí gente é ser humano são absurdo são preconceito etc e tal sendo que a gente já tinha que dar no Passo 5 7 14 da da nossa luta e a gente tá
no passo um para provar que negro é igual branco para provar que quem não tem uma religião também é tão legítimo quanto quem tem uma observem Em que mundo Iluminista a gente é obrigado a jogar ainda para fazer coisas nesse sentido o resultado as classes exploradas do mundo de fato tem uma alta dificuldade em se assumir como classes transformadoras isso é histórico no Brasil a classe média esteve com Jango e com Brisola os riquíssimos obviamente fizeram o golpe e os paupérrimos eram contra o Jango A Redentora gloriosa etc e tal agora notá é Brisola que
conseguia falar pro povão na linguagem do povão o Jango não conseguia o Jango eh tinha um discurso de pautar enfim como é que chega num vamos pautar o debate enfim imagine um analfabeto o que que é pautar o debate enfim eh não sabe falar o OB Brisola falava na linguagem bíblica enfim eh Satanás Joaquim Silver Joaquim Silver dos Reis Não é Bíblia mas ele pro povão servia você tira dentro Joaquim Siveira dos Reis a pessoa entende mais ou menos onde ela tá você quer ser Poncio Pilatos ou Jesus Cristo vejam são linguagens que o povo
entende no fundo é isso também falta coragem para nós para podermos afirmar as coisas de verdade querem a tragédia do mundo Universitário como toda pessoa tem que ter um certo distanciamento do objeto e ele tem que ter uma certa sofisticação ele nunca tem coragem de colocar as coisas cristalinas como são Então disz por lá o mundo tem conflito de classe tem e ao mesmo tempo tem de gênero de patriarcalismo tem de raça tem de etnia P pá P pá é óbvio que já estamos falando de uma coisa não negando a outra só que as pessoas
têm dificuldade em falar dos grandes assuntos de maneira maiúscula hoje é um mundo que se escreve em minúscula não é um mundo que se escreve em maiúscula portanto é um mundo qual falta a palavra definitiva só que o reacionário só fala em maiúscula Deus demônio preto branco certo errado de Deus do demônio resultado o mundo fala em maiúsculo pra gente que não sabe ler a gente fala em minúsculo e em língua estrangeira para mostrar erudição que é a desgraça da universidade tem que mostrar erudição então a gente debate a última moda dos Estados Unidos e
a última moda dos Estados Unidos só nos ferra a última moda da Europa só nos ferra também ao invés da gente debater o problema do Brasil as desgraças nossas a gente fica debatendo autor de lá versus autor de tal para mostrarmos que somos eruditos em alguma coisa para para quê para receber aplauso de sete na academia aplauso falso inclusive porque esses sete que vão aplaudir asa pessoa que fez uma tese sobre não sei quem versus não sei qual é o seu inimigu inho do cargo amanhã do concurso tal e qual bateu palma hoje para ferrar
amanhã então nem pra pessoa ser esperta para falar o seguinte eu falo para quem e para agradar quem nem isso a pessoa consegue entender no mundo precisa ter uma transcendência de si gente é preciso que o mundo seja de homens e mulheres maiúsculos gente que possa falar as grandes questões que possa falar a verdade do seu tempo volto a dizer eu tenho grande esperança que essa verdade seja possível porque ela é a verdade da luta pela justiça do mundo quem entende isso ganha força ganha energia para lutar por isto Ou seja hoje vivemos num mundo
de minúsculos mas n nos impede de um dia com o grau de conhecimento e de exploração que tem o mundo de chegarmos ao ponto de vivermos numa sociedade de gente maiúscula [Aplausos] Obrigado são muitas questões acho que de maneira geral diversos eixos temáticos não foram confrontados frontalmente mas foram abordados de qualquer forma forma essa a primeira aula de oito que compõe o curso e vamos torcer para que questões que não possam ter sido ah abordadas diretamente agora durante essa aula possam ser abordadas depois mas sobretudo Vamos torcer para que muitas outras questões surjam e não
se encerrem no espaço do curso ah com isso a gente dá por finalizada essa primeira aula que se seguirá uma sessão de autógrafos do prefácio da crítica da filosofia do direito de Hegel de Marx e do livro que o Alisson lança hoje estado e forma política o slav aiz filósofo sloveno e autor de indefesa das causas perdidas prefaciado também pelo Alisson esteve aqui em março inaugurando esse projeto no Sesc que agora se encerra E durante essa passagem ele foi convidado a escrever o texto de quarta capa pro estado e forma política do Alisson então a
gente queria fazer uma leitura aqui rapidamente para para vocês eh verem essas impressões do zizek sobre o livro Marx diz que o segredo da mercadoria não reside em algum conteúdo escondido sob sua forma mas em sua própria forma estado e forma política de Alisson Leandro mascaro não aponta na mesma direção muito se escreve hoje em dia sobre a mudança do papel do estado daqueles que o consideram como um instrumento de regulação dos excessos do neoliberalismo aqueles que o descartam vendo-o como um instrumento de dominação e opressão a ser superado por alguma forma de democracia direta
no entanto todas essas abordagens caem na armadilha fetichista de lidar com diferentes funções e usos do Estado desconsiderando as suas implicações fundamentais como uma forma política ou seja como a forma estado em si para além de seu conteúdo os interesses que representa etc tem implicações políticas fundamentais o livro de Alisson mascaro foca-se precisamente nessa dimensão crucial e por isso é simplesmente a obra mais importante do pensamento político marxista nas últimas décadas um trabalho que fornece a estrutura conceitual básica para lidar com o tema do Estado um trabalho histórico que mudará todo seu campo de estudo
e estabelecerá seus próprios padrões Essas são as impressões do Zac sobre o livro e a gente queria aproveitar para lembrar também que no dia 18 de Maio sábado daqui duas semanas haverá uma aula do Alisson focada especificamente no conteúdo do livro no sindicato dos bancários de São Paulo Osasco e região na Rua São Bento 413 próximo à estação do metrô São Bento às 10:30 da manhã então quem tiver interesse numa sessão de autógrafos pode fazer uma fila ali à direita e a gente faz aqui mesmo ok obrigado daqui 1 hora daqui 51 minutos a gente
começa a segunda aula com o professor Antônio rago
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