Boa tarde Boa tarde a todos é com prazer que damos início ao quinto colóquio na Reitoria hoje o convidado é o Dr Egídio Dória o Dr Egídio ele é o coordenador do programa 60 e mais da pró-reitoria de cultura e extensão e é também médico do hospital universitário há algum tempo Dr Egídio ele se dedica questões da terceira idade ou da do envelhecimento né esses esses títulos são complicados né no envelhecimento e hoje ele vai falar conosco sobre a longevidade e suas revoluções suas revoluções muito obrigada boa tarde a todas e a todos eu gostaria
de agradecer a Reitoria pelo convite para estar aqui hoje com vocês para falar sobre um tema que é de interesse de todos nós independentemente da fase da vida em que nós estejamos e agradecer a professora Paula pelo convite eh a minha aula quer dizer meu bate-papo hoje com vocês Vocês podem me interromper quando vocês quiserem seguirá o seguinte roteiro inicialmente abordaria algumas questões sobre o aspecto demográfico de envelhecimento depois eu falarei sobre as duas grandes revoluções uma que nós vivemos estamos vivendo e a outra que nós deveremos viver e por fim como é que a
gente aborda essas revoluções no envelhecimento E aí eu concluirei do ponto de vista demográfico o mundo está envelhecendo aqui em azul escuro Você tem os países que terão mais do que 30% das suas populações constituídas por pessoas 60 mais que é o mesmo contexto demográfico do Japão atual em 2050 64 países terão mais do que 30 % das suas populações constituídas pelos 60 mais e isso decorreu de dois grandes fatores primeiro a queda das nossas taxas de natalidade desde 2000 que o Brasil encontra-se abaixo da taxa de reposição que é de 2.1 e hoje segundo
os últimos dados do bge essa taxa tá em 1.57 e o Outro fator é o aumento das nossas taxas de longevidade nós estamos morrendo menos consequentemente nós ganhamos nos últimos dois séculos 30 anos de expectativa de vida essa foi a nossa primeira grande revolução determinada por conquistas médicas e sociais e nós podemos envelhecer e aqui fazendo uma alusão à questão do cinema e da literatura de quatro formas no modelo studbook studbook era um personagem das viagens de Gulliver um ser imortal que não morria mas que envelhecia com toda a carga de doenças relacionadas ao envelhecimento
e segundo a filósofa Simon de bovis era o retrato mais triste da velhice já escrito mas nós podemos também envelhecer no modelo do relato do livro do Oscar Wild o Dorian Grey em que nós temos uma mortalidade mantida ou seja nossa expectativa de vida não aumenta mas a fragilidade é postergada as doenças são postergadas E aí eu teria um aumento da qualidade e uma manutenção da quantidade um outro modelo é o modelo peterpan E aí esse nós temos o duplo dividendo porque nós aumentamos a nossa expectativa de vida e aumentamos também a nossa qualidade a
nossa expectativa de vida saudável a gente retarda o nosso relógio biológico e por fim o último modelo seria o modelo overin em que nós realmente bloqueamos o envelhecimento E aí nós teríamos a representação da hdra em que você corta um braço imediatamente nasce outro e como nós estamos envelhecendo infelizmente no primeiro modelo nós ganhamos 20 a 30 anos de vida nós proporcionalmente estamos vivendo o mesmo período no estado de saúde ruim ou razoável O que representa que em termos absolutos nós estamos vivendo mais anos com incapacidade e é essa curva que representa a nossa velice
nós passamos mais anos vivendo com alguma doença incapacitante e isso é respaldado por dados nós temos dados aqui do estudo sabe dados de 2015 a 2017 com pessoas nascidas entre 1951 e 1955 que mostraram o aumento de 63 66,3 na hipertensão 34% praticamente nas doenças osteoarticulares 28% no diabetes 24% de problemas cardíacos 9% de câncer praticamente 13% de fragilidade se a gente pega essa população nascida nesse período nós temos uma dependência para atividade básicas de vida diária que é o trocar de roupa ter uma continência me transferir me alimentar tomar banho de 24% e nas
atividades instrumentais são atividades mais elaboradas de realizar transações bancárias pegar um ônibus preparar uma comida de 26.5 por. e nós temos dados mundiais que também respaldam isso nós temos que a prevalência de doenças mentais aumentou de 55% desde 1990 e previa-se um aumento de 17% entre 2020 e 2040 antes da covid a taxa de suicídio nos Estados Unidos está aumentando desde 2000 e hoje representa a segunda causa de morte na população entre 10 e 34 anos os casos globais de demência aumentarão três vezes até 2050 atingindo a cifra de 150 milhões de pessoas muito disso
decorre de mudança climática insegurança alimentar e também de doenças infecciosas mas a maior parte decorre da desigualdade acesso desigual a serviço de saúde e também a discriminação por gênero raça idade aqui no nosso contexto orientação sexual identidade de gênero mas a gente tem que viver a nossa segunda revolução e essa segunda da revolução será de ampliar para a direita essa expectativa de vida saudável diminuir a diferença que existe entre expectativa de vida e expectativa de vida saudável que hoje está em torno de 9 anos nos países desenvolvidos Será que a gente pode fazer isso talvez
no futuro ainda uma hipótese a gente consiga interferir nos mecanismos do envelhecimento celulares moleculares sistêmicos bloquear o envelhecimento e consequentemente não termos todas essas doenças relacionadas ao envelhecimento Mas isso é uma possibilidade o que nós temos de certeza agora é isso aqui investir nesses três grandes Pilares o Pilar da promoção com ações que nos auxiliem a alcançarmos e mantermos o nosso melhor estado possível de saúde física mental social espiritual o Pilar da prevenção com intervenções direcionadas a minimizar cargas das doenças associadas aos fatores de risco E o Pilar tratamento oferecendo um cuidado dirigido ao indivíduo
para tratar suas doenças e as suas complicações e começarmos a adotar essa perspectiva do nosso envelhecimento uma perspectiva de curso de vida baseado nesse desse deus da mitologia romana chamada janus que é o Deus do começo e do fim um Deus que olha não somente para os anos que se passaram mas pros anos que virão porque com isso nós conseguimos nos programar e programação é fundamental para envelhecer bem e a programação diferencia é diferente de pessoa para pessoa e Varia muito de acordo com os anos que você já viveu e com os anos que você
espera viver mas de uma forma geral Nós temos que nos planejar baseado nesses quatro grandes capitais o capital saúde o capital social o capital do aprendizado continuado e o capital financeiro mas também nós temos que mudar a nossa percepção do que é envelhecer e temos que ter propósitos Então vou abordar aqui agora cada um desses capitais e quando a gente fala no capital saúde nós temos essa imagem que é uma imagem que foi elaborada pela sociedade americana de Cardiologia pensando obviamente na saúde cardiovascular em que eles determinaram os oito essenciais da Saúde cardíaca e aí
nós temos fatores promotores como uma dieta estar dentro do seu peso adequado praticar atividade física de uma forma regular não fumar não beber antigamente a gente pensava beber com moderação hoje em dia os novos estudos estão Pando mais na questão do não beber e não e tem um sono adequado e aqui atividades preventivas como controlar a nossa pressão controlar o nosso colesterol controlar o nosso diabetes mas o interessante dessa figura é que mostra também a questão da Saúde Mental e aqui na parte de baixo os determinantes sociais da saúde que é responsável hoje dia por
cerca de 80% das cargas das doenças e o que é determinante social é onde você nasceu é onde você estudou quanto você estudou é como você se alimenta é Onde você trabalha isso impacta diretamente na sua saúde e eu vou comentar um pouquinho aqui sobre esses cinco grandes determinantes sedentarismo uma dieta pouco saudável um fumo a ingestão alcoólica e o sono como é que tá o nosso Panorama atual em relação a sedentarismo nós estamos muito ruim né Nós temos aqui o Brasil com uma taxa de sedentarismo entre 40 a 50% e essa taxa aumenta à
medida que a gente vai envelhecendo que é quando a gente precisa de mais exercício para manter a nossa saúde física a nossa saúde mental então isso em todos os continentes em relação à dieta dados da Organização Mundial de Saúde de 2022 mostram que um em cada oito pessoas no mundo tem obesidade as taxas de obesidade desde 1990 aumentaram duas vezes para o adulto e quatro vezes para o adolescente nós temos cerca de 2.5 bilhões de 18 mais acima do peso O que representa 43% dessa população e desses 890 milhões TM obesidade são 37 milhões de
crianças abaixo de 5 anos que estão acima do peso e 390 milhões entre 5 e 19 anos que estão acima do peso e desses 160 milhões com obesidade Ou seja a nossa dieta não está boa em relação ao tabagismo dados também da Organização Mundial de Saúde de 2023 mostram que 1.3 bilhões de pessoas do mundo fumam 80% desses fumantes estão nos países de baixa e média renda como o Brasil mais de 8 milhões de mortes por ano são atribuídas diretamente ao fumo e 1.3 milhões dessas ao tabagismo passivo mais de 65.000 crianças morrem ao ano
por doenças relacionadas ao tabaco e obviamente o tabaco tá associado à doença cardiovascular e a mais de 20 tipos e subtipos de Câncer em relação ao álcool dados da Organização Mundial de Saúde 2024 mostram 400 milhões de pessoas com transtornos associados ao álcool e 209 milhões com dependência alcoólica essa taxa é maior em jovens de 20 a 39 anos 2.6 milhões de mortes determinados pelo consumo de álcool 1.6 milhão por doenças não transmissíveis 700.000 por ferimentos e 300.000 por doenças transmissíveis tuberculose ides e as maiores taxas de mortalidade estão nos homens praticamente três vezes mais
homens do que mulheres em relação ao sono Esse foi o último essencial da sociedade americana cada vez mais Tem surgido pesquisa da importância do sono não não somente no contexto da doença de saúde mental mas no contexto da doença física também então essa foi uma pesquisa do Global slep com 36.000 pessoas que mostrou que 40% dessas pessoas tem menos do que três noites de sono de qualidade por semana essa cifra sobe para 60% quase no Japão 50% das pessoas queixam-se de sonolência de urna 13% diretamente de um sono de qualidade ruim sono interrompido 44% das
pessoas no Reino Unido e 42% das pessoas na França e as mulheres que estão no período da perimenopausa e menopausa essa taxa atinge praticamente 60% quando a gente pega assim um indício indireto de um sono ruim uso de aparelhos digitais antes de dormir ou seja as causas mídia social 53% TV 44% e qualquer tipo de noticiário 31% ou seja nós não estamos o bem bem nos fatores promotores de um envelhecimento saudável e qual seria o impacto se nós adotássemos isso ISO aqui é um estudo publicado em 2012 com 2327 pessoas que categorizou as pessoas em
três grupos de risco baixo risco se ela tivesse nenhum hábito associado de risco e os hábitos eram estar acima do peso fumar e não praticar atividade física médio risco um a dois e alto risco se ela tivesse os três comparativamente as pessoas de alto risco as pessoas de baixo risco que não tinham nenhum desses fatores viviam 8.3 anos sem incapacidade em relação à aqueles outros que estavam no grupo de alto risco o risco moderado Vivi 5.8 anos a mais sem incapacidade e a mortalidade do alto risco em relação s a baixo risco o alto risco
vivia cerca de 4 anos a menos quando a gente pega somente a prática de atividade física aqui que são corredores não corredores aqueles que praticam atividade física quea corrida de uma forma regular vivem 6 anos a mais sem incapacidade e a taxa de mortalidade cai praticamente pela metade quando a gente fala de morte a gente fala de doença cardiovascular a gente fala de infarto uma das principais causas de morte a adoção desses cinco fatores promotores reduzem quase 80% o seu risco de ter um infarto e quando a gente fala de envelhecimento não tem como a
gente falar não falar de cognição então pensando em demência e focando nos três grandes mecanismos Associados à cognição como aumento da reserva cognitiva redução da inflamação e redução da lesão cerebral e Aqui Nós Temos vários fatores Ed ação exercício uma audição reduzir a obesidade evitar o tabagismo nós temos que adoção desses fatores protetores isso é um dado do lanet commission de 2024 mostra uma redução do seu risco de ter demência em 45% nos países geral de uma forma geral aqui na América Latina a redução desse risco é em torno de 60% nós não temos Nenhuma
medida curativa de demência mas nós temos evidência de medida protetora basta que a gente adote e nós adotamos essas medidas Esse foi um estudo feito nos Estados Unidos com 395.000 pessoas acima de 18 anos não institucionalizadas que elas eram inquiridas se elas adotava os hábitos ou não esses cinco hábitos que eu falei para vocês a adoção de cinco hábitos só é atingida por cerca de 6% dessa população quando a gente diminuir isso para quatro hábitos somente 20% a Dota então nós temos que nos programar nós temos que reavaliar as nossas prioridades E aí vamos falar
do segundo capital mas não menos importante que é o capital social nós estamos vivendo hoje uma epidemia de solidão tanto que em 2023 o grande representante da Saúde nos Estados Unidos decretou isso como problema de saúde pública nos Estados Unidos então as primeiras descrições de solidão datam da Revolução Industrial com a Revolução Industrial industrialização Nós perdemos os nossos contatos sociais e a partir desse momento nós tivemos um aumento exponencial da Solidão no termo que a gente determinou como anomia social e o responsável por isso foram as tecnologias mídias sociais a globalização e a polarização social
hoje nós temos dados que mostram que 10 da população na Alemanha se diz solitária 16% quase no Reino Unido 6% na Dinamarca mais 24% na Itália nos Estados Unidos is se atinge 37% e na China Rural quase 80% e como é que tá aqui no Brasil então nós temos no Brasil esse dado do estudo Global perceptions of do impacto da covid que mostrava A solidão no mundo de 33% aqui no Brasil esse dado era de cerca de 50% e quando a gente pega esse estudo ELS que é um estudo longitudinal da saúde do idoso com
mais de 4000 participantes 50 mais mostrou 32,8 de solidão dos quais 5% se queixavam de estar sempre solitários E por que é que a gente fala de solidão porque a solidão tem uma série de impactos mas todo mundo vai se sentir sozinho nem todo mundo nós temos fatores de risco e quais são esses fatores de risco se você mora só né se você mora numa região de baixa renda ou se você tá institucionalizado Se você tá no período de transição da sua vida como é o caso da aposentadoria na aposentadoria muitas das nossas relações são
sociais são baseadas nas nossas amizades de trabalho no momento que a gente se aposenta a gente não perde somente contexto financeiro mas nós perdemos também o contexto social Nós perdemos as nossas relações na questão da viuvez ou quando você se torna um cuidador se você tem uma baixa renda ou tá desempregado se você faz parte de uma minoria étnica ou uma minoria de orientação sexual se você tem um estado de saúde piorado ou se você tá disfuncional Se você mora numa região isolada com a China Rural se você tem acima de 75 anos e você
tem uma personalidade mais introvertida isso faz com que você tenha uma tendência a ser mais solitário e aí nós temos um Outro fator que tá cada vez mais importante que é o uso do celular ele se tornou tão importante nos últimos anos que esse que era um acrônimo feito para determinar se a pessoa tinha um risco de dependência alcoólica foi adaptado para o risco de dependência do uso dos Smart fones E aí nós temos quatro perguntinhas o c que vem de cut de cortar se você já sentiu que deveria Diminuir a quantidade de tempo que
você passa no seu Smartphone o A de anoi preocupação Se as pessoas já reclamaram da quantidade de tempo que você passa no seu Smartphone o g de guilt cupa se você já se sentiu incomodado ocupado pelo tempo que você passa no seu Smartphone e o e de i opener abertura ocular se a primeira coisa que você faz ao acordar é checar o seu celular se você pontua positivamente para uma dessas quatro perguntas você tá em risco de dependência do seu Smartphone né E nós temos dados que justificam que isso é um problema bem frequente em
média as pessoas checam seu smartphone 221 vezes ao dia isso dá em média 3:15 por dia por ano São 1200 horas por ano 1/3 dos adultos chegam seus celulares 5 minutos depois de acordar e uma pesquisa feita em 2018 com 4.000 pessoas nos Estados Unidos Reino Unido Alemanha França Austrália e Japão mostrou que 75% das pessoas preferem trocar informações comunicar-se por texto do que ligarem para essa pessoa e quanto mais breve for o texto melhor e a gente sabe que não é somente a questão do uso da mídia é como você usa essa mídia que
prop esse assentimento de solidão e aí por que que a gente fala tanto de solidão porque a solidão impacta em diversos de fechos de nossa saúde inclusive reduz a nossa expectativa de vida em quase 7 anos ela é semelhante a eu fumar meio maço de cigarros por dia ou eu beber cinco doses de álcool de bebida alcoólica por dia ou eu ser sedentário ou eu ser obeso ela é mais importante do que isso por isso que não dá para deixar de falar solidão e aí a gente tem alguns pilares da conexão social como existiriam medidas
públicas que conseguisse diminuir esse sentimento então fortalecer a infraestrutura social das Comunidades elaborar políticas públicas PR conexão social reestruturar o setor de saúde o profissional de saúde ele tem que ter consciência da importância disso ele tem que questionar ao seu paciente se ele tá satisfeito com suas relações sociais ou não e adotar medidas protetoras e reformar os ambientes digitais através de Transparência de dados implantação de padrões de segurança e desenvolvimento de tecnologias PR conexão mas do ponto de vista individual nós temos que começar nos autoconscientização a nos questionar se nós nos sentimos sós e esse
sentimento é um sentimento frequente ou não é frequente eu tô satisfeito com minhas relações porque solidão não é o número de contatos sociais que você tem é se você tem a percepção subjetiva de que a relação que você tem corresponde a suas expectativas então eu posso est no meio de uma família cheio de filho com meu esposo com a minha esposa e me sentir sozinho ou eu posso estar acompanhado do meu cachorro e não me sentir só então a gente tem que se questionar sobre isso E aí nós temos algumas dicas que podem ser adotadas
né entender a importância de investir nas relações sociais Então você tem que priorizar isso na sua vida minimizar a distração de um encontro então quando você tiver no encontro esteja presente nesse encontro não fique nem na mesa do restaurante todo mundo olhando no celular ao invés de utilizar aquele momento para você compartilhar né momentos procurar oportunidade para servir e dar apoio ao terceiros o trabalho voluntário ele é mais benéfico para quem faz o trabalho do que quem recebe o trabalho engajar-se com pessoas diferentes histórias As pessoas sempre têm coisas diferentes para nos contar saiamos das
nossas saímos das nossas bolhas participar de grupos sociais e comunidades e diminuir atividades que levam a desconexão E aí eu vou fazer só esse teste com vocês porque eu acho que é bem ilustrativo que é pautar a nossa vida em números toda vez que a gente coloca a nossa vida em números a gente começa a perceber o que é que a gente tá fazendo de errado né então vamos fazer esse teste em relação à conexão social pense em uma pessoa que você gosta muito mas que você não encontra frequentemente agora a gente vai pensar na
última vez que nós tivemos um encontro com essa pessoa como nós nos sentimos naquele encontro agora pense Com que frequência você vê essa pessoa faça a conta de quantas horas em um único ano você passa com essa pessoa que te faz tão bem escreve esse número e deixa esse número visível por quê vamos exemplificar se você tem 40 anos e encontra essa pessoa uma vez por semana por uma hora aos 80 anos você terá encontrado essa pessoa 80 dias de 14.600 dias agora comparando com o tempo que a gente passa nas mídias sociais pegando o
perfil do norte-americano médio o americano médio passa 11 horas por dia em mídias sociais a envolvendo tv rádio Smartphone ou seja dos 40 aos 80 anos ele passa 18 anos na mídia social ou 6.600 dias e a gente a gente compara aqui 80 dias com 6600 Dias 80 dias com a pessoa que você passa muito bem que você sente muito bem em comparação a 6.600 dias no seu Smartphone e a gente passa a segunda pergunta nós estamos passando tempo suficiente com as pessoas que nós gostamos E aí nós temos Esse estudo que começou em 1938
na Universidade de Harvard e que é o maior estudo longitudinal do ponto de vista de determinar Quais são os aspectos que te fazem envelhecer bem que o har study of adult development que ele chega a essa conclusão que a frequência e a qualidade do seu contato com os outros são os maiores preditores de felicidade e de como você Vai envelhecer então o capital social é fundamental aí nós temos um outro capital que é o capital do aprendizado continuado e nós temos hoje estudos que mostram que a quantidade de anos que eu estudo está diretamente associado
a um aumento na minha expectativa de vida a um aumento na minha expectativa de vida saudável modelo Peter Pan está associado a maior ganhos e capital financeiro Então a gente precisa de ter uma segurança financeira para envelhecermos bem está associado a uma questão de necessidades e oportunidades necessidade e oportunidade que eu tenho de aprender continuamente ao longo da minha vida mas aprender também a viver essa vida mais longa porque nós estamos aprendendo a viver essa vida mais longa ninguém viveu tanto quanto nós é por isso que a gente tá aqui hoje discutindo O que é
importante para envelhecer bem e aí nós temos eu não podia deixar de falar da USP 60 mais assim como a US 60+ existe outros programas outras plataformas mas a USP 60+ abriu em 1993 pelo Instituto de psicologia da USP né na EA ela abriu em 2006 nós temos três grandes Pilares para quem conhece o pela de abertura Então nós não precisamos de nenhuma formação prévia a pessoa não precisa nenhuma formação prévia para frequentar uma atividade na USP 60 mais todos os nossos cursos são gratuitos e na questão da dos cursos da grade curricular intergeracionalidade que
é Outro fator extremamente importante Vocês verão pra gente envelhecer bem ou seja o 60 mais participa dentro de um ambiente controlado na mesma sala de aula que o aluno de 18 19 e 20 anos e nós temos vários dados que mostram que a participação na Universidade aberta está associado a uma série de fatores positivos manutenção dos índices de satisfação com a vida e sentimentos positivos em relação ao seu processo de envelhecimento você prioriza e começa a verificar uma avaliação da sua própria trajetória de desenvolvimento e comprometimento com a sociedade você Pondera sobra ideal de excelência
pessoal e você encara o envelhecimento com uma experiência positiva e aí falando agora do Capital financeiro como eu falei anteriormente ninguém vce bem sem uma segurança financeira à medida que nós envelhecemos o nosso rendimento ele decorre sobretudo das nossas pensões muito pouco da questão do trabalho e isso porque à medida que a gente envelhece a nossa participação laboral cai significativamente a partir dos 50 anos mas sobretudo a partir dos 60 anos tá bom hoje em dia nós temos dados aqui como esse do Brasil de 2017 14 a 17 que mostra que em relação a empregos
formais o único extrato etário que aumentou foi o dos 60 a mais mas essa participação no mercado do trabalho decorre diretamente das suas habilidades e competências Hoje em dia a questão dizer assim ah eu sou experiente eu tenho experiência isso aí já não conta tão mais o que importa agora pro trabalhador é é o quão apto você está para exercer diferentes funções e para isso você precisa estar capacitado e se capacitar continuamente daí a importância também do Capital aprendizado continuado então todos esses capitais estão interrelacionados Então à medida que você tem maior capa formação você
persiste mais no mercado de trabalho mas nós estamos nos preparando não isso aqui são Dados Associação americana de aposentados a irp de 2020 24 que mostra que 20% dos 50 mais não tem economias para aposentadoria se aposentar hoje se eles quisessem 61% deles não tem dinheiro suficiente para manter o seu sustento na aposentadoria existe com isso um aumento da insegurança financeira então isso impacta diretamente na sua saúde é um stress crônico você tá vivendo continuamente e 40% dos homens poupam regularmente versus 30% das mulheres então é importante a gente encarar isso porque à medida que
a gente envelhece os nossos rendimentos caem e é tem várias coisas né então o homem habitualmente ele ganha mais do que a mulher Então existe uma diferença de salário ainda muito importante na sociedade e que segundo as últimos registros se continuar na mesma forma que tá ou seja o ganho da mulher aumentando nessa forma vai levar quase um século para que os salários se equiparam Então quando você ganha mais você tem condições de poupar mais né Então esse é um grande fator que faz porque que os homens poupam mais do que as mulheres né sobretudo
porque eles ganham mais né E aí persistir no mercado de trabalho não é só importante para você ter um rendimento financeiro o trabalho assume um aspecto muito importante no processo de envelhecimento porque as pessoas querem ter e elas estão relacionadas isso com trabalho sua satisfação pessoal e bem-estar elas querem construir legados elas querem se sentir úteis e na nossa sociedade ocidental a percepção do valor da pessoa decorre muito do que ela produz do que ela representa nessa sociedade que é uma sociedade de livre mercado uma sociedade essencialmente muito capitalista então no momento que você se
aposenta você perde o seu valor para a sociedade para a sua família e você perde muito a sua autoestima também né Muito bem é isso mas além desses quatro capitais uma coisa extremamente importante é que a gente tem que começar a perceber o que é que representa o envelhecimento pra gente quando eu fecho os olhos e me imagino se me imagino e eu deveria fazer esse exercício todos os dias aos 80 e 90 anos quais são as imagens que aparecem na minha cabeça se eu fecho os olhos imagino aos 80 anos eu imagino um velho
isolado Solitário acamado doente ou imagino velho produtivo participativo se você tem essas imagens positivas isso vai impactar positivamente na forma como você envelhece da mesma forma se você tem essas imagens negativas o seu envelhecimento Muito provavelmente não vai ser um envelhecimento bom Porque existe essa percepção essa ligação entre o seu eu de agora e o seu eu do Futuro o jos Quando eu olho o meu eu do futuro e me vejo nesse eu do futuro eu vou adotar medidas protetoras em relação a esse eu do Futuro isso já tá respaldado por diversos estudos as pessoas
que se percebem mais no seu de futuro elas poupam mais elas adotam hábitos de vida mais saudáveis mas isso está diretamente associado a um tema que eu adoro que é o idadismo Tá bom então idadismo foi definido pela primeira vez por esse geriatra norte-americano chamado Robert butler em 1969 e o butler descreveu o idadismo como ato de criar estereótipos ou discriminar uma pessoa pelo fato dela ser mais velha essa descrição foi sofrendo mudanças ao longo dos anos para envolver dentro do componente cognitivo do idadismo não somente os estereótipos negativos descritos por butler que era morte
doença capacidade isolamento mas também os estereótipos positivos né que todo idoso é sábio que todo idoso é bonzinho que todo idoso é empático não nem todo idoso é sábio nem todo idoso é bonzinho nemem todo idoso é empático para abordar também além dos estereótipos descritivos prescritivos que são Como o idoso deve se comportar que roupa ele deve usar se deve usar maquiagem não deve usar maquiagem que ambiente se ele deve frequentar como é que ele deve falar dentro do componente afetivo acrescentar como nós sentimos nos sentimos em relação ao nosso envelhecimento em relação ao envelhecimento
do outro e dentro do componente comportamental atitudinal descrever não somente os atos discriminatórios explícitos mas também os implícitos porque os implícitos são muito mais frequentes do que os explícitos é aquele Ah você tá muito bem paraa sua idade ou os 60 os 70 são os novos 60 Então isso é um preconceito porque você tá ter na sua cabeça a imagem de como deve ser uma pessoa de 70 anos e aí quando você encontra uma pessoa que não corresponde à aquele senhor de 70 anos já o quebrado ah nossa você tá muito bem parece que tem
60 hum o idadismo pergunta Nossa você parece que tá no Formol toda vida que eu vejo você tá o idadismo se expressa em diferentes níveis o nível pessoal micro interpessoal como eu percebo meu evelhecimento como perceba envelhecimento do outro o nível meso das mídias sociais e o nível macro institucional E aí nós temos duas instituições que são altamente idad distas um é mercado de trabalho onde preconceito começa a partir dos 50 anos e o outro é o sistema de saúde então o sistema de saúde que deveria nos acolher é um dos mais preconceituosos em relação
à idade tá bom o idadismo é considerado o mais universal dos preconceitos independentemente da sua cor de pele independentemente da sua religião da sua orientação sexual Muito provavelmente você será vítima do idadismo ao ser percebido como mais velho ou envelhecer ele é transcultural hoje com impacto demográfico as sociedades orientais que eram mais coletivistas mais conf funcionas e menos idad distas estão tão idad distas quanto as ocidentais ele é interseccional ele se soma aos outros preconceitos então a mulher que é vítima do sexismo quando ela envelhece ela passa a ser vítima também do idadismo E se
ela é negra do racismo então a carga de preconceito que uma mulher velha Negra sofre é completamente diferente de um homem branco ao se tornar velho ele é o mais prejudicial dos preconceitos eu vou mostrar para vocês por mas o menos discutido em relação à prevalência nós temos esses dados da Organização Mundial de Saúde num relatório sobre idadismo ao longo do mundo que mostrou prevalências que variam de 36 até mais de 85% aqui no Brasil nós temos esses dados do estudo ELS que avaliou 9383 pessoas 50 mais não institucionalizadas 70 municípios nas cinco macror regiões
do Brasil que mostrou uma taxa de discriminação de quase 17% comparativamente a mais de 60% nos Estados Unidos Será que os nossos idosos sofrem tão pouco preconceito Muito provavelmente não Muito provavelmente tem uma carga implícita de preconceito estruturada de preconceito mas muito dos preconceitos que são atribuídos à desigualdade não decorrem da desigualdade Muito provavelmente decorre da idade de qualquer forma no estudo mostrou alguns fatores de risco se você mora na área urbana você tem um risco 34% maior do que a Rural de sofrer o preconceito pela idade se você participa de uma minoria étnica sobretudo
índios amarelos negros paros você também tem um risco maior se você tem um maior nível Educacional você sofre mais o preconceito Muito provavelmente porque você percebe mais o preconceito sobretudo nas reuniões sociais e no trabalho está associado também ao pior estado de saúde e um sentimento de menor Segurança Social se você mora numa área que você tem pouco suporte social você sente maior o preconceito e o local mais frequente nesse estudo foi a instituição de saúde e Aqui nós fizemos um estudo uma pesquisa com os funcionários que participaram do envelhecimento ativo nap 372 funcionários que
93% deles conheciam idadismo 87% já tinha presenciado idadismo pasme 41% já tinha praticado idadismo idadismo consciente imagine não percebido os locais mais frequentes foram trabalho 70% sobretudo sobre a forma de desrespeito transporte redes sociais família a idade com que a pessoa começa a sentir o idadismo para eles el em torno de 50 60 anos mas 92% praticamente acreditavam no combate ao idadismo e quais são os impactos porque eu falei que ele é trão prejudicial E aí eu trouxe alguns estudos porque eles impactam naa saúde física mental Nossa sensação de bem-estar isso aqui em relação à
memória né um estudo com 395 indivíduos foram acompanhados por quase 40 anos a única coisa que os diferenciavam no início é se eles tinham uma percepção negativa ou positiva do envelhecimento e aqueles indivíduos que tinham uma percepção negativa do envelhecimento tinam ver Impacto muito negativo na sua cognição na sua memória aqui é um outro estudo que pegou pacientes 52 pacientes que eles eram acompanhados anualmente durante 10 anos com exame de imagem do sistema nervoso central para mensurar o volume de uma região chamada de hipocampo que é uma região associada ao armazenamento das nossas memórias e
aqueles indivíduos que tinham uma percepção Inicial negativa do envelhecimento ao longo dos 10 anos eles tiveram uma taxa de declínio três vezes maior no volume do hipocampo em relação a indivíduos que T uma alta probabilidade de terem Alzheimer indivíduos que T um padrão genético desse apo E4 aquele aques indivíduos que TM o duplo Alelo pro ap E4 mas que tem uma percepção positiva do ivdc tem uma proteção de cerca de 50% menor risco de desenvolver Alzheimer em relação à saúde mental taxa de ansiedade geral depressão estess pós-traumático e deação suicida todas maiores naquele indivíduo que
percebe o envelhecimento de uma forma negativa em relação aos hábitos asesso pessas que têm gatilhos para uma percepção negativa do envelhecimento adotam hábitos de vida menos saudáveis em relação à funcionalidade nós estamos aqui na década do envelhecimento saudável preservação e optimização da nossa capacidade funcional aqueles indivíduos que percebem negativamente o envelhecimento evoluem envelhece com mais incapacidade doença cardiovascular se eu tenho uma percepção negativa do ento eu aumento em 11% o meu risco de ter um infarto E se eu tenho uma versão uma imagem positiva uma percepção positiva eu reduzo esse risco em 80% e aqui
o estudo mais contundente expectativa de vida só o fato de eu perceber positivamente o meu envelhecimento aumenta minha expectativa de vida em 7 anos então não tem como a gente não falar de envelhecimento e não mudarmos essa nossa percepção do que é envelhecer e como a gente faz isso do ponto de vista individual eu gosto muito dessa frase dessa ativista noso americana chamada Ashton Apple White que ela fala que somos todos idosos em construção nós estamos envelhecendo dia a dia quando a gente encara esse fato a gente fica muito mais tranquilo com nosso processo de
envelhecer e a gente passa a valorizar mais essa nossa vida porque em vez de ser segundo demônio B voar semono de B voar é viver né viver envelhecer Mas a gente pode adotar alguns parâmetros pegar modelos positivos na nossa vida nós somos pautados por modelos quem é que na nossa família nos nossos amigos a gente admira pela forma como que ele tá envelhecendo uma característica particular não precisa ser uma pessoa fora do nosso mundo a Fernanda Montenegro pode ser uma pessoa do nosso dia a né Lembrar que no envelhecimento existe uma diversidade que um único
tamanho não serve a todo mundo e começar a verificar Onde estão os estereótipos negativos e invisíveis no meu envelhecimento é a mesma coisa quando decido comprar um carro eu decido para uma marca no carro de um carro eu nunca tinha visto esse carro na rua muito raramente no momento que eu decido comprar toda hora eu vejo esse carro então quando a gente não tem essa percepção desses estereótipos eles passam despercebidos mas quando a gente começa atentar para eles eles estão presentes de uma forma disseminada no nosso meio e aí fazendo a mesma alusão em relação
ao racismo Não basta dizer que não é racista então não basta dizer que você não é hidad você tem que ser antirracista você tem que ser antidad então se você presencia uma situação idad você tem que falar porque só assim a gente vai mudar existem alguns estudos que mostram para que a gente tenha uma popul nós precisamos que 25% da população esteja engajada nessa mudança O problema não é demográfico nós temos mais de 25% de pessoas 50 mais o problema é conscientização aquela pessoa que tem 50 anos ou que tenha 60 ela não se acha
velha ela acha o outro velho então ela nunca vai se encaixar numa medida numa mudança porque ela não faz parte desse grupo e o velho ela rechaça porque ele representa tudo o que ela não quer ser então ele estigmatiza Hum e do ponto de vista coletivo como é que a gente transforma a sociedade Dad dista tem essa frase do Nelson Mandela que eu gosto muito que ele diz que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele por sua origem ou ainda por sua religião a gente poderia acrescentar aqui idade para odiar as pessoas
precisam aprender e se podem aprender a odiar elas podem ser ensinadas a amar né E no fim tudo é uma questão de inclusão e esses estudos mostram isso como é que a gente destrói esse idadismo com práticas intergeracionais então quando a gente pega criança desde muito cedo numa relação positiva com pessoas mais velhas as crianças tornam-se menos ansiosas em relação a seu envelhecimento no momento que ela apresentado uma tarefa e que dá de conta ela não tem uma diminuição na sua performance através do conhecimento as pessoas que têm maior conhecimento elas são menos idad distas
elas são menos ansiosas sobre o processo do envelhecimento e através de campanhas de conscientização então nós fizemos pela USP 60 mais numa parceria com a Prefeitura de São Paulo na Secretaria de cidadania de direitos idosos e do metrô uma campanha de conscientização do idadismo que partiu de uma ideia a ideia de que a medida que as pessoas envelhecem elas se tornam menos visíveis E aí surgi fazer uma campanha que resgatasse o valor da idade do que ela carrega em relação à senioridade experiência e pegar o mais do 60 a mais para mostrar o que essas
pessoas t a mais porque se você tem mais de 60 anos se você tem muito mais que 60 anos você tem 60 mais experiências você tem 60 mais de 1000 partos você tem 60 mais de 5000 alunos formados você tem 60 mais de 1 milhão de kilômetros rodados Porque se o tempo nunca Valeu tanto Imagine quanto vale alguém que já viveu muito tempo então nós lançamos essa campanha som mais 60 que pegamos vários personagens professores aqui da USP funcionários gente de fora e usamos cores para mostrar o como a velice é heterogênea não a questão
do cinza não ela é amarela ela é Rosa ela é azul Então essas pessoas colocaram as suas frases e essas imagens foram distribuídas nos Totens no metrô na TV minuto nós tivemos três estações do metrô iluminadas com a cor da campanha né E tem uma página na internet quem quiser entrar pode entrar que é um repositório de informações sobre tudo que tá acontecendo na questão do idadismo Tá bom mas para enz de ser bem nós temos que ter propósitos então vocês todos ouviram falar aqui das blusones né Então as zonas azuis com maior concentração de
Centenária apesar de toda a polêmica recente que alguns dados foram forjados em relação à questão demográfica elas nos traz elas nos trazem né Eh vários informações importantes que eu já comentei aqui com vocês sobre o estilo de vida não sedentário pouco stresse na vida diária a questão dos 80% na dieta não precisa comer até ficar empanturrado chega aos 80% tô quase satisfeito para né dieta com predominância de frutas a dieta mediterrânea um consumo moderado de vinho isso aqui foi um fator de grande discussão Então hoje que a gente não recomenda mais sobretudo para quem nunca
bebeu voltar a beber então isso não é ideal cultivar espiritualidade valorizar relações familiares amizades e aí o propósito de vida e aí eu trago dentro dessas nove zonas o ikigai que tá inserido na filosofia japonesa em que ik significa viver Gai uma razão motivo para você se levantar todo dia da sua cama tá bom o wik Guy obedece Três Passos Quais são as suas paixões Então vou obviamente encontrar o motivo pelo qual eu sou apaixonado Quais são as minhas habilidades então tenho que ter um motivo que esteja dentro da minha capacidade então não posso simplesmente
definir agora que eu vou ter como propósito de ganhar o Nobel de Física Não isso aí só vai me deixar estressado porque eu não vou conseguir nunca tá bom e qual a diferença que você pode fazer para o mundo isso é fundamental Porque se o seu ikigai ele conseguir impactar positivamente as outras pessoas nós estamos falando de uma generatividade e se você conseguir deixar isso uma mensagem positiva nós estamos falando de legado Então isso é extremamente importante pra gente envelhecer bem e aí mais uma vez os números quando a gente pensa em vida eu vou
viver 80 anos é muito ano mas quando a gente transforma isso para números dias a gente vê que não é tanto assim S então em média com a nossa expectativa de vida atual nós viveremos 27.375 dias e a pensa nossa a partir dos 40 isso aqui cai para menos da metade 12.000 dias 12.000 dias não é muito e a gente começa a pensar o que que a gente tá fazendo com cada um desses dias porque nós ganhamos 20 a 30 anos de expectativa de vida mas a gente continua o mesmo e vivendo como os nossos
pais pautados numa vida tricompartimental isada né Eu estudo trabalho e me aposento só que a verdadeira revolução da longevidade tá aqui muito mais oportunidades eu posso trabalhar parar voltar a estudar tirar um sabático voltar a trabalhar de novo porque eu tenho hoje em dia anos que me permitem isso eu tenho oportunidades que podem me permitir isso e a vida deixou de ser uma corrida de 100 m e passou a ser uma maratona e a gente tem que se preparar Diferentemente para uma maratona tá bom E aí nós temos esse preparo essa nova revolução que tá
sendo traçada pelo Instituto de longevidade de Stanford em que ele tá sendo sempre remodelado determinou 10 as tectos de um novo mapa de vida pautado numa vida de 100 anos porque mais da metade das Crianças nascidas hoje atingirão atingirá 100 anos então otimizar as oportunidades de uma vida de 100 anos investir nos futuros Centenários para termos as maiores dividendos é o Peter Pan alinhar longevidade com longevidade saudável mais uma vez o Peter Pan preparar-se para surpreender com o futuro do envelhecimento cada vez a gente tá surpreendendo cada vez mais você tá vendo pessoas em coisas
que eram inimagináveis há duas décadas há uma década mostrar que as transições de vida são um aspecto da vida não um trauma aprender por toda a vida trabalhar por mais anos com maior flexibilidade construir a segurança financeira desde o início mostrar que a diversidade etária é positiva para todas as sociedades e construir comunidades Preparadas para essa diversidade é assim que a gente vai revolucionar o envelhecimento porque a gente ganhou 20 anos então a gente tem que começar a se programar quanto mais cedo melhor mas nunca é tarde hum Então é basicamente isso que eu queria
falar com vocês e tô aqui aberto a perguntas obrigado Muito obrigada a gente abre agora para perguntas comentários talvez não seja uma pergunta vez um só um comentário né então eu trabalho com pessoas idosas há muito tempo né a gente já tem uma longa parceria aí e eu eu vejo assim né essa expectativa de todas essas coisas que você falou eh através desse tempo que a gente teve a pandemia né então eu senti que isso vai ficar um pouco mais truncado a gente vai ter que batalhar uns 10 anos isso porque as pessoas ficaram mais
solitárias ficaram sedent ficaram um monte de coisa e pra gente resgatar isso tá sendo um trabalho muito áo né E você vê no seu consultório eu vejo na minha atividade física que isso impactou muito as pessoas e e quanto isso né vai impactar em anos o que que você acha disso gente pr pra gente alcançar já era difícil a nossa meta né e depois disso eu vejo que a nossa eh nosso trabalho vai ser duplicado né porque a coisa ficou muito mais difícil você queria que você fizesse um comentário sobre isso eh eu falo aqui
do ponto de vista pessoal pandemia foi o grande divisor na minha vida se no final da minha vida se assim qual foi um evento que marcou a sua vida foi a pandemia para mim eu vivi um momento antes da pandemia momento durante a pandemia eu tô vivendo no momento pós pandemia mas como a Teresa falou nós tivemos impactos que são a gente tá começando a conseguir mensurar agora mas durante o processo Dev da pandemia já tinham dados mostrando que a questão questão do impacto na saúde mental foi muito importante com aumento das taxas de ansiedade
aumento das taxas de depressão aumento das taxas de sensação de desespero da ideação suicida aumento de taxas de violência sobretudo em relação à população idosa que é uma população na época mais vulnerável né E nós tivemos impactos muito importantes na saúde física também casos de demência aumentaram né Muito casos de doença cardiovascular de câncer aumentou porque não foi feito um rastreamento não foi feito o controle Então tudo isso a gente vai começar a perceber agora essa geração mais jovem que viveu a pandemia Nós não sabemos ainda o impacto disso nós temos indícios impactos do ponto
de vista educativo que foram muito importantes mas os reflexos da pandemia o desdobramento da pandemia nós estamos pegando agora né O que me mais impressiona além de tudo isso é que quando a gente fala ou quando a gente olha o comportamento geral né Parece que nada mudou né então mas mudou muito né Então as pessoas parece que apagaram da sua cabeça Aquele momento que elas viveram talvez no sentimento de proteção se auto proteger mas isso impactou muito em relação a idade is o momento foi da pandemia Foi um momento altamente ida porque culpabilizar estagnação Econômica
que não decorreu do mais velho culpabilizado da sociedade ficar em lockdown então tô Protegendo o velho porque se não fosse pelo velho eu não estaria em lockdown Então conh até frases nós temos a A Geração Baby boomer criou-se a frase baby remover ou boomer remover né que o f estava com uma uma uma incumbência positiva de descartar da sociedade esses velhos que impactam obviamente o desenvolvimento mas foi um Foi um momento muito grave que acho que a gente vai tá pegando assim determinando o que que tá acontecendo efetivamente Agora durante a pandemia houve queda nas
taxas de de de longevidade então a expectativa diminui em torno de 2 a 4 anos no diversos países inclusive no Brasil a maior parte deles já reganhar já conseguiu o votar o que era antes alguns deles ainda não né Eh os Estados Unidos S um dos países mais impactados por medidas inadequadas de políticas públicas mas o impacto foi geral Olá Obrigada pela palestra foi muitas informações interessantes né Eh eu já acompanho um pouquinho o grupo 60 mais e eu tenho uma pergunta né sobre o envelhecimento ativo né gostaria que você falasse um pouquinho mais sobre
o esse conceito quando ele [Música] surgiu então efeit meditativo foi um cunho um termo cunhado pela Organização Mundial de Saúde eh já prevendo essas mudanças demográficas e ele consiste num você oferecer oportunidades para as pessoas ao longo do curso de vida baseado em quatro grandes Pilares o Pilar saúde o Pilar participação o Pilar segurança e por fim o último Pilar que foi acrescentado que foi o Pilar do aprendizado tá bom ficou-se muito na questão docio ativo a palavra ativa né porque associa-se atividade ativo à atividade física então ficou muito associado assimo ativo soente para pessoas
que T atividade física preservada E aí posteriormente a própria Organização Mundial de Saúde mudou para envelhecimento saudável né que é a questão de você optimiz Ades para manutenção e melhoria da sua saúde funcional que te permite manter a sua independência e sua autonomia porque o seu conceito de que é do que é envelhecer bem vai mudando ao longo da sua vida né então quando você é muito jovem você parte do conceito de que enel decer bem você correr 100 m em 10 segundos quando você tá aos 70 80 anos para você envelhecer bem você andar
esses 100 m 10 segundos então ó e Mas isso não quer dizer que você seja menos feliz ou que você tenha menos qualidade de vida não se a gente pega a curva da Felicidade a curva da Felicidade aumenta a partir dos 60 anos de idade o momento que nós somos mais infelizes é quando nós estamos por volta dos 30 e 40 anos com todas as obrigações que nós temos que ter né de sustentar profissionais etc Então são dois conceitos que são complementares porque eles têm critérios que são muito importantes quando a gente fala dos pilares
do ecimento ativo a gente sabe da importância do Pilar de saúde a gente sabe da importância do que é você está seguro no momento que você vai envelhecer que você vai ter um cuidado aí entra a cultura do Cuidado a gente sabe da ância do que é o aprender continuamente como eu falei e a gente sabe da importância do que é você ter uma participação ativa ou ser encarado como uma pessoa um agente ativo na sua família na sua sociedade institudo pronto Professor ligado aqui Professor alô tô ouvindo tá ouvindo Professor eh senhor abrandou todo
todo fez Unos 360º aqui na na na sua exposição até limitou um pouco a gente eh Nossa pergunta mas uma coisa que muito importante eu coloquei pro Senor eh colocar vou expor Por exemplo essa palestra que nós estamos vendo esses programas ele é é super importante no sentido preventivo quanto mais pessoas ter acesso às informações mais cidadão vão se cuidar né vão tomar mais cuidado vão prolongar a sua vida mas uma questão é o serviço público se preparou para esse para Esse aumento da longevidade do do cidadão nós estamos preparados Impacto que vai ter tem
um impacto né o estado previu que exponencialmente que ó vamos ficar velha construir hospitais os idosos porque a população ficando n embora nós envelhecemos não significa que nós não ficaremos doente mas existe essa preocupação atenção especial nós dizemos que nós envelhecemos muito rápido descemos antes de enriquecermos então enquanto a França levou 100 anos para dobrar sua população de idosos o Brasil vai levar 30 anos e obviamente um país que não enriqueceu então do ponto de vista de políticas públicas as políticas públicas estão bem atrás da questão demográfica o que hoje representa a população 60 mais
hoje né com o envelhecimento elas provavelmente continuarão bem a quem tá bom saiu uma reportagem recente mostrando que o investimento dedicado agora no governo para educação de jovens tá muito maior do que o destinado para a saúde de pessoas 60 a mais Então existe essa desconexão entre a realidade e o que é preciso de política pública O que é que justifica isso Será que aquela pessoa não sabe dessa questão Econômica demográfica óbvio que sabe mas é que as políticas públicas são feitas por pessoas mais jovens então a pessoa mais jovem ela imediatamente por uma questão
aí eu tô colocando pelo viés do idadismo ela já descarta aquela população mais velha porque ela não quer contemplar uma população que ela quer estigmatizar que ela quer afastar Então hoje nós não temos políticas públicas adequadas nós temos calçadas nós temos serviço de cuidado de assistência adequado para população são 60 mais isso não é só no Brasil alguns países estão melhores do que nós mas outros também estão piores do que nós da mesma situação nós já perdemos a questão do dividendo econômico e nós teríamos que pautar nessa população para que essa população envelheça com saúde
e envelheça mais produtiva para continuar fazendo com que o o país cresça né mas nós não estamos preparados eu qu fazer só um comentário Claro tem Esse aspecto verdade unidad ismo idadismo tem gente chama tem gente chama etarismo e idadismo idos ismo mas a gente prefere idadismo que é mais relacionado à idade porque pode ter o idadismo para o jovem também então na questão de saúde de políticas públicas de saúde Porque sim tem Claro que talvez tem essa questão da sociedade e tal discrimina o velho né mas no caso da também das políticas de saúde
que eu posso tá errada mas assim custa mais pro estado uma vaga de al isso não ser investisse em promoção e prevenção então se você investisse em promoção e prevenção você teria menos doença e menos incapacidade aí você teria menos gastos sim sim não com certeza concordo assim só só para as né para quem não é assim menos da área entender né Não não essa parte da prevenção todo mundo entende mas eu tô fal o que eu tô falando Ah não tá desligado eu falo alto eu já falo alto Ah tá tá cadê não o
que eu tô o que eu tô colocando assim é que quanto mais Eh mais específico é o recurso mais caro ele é pro estado quando eu trabalhava lá no serviço social H tipo como que é 13 anos atrás a gente procurava fazia muito interlocução com o SUS e aí às vezes precisava de vaga que chamava o quê de autocuidado al dependência alta dependência né são as mais caras as as as as mais escassas então eu só tô fazendo essa essa reflexão que sempre tem não estou defendendo porque é difícil as minhas falas porque eu sempre
eu tenho falas muito de análise Talvez né Eu não tô defendendo nada não tô dizendo que tem que descartar por causa disso eu só tô dizendo que um que um um orç que são é quanto mais específico mais caro é e Claro quanto mais a gente conseguisse eh investir na prevenção eh além de tudo desajeitada né mas enfim eh isso sim quanto mais a gente conseguir eh investir na prevenção e E aí enfim menor será o custo lá na frente e outra questão para mim é como a gente se engaja nisso também porque eu sempre
gostei mais dos velhinhos Sabe desde criança adoro o velhinho ai eu fiz eh serviço voluntário quando eu morei lá no Novo México eu fiz um ano de de trabalho voluntário no hospital mental do Novo México e passei por várias né e com certeza adoro os velhinhos pretendo talvez que cada dia eu quero fazer alguma coisa quando aposentar né mas uma das mais fortes é fazer terapia ocupacional mesmo mas assim se tiver formas que a gente pudesse engajar eu estou querendo muito fazer t terapia ocupacional com idosos que eu acho que tem um retorno muito grande
mesmo legal então o que aconteceu também nosso processo de envelhecimento foi que a gente medicalizar muito a velice né e no processo final da velice a gente hospitaliza então hoje em dia a maior parte das mortes acontec em hospitais né então isso é um período em que você acaba gastando muito então existem estudos que mostram que os maiores gastos Associados à velice não tá nos anos anteriores ao processo que você tá mais próximo da sua morte tá nos último ano associado à sua morte então aí você tem muitos gastos né então isso aumenta exorbitantemente os
custos então por isso que mais uma vez eu falo que essa questão de que a velice boa não é Av velice com ausência de doença porque é muito mais frequente você envelhecer com doença do que sem doença a a a a velice boa é você em vez de ser com suas doenças controladas né Isso que é uma velice adequada e preservando as suas funcionalidades preservando a sua autonomia sua independência Então quando você tem uma sociedade em que ele valoriza o ato de cuidar em que você mostra que essa cultura do cuidado ela tem que estar
inserida em toda a sociedade isso torna muito mais e e eh muito mais muito menos oneroso né porque hoje em dia nós temos o quê uma cultura do Cuidado que é dado pela família e dentro da Família pela mulher o gênero feminino é responsável pelo cuidado né a menina desde cedo recebe uma boneca paraa cuidar Então ela tá sendo capacitada desde muito cedo aquela função futura dela que vai ser cuidar da sogra do sogro do pai da mãe então ela assume isso né Isso obviamente impacta na vida dela mas desde que as coisas sejam distribuídas
e que você mostre que você vai precisar de cuidado ao longo da sua vida você é um adulto jovem sofre uma fratura Você vai precisar de cuidado né Então você começa a colocar essa questão do cuidado como algo que é e deve ser distribuído por todos e que deve ter uma importância importante dentro das políticas públicas Mas a questão também de não medicalizar de hospitalizar menos porque é nesse momento que a coisa encarece né as pessoas não querem morrer em hospital né Elas Querem morrer nas suas casas Eh agora pensando na área médica eu fiquei
pensando aqui às vezes a gente vai o médico muitas vezes vai para fazer exames preventivos e aí você Barra no médico que diz o que que você está sentindo o que que você não está sentindo aí você fala não eu vim porque fazer meus exames regulares e e gostaria de saber como que tá a minha saúde e aí você encontra alguns médicos só falam que falam Ah parece aqui quando sentir alguma coisa se não tá doendo nada não precisa ir ao médico é é porque essa essa é uma uma medicina pautada na questão da doença
em que ele vê aquele indivíduo como indivíduo que ele tem que curar algo e o sucesso dele vai depender se ele cura isso ou não então ele não percebe a dimensão muito mais Ampla de saúde então a Organização Mundial de Saúde ela definiu saúde não como ausência de doença mas numa multidimensionalidade do bem-estar o bem-estar físico o bem-estar mental o bem-estar social e bem-estar espiritual eu participei recentemente eu fui n estava comentando no Congresso Brasileiro de medicina de bem do estilo e bem-estar que é uma sociedade que ela pauta nos pilares do bem-estar então Na
graduação tava lá uma das palestrantes falando que o médico é ensinado a o quê a primeira coisa que o paciente chega você vê aqui por o que é que você tá sentindo essa é a nossa queixa principal é o primeiro tópico queixa principal e duração aí o segundo história da moléstia atual então o médico não foi capacitado a atender um paciente do ponto de vista de uma medicina promotora e preventiva Então esse é um contexto que tá mudando agora mas que vai levar muito tempo para mudar não vai ser agora mas qual é o papel
da pessoa que tem um conhecimento não eu não vim aqui porque eu tenho uma doença eu vim aqui porque eu quero buscar saúde eu quero prevenir as minhas doenças né Então você vai ter que levar para ele esse contexto E aí se ele não você muda de médico I comentar Exatamente isso da apresentação Muito obrigada que a gente tem que ter um um olhar mais ativo né Eh eu trabalho com com redes sociais né então assim eh não entrando nas premissas que são pertinentes o que o senhor apresentou né do uso mas a gente fazer
uso disso para para aumentar Nossa conscientização nosso nosso papel ativo porque estamos aqui e desde que a gente nasce a gente tá realmente crescendo envelhecendo e também não ficar só nessa nessa terminologia pejorativa né então a gente tem um papel mais ativo e consciente acho que é conscientização Eh é bom em todos os sentidos e Principalmente nesse da gente ter esse papel de Agente né no nosso próprio bem-estar e não ficar esperando só o terceirizado das políticas públicas porque nós fazemos parte disso né certamente a gente tem que ser um participante ativo no nosso processo
de envelhecimento porque nós que estamos envelhecendo então nós que temos que tomar as nossas decisões fazer as nossas escolhas quando a gente fala em relação à mídia social não é nem a questão de usar a mídia social como você usa essa mídia social tem tido uma série de impactos agora meninos que teve recentemente um caso que se se se suicidou por causa do da utilização de um amigo na Inteligência Artificial que a pessoa cria entendeu então a A questão não é você você não vai conseguir impedir né porque mas ela auxilia entendeu então você tem
que orientar como usar né saiu um estudo recente falando dos maratonistas de seriado né o quanto isso impacta na saúde física e mental mas não é que você não vá assistir os seus seriados né o quanto você prioriza esse seriado em relação a um Convívio com a pessoa sair com seu seus amigos ou praticar uma atividade física então toda a questão de você escolher dor Egídio falando em Cuidado eh cada vez mais as pessoas elas estão mais independentes e e a taxa de natalidade diminuindo Como que você vê e essa coisa do cuidado já que
cada vez menos a gente tem redes especialmente de familiares que que vão tratar de cuidar desse idoso lá na frente hoje a gente tem cada vez menos essa perspectiva já que a a o o filho é as pessoas são globais né nem sempre elas estão com a gente então as famílias estão cada vez menores as famílias nucleares né então a gente vai ter cada vez mais uma pacidade de pessoas da família para cuidar isso já tá sendo previsto o que nós temos aqui é uma problemática muito grande porque nós temos uma atividade que não é
legalizada né então você tem um cuidador que ele não é encarado como um profissional não é então você tem uma formação completamente heterogênea então você pode se tornar um cuidador com curso de 2 horas online ou você pode se tornar um cuidador com curso presencial de um ano né Isso vai diferenciar você em relação à pessoa que tá te empregando Muito provavelmente não a pessoa que tá te empregando ela vai querer um cuidador mais barato né porque nem quer um cuidador né É mas isso tem que ser mudado né porque você não vai ter quem
cuide e você vai ter que se respond alguém que cuide e cuide bem né porque as pessoas como você falou estão envelhecendo e precisarão de cuidado obviamente se ao invés de esse bem ao invés de precisar de 10 anos de cuidado eu precisará de 1 ano o que já é muito do ponto de vista de impacto Positivo né mas você tem que se programar para isso Japão que é uma população extremamente idosa com poucos jovens e uma sociedade que não admite imigração Eles são muito xenofóbicos em relação à imigração eles estão utilizando tecnologia para isso
existem robôs que cuidam né E aí tem um aspecto muito interessante é que as pessoas estão se apegando aos seus robôs né então os robôs passam a ter um vínculo sentimental com aquela pessoa que você fala nossa né aonde a gente tá chegando mascul eh só voltando pegando o gancho do senhor agora eh o senhor acabou de falar que as pessoas estão se apegando aos robôs e isso só prova Porque as pessoas não vivem sozinhas né Eh nós somos pessoas ser humanos e a gente tem que viver junto com o outro eh pensando nessa sociedade
fluida que nós estamos vivendo onde os jovens são totalmente eh conect ados na nas suas eh no seu mundinho são individualistas e pouco interagem e pouco eh presta atenção na na na na cultura sólida naquilo que te dá eh o engajamento maior com a família que te dá uma sensação de pertencimento eh como que o senhor vê eh a forma de de de atingir esses jovens daqui 30 anos por exemplo Porque hoje a gente tá aqui mas a gente tem uma base mais sólida a gente vem de uma modernidade sólida né a gente traz esse
resquício e esses jovens que tá dentro dessa fluidez toda como o senhor vê eles hoje o senhor consegue encapar eh chegar Neles hoje é assim toda geração tem eh os seus preceitos que tentam obviamente contrados da geração anterior obviamente quando a gente pega essa geração mais jovem a gente tem que entender a cultura em que eles vivem e não somente assim não somente criticar então muito do contexto de Ah eu sou parte da geração z eu faço parte da geração x eu faço parte da geração Milênio Y isso é mais uma forma de você classificar
as pessoas e isso impede com que essas gerações se comuniquem então uma forma boa de desmistificar isso é através das práticas intergeracionais existe um estudo feito com milhares de jovens norte-americanos que mostrou que a grande maioria deles não t uma relação com pessoas com mais de 10 anos de diferença em relação a eles se nós mesmos pegarmos o nosso círculo de amigos muito provavelmente a maioria A grande maioria tem entre 10 anos a mais ou a menos no máximo a gente não vive muito em ambientes intergeracionais isso faz com que a gente não consiga efetivar
trocas porque uma relação intergeneracional não é só misturar um monte de gente com idades diferentes no ambiente é você ter uma troca uma transferência positiva de experiências e conhecimentos isso que é intergeracionalidade e na maioria das vezes a gente não tem isso então não é daqui a 30 anos né ele tem que mudar isso hoje porque os dados são muito alarmantes mais de 30% dos jovens norte--americanos não tem um amigo uma pessoa com quem ele possa ligar né por isso que ele fica criando amigos de acordo com o perfil dele que vão dar somente respostas
positivas para ele porque ele não consegue lidar com perdas frustração então no processo de vida Isso vai ser muito complicado porque a vida é feita de frustrações né e as frustrações são algo positivo porque te ajudam a crescer então é é é é complexo mas eu acho que a chave disso é convívio convívio e relações eu fiz uma uma pesquisa com os alunos de medicina que mostrou também que 40% deles eram pessoas que não tinham contato com modelos positivos de envelhecimento que não fosse o envelhecimento do pai e da mãe e algum do avô da
avó mas isso não faz com que eles fossem os tornassem menos idad distas eles se tornam mais as ao longo do curso médico e isso faz com que eles não consigam perceber o envelhecimento de uma forma positiva isso os afastam de outras pessoas mais velhas e o mais velho para eles não é uma pessoa de 60 a 70 anos o mais velho para ele uma pessoa de 30 e poucos anos então isso já é o mais velho né então a gente tá falando aqui pensando nesse contexto de Universidade existe o ânimos do do do de
incluir nos currículos médicos e de saúde essa essa esse conceito de de intergeracionalidade para esses alunos que há necessidade desse convid que H necessidade desse existe a USP 60 mais já é uma política é uma política que tá disseminada não todos os Camp na grade então na grade curricular eles estão incluídos eles têm contato com pessoas 60 a mais obviamente que isso Varia muito de unidade para unidade porque uma oferta que o coordenador da disciplina faz pra gente mas é algo que já existe há 30 anos a gente estava comentando e algo que tem que
ser difundido né porque no conceito intergeracionalidade aent mais ela foi pioneira ela não foi a primeira do Brasil das Universidades abertas mas ela foi pioneira no Brasil e no mundo também dessa questão de misturar gente diferentes faixas etárias dentro de um ambiente controlado eu vou ter que frustrar todos falando de frustração porque eu tenho certeza que ficaríamos aqui mais 5 6 horas mas não é possível então eu só vou fazer um rapidíssimo comentário vou passar para uma pergunta aqui que ele tá me pedindo e nós vamos ter que encerrar eh não só sobre aqu aquela
experiência no Japão né do do robô eu vi um documentário eu não vou lembrar agora qual dos países nórdicos Mas eles têm um um experimento que eu acho que é mais interessante que o robô que eles estão usando jovens então o jovem ele faz Cria um banco de horas que ele pode atender o idoso então o idoso precisa um acompanhamento para ir no médico ou no supermercado então ele atende uma hora Du horas ele vai criando aquele Banco de Horas que daí vai ser somado a aposentadoria dele ele vai se aposentar mais cedo mas eu
vou passar PR ú isso existe também na Holanda as pessoas alugam quartos na Inglaterra pessoas que vivem por exemplo numa casa grande os filhos foram embora o marido morreu tá ela sozinha habitualmente a viúva que fica né num numa casa com quatro quartos e aí ela pode aceitar aquele estudante habitualmente um estudante universitário e ele vai ter que dar uma moeda de troca Qual é moeda de troca sair para passear com essa pessoa inserir essa pessoa no universo digital Então isso é muito bom Isso é muito bom eh Boa tarde eh um prazer est aqui
né te ouvir eh reconheço que eh te ouvir Deu até um conforto e eu trabalho no Instituto J Clemente no serviço de longevidade a gente trabalha bastante com intergen nacionalidade porque a gente atende 14 anos mais no nosso setor eh a gente trabalha com pessoas com deficiência intelectual transtorno espectro autista e doenças Aras a gente sabe que em muitos casos o envelhecimento ele acontece de maneira precoce e um pouquinho mais acentuada e acelerada eh o Quando eu digo conforto porque a gente trabalha com essa questão da autonomia da independência da do convívio e relação social
a gente trabalha com a questão da de de manutenção das habilidades cognitivas né psicossociais Eh funcionais e tal até queria eh entender um pouquinho se você tem algo a somar com relação a isso e mas a gente eh convive por vezes com uma realidade por exemplo Hoje eu tava conversando com o pai de uma pessoa que a gente atende e que é com síndrome de Down e que é acompanhada no ipq no no instituto de Psiquiatria e e tá para sair um diagnóstico de demência do filho então a gente a gente lida com essa situação
isso não é tão incomum para nós né então a gente queria eh que você fala queria que eu falei a gente porque o pessoal tá em casa tá no no no no Instituto eh te ouvindo também né Eu que acabei vindo eh queria ouvir um pouquinho de você sobre essa realidade que a gente eh eh eh acompanha lá todos os dias e sobe um pouquinho se você tem algo a somar com relação ao trabalho que a gente eh que eu falei rapidamente que a gente desenvolve eu acho que você falou duas coisas super importantes que
é a questão de você preservar o máximo possível autonomia e Independência daquela pessoa sua porque o camento da independência da sua liberdade de ação de você definir o que é importante para sua vida eu acho que é o aspecto mais brutal que você pode fazer em relação a pessoa que tá envelhecendo e muitas vezes a gente faz isso de uma forma inconsciente quando a gente patronize que a gente tá sendo carinhoso né eu falo com os meus alunos isso não é carinho Isso é questão de você colocar o outro numa situação de dependência de você
e você definir para ele o que é importante para a vida dele então a criança você infantiliza porque a criança não tem capacidade de definir mas o idoso você eu infantilizar você tira toda a autoestima dele então primeiro a gente perceber muito bem o discurso que a gente usa né porque outra questão é que a gente adapta o nosso discurso baseado no viés de que o idoso não tem capacidade de entender então como é que a gente faz isso inconscientemente a gente utiliza frases mais simples a gente repete quando não precisa repetir a gente muda
a tonalidade entonação das nossas frases num coisa demais então isso impacta negativamente existe vários estudos que mostram que o paciente com demência submetido a um discurso infantilizados ele fica mais agressivo ele não segue as recomendações né e muitas vezes ele não consegue verbalizar isso e o que que ele faz ele adota o modelo que esperam dele então ele vai se tornando cada vez mais dependente Então você tem que ter muito cuidado quando você tá lidando com isso e outro aspecto que você troue nós tivemos recentemente o prmio USP arte e literatura acenta mais e um
dos Contos selecionados foi o conto doce senhora que é isso né o conto é o seguinte pessoal de reportagem jornalistas estav fazendo uma matéria um documentário sobre demência aí eles vão visitar uma senhora numa casa que ela vivia com a filha só que nesse contexto a filha esta demenci e ela não né E ela Cuida dessa filha Mas qual er A grande preocupação dela ela morrer e a filha ficar e aí o que seria dessa filha né E aí o conto é um conto muito impactante porque no final ela acaba se matando e matando a
filha né eu li o conto porque é é é é impactante né Eu falei pra autor eu falei assim nossa é uma coisa assim mas é uma realidade que pode acontecer e as pessoas TM que estar preparadas para isso se você tivesse uma sociedade estruturada no Cuidado o impacto seria muito menor porque você teria certeza que sua filha seria cuidada adequadamente no momento que você morresse Mas agora você não tem mais isso você não tem ainda isso e muito dificilmente você terá né mas quando a gente pensa por exemplo que 150 milhões de pessoas terão
demência 250 essa é uma realidade que não dá paraa gente tapar os olhos Nós Temos que enfrentar isso por mais doloroso que seja né então tem que existir todo um preparo mas eu acho que a tranquilidade existirá quando aquele capital segurança sabe tiver fortalecido quando existir essa cultura do Cuidado inserindo em todos nós né quando existir mais solidariedade mais empatia mas aí eu tô falando aí de uma sociedade utópica né obrigado dor obrigado bom então Agradeço o Dr egit e todos os [Aplausos] presentes obrig muito obrigada foi ótimo eu sei que se eu deixasse a
gente ia sair daqui às 6 horas da tarde