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bom dia bom dia a todas e todos vamos já vamos ocupando os espaços aí pra gente começar a nossa a nossa o nosso cursinho de hoje a nossa aula de hoje já está já está eh online de forma online também então gente vamos lá né Vamos retomar deixa para compor aqui já compor na mesa Deixa eu chamar o nosso professor Deputado Estadual Professor Carlos janasi chamar o nosso o nosso palestrante de hoje o nosso professor que é um parceiro já de de muitas horas o Professor [Aplausos] Artur bem-vindo Professor eh nós daqui a pouco nós
teremos também a presença da nossa coordenadora da professora deputada Federal professora Lucian Cavalcante que está em outra atividade mas daqui a pouquinho tá chegando também para eh acompanhar a aula depois na segunda parte da aula de hoje nós teremos eh questões né que elaboradas ela vai apresentar as questões como ela sempre faz nos nossos cursos bom Dizer para vocês muito rapidamente que eh a primeira é a primeira das aulas né que a gente tá fazendo depois do processo a teve interrupção lá do processo eleitoral agradecer a todos vocês aí o apoio que nós tivemos eh
durante o processo eleitoral também que a gente continua com o nosso mandato aqui na Câmara Municipal o mandato de luta em defesa da educação pública de resistência eh por mais 4 anos agradecer a vocês que eh também junto junto com a gente esteve nessa luta eh dizer que o vocês que estão aqui né para essa aula mais uma aula do nosso cursinho preparatório o o edital a gente tá cobrando a Secretaria Municipal de Educação o processo da da contratação da empresa da banca tá caminhando então no início do ano a gente vai começar acho que
começa a ter notícias né novidades aí a respeito do do concurso público do do edital que vai sair mas dizer que vocês eu sempre digo isso né quando nós começamos as primeiras aulas desse cursinho para esse concurso o edital não está na praça ainda mas a gente temha o escopo geral do que cai e vocês já estão muito na frente de quem vai começar a estudar depois que sai o edital né Professor aí depois que saiu o edital Professor o deputado Carlos jadar sabe muito bem disso depois que saiu o edital fica muito corrido não
dá tempo pra pessoa se apropriar de de todo o conteúdo programático então vocês estão eh acompanhando tô vendo muitos de vocês aqui em todas as aulas do nosso cursinho eh e quando esse edital sair vocês estarão com certeza muito muito preparados Preparadas para ingressarem aqui na rede Municipal há um déficit muito grande de professores e professoras na rede m mpal a gente tem feito essa luta para mais concurso público a gente tem feito uma luta pra renovação dos contratos das professores professores que estão na rede por conta desse período eleitoral o contrato não foi eh
não foi renovado e a gente fez uma luta muito grande para estivemos junto com o deputado Carlos janas com a deputada Federal Lucian Cavalcante na procuradoria geral do município no Tribunal Regional Eleitoral por diversas À vezes falando com o juiz mostrando a necessidade de também de prorrogar de renovar os contratos porque as professores estão indo embora as crianças os professores estavam na Regência E as crianças estão ficando sem professores estão sendo distribuídas nas outras salas ficando super lotadas as salas então é uma irresponsabilidade absurda né do prefeito Ricardo Nunes da não da não renovação nós
conseguimos nós conseguimos com muita luta a renovação aí de quase 7500 contratos que vencem agora no dia 20 de dezembro mas ainda faltam os contratos que ficaram que foram encerrando desde junho de 2024 até o início agora de Dezembro e a gente tem feito eu vou inclusive apresentar uma Emenda ao projeto de lei que tá sendo discutido aqui na Câmara Municipal permitindo que os os contratos que foram encerrados nesse período eles possam as pessoas possam entrar não tem a quarentena nenhuma possam entrar na nova contratação e também as as pessoas contratados do concurso de 2020
no período da pandemia tiverem na linha de frente da da covid que eles possam também entrar nessa possibilidade da Renovação então a gente tá lutando Luta pelos contratos mas sobretudo também pelos Concursos mais ainda e principalmente para que todos venham para o concurso público que é onde dá a estabilidade que é onde tem a garantia da gente continuar e ter o para que as crianças nossos bebês nossas crianças tenham eh condições aqui de ter uma educação pública de qualidade Então essa é a nossa luta esse é o nosso compromisso aqui na Câmara Municipal e a
gente vai continuar por todo o mandato durante todo o mandato eh realizando este tradicional curso preparatório para o concurso público e que já há muitos e muitos anos h mais de duas décadas o professor deputado Carlos janar iniciou essa essa atividade essa ação sabendo da importância da do ingresso de vocês na rede Municipal e da dificuldade de a gente fazer um um curso preparatório eh de qualidade então a gente quer socializar essa possibilidade de vocês ingressarem também na rede Municipal e o professor deputado Carlos janasi para quem eu passo a palavra agora ele é o
idealizador há mais de 20 anos dessa iniciativa que continua aumentando e agora com a coordenação também também de muitos anos da professora e deputada Federal Lucian Cavalcante que estará conosco logo mais então eu passo Já a palavra para o nosso professor deputado Carlos janas bom dia a todos e a todas sejam bem-vindas aqui à Câmara Municipal de São Paulo para o nosso curso preparatório para o concurso público da rede Municipal de Ensino quero saudar o vereador Ségio janas que sempre oferece toda a infraestrutura para que o curso possa ser realizado se não fosse o mandato
dele talvez nós não estivéssemos aqui nesse momento agradecer muito a presença do Professor Artur Roberto o o o professor Doutor em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro nosso colega professor da rede Municipal de Ensino e trabalha num setor importante da Secretaria Municipal de Educação e ele é especialista nesse tema fundamental que cai minha gente em todos os concursos todos os concursos públicos da área da Educação Cobra esse tema né com várias perguntas às vezes até com perguntas diser sobre a questão do racismo do racismo estrutural da lei 10.639 de 2003 que altera a
LDB a lei de diretrizes e base da Educação Nacional que foi aprovada em 1996 e a alteração só veio a ocorrer em 2003 Depois teve mais uma alteração o Mas o mais importante é que vocês saibam que esse tema ele é fundamental ele cai em todos os concursos da área da educação e não é à toa ele é um é um tema fundamental hoje em qualquer área de debate do Brasil principalmente quando nós falamos não só em educação mas em democracia o grande sociólogo florestan Fernandes dizia que não haverá democracia no Brasil enquanto não houver
de fato combate ao racismo enquanto não houver de fato a inclusão de toda a população negra nas políticas sociais e né e na divisão da riqueza brasileira até porque eh foram os negros escravizados no Brasil que construíram toda a base material e econômica do nosso país né Vocês estudaram isso lá na no 5to ano do Ensino Fundamental quem é mais antigo como eu no primeiro grau ainda né da quinta série quando a gente falava quinta série vocês estudaram na quinta série na sexta série os ciclos econômicos da história do Brasil o ciclo do da cana
de açúcar quem que estava lá dando a sustentação de mão de obra os negros escravizados o ciclo do Ouro todos os praticamente ou quase todos os ciclos econômicos da história do Brasil da nossa economia foram ciclos sustentados pelos negros escravizados o Brasil não seria o que é hoje Se não fossem os negros escravizados então Brasil tem uma dívida não só cultural espiritual e social mas uma dívida Econômica com o povo negro com o povo afrodescendente do Brasil Então esse é um ponto importante por isso que há movimentos inclusive o Artur sab dis de reparação Econômica
também não é só e esse negócio de a gente defende as cotas as cotas são fundamentais hoje mas é pouco isso não é nada né tem que ser muito mais do que cota muito mais né porque Eh toda a base repito material econômica do Brasil foi construída através da mão de obra escravizada então o Brasil tem uma dívida Econômica gigantesca que nunca foi paga e tem que ser paga e tem gente que é contra as cotas ainda olha só que não é não é nada diante da imensidão da dívida que nós temos com o povo
negro Lembrando que o Brasil Minha gente é o segundo país Negro do mundo do planeta só perde pra Nigéria Nigéria é o primeiro né e depois vem o Brasil logo atrás só que ao mesmo tempo o Brasil vive a contradição do racismo institucional do racismo estrutural do racismo aqui na câmara na Assembleia no Congresso Nacional aqui entre nós tem o racismo está presente ele permeia as nossas relações na família na igreja na rua na mídia o racismo tá em tudo aqui né e contra os negros que eu tô falando não não tem essa história eh
como que é eh racismo reverso do negro quanto Branco isso é bobagem Isso é para neutralizar e esconder que o Brasil é um país racista né e não é à toa então a gente tem que pensar nisso e a escola tem que cortar esse racismo ela tem que cortar o mal pela raiz né e é com a educação então a lei cumpre um papel fundamental é sobre isso que o professor Artur vai falar hoje né Aí tem todo um debate tem documentos tem legislação tem resoluções tem pareceres do Conselho Nacional de Educação do Conselho Municipal
do Conselho Estadual tem vários documentos já tem também a elaboração de uma literatura tem livros é pouco ainda porque é algo novo no Brasil né porque nós tivemos 400 quase 400 Anos de Escravidão então a produção ainda pequena nós estamos dando aí os primeiros passos ainda no combate a esse que a gente chama de racismo estrutural que está que atravessa toda a nossa sociedade então eu queria colocar isso para vocês nós temos avanços nessa área o racismo é crime inafiançável e imprescritível pela Constituição Federal lá nós avançamos por exemplo na própria LDB quando ela foi
aprovada já tinha um avanço ali eu acho que graças Celso e e Artur ao Darc Ribeiro que foi um um grande intelectual que vale a pena ler a obra dele eh e ele traduziu bastante o Brasil essa questão do negro e lá tem um artigo para as escolas que é uma espécie de quase que um feriado eh do ano letivo o 20 de novembro já em em 2000 e 2000 não em 96 quando foi aprovada a LDB tá lá no final da LDB vocês podem ver tem lá que o dia 20 de novembro tem que
ser Obrigatoriamente comemorado em todas as escolas como Dia Nacional da Consciência Negra antes mesmo da Lei 10.639 e até hoje tá no se vocês pegarem o calendário escolar da escola vai tá lá 20 de novembro aparece no calendário de todas as escolas públicas e privadas do Brasil tem que comemorar tem que falar da questão do racismo resgatar a figura do zumbi da Dandara né dos quilombos não só Quilombo dos Palmares havia muita resistência no Brasil vários Quilombos tinha o quilombo do do Morumbi quilombo do Jabaquara eram vários Quilombos fazendo a resistência contra a a a
escravidão na época né que depois desembocou lá na na lei aur ainda foi fruto na verdade do Movimento dos dos quilombos enfim eh então nós tivemos avanços tem essa a LDB já né colocava isso me lembro também Artur que isso na época que o Fernando Henrique Cardoso foi eleito em 1994 ele assumiu em 95 a primeira coisa que ele fez Fernando Henrique que eu sou um crítico do governo dele foi um desastre pro Brasil né para os trabalhadores mas ele eh publicou um decreto logo que ele assumiu transformando o zumbi em Herói Nacional colocando o
herói o o zumbi a figura do Zumbi dos Palmares no mesmo nível do que se chama por aí de heróis nacionais né que para mim não tem Dom Pedro não é herói Nacional Mas enfim na na né oficialmente falando ele é mas o Zumbis também se torna né porque ele reconheceu né porque havia já uma movimentação nesse sentido mas o avanço mesmo vem com a lei 10.639 em 2003 já no governo Lula e a gente avança e recentemente só para terminar né porque a aula é do professor não é minha não tá embora seja também
formado história seja Doutor também em História e mestre em educação mas eh nós avançamos agora recentemente nós aprovamos na Assembleia Legislativa o 20 de novembro Estadual o feriado estadual e agora o governo Lula também aprovou feriado nacional porque não era aqui eu era Vereador aqui Celson em 2000 nós aprovamos aqui acho que em 2003 2004 também o feriado municipal na verdade eh os feriados do dia 20 de novembro os municipais estaduais eram poucos em algumas cidades apenas em pouquíssimas cidades né onde eh havia movimento organizado movimento negro aqui nós aprovamos em 2 3 ou 2004
Eu Era vereador ajudei a aprovar aí no ano passado nós aprovamos na Assembleia Legislativa e agora agora é nacional todos os municípios os mais de 5.000 municípios todos os estados são obrigados a comemorar né feriado nacional e um avanço importante e por fim nós tivemos um avanço aqui que o vereador Celso participou Celso janas que foi a caça pela primeira vez na história do Brasil um vereador foi caçado por cri time de racismo vocês sabiam o vereador Celson Fernandes votou e militou para que ele fosse cassado um vereador aqui da Câmara Municipal cometeu ato de
racismo e ele foi aqui nessa mesa ele foi caçado aqui nesse plenário tá Nunca na história do Brasil um vereador tinha sido caçado por crime de racismo Então foi uma vitória importante E tantas outras né que estão mas a para terminar a escola tem que trabalhar isso minha gente todos nós e não é por uma questão moral e ética só não é porque tá na lei ó uma questão legal é obrigatório todo mundo em todas as disciplinas tem que combater o racismo lá na sua origem e a escola tem que dar a sua contribuição contra
o racismo institucional o racismo eh estrutural como tem também que combater as outras formas de preconceitos e de discriminação eh tem que combater o o machismo né a violência contra as mulheres a homofobia transfobia né ou qualquer forma de discriminação Tá então vamos à aula com o nosso professor Doutor históri nosso colega gente uma honra ter Professor Dr Artur Roberto que vai fazer aqui a nossa aula de hoje Como disse o vereador Ségio janasi a deputada Luciane Cavalcante vai chegar tá vindo aí de outra atividade aí ela faz depois uma dinâmica com vocês após a
aula do professor então eu sei que é hoje é dia 14 né estamos Encerrando o ano muita gente fala ah não vai ter mais aula só né muita gente acha que o o nosso curso é só antes da eleição não é antes durante e depois das eleições então não tem aqui instrumentalização não esse curso aqui tem história minha gente ele começou lá na escola Miguel Vieira Ferreira quando eu era diretor da Escola ainda que nós fazíamos esse curso em 1998 99 quando eu dava aula na em faculdade formando professores então tem história aqui E esse
curso foi aperfeiçoado com a participação do vereador Ségio ganá e da professora Luciane Cavalcante que hoje coordena toda a parte pedagógica do curso tá bom Professor Artur Bom dia gente eu quero agradecer primeiramente o convite do vereador Celso do deputado Carlos e da deputada Federal Luciene e da Lina que foi minha coordenadora pedagógica na na MF Chácara turística que na na qual nós trabalhamos juntos e a gente desenvolve já já havia quando a gente começou a trabalhar juntos foi publicado tinha acabado de ser publicado o currículo antirracista que é o currículo que que orienta aí
as as nossas práticas pedagógicas antirracistas na na rede né que é um currículo é o que eu a fala que eu vim fazer aqui hoje é um currículo que ele é fruto de muita luta vocês me ouvem bem acho que E aí eu quero começar esse essa fala aqui essa essa conversa com vocês enfatizando isso o currículo antiracista ele ele é um currículo que ele o de São Paulo né da cidade de São Paulo ele surge 20 anos depois da Lei 10.639 Então por um lado a gente pode dizer que ele demorou demais ser mas
ele não é uma iniciativa isolada e ele é fruto do movimento negro da luta do movimento negro inclusive o próprio currículo reconhece quem quem já abriu o currículo e leu a introdução do currículo e as primeiras os primeiros Capítulos Essa é a é um pouco a divisão eh interna do currículo enfatizar que as conquistas que a gente tem em relação ao estabelecimento de uma política eh nacional antiracista vem da luta do movimento negro como ator político e educador e aí o que que isso quer dizer eu acho que o professor Carlos ganá foi muito eh
feliz quando ele ele enfatizou que várias das resistências que a população negra que foi escravizada no Brasil eh realizou elas redundaram em ações como a própria abolição da escravidão mas redundaram em em ações de reparação e ações de de construção de alternativas a forma como a sociedade brasileira eh conduziu conduziu a sua organização política e social o que que quero dizer com isso a gente começa aqui pensando a ideia do movimento negro e a Lei 10639 eh a partir eu pode passar por favor inclusive esse slide a gente eu acho que passou é isso aí
ess esse essa essa imagem ela é uma imagem muito importante porque ela inclusive tá no tá no currículo antirracista é uma imagem do currículo antirracista e é uma imagem que destaca se vocês conseguirem observar aí ó pelo ensino da história e cultura Negra Então isso é uma manifestação durante a reunião da sbpc em Salvador em 1981 E por que que é importante a gente a gente retomar esse histórico porque muitas vezes quando a gente tá discutindo a a questão racial no Brasil a gente pensa as coisas de uma forma institucionalizada ou seja uma forma de
cima para baixo que isso quer dizer a gente vê a Lei 10.639 e a gente acha que foi que ela foi uma lei que foi só uma mobilização específica ou de um governo ou de um grupo específico dentro de um governo mas o que aino Gomes que Inclusive estava cotada para ser atual ministra dos Direitos Humanos o que ela enfatiza e aí pode passar por favor é que se não fosse a luta do movimento negro nas suas mais diversas formas de expressão e de organização com todas as tensões os desafios e os limites muito do
que o Brasil sabe atualmente sobre a questão racial e africana não teria acontecido e muito do que se produz muito do que hoje se produz sobre a tema e africana em uma perspectiva crítica e emancipatória não teria sido construído e nem as políticas de promoção da Igualdade racial teriam sido construídas E implementadas então vejam só o que que a Nilma Lino Gomes Ela tá estabelecendo aqui que é uma autora importantíssima pra gente pensar a importância do movimento negro no Brasil se não fosse a luta do movimento negro a gente não teria lei 10639 ou seja
se não várias pessoas organizadas e no Brasil a gente quando a gente tá pensando e aí é o é importante retomar esse histórico por que que existe racismo no Brasil né Isso é uma pergunta que parece óbvia mas não é por que que e aí eu vou abrir eu sei que esse esse essa apresentação aqui hoje essa fala é mais num formato de palestra mas eu vou abrir uma pergunta que não é retórica mas para dar um tempo para você pensarem a gente fala constantemente que o Brasil é um país racista que existe racismo Mas
por que que existe o racismo de onde é que ele veio como foi que ele se estabeleceu essa é uma dúvida que é mais comum do que a gente imagina E se a gente pensar na nossa cabeça a gente pode pensar em várias razões Mas eu acredito que é difícil a gente situar um ou outro elemento que explique a gente pode tomar por exemplo Ah o Brasil é racista por causa da porque o Brasil foi um país escravocrata ou seja teve escravidão da população negra aqui certo mas por que que foi essa população que foi
escravizada E por que que o Brasil foi o país que demorou mais foi dos últimos a abolir a escravidão E por que que diferente dos outros países da América Latina eh quando se tornaram Independentes o Brasil Ali junto com eh os países aqui do con Sul se tornar mais ou menos no mesmo período ali a partir do início do século XIX de 1800 até 1830 uma série de países se tornaram Independentes das suas do do do das suas metrópoles né ou seja dos seus colonizadores o Brasil foi o único que reafirmou a escravidão no sentido
de que não é que a escravidão acabou Plenamente em todos os outros países Mas uma vez que os países se tornaram independente a escravidão nesse país se desarticulou no Brasil não as elites aí a gente inicia com o primeiro ponto quando o Brasil se torna um país independente o Brasil ele se torna um país independente num processo que teve muitas guerras hoje a gente sabe que o processo de independência não foi Pacífico também não S veio de cima houve guerras de independência mas o projeto de continuidade ele foi o projeto vitorioso e esse projeto vitorioso
fez com que o Brasil reafirm asse a escravidão ou seja ele veio de ser uma que tinha que funcionava sobre o trabalho escravizado e se tornou um país independente que continuou com o trabalho escravizado Esse é o primeiro ponto então houve uma decisão das elites políticas brasileiras de reafirmar a escravidão e por que se a gente for pensar por que o Brasil se organizou dessa forma e aí a gente pode pensar que era por causa do racismo mas de novo De onde veio o racismo o racismo ele foi uma tese já C A partir do
século XIX ele é uma considerado uma tese científica né na ciência da época existe a ciência que inclusive leva a Segunda Guerra Mundial e leva ao Nazismo e a Eugenia a partir do do século XIX ela começa a organizar um pensamento de racismo científico ou seja de na crença existia uma crença na superioridade dos europeus em relação às outras os outros as outras etnias e os outros povos ao redor do do mundo mas antes do século XIX não era não era essa o não era esse o princípio organizador o princípio organizador inicial da da escravidão
que fez com que Inclusive a população indígena fosse escravizada quando o os portugueses eh chegaram aqui na América e no Brasil especificamente que não era Brasil ainda né mas quando eles chegaram aqui e invadiram a terra a a perspectiva que organizava essa diferença era uma perspectiva religiosa ou seja existia uma ideia de que as populações que aqui estavam não tinham ainda religião não tinham não aceitavam a religião correta e por isso eram povos ou povos sem alma ou povos que deveriam ser cristianizados para após isso chegarem a à iluminação naquela época iosa depois a gente
vai ter outras Vai ter outras justificações mas tem um no meio de tudo isso então vejam só o Brasil ele ele foi colonizado foi invadido e colonizado por Portugal certo isso é algo conhecido mas eu quero fazer é uma é uma pergunta que eu sempre que eu tenho feito nas formações que eu que eu tenho dado que é vocês lembram da escola acho que tem uma aula que é muito memorável tem uma aula acho muito memorável pelo menos para mim e as pessoas tendem a lembrar disso vocês lembram da aula lá no ensino fundamental sobre
o Tratado de tores Ilhas a maioria das pessoas lemam n a maioria dasas lembras do Tratado de Tordesilhas certo e o Tratado de Tordesilhas a gente lembra porque acho que a gente tem dimensão quando é criança do Absurdo se vocês lembrarem é uma linha que divide M entre Portugal e Espanha e o Tratado de toas ilhas a gente sabe historiograficos devido que se devu ao conflito entre as duas coroas na época em relação a divisão dos territórios e aquilo não se efetivou na prática mas naquela organização ou seja o mundo não ficou de fato dividido
pros dois mas se a gente imaginar que em algum momento dois países Portugal e Espanha com a mediação do Vaticano do Papa dividiram o mudo entre si e agiram a partir disso a gente vai entender o componente religioso que eu tenho enfatizado aqui que organizou inicialmente a escravidão tanto no império eh conduzido pela Espanha quanto no império Português que dominou o Brasil e outros locais então vejam só o período que a gente na escola aprende como conhecido como grandes navegações ou como descobrimentos ou como chegada na verdade ele é esse período que o Charles MS
que é um autor norteamericano que faleceu recentemente e ele tem um livro que foi traduzido ano passado que é importantíssimo que eu recomendo chamado contrato racial ele diz que a modernidade que é esse período que se inicia com essa primeira globalização em que as as n navegações permitiram que as nações viajassem mais rapidamente pelo ao redor do mundo ele chama que esse é o início do estabelecimento da supremacia Branca Global essa Ou seja a modernidade o início da modernidade do período moderno da era moderna é o início do estabelecimento da supremacia Branca Global Qual o
nome do Charles MS o contrato racial o livro foi publicado pela jorges E aí eu tô fazendo essa esse essa longa essa introdução um pouco longa porque eu quero que a gente entenda que desse momento da colonização do Brasil lá quando se situa o que se chama e hoje não se chama mais mas até muito tempo se chamou de de descoberta do Brasil e não foi ele foi um movimento de divisão do mundo a partir de da perspectiva de duas Nações específicas a gente tem a escravidão aqui que eu falei na independência do Brasil ou
seja de 1500 a 1822 a gente tem bastante tempo aí no meio disso tem um um cientista europeu chamado Lineu que não é o da Grande Família mas o o Lineu o Car Lineu que é um cientista se eu não tô enganado de cabeça ele é suíço e ele é muito conhecido entre quem fez biologia e entre os botânicos porque ele criou a divisão do que a gente conhece hoje como a taxonomia você se já lembram que por exemplo a nossa espécie vocês devem conhecer da escola a nossa espécie é a espécie homo sapiens certo
então é o nome latim que tem o genos né o gênero e a espécie né Essa divisão que é uma divisão que persiste até hoje foi uma grande foi uma das grandes contribuições do Lineu pra história da da da humanidade pro conhecimento humano foi essa e o racismo só que frequentemente a gente não vai ouvi falar sobre o Lineu em relação ao racismo por o Lineu ele ele era um Botânico então ele fez a classificação dos reinos das de várias espécies e ele se beneficiou desse período de grandes navegações para que os Viajantes eh chegassem
em outros países viajassem por exemplo inclusive pelo pelo Brasil encontrassem espécies descrevessem e levasse para que ele classificasse agora vamos pensar por um momento o Line nunca saiu da Europa e ele classificou uma série de espécies eh no nos seus trabalhos lá no Tratado natural sem ter saído da Europa agora vocês imagina um viajante por exemplo da Alemanha que era muito comum que a gente tivesse Viajantes na na época da colonização aqui como é que eles iam sair da Alemanha para o Brasil e viajar por dentro do país sem conhecer vocês já pararam para pensar
sobre isso como que o conhecimento que foi produzido inclusive nessa época ele só foi produzido a partir do apagamento da contribuição dos povos indígenas As pessoas só conseguiam se deslocar internamente com pessoas que eram daqui porque existiam muitos riscos inclusive existiam muitos muitos existiam muitos conhecimentos que não eram acessíveis pessoas que que que eram de fora então todos os Viajantes que vinham para cá tinha a contribuição do dos povos originários que aqui estavam que conheciam as matas e conhece até hoje que conhece as florestas conhecem os rios conhecem os os perigos Então a gente tem
uma pessoa na Europa conhecida conhecidíssima considerado um dos Pais da biologia que utilizou um conhecimento E aí esse é uma eu já adianto um termo né Isso é a a pilhagem epistêmica ou seja isso é um roubo do conhecimento porque a gente historicamente fica conhecendo essas informações a partir desse desse desse cientista e não do processo que levou ao estabelecimento desse conhecimento Ou seja a contribuição dos povos indígenas para que esse conhecimento fosse sistematizado e essa mesma pessoa é a pessoa que dividiu a humanidade entre americanos europeos africanos e as e e africanos e americanos
que é que são que são as divisões que vão organizar o nosso o nosso ideal racial até hoje e ele dá características que eu não vou reproduzir aqui mas ele dá as características físicas e Morais positivas e negativas que a gente associa ao que depois ficou conhecido como raça que não existe biologicamente mas existe sociologicamente ou seja nós somos todos da mesma espécie então a gente não tem raça mas a raça socialmente ela existe ela organica a sociedade de maneira inclusive deletéria Então esse foi uma essa foi uma breve introdução do processo histórico que levou
ao estabelecimento do racismo para dizer que o racismo especificamente Ele tem ele tem autores e ele tem inventores ele não é algo que baira etério na cabeça das pessoas algumas pessoas agiram a partir de uma divisão como eu falei religiosa inicialmente vocês lembraram do Tratado de todas as Ilhas e depois de uma divisão eh intelectual eh científica e moral ou seja pessoas específicas pensaram especificamente a forma de organizar a sociedade a partir da superioridade racial e isso influenciou a organização de diversas sociedades no mundo e isso foi parte de um projeto de estabelecimento da sua
Branca global no na modernidade Esse é o primeiro ponto eu sei que às vezes são muitos conceitos aí eu espero que no decorrer da da fala a gente consiga destrinchar pode passar por favor e agora a gente vai voltar ao ponto inicial que é depois dessa introdução a gente vai aqui para uma linha do tempo de conquistas políticas do movimento negro no Brasil por quê Porque eu vim falando aqui para vocês que o Brasil ele passa por alguns momentos desse processo do racismo como um organizador da sociedade brasileira o racismo organiza a sociedade brasileira até
hoje mas onde teve escravidão e racismo também tem resistência a escravidão e resistência a esse racismo então o movimento negro ele se organizou no Brasil o que se chama hoje o que a gente entende hoje como movimento negro ele está muito associado a um grupo específico do movimento negro que é o movimento negro Unificado M que ele se organiza mais fortemente ali no na ditadura militar e ele conta com figuras de proa como Cloves mour Nascimento carneiro e uma série de de outros autores e autoras negros intelectuais negros brasileiros que pensaram em como combater sistematicamente
o racismo no Brasil e aí um dos pontos que são importantes quando a gente vai pensar o combate ao racismo no Brasil é a Constituição de 1988 porque o Brasil passou pelo processo da da ditadura militar nesse no no século XX vigia e vigu até certo tempo uma interpretação sobre o Brasil de que o Brasil era uma democracia racial de que o Brasil não era um país racista que um país racista o racismo ele era por exemplo nos Estados Unidos e aqui não aqui o Brasil viveria numa espécie de Harmonia racial e essa é uma
alta imagem que acompanha muitos de nós até hoje então quando a gente inclusive vê na televisão vocês devem lembrar do caso recente do policial que que sufocou um homem negro Jorge Floyd até a morte numa abordagem truculenta e que gerou grandes protestos lá nos Estados Unidos vocês lembram disso certo e aí a gente pensa nossa como como a polícia norte-americana é racista né como a sociedade norte--americana é racista mas aqui a gente tem a nossa polícia que faz a mesma coisa cotidianamente e a gente não não faz essa Associação a gente tem uma das polícias
mais letais do mundo e uma taxa de homicídio que Até recentemente eh até 10 Anos Atrás a gente tinha uma taxa de homicídio de 60.000 homicídios por ano e 75% deles de de homens jovens negros e a gente acha que o Estados Unidos é mais violento que o Brasil Por quê quero colocar essa Por que a gente não consegue ver como o racismo é est é estruturante e estrutural naade na sociedade brasileira tem algum as razões e aí uma delas é justamente essa a ideia de democracia racial a ideia de que porque a sociedade brasileira
é muito violenta a sociedade brasileira é extremamente violenta e pegando esse exemplo dos Estados Unidos é muito comum que as pessoas diz ah não mas o brasileiro não se revolta porque quando aconteceu lá nos Estados Unidos foi uma grande foi uma grande revolta social lá no no diversos em diversas cidades diversos estados com confrontos e outro país que é muito conhecido por fazer protestos também significativos sair queimando todos os carros a França né em Paris quando acontece tem uma convulsão social sempre tem uma resposta muito grande da população e as pessoas falam não mas o
brasileiro ele ou ele é Pacífico ou ele é eh acomodado ele não protesta ele é passivo né E só que se a gente se vocês acompanham a história da de resistência contra o racismo e contra as violências No Brasil se a gente toma uma ação nas ruas similar ao que você tem nos Estados Unidos a polícia mata a gente no lá no na França é bala de borracha aqui não é bala de verdade ou a pessoa vocês viram os casos recentes que tem aumentado muito no governo na PM no governo do estado as a polícia
jogando as pessoas da ponte assim porque numa blitz isso num numa abordagem normal não era um protesto gente é o cara que tava passando uma blitz caiu numa moto e foi isso que aconteceu com ele então isso tem a ver com a profundidade do racismo na sociedade brasileira a postura normalizada é a postura do extermínio e o movimento negro brasileiro entende entendia e entende isso então quando foi convocada a assembleia nacional constituinte a gente precisava de dados para as políticas públicas então muitas vezes as pessoas perguntam porque que no Brasil a gente tem uma divisão
eh feita pelo IBGE tão às vezes cru assim né a gente tem lá Branco Pardo Preto amarelo que são as cores de pele né que em outros países isso pode ter uma conotação negativa mas essa foi a decisão que o movimento negro tomou no Brasil então no Brasil pretos e pardos são negros que é uma outra confusão muito comum essa foi uma decisão Inclusive a su Carneiro Quem tiver oportunidade de de assisti-la ela tem uma entrevista muito boa além do dos livros dela da obra dela e da contribuição que ela tem no G1 que é
o Instituto e todo o percurso intelectual que ela tem ela tem uma entrevista mais acessível no podcast do mano Brau em que ela vai entre outras coisas explicar por que o movimento negro brasileiro tomou a decisão de estabelecer esse critério de pretos e pardos são negros vocês já pararam para pensar sobre isso porque que pretos e pardos são negros no Brasil porque no Brasil se a gente a gente eu tenho falado aqui que o Brasil ele passou por um processo de reafirmação da escravidão e um dos aspectos da escravidão que foi lovado com Miss nação
também na verdade muitas vezes era estupro e se uma pessoa é parda significa que na ascendência dela existiu uma pessoa preta e se a gente considera as pessoas das brancas a gente tá apagando a Negritude da história e da memória não só daquelas pessoas mais da sociedade brasileira que era um movimento foi um movimento foi um movimento sistemático inclusive dos governos brasileiros no início do século XX a gente teve uma política de embraquecimento da população brasileira no início do século XX naquele justamente no período em que a Eugenia que era a tese científica justamente de
que a raça Branca era superior que a gente deveria fazer com que a população negra desaparecesse da composição racial do Brasil essa tese ela fez com que o os governos inclusive o governo Vargas trouxesse eh eh financiasse a imigração europeia pro Brasil financiasse mesmo com pagamento de passagens eh facilitação de título de terras para que a composição racial da sociedade brasileira mudasse se o Brasil embranquece então vejam que a história da sociedade brasileira é uma história de negação da contribuição da população negra na sua composição e na construção do das suas riquezas da do da
su da da própria sociedade em si então o movimento negro ele fez um movimento oposto que é você já talvez vocês já tenham escutado isso que é o movimento de enegrecer e enegrecer significa reconhecer a contribuição da população negra e como ela é constitutiva da sociedade brasileira Então a gente tem aí nesse mesmo período da constituinte a gente tem como a gente tá vendo aqui nessa Linha do Tempo a Serra da Barriga Serra da Barriga lá no quilombo do dos Palmares ela é Tombada tem a o estabelecimento do do do estudo da cultura e história
dos negros no currículo escolar e esse cultura no no no material que vocês têm aí em mãos esse esse o estabelecimento dessa dessa grade de ensino sobre cultura história dos negros no currículo escolar ela é da Prefeitura de São Paulo então quando a gente fala que o currículo antirracista ele veio tardiamente sim ele veio tardiamente mas ele não veio do zero já em 1986 a gente teve ista a gente tem um documento se eu não tô enganado de 2000 eu acho que é do da prefeitura da época do caç então não vou Vai me falhar
a memória aqui mas é um é um livrinho Rosa sobre educação para as relações étnico raciais que é um outro documento tá até citado aqui no final e depois a gente tem o currículo antirracista Então não é como se a a importância de de debater e de entrar no na discussão e mudar a nossa concepção sobre a história do Brasil tivesse sido estabelecida só um 2 anos atrás Isso já faz parte de uma luta histórica do movimento negro que vem se solidificando a partir de várias contribuições E aí o quisito cor raça incluído nas pesquisas
do IBGE em 1987 e o centenário das da Abolição ele meio que é um organizador de todo esse de todo de todo esse esforço político de reconhecimento da contribuição da da população negra brasileira Então esse acho que esse é o Esse é o primeiro ponto pode passar o slide por favor e aqui a notícia que eu falei para vocês acho que no na imagem que vocês têm Talvez seja um pouco difícil de ler para mim é um pouco difícil mas aqui talvez seja seja mais fácil vocês vocês lerem mas eu vou dar uma lidinha aqui
ó para o ano de 86 pela primeira vez os alunos paulistanos terão oportunidade de conhecer a história do negro e sua contribuição política econômica e cultural é que cumprindo uma antiga reivindicação de toda a comunidade Negra a com a comissão participou da proposta de mudança curricular efetuada pela Secretaria Municipal de Educação e aí eh o conselho da comunidade Negra e a secretaria de educação inseriram nos currículos escolares a a a discussão sobre a contribuição da da população negra e africana na na história do Brasil é curioso porque eh a gente um um chavão muito comum
também sobre a história do Brasil é de que o Brasil não tem memória ou que o brasileiro não tem memória mas a memória ou seja como a gente lembra das coisas é ela construída a partir de disputas também né então por exemplo quando a gente pensa num dos grandes monumentos você vocês sabem certamente de cabeça tem um grande monumento na cidade perto do Iber apuera que monumento é esse hã é das Bandeiras bandeir etes que são homens colonizadores do século 1 ali 16 17 que faziam ações de eh entradas no no território e escravizavam indígenas
e também buscavam escravos fugidos e fizeram riqueza com isso então a gente tem uma a gente tem uma rodovia chamada Bandeirantes né mas a gente raramente vê eh na nossa inclusive o Palácio do Governo do Estado de São Paulo é o palácio dos Bandeirantes então vocês vejam como houve escolhas histórica sobre quem nós vamos louvar como os heróis da da nossa cidade do nosso Estado então o Palácio do Governo é o palácio dos genocidas é Palácio dos Bandeirantes ou seja Palácio dos assassinos dos povos originários a gente tem aí a gente tem que dizer dizer
explicitamente porque é é sobre isso quando a gente vai pensar sobre um currículo antirracista a gente tem que rever a forma como a gente vai vai olhar a história do Brasil porque a gente pode muito bem achar que a gente tá falando de história tá tá dando aula de história e eu vou falar sobre os bandeirantes vou falar sobre a o palácio dos Bandeirantes aí eu posso só enunciar esse fato é o governo o Palácio do Governo do Estado é o palácio dos Bandeirantes contei nenuma mentira falei o que que realmente é esse é o
nome mas parte do currículo de exatamente do estabelecer o currículo an assista é entender porque que escolheu se escolheu que o Palácio do Governo do Estado de São Paulo ele é o palácio dos Bandeirantes ele não é o o Palácio dos povos originários Então esse é um ponto de atenção que a gente tem que começar a se perceber aqui pode passar por favor E aí nessa Linha do Tempo das conquistas do movimento negro eu não vou passar muito tempo falando especificamente de cada um eu só quero pensar em duas coisas eh em 1989 a gente
tem o estabelecimento do racismo como crime inafiançável e imprescritível que é a chamada lei k que era o deputado da época que em conjunto com a deputada do partido dos trabalhadores e Benedita da Silva construíram eh esse projeto de lei que criou na no na legislação brasileira o crime do racismo mas por muito tempo o crime de racismo ele não foi eh ele não foi ele foi letra morta assim como várias outras leis no Brasil ele não era mobilizado juridicamente porque o crime de injúria racial ele era muito mais comum de ser de ser levado
à frente do que o crime de racismo porque o crime de racismo na redação inicial da época ele era considerado um crime meio difuso ou seja ele era um crime contra o grupo não contra o indivíduo e a injuria racial era um crime tipificado mais diretamente da ação do indivíduo então se eu falasse alguma coisa racista contra uma pessoa eu era mais fácil que o juiz eh categorize Aquela aquele crime como injúria racial e por muito tempo foi assim e não como racismo E por que isso por o crime de o crime de racismo ele
é um crime imprescritível e inafiançável ou seja ele é um crime bem mais grave o crime de jura racial ele tem um peso menor então vocês vejam que no Brasil pela pela a força do racismo a gente não só tem que lutar para que surjam leis que garantam os nossos direitos mas tem que também lutar para que esses direitos sejam garantidos mesmo que a lei já esteja já esteja em vigor Então mas de todo modo o o o racismo como crime e na fiav imprescritível foi foi uma conquista importante a gente vai depois discutir o
que que que significa na prática eh em 96 como o Carlos já havia falado o Zumbi dos Palmares reconhecido como o herói da Pátria e eu não sei se vocês sabem lá em Brasília tem um livro dos heróis da Pátria e esse é um livro de Ferro não é bem ferro né é um metal porque a ideia é que quando uma um um personagem brasileiro é é consagrado como herói da da Pátria é uma página indelével né não é uma página de papel que vai estragar uma página num livro que não pode ser em tese
destruído né então esse esse essa efeméride essa esse Marco é um Marco importante na primeira Esse é um dos poucos zumbidos Palmares é um dos poucos heróis negros nacionais conhecidos certo vocês de cabeça conseguem pensar em outros rapidamente assim isso é significativo ou seja de cabeça a gente não pensa não consegue pensar imediatamente no no Luiz Gama da vida a gente consegue pensar no no André Rebolsas grande abolicionista que ele o irmão dele dão nome AAS principais avenidas de de São Paulo e do Brasil tem várias Avenidas Rebolsas no Brasil mas a gente não sabe
que são dois homens negros no século X abolicionistas engenheiros que nomeiam parte da nossa cidade das nossas cidades e eles não fazem parte da nossa memória por isso que esses movimentos de de retomada desses Marcos são importantes pra gente compreender a profundidade do racismo na forma como a gente percebe a nossa sociedade pode passar por favor E aí essa questão de 2003 E aí vem a lei 10.639 que foi em 2003 a gente tem mais ou menos nesse mesmo período a u começa a estabelecer a política de cotas lá e depois o Supremo Tribunal Federal
vai tornar eh essa é uma política válida nacionalmente mas a núa lind do Gomes eu vou retomá-la e retomar o currículo antirracista e eu recomendo que vocês Leiam ele tá para quem não tem a versão físico ele tá disponível online ela vai no nos trabalhos dela ela ela isso um dos que estão citados lá que é esse sobre o movimento negro educador que é Inclusive a tese doutorado dela ela vai falar uma coisa que é muito importante que é quando a gente tá tentando promover políticas de reparação histórica em relação à população negra ou políticas
públicas de de estabelecimento a própria política de cotas né é importante que existam governos que estejam sensíveis a essas demandas então Eh por muito tempo e o Carlos falou aqui sobre por exemplo o governo FHC foi um governo que foi foi no governo FHC que ospar se tornou um um erário Nacional mas foi no no primeiro no primeiro governo Lula que foi criada a cep a secretaria de promoção da Igualdade racial que criou uma política nacional de igualdade racial no Brasil porque é importante que a gente construa políticas públicas não só não só Produza atos
não sistemáticos de de de reconhecimento então a política de cotas é uma política pública sistemática que já foi comprovada como bem-sucedida importante necessária Mas ela é e sempre foi uma política Inicial né a gente tem que ter outras políticas juntamente política de cotas mas a política de de cotas é Íssima e a gente vai ver o a dimensão da da importância porque ela ela transcendeu a universidade né hoje a gente tem uma política de cotas nos concursos públicos e isso garante também a representatividade da população negra em esferas que antes não existiam pode passar por
favor E aí aqui não sei se vocês lembram dessa capa essa foi uma capa muito da revista da revista Veja que até então era a revista mais li do Brasil aqui de maior circulação não sei se é mais lida mas é de maior circulação certamente e que por muito tempo teve um peso muito grande no debate público né E ela trouxe o caso da UnB um caso conhecido que foi par Supremo Tribunal Federal de dois irmãos que se inscreveram na política de cotas e um foi aprovado e outro não e na época e até hoje
a gente ouve eh críticas em relação às insuficiências da política de como é que isso pode acontecer como é que é possível que algo desse tipo tenha acontecido e isso eu quero deixar isso bem bem estabelecido aqui que essa é uma das formas de descredibilizar as políticas de de promoção da igualdade no Brasil por quê Porque isso foi obviamente um erro né os os os dois seriam considerados negros ou os dois não seriam considerados negros um foi e outro não foi isso quer dizer que um erro específico descredibiliza toda a política não é o primeiro
é o primeiro ponto básico né mas o segundo ponto por que que a gente tem dúvidas no Brasil sobre quem é o não negro porque a gente tem um debate pouco amadurecido sobre essas questões e ainda tinha na época publicamente sobre essas questões raciais do Brasil é muito incomum que a gente eh diga para as pessoas que a gente enuncie pras pessoas eh a sua a ou seja fazer o que a gente chama de heteroidentificação dizer qual é a nossa percepção sobre a raça da pessoa inclusive isso mesmo é considerado racismo Então esse exercício de
identificar porque um aspecto fundamental que a gente tem que entender é que quando a gente vai falar de identificação racial existe étero identificação ou seja como eu vejo a sua identidade racial e a autoidentificação como eu me vejo e por um inicialmente a política de cotas ela foi produzida a partir da autoidentificação e depois desses de problemas como esse houve uma política de étero identificação Então a gente tem hoje inclusive no concurso público da prefeitura de São Paulo As bancas de verificação que também foram criticadas como tribunais raciais porque Ah quem quem é que vai
decidir se a pessoa se uma pessoa é ou não Negra e aí eu acho que é importante fazer esse debate aqui pra gente entender eh a todo o debate sobre as cotas no no no serviço público existe existem dois aspectos que são muito que são interrelacionados na política de ctes na e na compreensão do movimento negro e eu tenho falado isso sobre para que que essa política foi criada essa política foi criada para que a população negra que não tinha representatividade nos cargos públicos pudesse ter acesso a esses cargos públicos então uma pessoa que não
tem traços fenotípicos negros ou seja uma pessoa que não é socialmente normalmente identificada como Negra ela não será alvo da política de cotas porque a gente se entende que a desvantagem social para uma pessoa Di eu mesoa meu pai é negro meu é neg L Exatamente isso e isso inclusive faz parte da política de embraquecimento da população brasileira várias pessoas têm no seu no seu registro de nascimento uma identificação racial que mitiga a Negritude ou seja o meu o meu pai o meu pai é preto o meu pai é preto e aí com seu na
certidão de nascimento dele tá morendo tá lá tá escrito Então essa essa ideia de que e para a gente a gente precisa passar por essas por essas que muitas vezes as pessoas ah considera essa situação vexatória ela pode ser vatri assim de fato mas ela é uma forma de evitar fraudes e Minimizar os erros porque a gente tem sim uma população que passou por um processo forçado de misena Então a gente tem hoje uma população que tem aí uma uma uma gama bem ampla e bem e bem diversa é de de de identidades negras Então
se a gente for estabelecer o objetivo de uma política a gente tem que também situar E demarcar qual é o o público dessa dessa política porque senão uma pessoa que é uma pessoa de pele branca que tem uma um pai negro e isso isso acontece também ela poderia eh se se candidatar para uma vaga de cota e não é não é esse o objetivo da política o objetivo de aumentar a representatividade de pessoas negras que pessoas negras no geral não pessoas negras que normalmente são alvo do racismo na sociedade e o racismo Ele tem ele
tem uma prática e ele tem um efeito se costuma dizer eu acho até um pouco meio pesado essa Associação de que se a polícia sabe se a pessoa é negra ou não mas isso é isso é um dado da realidade Brasileira de que a violência policial incide negativamente sobre a população negra muito de uma maneira muito mais ferrenha do que sobre a população Branca seja a pessoa pobre ou não oi Você não tem o nariz começou a falar seus rácios não são grossos seus nariz não é a seu cabelo começou a falar el achou que
cabelo a faz na verdade ela estava feio porque minha mãe alizada sim o cabel da minha mãe a ela seu cabelo não é assim algém casa pai ela seu cabelo assim ela achou que tava melogin na verdade tava M prendendo eh G dando que ela achou com El eu també isso é muito triste exatamente aí isso isso vai a gente vai falar já já disso não sei talvez eu já esteja um pouco avançado no tempo não sei quanto tempo eu tenho ainda e mas eh a gente todos nós pode passar esse slide por favor que
eu preciso falar sobre sobre isso aqui todos nós temos racismo introjetado e a gente vai entender o porquê E aí as pessoas quando acham que elas estão sendo elogiosas ou fazendo ou fazendo só observações simples na verdade elas estão manifestando uma perspectiva arregada negativa que a gente já tem e foi construída socialmente sobre eh traços eh negroides serem traços feios ou negativos ou que seria melhor não tê-los então mas a gente vai chegar já já nesse ponto mas eu quero trazer aqui um dos resultados da da lei de cotas que é a proporção de servidores
negros que entram no executivo Federal e essa proporção mais que dobrou de 2000 até 2020 e aí entre os servidores públicos e a proporção de homens brancos com emprego Federal é mais que o triplo de o mulheres negras então a política de cotas ela vem tentar minimamente é é que parar que aa isso ainda é vai ser um processo longo é que parar essa discrepância gigantesca e muita gente fala já recentemente tive uma escola e uma professora me questionou e falou assim Ah mas vai até quando a política falei bom a gente teve aí mais
de 350 Anos de Escravidão Então vai um tempo ainda a política de cotas ela tem mais ou menos aí 20 20 anos então tá tá um pouco distante né é que a mesma a gente tem outras políticas que a gente por exemplo o bolsa família que Gover anteriores mudou de nome mas voltou a ser bolsa família né que ela é uma política de renda mínima né de renda básica de abatir de o governo brasileiro e a sociedade brasileira decidiu que a partir de um determinado ponto da renda ninguém poderia cair abaixo disso Essa é essa
política e muita gente fala ah mas também as pessoas vão ficar nesse utilizando um benefício como esse até quando vocês imaginam uma pessoa que numa situação de extrema pobreza ela tem um filho de 5 anos e ela entrou no bolso família quando ela até o filho fazer 18 São 13 anos então geracional um programa como a política de cotas ou um programa de renda mínima como o bolsa família 25 anos é a primeira etapa só então a gente tem que também ter a dimensão do dos nossos problemas dos problemas como eh a pobreza e o
racismo e eles têm aí existe uma interseccionalidade de raça e classe também ou seja eh só um comentário que a política de cotas nos Estados Unidos existem há mais de 200 anos né só um detalhe e tá sob risco agora do governo trump né ele pretende reverter a política de cotas no no Supremo lá dos Estados Unidos mas de todo modo o que eu quero dizer é a gente precisa ainda de muito tempo e a gente nem chegou na discussão sobre reparação Econômica que em outros países eh houve esse já esse debate já tá um
já tá mais avançado falar reparação Econômica no Brasil é quase crime como foi há um tempo falar sobre a política de cotas eh para que a gente consiga minimamente começar a corrigir de situações que a escravidão e o racismo no produziram no Brasil e ainda produzem pode passar por favor e aí a gente tem os efeitos da Lei 10.639 e aí isso desrespeito especificamente aqui a a Prefeitura de São Paulo né a Prefeitura de São Paulo hoje em dia apesar de dos vários problemas em outras esferas nesse aqui especificamente eh o 1979 não só tornou
obrigatório o debate sobre o racismo branquitude o papel dos negros na sociedade brasileira como permitiu que a gente tivesse a distribuição de muitos livros muitos livros mesmo que era algo em comum nas bibliotecas das nossas escolas ou seja antes era difícil para qualquer Professor ou professora chegar na biblioteca da escola e escolher um livro que falasse sobre a população negra brasileira porque não tinha simplesmente não tinha e muitas vezes os que tinham eram livros com estereótipos livros problemáticos e hoje em dia isso não é mais assim houve uma compra significativa eh de 2020 para cá
de livros nesse sentido Então hoje existe material não só os livros que são importantes mas os currículos para orientar a nossa prática enquanto profissionais da educação pode passar por favor pode passar e aí aqui os currículos né a gente tem o currículo de orientações pedagógicas povos afa brasileiras que é o currículo antirracista a gente tem o currículo dos povos indígenas o currículo dos povos migrantes o currículo da cidade de educação infantil que é um currículo bem avançado é um dos currículos acho Ach que o currículo mais avançado que a gente tem do ponto de vista
de garantia de uma educação integral de ver de ver a criança a partir das sua das suas especifidades e dos seus dos seus momentos eh da importância da ludicidade da ludicidade e como respeitar as fases de desenvolvimento da criança Implica também em não atropelar certos processos e o que eu falei sobre o orientações curriculares lá do do do governo se eu não me engano o governo Cassab que é aquele que eu falei é o livro meio Rosinha Ou seja a gente não não tá partindo de do do vácuo né a gente ou seja vocês vejam
que de 1986 até agora isso não quer dizer que eh tava bom antes não o o documento existia Mas ele também depende da nossa mobilização para ele ser efetivado né então também não adianta não i adar a gente tem o currículo antiracista que é um documento avançadíssimo e não ter os materiais para trabalhar com esse currículo e a gente tem essa esse último que é uma pesquisa aqui que eu vou falar sobre ela que ela tá no currículo antiracista pode passar por favor e as referências de livros que eu tô me baseando hoje não sei
se você já tem aí então acho que vocês não precisam anotar esse é o livro do o livro que eu citei ainda agora o Charles MS o contrato racial que e fala sobre a supremacia Branca Global se vocês óbvio que especialmente falando do Brasil eu acho que eu recomendaria imediatamente o Pax da branquitude da Cida Bento e o da Lelia Gonzales né que são dois livros que de autoras brasileiras e que dialogam diretamente com o nosso com o nosso debate aqui mas o contrato racial é fantástico vai aprofundar a compreensão de você sobre o racismo
de uma maneira que é incomum e o da GR kilomba também acho que vai vai vai ajudar bastante passa aía por favor que senão vou E aí aqui a gente vai chegar na parte eu fiz essa parte histórica já né já quase uma hora falando aqui a gente vai chegar na parte conceitual por quê Porque a gente fala de racismo racismo que a gente fala no geral né E aí o o professor Carlos até falou sobre como Às vezes as pessoas falam em relação ao racismo reverso muitas muitas pessoas ainda hoje acham que existe esse
chamado racismo racismo revero E aí eu acho que é importante a gente começar quando eu tô falando aqui dos das formas de racismo tocar antes de entrar no institucional tocar na ideia de racismo reverso porque a própria ideia de racismo reverso ela é um pouco um pouco não bastante racista né né que a ideia é de que tem o racismo padrão né que é o racismo correto que é o racismo das pessoas correto no sentido de que esse é o racismo que comummente acontece que é o racismo de pessoas contra as pessoas negras ou indígenas
mas mais as pessoas negras normalmente na ideia das pessoas e aí tem o reverso disso que é o oposto é a inversão que não é o comum que é o das pessoas negras quanto uma pessoa branca né E aí a gente fala normalmente não mas isso não existe isso não pode existir e sim não existe mas por que que não existe é importante a gente entender porque que não existe e eu vou falar aqui sem medo de de suar polêmico que eu acho que é importante ser dito de maneira explícita brancos não sofrem racismo no
Brasil porque o racismo ele não é a injúria racial a injúria racial é o ato de ofender ou atacar uma pessoa especificamente com conotação racial isso pode acontecer entre pessoas uma pessoa branca uma pessoa negra uma pessoa negra uma pessoa branca uma pessoa eh de origem asiática indígena isso pode acontecer em todos os vetores então na justiça brasileira se eu chamar alguém por algum e nome negativo e a pessoa é branca e se tiver uma conotação ela pode me acionar na justiça e eu ser condenado por injúria racial e hoje a injúria racial ela foi
equiparada hoje Já faz alguns anos ela foi equiparada ao crime de racismo lá que é o da le kó que era na fiaal imprescritível agora eles são o mesmo crime antes não era mas hoje é então na justiça brasileira esse racismo individual ele pode ocorrer em relação aos diversos às diversas etnias mas o racismo na sociedade ele é um sistema de opressão que faz com que as pessoas negras e indígenas do Brasil tem um risco existencial maior por nascerem negras e indígenas isso quer dizer que ainda que uma pessoa branca possa me condenar na justiça
por por uma ofensa racial por uma injúria racial E aí eu seja condenado pelo crime de racismo essa pessoa branca ainda assim não vai sofrer sistematicamente racismo na sociedade brasileira por quê Porque as estatísticas mostram que existe um risco maior de ncer negro e nascer indígena no Brasil isso é simples então por exemplo 71 das da dos crianças e adolescentes que abandonam a escola são crianças negras pretas e pardas 75% dos jovens que são mortos violentamente no Brasil são jovens negros eh as mulheres negras têm o dobro de chance de sofrer violência obstétrica porque inclusive
existe uma percepção entre os médicos de que as mulheres negras têm mais resistência à dor e elas passam por eh procedimentos muitas vezes sem anestesia por causa disso isso existem pesquisas já a Jurema Verner tem uma pesquisa já bem Ampla que que demonstra isso então a gente tem por exemplo um dado que entre a justiça brasileira juízes federais 81% são homens brancos Então a gente tem dados que mostram que a violência institucional Ou seja a violência das instituições ela incide negativamente de uma maneira muito mais sistemática em relação à população negra do que a população
Branca Então se uma pessoa nasce negra no Brasil ela tem simplesmente três vezes mais Chan de ser assassinada pela polícia do que uma pessoa branca isso é um dado objetivo e por que acontece E aí a gente vai falar de racismo institucional esse o conceito aqui de racismo institucional esse debate é um debate que vem eu tentei ir buscar lá na literatura original ou seja esse debate foi iniciado nos Estados Unidos sobre racismo institucional porque eu falei acabei de falar para vocês o racismo individual é esse que eu disse que pode ser de qualquer pessoa
contra outro ou grupo de pessoas contra outro um exemplo muito comum disso Desse tipo de racismo a a gente tem visto é o vocês devem conhecer ele tem ele é bastante conhecido hoje em dia o jogador brasileiro Vinícius Júnior que na Europa tem sofrido bastantes bastante eh racismo né injúria racial então ele tá jogando os torcedores vão lá e cometem injúrias raciais esse essa é a compreensão comum do que é racismo então quando a gente vê isso acontecendo Ah tá ali racismo isso quer dizer que aquilo não seja rac não aquilo É racismo também mas
essa é uma dimensão da esfera individual do racismo então a gente quando a gente tá analisando esse tipo de caso de racismo é comum que a gente Ache que é uma característica das pessoas que estão cometendo Esse ato ou é uma carac a gente fala Ah não isso é loucura como é que pode 2024 uma pessoa ser racista ou é uma questão de índole oué essa pessoa é uma pessoa ruim só que aí a gente entende quando a gente tá pensando num problema social Por que então se isso é sempre uma um caso de pessoas
específicas por que isso acontece sistematicamente na nossa sociedade ou seja porque que nas instituições as pessoas também sofrem racismo e t resultados eh piores quando a gente tá avaliando o os resultados das políticas públicas E aí eu vou ler aqui para vocês o conceito e vou destrinchando o racismo institucionalizado ele é normativo às vezes legalizado e frequentemente se manifesta como desvantagem e herdada tendo sido codificado em nossas instituições de costumes práticas e leis não precisa haver um um interpretador identificável de fato o racismo institucionalizado é frequentemente Evidente como inação diante da Necessidade E aí eu
vou dar um exemplo aqui para vocês tem essa Vocês estão vendo aí tem tem uma um grupo de de pessoas de professores aqui segurando uma faixa né cadê os docentes pretos e indígenas essa foi uma manifestação que foi feita na Universidade de São Paulo a USP ela tem 5000 professores mais ou menos quantos por cento desses professores são negros quantos pode tá perto aí deu mais ou menos um pouco 2% ou seja de 5000 professores 2% são negros na USP e um um indivíduo professor do do do curso de psicologia indígena uma pessoa e aí
a gente pensa Ah então a USP odeia negros não a gente poderia até dizer que sim mas seria leviano Então por que que isso acontece as pessoas brancas são mais inteligentes é por isso que elas acessam o concurso é essa essa a resposta também não então o que que acontece que uma instituição como a USP impede que no seu quadro impede no sentido de o acesso não é não é comum não é acesso não é comum acesso de pessoas negras ao quadro de professores universitários aí a gente vai entender a ideia do racismo institucionalizado quando
a a gente vai ver a literatura um dos primeiros lugares na verdade o primeiro lugar a primeira instituição que as crianças enfrentam sistematicamente o racismo é na escola então a escola é o local que a criança negra experiencia o racismo cotidianamente é o primeiro porque é o local de socialização obrigatório que a criança vai todo dia então se ela começa a sofrer racismo ela vai sofrendo racismo tempo inteiro as Pesquisas mostram também vai ter um trecho aí depois que na infantil isso já é identificável tem uma pesquisa queela quei lá de 2008 ela foi feita
outra em 2013 tem uma de 2017 que mostra que as crianças negras recebem menos colo no seis e elas são mais vistas como crianças indisciplinadas ainda que sejam no seis são bebês né então é é difícil dizer que um bebê de 2 anos tem problema de disciplina porque afinal ele é um bebê então ele não tem ainda essa compreensão de entender o que que é ou não disciplina mas sejam vistos como indisciplinados para Além disso eh é muito comum que a percepção sobre a higiene dessas crianças seja pior em relação às crianças negras do que
em relação às crianças brancas e aí eu vou dar um exemplo específico que aconteceu eh recentemente de de uma visita que foi feita no não sei para atender uma uma criança e aí essa criança era Vista uma criança preta vista como bebê 2 anos indisciplinado e ele ficava chorando e gritando de Na verdade ele tava mais chorando el ficava gritando o dia inteiro e ele não ele se recusava a comer não queria comer nada da escola e era um bebê de de de origem haitiana a família foi chamada a pessoa responsável lá ela foi ela
que foi foi analisar Ela ouviu o relato da da escola e ela percebeu primeiro que a existia uma dúv existiam questões sobre a higiene dessa dessa criança e ela percebeu que existia uma criança branca que tava suja e ela não era vista como suja mas a criança preta era e essa criança não tomava leite por exemplo na escola porque descobriu-se depois conversando com a família que algumas crianças algumas famílias e de origem aitiana elas tomam leite com um pouco de sal e aí depois que foi feito essa essa adaptação a criança parou começou a se
alimentar e parou de gritar né porque ela passava o dia com fome então então vocês vejam que isso não é uma ação de uma pessoa que quer excluir a criança é uma percepção construída que faz com que não se leve em consideração o cuidado específico necessário para aquela criança específica E aí eu não esqueça eu tô falando da USP tá então a gente a gente falei lá da USP a gente tá no sei aqui essa criança saiu do sei e passou por isso aí ela vai passar pelo insino fundamental todo e se ela não for
assassinada pela polícia vai terminar o Ensino Médio e não abandonar a escola porque como vocês viram que 71 das crianças que abandonam na escola São pretas e paras terminou o ensino médio que a taxa de abandono é igual porque muitas famílias relatam que seus filhos precisam trabalhar mais jovens para contribuir com a renda da escola Esse é o principal é princial razão do abandono ela terminou passou pelo sistema escolar fez o vestibular foi aprovado na USP aí essa esse esse jovem agora ele vai cursar a USP ele se forma na USP e aí agora se
apresenta uma situação ele vai decidir ou tentar entrar no mercado de trabalho ou fazer o mestrado porque a bolsa Até recentemente ela pedia e ainda pede muitas vezes dedicação exclusiva ou para quem é professor trabalhar 30 horas e existiu a a bolsa de mestrado e apareceu o concurso da prefeitura aqui essa criança Decidiu não fazer o concurso da prefeitura que traria uma estabilidade e eh Provavelmente garantiria o futuro dela porque ela quer seguir o sonho dela de ser professor universitário Então ela fez o mestrado com a bolsa que é quase metade o valor fez e
aí para fazer o mestrado normalmente a seleção envolve o domínio de uma língua estrangeira fez doutorado que envolve duas aí ela vai fazer o concurso da USP E aí o concurso da USP a USP foi a última Universidade a a implementar a política de cotas do Brasil tanto no nos concursos quanto na no no vestibular e aí existe uma existem poucas vagas na USP quando o concurso é feito a outras universidades inclusive de São Paulo já fazem concurso com vaga exclusiva a USP tem tinha Até recentemente isso foi foi mudado tinha Até recentemente uma organização
de reserva de vaga que que instituía que a gente precisava no máximo eh 1/3 das vagas seriam reservadas para para as cotas né só que aí se eu faço um concurso com uma vaga se eu reservar não não dá is é 100% se eu faço com duas vagas não dá é 50% teria que ter Então pelo menos três vagas para que a gente pudesse ter a política de de cotos depois foi mudado virou uma política de bonificação né mas a concepção Inicial era essa então esse tipo de política institucional faz com que não precisa eu
criar uma barreira e isso foi não foi pensado também não não vou ningém a gente não quer aceitar pessoas negras aqui não simplesmente é o funcionamento normal das instituições criando regras que E vocês viram essa trajetória Isso é uma trajetória de uma criança que passou por por tudo isso fez mestrado doutorado ainda vai disputar com outras pessoas brancas e não brancas que tiveram Talvez uma trajetória regular no ensino sem todos esses percalços sendo o maior deles o racismo cotidiano que a pessoa teve que passar para disputar uma vaga na universidade com Essas barreiras institucionais então
o racismo institucional quando naquela parte que tá lá dizendo às vezes ele não é identificável É nesse sentido Então se uma pessoa que não passou no concurso da USP ela no no limite a gente vai perceber simplesmente como um resultado justo do concurso certo todo mundo tá em condição de igualdade ali todos vão disputar a mesma vaga todos têm a mesma a mesma titulação doutorado e quem tiver quem for mais competente não vai vai ser aprovado e a outra pessoa não mas o racismo institucional Ou seja a forma como o racismo organiza Nossa instituição faz
com que a gente Ignore as diferenças na trajetória que dificultam o acesso das pessoas a esse a esse tipo de de local então é por isso que é incomum que a gente veja pessoas negras em universidades de Elite como a USP no no judiciário por porque o judiciário os concursos Judiciários são concursos muito difíceis e disputados né que normalmente exige dedicação exclusiva para pessoa Ser aprovada para concurso de J Federal por exemplo e quem tem tempo de tempo não só tempo né tempo é dinheiro né tem a estrutura para passar alguns anos só se dedicando
a estudar para ser aprovado nesse tipo de concurso normalmente são pessoas com melhor condição socioeconômica que no Brasil são as pessoas brancas então o racismo institucional ele funciona nesse aspecto e eu tô vendo que vocês tão olhando aí estão Lendro do texto no esse texto aqui sobre o racismo institucional ele é forte mesmo que é esse esse esse ISO esse trecho aqui tá no currículo antirracista que é justamente o ganhar o não colo da pagem da pagem né na verdade da pagem que é uma situação que ocorreu várias vezes algumas crianças chegavam chorando Essa é
a descrição da pesquisa e não ganhava o colo no entanto quando determinad as crianças era diferente M Loira 2 anos Chegou chorando então Nice pagem Branca pegou no colo até que ela parasse de chorar depois chegou o p Negro do anos também chorando mas o seguinte sentou em uma cadeira e colocou entre as pernas essa situação ocorreu da mesma forma só que em outra pagem B negro Chegou chorando Marlin encostou em sua perna e disse para não chorar depois chegou a el loira também chorando mas o procedimento foi outro a página pegou no colo até
que ela parasse de chorar então isso quer dizer que a a pagem ela pensou não eu não vou dar colo para essa criança e vou dar colo para essa outra é possível mas é Inc um a gente as pessoas estão só agindo ali e isso porque o racismo ele é introjetado então isso já faz parte da reação comum daquela pessoa porque ela não refletiu sobre a sua prática e Como o racismo estrutura as suas percepções e as suas ações então um dos aspectos fundamentais que o ccul antiracista ele traz a gente para reflexão é a
gente parar para pensar se parte das nossas ações como como educadores não tá orientada pelo racismo pode passar por favor que eu acho que eu vou encerrar daqui 11 horas tá bom né a aqui são outros exemplos pode passar isso E aí eu vou chegar nos finalmentes que é no racismo estrutural Por que que o racismo é estrutural quando a gente fala de racismo estrutural vocês já devem ter ouvido falar aí na recentemente no na na nas redes sociais alguém fala assim ai eu não desculpa eu não Quem me conhece sabe eu cometi racismo estrutural
as pessoas falam isso né quando elas são racistas hoje em dia que elas cometeram racismo estrutural o que que isso quer dizer quer dizer na cabeça delas que é que o isso tem tem até amigos negros Quem me conhece sabe que o racismo existe na sociedade e aí Como o racismo existe na sociedade eu fui racista ali naquele momento mas eu não sou racista de fato mas não é possível cometer racismo estrutural gente racismo estrutural é um conceito que explica que o racismo é a forma normal de funcionamento da sociedade ele não é uma coincidência
ele não é um um evento isolado ele não é algo que umas pessoas cometem e outras não ele é algo que estrutura as relações normais e cotidianas da sociedade significa quando eu falo normal que é bom que tem que acontecer não é só que ele não é uma coci ele não é uma exceção ele não é algo de fora ele é algo que tá dentro das nossas relações sociais ele refere-se à totalidade das formas pelas quais a sociedade promove a discriminação racial através de sistemas desiguais que se reforçam mutualmente por exemplo habitação educação emprego rendimentos
benefícios crédito meio de comunicação cuidado da Saúde Justiça Criminal que por sua vez reforçam crenças e valores distribuição de recursos discriminatórios refletidos na interligação entre história Cultura e instituições então o que que esse conceito grande quer dizer quer dizer que no Brasil todos nós somos racistas e eu sei de novo que é difícil para muitas pessoas ouvir isso mas eu vou dar um exemplo pessoal que eu tenho dado sempre Acho até que talvez eu tenha dado na última vez que eu falei aqui certo dia eu fui na dentista numa situação de emergência Meu dente quebrou
e aí era tarde da noite e uma uma dentista me recebeu e tudo me atendeu e aí eu voltei alguns dias depois para trocar o curativo e terminar o procedimento quando eu fui fui em outro horário outro dia e aí nesse primeiro dia queem me atendeu foi uma dentista Branca quando eu tava sentado na cadeira esperando para ser atendido veio uma mulher negra toda paramentada me atender e me levou pro consultório e eu sentei lá e fiquei esperando a dentista só que atista era ela e o que que isso tem a ver com o racismo
eu que sou aqui formador falo de racismo sempre e tal tem a ver com o fato de que o racismo ele estrutura as nossas percepções mesmo que a gente Ache que não porque é incomum que a gente veja em por exemplo na nossa imagem de médico na nossa cabeça não vem imediatamente uma pessoa negra se a gente pensa cientista a gente pensa mais fácil de pensar no aen do que num cientista ou numa cientista Negra o aen que é um cara alemão enfim lá do início do século XX mas ele tá mais fresco na nossa
cabeça como um cientista do que uma pessoa negra e aí isso tem a ver com o quê tem a ver com várias coisas mas eu vou dar outro exemplo eu gosto de dar esse exemplo um pouco mais cotidianos pra gente entender uma das e quem viu recentemente esse documentário acho que pode atestar isso uma das grandes febres nacionais que eu não tinha Não acho nem dimensão de quão grande era era a Xuxa né a Xuxa que é uma mulher que ela passa por alemã facilmente né a Xuxa foi por muito tempo o um dos padrões
um dos grandes padrões de beleza feminina na sociedade Brasileira uma mulher branca loura dos olhos azuis a modelo mais conhecida do Brasil Até recentemente também era que é uma mulher branca lour a outra apresentadora que era similar a xa nesse sentido era Angélica que casou também com o Luciano ou seja existe um padrão a branquitude ela se estabelece como padrão e ela orienta as nossas percepções e ela orienta nosso padrão de beleza e ela orienta a nossa nossa vida e como a gente percebe as pessoas atir da construção do nosso Imaginário o nosso Imaginário foi
construído de forma embranquecida era incomum até o início dos anos 2000 a gente vê apresentadores de televisão negros no Brasil na novela As também as representações da população negra sempre eram e a novela sempre foi um grande eh produto cultural consumido no Brasil sempre era as mulheres negras em posições subalternas e todo o núcleo principal da novela eram pessoas brancas então isso não tem como não organizar as nossas percepções sobre as pessoas isso tá introjetado em nós então o passo zero passo zero as pessoas falam Ah mas eu não sou racista então não tem que
esse negócio de que todos nós somos racistas não é verdade eu não tenho nada contra negros a gente não precisa ter alguma coisa objetivamente elaborada contra pessoas negras para que isso a isso interfira nas nossas percepções porque nós percepções são construídas não é só pela nossa consciência imediata inconscientemente a gente também tem eh vários elementos que estruturam as nossas percepções os filmes fazem isso a televisão faz isso é muito comum que as pessoas Leiam livros e elas só se D em conta que o personagem é negro se tiver escrito lá senão a gente imagina a
pessoa branca isso tudo tem a ver com o racismo então quando a pessoa fala eu não sou racista ela na verdade hoje em dia ela eu falei o passo zero Ela tá no Passo menos um porque assim quando uma pessoa que fala que eu não não é racista Ela tá dizendo Ah eu não sou nazista Ok tudo bem Você não é uma pessoa criminosa que odeia e quer matar as pessoas negras e indígenas Mas significa o quê Nada porque para ser um educador antirracista a gente tem que primeiro combater isso combater em nós mesmos a
ideia de que o racismo não tá nas nossas percepções porque ele está então reconhecer isso aí é o ponto zero e agir para que isso não estruture As Nossas ações e agir para empoderar nossos estudantes para trabalhar a história da população negra para conseguir fazer com que o currículo ele não seja o currículo antiracista ele não seja um tema então se eu for dar aula de matemática não é que ah eu vou estudar o currículo antirracista lá na na nas reuniões coletivas e vou dar aula de matemática como eu sempre dei não ah mas como
é que eu vou trabalhar racismo na aula de matemática se eu vou trabalhar gráficos vou trabalhar estatística eu posso trabalhar depende da estatística que eu escolho né Isso também orienta uma educação antirracista eu vou continuar tralhando estatística mas a estatística que eu mostro esc escolho mostrar pode contribuir com a compreensão dos nossos estudantes sobre Como o racismo estrutura a sociedade brasileira Então ninguém vai deixar de trabalhar o seu componente para falar de racismo não as coisas estão conectadas E aí por fim fim fim fim Acabei tô no limite aqui eu esse é o também o
é o rsui ele tá no no currículo antiracista ele foi meu formador lá no no curso de mancala que é um que é ele é um o formador desse desse jogo de tabuleiro que é interessantíssimo E aí ele nesse trecho tem a discussão sobre o que que é lugar de fala né muitas vezes as pessoas dizem Ah não não tenho lugar de fala então não vou não vou tem sido comum também não não vou falar sobre racismo porque o racismo é uma questão que as pessoas negras que passam por isso então elas entendem então eu
se eu sou uma pessoa branca eu não vou falar sobre isso pode passar por favor E aí é importante dizer ess a contribuição da Jamila Ribeiro todo mundo tem lugar de fala isso quer dizer que não é porque uma pessoa negra provavelmente passou por racismo na vida quer dizer que ela vá ter a consciência inclusive de que ela passou racismo ela pode achar que não passou ela pode achar que se deu por outra razão entender sobre o racismo é uma é algo que está aberto a todos nós basta a gente estudar e procurar as fontes
específicas pra gente entender e combater então o lugar que a gente ocupa nos faz ter experiências distintas e outras então uma pessoa negra obviamente tem uma experiência muitas vezes pessoal em relação ao racismo mas esse lugar social de sofrer racismo ele não determina uma consciência discursiva sobre esse lugar ou seja não é porque eu passei racismo que eu sou especialista em racismo pra gente conseguir se aprofundar num tema a gente tem que estudar esse tema E aí todos nós porque tem muita gente que fala assim ah mas como é que eu vou falar sobre isso
eu não eu não sei onde tá Ah eu não sei onde pesquisar mas como é que a pessoa por exemplo como é que a pessoa aprendeu a dar aula ela foi fazer faculdade né ela procurou e ela encontrou o lugar de que deu as ferramentas para que ela pudesse alcançar esse esse conhecimento específico aqui a gente tá tendo uma conversa sobre o currículum antirracista que é um documento que vai orientar a todos nós a todas nós a eh conseguir garantir o direito das nossas crianças de ter uma educação antirracista então agora é ir à prática
e se aprofundar nesse documento eu fiz esse essa fala um pouco mais panorâmica acho que foi importante dar conta desses desses aspectos conceituais se vocês tiverem dúvidas depois no futuro ou não sei porque eu já falei muito Tomei muito tempo é isso e obrigado gente bom dia [Aplausos] bom dia bom dia para todo mundo quero muito aqui agradecer Artur a sua contribuição a sua disposição eh de vir nessa manhã de sábado fazer essa reflexão e essa aula com a gente Sem dúvida nenhuma eh a gente superar o racismo no Brasil é algo fundamental Talvez seja
uma das nossas maiores lutas porque toda vez que a gente olha pro nosso país pros nossos marcadores eh que mantém as desigualdades eh como se encontram a questão da raça ela se evidencia com uma força brutal você colocou aquele trecho que tá no currículo antirracista uma um exemplo do do racismo institucional e quero chamar a atenção para esse exemplo eh porque a gente tem mais de 2.000 creches eh aqui no na rede Municipal de São Paulo da rede parceira um pouco mais de 300 da rede direta e eh a gente também precisa olhar paraa história
da educação infantil também por esse olhar eh do racismo e do machismo eh a é é revelador que ali não esteja colocado a palavra professora e se pagem isso revela que também aquela eh professora aquela pessoa que tá ali na função docente ela também sofre muito preconceito seja por questões raciais seja por questões de gênero e hoje no ainda estamos nessa luta em defesa da educação infantil de zer a 3 anos ainda hoje isso não acontece aqui na cidade de São Paulo mas no Estado de São Paulo acontecem muitos muitos muitos municípios não reconhecem não
enquadraram ainda as educadoras infantis no na carreira do magistério e até hoje elas são consideradas pagens que é uma uma e uma herança que vem do tempo colonial e quando a gente vai olhar pra educação infantil os piores salários eh da educação que já são baixo já são baixos eh de toda se comparado com outro outros profissionais de outras carreiras que tem eh formação em nível superior é na educação infantil que estão os mais baixos salários e é na educação infantil aonde a gente tem 99% da força é feminina e também o maior número e
de mulheres negras trabalhando na docência isso no Brasil inteiro então Eh enfrentar essa situação entender Qual o nosso papel histórico entender qual é o papel da escola no sentido não de reproduzir esse sistema mas de questioná-lo Essa realidade é um compromisso sem dúvida nenhuma é que tá já prescrito que a gente já conquistou que está nas leis mas que preciso agora chegar na prática então quero agradecer muito a sua intervenção ele o Artur ele foi trazendo de uma forma eh muito didática conceitos extremamente difíceis porque todos nós que estudamos em escolas públicas até então a
gente não teve acesso a esse tipo de problematização n nossas formações na eh na formação inicial da faculdade também eh hoje já é já avançamos mas eu estudei ent na faculdade em 2003 e era uma discussão que se começava assim como a questão da da inclusão das pessoas com deficiência então a gente já tem aí né quase 20 anos eh Então a gente vai avançando mas que a gente tem muita ainda dificuldade de entender e são conceitos essenciais saber o que significa lugar de fala saber o que significa eh o racismo estrutural e são é
é um conceito importante porque isso Eh vai cair no concurso vocês estejam preparados isso vai cair não tem como não cair caiu em todos os concursos inclusive nas questões dissertativas Então por quê Porque é uma demanda da sociedade que e uma força é uma demanda que que é criada pelo pelo movimento negro sem dúvida e no Congresso Nacional a gente acabou de aprovar eh ampliação da lei de cotas pros serviços públicos pros concursos públicos a relatora foi a deputada Federal Carol atora do Paraná e aumentou de 20 para 30% a cota nos concursos públicos do
Brasil inteiro Então vamos isso também é um avanço a gente tá esperando nosso presid sair do hospital alta pra gente poder sancionar essa lei que certamente vai decra essa política de superação então muito obrigada viu Artur e agora né ah tem pergunta então vamos responder então ó vamos fazer o seguinte tem algumas perguntas de quem estava online Então a gente vai fazer rapidamente para aproveitar bastante o Artur e quando a gente começar vocês vão ver que tudo isso que o professor Artur colocou aparece nos concursos Tá bom pode fazer Oi dá para ouvir então assim
a Adriana ela Pergunta assim tá e gostaria que explicasse o que é democracia racial e se existe e falasse um pouco sobre ela porque essa questão da democracia racial caiu na prova de PE do concurso de 2024 na dissertativa aí outra pergunta é poderia falar sobre branqueamento E branquitude essas duas perguntas vieram por enquanto E se alguém tiver alguma pergunta aqui da plateia a gente pede para subir e falar no microfone senão o pessoal que tá assistindo na a Live não consegue escutar tá bom bom para responder rapidamente não tomar o tempo da da lucine
da deputada eh democracia racial foi um conceito que ele não é Originalmente do Gilberto Freire mas o Gilberto Freire ficou conhecido como um dos seus maiores proponentes porque depois no em um livro dele ele retomou esse termo para dizer que o Brasil era um país racialmente democrático Ou seja no qual as raças vivem tranquilamente em harmonia e vivem bem e o racismo não é um problema da sociedade brasileira o problema da sociedade brasileira Seria somente a pobreza Então essa seria a ideia da democracia racial e essa ideia é uma ideia em oposição ao que existia
nos Estados Unidos na época nos Estados Unidos existia um aparti né o vocês devem eh lembrar que nos Estados Unidos tinha lei específicas que que permitiam com que por exemplo a população negra eh não tivesse acesso aos mesmos restaurantes por exemplo existia um restaurante pra população negra e restaurantes pra população branca de os locais no no transporte público existia um local no fundo para as pessoas negras e as pessoas brancas iriam na frente eh as escolas eram segregadas ou seja existia a escola da população negra e a escola da população branca no Brasil isso não
existiu e por isso o Gilberto Freire afirmava não só ele mas ele Como disse ele é um dos intelectuais que foi mais importante na no na solidificação dessa dessa ideia de que o Brasil era numa democracia racial isso é falso hoje a gente não fala mais sobre democracia racial a gente fala sobre o Mito da democracia racial Ou seja comoessa a ideia de que o Brasil era um país eh racialmente sem problemas Ou seja que o racismo não era um problema no Brasil isso exatamente um país de maioria Negra mas que não se não se
considerava porque Justamente a gente falou aquela questão do senso isso não era ainda a gente tinha uma tendência nos inclusive na na na certidão de nascimento das pessoas a privilegiar o embraquecimento então uma pessoa com um tom de pele como o meu por exemplo era possível inclusive que na certidão de nascimento viesse que era essa pessoa era que que eu seria branco e não Pardo ou negro Então existe essa exe existiu esse movimento Esse é o primeiro ponto o segundo ponto Qual foi er era a pergunta mesmo era a a bratitude né Não mas tinha
alguma coisa ainda sobre a democracia racial que eu acho que eu tinha que responder mas eu já prova Ah tá então é isso existe não existe o Brasil não é uma democracia Ah lembrei o que que era e só só para lembrar um um comentário rápido eh depois vocês busquem aí na internet tem um relatório da comissão parlamentar mista capitaneada pela Benedita da Silva do partido dos trabalhadores também em 1991 eu não tô enganado sobre o processo de esterilização das mulheres negras no Brasil isso é aconteceu nos Estados Unidos e aconteceu no Brasil também que
a partir da década de 80 várias mulheres negras relatam e a o relatório da cpmi traz a conclusão dados estatísticos de eh mulheres negras que iam para para paraa cirurgia porque normalmente o Brasil é um país que faz muita cesariano por razões que não cabe aqui a gente explicar mas e voltavam já com uma laqueadura realizada sem autorização então isso fazia e isso foi anunciado como uma política que era importante tem tem até notícia do jornal sobre isso porque a população negra tinha uma taxa de natalidade maior e iria ultrapassar a população Branca eh a
partir de determinado período então o Brasil é esse país mas a gente não lembra dessas coisas porque o mito da democracia racial que não é real ele organiza nossas percepções Então é isso esse é o primeiro ponto e branquitude branqueamento branquitude ele é o conceito oposto a Negritude né porque normalmente quando de novo a gente fala do problema do racismo a gente fala do problema quando fosse um problema dos negros mas o racismo ele foi um conceito e foi uma perspectiva criada pelos brancos e os brancos se tomam como padrão Então as outras pessoas têm
raça as outras pessoas são racializadas e os brancos não os brancos são padrão o então o debate que foi conduzido a partir do dos estudos sobre a branquitude é o de racializar os brancos também entender o que que é ser Branco vocês já fizeram essa pergunta para vocês mesmos porque normalmente é comum que vocês pergunt o que que é ser negro o que que é ser negro no Brasil o que que significa ser negro e essa é uma pergunta que as pessoas já já conhecem já sabem mas o que que é ser branco no Brasil
qual é o significado disso E se eu posso responder rapidamente Ser branco no Brasil é ter por exemplo certos privilégios inclusive privilégios que as pessoas acham que elas não têm Ah eu nasci branco mas eu nasci pobre então eu não tive privilégio algum Mas você provavelmente não é perseguido pela polícia no no na no quando você volta para casa você não é seguido no no shopping ou no no mercado você não é percebido socialmente como como um tipo social perigoso então tem uma série de associações em relação à cor da pele a brancura a brancura
é a cor da pele e a branquitude é justamente o conceito que explica o privilégio racial de nascer branco no num país como o Brasil e o livro da da Lia da Lia shukman né que é o entre o branco o encardido e o branquíssimo né ela também demonstra que dentro dentro da da da branquitude existem gradações né Afinal o nazismo é isso também gente o nazismo ele é a definição de uma raça Branca pura então o Hitler ele achava que os brancos alemães eles eram os mais brancos branquíssimo né o mais branco desses brancos
eles Ele entrou em guerra com outros países europeus brancos para tomar a terra deles e exterminá-los porque ele era a Alemanha era esse esse agente da do do do arianismo da branquitude e da raça Branca então também existem E gradações aí dentro do racismo eh entre os próprios brancos né que é uma uma questão importante a ser dito Então esse acho que acho que responde né e o fato também oção sim é isso é inclusive tá no no no currículo antirracista né o uma releitura da Redenção de C que essa ideia que é um quadro
que é do início do século XX que mostra uma mulher negra com um marido branco e a criança eh nasce ela numa criança branca como se ela tivesse eh sido curada do do mal da negritude Então esse branqueamento justamente é esse processo o branqueamento né o branqueamento foi uma política pública do governo Imperial e dos governos após a queda do império de branquear a população de trazer Imigrantes brancos para o Brasil para a composição da população negra diminuir e a população Branca aumentar isso foi algo que não é uma uma coisa da nossa cabeça inventada
Porque é tão absurdo que às vezes as pessoas acham Ah isso aconteceu mesmo aconteceu e a gente tem tem o livro do J Dávila que mostra isso PR educação né que é o diploma de brancura tá recomendado até aí no no material vocês podem ver né como se se se isso foi sistematizado na educação a ideia do branqueamento da da população MA [Aplausos] vocês acharam que vocês iam terminar um ano sem mais uma aula né não acharam pode falar acharam acharam então gente vamos agora ver quem tava de fato prestando atenção na aula do professor
Vocês já estão com essa segunda parte do da aul não Ah então vou pedir pra Assessoria entregar e para quem tá aqui presencial vocês vão ganhar uma versão atualizada do [Música] vadme V ganhar os guerreiros que vieram aqui presencialmente vão ganhar um badme atualizado de legislação Educacional pro concurso pronto todo mundo já tá com as questões Então vamos começar o parecer do Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Básica no número 2 de 2007 refere-se à abrangência das diretrizes curriculares nacionais para educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro--brasileira
e africana entre seus argumentos relativos as referidas diretrizes o documento com considera que então gente ó essa é uma questão bem padrão de concurso então eles sempre pegam quando Cai legislação Eh Ou eles pegam os princípios ou quais são eh as metas e é muito importante a gente a fazer sempre uma linha do tempo na nossa memória pra gente poder resolver essas questões de legislação então a gente vamos pensar a lei 10.639 ela de qual ano 2003 2003 quando ela é promulgada que é uma alteração na nossa LDB em seguida no ano seguinte a gente
tem rzes curriculares sobre essa temática como que devem ser deve ser trabalhada essa questão nas escolas da na educação básica então vocês vem lá que é da Educação Básica Educação Básica é da Educação Infantil ou ensino médio as diretrizes curriculares são de 2004 2004 aí em 2007 a gente tem uma nova um novo documento do Conselho Nacional de Educação tratando dessa questão e a palavra é abrangência e ela e ali ele tá falando ó que esse parecer se refere a essa abrangência das diretrizes aí tem as alternativas então fizemos já essa linha do tempo alternativa
a a legislação deixa margem para dúvida sobre a pertinência de incluir a educação infantil no âmbito de incidência das diretrizes uma vez que nessa etapa os conteúdos não são organizados em Componentes curriculares que que vocês acham dessa alternativa por quê hum é gente aqui ó então a a pergunta que ele tá fazendo que a questão quer saber é sobre essa esse parecer que trata da educação infantil também então não tem cabimento eh colocar que lá nas considerações iniciais de uma de uma resolução do Conselho Nacional de Educação eh e se duvida que a educação infantil
faz parte da Educação Básica e que ela é sim um local de desenvolvimento de conhecimento e portanto deve trabalhar as questões da história e da cultura afro-brasileira então o que que tá errado nessa a que é duvida da pertinência de incluir a educação infantil na na nesse debate do da Educação antiracista certo b a vasta distribuição de material didático diversificado de qualidade e adequado aos níveis de ensino bem como a grande atenção oficial dada formação apropriada de professores são evidências de efetiva implementação das diretrizes não é programa eleitoral né gente isso daqui é essa a
realidade das escolas ó a gente tá falando de uma de um parecer de 2007 nós estamos em 2024 isso não existe ainda certo reage gente reage vocês acharam que era fácil né o Artur ficou lá tal não sei o quê vamos lá C há falhas conceituais e históricas no basamento político que estabelece aplicação imediata e a necessidade indiscutível das diretrizes O que torna imperiosa a revisão de suas determinações a Extrema direita defende isso mas não é o que defende a a nossa Constituição nem a nossa LDB muito menos do Conselho Nacional de Educação não tem
nenhum problema conceitual histórico da necessidade da gente estudar a história e a cultura AF brasileira na Educação Básica temos nenhum problema com relação a isso certo tá acabando as alternativas gente D as diretrizes embora não sirvam de a políticas públicas relativas à proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes configuram-se como documento caucion voltado à promoção da igualdade étnico-racial e aí a gente acabou o Professor Artur ele acabou de falar sobre eh uma situação do racismo institucional aonde as crianças são diretamente atingidas a diretrizes elas protegem os direitos das crianças e adolescentes elas protegem agora
vamos a e existe um iato entre as determinações das diretrizes e sua execução concreta nos sistemas de ensino distribuídos no território nacional mas a existência de problemas para concretos não justifica que haja negligência em seu cumprimento E aí então Gente esse parecer ele vai fazer um primeiro uma primeira problematização da lei 1639 nas escolas que até hoje segue como um desafio de ser implementado de forma concreta e a alternativa e ela fala exatamente sobre isso ela fala que existe um iato existe um espaço existe um buraco entre o que tá na diretriz que a diretrizes
curriculares elas colocam em prática A Lei 10639 e o que acontece nas escolas e no final ela passa um pano né ela diz assim mas não significa que tá sendo negligenciado né os sistemas estão tentando mas vocês vem aqui em São Paulo é muito recente os currículos antirracistas o currículo dos povos indígenas isso aqui na cidade de São Paulo então vocês imaginam essa situação no âmbito nacional Como como que isso eh demora para chegar então a alternativa aqui é a alternativa Pode pôr a próxima é a é a e que que vocês acharam dessa nossa
primeira questão difícil ou fácil então por que que então questões assim gente não tem jeito a gente tem que estudar os pareceres minimamente entender o o sentido daquela legislação porque é óbvio que ninguém vai ficar decorando par pareceres São enormes mas a gente tem que entender o sentido dessa legislação tudo tem sentido as leis não nascem do nada elas nascem de lutas elas nascem de de questões sociais de questões políticas por isso que a gente tem que começar a sempre ter esse essa linha Histórica de datas pra gente poder eh não cair numa questão dessa
que não é difícil mas a gente tem mínimo saber do que se trata a legislação tá bom aí agora vamos pra próxima questão pode virar a página aí gente e vocês viram que as questões São enormes né Vocês vão se preparando para ler a gente faz aqui uma leitura devagar mas na prova é 3 minutos por questão viu gente se preparando prepara o corpo ó Então segunda questão em uma reunião pedagógica a equipe de um sei discutia a temática do racismo na educação infantil proposta pelo coordenador pedagógico Joel que se identifica como homem negro a
professora Marina argumentou que por identificar-se com como mulher branca entendia que seu papel era manter na escuta evitando manifestar-se sobre uma experiência que não a afetava como o preconceito racial eu não tenho lugar de fala sabe penso que respeitoso é ouvir você me entende em plena consonância com a perspectiva do ada no documento currículo da cidade educação antiracista orientações pedagógicas de smme Joel então estão lá na sala de jeif a professora vira e fala essa sentença o coordenador aí a pergunta é o que que o coordenador responde para a professora Marina o Professor Artur acab
de falar sobre o lugar de Fala então o que que ele falou ele pega um conceito da djamila Ribeiro que vai pontuar que todo mundo tem um lugar de fala e que esse lugar de fala vem das suas vivências da sua da sua vida e Então essa é uma informação importante então por aí já vê que tem um um problema na fala da Marina que você já sabe que todo mundo tem um lugar de fala a questão é se a sua fala ela vai vi de uma história de privilégios por ser uma pessoa branca ou
se a sua o seu lugar de Fala Vem de um lugar eh da história do povo negro que é uma uma história de resistência à opressão Essa é a diferença aí essa é a primeira coisa gente que vocês não podem errar esse conceito vocês T que é muito claro vocês não podem ter nenhuma dúvida outra questão o currículo é antirracista o que isso significa conceito de Angela Davis numa sociedade racista não basta não ser racista você precisa ser antir Ou seja você tem que ter uma atitude você tem que ter uma atitude ativa perante o
racismo não é ficar parado escutando isso não é ser antiracista entenderam então isso não tem como ter dúvida mais isso daí você já vocês já sabem já sab então a gente já sabe que tem um o problema aqui na fala da Marina que quer ficar na zona dela de conforto gozando de um privilégio Porque o povo negro não tem o privilégio de ficar só na escuta que é um privilégio ficar na escuta aí não vou me envolver porque é comigo e ainda usa um conceito que é do movimento negro que é o lugar de fala
para assim para legitimar a sua atitude covarde entende vamos lá vamos ver que que o Joel vai falar que que vocês falariam PR Marina hum tem gente que vai prestar concurso para diretor de escola vai ter que falar os coleguinhas também na sala de jeif vão ter que falar ó ah que que o Joel fez discordou da afirmação de Marina e afirmou que o conceito de lugar de fala implica reconhecer que falamos por todas as pessoas reconstruindo a universalidade desfeita pelo pensamento Branco europeu Nossa gente essa alternativa a errada de tanto formas certo primeiro que
lugar de fala não não é falar sobre todas as pessoas é falar sobre a sua história a sua trajetória suas vivências então você não pode falar por todos só quem fala por todos é quem quem tem hegemonia do de poder que é exatamente o homem branco europeu esse impõe a sua hegemonia a sua fala os os seus critérios o o pro pro resto da humanidade então eh não é verdade que reconstruindo a universalidade desfeita não o homem branco ele quer ele tenta o tempo todo afirmar a sua hegemonia a sua universalidade então a a está
errada certo b relativizou a afirmação de Marina e afirmou que apesar de o conceito de lugar de fala não impedir as manifestações de uma mulher branca a respeito do racismo de fato na educação infantil o papel docente circunscreve-se à escuta eu vou ler todas eu vou ler todas c discordou da afirmação de Marina e afirmou que o conceito de lugar de fala convida a reflexão sobre os impactos sociais produzidos pelo racismo na vida da população negra explicitando que o lugar a partir do qual falamos singulariza o nosso o discurso D concordou com a afirmação de
Marina e afirmou que o conceito de lugar de fala refere-se à existência de hierarquias relacionadas a gênero raça e classe contribuindo para a consciência de que falamos a partir de lugares distintos e concordou com a afirmação de Marina e ponderou que o conceito de lugar de fala realmente restringe a participação eem reflexões e ações sobre o racismo aqueles que dele não são alvo direto e aí quais qual que vocês acham a c Por quê [Música] hum é isso gente é a quer ver Põe aí é a ó a d e a e e a b
falar que educação infantil só se circunscreve a a escuta é uma aberração pedagógica né a gente já superou essa ideia que a é dizer que a educação infantil não trabal conhecimento é isso a d e a e eles por exemplo existe hierarquias de gênero raça e classe na nossa sociedade conforme mas só tem essa expressão que tá correto o resto Eles colocaram eh várias outras eh questões que está errada que estão erradas E aí é importante porque a Deia é isso ela tem parte delas que tá certo e parte que tá errado isso confunde a
gente e na hora que a gente tá fazendo a prova tá no batidão e aquela correria você tem 3 minutos eh você tem que já est treinado para isso entender o todo da frase identificando que ela pode ter sim e afirmações dentro daquela mesma alternativa que estão corretas Mas que dentro do contexto geral ela fica equivocada tá bom ou não é o que foi perguntado também acontece muito Tá bom então vamos pra terceira em pesquisa apresentada no livro do Silêncio do Lar ao silêncio escolar racismo preconceito e discriminação na educação infantil Eliane Cavalheiro investigou o
preconceito racial na Rede Pública de ensino especificamente na educação infantil em seu livro A autor afirma que a possibilidade de as crianças receberem uma educação de fato igualitária desde os primeiros anos escolares representa um dever dos profissionais da escola pois então só para e a gente sempre tem que entender o que que a o que que o a pergunta o O que que a questão tá querendo aqui ela eh cita um livro uma obra e é um trecho dessa obra que tá sendo perguntado é o que tá lá escrito que tá sendo perguntado certo pois
aí completa você tá vendo ó pois aí o que tá faltando ali é o trecho da obra tá vamos vamos ler a A pois as crianças dessa faixa etária ainda são desprovidas de autonomia para aceitar ou negar o aprendizado proporcionado pelo professor de novo a ideia que a educação infantil não trabalha consciência e com conhecimento Gente vocês não vão cair nessa né B pois as aí ajuda muito a gente recuperar o finalzinho lá da frase entendeu para completar o sentido pois as crianças em idade pré-escolar ainda não interiorizaram ideias preconceituosas que incluem a cor da
pele como elemento definidor de qualidades pessoais vamos deixar essa né C A neutralização Então pois a neutralização das Diferenças étnicas deve ser proporcionada desde a pré-escola quando as crianças estão mais propensas a interiorização desse comportamento neutralização d a denominada socialização primária é uma tarefa escolar que não deve ser atribuída à família uma vez que Visa a construção pública da Cidadania e Pois estes no Brasil já estão devidamente habilitados para perceber e abordar problemas que podem parecer que podem aparecer nas relações entre crianças de diferentes grupos étnicos Nelson Mandela ele tem uma uma frase que é
muito conhecida que diz assim queé n odiando uma outra pessoa que isso é aprendido E se a gente aprende a odiar a gente também pode aprender a amar Eh aí o livro que esse livro é um livro muito importante inclusive aquele trecho da que ele do que o Artur trouxe que fala a questão das pagens com as crianças vem dessa desse livro que vai mostrar essa pesquisa demonstrando Como que o racismo eh vai se estruturando e se institucionalizando na educação infantil Eh aí ele ele fala sobre isso Ó a autor afirma que a possibilidade das
Crianças receberem uma educação de fato igualitária desde os primeiros anos escolar representa um dever então para as crianças eh isso seria um dever por quê Porque as crianças em idade pré-escolar ainda não interiorizaram as ideias preconceituosas as crianças elas eh chegam na e quem é professor de educação infantil e já foi também professor de ensino fundamental é muito forte essa questão Como muda como as crianças elas vão percebendo eh as questões eh que de estrutura que marcam a exclusão do nosso país na educação infantil quem aqui é professor de Educação Infantil ou já foi ou
teve experiência então Eh as crianças de fato não têm essa questão interiorizada do racismo no caso aqui então é isso que tá escrito no livro pode pode colocar Márcio que é a letra b a letra C gente a a letra A é um absurdo Ah eu não li o livro a letra A é um absurdo porque fala que na educação infantil as crianças não tem não é não é sobre isso não é para aprender a c ela fala da neutralização isso esse conceito nem sequer existe quando a gente fala sobre educação antirracista e ser neutro
é mais uma vez ser passivo e as e existem as diferenças sociais e históricas das raças e toda vez que isso na verdade é tentado neutralizar apagar é através da hegemonia do pensamento branco então não pode ser a letra C aí a letra d a família é tá lá na Constituição Federal gente é dever do Estado e da família a educação não existe essa ideia de que você vai fazer uma educação pública sem a família isso em qualquer nível de ensino a comunidade escolar a familiar ela tem não só eh não só é importante para
que a educação eh alcance a a os seus objetivos a participação da família como é uma obrigação a participação da família então a d também está errada aí vamos paraa e aí Pois estes no Brasil já estão devidamente habilitados para perceber e abordar problemas que podem podem aparecer ó ela tá falando aqui ó de as crianças receberem uma educação de porque um dever dos profissionais da escola devidamente habilitados eí a formação aí ah poderia ficar na dúvida daí teria que minimamente conhecer um pouco que ela a obra da da autora mas ela vai falar que
um dos problemas é a formação dos professores por isso que não daria para cer também tá certo vocês acharam Esso difícil não não então vamos pra próxima que é enorme também ó a constituição federal de 1988 e a lei de diretrizes e básica e bases da Educação Nacional número 9394 de 1996 definem para educ entre outros princípios os de igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola o respeito à liberdade o apreço à tolerância assim como os ideais de solidariedade humana de modo a preparar os educandos para o exercício da Cidadania democrática
nesse sentido em 2010 foi instituído em âmbito nacional o estatuto da Igualdade racial lei número 12.288 de 2010 buscando enfrentar o racismo estrutural contra os negros obrigando originário originado de séculos de sua escravidão no Brasil no município de São Paulo documento currículo da cidade educação antirracista orientações pedagógicas povos africanos afro-brasileiros 2022 esclarece em sua primeira parte conceitos de raça discriminação preconceito e racismo para subsidiar um trabalho educativo antiracista que favoreça a conscientização sobre o racismo e auxil no as desigualdades que ele traz este subsídio curricular respeitando as atribuições diferentes profissionais da escola destina-se vocês viram
né Ó o tamanho do preâmbulo para fazer uma pergunta que não tem absolutamente nada a ver com o estatuto da Igualdade racial vocês perceberam que não tem nada a ver nada a ver ele perguntando eh ele faz toda uma introdução da história da da legislação se que se que lá aí ele vai pro documento da cidade do currículo e aí ele o que que ele tá perguntando das atribuições das pessoas que estão definidas ali no currículo da eh da cidade antirracistas então o que acontece porque que eh não é É uma pergunta extremamente fácil essa
daqui não é uma pergunta difícil mas é é é é cansativo Então a gente tem que est preparado e entender essas questões tá aí Eh destina-se então o livro A diretrizes eh curriculares antirracistas aqui do currículo para quem que ela se destina dentro da escola gente para quem Para todo mundo né Essa é a pergunta aí vamos ver as alternativas a igualmente é apenas auxiliares técnicos de educação professoras e professores B exclusivamente a professores e professoras é como é que é currículo Tem gente que fala assim não é currículo currículo é professor não o currículo
é tudo que acontece dentro de uma escola é a organização dos tempos dos espaços da forma de atendimento de acolhimento como que se dá a hora da alimentação como que é esse tempo de autocuidado de higienização das crianças e dos seus profissionais tudo isso é currículo c não B né exclusivamente para professores e profess c Igualmente e apenas a gestoras e gestores professoras e professores D exclusivamente a gestores e gestoras e auxiliares técnicos de educação agentes educacionais gestoras e gestoras professores e professoras qual fácil né Mas viu como que é um pode pô jo mas
você viu como eles vão cansando a gente né É Pegadinha gente pode ir essa já é Menorzinha Issa aqui caiu na prova do ensino ali ó ali do lado vocês estão vendo né que tem aonde caiu a a prova né qual concurso caiu então cinco a respeito do valor pedagógico das danças afro-brasileiras em contexto escolar é correto afirmar que valorizam uma dimensão ó primeira coisa gente quando a gente fala e de qualquer arte a gente tá falando de Cultura a gente o que que é a cultura cultura é aquilo que nos singulariza é o nosso
modo de ser de comer de ver de se relacionar é a nossa identidade Esse é o conceito de cultura e arte então isso tem que saber não pode ter dúvida vamos vamos ver porque daí ela quer saber assim qual que é o valor pedagógico das danças afro-brasileiras Qual que é o valor pedagógico da capoeira eh eu tô colocando aqui expressões da cultura afro porque a gente tá nessa temática Mas qual que é o valor pedagógico eh das Artes é isso que tá perguntando aqui para quê que serve vamos lá a sensorial ao exercitar movimentos rítmicos
e promover a dicotomia entre corpo e mente aí é para acabar né né gente b então o valor pedagógico qu é uma dimensão expressiva ao estruturar o movimento do corpo em esquemas lineares vetorizados para cima tem algum alguém com formação em artes aqui em dança Cadê a Alina a Alina não tá aqui né Ah tá então a dimensão pedagógica é ritualística ao permitir que os Orixá sejam cultuados e contem sua história mediante as danças d a dimensão ancestral ao depurar a dança de elementos exteriores a tradição original africana do Senegal e da agé e identitária
ao gerar experiências de autonomia e empoderamento do pelo corpo singular qual que vocês acham gente Coloca aí João gente assim ó a d AC C essa B também é bem complicada né as alternativas que foram dadas Mas é isso gente o valor pedagógico é sempre de reafirmação da nossa identidade [Música] cultural a gente tem que entregar aqui meio-dia hum Carlos Voltou bem vamos seguir aqui seis pode seguir a lei 12.288 de 2010 que é o estatuto da Igualdade racial que é a primeira que a gente tem né afirma que conforme artigo primeo inciso primeo para
efeito deste estatuto considera-se aí tem uma lacuna toda distinção exclusão restrição ou preferência baseada em raça cor descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento gozo ou exercício em igualdade de condições de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político econômico social cultural ou em qualquer outro Campo da vida pública ou privada assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuma no texto Então é aquela história né quando Cai legislação geralmente Ou eles pedem os princípios objetivos Ou eles botam lá um trecho da lei que você trecho seco que
você tem que preencher aqui é é logo o início do estatuto da Igualdade racial aonde ele vai tipificar cada uma das questões que são importantes para para esse estatuto aí a gente tem que descobrir o que que é isso o que que é distinção exclusão restrição que que é que que é esse ato quando a gente faz isso a gente tá fazendo o quê que que vocês acham pensa um pouquinho sobre isso n seis então ó por que que eu tô fazendo esse exercício aqui com vocês porque às vezes Ah eu não li eu não
vi mas né que que é distinção exclusão qual que é esse ato é separar né você tá separando as coisas você tá fazendo um ato de discriminação certo vamos ver as alternativas alternativa a então toda essa qualificação o que que ela é é uma discriminação racial ou étnico racial alternativa B uma desigualdade de raça e Equidade ah gente olha pelo amor né pelo amor né porque desigualdade e Equidade na mesma frase no mesmo conceito não tem condição eles são antagônicos certo C preconceito de cor ou racionalismo de preconceito étnico racial de religião e de origem
e desigualdade dos mitos raciológico qual que vocês acham ah né gente João é o o estatuto ele começa descrevendo O que significa discriminação racal desculpa racial ou étnico racial então discriminação racial é toda distinção exclusão restrição ou preferência baseada na raça cor descendência origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento gozo ou exercício em igualdade de condições de direitos humanos e liberdades fundamentais em todos os campos da vida pública e privada é um conceito importante porque isso daqui na prática significa negação de direitos os atos discriminatórios eles negam direitos eles
negam identidades eles negam a possibilidade das pessoas se autoafirmarem como sujeitos como seres humanos então é muito importante compreender entender eh a questão da discriminação vamos mais vamos mais um sétimo isso aqui foi de diretor de escola ao refletir sobre a responsabilidade ética do educador no exercício de suas práticas Freire 2011 fala-nos da ética inerente a condição humana aquela que se sabe a afrontada por exemplo pela discriminação de raça de gênero de classe afirma que educadores não podem escapar a rigorosidade ética seja no trabalho com criança com jovem ou com adulto tendo como referência essa
compreensão de ética pode-se afirmar que o que a melhor maneira de o diretor lutar pela ética no Exercício da gestão escolar é prioritariamente prioritariamente a Então vamos entender a questão aqui ele cita Paulo Freire é um livro do Paul Fi Deve ser esse essa frase tá no autonomia eh Pedagogia da Autonomia que é um livro que tem caído com uma certa eh frequência é um dos últimos eh o senão o último livro do do Paulo Freire publicado e lá tem um um um trecho que ele vai falar sobre a ética Então é ele tá se
reportando a esse a esse livro e perguntando qual que é a ação eh prioritária ou seja se é prioritária porque tem outras ações também que podem estar listadas aqui não sei se é o caso Vamos ler mas é prioritariamente o que que o diretor deve fazer a orientar sua prática por uma formação científica de excelência ainda que em descompasso com a competência política B viver a ética na sua prática testemunhos educadores e educandos na suas relações com eles C promover juntamente com os professores alunos com dificuldades de aprendizagens para não aumentar sua baixa estima que
eles foram longe [Música] né dado manter-se Virtuoso vocês já imaginaram Paulo freir falando essa palavra manterse Virtuoso manter-se Virtuoso no seu cotidiano escolar eliminando qualquer possibilidade de transgressão dos princípios éticos e assegurar aos educandos formação continuada aos educadores desculpa assegurar aos educadores formação continuada em servço centrada na discussão do significado de ética na educação e aí vocês acham que é a e sabe por não é a e sabe por não é aí porque assim ó o conceito de ética e e e aí é a coisa mais importante do Paulo Freire a coisa mais importante eh
dentro da pedagogia freiriana é a Praxis no sentido de que aquilo que eu faço me transforma quando eu falo que se o diretor ele vai assegurar a formação ele não tá participando dessa formação que ética é essa que é para o outro que não é para ele então é para o gestor a coisa mais importante é viver a ética na sua prática testemunhara aos educadores e educandos nas suas relações com eles se eu não vivo essa ética se eu não testemunho ou seja se eu não pratico essa ética Ah mas eu assegurei discussão formação os
professores sabem aí eu sou lá eu sou autoritário Com esse professor eu sou autoritária com com esse estudante eu pratico assédio nas minhas relações op eu tô garantido ética não para Paulo Freire mas é difícil é difícil a gente enfim mas João por gentileza é a b certo Oi que conceito freir é tá ligado a praxes praxes do grego que é aquilo que você pratica te transforma não é a prática simplesmente quando ele fala aqui em prática de testemunha Mas é uma prática que ela é viva que ela é problematizada que ela é refletida que
são todos os conceitos do Paulo Freire tá bem vamos para mais dá para ir mais um pouquinho né eles estão estão atos estava com saudade né gente estava com saudade já sei agora gente é a gente é um tema muito difícil a questão do da Educação antirracista não é um tema fácil porque a gente não teve uma educação antirracista nas escolas eh é um tema que despenca em todos os concursos vão ter várias questões vocês podem se preparar e inclusive pode aparecer inclusive nas dissertativas que T Aparecido na verdade nos últimos concursos então é muito
importante essa aula reforço que o Artur ele trouxe eh conceitos muito importantes e quando a gente tá estudando para concurso a gente tem que entender bem os conceitos porque isso vai ajudar a orientar e a eliminar as alternativas e a desviar de pegadinhas porque é óbvio que ninguém quando saiu editar ninguém vai saber toda aquela legislação ninguém vai saber tudo aquilo mas se você entende os conceitos Você já pegou o jeito de como as as questões vê você já sabe ali ó o que que é pegadinha o que não é às vezes entendeu que tá
sendo perguntado que pode parecer uma ai uma dica não você tem que entender o que tá sendo perguntado e na e na própria pergunta vem questões vem vem o o examinador ele tem que colocar ali eh algo que seja consequente certo então tudo isso é muito importante na hora de fazer a prova tá bom Agora a gente vai pra oitava ah lá é grande não nem é grande ó Leia o fragmento a seguir não há como negar que o preconceito e a discriminação constituem um problema que afeta em maior grau a criança negra visto que
ela sofre direta e cotidianamente maus tratos agressões e injustiças que afetam a sua infância e comprometem todo seu desenvolvimento é a Elane Eliane Cavalheiro aquele livro lá do Silêncio do Lar ao silêncio escolar considerando a importância das relações étnicas para a socialização das crianças no espaço cotidiano da Educação Infantil e no espaço familiar e com vistas a formação multiétnica da sociedade brasileira o currículo da cidade propõe algumas orientações para a prática dos educadores a A esse respeito analise as afirmativas a seguir e assinale v para verdadeira e f para falsa então quer saber o que
que tá escrito lá de orientação pro currículo da cidade Então a primeira afirmativa reservar alguns dias específicos previstos anualmente no calendário escolar para trabalhar com o tema do racismo do preconceito e da discriminação racial está escrito isso no currículo da cidade gente por favor né já bota aí um F com gosto isso daqui é é uma ideia antiga da escola baseada a o currículo baseado em datas comemorativas a gente sabe que infelizmente muitas vezes a prática acaba acontecendo isso ah a gente vai falar da Consciência Negra no no Novembro negro e no resto do ano
a gente não vai falar esse ano foi a primeira vez na história do nosso país que a gente teve o dia 20 de novembro como um feriado nacional isso é muito importante porque isso disputa a memória isso disputa a verdade isso disputa justiça é muito importante Esses são os marcadores que constróem a forma como a gente interpreta e sente o que é importante o que não é então a gente tem um Dia Nacional que vai falar sobre a resistência do povo negro aqui no Brasil eh que é alusivo ao assassinato do do Zumbi dos Palmares
é muito importante foi a primeira vez que a gente teve uma lei que foi aprovada ano passado no Congresso Nacional então e e também no concurso muita gente erra por conta disso porque a pessoa fica pegada na prática não porque na minha escola acontece isso eu vou pôr gente é o que tá na literatura é que tá na na no livro é que tá na lei a a prática se você ficar pensando no que acontece na sua escola você não consegue responder as questões da forma objetiva que precisa ser respondida tá bom aí vamos paraa
outra afirmação ofertar as crianças representações gráficas literárias científicas e artísticas que contemplem a diversidade cultural étnica e racial tranquilo ai agora a outra ficar atento ao racismo implícito entre as crianças contido no tom da voz no toque no olhar na brincadeira nas brigas e nos xingamentos que vocês acham que isso tá lá no currículo ou não oi é por exemplo se as crianças estão brincando aí tem uma criança que tá segregada as crianças ai vão fazer Ah vão elas estão brincando ali eh elas estão reproduzindo um conto a criança que é a princesa é sempre
uma criança loira Branca eh vocês tem que ler o currículo vocês vocês vão colocar vocês vão entrar de férias e vocês vão estudar o currículo porque vocês vem que nessa questão ele cita o trecho do livro da da Cavalheiro Mas a pergunta não é sobre o livro mas ela dá um indicativo né ela fala que olha só não é sobre livro mas ela fala assim ó não há como negar que o preconceito e a discriminação constitui um problema que afeta em maior grau a criança negra visto que ela sofre direta e cotidianamente maus tratos agressões
e injustiças que afeta Então se isso é verdadeiro e é verdadeiro o currículo vai ter que ficar atento a isso então é verdadeiro aí qual que é a Alternativa certa João dá tempo de fazer mais uma mais uma mais uma vamos fazer mais uma essa de diretor de escola hein pr pra gente encerrar vamos ver a educação das relações étnico-raciais bem como o estudo da História e da cultura afro-brasileira e da história da cultura africana devem ser desenvolvidos por meio de conteúdos competências atitudes e valores estabelecidos pelas instituições de ensino e seus professores com apoio
e supervisão dos sistemas de ensino entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas isso daqui é uma uma citação de um documento do MEC que tá na diretrizes curriculares nacionais que também Vocês precisam dar uma Lda aí a pergunta as coordenações pedagógicas em especial é atribuída a função precípua de artigo Tero parágrafo sego triste né triste mas é a vida triste porque daí veja é um concurso de diretor de escola aí ele pergunta a atribuição a função perptua persua quer dizer a primeira as coordenações pedagógicas você f dizer é mas o que que o diretor tem a ver
com isso ele vai fazer a gestão de tudo né então ele tem que saber o que Cada um faz gente sobre e o que tá lá na Mas vamos tentar enfrentar essa essa questão Então é isso que ele quer saber o que tá lá no texto com referente às coordenações pedagógicas que que é a primeira atribuição dela a promover o aprofundamento de estudos para que os professores concebam e desenvolvam unidades de estudos projetos e program abrangendo os diferentes componentes curriculares Tá ok né Essa não tem nenhum absurdo né nela certo vamos vamos seguir B porque
ele fala da precípua a primeira B estabelecer canais de comunicação com grupos do movimento negro grupos culturais negros e núcleos de estudos afro-brasileiros para levantar e repassar informações aos professores Tá ok tem nenhum absurdo mas vamos ver o que foi perguntado C incentivar e criar condições materiais e financeiras assim como promover as escolas professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos Onde tá o erro Quê Hã ah pelo amor de Deus né gente é o financeira você tem que falar alto isso daí agora que tava faltando né Então já pode cancelar essa
C A a gente não tem nenhuma dúvida prever e e prever o exame e o encaminhamento de solução para casos de discriminação criando situações educativas para o reconhecimento e respeito à diversidade à diversidade a gente tava achando que tava fácil mas agora que esse parágrafo terceiro artigo Tero parágrafo sego destruiu a nossa manhã prever o exame o exame e o encaminhamento de soluções unicamento de soluções tudo bem né Apesar que dependendo do caso é caso de polícia também né aí a gente não sabe o que aconteceu mas prever o exame e orientar e supervisionar a
elaboração e edição de livros e outros materiais didáticos para o uso dos professores e alunos edição de livros E aí gente vocês estão lá e aí a c não é a b gente A B também não é né Vamos falar aqui não é a a função porque ó ele quer saber qual que é a função a primeira função da Coordenação é óbvio que ela eh dentro de um projeto maior ela precisa fazer essa essa mas não é a primeira função certo não é a b não é a c também não é porque o coordenador não
tem que ficar criando condições financeiras a d também não é porque não tem como prever o exame o exame Você vai examinar você vai fazer um um um uma prova orientar vai fazer livro não tem muitas escolas que fazem livros também mas não é o caso né gente João e é o que tá lá também né na lei escrito João pode ir é a que é promover a a formação né gente o primeiro dever primeira função da responsabilidade coordenador pedagógico não é ficar vendo os casos de disciplina individualmente não é ficar vendo as questões das
brigas dos Estudantes isso tudo faz parte também mas a primeira função do Coordenador é fazer organizar a formação não só dos professores mas de todo o quadro eh de servidores da escola para isso que essa é a primeira função do do coordenador então depois a gente vai seguir porque a gente precisa entregar aqui a gente já avançou bastante o Carlos ele queria falar alguma coisa que que vocês acharam gente das perguntas e respostas você quer fazer algumas considerações pode fazer que a gente tem que entregar aqui Mas dá tempo de você fazer não pode falar
Carlos o Carlos Ele é professor também Universitário eh então ele quer também contribuir um pouco com a com algumas questões aqui para vocês é rapidamente só eh todo esse debate que foi feito aqui todas as explicações contextualizações elas desembocam na verdade na lei de diretriz e base da Educação Nacional porque a lei eh 10.639 que foi a aprovada em 2003 na verdade ela alterou a LDB a lei 9394 Então ela tenho aí uma pequena confusão pessoal eu falei no começo tem a lei 10.639 depois ela foi modificada novamente em 2008 por uma outra lei que
é a lei 11.645 de 2008 que introduziu a lei né da obrigatoriedade tá aqui na lei né Eh do ensino de história e cultura afro--brasileira e africana também a mesma história indígena Então essa é a diferença a segunda lei de 2008 traz a mesma obrigatoriedade da história e e cultura indígena do Brasil porque não tinha na primeira lei que foi aprovada em 2003 então em 2008 tem esse né esse complemento importante também e então todo esse debate feito Acho que tudo gira em torno exatamente se cair na prova aí que tá né Eu acho que
eu não sei se se vocês entraram mas olha o que diz aqui a lei pessoal só para vocês porque pode cair diretamente o artigo né da da lei do da o artigo 26 E aí vamos distribuir então o vad mecon porque daí vocês já abrem na LDB e Vocês já vão ler da L do vadme essa aula que o professor aqui tá dando vamos fazer isso para ficar mais mais gostoso um livro aí da deputada Luci vocês vem aí na tem o índice vadme é um compêndio de legislações educacionais para para os concursos peguem na
LDB tem que ver V no índice onde que está LB no Onde tá a página da LDB calma espera aí que eles vão achar seja ansioso não mas calma Alguém já achou LDB aí na página Tá qual página 171 começa LDB qual é o artigo Professor artigo 26 artigo 26 a já pega já grifa o 26 vai cair na prova vai cair gente tenho certeza é página 171 aí depois 26 a LDB artigo 26 a 100 página 180 gente é só ir na página 180 aí do quero ver quem não tá nem abrindo o livro
gente assim não dá depois vai ter autógrafo hein ela vai fazer tem não tem não tem milagre tem que abrir o livro A professora vai dar já tá aqui melhor ainda é le é pequena né gente é que você não cabe as L Nossa é tão pequeno né tem que ter uma lupa né pessoal Meu Deus agora vou ter que comprar lupa tamb tá pior que Diário Oficial isso daqui hein Nossa todo mundo achou página 180 tá lá vamos rapidamente é artigo 26 a dos estabelecimentos de Ensino Fundamental e de Ensino Médio públicos e privados
torna-se obrigatório grip torna-se obrigatório o estudo da História e cultura afro-brasileira e indígena vocês podem ver que embaixo tem a lei 11.645 de 2008 que foi a foi uma atualização da Lei anterior aí tem o parágrafo primeiro que diz o seguinte o conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos tais como o estudo de história da África e dos africanos por coincidência gente tá tendo aqui um encontro de de de de povos africanos aqui do
lado eles até entraram aqui pensando que fosse eh nesse espaço eh e a gente não tem a gente não entende nada da história Alguém teve já a história da África na escola mas nunca tivemos eu fiz história o curso de História graduação e e quando eu estudei há muitos anos anos atrás nos anos 80 nós não tivemos nada do curso de história sobre a história da África sobre cultura africana então só que o Brasil é um país negro a gente conhece a história dos países da Europa dos Estados Unidos a gente histó estuda história antiga
história medieval mas não conhece nada então a lei tá dizendo que agora tem que conhecer tem que ter esse estudo né história da África e dos africanos A Luta dos negros e doss povos indígenas do Brasil a cultura Negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade Nacional resgatando as suas contribuições nas áreas social econômica e política pertinentes à história do Brasil aquilo que eu falei né da importância eh do Povo escravizado na construção da base material e econômica do Brasil por exemplo é o que a lei está dizendo e
por fim isso é importante também Olha pode cair na prova o parágrafo segundo último desse artigo os conteúdos O que que tá dizendo pessoal quem que vai trabalhar esses conteúdos é o professor de história é o professor de geografia é o professor de inglês de educação física de artes então a a a lei tá falando aqui olha prestem atenção os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar vírgula ou ou seja todo mundo vai ter que trabalhar é um tema transversal que tem
que entrar no projeto pedagógico da escola o professor de matemática o professor de Educação Física de inglês porque não é só para uma disciplina então é tema transversal que atravessa o currículo escolar e todas as disciplinas daí tem a vírgula né a vírgula aí continua eh em especial Aí sim em especial nas áreas de educação artística e de Literatura e história brasileiras lógico uma seria uma prioridade em especial mas não só nessas aí então todo mundo tem que trabalhar não importa a sua disciplina e tem né como vocês já colocaram vários materiais tem os pareceres
o Conselho Nacional de Educação do Conselho Municipal do Conselho Estadual tem livros tem literatura tem material a gente tem que né se apropriar desses materiais para fazer esse tipo de trabalho então eu queria destacar isso guardem bem esse artigo 26 a faça uma releitura em casa porque isso cai na prova com certeza tá bom obrigado bem eh com isso a gente encerra eh o nosso cursinho nesse ano Eh quero agradecer muito a dedicação de cada um cada uma de vocês a criança a troca e que a gente realiza o cursinho é Popular gratuito a gente
o nosso coletivo realiza eh esse cursinho porque a gente acredita eh que o concurso público precisa ser democratizado ele precisa ser acessível a todos para que cada vez mais assim a nossa escola também seja diversa também tem a marca da Democracia eh o Teixeira falava que a máquina de fazer a democracia era é a escola pública a escola precisa se formar como um espaço que enfrenta as desigualdades não que reproduz as desigualdades a gente chega eh hoje é dia 14 de dezembro estamos terminando um ano extremamente duro um ano de muito combate de muita luta
eh aonde a gente ficou todo mundo perplexo eh com a notícia desse desse golpe de estado que tava na eminência de ocorrer mais uma vez o Brasil eh a sua República nasce como um golpe dos primeiros 100 anos a gente tem vários golpes o último em 64 e eles tentaram fazer mais um golpe de estado agora e hoje a gente teve uma importante ação que é uma ação histórica que é a primeira prima vez que um general e quatro estrelas é preso no nosso país isso nunca aconteceu inclusive os generais que torturaram que mataram durante
a ditadura militar ou mesmo outros componentes da da força militar como é o caso que perseguiram e mataram o deputado Rubens Paiva que todo mundo agora tá conhecendo melhor através do filme eh ainda estou aqui eles estão soltos não foram sequer julgados ou punidos então a gente com tudo isso a gente aqui estudando eh vocês eh lutando para entrar no concurso público eh a luta agora a prisão de de de um de um general quatro estrelas é tudo isso é reafirmação da nossa democracia a não pode abrir mão da nossa voz a nossa liberdade o
nosso direito de ex ir de ser e de viver então foi um ano muito difícil acho que tá todo mundo assim já pelas tabelas Mas na vida a gente tem que ter foco tem que ter fé tem que ter esperança pra gente poder superar e alcançar os nossos objetivos é isso que vai fazer vocês serem aprovados no concurso público vocês terem autonomia porque quando a gente fala em concurso público a gente também fala da Defesa do estado brasileiro que só com concurso público com servidores públicos que a gente tem a ideia e o plano de
estado democrático de direito assegurado conforme tá na Constituição Então tudo isso vocês farão parte a gente encontra a ao longo da nossa caminhada eh nas atividades muitas pessoas que fizeram o nosso cursinho e que hoje estão nas na nas redes que hoje conseguiram acessar então confiem confiem nos estudos aproveitem as férias para descansar porque a gente merece e lutou para ter o direito às férias ontem a gente foi surpreendido por mais uma resolução do Estado os professores categoria V vão não vão ter direito a férias não vão ter pagamento de 10 13º eh 13º mas
também a férias né que eles enfim é um ataque a gente realmente aqui Estado de São Paulo tá sobre ataque a rede eh Estadual nunca sofreu da forma como tem sofrido a gente tá vigilante a gente tá atuando né estamos batalhando também na justiça mas transmitir esse esse essa mensagem de de força né a gente se une a gente se fortalece e a gente segue certamente ano que vem vai sair esse edital ou mesmo em janeiro já sai esse edital assim que sair a gente vai tá acompanhando a gente vai fazer a estruturação das próximas
aulas e vocês certamente serão nossos companheiros aqui companheiras de rede pública para mudar esse quadro da nossa sociedade porque a mudança da sociedade brasileira passa pela escola pública não haverá mudança sem uma escola pública forte e de qualidade é por isso que a gente é tão atacado é um projeto de poder acabar com a escola pública acabar comos seus professores então força é um ótimo Natal para vocês é um ano novo cheio de esperança e dizer que a gente segue aqui firmes e fortes pro que der e vier tá bom muito [Aplausos] obrigada é eu
acho que quer falar ali não eu só quero agradecer vocês pela oportunidade oferecer né esse curso e Lar à frente dependendo da educação e dependendo da 4 anos você defend se vocês não tiverem defendente sabemos que são 4 anos de terrorismo ção Muito obrigado obrigada querida muito obrigada deixa só fazer um cimo aqui a deputada Federal Lucian Cavalcante ela colocou o deputado janas também colocou os ataques que a gente vem sofrendo a gente também tem os ataques mas a gente tem as vitórias também nossas né de lutas que a gente enfrenta o aqui nesse plenário
o prefeito Ricardo Nunes encaminhou um projeto só para vocês ter uma noção do que acontece aqui foi votado nessa Câmara Municipal um projeto de lei em 2021 uma reforma administrativa retirando vejam bem retirando o direito de férias dos Servidores que adoecem então a lei dizia o seguinte ó o servidor que fic doente além de ficar doente tem o prejuízo da saúde e muitas às vezes por conta da atividade que ele exerce dentro da escola dentro do posto de saúde ele fica doente e depois ele ia ser descontado das férias o dia que ele ficou doente
olha só então ele retirando um direito constitucional que é um direito as férias nós aqui nessa Tribuna fiz obstrução votei contra apresentamos substitutivo mas a a maioria dos vereadores que sentam nessas cadeiras que vocês estão hoje votaram a favor dessa barbaridade e nós nosso coletivo aqui junto com a deputada Federal Luciene Cavalcante junto com o deputado Carlos janas Nosso mandato aqui nós nosso jurídico e Nós entramos com ação direta de inconstitucionalidade porque nemum prefeito pode tirar um direito que tá consagrado direito às férias que tá consagrado na Constituição Federal e nós essa semana nós tivemos
nós tínhamos conseguido aí uma liminar ganhamos a liminar e agora nessa semana nós conseguimos a a decisão definitiva do Tribunal de Justiça dizendo que feito nenhum Governador nenhum pode mudar o que tá consignado na Constituição Federal quem pode mudar a Constituição Federal são os deputados a deputada Federal Luci Cavalcante ela tem essa premissa ela tem proposta de emendas constitucionais para mudar outras coisas então não dá para um prefeito seja ele quem for pode ser até da cidade de São Paulo querer alterar e tirar direito consignado consagrado na Constituição Federal então a gente tá nessa luta
esse coletivo educação em primeiro lugar tem essa Essa Luta então a gente vai ficar por quatro e mais tempo aqui lutando por isso pode pode acreditar pode eh ter um ponto de apoio aqui que vocês estão com o coletivo de luta a gente promete muita luta a gente não promete promete estar junto com vocês nas lutas de sempre Como diz a deputada Federal Luci Cavalcante começando o ano a gente estou acompanhando na secretaria de educação a o andamento desse do edital e assim e vai sair né esse concurso e parab parabenizar vocês porque não é
fácil a gente sabe como concursados que somos não é fácil você dedicar horas das suas vidas né de cada um de vocês hora de convívio com a família com os filhos com os pais com os amigos para est aqui estudando no sábado e eu sei que são vários sábados que vocês já estão nessa luta parabenizá-los por isso e desejar aí também um bom final de ano bom Natal um ano de 2025 aí com muita força com muita esperança para que a gente a gente caminhe juntos aí por uma cidade melhor também uma sociedade melhor então
parabéns a todos aí e até mais pode enar
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