Olá, meu amor. Boa tarde! Sou a Serena, tenho 50 anos e, apesar da idade, parece que ainda me meto em confusões.
Vou te contar: meu marido, ultimamente, tem dado mais atenção ao videogame do que a mim. Mas a história não para por aí; tem também o meu sobrinho de 21 anos, que está prestes a virar minha vida do avesso. Olha só como começou: minha irmã teve uma briga feia com ele, sim, com o sobrinho, e como sempre acontece nessas situações, alguém acaba sendo expulso de casa.
Adivinha quem? Isso mesmo, o sobrinho. E onde ele veio parar?
Na minha casa. Parece um presente, mas daqueles que você não quer ganhar. Sabe, a situação ficou complicada.
Eu e meu marido tentamos manter a calma, mas cada vez que o sobrinho aparece, a tensão no ar é quase palpável e o garoto age como se fosse o dono da casa, e nem ajuda com as contas. Mas aqui está a grande questão: por que eu acabaria traindo meu marido com o meu próprio sobrinho? Sei que parece absurdo, mas a resposta é mais complicada do que parece.
A verdade é que o meu casamento já estava se desmoronando há um tempo, sem isca, sem romance, sem nada. E como você pode imaginar, essa situação faz a gente começar a procurar por algo que reacenda as emoções em outros lugares. Então, é isso: o palco está montado, a tensão está no ar.
O que será que vai acontecer? O que será que me fez me meter em uma confusão dessas com o meu próprio sobrinho? Bem, deixa eu te contar um pouco mais sobre o garoto que, sem querer, está prestes a bagunçar minha vida de vez.
Você verá como é, depois de expulso, ele presta atenção: É daqueles que aparecem nos filmes, imagina um jovem que terminou o ensino médio e decidiu que estudar ou trabalhar não é com ele. Isso só podia resultar em uma coisa: discussões e brigas constantes com a mãe, minha irmã. Mas sabe de uma coisa?
Eu tenho que admitir uma verdade: sempre tive uma quedinha por ele. Afinal, sou a única tia que ele tem e sempre que ele está com problemas, vinha correndo se abrigar na minha casa. E acho que, de alguma forma, eu sempre quis ser a salvadora da vida dele, mesmo que isso significasse me meter em enrascadas.
Então, lá estava ele, com seu jeito rebelde e aquela falta de responsabilidade que só traz mais problemas. Há algo no meu sobrinho que sempre despertou esse meu instinto de proteção. Sabe aquela vulnerabilidade que em alguém faz a gente querer cuidar?
Para ser sincera, acho que foi isso que deu início a tudo. No momento em que as coisas entre mim e meu marido começaram a desandar, lá estava ele, com aquele sorriso meio sapeca e um brilho nos olhos que parecia dizer que, de algum jeito, tudo ia ficar bem, mesmo sabendo que o que estava acontecendo era errado. Quando ele estava por perto, eu me sentia viva de novo.
Era como se ele tivesse de volta uma parte de mim que estava adormecida. E falando em meu marido. .
. Ah, ele é um homem que, ultimamente, parece mais interessado nos amigos e nos jogos do que em mim. Imagina só: aqui estou eu, uma mulher linda, e ele preso na frente de uma tela como se nada mais importasse.
A verdade é que o nosso casamento está meio em pausa já faz um tempo. E quando eu digo "pausa", quero dizer que mal temos momentos só nossos; parece que viramos colegas de quarto, dividindo a casa, mas vivendo vidas completamente separadas. Isso me faz sentir como se eu fosse um figurante na minha própria vida.
Enquanto ele está lá, rindo e se divertindo com os amigos, eu estou no sofá me perguntando o que aconteceu com a gente. Cadê aquelas noites de risadas sinceras? O que aconteceu com a faísca que nos unia?
Mas acho que é mais fácil se perder num mundo de distrações do que enfrentar a realidade de frente. E eu bem comecei a procurar essa faísca perdida em outro lugar. Será que isso faz de mim uma pessoa egoísta?
Talvez. Mas quando a única atenção que recebo é um "oi" apressado, o que mais eu poderia fazer? Então, aí está meu marido, o homem que um dia foi o amor da minha vida, agora parece mais apaixonado pelo videogame do que por mim.
Pronto para mais detalhes desse drama? Porque agora vou te contar como as coisas eram antes de tudo desmoronar. Lembro dos dias em que parecia que estávamos vivendo um daqueles romances de cinema.
Meu marido e eu éramos inseparáveis, compartilhávamos sonhos, risadas e vivíamos momentos que eu jamais pensei que acabariam. Ele costumava me olhar de um jeito. .
. Ah, como se eu fosse a única mulher no mundo. Mas com o tempo, tudo isso mudou.
Eu não consigo dizer exatamente quando foi que as coisas começaram a desmoronar, mas fui percebendo a diferença. A poucos, ele não me olhava mais daquele jeito especial; o homem romântico que eu conhecia deu lugar a alguém que preferia passar as noites com os amigos, assistindo futebol e tomando cerveja. E eu, bem, ficava em casa sozinha com meus pensamentos, me perguntando o que tinha feito de errado.
Essa falta de atenção foi me corroendo por dentro, me fazendo sentir sozinha em um casamento que, aos poucos, parecia ser só meu. Comecei a me perguntar se ele ainda me amava, se ainda me achava bonita, se eu ainda era suficiente. Essas dúvidas foram me consumindo e, de repente, me vi como minha própria inimiga.
Será que foi minha culpa que tudo mudou entre nós? Eu tentei, de verdade, conversar com ele, falar sobre o que estava me preocupando, mas parecia que as conversas nunca iam além da superfície. Ele dizia que estava tudo bem, que só queria.
. . Um tempo para relaxar com os amigos, mas e eu, e as nossas necessidades como casal?
Será que isso não importava mais? Às vezes parecia que eu estava me perdendo, sumindo na vida do meu próprio marido. Eu me perguntava: onde ficaram meus sonhos, meus desejos, minhas vontades?
Era como se eles tivessem desaparecido junto com a atenção que ele não me dava mais. E dia após dia, fui sendo engolida pela sensação de solidão e abandono. Será que a gente voltaria a ser aquele casal feliz e unido de antes, ou estávamos condenados a viver juntos, mas como dois estranhos na mesma casa?
Chegou um ponto em que tudo parecia insuportável; minha cabeça estava cheia de suspeitas e meu coração, um caos de emoções. No começo, eu até achei que ele estivesse envolvido com outra mulher. Sim, a situação ficou tão difícil que isso passou pela minha cabeça.
Via ele saindo de casa várias vezes, sempre com a desculpa de que ia encontrar os amigos ou ver um jogo de futebol, mas não conseguia parar de me perguntar: será que tem mais coisa por trás dessas saídas? Por que ele precisava tanto estar tão longe? E quando voltava, parecia ainda mais distante.
Essas perguntas me corroíam por dentro, fazendo-me sentir como se estivesse enlouquecendo. O que estava realmente acontecendo? Meu marido estava levando uma vida dupla?
Será que ele estava me traindo? Só de pensar nisso, eu me sentia cheia de dúvidas e inseguranças. Foi aí que decidi que precisava de respostas, e precisava delas rápido.
Um dia, quando ele voltou depois de mais uma dessas saídas, tomei coragem e o chamei para conversar. Sentei de frente para ele, meu coração batendo forte, querendo acreditar que tudo não passava de uma confusão da minha cabeça, mas sabendo que precisava ouvir a verdade, por mais dolorosa que fosse. Olhei diretamente nos olhos dele e perguntei, sem rodeios, se ele estava tendo um caso.
Queria enxergar qualquer sinal de culpa ou mentira ali, naqueles olhos, mas para minha surpresa, o que vi foi confusão. Ele negou tudo com firmeza, disse que só precisava mesmo de um tempo com os amigos, que não havia mais nada por trás das saídas. Eu tentei acreditar, queria muito acreditar, mas uma parte de mim ainda sentia que algo estava fora do lugar.
Então, lá estávamos nós, no meio de uma discussão que poderia mudar tudo. Eu me perguntava: será que ele estava me traindo ou simplesmente perdeu o interesse em nós? Essa pergunta ficou ecoando na minha cabeça enquanto eu tentava digerir tudo o que tinha acabado de acontecer.
E foi exatamente nesse turbilhão de sentimentos que minha vida tomou um rumo que eu não esperava. Vou te contar como tudo mudou de uma hora para outra. Eu estava naquele ciclo de sempre, lidando com a falta de atenção do meu marido, me perguntando se a gente ainda tinha chance de ser feliz juntos.
A solidão e a dúvida me consumiam e, justo quando eu achava que não podia piorar, meu sobrinho apareceu. Tudo começou com uma ligação da minha irmã. Ela estava numa situação difícil e precisava de um lugar para ficar por um tempo.
Claro, minha irmã não fazia ideia do caos que era minha vida naquela época, mesmo assim, me pediu esse favor. Eu hesitei por um momento; minha casa estava cheia de problemas e não precisava de mais uma complicação. Mas, no fim, eu não consegui negar ajuda à família e acabei dizendo sim, que ele podia vir.
Confesso que me senti meio culpada por aceitar. Sabia que meu marido não ia gostar nem um pouco da ideia de ter meu sobrinho em casa, mas achei que não podia virar as costas para minha irmã. Além disso, bem no fundo, eu esperava que a presença dele trouxesse um pouco de alegria e distração para nossa rotina pesada.
Deixa eu te falar sobre meu sobrinho: ele é aquele tipo de cara que chama atenção, bonito, carismático, mas com um jeito de mulherengo que só, sempre se metendo em confusão. Sabe aquele tipo que todas as garotas querem, mas nenhuma mãe aprovaria para a filha? Apesar de tudo, eu sempre soube que ele tinha um bom coração, e foi isso que me fez querer ajudar.
No começo, tudo correu bem; arrumei um quarto confortável para ele e ele parecia contente com o novo lar temporário. Eu até achei que a presença dele poderia trazer um pouco de leveza para a nossa casa, já que meu marido andava cada vez mais distante, sempre com os amigos. O que eu não esperava era que meu sobrinho se tornasse minha principal companhia.
A gente passava horas conversando, trocando confidências e rindo juntos. Era como se, finalmente, eu tivesse alguém com quem me conectar de verdade dentro da minha própria casa. Nosso relacionamento era completamente inocente, mas eu sentia que, pelo menos, tinha alguém que me entendia e estava ali para me apoiar.
Com o tempo, ele virou meu refúgio. Enquanto meu marido continuava ausente, meu sobrinho estava lá, me fazendo sentir que eu não estava sozinha no mundo. Claro, meu casamento seguia complicado; meu marido continuava saindo sem se importar com minha solidão ou com os problemas entre a gente.
Eu tentava manter a esperança de que um dia as coisas iam melhorar, mas, no fundo, eu sabia que estava sendo ingênua. Foi então que meu sobrinho confessou algo que eu não esperava: ele disse que estava apaixonado por mim. Naquele momento, eu percebi que a situação tinha ido longe demais e que eu precisava tomar uma atitude.
Foi uma conversa difícil, mas eu expliquei que, por mais que tivéssemos nos aproximado, nosso relacionamento só poderia ser de tia e sobrinho, não podia passar disso. Depois dessa conversa, as coisas ficaram meio estranhas; ele começou a me olhar de um jeito diferente, um olhar que eu não tinha notado antes. Era como se houvesse algo a mais ali, algo que eu nunca tinha visto e que.
. . Complicava ainda mais a situação já delicada em que estávamos.
No começo, tentei fingir que nada estava acontecendo, mas com o tempo comecei a perceber que algo estava diferente. Eu me sentia confusa e vulnerável; meu casamento estava desmoronando e meu marido mal me dava atenção. Então, quando meu sobrinho começou a me dar um carinho que há tempos eu não recebia, foi impossível não me sentir lisonjeada, como se finalmente alguém estivesse me enxergando de verdade.
Não dá para negar: aquela atenção me tocou. Ele estava ali ao meu lado, presente de uma forma que meu marido já não estava mais. Nós passávamos horas conversando, compartilhando momentos que me faziam sentir viva de novo.
A atenção que ele me dava parecia um remédio para as feridas invisíveis que eu carregava dentro de mim. De repente, eu me sentia especial, valorizada, algo que eu buscava desesperadamente no meu casamento. Mesmo sabendo que não era certo, eu não conseguia evitar a atração que surgia, mas ao mesmo tempo a culpa me corroía.
Eu sabia que estava traindo não só a confiança do meu marido, mas a mim mesma. Ainda assim, naquele momento de fragilidade, resistir parecia impossível. Um dia, lembro bem, era começo de tarde e o sol entrava de leve pelas cortinas do quarto, trazendo uma sensação de paz.
Eu estava exausta, tanto no corpo quanto na alma, e decidi que precisava de uma pausa. Deitei na cama, buscando aquele descanso que só o sono pode trazer. Fechei os olhos, pronta para me desligar do mundo por um tempo, mas mal comecei a adormecer, algo me fez despertar.
Senti um movimento suave na cama, como se alguém estivesse ali comigo. No início, achei que estava sonhando, mas a sensação ficou mais intensa. Abri os olhos devagar, tentando entender o que estava acontecendo, e, para minha surpresa, encontrei meu sobrinho ao meu lado, me olhando de um jeito que eu não soube decifrar.
Naquele instante, um turbilhão de emoções tomou conta de mim; fiquei desnorteada, sem saber como reagir. Meu coração batia forte e minha mente estava um caos. O que ele estava fazendo ali?
Como aquilo tinha chegado a esse ponto? Fiquei paralisada pela confusão e pelo choque; eu não sabia o que fazer e, num momento de fraqueza, acabei cedendo à situação. Deixei que a tentação me dominasse, sem pensar nas consequências, sem refletir sobre os danos que aquilo poderia causar.
Foi um instante de desespero em que perdi completamente o controle das minhas emoções e deixei meus instintos falarem mais alto. Aquele momento mudou tudo; sabia que era algo que carregaria comigo para sempre, algo que, se viesse à tona, eu me arrependeria amargamente. Depois de tudo o que aconteceu, precisei encarar a realidade e, com o coração apertado, percebi que era hora de ter uma conversa séria com meu sobrinho.
Nos sentamos na mesma sala onde tudo aconteceu, e o ambiente estava pesado, cheio de tensão e vergonha. Sabia que precisava falar com ele, então fui direta, explicando a importância de mantermos em segredo o que havia ocorrido entre nós. Eu disse que ninguém, absolutamente ninguém, poderia saber o que tinha acontecido.
Era um peso que teríamos que carregar sozinhos, um segredo que precisaria ser protegido para o bem da nossa família e para nos preservarmos. Foi uma conversa extremamente desconfortável, daquelas que você nunca imagina ter, mas que se faz necessária quando tudo está em jogo. Meu sobrinho me ouviu com atenção, sério, e eu percebi que ele entendia o tamanho do problema.
Nós dois sabíamos que, se essa verdade viesse à tona, as consequências seriam devastadoras para todos os envolvidos. Aquele foi o momento em que tudo mudou de verdade. Eu trai meu marido e me tornei uma pessoa que nunca imaginei que seria.
Eu o traí. Foi uma traição dolorosa, um ato desesperado, e naquele instante tudo o que passava pela minha mente era a solidão, o vazio, o abandono que me acompanhava há tanto tempo. Parte de mim acreditava que meu marido merecia isso por ter me negligenciado, por me ignorar, por não me oferecer o amor que eu precisava tanto.
Mas sei que foi um ato impensado, movido pela dor e pelo impulso. Ainda assim, naqueles momentos, parecia ser a única maneira de aliviar o peso que carregava. Me entreguei à minha solidão, sem pensar nas consequências, sem considerar o que viria depois.
Era como se eu estivesse tentando encontrar algum consolo no meio da escuridão que me cercava.