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Video Transcript:
[Música] Boa noite a todos e a todos que estão aqui nesse encontro né do lei Sul sou a professora Simone Albuquerque aqui da faculdade de educação da urgs coordenadora regional do compromisso Nacional criança alfabetizada no que se refere à formação de educação infantil através do projeto leitura escrita na educação infantil eh primeiro então queria dar as boas-vindas né uma noite especial mais uma noite né em que nos encontr para fazer um percurso Um percurso de Formação com todos os professores né com os formadores municipais os formadores estaduais que estão né iniciando esse processo formativo conosco
nesse momento é importante ressaltar né que estamos aqui especial com convite né ao Paraná ao estado de Santa Catarina e de alguma forma né convidamos né divulgamos a Live no Rio Grande do Sul nós estamos aqui em Porto Alegre e por isso para iniciar a nossa Live Nós gostaríamos de fazer uma homenagem né ao nosso estado a um estado que nesse momento se encontra né num processo de muita dificuldade com uma calamidade né climática de infraestrutura das nossas cidades no Rio Grande do Sul mas que muito as professoras né estão vivendo um dos momentos mais
difíceis de suas vidas queremos homenagear a todas essas professoras formadoras né que nesse momento passam por essas dificuldades e agradecer também as nossas colegas a todos os que envolvidos né nos estados do Paraná Santa Catarina de todo o Brasil que tem nos acolhido nos ajudado suas forças né seja de qualquer dimensão infraestrutura alimentos agradecer o lei Sul também está de mão dadas com todas as professoras do Rio Grande do Sul e agradece né de coração as professoras deos outros estados brasileiros que nos acolhem então para dar início a essa Live e homenageando o Estado do
Rio Grande do Sul a gente escolheu uma poesia e essa imagem que nos trata esse momento esse momento difícil mas que será né vivenciado com muita força para que a gente possa dar seguimento a esse projeto então uma homenagem um poema ao Rio Grande do Sul no poema bem Gaúcho minha província de São Pedro que agora pedindo ajuda vendo a paisagem que muda ela que era Verdejante que não será como antes eu conto e que Deus acuda eu canto que a todos levante já aí vão 5000 anos suméria índia Egito e mesmo assim eu não
acredito que nós pobres humanos cristãos ou pagãos ainda não Vimos que a chuva pão de grãos e Vinho da Uva nos dá mas também às vezes é a causa de tantos reveses da Lama que a água curva da cidade destruída da vida que são levadas no jogo do Tudo ou Nada a luta nunca é perdida pois se há sentido na vida lutar é mais que um dever lutar é o meu próprio ser aqui na terra farrapa ninguém nos tira do mapa nem nos faz esmorecer nem nada pode arruinar quem já nasceu pelando de sentinela guardando
sob sol sobre o luar sobre a alegria e o pesar sobre a escassez e a fortuna os confins deste Brasil a nação que nos pariu pelar é a nossa cultura sofremos sim mas sabendo que será se há morte se há uma cruz a cruz é a Vitória se H luta se há tragédia puxamos bem firmes a rede choramos com nosso cantar mas sempre de pé a lutar sofremos mas sempre de pé sofremos mas sempre com fé só sofre quem soube amar então é nessa perspectiva né de dessas mulheres guerreiras pelei né no cotidiano dessas escolas
e que hoje estão mantendo a vida e que nós queremos também ter essa noite uma noite especial de formação uma convidada muito especial que vai ser apresentada agora pela minha colega Dani Boa noite obrigada Simone né ouvi essa poesia dá um um um um quentinho né no coração na Perspectiva que temos pela frente antes de apresentar a nossa convidada especial eu queria destacar que é um prazer para nós estarmos aqui né com vocês garantindo esse momento tão importante que dá continuidade ao processo formativo que nós preparamos para a região sul eh então Eh Dizer para
vocês que agora no chat nós vamos colocar um link né com formulário para eh a nossa investigação acerca de quem está conosco nesse momento participando da Live né Para nós é muito importante a gente faz essa investigação para conhecer um pouco mais esse público como que as pessoas têm eh acessado as nossas informações como que elas acompanham né esse trabalho que a a gente tem realizado remotamente então a gente pede que as pessoas preencham esse link Nós faremos depois a Na continuidade da Live ao longo da Live conforme vocês quiserem fazer eh perguntas vocês devem
fazer sempre colocando eh inicialmente a a sigla do estado para que a gente possa também localizar né melhor as perguntas e sabendo da onde elas vêm né então coloquem a antes da pergunta a sigla do estado e façam a sua pergunta né paraa professora Lica ao final da fala dela ela vai a gente vai ter um tempo para essa para essa esse diálogo né então nós vamos fazer a um tempo né de cerca de 50 minutos a 1 hora de Fala logo após a a gente vai convidar as coordenadoras do do Estado do Paraná e
de Santa Catarina do lei né que farão daí a mediação dessas questões que que vierem ao chat bem então agora vou iniciar apresentando né a nossa querida Lica a professora Maria Carmen Silveira Barbosa para muitos de nós dispensa apresentações dada sua contribuição à educação infantil nas últimas três décadas professora aposentada da faculdade de educação da urgs né ajudou a construir a área de educação infantil dessa nessa Universidade Assim como colaborou para a construção da Educação Infantil brasileira participando de inúmeros projetos de âmbito nacional que incidiram nas políticas públicas para essa etapa da Educação Básica dentre
tantas realizações podemos citar a pesquisa Nacional sobre as propostas pedagógicas da Educação Infantil a consultoria para bncc da Educação Infantil e a sua vasta contribuição tanto para a formação ial no curso de pedagogia da urgs como na orientação de dissertações e teses pela pós-graduação desta Universidade eh orientando eh estudantes de todo o Brasil né envolvendo diversas temáticas da educação infantil A Lica é membra da do mieib e fundadora do Fiji agora né Eu quero convidar essa amiga querida parceira em tantas em tantas ações e mais nesta caminhada para abordar leitura escrita na educação infantil e
seus entrelaçamentos com o currículo e a docência eh Quero só dizer também que essa apresentação foi mínima mas só pra gente não gastar muito tempo né Aica é em si é a própria apresentação obrigada lic obrigada Dani que bonito não é isso eh né 30 anos trabalhando tem um currículo muito grande né não teria como não ser assim mas eu tô muito feliz tá com vocês aqui essa noite como vocês sabem não é um momento muito fácil muitas vezes né pra gente eh pensar estudar né mas ao mesmo tempo né como a a a poesia
diz né sei lá vida vida é luta né vida é continuidade é insistir né Eh é não desistir eu acho que que esse é o convite né para pra gente conversar né é super bom est com colegas do Rio Grande do Sul de Santa Catarina eu acho que eh foram os os estados que primeiro vieram nos ajudar são os nossos vizinhos né hoje de manhã mesmo eu tive que ir até a defesa civil e tinha uma caminhonete estacionada Defesa Civil do Paraná né e eu fiquei pensando Olha só n as pessoas aqui ajudando né né
é uma eu acho que assim foi uma é uma solidariedade uma rede de solidariedade muito bonita e que nos deixa muito comprometidos em poder fazer coisas muito boas né para Essa sociedade que tem nos nos ajudado né então Eh mesmo que o que a gente esteja vendo ainda nas ruas né as colegas comentavam das ruas de Porto Alegre eh né aqui na minha cidade as coisas já estão um pouco mais eh adiantadas porque a chuva Ah já parou há mais tempo então já né as pessoas já estão sendo recolocadas mas é um momento de de
muita tristeza né e e e eu acho que assim pensando um pouco no que eu vou conversar com vocês eu acho que assim é é um é um momento em que as pessoas estão precisando muito ser escutadas né e eu acho que todos nós aí eu tô falando específica eu sei que o Rio Grande do Sul não não tá aqui não né o convite maior foi para Santa Catarina em Paraná mas assim o quanto vai ser importante escutar as nossas professoras e escutar as nossas crianças né E essas professoras escutarem as crianças né porque contar
a história dessa experiência de vida é a forma possível para todo mundo elaborar né e com contar usando aquilo que a gente sempre vem chamando as múltiplas linguagens né As crianças vão nos contar brincando as crianças vão nos contar desenhando as crianças vão contar dramatizando eh fazendo eh todas as possibilidades né de elaboração que elas têm dessa experiência que foi uma experiência tão intensa né então eh eu acho que assim em nome de de todos esses nossos né Eh tanto colegas professores como todos esses nossos eh todos os cidadãos né do do nosso país que
foram atingidos por isso né merecem que a gente tenha os olhos e as mãos e o nosso pensamento muito próximo deles e que a gente possa né escutar essas essas histórias né e eu espero que as secretarias de educação tenham bastante sensibilidade na retomar das atividades né Nós temos escolas que precisam ser rearranjadas nós temos professores que também tiveram as suas vidas afetadas nós temos crianças que Talvez tenham que modificar suas turmas talvez por adaptações necessárias à comunidade né então assim vai exigir muito muita maturidade e muita solidariedade de todos nós para que a gente
possa tomar o trabalho né Eh com as crianças bem então Eh eu fiquei pensando um pouco como estruturar né essa conversa porque é uma conversa de muitos temas e pouco tempo né então eu pensei em começar um pouco falando sobre eh a educação infantil em geral né e começando um pouco eu sei que a gente não não vocês são basicamente professores de de qu e 5 anos da pré-escola mas assim ó desde a creche né Eh Começando por lá né a gente eh definiu nas diretrizes que a escola de educação infantil é um espaço social
né dedicado à infância a pequena infância né do zero ao 6 anos é um espaço que tem que ser um espaço cultural um espaço artístico um espaço científico um espaço natural né onde todas as crianças poderão ter inúmeras vivências né Elas vão poder encontrar nesse lugar né todas as linguagens simbólicas humanas né que foram construíd ao longo de muitas e muitas eh de milhares né não seriam muitas milhares de gerações né Eh então é é é esse lugar que a gente tem que pensar que é o lugar da escola de educação infantil né não é
uma escola tradicional ela não é um lugar de transmissão de informações e de cobrança de informações ela é um lugar de vida é um lugar ela precisa ser um lugar de alegria ela precisa ser um lugar eh de relações empáticas né Essa essa é a ideia né que a gente lendo as izes da educação infantil né E lá nas diretrizes a gente vai dizer que existem dois grandes eixos na educação infantil que é a brincadeira e as interações entre as pessoas né e eu queria começar então um pouco falando assim o que que tem a
ver a linguagem oral a linguagem escrita e a leitura com as brincadeiras e as interações eu queria começar falando disso porque eu acho que às vezes a gente opõe esses esses dois mundos que não são mundos opostos né Eh por exemplo eu sou uma pessoa que gosto muito de ler né então Eh nos meus momentos de lazer além de ler nos momentos de trabalho eh pegar um romance num sábado de tarde sentar numa boa cadeira ou no sofá ou na cama e ler um romance é uma das coisas que eu mais gosto de fazer assim
é a minha brinc de adulto né é isso assim é o que me traz esse espírito de ludicidade então eh essas coisas não não estão separadas né Essas essas linguagens né a oralidade a escrita e a leitura elas fazem parte das 100 linguagens da cultura e que as crianças aprendem né para se exercitar como pessoas tá então as crianças as nossas crianças hoje elas vivem no m onde a cultura letrada tá presente né tá tá tá presente no no caminho entre a casa e escola tá presente na casa tá presente nos nos próprios brinquedos né
então assim as crianças sabem que isso existe né só que assim o fato de saber que existe não é suficiente né As crianças observam mas elas precisam de adultos que interajam com elas e que ajudem as Crianças A pensarem um pouco sobre esses essas três linguagens especialmente eu falaria de outras linguagens se fosse o caso se nesse momento nós tivéssemos a noite toda para falar de várias linguagens eu vou me centrar nessas três né porque são as que dizem muito respeito a a ao projeto né que vocês eh estão né esse programa que vocês estão
tão participando então assim desde a creche dos desde os bebês as crianças vão ter contato elas podem ter contato com a leitura com os livros né porque desde muito cedo os bebês gostam de escutar histórias Né desde muito cedo os bebês gostam de pegar os livros e folhar os livros e olhar as imagens né E então aí a gente já entra em toda uma uma ideia assim de de de da imagem a linguagem imagética né que também tá presente né As crianças leem os textos das histórias pelas imagens apontam o dedo tentam dizer o nome
do auau que tá ali naquela figura né todas essas coisas acontecem com as crianças desde bebês portanto a linguagem escrita ela participa da nossa vida né desde que os espaços onde essas crianças convivam lhes ofereçam essas oportunidades né então eh uma um dos elementos importantes da Escola de Educação Infantil é oferecer essas oportunidades e especialmente oferecer essas oportunidades para aquelas crianças que não tem garantidas essas oportunidades nas suas próprias residências nas suas casas então isso se torna muito mais importante né também na na na na brincadeira quando a gente observa as crianças de 4 e
5 anos brincando e mesmo os bebês também eh se tiver se a brincadeira por exemplo leva que um dos personagens do jogo simbólico a mamãe vai ir no super qual é a lista de de de produtos que tem que ter Ah tem que comprar arroz tem que comprar feijão tem que comprar carne tem que comprar leite tem que comprar bem a gente escreve essa escrita não vai ser uma escrita como é a escrita da língua portuguesa mas vai ser uma primeira tentativa de registrar porque as crianças observam e participam do mundo e sabem que os
seus pais muitas vezes escrevem a lista do supermercado né então assim como as crianças vamos dizer assim aprendem a a a a a interagir e a brincar ao longo de toda a educação infantil a cultura letrada também vai entrar na vida das Crianças ao longo da da educação infantil né por essas brincadeiras que eles vão poder fazer com a cultura escrita né brincar com os livros brincar com as coisas que escrevem com os blocos com os caderninhos eh com com papel pardo Com todas essas esses materiais que a gente usa para desenhar e para escrever
né Então as crianças vão ir aprendendo né a brincar e a interagir né e a Escola de Educação Infantil ela tem que est plena ela tem que est cheia desses vestígios né de brinquedos de objetos naturais artificiais de vestimentas que incitam as crianças a brincarem que convidam as crianças a brincar assim como também precisa ter coisas escritas precisa ter leituras precisa ter teatro precisa ter música para convidar as crianças a conhecer essas linguagens né esse assim é uma das grandes tarefas que a gente tem eh com as crianças pequenas na escola de educação infantil né
Eh e é é favorecer o encontro com todas essas linguagens simbólicas para que elas interajam essas linguagens se apropriem dessas linguagens através da brincadeira e através do exercício de cada uma dessas linguagens que a gente também pode falar de brincadeira porque é brincar né cantar é brincar desenhar também é brincar né Toda tudo toda todas essas linguagens têm uma profunda ludicidade na vida das das crianças pequenas certo bem então é por isso isso que a gente não deve separar a leitura escrita e a oralidade da ideia Geral de interagir e brincar que tem nas diretrizes
elas são três linguagens que estão presentes nas múltiplas linguagens nós por que que nós trazemos elas né Eh de certa forma com uma certa preponderância né nessa noite é porque nós estamos tentando construir e modos de pensar essas linguagens no campo da Educação Infantil e não aquilo que a gente já tem muito sedimentado que são que é a presença por exemplo da linguagem escrita e da Leitura lá no ensino fundamental sobre isso nós temos milhares de livros milhares de experiências o que nós o nosso desafio né como grupo E vocês todas que estão aí me
assistindo né tem que se sentir comprometida com isso é colocar essa pergunta que que significa oralidade leitura e escrita com crianças pequenas não com crianças do ensino fundamental Não adianta trazer o modelo do Ensino Fundamental paraa educação infantil não vai dar certo a gente se pergunta até hoje porque que não tá dando certo no Fundamental e a gente sabe que não tá dando certo porque a gente vê todos esses resultados de provas que mostram que as crianças têm tido muita dificuldade de se alfabetizar no primeiro e segundo ano se elas estão com dificuldade de se
alfabetizar no primeiro e segundo ano com todos esses conhecimentos que a gente já tem sobre isso trazer para quando elas são menores quando elas estão num outro momento de vida e de pensamento não vai adiantar nada nós temos que pensar em propostas que sejam diferentes daquela e enriquecermos esse conhecimento sobre que propostas E são essas que proposições serão essas né Então esse é o nosso desafio talvez nesse programa né né constituir vamos dizer assim fortalecer já existe um um um um desenho né que é o programa o próprio programa já tem um desenho sobre isso
mas agora na prática poder criar cada vez né mais eh fortalecer essas ideias e talvez apresentar novas ideias bem eh Então vamos começar um pouco sobre conversando sobre as crianças como seres humanos Né desde que o mundo é mundo né como a gente diz quando conta história né todas as sociedades construíram formas de se comunicar né chamador desconhecido desculpe Deixa eu desligar aqui eh bem eh sempre a sociedades foram construindo formas de comunicação gestos né vozes movimentos né geralmente essas essas essas ações né acompanhavam situações por exemplo apontar para alguma coisa que se tá vendo
chamar alguém porque tem algum perigo né então assim a a a comunicação nasceu nas relações sociais nas interações entre os seres humanos né Depois eh dessas interações eh muito assim no no tempo presente eh essas comunidades E aí tô falando de diversas comunidades do mundo né pensando num num estudo mais Arqueológico e antropológico né foram construindo eh eh linguagens que a apoiavam a memória como por exemplo aquela ideia assim de fazer os desenhos dos boizinhos nas cavernas para poder contar e saber quantos bois que tinha para poder né acompanhar esse processo dos nascimentos né das
das ações realizadas né com com os animais né e posteriormente também a escrita que passa por um longo processo até chegar nas nossas eh letras atuais né então então assim toda a escrita pictográfica tudo isso então assim é é uma linda história e eu tenho certeza que todos os professores que vão trabalhar esse ano nessa perspectiva de pensar a leitura e a escrita com crianças pequenas deveriam pegar algum livro seja um livro infantil porque nós temos vários sejam livros adultos sobre a questão da leitura e da da da escrita né que antecede a leitura nesse
processo histórico né da escrita entre os seres humanos né E como é que a escrita e a leitura vão se construindo ao longo né do desenvolvimento humano né E então e junto com isso então junto com essa com esse nascimento da escrita né a gente também vai ter um paralelamente a isso um outro desenvolvimento que é muito importante e que as crianças vão viver muito na escola de educação infantil que é escutar e contar histórias né Eh se a gente for pesquisar eh eh na África se for pesquisar na Europa se for pesquisar aqui no
Brasil no Brasil Contemporâneo no Brasil assim Rural contemporâneo no Brasil por exemplo dos indígenas né que estão mais recolhidos do sei lá em regiões né do Amazonas do centrooeste e e os nossos próprios Guaranis né que que que que vivem por aqui eles são eh comunidades que contam muitas histórias né e e isso nos faz pensar que eh escutar e contar história é uma das grandes funções eh que se aprende como ser humano que nos distingue né de outro de todos os outros seres que existem no nosso ambiente né Essa nossa capacidade de escutar de
inventar de recontar histórias reais histórias de vidas ou histórias imaginadas né que vêm a partir dos sonhos que vê a os nossos desejos né Então essa é uma prática humana que sempre existiu e que hoje né devido a muito aí tô pensando assim nos centros urbanos Devido a muitos fatores as pessoas cada vez menos exercitam né Eh o contar histórias né e e dessa forma né Assim como brincar é uma ação que antes era muito expandida hoje tem ficado muito de responsabilidade da escola de educação infantil a contação de histórias também né e e e
e contar histórias tem um efeito muito importante paraas pessoas né Eh tem existe um um um todo um trabalho né de justiça restaurativa que trabalha com círculos de histórias né que é a possibilidade das pessoas conversarem falarem né para poder e e toda essa todo esse trabalho é feito a partir das experiências de contação histórias de histórias dos indígenas do Canadá Então vocês vem que eh eh eles descobriram que os que as crianças indígenas tinham eh menos eh problemas sociais de relacionamento com outras crianças e eles descobriram né que as crianças e os jovens participam
dessas rodas e conversam né então a o conversar o escutar a história o pensar sobre a história o trocar histórias parece ser alguma coisa inerente à formação humana né então eh eh eh quando as pessoas né pensem em um bebê quando nasce ele vai entrando no mundo de histórias é o mundo da história dos pais deles que se encontraram e e e e resolveram ter um bebê Claro tô falando uma história idealizada Nem sempre é essa história mas é uma história que eles esse casal escolheu um nome para essa criança Esse nome tem um significado
esse nome vai dizer alguma coisa para essa criança do que esses pais esperavam dela né então assim quando a gente nasce a gente vai entrando nessa história na história de uma família na história de um bairro na história de uma cultura né na história do time que essa a família torce na história em várias histórias e e e essa contação de histórias paraas crianças pequenas que é muito importante ajuda muito a criança a se constituir subjetivamente E aí que eu vou aprendendo quem eu sou pelo menos quem eu sou no início da minha vida eu
sou a quarta filha de um casal eu tenho três irmãs eu nasci numa cidade que é uma cidade pequena tudo isso vai me construir identidade vai me ajudar a construir pertencimento características sociais então assim essa contação das histórias ela é fundamental pras crianças e é por isso que todo o trabalho de contação de histórias que vocês já desenvolvem e vão desenvolver agora ao longo desse desse trabalho é fundamental e quanto mais as crianças vão crescendo Elas começam a ouvir se as primeiras histórias são histórias muito íntimas muito privadas depois quando elas estão com qu 5
anos elas vão ouvir a história do sei lá do esquimó que vive lá não sei aonde elas vão conhecer a história de um leão que vive lá na Savana elas vão conhecer muitas outras histórias de outros lugares com outras pessoas E essas histórias vão abrindo o mundo das crianças vão abrindo as possibilidades delas vão eh oferecendo para elas outros modos de eh falar sobre o mundo de compreender o mundo de perguntar sobre o mundo né então assim contar histórias é alguma coisa que os seres humanos também Sempre fizeram e que na educação infantil A gente
tem que fazer é quase como dieta mas assim a gente usa né dieta de histórias mas dizer assim uma dieta hipercalórica de histórias né nada de de dieta hipocalórica né muitas histórias muitas histórias diferentes que tenham imagens diferentes estruturas narrativas diferentes que sejam bonitas que tenham uma uma uma que que tenham assim eh concepções eh positiva sobre o mundo sobre a vida né sobre as experiências que as crianças tenham mesmo as experiências tristes como as que as crianças vivem mas histórias boas histórias né Não qualquer história histórias que são boas né histórias que nos tocam
né histórias que portanto nos transformam né Então a nossa vida de certa forma é isso é é é é começar lá com essas primeiras as histórias que a gente escuta doss pais da gente com as histórias que a gente vive com as histórias que a gente escuta e também com as histórias que a gente aprende a contar E e essa isso eu quero fazer uma ponte depois com o currículo sobre as histórias que as crianças aprendem a contar Tá então vamos entrar um pouco mais eu tenho que cuidar meu tempo para não não não me
atrasar muito então assim a e é muito fácil assim qualquer eh texto sobre educação infantil vai falar que o compromisso da educação infantil é com a oralidade Não é com a leitura e a escrita no sentido do que se fala de leitura escrita lá do Ensino Fundamental não é né Eh o que que é que a Por que que a oralidade é importante porque a fala né A fala é fundamental pro exercício do pensamento então na medida em que a criança e aí assim a partir dos 3 anos as crianças já tão com uma fala
bastante desenvolvida é claro que algumas coisas que ainda elas estão aprendendo mas assim o desenvolvimento humano nesses três primeiros anos é muito grande as crianças já tão né com a possibilidade de fala muito grande e elas precisam aprender a conversar né Eh elas precisam de muita de participar de muitas conversas né Essa é uma função muito importante e essa né e é por isso que na na na nas turmas de de de de educação infantil por exemplo além daquela dieta de ter sempre história também é importante que se tenha muitas conversas com o grupo conversas
de combinações conversas de debates de Exposição de né de contar uma experiência todas as conversas possíveis e as crianças precisam aprender a conversar conosco e conversar entre elas né Talvez um uma uma das grandes questões pro nosso mundo contemporâneo é pensar se a gente por que que a gente gente não aprendeu a conversar na escola por que que a hora de conversar era só a hora do recreio Por que que a gente só conversava com os nossos colegas mais próximos e não conversava por exemplo no meu tempo as meninas conversavam entre as meninas não conversavam
com os meninos Por que que a minha escola não propiciou que eu conversasse mais com os meninos e pudesse conhecer melhor um os meninos do que eu pude conhecer porque assim na minha escola né não se procurava tanto conversar e nem se nem se procurava misturar meninos e meninas né Eh crianças de diferentes tipos né isso não isso não tava colocado a oralidade era muito mais ver se as crianças sabiam pronunciar bem palavras se as crianças eh usavam gramaticalmente algumas eh né usavam os ses do plural isso e aquilo e era isso que era avaliado
né na oralidade se a criança tinha uma boa oralidade mas não nessa ideia da conversa né As crianças poderem ter espaços né para poder conversar e a né mas que também além dessa conversa Eh que que é a conversa do dia a dia né que é muito comum nas nossas escolas nas rodas de conversa mas que muitas vezes não são rodas de conversa então quando elas existirem que elas sejam efetivamente rodas para se conversar né Eh também é importante que os adultos ajudem nas conversas as crianças a terem atenção às palavras a pensar nas palavras
às vezes as crianças por exemplo explicam uma coisa mas pelo uso inadequado de uma palavra a outra os outros não entendem E então é uma possibilidade de tentar ajudar que ela fale de novo usando outras palavras né observando que uma mesma palavra pode ser compreendida de um jeito ou de outro de acordo com o interlocutor né então assim eh essa essa atenção a a às palavras né Ela é muito ela é muito interessante ela é muito importante para as crianças vocês começarem a se ligar um pouco mais nisso né então além dessa da da da
da conversa a gente também pode ajudar as crianças a a a escutarem o seu pensamento né porque as crianças às vezes vão falar uma coisa que elas estão pensando ainda e a gente ajuda assim não vamos dar uma paradinha todo mundo porque não é só aquela criança todo mundo vamos pensar primeiro e vamos falar né Depois vamos ouvir o que que é que o nosso pensamento nos diz quer dizer a gente vai introduzindo na vida das Crianças algumas coisas que são bastante abstratas e que se não houver um adulto que ajude elas a pensar nas
palavras assim como depois a gente vai ajudar a pensar em rimas a pensar em brincadeiras com com palavras as crianças eh vão fazendo essa Ação Sem Perceber assim como por exemplo a gente eh quando uma criança tá pegando um garfo A gente ajuda ela a dizer olha se pegar assim talvez fique mais fácil Talvez seja mais seguro Talvez seja né a nossa função é tá ali Para apoiar o desenvolvimento das crianças não é para ficar em silêncio e nem para se antecipar e e tecer um sermão sobre cada assunto não não é isso mas é
tá de olho é dar um desafio é dar um suporte né Essa é a função da gente né então assim essa essa eh essa a a a a linguagem oral né então assim vamos né voltar a à conversa outra questão muito importante é que a cultura oral né que nos possibilita muito a oralidade com as crianças é o a a é a cultura da nossa região é a cultura do nosso país né Toda cultura oral brasileira são manifestações culturais que as crianças conhecem muitas vezes não conhecem tanto conhecem mais as manifestações culturais da sua região
por exemplo pensar aqui no Rio Grande do Sul grande parte das crianças conhecem coisas sobre os gaúchos sobre a vida no campo sobre trovas sobre as danças típicas isso e aquilo mas na medida em que a gente consegue fazer com que essa cultura oral que desafia a linguagem verbal de um jeito muito interessante porque são os trava línguas porque são as cantigas porque são as brincadeiras cantadas tudo isso vai criando uma uma atenção e uma possibilidade de produção de linguagem muito grande para as crianças pequenas então a a a a a oralidade além da conversa
além de de relacionar a fala com o pensamento também é muito importante que o professor conheça outras manifestações eh orais da cultura popular brasileira não só aquelas da da região que a gente vive mas muitas outras né Essas essas brincadeiras com a linguagem vão fazer as crianças rirem muito se divertirem inventarem pensar sobre a língua trocar então eh eh as palavras terminam em ar e aí a gente vai fazer em er em ir e a gente vai trocando eh todas essas brincadeiras que as crianças fazem desde o telefone sem fio até eh dizer versos tudo
isso são eh ações especialmente importantes pras crianças com isso a gente não tá fazendo um treino fonético paraas crianças mas a gente tá possibilitando as crianças a pensar nas sonoridades que produzem né e isso é muito importante tá então eh essa a a a a a a linguagem oral ela também vai dar suporte a um outro elemento né que tá aqui nos acompanhando Desde do início que são as brincadeiras né aí pelos 3 4 anos a brinc começa a ser muito oralizada se antes disso a brincadeira era muito mais corpórea as crianças brincavam muito mais
correndo eh pegando né fazendo ações mais sensoriais mais motoras isso e aquilo porque é um corpo que tá é aí nos 4 C anos que a linguagem vai favorecer a brincadeira e aí a gente vai ver por exemplo muito no no no brincar de faz de conta que as crianças começam a viver no presente mas também a falar do passado também a falar do Futuro Elas começam a imaginar a construir histórias a fazer de conta a vivir diferentes né de diferentes jeitos então assim essa oralidade ela vai ter muito a ver com as brincadeiras de
faz de conta né então brincadeiras de linguagem né brincadeiras da cultura popular e brincar de faz de Cont tá então isso é super importante então agora a gente já abordou né dois aspectos importantes dessa noite né que é que são as histórias e por enquanto a gente falou mais da contação né e da escuta de histórias falamos da oralidade desses três aspectos E aí a gente também vai falar um eu vou falar um pouquinho sobre a escrita pensando um pouco na escrita na educação infantil né eu acho que tem dois caminhos importantes da escrita na
educação infantil né um caminho é a escrita como uma uma linguagem que nos ajuda a organizar a vida a compreender a vida né que que eu quero dizer com isso né quando a gente pensa por exemplo numa professora eh geralmente ela planeja a vida das crianças na escola né ela tem a agenda dela ela organiza o planejamento dela ela escreve tudo isso ela tem o sei lá o livro de chamada ela tem o caderno diário dela ela escreve muito só que as crianças ficam completamente afastadas dessa escrita porque essa é escrita da professora porque a
escrita na escola de educação infantil ela é um espaço dos adultos e não das crianças o o meu convite é que eh vocês compartilhem a escrita de vocês com as crianças a gente pode e e e é muito importante assim porque a escrita Ela não é uma ferramenta natural a gente não nasce sabendo Eh escrever né Assim como não nasce sabendo ler e a gente só aprende na medida em que a nossa cultura incide sobre nós e crianças podem receber essa incidência da cultura Não no sentido de um professor que vai ensinar ela a letrinha
mas no sentido de a professora eh pensou eh combina com as criança sobre como é que a gente vai organizar hoje o nosso dia a gente vai começar fazendo isso isso isso e aquilo bem a gente pode escrever isso na na na nossa Ou a gente pode ter cartões que digam isso como a gente tinha aquelas aqueles eh cartões de rotina né então assim São escritas né aí as crianças vão vendo que existe um jeito de organizar o tempo porque a escrita ela ela nos traz uma função temporal muito importante ela é a nossa memória
né Ela é memória do passado e ela é projeto de futuro Ah eu quero fazer uma viagem a primeira coisa que eu faço é desenhar o mapa E aí seria o desenho que é uma outra versão de escrita ou fazer a lista das cidades que eu quero conhecer né Por quê Porque a escrita né ela tem essa função social então na escola a gente tem que procurar todas as situações né que são possíveis de usar a escrita né Não a escrita para ser cobrada das crianças para ser repetitiva isso tudo eles vão ter lá com
se 7 anos né mas compreender a a ideia geral da escrita para que que serve escrever para que que serve ler né e e e isso vai ser vamos dizer assim eh ao mesmo tempo que essa escrita né vai sendo apresentada as crianças de diferentes formas Ah eu achei uma revista ontem e lembrei de vocês quando li esse texto aí eu mostro a revista e o texto eu vou contar para eles que eram textos sobre Eh sei lá o o a ponte da cidade que caiu mas eu vou contar eu vou ler esse texto mostrar
a imagem eu vou e eles vão trazer textos também assim é muito importante que os textos não sejam vamos dizer assim começa com a professora esse trabalho mas esse trabalho vai paraa família que eles Tragam escritas que eles né né então assim a ideia da escrita como alguma coisa que serve para muitas outras também ajuda a construir o desejo nas crianças de escrever né porque eh os seres humanos começaram a escrever lá naquelas suas paredes das suas cavernas porque tiveram a necessidade e o desejo de fazer isso e a gente precisa mostrar paraas crianças né
que esse desejo e essa necessidade estão por aí e que eles participam disso e que eles podem né Eh o vigotsky e o lúria eles têm todo um trabalho que certamente vocês conhecem tem um texto clássico do vigot no formação social da mente tem um texto clássico do lúria eh num livro também que é é uma uma coletânia de textos bem antiga sobre os sobre leura escrita né E eles têm uma hipótese muito interessante né que o desenho é a pré-história da escrita né as crianças começam a fazer essas marcas com os desenhos assim como
seres humanos fizeram há milhões de anos atrás e o desenho né ao longo do do do seu percurso assim no início desenho letra número tudo isso é a mesma coisa para uma criança né assim me lembro de crianças de 2 anos escrevendo Então como elas estavam escrevendo eram bolinhas bolinhas risquinhos Elas Não desenhavam elas sabiam um pouco o que que é escrever e o que que é desenhar mas não tanto mas nessa idade nos qu e 5 anos as crianças já estão começando a perceber que desenhar e escr Ver é diferente e Então nesse momento
começa a haver assim uma bifurcação Então se por por um lado a gente vai eh enfrentar escrita um pouco pelo planejamento e pelo pela pela pelo registro da vida do grupo né por essas situações funcionais que a gente vai criando dentro da sala a gente também tem que oferecer paraas crianças muitas possibilidades de de desenho voltamos à dieta as crianças precisam desenhar sempre que quiserem então assim ter um Ateliê na sala com diferentes eh materiais eh né lápis de cor lápis Preto caneta canetinha se o que a gente puder ter né a gente sabe que
o nosso país e o nosso estado e nosso a nossa região é desigual dentro dos mesmos dos estados tem bem um espaço onde sempre as crianças possam desenhar né porque o desenho vai criando PR as crianças uma grande relevância por quê Porque o desenho ele nos ajuda a pensar né O desenho é uma uma eh é uma formação né do pensamento que nos ajuda muito pensar então por exemplo quando as crianças estão desenhando elas não estão fazendo só riscos motores quando elas estão com qu e 5 anos elas estão pensando elas estão pensando sobre aquilo
que elas estão desenhando e é muito comum a gente ver as crianças contando longas histórias sobre aquilo que elas estão desenhando quase como se fosse uma história em quadrinho né o o Fulano tava aqui daí ele foi brincar lá e aí el Vai contando aí olha o desenho do outro pega um desenho do outro e traz para o dele né Puxa aquele desenho parecido né e o desenho ele vai ficando ele é tão eh pessoal tão que por exemplo Às vezes a gente coloca assim vários desenhos na sala naqueles varais assim Ah esse é o
desenho da Luísa porque a boneca dela é assim porque eu não sei o que do outro é assim né então assim as crianças vão eh o desenho é um momento muito importante paraas crianças assim de respirar de parar de respirar de se conectar com o seu pensamento e expressar né seus sentimentos seu pensamento e isso é fundamental a gente também faz isso a gente também muitas vezes né desenha algumas coisas por exemplo a gente tá lendo um texto aí tá pensando no texto e aquilo aí de repente faz um esquema porque a gente né tá
sintetizando aquele aquele aquele trabalho né num pensamento né quer dizer sintetizando aquele pensamento num esquema né então assim isso as crianças vão fazendo e vão fazendo com o desenho né E aí assim essa é uma linguagem tem um pequeno vocês vão ter que esperar um minutinho que tem um gato querendo sair daqui eu preciso abrir a porta ela ainda não sabe abrir a porta sozinha vamos lá passa pronto desculpe a a interrupção mas é que senão ela ia ficar miando miando aqui né então isso assim a escrita Vamos pensar assim por essas experiências da vida
cotidiana onde a escrita é um instrumento para nós que a gente compartilhe com as crianças Esse instrumento leva um bilhete lá paraa diretora como é mesmo o nome da diretora Ah é a Teresa Ah então eu vou dobrar o bilhete e vou colocar aqui o nome nome dela Teresa né porque a gente põe o nome das pessoas no bilhete leva lá o bilhete tudo isso são informações que as crianças começam a pensar quando ela for fazer um bilhete certamente ela vai fazer algumas coisas que se pareçam a uma escrita na porta na na na frente
do bilhete né então esses dois elementos de da escrita né são eh fundamentais e agora uma uma a terceira questão só para para finalizar né eu comecei com as linguagens e quero terminar com as linguagens né que que são quando a gente fala sem linguagens das Crianças eh não é que a criança nasça e que temha na genética delas sem linguagens né as as linguagens simbólicas elas foram construídas na história né ao longo da história dos seres humanos eles for foram construindo histórias histórias que começam por exemplo com o o os eh com as danças
por exemplo com as danças né grande parte por exemplo dos grupos humanos dançaram construíram danças essas danças se tornaram ritualísticas acompanhadas ou não de sonoridades de instrumentos bem essa a a linguagem musical a linguagem sonora ela nasce lá né E ela vem se desenvolvendo e hoje a gente tem tanto conhecimento sobre isso que nós temos até uma faculdade de música que explora né que que ensina as pessoas a tocar em instrumentos que faz grandes Consertos eh que possibilita a criação musical isso aquilo quer dizer então assim a as linguagens têm uma longa história e os
seres humanos já construíram muitas e seguem construindo Por exemplo agora a gente tá construindo a inteligência artificial que é uma linguagem a mais né o que que acontece com as crianças elas entram nesse mundo cheio de linguagens e elas vão aprendendo essas linguagens elas vão se inserindo e Elas começam a usar essas linguagens para se expressar elas vão se expressar pela linguagem oral elas vão se expressar pelo desenho elas vão porque a aprendizagem é no momento em que a que elas estão aprendendo que elas estão também aprendendo a se expressar né e uma coisa muito
interessante na educação infantil é a gente trabalhar com as múltiplas linguagens ao mesmo tempo por exemplo as crianças eh fazem coisas né então assim na creche né o corpo delas tá permanentemente em Ação né porque elas estão percebendo sentindo fazendo né tudo tudo ao mesmo tempo e eh mas aí elas podem vamos dizer assim passar deste fazer para conversar elas podem passar desse conversar para contar aquilo que estavam fazendo através de uma peça de teatro elas podem A partir dessa peça de teatro criar uma música com determinadas palavras elas podem quer dizer cada vez que
as crianças eh que a gente oferece uma outra linguagem a gente possibilita um outro jeito é diferente por exemplo eu contar para vocês que eu hoje estou muito alegre eh outra coisa eu dar uma gargalhada outra coisa eu contar uma piada eh outra coisa são vários modos de expressar uma mesma emoção um mesmo sentimento né com linguagens diferentes então assim os professores têm que ter muita clareza da importância de oferecer diferentes linguagens e de fazer esses deslocamentos entre as linguagens né isso é uma coisa que enriquece muito né Por exemplo as crianças eh do corpo
pro gesto pra voz pro desenho pra escrita né e esse é um pouco o desenvolvimento das crianças ao longo dos cinco primeiros anos de vida né Elas vão conseguindo fazer coisas cada vez mais elaboradas mais sofisticadas e e a linguagem a a a linguagem escrita e a leitura são eh processos bastante complexos e que levam muito tempo às vezes eh assim já vi mais de uma vez assim ai como como Fulano É inteligente ele já sabe que o que a letra B é de Bruno Ah ele é 3 anos ele tem né só que assim
o Bruno com 3 anos ele sabe que o b é a letra dele mas ele vai continuar com esse conhecimento por um bom tempo né Assim isso não é rápido ele não vai isso não se transforma no dia seguinte ele já sabe que o b e o ru faz Bru e na e cinco dias depois ele já sabe ler Bruno não isso não é assim é um processo longo e a educação infantil eh participa a partir dessas práticas e dessas múltiplas linguagens né é a partir disso que a gente pode oferecer para as crianças uma
coisa que é o sentido de ler e de escrever né Eh bem então agora vou passar paraa segunda parte da minha fala eu só esqueci um elemento que eu queria trazer para vocês porque acho que é um elemento que muitas vezes que tá muito em discussão hoje que tem a ver com a brincadeira e com o jogar eu vou usar duas palavras diferentes Apesar de que em muitas línguas se usa a mesma palavra para tudo e na nossa se usa de forma indistinta né o brincar é uma ação das Crianças As crianças brincam não nascem
sabendo brincar As crianças brincam por quê Porque elas têm um ambiente que brinca com elas Muitas pessoas dizem as crianças não sabem mais brincar é bem possível porque se ninguém brincar com as se as crianças não puderem brincar entre elas elas não vão brincar assim como o ler o escrever o brincar também é uma aprendizagem social que se faz ao longo do tempo né Então as crianças elas vão aprender a brincar ninguém precisa ensinar fulaninho a gente brinca assim eles vão brincando vão aprendendo brincadeiras vão entrando na a brincadeira vão desenrolando a brincadeira e a
brincadeira vai existindo tá então esse é o brincar é o brincar livre que é fundamental que a gente precisa dar um grande apoio paraas crianças porque ele tem uma importância fatal na vida das crianças né então assim Às vezes as pessoas Ah não O brincar é perder tempo não brincar é ganhar tempo é ganhar tempo para si é ganhar tempo para o outro viver para aprender a viver para aprender a pensar então assim dem muita atenção ao brincar mas eu além do brincar eu queria falar do jogar nos quatro e 5 anos há né algumas
linhas vocês sabem que a pedagogia cheia é feita de muitas linhas de muitos modos de ver e compreender algumas linhas falam muito do brincar livre da Criança e eu acho que ele tem que ser assim uma grande assim na creche é ele na pré-escola é ele mas aos poucos a gente também precisa inserir o jogo com as crianças por que que eu tô falando nisso do jogar né porque o jogar além ele é uma uma ação lúdica né as crianças também vão se divertir quando tiverem jogando elas não vão passar mal jogando elas vão se
divertir vai ser legal para elas vai ser uma experiência legal mas é uma experiência cultural diferente de brincar porque no brincar as regras da brincadeira são construídas pelas crianças e se modificam quando as crianças querem Diferentemente do jogo se eu pego agora por exemplo um jogo de Trilha pego um ludo aqui e convido as crianças de 5 anos para jogar esse jogo comigo Esse jogo tem regras se o dado caiu três eu vou andar três casinhas eu não posso andar seis casinhas né e e e e por que que é isso isso começa a ser
importante para as crianças de 4 e 5 anos porque os processos né Eh de leitura e escrita também são processos que T regras que não são regras que se troca né são eh que são arbitrárias tem uma lei simbólica né E as crianças precisam aprender isso e elas podem aprender isso brincando né e eh principalmente quer dizer vou vou usar a palavra jogando seja jogando uma brincadeira no pátio por exemplo uma brincadeira articulada brincar de de de de de roda brincar de ã sei lá eh de de pega pega de se esconder todas essas brincadeiras
TM regras não é um brincar livre mas é também um brincar e é nessa idade que as crianças aprendem a executar essas brincadeiras e nisso elas estão eh vivendo Desafios que são motores quer dizer eu tenho que correr mais para poder chegar no no lugar de dar no pique para para poder ganhar brincadeira eu tenho que me esconder num lugar que me cubra direitinho para ninguém me descobrir eu tenho então assim assim tem uma série de coisas que que as crianças aprendem a fazer jogos né esses jogos que são jogos da nossa cultura popular que
muitos deles têm muita oralidade né Tem cantigas tem né brincadeiras que se faz juntos como pular corda isso aquilo então assim além do Brincar né Eh as crianças também precisam jogar né aqui com os qu e 5 anos né e a aí assim eh eu agora tava falando disso do do do do do Brincar né e pensando que que eu vou eu vou retomar um pouco mais adiante mas assim o quanto as brincadeiras né eu pensei assim no ludo o quanto a brincadeira um jogo né um jogo de ludo ele envolve diferentes Campos de experiência
eu eu eu queria falar disso né Eu acho que assim que que tem duas coisas né importantes assim como o brincar e o interagir na base são pontos fulcrais talvez na nas na na bncc a gente tenha dois pontos também que são muito importantes o primeiro são os direitos de aprendizagem né toda criança tem direito a participar né toda criança tem direito de explorar toda criança tem direito eh de eh deixa eu ver agora agora eu vou esquecer dos outros direitos mas assim os seis direitos são todas as ações que constantemente as crianças precisam fazer
para poder se desenvolver então o tempo todo quando a gente vai avaliar o projeto pedagógico que a gente tá fazendo com as nossas crianças nós temos que ver se esses direitos estão sendo contemplados o tempo todo tá isso não é para de vez em quando eu vou escutar as crianças e vou eh convidá-las a participar de vez em quando não as crianças têm que participar o tempo todo participar e viver é assim que elas vivem é assim que elas aprendem participando né Eh e todas e todos os outros eh verbos que a gente usa né
na nos direitos e além disso um outro ponto importante são os Campos de experiência O que que significa os campos de experiência né os campos de experiência vamos dizer assim é uma um de alguma forma é uma abstração de tudo aquilo que as crianças precisam interagir e brincar na escola as crianças precisam interagir e brincar eh no campo da fala da Imaginação isso tem que est presente na escola ao mesmo tempo por exemplo pensamos nesse jogo de ludo as crianças vão estar conversando vão est eh torcendo vão est elas vão estar inseridas nesse campo de
experiência mas também elas vão est eh trabalhando com numeração com relações de espaço com relações de tempo de deslocamento quer dizer eh vários Campos elas vão estar movendo o seu pininho pelo pelo caminho Isso é uma questão motora porque não pode deixar o pininho fora do lugar porque depois não sabe se o pininho tava no quadrinho da frente ou no quadrinho de trás ele tem que ficar bem no no meio se tiver mais de um os pininhos vão ter que se organizar naquele espaço pequeno então tudo isso quer dizer são vários Campos de experiência que
estão presentes quando as ações que estão sendo realizadas pelas crianças são ricas são integrais né a gente fala muito em educação integral O que que é uma educação integral uma educação que constantemente tá envolvendo o corpo a emoção as relações sociais a cultura tudo isso ao mesmo tempo então os campos de experiência eles servem pra gente pensar e imaginar que as crianças precisam se desenvolver assim como eu falei agora assim de áreas do desenvolvimento né Eh o desenvolvimento físico F cognitivo emocional social as crianças também precisam se desenvolver né a partir de toda uma relação
com Campos de experiência né então por isso que as brincadeiras e as ações que a gente faz quanto mais campos elas envolverem mais ricas elas são mais educativas elas são se eu faço uma tarefa de um campo uma tarefa do outro uma eu reduzo a ideia de Campos de experiência os Campos São foram foram escritos para que eu abra a minha possibilidade de experiências com as crianças e ofereça para elas experiências diversas né e não experiências focadas num único objetivo tá então assim com isso eu entro na docência né dizendo que a gente tenha muito
cuidado porque eh esse esse modo o modo de de produzir docência hoje tá muito indicado para ser assim a professora tem um objetivo ela faz uma atividade aí depois que ela fez ela faz ali o vezinho pronto não primeiro porque é isso aprendizagem é um processo de longo prazo não é de hoje para amanhã então são muitas as ações que a gente precisa possibilitar né na escola para que as crianças possam eh eh adquirir esses objetivos por isso que eles não podem ser pontuais hoje é dia do Objetivo tal amanhã do do Objetivo tal a
gente tem quase que fazer o movimento contrário eu vou fazer um uma proposta por exemplo eu acho que as crianças estão precisando eh ter essa relação com os limites da lei que o jogo ajuda a construir bem então eu vou selecionar cinco jogos aqui da nossa escola se tiver uma brinquedoteca se tem no armário para trabalhar com as crianças né com esses jogos né oferecer a elas eh participar da leitura das regras participar de ensinar a elas a jogar ao jogo ver se alguém já sabe bem eu posso eh fazer isso e posso depois olhar
pros objetivos enquanto a gente jogava o que que aconteceu né e fazer quase o movimento inverso vocês vão ver como não só aqueles objetivos prescritos eh estão sendo atendidos muitos outros objetivos emergem porque a tarefa do educador ela é muito maior do que sei lá Olhem a base e vejam aqueles eh objetivos da base Eles são disparadores de outros objetivos não são todos os objetivos da Educação Infantil se nós considerarmos aquilo como o too nós vamos fazer uma educação infantil muito pouco qualificada tá então fiquem de olho nisso né Então vamos pensar um pouquinho eh
nessa docência e no currículo né Eh a docência que eu pensar hoje assim depois da minha experiência né de tantos anos com a educação infantil que a professora de educação infantil é uma grande contadora de histórias né que que significa isso né A professora de educação infantil ela acolhe um grupo esse grupo vai sendo formado e ela vai ser uma das pessoas que vai ter um um grande papel na construção das interações pessoais entre essas crianças né eh e aí ela vai ter que se colocar né Eh eh esse lugar de pensar assim o que
que é que a gente nessa escola o que que eu com a formação que eu tenho quero para essas crianças Qual é o meu grande objetivo de estar com elas ao longo desses 200 dias letivos né ela vai ter que não só ter um planejamento escrito mas uma uma mobilização que crie intencionalidade pedagógica é para isso que eu tô aqui é para isso né não é para perder o tempo das crianças fazer tempo oferecer qualquer coisa não é uma coisa muito séria né O que que é o sério para mim o que que eu sério
paraa minha escola o que que eu sério pro meu Município né o quanto é essa minha eh todos nós tivemos professores que foram pessoas muito importantes na nossa vida né como é que é que eu posso ser importante na vida de cada uma dessas crianças como é que o fato deles terem passado esse ano comigo vai fazer diferença na vida deles que que eu posso colaborar né para o crescimento deles pra vida deles né Então essa assim essas eh então assim não é cumprir os objetivos dos outros é conhecê-los saber que eles existem mas pensar
neles e pensar assim mas qual quais são os meus objetivos que que eu quero né com isso então ser docente é se perguntar eh decidir eh fazer escolhas né Essa essa é a grande questão do do do professor né então como é que ele começa isso né primeiro pensando um pouco na escola quer dizer o quanto a nossa escola e aí fazendo uma Avaliação pessoal ou uma avaliação junto com outros colegas coloca essas questões que são importantes para as crianças como possibilidades de vivências cotidianas das Crianças essa nossa escola tem compromisso com as diferentes linguagens
onde é que elas Estão guardadas em caixas nas nos armários onde é que é que tá a a a Literatura Infantil guardada lá no armário da diretora Ou os livros estão por aqui as crianças têm acesso aos livros as professoras podem contar histórias As crianças estão desenhando que que oportunidades de desenhar as crianças tem as crianças só desenham quando eu mando e todo mundo tem que desenhar junto ao mesmo tempo começar e terminar junto a a música na nossa escola a quer dizer se perguntar o quanto né E aí assim no no nosso caso né
quer dizer quanto a cultura letrada tá presente tanto no ambiente da escola como nas práticas da escola porque não adianta tá só no ambiente né ela precisa est no ambiente Mas ela precisa eh questionar ou possibilitar ou mediar as interações com as crianças né Não adianta ter um monte de coisa escrita se as crianças passam por aquilo e Nem olham só vai adiantar ter uma coisa escrita se em algum momento a gente para e lê junto com as crianças e conversa sobre aquilo que tá então assim Quais são os objetos Quais são os espaços que
tem a função social da escrita essas essa escola tem um cardápio que as crianças possam ler quando chegam para ver o que que vai ser a merenda essa escola tem um organograma da escola que mostra as diferentes professoras com os seus nomes os funcionários da escola tem as fotos das crianças tem o número da sala ou o nome da sala como é que é que essa escola concretamente se relaciona com o ler com o escrever né e e e a partir disso assim desse dessa organização espacial e dessa intencionalidade pedagógica que se faz no tempo
é que a professora vai começar a contar uma história com essa turma né Cada turma que a gente tem a gente constrói uma história e a gente sempre vai se referir assim ah aquela turma que a gente foi sei lá no parque dos industriários passear com eles tá tá tá tá tá tá que tinha Fulano a fulana fulana quer dizer são as histórias sobre essas turmas que ficam em nós Assim como são as histórias das vivências na turma que ficam neles então a construção curricular né que é feita na educação infantil ela é uma construção
curricular muito mais aberta ela é é um convite para construir uma história coletiva e a história de cada uma das crianças né As crianças Claro elas elas elas vivem né várias experiências foras fora né da escola e elas já têm uma série de perguntas pro mundo e a escola também deve problematizá-las fazer perguntas indagá-lo né eh e e isso com isso por exemplo Puxa mas o nosso jardim lá na frente tá muito tá muito esquisito as as plantas não tão muito bonitas que que a gente pode fazer por aquilo né que que a gente pode
fazer para aquele lugar ficar um lugar mais bonito mais perfumado né melhor para brincar bem vamos começar a pensar sobre isso e quem sabe a nossa história pode ser a história do nosso jardim né do jardim da nossa escola e a gente vai passear lá e a gente vai brincar lá e a gente vai ouvir histórias de Jardim a gente vai contar as histórias dos Jardins das nossas casas a gente vai conhecer os nomes das plantas a gente vai procurar que plantas que a gente quer plantar e quando é que é que a gente planta
e quando a gente não planta a gente vai entrevistar um jardineiro e tudo isso a gente as crianças vão participando do planejamento da organização dos registros para que essa história vá se configurando né E hoje a gente fala muito por exemplo em documentação pedagógica e a documentação pedagógica é um pouco o acompanhamento dessa construção de uma história porque geralmente quando a gente pega já uma uma uma documentação pedagógica pronta né O que a gente vê é uma linda história de um grupo de crianças contado pela pela professora junto com as suas crianças porque não é
uma história que a professora construiu e levou as crianças a a fazerem é uma história construída Há muitas vozes com a participação de todos em que a professora vai enriquecendo essa história então por exemplo a gente tava fazendo essa história do Jardim mas a gente além das da da do Jardineiro além do Jardim Real a gente pode procurar outros Jardins imaginários cada um pode desenhar como seria seu jardim eh Imaginário que não o jardim da escola então a professora Sempre ela tá tentando trazer né o professor a professora Desculpem os meninos Mas eu sempre esqueço
da presença tão forte cada né cada vez maior de de colegas né homens na na profissão né mas é esse o nosso papel é desafiar as crianças é é é fazê-las felizes é fazê-las brincar e tudo isso repercute na aprendizagem delas ninguém aprende o s a letra não não entra como sangue né tinha uma expressão uma expressão casteliana né que diz que que a letra com sangue entra não é assim que a letra a letra entra quando ela se torna alguma coisa importante para eu aprender coisas né que a leitura me mostra para que eu
expando os meus meus mundos quando ela me possibilita contar as minhas próprias histórias quando ela possibilita que eu me comunique com os outros que eu consiga ver um quadro de combinações e entender o que que a gente vai fazer antes e o que a gente vai fazer depois né que eu identifique o meu nome escrito numa lista para ver em que lugar que eu tenho que sentar no ônibus né então todas essas coisas vão fazendo com que as crianças se se apaixonem pela leitura e pela escrita e pelo conversar essa esse é o grande convite
né que a a escola pode fazer para para para as crianças né trazer esses elementos trazê-los dentro do espírito da Educação Infantil e ajudar as Crianças A irem além né E aí assim o aprender é diferente para todas as crianças Então nós vamos ter crianças que vão adorar por exemplo ficar horas desenhando uma letra porque aprenderam a a escrever a letra do seu nome então lá outra que fazem três riscos e a letra tá pronta e é assim mesmo nessa faixa etária ninguém tem que cobrar precisão letra Na Linha isso aquilo nós temos um primeiro
ano e um segundo ano dedicados a toda uma sistematização né o nosso processo é um processo muito mais aberto é um processo mas é um processo de ajudar as Crianças A pensarem sobre a linguagem nas suas múltiplas versões seja ela escrita seja ela né a leitura seja ela a oralidade que porque é isso que vai ajudar as crianças a a a a aprenderem a ler e a escrever Quando forem mais quando forem maiores é essa atenção e é tá ligado nisso Assim como as crianças aprendem por exemplo na minha casa eu tenho um marido que
adora futebol e é óbvio que ele ou o meu filho a tá ligado no futebol Então hoje são dois parceiros de futebol né mas é isso por quê Porque o tempo todo na vida do meu filho o futebol tinha eu tava presente seja no final de semana quando tinha jogo seja ouvindo o programa de esportivo seja comprando a camiseta do time seja então assim isso faz com que as crianças bem aquilo é importante para minha família é importante para mim também né Elas estão numa construção de identidade a escola tem que mostrar que essas linguagens
são importantes essas e as outras linguagens são importantes para as crianças que elas têm muito valor que a escola gosta disso que a escola valoriza isso e que na nossa turma isso tem muito valor né que eu como professora considero ler escrever contar histórias desenhar coisas muito importantes registrar as coisas que a gente faz muito importantes e as crianças vão dando importância a isso né Então esse é o nosso papel né na educação infantil que é muito mais o de né de dar atenção de fazer as crianças se ligarem em coisas que talvez elas não
percebessem se elas não tivessem uma professora e é por isso que elas têm uma professora para que elas possam né Eh perceber coisas que talvez elas não teriam a possibilidade né de fazer em outros em outros espaços sociais né então eu acho que assim é isso que eu tinha para contribuir com vocês eu sei que não é uma contribuição eh imensa assim porque a gente tinha pouco tempo a gente tinha mas agora vem perguntas e talvez eu possa explicitar mais e bem é isso muito obrigada pela escuta Oi Catarina Olá Lica a gente agradece imensamente
a tua fala né Acho que tem elementos tão importantes aí que sobretudo falam da especificidade do trabalho com a criança de 0 a 6 anos né Eh e entre algumas perguntas Eu acho que eu e jeiza vamos circular aqui algumas delas né É uma pergunta que foi reiterada várias vezes Lica é a pergunta sobre essa que você já mencionou né mas as pessoas queriam que você falasse um pouquinho mais que é sobre essa diferenciação entre o ensino fundamental e a educação infantil sobretudo em relação aquela questão das atividades que eh no ensino fundamental Elas têm
relação com uma sistematização do trabalho com a escrita né E que elas tendem a ser mais mecanizadas mais eh repetitivas e aí eu vou juntar uma uma questão que uma professora fez que é se as atividades de eh cobrir os pontilhados das Letras por exemplo né Eh que que acontecem acho que muito no ensino fundamental e algumas vezes até mesmo na educação infantil se elas de alguma forma contribuem né nesse processo de apropriação da linguagem oral e escrita pelas crianças na educação infantil então eu te deixo essa primeira daí depois acho que eu já passo
pra jeisa e a gente vê se a gente vai tendo tempo de colocar mais algumas questões certo não é é é isso da da da diferença né do fundamental e da e da Educação Infantil ela é essencial para pra gente né porque assim eh assim como é diferente por exemplo as crianças lá no fundamental dois que estudam ciências e depois quando elas chegam no ensino médio elas vão para química física eh e biologia por quê Porque elas estão num outro momento de possibilidade de pensamento que elas podem ter um trabalho muito mais aprofundado muito mais
sistematizado naqueles componentes curriculares né e e para compreender vamos dizer assim aqueles aquelas disciplinas lá do do do ensino médio foi muito importante Essa visão geral né da natureza do mundo dos seres humanos todas essas relações né como um todo para depois poder fazer essas parcializar então assim eh é muito importante que na educação infantil isso seja visto como um todo é a inserção no mundo das linguagens dentre as linguagens três importantes linguagens são a leitura a escrita a a oralidade assim como é o desenho assim como é o cantar assim como várias outras linguagens
né o dançar o o o o o pintar o esculpir e todas essas linguagens humanas que a gente tem então assim estas são bastante importantes também são o foco da nossa da nossa intervenção mas elas não podem ser assim pensar Vamos ensinar as crianças a ler e escrever não é Nossa tarefa todos os documentos da Educação Infantil dizem que das crianças de 0 a 5 anos não são crianças em processo final de alfabetização um processo de sistematização de alfab isso é tarefa do Ensino Fundamental e e aquilo que eu falei eh se ti se isso
fosse bom as nossas crianças estariam muito muito bem obrigado porque em todas as escolas de Fundamental e em muitas de educação infantil se fica fazendo isso entre eh oferecer pontilhados para as crianças preencherem e as Crianças terem acesso a mu à folhas de papel em branco eh né para poder escrever para poder eh fazer elas mesmas as suas letras do tamanho que elas podem fazer porque assim eh fazer a ligação dos pontos é muito mais um desafio motor do que um desafio cognitivo com relação à letra e do Eduardo né É muito mais ele vai
pensar muito mais no e com outras coisas do que fazendo a sua E se a gente quer que as crianças tenham uma boa motricidade fina o que é essencial para escrever não é não é pouca coisa não é treinando Os Dedinhos né primeiro tem todo um trabalho com o corpo amplo com o corpo em movimento e aí as nossas escolas têm segurado muito As crianças não querem o corpo e movimento Então as crianças precisam ter muito corpo muito corpo e movimento muitos gestos e os gestos se faz não só escrevendo né se faz desenhando assim
a o desenho é uma coisa super boa mas se faz costurando se faz quer dizer há uma série de de de de possibilidades de Desafios psicomotores que podem ser mais legais para as crianças do que ficar traçando linhas nos pontinhos né E isso certamente elas vão fazer no primeiro ano então Deixem que as professoras do primeiro ano façam isso façam outras coisas né porque isso e e e e é muito frustrante para as crianças de qu e 5 anos assim é uma tortura às vezes fazer isso porque não dá certo e elas sabem que fizeram
feio e elas sabem que fizeram errado e elas olham pro lado e vem que o colega fez direitinho e elas não conseguiram fazer por quê Porque não é oportuno para uma criança de 4 e 5 anos tá lá fazendo esse tipo de coisa né As crianças com seis S vão ter muito vão ter melhores condições de fazer isso nesse momento o desenvolvimento motor delas tem outras necessidades e não essas da da escrita né da da escrita não escrita eh com a mão livre né a escrita né porque essas escritas iniciadas pelas crianças elas são muito
muito interessantes e necessárias na educação infantil agora o treinamento das Letras o treinamento da escrita não é necessário E aí elas vão ficar 3S anos fazendo isso primeiro fazendo os riscos e não dando certo depois dando um pouco melhor e por fim elas vão fazer fazer bem certinho mas o que que isso significa em termos de aprender a ler escrever muito pouco muito pouco né Isso é uma produção eh de psicomotricidade Então vamos fazer assim ah vamos fazer uma boneca de pano e vamos costurar a boneca de pano enfiar a linha na agulha bordar os
olhos da boneca não sei que vai ser muito mais interessante inventar o nome pra boneca inventar uma história para BCA Isso vai ser muito mais interessante do que ficar sentado numa cadeira quando a gente tem 4 anos e o nosso corpo precisa se movimentar para fazer para preencher eh espaços né vazios assim não tem muito sentido fazer isso com as crianças tão pequenas eu diria que nem muito com as grandes né e eh mas bem aí é é é questão das grandes eu não vou entrar né no no mas mas é muito mais fazer as
crianças pensarem sobre a leitura escrita terem experiências gratificantes do que ter experiências torturantes né experiências torturantes não nos levam a querer estar perto disso né a gente vai fazendo para se livrar mas não porque a gente goste e o nosso papel na educação infantil é deixar as crianças prontas para gostarem desse desse processo né de ler de conversar sobre os livros de contar saber contar histórias de inventar histórias de desenhar muito é isso né esse esse é o nosso compromisso na educação infantil né É isso que a gente quer que eles possam eh né aprender
nesse período sei se eu respondi nessa pergunta sim com certeza respondeu a gente agradece liga que eu acho que vai fechando o pensamento né em eu acabei lembrando bastante eh também de uma outra contribuição do vigote quando ele diz né que a gente precisaria transpor a o momento da gente só ensinar a desenhar letras né mas realmente ensinar sobre a cultura escrita e sobre a sobre a escrita em si as crianças né jeisa fica contigo tá eu vou pedir licença aqui para seguir para o Última Questão eh fazendo uma inversão de ordem só porque tem
em relação Direta com o que você acabou de falar com a pergunta anterior eh a Franciane favoreto disse excelente muita exploração da coordenação motora ampla para chegar na coordenação motora fina com excelência Eh aí junto tá emendado com outra fala que eu acho que é de outra professora Ana loí Evangelista que disse Amei sua fala profe em tudo e no traçado perfeito e motor maravilhoso eh importante essa articulação da leitura e escrit as demais linguagens Afinal estamos falando de uma criança que é feita de 100 sempre 100 linguagens é preciso garantir o direito de brincar
não sei se você quer falar mais alguma co acho assim eu comecei um pouco com isso porque eu acho que essa nossa eh divisão né e tirar a a a leitura e a escrita do Brincar né as as primeiras coisas que um bebê faz é brincar com a voz dele né que seria oralidade as crianças né o balbucear tudo isso é uma brincadeira que as crianças fazem quer dizer eh eh a a nossa voz é é uma possibilidade de brincadeira né Eh a a a ouvir uma história né e não precisa nem fazer uma dramatização
da história mas só ouvir uma história também é um jeito de brincar com as palavras é um jeito de brincar uma história que por exemplo ela tá indo para um lado que nem quando a gente assiste um filme de suspense tá indo para um lado e daqui a pouco ela vai pro outro e vai pro outro e a gente né se diverte a gente quer dizer assim eh São eh possibilidades né construir histórias com as crianças construir personagens inventar histórias tudo isso são brincadeiras com as crianças então assim eh não tá tão longe e a
gente parece que né esticou a distância né que não que na verdade não é eh não ela eh nos percursos eh da da vida das pessoas elas não tão tão separadas né elas não tão tão separadas Então eu acho que é isso que a gente tem que pelo menos na com com as crianças até 5 6 anos elas estão muito juntas todas as linguagens né e e e essa possibilidade essa capacidade das Crianças T até os 6 anos de eh ser todos esses sujeitos capazes em todas essas linguagens né que o que vai acontecer diend
em geral é que a gente vai escolhendo as nossas linguagens preferenciais e vai deixando as outras né em compensação criança de 4 anos tu diz vamos dançar vamos vamos desenhar vamos todo mundo sabe fazer e quer fazer né tudo isso né E e aí eu acho que a gente é que tem que eh se munir dessas linguagens né e e oferecer para as crianças né um uma uma uma boa história de pré-escola se as crianças tiverem uma boa história de pré-escola né com uma relação tranquila Com todas essas linguagens uma relação criativa uma relação de
de apropriação né do que que é isso e por que que e o que que isso me diz né O que que eu sinto eh e e como eu me expresso nessas linguagens eh eu acho que nós vamos né fazer com que as crianças fiquem mais felizes e possam enfrentar todo o desafio que é aprender a ler escrever que eu já falei não é uma tarefa simples não se aprende de um dia pro outro que as crianças têm ao longo do fundamental né mas elas já vão com muitas eh com muitas capacidades para para para
enfrentar esse desafio né então assim por isso que eu acho que a escola não pode se eh Se furtar a fazer isso porque são eh ferramentas sociais e culturais construídas então assim as crianças em casa elas podem por exemplo observar a natureza elas podem eh fazer algumas brincadeiras elas vão fazer várias coisas em casa né não é que mas assim a leitura e a escrita muitas vezes e muitas das nossas famílias né de crianças de classe Popular Elas têm pouco acesso ainda a um a um a a a experiência de letramento né Eh seja porque
os pais e os adultos não usam hoje a gente tem isso muito mais de uma forma muito mais intensa em função dos meios de comunicação e eu acho que isso que a gente a gente tinha que saber melhor né a relação das nossas crianças de 0 a se com o telefone celular com a leitura com a escrita né então assim por um lado vê como é que é que eles usam isso porque a gente não sabe muito bem ainda tem pouca pesquisa né Tem muita pesquisa mais crítica o uso mas a gente sabe que as
crianças usam muito e a gente não sabe muito bem o que que é que eles né E ao mesmo tempo o celular do adulto tira o adulto da conversa com as crianças e tira o adulto de momentos de escrita de momentos de leitura de momentos porque os adultos estão ocupados com o celular então Então quem conta a história é o o desenho que as crianças vê no celular só que aquele desenho não é um desenho que possibilite interlocução que possibilite interpretação que possibilite reinvenção contar a história ao contrário inventar um personagem novo que entra na
história e muda toda a história quer dizer coisas que a gente pode fazer para possibilitar que as crianças Imaginem coisas que não existem né mas isso o telefone celular não consegue fazer né ele consegue contar a história daquele jeito mais mais convencional então é por isso que precisa ter mais professores né Obrigada Lica Catarina Lica eu acho que eu vou aproveitar porque você De certa forma entrou numa questão trazida por uma participante aqui da Live também eh ela pergunta sobre eh a sua o seu posicionamento a sua opinião enfim sobre a utilização das tecnologias na
instituição de educação infantil né então eh eu acho que a gente tem esse essas duas situações né o quanto a tecnologia tá na vida das pessoas das famílias e consequentemente no cotidiano das Crianças eh e ao mesmo tempo o quanto e como a gente poderia pensar isso na na escola de educação infantil na instituição de educação infantil né eh eu tô pensando em fazer um um conjunto de três posso pode deixa só escrever porque a memória não anda boa eu começo daqui a pouco eu já esqueci qual é a próxima ai ai ai parece não
aparece nemhum papelzinho Ah também aqui então tá as tecnologias do uso das tecnologias né nas instituições com as crianças a outra Lica que eu tô pensando que essas eh situações Elas têm a ver com escolhas né às vezes Escolhas de uma sociedade às vezes escolha de um governo eh às vezes escolha eh mesmo de âmbito mais eh privado no no interior das famílias né eh e aí a outra pergunta tem a ver com a diferença entre o PNLD né entre a concepção de leitura escrita do PNLD e a concepção de escrita desse projeto de forma
de professores que é o leei Né o leitura escrita na educação infantil Então acho que pra gente só situar né todos os ouvintes aqui eh todos os participantes que estão acompanhando eh a gente teve né no governo anterior no período anterior aí de governo uma proposta de livro didático para a educação infantil né então diferente de uma proposta de livro literário para educação infantil ou até de livros eh de não ficção ou livros informativos eh o uso mesmo do livro didático que infelizmente trazia né traz Porque eles estão presentes em algumas instituições esses exercícios automatizados
mecanizados né então falar um pouquinho dessa diferença entre o o uma política de livro didático né que eh para nosso alívio não é a proposta do ao governo e isso não vai estar no próximo PNLD que para a educação infantil só vai eh considerar eh livros literários e livros de não ficção né e não livros didáticos Mas falar um pouquinho dessa dessa diferenciação né tá eh eu eu acho que eu paro aqui Lica se der tempo daí eu fao uma outra ou até eh vejo aqui se se a jeisa vai tocar nessa outra questão que
o ia fazer eh Obrigada certo então assim eh primeiro pensar as tecnologias né a nossa escola de educação infantil ela tem várias tecnologias né o lápis é uma tecnologia a tesoura é uma tecnologia o gravador a a máquina fotográfica um projetor de de de imagens todas essas são eh tecnologias construídas né e e e que facilitam e que oferecem até novas linguagens por exemplo hoje a fotografia é uma linguagem não é só uma técnica né Eh o produto dessa técnica da máquina fotográfica né que captura a imagem hoje é uma linguagem eh muito conhecida muito
usada muito né necessária na vida contemporânea então assim as tecnologias elas vão entrando dentro das escolas né então assim certamente eh a gente tem hoje muitas escolas de educação infantil que tem Eh aí eu vou usar provavelmente a tecnologia que talvez a colega tenha se referido que tenha computadores né Eh eu não sou contra eh o a existência de computador na escola eh eu acho que não não tem que ser muito naquela linha de um para cada um acho que isso é coisa para ensino fundamental um um aparelho um laptop um não sei o que
para cada um né que existem políticas internacionais nesse sentido mas eu acho que o que o que um computador numa sala ele pode ajudar em muitas coisas né As crianças a aprenderem a a pesquisar eles podem ajudar a a a sistematizar coisas A copiar a né Se tiver uma impressora quer dizer então acho que assim e e e e aí eu penso muito no no frené né e na na questão dele com a imprensa escolar né quando ele resolve usar os elementos da Imprensa dentro da escola oferecendo para as crianças né tanto no processo de
alfabetização como as crianças maiores né a produção de texto eh né ao longo da da da da da vida escolar das crianças a a a riqueza que foi aquela experiência dele com esse tipo de com uso de tecnologia então assim eu tendo a não ser uma pessoa muito fatalista com a tecnologia eu acho que a tecnologia tem dois lados né E que o importante é o uso ético da tecnologia em termos Gerais né como é que a gente usa tecnologia como humanidade né a partir de critérios éticos e e E na escola eu acho que
assim é um complemento é alguma coisa que a gente usa em alguns momentos em alguns dias tá lá presente mas que não pode centrar a vida das Crianças a vida das crianças é muito maior é muito mais interessante e e e um um um smartphone eh empobrece a nossa vida empobrece a nossa vida também porque se todos nós formos pensar um pouco pouco como usuários de de assim eh vou vou falar assim uma situação social a gente chega por exemplo no consultório médico tem várias pessoas esperando outros tempos alguém ia começar a conversar com outro
alguém eh nem os outros podiam não entrar na conversa mas estavam ouvindo concordando discordando não sei né hoje a gente tá grudado no celular né E aí aquela cena de restaurante de aeroporto cada um ali na sua dizer do ponto de vista das interações sociais esse nosso esse nosso uso da tecnologia é horrível né ele pode nos informar mais hoje a gente tem informações que a gente não tinha numa rapidez que a gente não tem mas isso é alguma coisa que a professora tem que eh organizar com as crianças e do ponto de vista da
leitura e da escrita é uma tecnologia muito importante né muito importante porque assim como o desenho Tá presente a imagem tá presente no computador a voz tá presente no no no computador a a escrita e a possibilidade da leitura da escrita ela ela também tá presente né E aí assim seja lá o teclado aprender as letras e aí as crias vão aprendendo porque querem usar porque tão interessadas em ver quais são as letras do seu o nome se essas letras tão perto se tão longe tudo isso né As crianças vão pensando enquanto tão eh operando
com isso mas assim é é é é sempre dentro de um objetivo eh sempre muito acompanhado pro professor e numa medida pequena temporal não pode ser o dia todo com isso isso é consulta é um né pode as crianças podem brincar de escritório e brincar no comput porque no escritório de sei lá de eh contabilidade tem lá um computador então elas também t o delas né Eh eu acho que nesse sentido eu não vejo problema mas vejo problema quando ele é eh tem muitos cada criança tem acesso a um sabe a ideia do laboratório todo
mundo vai junto pro laboratório todo mundo faz o que o professor tá mandando fazer faz o joguinho de levar o coisinho Sei lá o coelhinho até o ovinho até a toca e não sei que só que aí ao invés de ser uma página impressa como a gente estava falando antes agora vai ser uma tela colorida brilhando com musiquinha E com não sei o qu né então isso existe muito né Eh E é isso que eu acho que a gente tem estudado pouco porque as crianças fazem isso no Smartphone tem né brinquedinhos outro dia uma uma
amiga tava me dizendo do da netinha que com 1 ano e do meses já pede os brinquedos que ela quer no telefone né os aplicativos que ela quer né no no no telefone dos Pais né um ano e do meses então assim ela é muito esperta certamente ela é muito esperta Só que o problema é que essa esperteza dela leva ela a diminuir o mundo dela o mundo dela ficar ali dentro daquele quadradinho e ela devia est construindo um mundo muito maior né Então essa primeira a segunda tem a ver com o PNLD e com
o lei bem o PNLD ele é um programa muito antigo do governo federal e ele até eh até o último até o penúltimo ele era eh um um um programa que tinha eh livros didáticos para o Ensino Fundamental e Médio e na educação infantil só livros de formação de professores para a educação infantil né para a creche para pré-escola né essa esse eh nesse último PNLD é que se mudou né o edital e além de se manter na creche o livro de formação de professores teve também paraa pré-escola o livro direto paraas crianças e aí
vem de uma ideia né que é essa de alfabetizar as Crianças o mais cedo possível que é uma ideia que me desculpe os que gostam e acreditam é que assim ó eh é também empobrecer a vida das Crianças Eu gosto muito de ler de escrever já disse para vocês mas assim eh aos qu e 5 anos Isso não é a única coisa importante na vida de uma criança é muito mais isso está na vida das crianças está mas não é o foco do trabalho o tempo todo né são as relações vejam que em vários outros
países as crianças são alfabetizadas com 6 7 anos nós erer né Há há 30 anos atrás 30 não 20 anos atrás as crianças entravam no processo de alfabetização com 7 anos né então assim eh com isso a a a infância das crianças era muito maior né Essa pequena infância dos dos primeiros anos das crianças o que acontece que numa sociedade maluca como a nossa a gente vem antecipando tudo então assim as crianças vão ter que aprender a ler com 4 anos e aí se inventa o livro didático para as crianças de 4 e 5 anos
que na verdade é uma coleção de coisas completamente tradicionais eh da da da da educação infantil em termos de eh do tipo de material que tem complementado nesse último governo com todo um trabalho de consciência fonológica que não é feito pela oralidade pela cultura oral mas que é feito pela repetição então o tempo todo o que se tá eh propondo como aprendizagem é que a gente aprende repetindo repetindo repetindo repetindo as crianças vão aprender e e e a gente sabe que aprendizagem não é repetição né que isso assim foi uma teoria que já foi eh
superada Há muito tempo é claro que a repetição ajuda pra gente qualificar determinadas habilidades competências não sei queê tudo bem Ajuda né quer dizer quanto mais eu dirijo mais eu sei dirigir mas não garante tem gente que é barbeiro durante 30 anos né teve carteira 30 anos e até hoje não estaciona direito né então assim não é porque repete só né repetir também ajuda é uma das da das partes então assim é uma decisão muito equivocada eu acho que é uma decisão que nem é só uma decisão vamos dizer assim daquele momento de ter feito
isso porque o o livro didático na educação infantil público foi a primeira vez que a gente teve mas eh a gente tem os apostilamentos e os livros didáticos privados e é uma tristeza quando a gente Analisa os livros didáticos privados assim eu fiz uma análise eu acho que eu tenho uns dois três artigos sobre isso eles são de uma pobreza de linguagem Eles são de uma pobreza de pensamento de uma simplicidade do pensamento que uma criança de 4 anos tá 20 anos luz na frente daquilo que tá pedindo sabe sabe não tem sentido o único
sentido que tem é ocupar as crianças As crianças estão paradas sentadas controladas executando aquilo só que as crianças quando eh fazem outras coisas se elas estão profundamente interessadas e e e e partícipes daquilo que elas estão fazendo elas também ficam né sentar das paradas fazendo coisas por quê Porque né para desenhar elas vão né e e e o nosso objetivo não é fazer as crianças ficarem paradas né a escola de educação infantil é uma escola com movimento é uma escola PR as crianças se desenvolverem e não para elas se fecharem e parece que a gente
tá fazendo movimento contrário e ao mesmo tempo que a gente tá querendo que eles aprendam a ler escrever com 4 anos a gente tá dizendo que a adolescência vai até os 25 então a infância das crianças tem que terminar o mais rápido possível e a adolescência se prolongar o máximo possível não precisa as crianças podem aprender e se elas aprendem a ler mais tarde se elas aprendem a ler no sentido da sistematização mais tarde geralmente Elas têm muito mais êxito do que se botara nos 4 anos elas sempre vão ficar se confrontando com a a
a dificuldade de compreender aquilo que o adulto quer delas né então não tem sentido fazer isso não tem nenhum sentido então esses são esse esse é o programa né do PNLD dos livros didáticos e bem a gente também né Tem eh junto com o PN dos livros didáticos já tinha né o dos dos livros eh literários né e mas eu acho que o le lei o que que ele contribui ele contribui para pensar também muito na questão da mediação didática dos professores porque esses programas Eles são muito programas de seleção e venda e compra né
dos dos livros mas os livros chegam na escola e os livros não são trabalhados e eu acho que o leio que ele ajuda assim ele tem várias coisas primeiro ele trabalha com os bebês Ele trabalha com as professoras para pensarem que que é isso de trabalhar com a leitura pros bebês que é uma coisa super interessante é nova ainda na nossa Cultura a gente não tem o hábito de fazer isso provavelmente são as Primeiras Experiências das Crianças com livros e com a leitura trabalha com as famílias né Eh também eh ajuda os professores a pensar
o trabalho da Leitura com as famílias ajuda os professores a escolher repertórios de livros como é que a gente classifica bons livros de literatura de literatura que é ruim né literatura que não tem valor né Eh no sentido de de fazer a vida ficar melhor né Eh Então essas eh eu acho que assim que o que se consegue com o le é é é poder a partir desse objeto livro que chegou à escola que está na escola é transformar isso num pedaço da vida das crianças e as crianças né como eu já disse elas gostam
muito de histórias e elas não só gostam elas precisam de histórias para se conhecer e para conhecer o mundo né então a gente tem que eh favorecer muito e acho que assim que o lei ele tem essa essa razão de ser né de poder trazer a leitura escrita e oralidade paraa escola de educação infantil no lugar que ela tem que ter ter né e não no lugar que é o lugar dos dos maiores né então ela vai conseguir fazer a gente espera assim uma boa qualificação porque a gente sabe que eh na formação de pedagogo
agora fazer um pequeno discurso eh Há muito pouca formação no sentido eh eh da Leitura literária com as crianças da da seleção um dos livros dos processos de contação de histórias da relação disso com as atividades pedagógicas para isso não ficar um cantinho Lá tem a hora da história e terminou a história a história não termina A História Continua a história vai a história volta a história tá presente os personagens estão presentes na vida daquele grupo depois que a história for fo Lia ela faz parte da família né então é é é isso que eu
acho que o que o o que o que se consegue né com um programa assim que né que vai tocar em todas essas temáticas vai trazer elementos de aprofundamento vai propiciar práticas né então assim eu fico com muita esperança que a gente possa qualificar né em muitos aspectos a nossa educação infantil a partir desse programa como muitos outros programas que também qualificam a docente né Lica é muito bom te ouvir e não sou só eu que digo isso não eh até queria te contar que eh uma das mensagens que publicaram é que amanhã nossas articuladoras
vão se reunir para dar continuidade os reflexões de hoje querem levar as falas para os encontros pedagógicos com as equipes escolares eh muitos elogios a você no chat eu eu eu já vi que tem umas umas ex-alunas umas amigas deixa eu mandar um beijo geral pras pras ex-alunas e pras e algumas questões vão ficar para outro momento porque o nosso tempo infelizmente ele se esgotou eh mas fica a nossa gratidão nosso carinho eh e a gente sai bastante empolgado depois de te ouvir nessa noite muito obrigada querida muito obrigado enriquecidos né e uma acho que
só uma menção é que não é à toa que hoje se comemora o Dia do pedagogo né a gente teve a sorte de fazer a Live nesse dia que é o dia 20 de Maio Então acho que lembrar desse dia e parabenizar a todos que estão aqui eh foi eh de uma audiência grande essa Live essa Live vai ser utilizada no processo formativo né do lei e Acho que desde a fala da Simone e da Dani a gente tá né nesse processo de esperançar de recomeçar porque a gente recomeça todos os dias né Eh e
esse recomeçar eu acho que nesse projeto tem um sentido do coletivo muito importante né então eu reitero também os agradecimentos da Geisa eh Foi muito bom te ouvir Lica Obrigada e tivemos eh 8.500 pessoas assistindo a Live e montão de gente que bom né pessoas estão eh vão poder ter acesso né a a a esse programa Parabéns Obrigada Lica Boa noite a todos gente boa noite paraas colegas em geral que estão aí assistindo Tá certo até mais até uma próxima é até tchau vocês
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