Oi Eli Bom dia a todos queria dizer que é um prazer mais uma vez participar de encontro promovido pela psicóloga um e esse tema esse nosso tema o lugar dos Pais nas análises de crianças é um tema que me pegou desde a graduação Desde o primeiro caso que eu atendi jovem Zinho ainda na graduação e foi um caso que é de uma criança que tinha uma mãe muito angustiada e todas as seções da criança ela queria falar comigo antes da sessão ela queria falar comigo depois da sessão vocês devem ter esse tipo de experiência na
clínica de vocês na época eu tinha uma supervisora lacaniana e recomendava e uma análise era análise da Criança e portanto a gente deveria encaminhar essa mãe que um outro analista i i é o que me entregava é que por mais que eu me esforçasse para encaminhar essa mãe e ela sempre retornava com as demandas dela ela nunca procurou esse colega que a gente combinou que atenderia mãe e eu tinha a impressão que ela precisava falar sobre a criança e precisava falar com a analista da Bíblia on Oi e aí bom dia E aí e eu
pensava na época bom então se a gente porque que se a gente escuta criança e considera que a análise análise da criança a gente não poderia escutar os pais né a dúvida que eu tinha se efetivamente escutar os pais produzir em alguma interferência negativa na no trabalho com a criança e mais quando a gente se propõem a escutar os pais que tipo de Scooter essa né E se tornaria uma análise dos Pais era disse que se tratava que estava em jogo nessa 1 é bom essas perguntas todas mobilizaram em mim um desejo de investigar esse
tema que foi o que me levou para o mestrado bom então eu fui trabalhar fui pesquisar esse tema no mestrado e esse trabalho foi publicado pela primeira vez pela aquele Editora em 1998 ainda cheia primeira publicação aqui ó ficar seu bem antiga né logo no comecinho do é assim que eu terminei finalizei o mestrado foi publicado essa primeira edição pela hacker se esgotou na época em que ela se esgotou aqui não tem interesse em republicar e ela foi publicada novamente quase 20 anos depois agora pela tório Editora que é essa versão Inclusive a um livro
que quem não tem quem se interessar encontra no site da TOR editora www.clockeditora.com.br e quem quiser receber o livro autografado pode encomendar diretamente comigo meu e-mail Michelle Faria@terra um ponto br x me escrevem manda um nome de vocês o endereço um certo eu mando pelo Correio tá bom e quando eu fui fazer essa nova publicação então 20 anos depois de ter feito a primeira publicação é de ocorreu fazer uma pequena pesquisa e incluir né como é que fazer a revisão do texto quem tem a versão mais antiga vai notar a diferença entre as duas versões
olha as duas coisas que que aconteceram quando eu fui fazer essa revisão a primeira coisa que aconteceu foi que embora na revisão eu quisesse mudar muitas coisas né 20 anos depois a gente acha que pode dizer melhor coisas que a gente disse lá atrás a estrutura do texto ainda me parecia interessante aquilo que eu tinha dito lá trás como uma proposta de intervenção com os pais ainda me parece interessante que me deixou muito contente e uma segunda constatação foi que quando eu fui fazer então uma pequena pesquisa para incluir né 20 anos depois os textos
dos livros e sem ter sido publicado sobre o tema nesse período na nova edição eu descobri que quase não tinha nenhuma publicação sobre o chá e eu acho que essa é um dado muito importante acho que isso diz muito a respeito das dificuldades que a gente tem o trabalho com os pais E por quê Porque o trabalho como os pais ele acaba sendo um tema aparentemente secundária da análise da Criança é E se a gente for procurar a quantidade de publicações sobre a clínica com crianças em comparação com a quantidade de publicações sobre o trabalho
com os pais é muito impressionante essa diferença então de fato trabalha com os pais é um tema secundário e na minha opinião Ele parece um tema secundário é por isso que a gente se atrapalha tanto no caso de crianças porque a gente acaba considerando deixando esse tema de lado é mais do que a gente deveria vamos dizer assim quem é [Música] é porque eu acho que é esse o motivo pelos pelo qual a gente tem uma tendência e essa é uma tendência de todos nós a nos ocuparmos o mínimo possível dos pais quando a gente
trabalha com uma criança né todo mundo que gosta do trabalho para criança para o meu gosto gosto muito de trabalhar com crianças a gente quer trabalhar com a criança né esse é o foco do nosso trabalho Esse é o bloco da Nossa Clínica é isso que a gente quer fazer é o que faz com que a gente tem uma tendência a se ocupar o mínimo possível dos pais e mais acho que a gente ainda tem outro problema aqui também os pais querem que a gente veja a criança né não é incomum muitos de vocês já
devem ter passado por isso que na primeira entrevista os pais a trazem a criança é né daí eles tem pressa para que a gente trabalha com a criança a gente tem pressa para trabalhar com criança EA gente acaba deixando paz nessa posição é o dia daqueles que vão trazer a criança então a gente precisa conversar com eles a gente quer saber a queixa a gente combina como que vai ser o trabalho e o trabalho com os pais acaba ficando reduzido a algumas poucas entrevistas iniciais né É muitas vezes a uma única entrevista Inicial é e
a partir dessa entrevista a gente já chama criança e começa o trabalho com a criança que é o que nos interessa e quando a gente faz isso o que que a gente espera dos pais a gente espera o mínimo né que eles tragam a criança no horário combinado eles não falte eles não se atrasem e eles pagam direitinho pelo tratamento para o tratamento é pago e que né as coisas tranquilo transformam numa certa tranquilidade e esse é o sonho de todo o analista de criança né e paz das crianças que a gente atende que não
interferem no trabalho com a criança e o problema é que né a gente geral têm alguns raros casos assim na nossa Clínica grande maioria dos casos que a gente tem não funcionam assim é o ou seja e a gente se ocupa muito brevemente dos Pais é porque a gente idealiza pais que não vão interferir no trabalho confiança a gente idealiza a paz que vão funcionar de forma favorável a que a análise da criança trans em meio Mar e ou um pouco a gente cheirinho e é justamente essa idealização que costuma fazer com que a gente
fique frustrado [Música] e quando essas interferências começam a acontecer percebem a gente idealizam funcionamento e quando esse funcionamento não é como a gente idealizou a gente começa a se frustrar geralmente quando a gente começa se frustrar a gente começa achar e os pais são resistentes ao tratamento dos filhos é uma das coisas que eu mais escuto dando supervisão de casos de crianças é muito comum que o trabalho com a criança funcione bem né que analista tenha uma boa leitura do caso faça um bom manejo do trabalho com a criança mas que venha para uma supervisão
para se queixar que alguma coisa tá acontecendo naquele caso que apesar do prazo tá fluindo bem os pais estão falando interromper os pais começam a faltar é uma cena muito comum na clínica Concon e todo mundo deve ter passado por isso alguma vez a gente vai chamar a criança na sala de espera Quem tá na sala de série A mãe ou pai a hoje eu vim para falar com você no lugar do meu filho né e a gente começa a se irritar com esses pais a gente começa acha que eles estão interferindo uma tendência acho
porque eles resistem ao trabalho com a criança já isso muito como seus pais não quisessem que seus filhos melhorasse o que eu acho uma concepção pra pau até tem um antigo tô muito potente que é uma frase do lacão que a gente tem como todas as frases importantes do lado aqui olhar com muito cuidado entender também muito cuidado que é a resistência é do analista é engraçado que essa frase quando é lembrada muita gente pode se lembra dessa frase tudo que a gente está comentando coloca um sempre no meio da frase a resistência sempre do
analista eu sempre digo não é assim que lá coloca as coisas é claro que existe a resistência do analisante né mas dizer que a resistência é do analista tem um sentido é e de fazer a gente pensar O que é ao analista que cabe a operação clínica da qual depende o nosso trabalho em um trabalho analítico não acontece sem a operação doanalista há portanto qualquer tipo de ruído qualquer tipo de interferência neste trabalho clínico é um ruído e uma interferência que exige que o analista Saiba se ele não resiste ao a operação clínica que a
dele existe uma análise saiba outra coisa que marcam e insiste em trazer para gente Oi tia transferência é atualização da realidade do inconsciente o ou seja o que se passa na transferência com o analista deve ser interpretado desde a dimensão da posição daquele sujeito né transferido com análise o Ou seja é isso vai dizer no seminário 11 né a transferência ela pode ser boa ou ruim transferência transferência é a gente Claro gosta das boas transferências a gente gosta dos analisamos que gostam da gente que fazem um bom trabalho implicam que pensam que refletem e seu
o paciente ideal que todos gostaríamos de ter mais a clínica né ela tem as suas variações e nem sempre a gente tá lidando com esse tipo de demanda é muito comum e muito frequente que a gente tem que lidar e manejar é um demandas que são cobranças que são faltas atrasos esse tipo de coisa que é tão interpretável quanto um Que tipo de demônio bom então A ideia é a seguinte bom e o que se passa na transferência dos pais um psicanalista da Criança diz respeito a posição dos Pais posição inconsciente posição subjetiva dos Pais
é na relação transferencial com o analista diz seus filhos hoje a gente está lidando quando a gente trabalha com uma criança um triângulo o pai mãe criança em que não só conta a transferência da criança com a gente dá com a gente depende da trabalhar com a criança mas também a transferência dos pais com a gente e essa é é muito importante porque suídeos que aparecem nesse tipo de transferência na transferência dos pais com a gente muitas vezes fazem com que uma análise de criança assim te roupa antes de chegar à última né e é
muito muito difícil a gente conseguir fazer um trabalho com uma criança que que eu tô chamando de trabalho para criança análises um comércio meio chique com uma criança quando a gente não se ocupa em alguma medida desses pais e inclusive no final da análise isso é uma coisa importante portanto é teste trabalho com os pais que depende análise da criança isso por um motivo muito simples né É porque são os pais que trazem e a criança é completamente dependente dos Pais para que analise aconteça E aí a gente tem um problema curioso que é o
que eu tinha na época que tava pesquisando isso no meu mestrado que é o seguinte é um paradoxo do trabalho com as crianças e acho que é um paradoxo e traz uma reflexão especialmente para nós analistas lacanianos e quanto mais o psicanalista considera que a análise que a criança é um sujeito analisável como adulto que isso tá na base da Concepção lacaniana desse jeito né uma vez que o sujeito e não se desenvolve sujeito é feito da inscrição da linguagem a gente não trabalha com uma noção de sujeito em desenvolvimento na clínica lacaniana o que
quer dizer que a noção de sujeito com a gente opera é a mesma independentemente da idade cronológica daquele sujeito e quanto mais a gente seu culpa dessa ideia de que então daí tem questão é a criança o maior a pendência a tentar deixar de fora os pais esse trabalho é pois é é um nó que eu tinha que resolver no meu mestrado porque o que que eu percebia que quem costuma incluir os pares no trabalho parte importante a por esse motivo para ela quanto mais os analistas consideram a importância de trabalhar com pais mais a
gente ver analistas que atribuem uma mani fazia a e as causas dos sintomas da criança aos pares Tô fazendo uma relação base determinista entre o sintoma da criança e o funcionamento dos Paz percebe o paradoxo a tendência acaba sendo uma tendência quase de culpabilizar os pais pelos sintomas das Crianças quanto mais grave o caso maior a tendência que a gente tem a fazer isso é é é e é aquela história né quando a gente está começando a conhecer os pais EA criança inevitavelmente nos casos mais graves a gente tem uma tendência a pensar Poxa mas
também com esses pais né quase como se eu te dissesse criança também por isso que ela não tá bem olha os pais que ela tem percebem que é um tipo de pensamento que supõe que a criança é produto daquilo que se passa com os pais de que ela é o sintoma da criança a responsabilidade pelos sintomas da criança seria dos Pais em nenhum texto do latam muito bom ele é um texto bem pequenininho ele tem uma página e meia onde vocês talvez conheçam texto se chama nota sobre a criança para criar uma notinha como é
que tá publicada nos outros escritos manopla de me engano de 69 e em que Lacan diz uma coisa aqui que me ajudou muito a pensar essa população né esse paradoxo de ou deixar os pais do lado de fora do tratamento ou de responsabilizar os pais pelos sintomas da criança inclusive interpretar o sintoma da criança a partir da fala dos pais a criança está brincando com duas bonecas que brigam é uma boneca que ela disse que é o pai é outra que a mãe e a gente supõe que a gente teve a perguntar para os pais
se eles andam brigando porque aparentemente é isso que tá aparecendo na análise da criança percebem tipo de interpretação que se faz é muito comum na clínica com crianças e que vai no tanto na contramão da concepção de sujeito que a base do nosso trabalho porque se a criança está fazendo essa brincadeira é a criança que a gente vai se remeter e é com ela que a gente vai investigar os a brincadeira porque eu sentido daquilo que vai nem consciente é o sujeito que vai dar para gente dá um outro sujeito ainda que esse outro seja
um pai e uma mãe É nesse o texto nota sobre a criança eu acho que a gente tem uma condição de olhar para esse problema com esse paradoxo que é muito interessante que eu Lacan diz uma coisa e a seguinte ele diz muitas coisas nesse texto isso é bastante dente apesar de ser pequenininho quando a gente vai estudar ele às vezes a gente se dedica muito tempo para desdobrar cada frase do texto mais uma das coisas que ele diz é o sintoma da criança Responde ao que há de sintomático na estrutura familiar bom e é
uma frase ir importante né porque por um lado mostra e lá que eu não tá desconsiderando o quanto aquilo que se passa na estrutura familiar Tem uma relação sim ou sintoma da criança marca não deixa isso de lado é evidente que os conflitos os impasses as questões que aparecem na família contribuem para que os sintomas de uma criança apareça E no entanto na frase do lateral a gente vê que o sintoma da criança Responde ao teatro e sim tomar ou seja os sintomas da Criança é a resposta da criança se entendem E aí bom então
não se trata de um determinismo nessa relação entre a estrutura familiar EA posição da criança né não se trata de atribuir ao sintoma da criança alguma causalidade que a gente precisaria buscar no curso dos pais e eu O equívoco mais comum que a gente promete e não por acaso né Eu acho que isso faz parte da nossa própria neurose achar que os culpados pelo sofrimento é um e outro lugar e não em nós mesmos né e as determinações do nosso sofrimento é um e outro lugar Ah e não em nós mesmos o ou seja primeiro
desafio que a gente tem quando a gente está trabalhando um esse triângulo pai mãe criança é que a intervenção que a gente faz exige é separar aquilo que é da Criança e do discurso da criança para que a gente possa localizar a posição do sujeito da Criança em relação às queixas ao sofrimento EA que ela faz em sessão daquilo que a posição de cada um dos Pais e na demanda e na queixa que eles interessam para nós tomar na lista e foi uma coisa que nesse meu livro sobre o lugar dos pais eu tentei distinguir
chamando aquilo que é da criança de 5 ou matar criança distinguindo os sintomas da criança daquele que eu chamei de sintoma na criança que seria o sintoma e da forma como ele é nomeado pelos pais mas é nomeado pelos pais na criança e essa é uma característica dos trabalhos tanto das Crianças quanto dos Adolescentes no adulto chega para tratamento Ele mesmo vai se queixar de seus sintomas quando uma criança ou adolescente trazido para tratamento e ele é trazido para tratamento a partir de um sintoma do qual quem se queixa em primeiro lugar são os pais
por isso que eu chamei de sintoma da na criança ou seja a gente tem uma primeira questão de como é que a gente maneira esse sintoma na áreas Oi e o maior risco que a gente corre o AD quando a gente ir ouvir a queixa inicial dos pais e já passa a trabalhar com a criança sem perceber o que a gente está fazendo e sem dizer isso licitamente mas o que a gente está fazendo é implicitamente prometendo para os pais que a gente vai resolver aquilo que ele se queixam percebem mas chegam dizendo eu tô
aqui porque meu filho tem 6 anos de idade ainda faz xixi na cama e a gente diz então traga seu filho e passa um mês dois meses dois meses três meses de trabalho que começa a acontecer esses pais começam a pressionar a gente dizendo Olha não sei o que tá acontecendo mas o trabalho não tá funcionando porque ele continua fazendo xixi na cama e por outro lado e a gente começa a ficar Frito porque nesses meses todos de trabalho ainda que o trabalho esteja caminhando muito bem a gente começa a se dar conta que a
criança nunca falou sobre esse xixi na cama Oi e aí qual é a nossa tendência começar a pedir para criança falar sobre isso achando que a gente tem que atender a demanda dos Pais percebem como a gente vai se atrapalhando com essa demanda de paz e como a gente tem uma tendência a querer corresponder porque foi essa a promessa que licitamente a gente fez no início do trabalho é e não é esse tipo de pressão que os pais naturalmente vão fazer porque eles Afinal tão trazendo as crianças daquelas melhor em levam a um ruído no
próximo trabalho com as crianças se a gente não cuidar disso se a gente puder dar um bom destino para isso Tá bom então o que a gente faz com essas demandas dos Pais O que que a gente faz com a transferência que faz tempo a gente e acho que uma primeira pergunta que a gente sempre se coloca e sempre se pais então a gente precisa que os pais sejam analisados também Então a nossa escuta significa que Sem Análise dos pais não é possível análise da criança que era uma posição defendida por exemplo pela Anna Freud
ela entendia que para que uma criança fosse analisada seja necessário que os pais também possuem analisar a maneira como é na frente tentou resolver um problema clínico que é de todos nós né sempre foi um problema que quem atende criança é que acontece que quem tem essa experiência sabe muito bem e elas isso é uma coisa que acontece em alguns casos de crianças pais que trazem filho e que eles mesmos um deles ou ambos já fazem análise não é incomum na clínica com criança e quem já teve essa experiência Clínica sabe que o fato de
que o pai é uma mãe faça análise não oferece a menor garantia de que eles não vão interferir no trabalho para crianças justamente porque às vezes eles estão até fazendo um trabalho muito interessante na própria análise mas é isso que eu desconfiava desde o começo da minha prática aqui tá tem alguma coisa que vai ser endereçada para o analista do filho e não necessariamente trabalhava na própria análise bom e que se sustenta porque justamente nós acolhemos esses pais numa transferência com a gente que tem a ver com o lugar que o filho tem aí vocês
sabem e é ou seja análise pessoal dos pais não oferece qualquer garantia é de um bom andamento da análise dos filhos não tenhamos esta ilusão e mais eu acho que tem um problema aí é o e frequentemente acontece quando a gente decide que a gente vai encaminhar os pais de uma análise que é justamente uma interpretação que os pais acabam fazendo dia que a gente estaria contabilizando eles entardecendo a mulher sem trazer a criança EA gente faz Vocês precisam fazer uma análise sabem como isso pode cair mal o Ou seja a gente de alguma maneira
estaria dizendo para eles que a responsabilidade que tá acontecendo eles que eles estão atrapalhando que ele precisa cuidar desse no outro lugar e não para gente e isso é uma coisa que vale para a vida né gente já experimentaram para alguém eu acho que você devia fazer uma análise pode ser a pessoa mais querida não é a reação não tem uma reação boa é completamente diferente quando alguém isso acontece com os pais muito frequentemente quando a gente faz com o trabalho se discuta as demandas dos pais e trabalha as demandas dos Pais na forma como
a gente deveria muito frequentemente eles pedem para nós medicação de análise completamente diferente a partir do trabalho partir desse desse manejo desta demanda é é é é e qual que é o entendo que é o manejo dessa de né E aí deixa só o que a pergunta daquele que daí a gente sempre fala Quênia bom então é eu tenho uma outra situação Michele que eu queria que você comentasse um pouco se fosse o que é quando a gente também a supervisão dela E aí quando o analista que abandonar a criança para atender os par mas
ele não tem nada Quem são os pais né Muito interessante essa é uma outra situação em uma situação interessante que a gente percebe que a gente tá muito mais orientado pelo fenômeno Clínico do que ele pela posição de cada um né dizer a criança não tem nada é a nossa avaliação e aliás ontem anteontem expressa semana supervisionei um caso que justamente é isso caso bastante complexo em função do tipo de demanda que aparece na família aliás Isso é uma observação que eu queria fazer me passou acho importante eu tô falando dos pais e tô tomando
pais como a dupla pai e mãe na família tradicional formada por pai mãe criança né mas evidentemente Eu Tô considerando qualquer configuração familiar né as mais variadas configurações familiares que a gente possa ter né no mundo de hoje é só uma generalização para facilitar aí a nossa nosso trabalho que tem a ver com o trabalho do George do uma cama e evidentemente a gente trabalha com madrasta padrasto 10 segundos terceiro casamentos desse pais Às vezes quem entre em contato com a gente não é o pai não é a mãe avó e nesse caso eu já
não é essa semana ou uma tia ou a madrasta ou padrasto da criança todas essas configurações Elas têm a mesma estrutura que estrutura demandas e são endereçados para gente é sobre a criança e que tem a criança como esse né então é muito curioso que um analista a partida deverá criança e pensar mais essa criança não tem sintoma já decida-se ocupada esses pais e deixar de fora a criança como você tá dizendo é esse caso que eu curti essa semana tinha essa característica que procurei avó tem uma questão aí na relação com pais que são
separados essa memória com essa Boy a criança e analista vai se dando conta que não tinha nenhuma queixa em relação essa criança que é uma delícia de criança aqui ó e funciona bem mas que tem suas demandas de análise que eu acho que essa nossa questão né nossa estão quando a gente depois de fazer esse trabalho com pais é bom tem uma demanda da criança não tem matemática da criança a gente está lidando com várias demandas a gente tá vendo ligar o tema das duas familiares que trazem a criança que são as demandas que eu
chamo sintomas na criança e a gente está lidando com as demandas da criança também exigem manejo são dois trabalhos porque uma vez que a criança é trazida eu nem até a próxima questão né que não é exatamente uma questão se a criança precisa ou não precisa de análise para saber o que é precisar de uma análise e a nossa pergunta para criança isso vale para adolescente também e os adolescentes ainda colocam questões ainda mais difíceis Porque eles estão justamente nesse momento de confrontação com aquilo que vem dos pais então se os pais querem isso para
mim geral reajo dizendo que eu não quero ela é muito comum que ele chega chega em bastante resistentes à ideia de fazer uma análise com aqueles que os pais escolheram né então a gente tem essa delicadeza com a criança ou adolescente que é bom existe uma demanda que demanda é essa e a gente também precisa de um tempo por uma criança para localizar essa demanda e para manejar essa demanda e não se trata de da criança precisar não precisar de análise né beijo a nossa avaliação mas se trata de mobilizar Uma demanda de trabalho de
novo a partir da nossa intervenção e eu vou insistir nisso porque acho que isso é muito importante junto com a lembrança de que a resistência do na lista análise e só acontece é como efeito da operação do analista análise não é uma coisa que acontece naturalmente né gente que pensa que é fácil Se analista você sentar numa poltrona confortável atrás de um divã a pessoa vem toda semana deitar no divã fala fala fala e.t. paga para você ficar ouvindo que ela tá dizendo né de fato de fazer análise fosse isso seria mais fácil fazer o
que a gente faz do que realmente é análise ela é baseada e nos fundamentos teóricos de uma operação que é do analista que não tá na fala do analisante mais que tá naquilo que a gente faz um aquilo que o nosso tonalizante this e isso vale E no caso da Criança para Criança e para aqueles que trazem a criança a cada um com as suas demandas Oi e a nossa intervenção E aí e seria E aí voltando para o tema da demanda né como é que Lacan entende uma demanda aliás tem uma outra frase do
Lacan bem importante também muitas vezes mal interpretada e é o analista não respondia de manhã né e a gente interpreta mal essa frase a gente se torna aquela caricatura de analista que mal dá bom dia para o paciente que é tudo aquilo que paciente pede para a gente a gente vai dizer não né ou vai ficar olhando para ele em silêncio como se fosse um problema de mandar qualquer coisa da gente porque a gente não responde demanda que que me parece uma boa interpretação dessa frase do Mcqueen Porque é que o analista não respondi simplesmente
a demanda por quê para Olá Campo traje toda a demanda e articulada a toda a demanda tem temos o desejo que é sempre inconsciente e que exigem interpretação o ou seja o nosso trabalho tem a ver o sujeito do inconsciente e a nossa intervenção Visa o que essas demandas trazem da posição do sujeito que interessa se entendem funcionalista não responde à demanda é porque cabe a ele interpretação as demandas para localizar o desejo inconsciente e sustenta essas derivadas que aparecem na transferência percebem um pouco mais complexo do que não dá bom dia para o seu
paciente e inclusive para que a gente possa manejar essas demandas a melhor estratégia é sempre acolher essas demandas ou elas vêm para te dar a gente possa interpretar está bem e no primeiro a gente aqui olha de manga e depois a gente interpreta-se a gente já recusa a demanda a gente não tem condição de interpretar quem é e o que que é isso significa no trabalho com a criança e com os pais significa basicamente devolver para cada um que é de cada um a devolver é para cada um dos Pais aquilo que está alienado nesses
sintomas que eu chamo sintoma na criança e para cada um essa é uma dificuldade enorme que a gente tem também no trabalho com a criança a gente tem se já é difícil fazer isso quando a gente tem um único analisante de da gente para a gente tem duas pessoas ali é duplamente difícil porque a gente tem que devolver para o Parque do pai devolver para a mãe dia da mãe aí o pai diz uma coisa mãe retruca e aí quando a mãe retruca a gente tem que devolver para ela o que é dela é uma
arte né para poucos acho que não é por acaso que tanto os analistas escolhe não trabalhar com criança e o que é curioso no meio lacaniano né porque essa concepção de sujeito é a mesma Porque que a gente não trabalharia com a criança justamente porque o pacote é da criança envolve essa estrutura né em que a gente acaba tendo que manejar essas outras demandas e tendo que manejar essas outras demandas me parece que a hipertensão mas analítica quem que ela significa análise dos Pais percebem a diferença embora não se trate da análise dos pais e
nós somos analistas da criança a gente acolhe as demandas que os pais têm em relação aos filhos para devolver para cada um deles a posição deles e amo essa tarefa como analistas é isso que a gente faz quando a gente escuta bom então meu filho faz xixi na cama ao invés da gente responder tá bom traz o seu filho aqui que eu vou ver o que eu posso fazer e tem uma pergunta que a pergunta que em geral não nos ocorre fazer é como todas as perguntas que precisam ser feitas por nós ela é a
que a gente menos lembra de fazer eu sempre brinco com quem atende crianças que deve para atuar no braço essa pergunta porque a gente vai sempre esquecer de fazer essa pergunta e os motivos pelas quais a gente se esquece tem a ver com a nossa própria resistência que no fundo é uma resistência a própria noção de inconsciente EA pergunta eu brinco que se não quiser ler o meu livro não precisa basta saber que no fim das contas é essa a minha sugestão de intervenção que tem a ver com essa pergunta é que é meu filho
faz xixi na cama e o que nunca ocorre a gente perguntar para os pais é mesmo como você lida com isso essa é uma pergunta absolutamente simples e por uma razão que a gente deveria refletir sobre ela dificilmente ocorre para nós começa a fazer essas perguntas vocês vão ver que o universo interessante ZTA interessantíssimo se abre para manejar a posição de cada um dos Pais em relação aos sintomas na criança e aquilo que faz os pais sofrerem mas do qual eles participam sem se dar em pó E aí tem um texto do Lacan sobre isso
que eu acho maravilhoso que se chama a intervenção sobre a transferência mas queria ouvir a Gisele que ela tá com a mão levantada já fala para Gisele e achamos Super Interessante a coisa da demanda né que vem a demanda o para mim a demanda realmente né Michele como você falou que a demanda dos Pais aí você tem a demanda que a criança traz ali no consultório na sessão durante todas as sessões e a nossa demanda de querer resolver o que os pais estão falando daquela criança que nem sempre isso realmente está acontecendo Eu tô atendendo
uma criança de 9 anos Qual é a queixa a criança ela não tolera a frustração não tem nove anos ela não não tolera perder jogo não tolera brincar de uma coisa assim ele se aquela brincadeira tem aumente ela quer aí até a mãe trouxe para mim a sentir não faz o que ela quer ela fica mal humorada ela fica agressiva ela joga o brinquedo na cabeça da outra criança e assim vai ele ainda estou no começo o atendimento eu fiz umas duas entrevistas com a mãe ainda não entrevistei o pai que ainda não conseguiu ver
eu fiz uma primeira sessão já de ludoterapia com a criança lógico tudo é começo não dá para saber nada agora mas eu percebo que aquela demanda que os aquela tá me trazendo de não tolerância à frustração e o que já está no início sem o trabalhar com essa criança não tem nada a ver com essa primeira demanda dessa queixa que ela tá me trazendo que ela fica agressiva tem que ser tudo como ela quer e se não faz as coisas como ela quer ela fica muito brava é uma oscilação de um ouro mora ela tá
bem outra hora não tá assim Lógico é muito é muito imatura Fala alguma coisa aqui mas é isso que eu tô percebendo a gente tem que tomar cuidado com esse uma coisa é a demanda dos Pais outra coisa a demanda da criança EA nossa demanda eu acho que são apesar de um trabalho e a gente tem que tomar realmente cuidado com isso sem dúvida na e ainda o andamento do processo a gente vai sentindo que realmente você tem que trabalhar o que está por detrás da essa coisa da criança fazer xixi da cama Como que
o pai os pais são lidando com isso né Eu acho que é mais ou menos por aí mesmo isso quando você fala da demanda do analista achei interessante incluir isso Gisele que é isso né quando você diz da demanda do analista Às vezes a nossa expectativa em relação ao nosso trabalho químico É sim de resolver aquele problema é é isso você chamou de ter mais da do analista é o nosso desejo de da conta dos sintomas que evidentemente não vamos negar isso e todo mundo quer gente a gente faz mas para que ir as pessoas
foram menos para que a vida Chique né menos difícil e o sim bom então um problema que a gente ajuda a a resolver vamos dizer assim e aí esse é um outro nós e o outro desafio da nossa prática Clínica Porque isso é uma coisa que ela quer trabalha seminário 7 inteirinho não sei se vocês conhecem o seminário certo que é o seminário sobre a ética como é que eu trabalho no seminário sobre a esta Ele trabalha a ideia é de que a ética ela em geral ta pautada em valores morais Né desde a filosofia
todo o pensamento ético ou grande parte do pensamento ético está fundamentado no que é certo Eo que é errado o que Justamente a o desafio do nosso trabalho clínico é que não são os valores do analista que vão definir os caminhos do trabalho aqui esse é um Desafio enorme porque a nossa Estamos pautadas por uma outra esta que à época do desejo e tem a ver justamente dessa dimensão inconsciente do desejo que é o que a gente está investigando então de uma certa maneira é uma coisa interessante e importante que acontece na clínica de maneira
geral na clínica psicanalítica evidentemente que no final de uma análise o que a gente tem o próprio Arkham comenta acertar 7 em um ganho em termos de se livrar dos sintomas e de menos sofrimento evidentemente que tem mas o paradoxo e o desafio é que se ganha não é obtido e certamente visando essas modificações a nossa pergunta Clínica nunca é uma pergunta clínica que vai para e como é que eu ajudo esse paciente e pergunta de como é que ele ajuda esse paciente a pergunta do psicoterapeuta Nossa pergunta é por que que ele faz como
ele faz e onde estão as determinações inconscientes daquilo que o analisante faz seja criança seja os pais então é isso você tá lidando com uma situação Clínica Kids pais estão presentes a criança está presente os pais têm esse tipo de situação Clínica né Gisele quanto mais é é diferente a demanda dos Pais é da demanda da criança menos difícil é para gente porque daí a gente e sabe que cada trabalham trabalho consegue separar os discursos o maior desafio é quando os discursos conversam a gente tem muito mais dificuldade para devolver para cada um que é
de cada um que é a nossa tarefa Oi e aí voltando para o texto intervenção sobre a transferência o texto intervenção sobre a transferência um texto do Lacan muito bom que tá nos escritos que é um texto que eu recomendo que vocês Leiam e é um dos textos que eu considero os menos difíceis de ler nos escritos textos os escritos são difíceis não tem estilo difícil mas esse me parece um dos textos mais leves e mais acessíveis para que a gente interede aí para pelos termos lacanianos e que Lacan propõe a intervenção sobre a transferência
ali nesse texto ele retoma o caso Dora do froid e para mostrar uma coisa importante que é e o que ele chama de giros dialéticos promovidos pelo Freud a partir das queixas da dor bom então agora faz uma queixa e o laca resume a operação tiroidiana operação Clínica Frade Ana de uma maneira que não é uma afirmação do froid acumulacão resume Isso é uma pergunta que é bastante conhecida a nossa e a gente pensa que a pergunta do Freud não é a forma como Lacan interpreta o trabalho jordiano nesse caso a pergunta é Qual é
a sua participação nisso de que você se quis e esse é o trabalho do analista e e é esse o sentido dessa dessa ideia de que a gente depois deveria devolver para cada um aquilo que é de cada um no sentido da posição subjetiva de cada um e nesse sentido não se trata da análise dos pais e também não se trata de culpabilizar os pais pelos sintomas dos filhos percebem não se trata disso porque o sintoma do filho tá sendo determinado desde a posição dos Pais é e se trata de investigar a partir da queixa
dos Pais aquilo que eles mesmos desconhece que a posição que eles têm ali por isso que é muito interessante fazer essa pergunta de bom Como você lida com isso porque como você lida com isso é a resposta é reveladora da posição que cada um deles sendo e o efeito dessa pergunta também é um efeito muito interessante Porque sem essa pergunta eles estão demandando que a gente resolva então tem uma expectativa de que a gente resolva com essa pergunta a gente volta para eles uma reflexão de nossa né não tinha me dado conta que toda vez
que meu filho disse isso a minha reação é essa é isso ajuda de alguma maneira né a a Manu p o trabalho com os pais EA transferência dos pais com a gente de forma que a gente consiga caminhar nesse trabalho sem a pressão que os pais costumam fazer sobre nós para que a criança melhor entendem eles mesmos acabam entendendo melhor o trabalho que a gente faz a partir desse tipo de intervenção Oi e eu vou insistir nisso não é análise dos Pais inclusive muitas vezes a partir desse tipo de intervenção o efeito é que algum
deles ou às vezes os dois digam Nossa mais né e o pensado tanta coisa a partir da conversa aqui com você você tem uma indicação de analista para me dar é gostaria de fazer uma análise pensar um pouco melhor as inscrições isso pode ser um efeito um efeito Aliás bem vindo desse manejo mas percebem é um produto desse manejo Oi e a isso tem e mesmo que ele expressa uma análise a gente encaminhe para uma análise isso não quer dizer que isso não vai retornar sobre a forma de demandas engraçadas para nós bom né Essa
semanas aparecem e elas muitas vezes insistem e Retornam e exigem esse manejo da nossa parte fala quem é o r é me fez lembrar da questão de como é importante a gente se ocupar dos Pais nas entrevistas preliminares eles né um exemplo que sempre dor é um exemplo seu inclusive quando você vem falar na Globo quando era presencial você tinha um caso você vai chegar quase Mas lembra que você tem que fazer de Verne um dos Pais queria ser ocupado pagar mei eu não queria seu pai do pagamento mas o pai filha que a mãe
que faz bonito na noite do pagamento porque parece que o pai toma consumido melhor que a mãe né Mas isso não se decidir entre os dois vocês têm realizou diversas entrevistas até que pagou agora decidido quem vai ser ocupadas a criança no nariz e aí você tem que fazer aquilo também das pessoas falam a gente tem que ser ocupados para eliminar né isso não se deve pensar que isso direciona um pouco do lugar dele nessa nessa semana que você tá dizendo aqui que é também algo que que o que que você faz com isso né
e o manejo tem a ver com isso por isso eu sempre eu sempre digo bom e aí a gente se ocupar duas três quantas vezes forem necessárias antes de criança isso porque quem é que é uma prática que ele tem o tão Oi e que eu acho que é uma maneira da gente mais homem Abrir que isso é limpar o terreno para o trabalho sabe a gente começa a ter hipóteses sobre qual é a posição dessa Mãe qual é a posição desse pai né O que é que eles estão demandando da gente como é que
eles estão lidando com essa questão na relação com a criança inclusive na relação entre os dois né cê tá se lembrando de um caso de pais separados uma mãe dizendo ele que tem que pagar e um pai dizendo eu pago Mas ela tem que participar e isso vira um impasse que muitas vezes a gente tende a querer a gente dá uma solução para o impasse Oi e aí quando a gente dá uma solução para impasse muitas vezes a gente dá uma solução em que um dos dois fica contente ontem dos dois ficar contente percebe E
aí se continuar fazendo ruído Ou seja é o melhor estratégia me parece ser quanto a gente não está seguro de que a gente tem uma boa e pode ser que tá acontecendo ali esses pais enquanto a gente não está seguro de que minimamente a gente conseguiu devolver para catar um que é de cada um E manejar isso na transferência conosco Eu recomendo que a gente agir a vinda da Criança é o quanto a gente puder Porque na minha prática Clínica por exemplo por isso que eu trabalho assim é mais confortável para mim primeiro trabalhar é
com essas demandas dos Pais para depois chamar a criança não possa chamar criança desde o primeiro dia claro que a gente pode mas sabe o que que vai acontecer a gente tem as três de mim a trabalhar no começo do trabalho a gente ainda não tem uma boa hipótese nenhuma hipótese diagnóstica nenhuma hipótese sobre está acontecendo e a gente fica fazendo malabarismos e tentando manejar uma coisa que quando a gente veja tá fazendo tanto ruído na transferência que às vezes Aquele caso nem segue com a gente eu acho que é um jeito mais e a
gente se dá um tempo maior para levantar hipóteses sobre o caso para manejar aí para ver os efeitos disso impossíveis sobre os pais e das vezes cima né já tem feito até sobre a criança né em casos em que os pais chegam dizendo Nossa depois que a gente veio aqui parece que alguma coisa já aconteceu de diferente ali na uma criança já conseguiu para escola essa semana né a partir da escuta dos Pais porque porque Justamente a gente tá essa é a hipótese a gente está lidando com uma estrutura bom e quando a gente está
lidando com uma estrutura e que é mais Truck o quê que é a definição da estrutura são elementos estáveis EA relação entre esses elementos se você tem uma relação entre os elementos da estrutura que eu considera na cintura a própria estrutura familiar em que na medida em que você mexe com um dos elementos isso afeta todos os outros né então esses efeitos eles aparecem E conforme a gente tem a melhores hipóteses para trabalhar a gente consegue manejar coisas como pagamento mudança de horário quem vai trazer o pai ou a mãe esse tipo de coisa nunca
é simples porque Justamente a transferência é atualização da realidade do inconsciente então tudo que se passa na transferência de alguma maneira diz da realidade do inconsciente que nos interessa investigar quando a gente nossa essas pequenas ou grandes interferências o que eu sempre recomendo para vocês mesmo depois de já ter feito esse trabalho com paz e já tá a confiança o que eu sempre recomendo é pequenas ou grandes interferências sempre são pretexto para gente marcar uma entrevista com os pais bom né a gente recebe um WhatsApp com o texto contando o que aconteceu na escola ontem
minha sugestão é sempre devolver para os pais Nossa que importantes você tá me dizendo Vamos marcar uma entrevista para conversar sobre isso porque é para conversar sobre isso não para saber o que aconteceu na escola ontem mas para sentar com essa mãe participar com essa volta com quem quer que seja que esteja interessado essa demanda e perguntar Nossa isso aconteceu e como você lidou com essa situação e o que que você fez né E por que que você me deu desse jeito quem é a devolver para cada um o que é de cada um e
manejar qualquer situação que eu já tive situações clínicas curiosas de mãe e passando o bilhetinho na sala de espera no horário da sessão da criança vai chamar criança mente entrega um bilhete e fala assim assim quase em segredo dá uma lida nisso antes de começar a sessão né a gente fica muito tentado a subir para criança Abrir objetivo meu objetivo trabalhar com a criança que provavelmente aquele bilhetinho vai interferir completamente nesse trabalho percebem e qual que é a ideia Qual que é a sugestão e a gente precisa às vezes se concentrar muito para fazer esse
tipo de intervenção é dizer para mãe puxa Obrigada Que importante você tá me mandando nenhuma notícia aqui acho que seria importante a gente marcar uma uma conversa para você me contar não é isso que você escreveu aquilo que levou eu bilhete mas vamos marcar uma conversa para você me contar dele não perder essas oportunidades Oi e aí entra aquela história do que na verdade a gente quer trabalhar com a criança a gente pega o bilhetinho lá primeiro quarto o petinha ele considera entendem Qual é a nossa tendência natural de escrever a criança a gente se
irrita com bilhetinho né É me lembrando de um caso que Janeiro Durante algum tempo que era uma mãe que no começo da sessão para crianças sempre chegava dizendo para nariz o que que ela deveria fazer naquela sessão analista né analista foi se irritando com essa mãe e essa irritação é sinal que a gente não tá fazendo um trabalho que a gente deveria fazer vocês também faz isso todo início de sessão nosso trabalho é dizer mesmo você gostaria que eu fizesse isso isso isso trabalhar se essas coisas vamos marcar uma conversa para você me dizer porque
o que que você acha que isso é importante que que você acha que isso tem que ser trabalhado não tem como uma maneira de devolver para esta mãe quebra essa mãe localizar né é aquilo que se passa na transferência com a gente a partir de uma queixa de uma né de uma ordem é dada pela mãe no começo do trabalho que a ideia é essa nossa nossa pergunta sempre porque será que a sua mãe tava dizendo isso que será que nós ele esses esses pais estão fazendo desse jeito não quando a gente já tem de
crianças Às vezes a gente tem uma tentação de achar que é tão óbvio que eles deveriam fazer de outro jeito quando a gente vê a gente tá dizendo para eles fazerem de outro jeito ao invés de buscar entender porque é que eles fazem do jeito que ele está é uma coisa que eu tenho para mim na clínica de maneira geral não só na clínica com crianças mas na clínica de maneira geral eu sempre acho o que Cada um faz o melhor que pode com recursos que temos e ninguém gosta de sofrer ninguém quer sofrer nenhuma
notícia gosta de sofrer mas eu quis mais uma estrutura particular dentro da percepção que é muito mais Ampla do que gostar de sofrer não é isso que a massa aqui se Cada um faz o melhor que pode mas condições que tem as condições que tem condições psíquicas a nossa pergunta Clínica é porque que diante desta situação o melhor esses pais conseguem fazer é isso se estendem não é dizer para ele que vocês estão fazendo errado e vocês deveriam fazer de outro jeito é só uma intervenção e nunca cai num bom lugar vai para Clínica com
adultos você dizer que o analisante tá fazendo alguma coisa errada ele deveria fazer diferente não costuma cair no boga na vida também não mas na clínica ainda mais delicado porque a nossa pergunta o que que vocês estão fazendo desse jeito e o que que é essa a frase que te ocorre dizer que o seu filho nessa situação e às vezes são corte de exceção entendem olha só que interessante para o seu filho faz isso que te ocorre dizer para ele é isso eu não sei com isso hoje fez um pouco nisso vamos entender isso melhor
a gente abre a possibilidade de trabalhar com sentido daquilo daquilo que eles estão trazendo Fala minha irmã Oi Oi Michele tudo bem aqui Meu correu aqui isso de fazer essa pergunta como lidar como que vocês lidam com isso me parece que você acaba implicando também os pais o tratamento do filho dele né porque eu acho que cai por terra também deles pensarem assim o analista que vai dar um jeito no meu filho né Ele é tá tudo na mão do analista eles que vão e não né você você fazendo essa pergunta não sei né dá
um acho que começa a pensar assim nossa eu também sou responsável por isso daqui eu também né sim acho que vem é o próprio trabalho Clínico do analista não é mesmo se a gente for pensar é isso também acontece com os adultos e nos procuram por vontade própria e quando chegam para análise bem para dizer eu tô aqui porque eu não aguento a minha mulher na verdade problema é ela não sou eu não é assim Aham tô aqui porque o meu chefe me cobra demais eu tô a ponto de ter um banal e a gente
não tá desconsiderando que tem uma esposa que tem chefe que tem a realidade mas o nosso trabalho Clínico não é um trabalho Clínico que se pretende intervir na realidade o trabalho Clínico com trabalho sim outra dimensão inconsciente que envolve a posição de um sujeito E aí você tá chamando isso de implicação né quer dizer qual é a sua participação nisso de que você se quer que a pergunta Freud Anna para agora por mais que a situação de vida da Dora fosse né bastante complicada gente tem vontade de fazer uma intervenção e se dá com a
Dori dizer vamos parar com essa bagunça aqui de quatro horas que pai faz Olha a situação que agora tá metida mas conforme o Fred vai trabalhando isso com adora ele vai vendo que ela é participa dessa situação sem perceber ela desconhece a posição que ela mesma tem na situação a chamar isso de implicação é uma forma de tratar justamente daquilo que diz respeito a posição de cada sujeito no seu sofrimento o interface importante é os efeitos que isso produz na clínicas e também acho que gera também a confiança né acho que quando você traz esses
pais para mais perto de você acho que a possibilidade deles dar andamento a esse tratamento é muito maior do que você deixar ele meio que fora disso né não é aqui eu era criança e é clínico e isso mesmo a gente faz isso se sustentar água ao meu ver na teoria isso tem a ver com o que acontece na clínica não é por isso que eu acho que insisti muito muito muito desde o início do ensino dele em quase todos os textos dele ele insiste nisso é da necessidade da gente pensar os fundamentos teóricos da
nossa operação Clínica teórico aquilo que a gente faz saibamos ou não sempre está fundamentado numa concepção que a gente tem do que análise do que é o sujeito que é uma criança que são faz né quando alguém começa a contar de um caso ainda que essa pessoa não saiba do que ela tá contando é da Concepção que ela tem sobre esse caso o escolar que insiste tanto em ir atrás desses fundamentos é Ou seja a gente vai fazer a sua intervenção fundamentado pela noção de sujeito de inconsciente de desejo inconsciente O que é a do
Lacan e o efeito dessa intervenção ele é um efeito que vai aparecer na clínica mas ele é sempre um efeito colateral Como costumo dizer os efeitos que a gente por isso que é tão difícil está na lista porque a gente não Visa efeitos diretos como psicoterapeuta e dá um conselho dá uma sugestão de isola a criança não pode comer na mesma cama que vocês esperam o resultado a partir daquela daquela nação Obrigada Michele o é é é a paralisar tô pensando um pouco logo você falando sobre não culpabilizar paz né bom no geral não é
hoje que a pessoa isso pode acontecer e muitas vezes eu sinto isso acontecendo nada pensando assim na minha clínica a gente quando você faz esse questionamento na Jiban por Porque será que você faz dessa forma o Como que você lida com isso né enfim que o próprio paciente paciente negou no caso dos pais mas às vezes outras pacientes acabam se culpabilizante né ai ai não Você tá certa né E aí para mim sempre é o passa né E aí né cara eu não era esse efeito que eu tava esperando e agora né eu faço vai
na contramão daquilo que a gente não é porque isso não é que eu sou o culpado não é o outro então sou eu que é uma outra dimensão do mesmo problema da culpa e que é um tempo neurose né e é Um Desafio grande mesmo e ele só parece muito nelliza na transferência dos pais e no trabalho dos pais que é muitas vezes ele já vem culpados e muitas vezes ele já vem achando que a culpa por aquilo que se passa com a criança é dele e isso é tão interpretável quando qualquer outra coisa né
É também de novo não caso que eu que o supervisor nem semana passada analista fez uma boa intervenção uma mãe é que tinha tomado uma certa atitude com a criança o mar cena em que analista pergunta criança fez isso E como você reagiu a mãe diz alguma coisa para essa criança EA partir disso que ela diz e ela se dá conta que foi aí que a criança mudou e imediatamente a mãe diz Nossa então a culpa é minha O que é isso Você tá trazendo bom Acabei de me dar conta que tudo começou quando eu
disse isso para o meu filho e percebe o nó O que é o sugere para essa na lista seguiu trabalho como assim a culpa é sua por que você disse isso ele reagiu desse jeito Será que isso quer dizer que você é a culpada não entender melhor por que que tinha ocorreu dizer foi isso entendi seguir com o trabalho positivo interpretando as ideia de que a culpa é da mãe eu já tive uma mãe mamãe atendimento por um bom tempo bom tempo eu quero dizer alguns meses é que chegou a dizendo dos sintomas do filho
e dizendo eu tenho certeza que meu filho tem esse sintomas porque eu tô fazendo alguma coisa errada bom então eu tô aqui para você me dizer o que é que eu tô fazendo errado porque se você me disser vou fazer sempre se eu quiser certo sabe a idealização também percebe a une potência dessa mãe e a culpa em geral do ponto de vista do inconsciente ela tá ligado a uma certa de potência né se eu me sinto culpado Oi É porque eu Suponho que eu teria a condição de fazer diferente e fazendo diferente tudo daria
certo se eu não tivesse dito aquela frase meu filho não tem os sintomas que ter que tem é uma linha a Pena eneliza entre a culpabilização e aquilo que a mesma chamou de implicação né que é um termo que em geral gente prefere porque ele é é mais leve ele traz sim tem uma relação é por isso que você disse o desencadeamento dos sintomas mas não quer dizer que você é culpada isso quer dizer que se tem uma relação vamos entender melhor por que que você disse o que disse porque a culpa também festa o
sentido do inconsciente a nossa eu me perguntar porque que eu disse isso eu me sinto culpada e às vezes de prima Mãe por exemplo esse é o nosso trabalho é sempre esse trabalho de abrir sentido de reenviar o sentido Como assim culpada como é que você entende isso né é muito comum isso a gente é ouvir de paz quando a gente conversa com eles e contam as histórias deles enquanto filhos é muito comum que eles Leiam que aquilo que se passa com eles tem haver um alguma coisa que eles tentam fazer diferente em função daquilo
que os pais fizeram com ele bom então tem a Irma culpabilização que é meus pais são culpados pelo meu sofrimento logo meu posso ser culpada pelo sofrimento dos meus filhos e fala Rosa o que é que você tá assim só é porque brigando com essa mãozinha vai aparecer ela só que ela não tá ficando um [Risadas] monte de coisa que eu pensei você respondeu tudo bem mas a questão da culpa assim da da família da mãe por exemplo que é a que mais está em contato alinhar na clínica sempre os pais ficam de fora não
entendo porque que a gente faz isso correr porque acho que tomar uma pouco mais de Cuidado Com a presença do pai ali mas a mãe Acho que eu cuidado porque às vezes eu percebo que o analista ele alimenta essa roupa né assim a a mãe falar foi minha culpa e a nossa tendência às vezes é pensar Foi mesmo é é isso não só pensar como acreditar nisso reforçar né então porque que você fez isso aí vem a pergunta errada né atende aqui e isso é uma busca quase como uma bronca né Rosa quase uma branca
já então ela é mesmo nosso desejo de mudar esses pais aí entra Nossa expectativa de que eles passam diferente mas é perfeito assim é por isso que a concepção de sujeito que orienta Nossa prática que faz com que a gente avance nessa frase então a culpa é minha se a gente não faz nada com essa frase é porque a gente acredita que a culpa é da mãe Oi e aí a nossa operação Clínica Como assim a culpa é sua que que você tá chamando de culpa mas se trouxe um outro ponto que eu acho interessante
comentar EA verdadeiro isso de muitas vezes quem procura por nós e a mãe né vive numa Cultura em que as mães se responsabilizam ainda muito pelo que se passa com os filhos e muito frequentemente a mãe que procura a gente muitas vezes a mãe procura a gente dizendo eu prefiro que você nem conversa com o pai e não tem tempo ele nem acha que uma análise vai ajudar Às vezes as mães chegam dizendo o pai é contra Então prefiro que você não fale com ele e eu tive uma uma situação a clínica só assim o
pai levou a menina na filha de 12 anos para consulta e aqui a consulta acabou não acontecendo porque A Terapeuta que deveria atender se confundiu e pois outro paciente e não atendeu essa pessoa eu estava ali na recepção e fui agora né e eu não podia não tinha como aquele não tinha ninguém para atender naquele momento e aí o pai já como ele já pegou o celular já começou a escrever em contato com a mãe mas aí não vai me ligou para mãe aí começou a discussão daquela situação eu tentando contornar Eu ofereço enorme não
mas eu posso atender amanhã eu tenho um horário amanhã E aí a mãe muito brava do outro lado da linha com o pai pois ela desligou dele ligou na recepção E aí para poder falar e muito brava então assim a situação toda que seu pai estava ali mas ele não pode resolver a situação comigo eu estava dizendo para ele eu tenho motor área eu posso atender ela vai desculpa vamos resolver né e não foi possível mas sim essa essa é a isso passou pela mãe que certamente isto diz muito sobre o caso sobre a relação
desses pais sobre a relação principais com uma criança é de novo bem é isso que se passa na transferência com a gente nessa situações que a gente fica meio desarmado sem saber o que fazer diz muita coisa sobre o caso e precisa ser manejado né com cada um deles e a situação em que o pai ou a mãe é traz a criança e diz para a gente não nem entrar em contato com outro né em geral as mães muito frequentemente isso é uma coisa também para a gente prestar atenção como analistas muito frequentemente a mãe
vem sozinha numa primeira entrevista a gente faz a primeira evidência já marca criança é uma coisa para gente prestar atenção que a mãe não tenha considerado a importância do pai vir não quer dizer que a gente não vai considerar Oi gente aí pergunta né Eu acho que isso precisa tá marcado 10 aliás eu costumo marcar isso desde que alguém liga ou manda um WhatsApp para marcar uma consulta olha queria que você atendesse meu filho como é que a gente faz imediatamente eu digo eu costumo conversar primeiro com os pais e pergunto como é isso para
você porque com os pais Podem ser duas mães pode ser pros pais Às vezes quem fala do outro lado responde é mas é que eu sou madrasta Se quiser conversar com os pais não se você quiser me procurando podemos conversar primeiro nós duas e aí você me conta o que tá acontecendo e a partir dessa primeira demanda a gente vai manejando para poder ouvir quem a gente acha que a gente precisa ouvir é mas eu acho que lembrar cada um que nos procura de que a gente conversa com os pais é importante para que a
gente não deixe isso de lado né quem é para quem é mais sabe quando você tem um filho não parece uma coisa muito interessante que esse filho seja atendido pelo psicanalista escolhida pelo outro lado tem que você saiba e tendem olha o que isso pode produzir no caso por outro lado não é incomum a mãe dizer rapaz não tá interessado pai não vem não é um caso que os prisioneiros semana passada a mãe chega dizendo que olha que interessante que ele já tinham procurado uma outra ela já tinha procurado mal psicóloga e que quando a
outra psicóloga chamou o pai de quem é essa mulher separada deu tudo errado esse interromper o trabalho é uma notícia né e fez com que analista fizesse o que chamasse a criança sem chamar o pai o desenho como a gente tem que ficar capturado curso desses pais e a gente esquece de manejar é isso o que que a manejar É mesmo mas como assim mas deu tudo errado porque ela chamou o pai outra melhor isso deixa eu entender melhor Deixa eu entender melhor não entender o que aconteceu comprar entender melhor por quê que foi assim
que essa mãe entendeu o que aconteceu porque essa entendimento da Lens a gente chamar o pai Talvez o pai vai comprar outra história pode ser não foi nada disso não porque que você tá entendendo assim Deixa eu entender para chegar na pergunta o que que você acha de eu chamar o pai da criança e que muitas vezes a mãe responde eu acho que eu não devia chamar o pessoal que eu acho que deveria ser a nossa atitude nessa hora de até mesmo então vamos marcar mais uma conversa nós duas sobre isso se entendem para que
a vinda do pai seja um efeito do trabalho essa mãe que chega dizendo eu sou culpada de todos os sintomas do meu filho por isso que eu tô aqui é uma mãe que eu trabalhei muito tempo com ela até que ela me diz você não acha que para você atender meu filho que ela já estava cogitando eu atender o filho você deveria conversar com meu marido antes Oi e eu disse Poxa boa ideia e aí eu chamo marido e ela vem junto com o marido e a gente faz algumas entrevistas Oi e aí tem a
posição da mãe Nessa situação a posição do pai nessa situação até uma criança e aí todo o trabalho que tem que ser cheio Ou seja eu acho que a gente também tem que ter para nós que a gente não pode prescindir da presença de um Pai no trabalho com filho e mais não prescinde não quer dizer força a mão e demais eu só vou atender o seu filho se o seu marido vier porque às vezes eu passo aqui em viabiliza o trabalho de início já não sabia acontecendo a gente não manejou esse contexto essa resistência
que está em jogo aí né e até porque senão nós vamos contra a questão de trabalhar a relação do Pai Do Pai fazer a interface a intervenção em casa assim como na relação no triângulo né que nem pensando na relação da mãe do filho e da importância da intervenção do pai lá senão cês tão nós já tiramos ele também então ele não vai ele não vai fazer esse comprei o papel né vem aqui e seria saudável ali para relação né para essa essa noção do que é saudável e do que deveria acontecer sempre perigosa né
rosa porque de novo a gente pode escorregar para uma concepção na é como uma família tem que ser a começa assim mas se eu contribuo também para afastar isso na nossa tendência não é conseguir para afastar a nossa tendência se a gente não parar para pensar nisso tudo que a gente tá conversando hoje a nossa tendência é manter aquilo que assintomático ou sintomático é um pai que está distante do filho que aparece muito de vez em quando e a mãe se queixa disso a nossa tendência é ou manter isso desse jeito mesmo ou aí ainda
mais arriscado queria Já resolveu o sintoma operando diretamente sobre ele dizendo bom então primeira coisa que eu vou fazer Chamar esse pai aqui não vou atender o seu filho vocês pai não Gere a gente acha que a gente resolve um problema que a gente né que a mãe está contando que tinha 10 anos aí a gente resolve chamando o pai e aí as vezes a gente chama o pai está incluído na relação a tua mãe entende tudo isso é difícil mas é o que você tá devendo a gente precisa tomar muito cuidado como é que
a gente vai manejar é um cuidado que é um cuidado exigido de nós clinicamente sempre palaciana Oi Gisele lutar antes de Ministérios usado em estado de novo com a mãozinha levantada eu achei que você esqueceu de baixar a mãozinha você tem tudo aí Michele tem não eu tenho não não se preocupa não não se preocupe tá super interessante né as perguntas aí e a gente tá aprendendo e muito é voltando um pouquinho na situação da culpa da situação pelos pais Será que não cabe a gente como analista até pensar que isso foi taxativo assim eu
não tenho tanta experiência de atendimento com crianças Eu comecei mais agora na na clínica mas assim será que tu não tem de primórdios de falar senão tudo o que acontece a criança os pais são culpados não é um pouco do analista aí se a gente tentar é separar essa situação Esse realmente trabalha com aquilo que nós já falamos a demanda da criança com a demanda dos Pais o que está por detrás disso o que realmente os pais tem uma culpa nisso e isso vem da nossa percepção por outros profissionais que já para vez até a
criança já passou por quê o que que acontece a quando eu fiz a aquela primeira entrevista as primeiras entrevistas Eu acho que eu fiz umas duas ou três com a mãe o pai ainda não conseguiu vir eu ainda estou sempre eu tô acompanhando isso porque eu quero entrevistar o pai também numa das entrevistas a mãe falou é porque outros profissionais já que a Júlia passou falou que é tudo o que acontece a culpa realmente a da gente e até segunda eu tomo eu a gente como quais está vendo Será que a gente a culpado mesmo
que que a gente tem que fazer então provavelmente a gente tem que tomar cuidado com isso está muito taxativo na nossa profissão a tudo que acontece a criança assim assado a culpa é dos Pais será que realmente é porque nem seja a semana da criança bate com a demanda dos Pais às vezes é uma outra coisa ali que tá acontecendo sim Olá urso eu acho Gisele o seguinte isso não tá só na nossa profissão isso tá na nossa cultura isso tá na nossa cabeça e isso é um produto da nossa neurose por isso que isso
tá na cultura a nossa neurose faz com que a gente Acredite isso é feito do recalque do nosso próprio inconsciente sobre nós parece como que a gente acredite que o que nos faz sofrer vem de fora o bem da realidade e quando esse sofrimento é o sofrimento de uma criança a nossa neurose e participou o que a culpa EA responsabilidade de sofrimento é dos Pais isso tá na nossa cultura de uma forma muito forte isso entra na cultura da psicologia da psicanálise e da psiquiatria da Pediatria da pedagogia e sai isso é muito comum a
gente escuta aí 50 os lugares quando os psicanalistas entendem assim é porque eu tô trazendo a teoria lacaniana que absolutamente não faz uma leitura dessa forma o que vai fazer na concepção de sujeito e do inconsciente concepção que ele extrai do Freud os tanto a gente tem essa posição no George também desde querido pelo latam é quando a gente é faz a leitura que a gente faz a gente não vai para o pa bilizar os pais a gente vai devolver para cada um quer de cada um mas dentro da SIC analysis e é muito comum
que se entenda assim esse traga para dentro do tratamento essa concepção que se diga para os pais de uma forma mais Sutil de uma forma mais dura que sim que eles são superados e sim eles estão fazendo alguma coisa errada e que se ele estivesse o que tem um fundo de idealização dos pais se eles tivessem fazendo tudo certo supostamente se a criança seria feliz não tem os sintomas dela né e isso é um dos maiores desafios e um dos maiores empecilhos ao trabalho que se faz um pais e com crianças autistas dentro da nossa
área a quantidade de pais de crianças autistas que ontem dos analistas do citi analistas que trabalham com os filhos e eles são os culpados pelo autismo das crianças é muito grande muito comum Nós também somos responsáveis por essa preferência que às vezes os pais têm por uma psicoterapia comportamental e não por uma psicanálise porque não tem nada mais angustiante trompete mamãe sentindo-se culpado ou não de um profissional que diga que a culpa é dele bom então tem tem um livro interessante até para gente ler sobre isso que eu gosto muito que é um livro da
Marina piallet para mim você e ele aqui e se chama autobiografias no autismo eu fiz o prefácio deste livro ele foi complicado pela torna Editora também a vida muito bonito a Marina resumiu a partir da de livros que ela leu de blog se ela que ela acompanhou de relatos tanto dos Pais de autistas quanto dos autistas é depoimento sobre o autismo e os autistas contando para gente o que é ser autista e como essa é autista e a primeira parte do livro lembrei com esse seu comentário a primeira parte do livro são os pais nos
autistas contando como é a experiência de ter um filho autista bom e se tem uma coisa que a gente observa ali é muito não é um livro didático é um livro gostoso de ler é um micro questão só relatos e eu acho que o que se transmite né se nesse livro às vezes vai ter uma potência muito maior do que um monte de teorias herméticas lacaniana se conceitos para explicar o que se passa com autismo são importantes uma certa dimensão mas o que se transmite nesse livro primeiro sofrimento desses pais segunda dificuldade que é lidar
com essas crianças e torcer o esforço que eles fazem para descobrir uma maneira de se comunicar com os filhos né apesar de da do que se passa do lado da criança que é tão resistente essa comunicação então é uma leitura que eu super recomendo assim vale por uma uma lição Clínica sabe tanto disputa dos Pais quanto desculpa é dos filhos é o nós somos um é bom saber mesmo preço tipo de questão senhora Michele Qual é o nome do livro autobiografias no autismo se vocês digitar em www.editorapositivo.com.br que é o site da autora e editora
em o meu livro laço lugar para os pais têm o livro da Marina bialetti também é lindo esse livro gente super recomendo olhar vale por uma experiência Clínica também para quem nunca atendeu autistas é maravilhoso e é maravilhoso perco uma situação de um pai e uma mãe não é igual a situação de ontem e pai de outra mãe como Cada caso é um caso e depois os autistas falando sobre o próprio autismo é maravilhoso como também a posição de cada um tem lá alguma característica que é diferente de todos os outros muito bons para Cassiana
eu acho que duas coisas então essa essa discussão sobre autismo me fez lembrar muito que ontem eu tava assistindo essa série do Netflix que chama amor no espectro não precisava nem sensacional assim eu acho que tem esse recorte dos relacionamentos mas ao mesmo tempo fala bastante das experiências né únicas e super múltiplas com autismo né eu tava se permitindo maratonei é uma graça mas eu não queria contar para quem não conhece fazer uma propaganda também dessa dessa série são autistas jovens autistas que se autodenominam autistas né Por razões variadas porque vocês vão vendo que cada
um tem jeito de funcionar ali e que estão em busca do amor então a série entrevista esses autistas e conversa com eles para para para entender como é que eles entendem as relações amorosas é aquele se relacionam em uma psicóloga que tá na série que faz uma mediação dessas desses encontros e que eu tenho impressão ali que é uma psicóloga comportamental muito sensível às questões que estão jogo ali em Pauta e ela vai fazer uma intervenção aqui são muito interessantes vale a pena assistir é uma série documental Então ela vale a pena maratonar neve que
você começa assim você vai indo na série mas queria fazer uma questão disse é na verdade eu vim assim até para esse encontro com uma hipótese porque eu começo a fazer um trabalho numa escola e eu tinha essa hipótese de que talvez em um ter coisas em comum né dessa questão do papel dos Pais na análise das crianças e eu tô realmente impressionada com a semelhança eu vejo do papel da escola né dos professores no neste atendimento das crianças e aí eu fiquei pensando assim né se dá para usar algumas desses mané Ah sim é
porque você ainda essa questão das demandas que vêm né porque é bom já vem assim né aqui essa criança autista então é tipo assim os homens para mim começa por aí resolve aí para mim assim né mas eu acho que esse giro né de também falar assim bom ok como que vocês viram como você lida com essa criança autista né feito isso assim não eu sempre peço desculpa mas não porque senão você fica aí eu cicologo a psicanalista na escola parece que vira esse despejo assim né tipo joga para ela que você quer meio estranho
meio esquisito não tá funcionando tá com atraso na alfabetização jogar para ela assim e aí eu fiquei pensando ou mais como que eu faço é que a gente faz com isso que jogam na escola né mas muito bem colocado Que bom que você falou sobre isso que me deu oportunidade de falar sobre o manejo das escolas é outra coisa que chega sempre pra gente né E na escola a gente tem professora a gente tem coordenador eu tenho equipes que trabalham com a criança e que em geral podem para mim é uma criança para gente fazendo
de uma forma muito parecida com a forma como os pais fazem né que é Olha essa criança tá com tal problema resolva Essa é a demanda Inicial é ih eu entendo que de novo diante de qualquer Me manda uma analistas nós estamos autorizados a localizar a posição de cada um o que não quer dizer analisar a coordenadora da escola nem a professora da Escola mas a mesma pergunta que a gente vai guardar na manga para fazer para os pais para negociarem com algum tipo de demanda para gente e é muito interessante fazer uma professora né
ah nem todas as escolas dão acesso aos professores quando elas dão acesso eu acho maravilhoso porque você tem condição de trabalhar com quem trabalha diretamente para criança e uma coisa que a gente tem que pensar trabalhando com educadores eu tenho visto isso ao longo dos anos os educadores se angustiam demais por não ter formação e por não saber como lidar com essas crianças né a inclusão escolar é uma conquista de poucas décadas Mas é uma conquista maravilhosa é uma conquista que infelizmente a gente às vezes corre o risco de caminhar para trás nessa Conquista nós
Por Enquanto estamos aí com os benefícios dessa conquista porque ela trouxe essas crianças para dentro da sala de aula Ela trouxe essas crianças para conviver em com outras crianças ela deu essas crianças a oportunidade de aprender ela eu sou D e quando eu comecei a clínica essas crianças ficavam em casa ou nas instituições que eram depósitos de crianças que não tinha condição de aprender ver isso mudou e ainda tem que isso mudou e que essas crianças estão em sala de aula mas a consequência disso foi que isso funciona demais os educadores em geral não recebe
a informação para lidar com essas crianças e por não receber informação não tem essa habilidade em sala de aula e em geral o que eles fazem encaminhar para um profissional que também tem informação para fazer isso que somos nós a gente tem hoje uma figura interessantíssima é em algumas escolas né em algumas dependente dos garis a gente tem a figura do AP então não só o psicanalista que trabalha com a criança dos seus consultórios ou nas instituições mas também os atenção que muitas vezes trabalha com as crianças dentro das escolas que o povo intervenções dentro
das escolas é mais sentar com o professor para conversar sobre uma criança é a mesma coisa é sentar diante de uma demanda de faça alguma coisa uso fundo é porque eu tô muito angustiada tem uma sala de 30 alunos para cuidar e este único aluno me impede de cuidar dos outros 29 porque eu fico tão angustiada ele morde as outras crianças ele não fala ele não aprende não sei o que fazer com ele né É E isso costuma gerar muita resistência Por parte dos professores a própria inclusão é porque a inclusão exige tratar a diferença
como a diferença a inclusão não é colocar uma criança dentro da sala de aula e esperar que ela seja igual a todas as outras que de verdade também não são iguais entre si bom e o que a gente faz quando a gente senta com professor e perguntar como você está lidando com essa criança é de uma potência é claro que tem variações de professor para professor né professores mais receptivos essa pergunta mais indicados no trabalho mais interessados quando a gente abre essa exceção os caminhos são os trabalhos mais bonitos e que rendem nas melhores parcerias
impedir que o nosso trabalho aquilo E é porque você pergunta qual você faz aí a professora conta e aí você vai ajudar ela pensar o que que tá funcionando e o que não tá funcionando porque nessas professoras tem uma prática que sem perceber de vez em quando elas fazem coisas que funciona você pode dizer olha só quando você faz as impulsiona interessante né e o que não funciona nós temos formação para dizer o que não funciona não funciona porque esta criança não costuma responder bem a este tipo de fala ela responde melhor é um outro
tipo de falar e a gente precisa conhecer a criança já tem uma hipótese sobre como ela funciona para poder não discutir diagnóstico a professora percebem de maneira nenhuma eu vou para uma escola discutir diagnóstico mesmo quando que me pedem numa escola diagnóstico é o diagnóstico porque isso aqui é o diagnóstico o que que eu não acho que vai ajudar né porque a gente tá pensando que essa criança autista tá precisando de um diagnóstico o mesmo que vocês estão pensando que ela é notícia no quê que é aquilo que ela faz faz vocês pensarem com autismo
já chegaram a pergunta Independente se trata de um autismo não quando a criança faz isso que que vocês estão fazendo porque dizer que ela autista encaminha a coisa não sentida perguntar como é que vocês estão ligando e ajudar esse escola pensar como é possível lidar com essa criança tá encaminhar as coisas no outro sentido completamente diferente então eu te agradeço a pergunta disse porque é isso é o mesmo princípio de manejo Você tem razão é a mesma operação química e fala Cláudia Oi bom dia Michele onde eu tô é bom eu achei muito interessante essa
derivação do termo de culpa para implicação né então acho que isso Conta a gente olhando que se faz na escola que entorno naturalmente estão implicados na estruturação subjetiva na Então se a gente é o pab Lisa ou fecha a porta de qualquer forma exclui algo que é intrínseco no processo de estruturação então eu acho assim a gente fica muito mais impotente se a gente fecha a porta beijo em termos de tem uma coisa né Cláudia aqui pensar na implicação acho que é um ponto para gente cuidar com esse tema que esse termo Também é perigoso
nas para é perigosa assistir só cuidar muito delas e entendeu sentido dela é no que você destacou agora totalmente de acordo com você mas qual é o perigo dessa palavra indicação é o perigo de uma idealização que o analista faça dessa implicação a gente tem que se lembrar que as implicação é produto do nosso trabalho é que às vezes a gente idealiza uma implicação os pais chegam a gente olha falar mas esses Mas não tão aplicados no trabalho entendi qual é o problema E aí eu já aparece implicação seja fruto da nossa operação Clínica e
das nossas perguntas e das nossas intervenções mas hoje adulto né do que a gente gosta de adultos implicados na análise que quer um adulto implicado na nasceu o ideal de todo o analista é o analisante chega que fala que pensa que reflete sobre as suas próprias questões não é uma coisa que costuma vir pronta né é mas eu tava pensando na implicação que é intrínseca no processo então mesmo como uma nota de maior ou menor aplicativo ele movimento Mas de que na estruturação né do sujeito o outro o outro primordial pequeno outro grande outro não
tem como fazer isso e que é uma maneira de teorizar isso né Cláudia de pensar o quanto isso tá tá em jogo está presente desde o início justamente porque nós somos seres de linguagem então um sujeito não Brota de si mesmo né sujeito não é uma coisa que tá dentro dos nossos genes o sujeito é feito da linguagem EA linguagem tem sempre uma sustentação concreta naqueles que a podem uma criança não nasce né isso é uma coisa que eu trabalhei no meu nível sobre o lugar dos Pais né por isso que tem um capítulo para
falar sobre a Constituição do sujeito na perspectiva um grande outro daqui são paterna e como é que se relaciona com o pai com a mãe que eu acho que é isso que você tá trazendo implicação nesse nesse sentido das inter-relações né De quanto uma coisa está relacionada com a eu vou contar com você porque eu quero ler o livro depois a gente conversa fala Lidiane Olá bom dia eu queria que tomar um pouquinho a questão escolar né do digamos do geral para o específico mais uma forma bem sucinta é que essa questão escolar professor de
Educação ela é muito viva em mim né vem de uma família aí muito ligada com as questões escolares Meu início de carreira como se coloca fui lá na escola né E aí eu queria uma coisa que você. Ou antes de falar da questão da inclusão é questão do diagnóstico né enquanto a gente se ver eu ando a dar um diagnóstico para poder essa criança tem acesso a que ela tem direito é porque Infelizmente essa questão da inclusão Ela traz uma série de exigências digamos assim né então não basta ter um relatório não gosta dizer que
está em acompanhamento não basta atestado as dificuldades da criança para que ela seja atendida digamos assim para que ela seja cuidada da forma que ela necessita é e muitas vezes a gente vê nesse nesse Limbo de ter que rotular essa criança para falar olha então agora a partir de isso aqui ver o que você faz né então isso assim é muito recorrente eu diria alguma completo E aí Luana questão sobre a inclusão o quanto é uma bem e aí como você disse ela é muito recente o quanto ela vem com uma teoria e talvez eu
vá intenção muito coerente a correta mais aqui como quase tudo na estrutura do nosso país fica a desejar em termos de prática né porque a gente ela vai funcionar Mas a professora não pode estar sozinha numa turma de 30 alunos com alguém que tem uma demanda diferenciada e assim geral é a nossa realidade brasileira e acho que é daí que vem toda essa angústia do professor né Eu quero cuidar dessa criança eu quero tá lá mas como que eu ensino ela e os outros 29 com as dificuldades que eu não sei até porque muitas vezes
os próprios pais não dão conta de acompanhar essa criança educacionalmente né E aí partilhando uma experiência com vocês a minha mãe é pedagoga professora prestes a se aposentar e os últimos eu diria que 10 anos da além da docência dela é justamente com criança especial digamos assim né com crianças com demandas específicas Então ela é uma uma professora que tá dentro de sala de aula com a professora de doar mas exclusivamente para cuidar de uma criança em específico e assim o vínculo o carinho cuidado com uma criança com deficiência intelectual e assim que tem apresentado
vários vários Progressos não é muito muito bonito de ver quanto que a inclusão funciona quando a gente dá recursos para que esse processo funcione também é mas essa questão do diagnóstico por exemplo da rotulação precisamos dar um nome para isso que a criança tem eh é como se fosse o pré-requisito para que ela pudesse até acesso ao que de direito dela né e acho que esse é o nome é Lidiane te agradeço a pergunta também acho que se eu respondo do diagnóstico é um ponto sempre pega a gente especialmente que entrar a bola a demanda
por diagnóstico ela é sempre a demanda por um nome que consiga aplacar minha angústia diante do que tá acontecendo O que é Tem dois trabalhos sobre inclusão que estão no Volume 5 que ainda não saiu do da minha coleção sobre o que o organismo do psicanalista que eu recomendo muito de vocês daí é um atacante disse outra da Cecília as duas escreveram sobre a inclusão e as duas tem em uma escola quiseram textos muito bonitos vale a pena vocês dele ainda não saiu mas acabou de cinco é o diagnóstico é a forma mais imediata e
mais comum disse procurar dar um destino para angústia do eu não sei o que tá acontecendo Eu quero um nome quando a gente está doente e nada mais é tranquilizador do que um diagnóstico em tempos de covide até para gente que é mãe né a gente vai a gente vai no médico no pediatra sei lá o que ele fala não tem que o remédio no nariz faz isso aqui porque que ela tem esse daqui ou seja o nosso pedido é esse o que que ele tem o que que ela tem e a gente quer ouvir
uma resposta que nos Tranquilize e na área médica né quando tem uma resposta isso é tranquilizador porque junto com a resposta tem uma forma de tratamento a gente tem um remedinho e as coisas se resolvem é a inclusão escolar trouxe uma exigência que é você tá trazendo e que é importante que são os benefícios que essas crianças aqui essas crianças têm direito quando tem um diagnóstico e essa questão é importante se elas têm direito ao benefício elas precisam de um laudo elas precisam de um relatório para que elas possam se utilizar desses benefícios Então a
gente tem uma questão que é social EA gente tem uma obrigação né um compromisso social o isso porque a gente sabe a importância disso de um passe de ônibus ou de uma ótima o benefício e ainda bem por efeito deve dessas práticas de inclusão foram conquistados como é que eu costumo a manejar a questão diagnóstico né porque eu acho que ela de novo diagnóstico é demanda de Diagnóstico tem as questões práticas a gente vai dar um relatório e a gente vai colocar os dados que a gente precisa dar uma aqui é mas eu costumo colocar
vamos dizer assim em suspenso o diagnóstico é uma situação que eu aprendi a manejar o tempo nos casos de autismo em tempos de redes sociais é não é incomum que as professoras o mesmo os pais cheguem para gente ainda sem ter ido e nem um profissional e digam eu acho que meu filho autista porque eu vi uns vídeos porque né Eu li um livro porque eu estou vendo aí uns comportamentos que estão me parecendo comportamentos autísticos E aí a pergunta deles é qual é o diagnóstico e agora nós e essa relação entre tratamento e diagnóstico
Ela não é uma relação e socialmente faz sentido acho que é um desafio da nossa química porque eu quero dizer nós fica analistas lacanianos trabalhamos sim com diagnósticos É verdade nós trabalhamos muito mais com hipótese diagnóstica porque é a partir da hipótese que a gente pensa a gente estava lidando com a neurose mas quando a pressão é com todas as variantes centro de cada uma dessas estruturas é a partir da hipótese que a gente tem que a gente vai poder manejar bem a clínica a gente leva lá no meio Oi desculpa e a justamente essa
costura que eu tenho assumido quando me vejo diante dessas questões né de Depois de alguns atendimentos inclusive com os pais principalmente com os pais e aí é toda aquela questão do história que das dificuldades de quando há muita pressão Mas precisamos precisamos precisamos precisamos justamente isso depois de um breve relato e hoje está em avaliação uma hipótese diagnóstica capital a ser confirmada e decorrer do nosso processo então se você é um caminho digamos assim se ao nome que algumas instituições precisam para essa criança tem acesso a gente dá um jeito de levantar essa questão mas
sem culto lá né E aí Claro tem tem uma parceria permanente de tá conversando com a sua escola que essas outras instituições Olha isso aqui Tá confirmando a hipótese aqui tá me deixando em dúvida Ainda precisamos de mais tempo né que eu não posso mas eu acho Lidiane que ainda tem o nosso aí porque eu não sei se quando isso é uma só uma hipótese diagnóstica se eles conseguem os benefícios que eles precisam né a gente tem uma questão que tem a ver com uma coisa e a nossa prática clínica de consultório outra coisa é
são exigências do Social então só para terminar o ir para a escola da série de agora para para rede social a gente tem esse problema e aí quando a gente tem esse problema para o social a gente tem o problema dos Pais precisando de um E aí o que que acontece o quê que eu fui aprendendo a fazer assim na minha prática Clínica não voltando para a hipótese diagnóstica as nossas hipóteses diagnósticas norteiam nosso trabalho Clínico o tempo todo inclusive quando a gente está fazendo um trabalho clínico e ele não está funcionando nós costumamos nos
perguntar se a gente não errou e pode diagnóstica para fazer outro tipo de intervenção porque evidentemente trabalho sempre tem que funcionar né As crianças tem que melhorar é com a nossa intervenção a gente trabalha sempre com hipótese diagnóstica Mas as nossas hipóteses diagnósticas Elas têm uma sofisticação teórica e a gente tem um entendimento tão específico do que é uma Psicose do que é uma neurose do que é uma pressão o que isso não faz sentido nem para os pais nem para escola nem para o psiquiatra nem para o pediatra nem para pedagogo que me dá
para criança essas hipóteses fazem sentido por uma conversa entre supervisores supervisionando e no máximo pra esse tipo de conversa que a gente tem aqui então uma hipótese de Psicose jamais deve ser dita para os pais porque eles vão entender esse termo né de uma maneira que não é a maneira como a gente tá entendendo só para dar um exemplo sobre isso aí tem todas as questões aí de dos termos que a gente usa de como eles são carregados como eles apontam as vezes uma leitura que dá um sensação de que a gente está falando de
Patologia quando não necessariamente a gente tá falando disso posso isso como é que eu trabalho com os pais que chegam me perguntando meu filho é autista e quem tem prática Clínica com crianças autistas não leva mais do que cinco minutos para diagnosticar o autismo né Muito raramente a gente tem dificuldade bate o olho na criança e exatamente a gente consegue fazer uma hipótese de autismo é acertado ou não tem ou não esse diagnóstico em geral é muito claro para quem tem essa prática química em geral os neurologistas pedem exames Não sei se vocês sabem não
para descobrir se é autista não porque não existe nenhum exame que diagnostica e o autismo City exame para autismo os exames servem para mim a descartar outras outras coisas que podem estar produzindo aqueles sintomas e o que que eu costumo dizer para os pais e olha se você fizer qualquer pesquisa como vocês andaram fazendo sobre o que se chama de autismo que o psiquiatra chama de autismo que o neurologista chama de autismo Muito provavelmente é o filho de vocês vai ser diagnosticado com autismo e se você precisa de um de um laudo para poder pedir
um benefício essa esse laudo por um psiquiatra que eu morrer o lojista porque ele vai diagnosticar esse autismo naquilo que a gente consegue observar no seu filho hoje mas aí eu costumo complementar e às vezes isso é uma constatação da Nossa Clínica às vezes aquilo que parece o autismo quando a gente começa a trabalhar é isso eu já vi muitas vezes nos casos que eu atendi aí nos casos que os previsões quando a gente começa a trabalhar os efeitos do nosso trabalho mudam completamente esse quadro que hoje parece um autismo entendem que tem uma maneira
de relativizar conversando um pouco com o social e com as necessidades tentando não fechar a criança no diagnóstico então que isso que vocês estão observando parece um autismo parece nessa eles precisam do algo faça um áudio Mas vamos trabalhar um pouco e vamos ver se realmente isso se confirma porque muitas e muitas vezes prefeito do nosso trabalho que parece um autismo começo daqui a pouco criança tá falando daqui a pouco ela tá brincando é porque ela está se relacionando com outras crianças e aí vamos dizer assim o diagnóstico nesse sentido mais social mas Pediátrico muda
psiquiátrico e psicológico eu acho que é uma das maneiras aí que maneja essa questão a Lívia tem uma pergunta também eu não sei quem é mais acho que eu vou para pouco seja a última pergunta né a gente já passou um pouquinho do mal e quer vamos lá oi tá me ouvindo É então essa questão do contexto escolar né Eu trabalho no Cras aqui no interior de Santa Catarina e a gente atende as famílias né um trabalho mais perfeito social e tem algumas crianças que tem um atraso bem grande na aprendizado né E aí você
vai ver uma a gente conhece o peso daquelas famílias já dá para imaginar o porquê que elas têm esse atraso né é uma família né assim é Contas de violência de negligência né então assim já dá para fazer a criança ela crê o teste né E aí ela vai apresentando depois sintomas lá na frente e o trabalho agora na escola tá sendo o reforço mas faz um esforço com uma professora só que eu mesmo tempo ela vai passando de ano então já tá na quarta série e não sabe de 1 a 10 não sabe escrever
o nome nem trouxe aí agora minha preocupação é essa né eu vou ele tava na escola se a gente consegue né porque eu fico pensando será que com todo esse que a criança passou é se ela não tiver uma ajuda especializada nessas de uma tanto na escola como fora da escola uma terá peixe lá que ela vai ser tão difícil para desenvolver nessa parte escolar né sim a questão liga no fim você não sei se você percebeu você faz uma correlação E essas correlações elas são perigosas entre contexto social e as manifestações que você e
a criança de novo é a mesma situação quando a gente fala da estrutura familiar é evidente que tem uma relação né evidente que as crianças também são produtos de um certo contexto social e que em alguns lugares esse contexto social definir né uma uma condição que não é a mesma para uma criança que vive nas periferias do Brasil e as crianças que vivem né na parte média que tem outros recursos aí entra lidar com a escola mas a gente tem que tomar muito cuidado porque quem trabalha com as crianças que vem nesse contexto social né
menos favorecido quem trabalha com essas crianças sabe que tem também muitas diferenças entre essas crianças só o contexto social por si determinante a gente teria problemas com todas as crianças e a gente sabe muito bem que não é assim tão sofrida esta se você tem toda razão né É tem horas que ir contar com ajuda de um profissional especializado é muito bem vindo Então conta com ajuda de um psicanalista contar com ajuda de uma p é muito bem-vindo é no mundo ideal da Globo né o pedagogo dos bons médicos da cor do pedagogo dos bons
médicos os professores que no Mundo Ideal a gente deveria ter estes recursos e poder encaminhar essas crianças para que a gente possa fazer boas parcerias para que essa criança consiga desenvolver ao máximo suas potencialidades né esse é o mundo ideal Esse é o mundo que a gente gostaria nem que todo mundo trabalhando em parceria possa né ajudar essa criança a se desenvolver é a gente só tem que tomar um certo cuidado porque e essa realidade sabe que a gente se frustrar bastante de observar aqui nem sempre é possível aqui a gente sabe que pode ajudar
então é importante que a gente consiga sim buscar parcerias e buscar ajuda sempre que for possível mas também que a gente consiga extrair o melhor possível das condições que ele tem e isso quem já trabalhou instituição por exemplo me lembro já trabalhei no começo da minha da minha vida profissional Trabalhei em algumas instituições e o discurso que eu ouvia muito nas instituições era mais a gente aqui não tem condições e é um discurso que eu acho que não é um discurso meio depressivo deprimido de quem idealiza condições e se não estão ali parece que a
gente não pode fazer nada eu acho que o nossa luta diária né de trabalhar com certas certas populações Em certas instituições vai fazer o melhor que a gente pode com as condições que a gente tem o e nessas experiências que eu tive né confiança correntes trabalha no Juqueri trabalhei em casas abrigos com crianças trabalhei no certrem moradores de rua ver o que a gente observa quando a gente faz uma coisa que é simples mas que me parece muito potente que a tentar localizar a posição de cada um dentro da estrutura isso tem efeitos importantes e
esperar que as condições sejam diferentes pode ser em geral é a condição do deprimido né claro que a gente gostaria que as condições fossem diferente a gente tem que lutar por isso e eu acho que a gente avança lentamente mas a gente avança é eu tenho 30 anos de clínica e olhando para trás a sensação que eu tenho que ver aqui com a conclusão escolar muita coisa já aconteceu e muitos bons trabalhos sendo feitos nas escolas particulares nas escolas públicas nas instituições e eu acho que a psicanálise tem contribuído muito para que os trabalhos sejam
realizados Ah então é assim você tá trazendo um outro lado que a gente ainda não tinha comentado te agradeço por isso também Live aqui é esse lado do contexto social que deve ser considerado acometimento não só como um limite mas como é que a gente lida o contexto social e manejo ele né dentro das necessidades e acho que conversa um pouco com a questão da Regiane do os benefícios né quando você tem um diagnóstico planejar escola tá bom dia Helen te agradecer muito