Então, observe que o capítulo 4 termina com a adoração de todos os seres celestes, mas louvando a Deus como o Criador. Observe que não tem ainda nenhuma nota a respeito da Redenção. Aqui, no finalzinho do Capítulo 4, já tivemos noção disso por causa das cores: branco, vermelho, o arco-íris, os 24 tronos dos 24 anciãos ao redor do Trono; mas ainda a referência maior é de Deus, glorioso, excelso, mas como o Criador. O verso 9 diz assim: "Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao
que vive pelos séculos dos séculos, os 24 anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do Trono, proclamando: 'Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas'." Então, é o louvor ao Deus Criador, aquele que governa, o Supremo Governador, governante do mundo. O trono que governa o universo não é o de César; o trono que governa
o universo é o Trono de Deus, que João pode visualizar através desse momento sublime em que ele foi levado aos céus. Mas é o capítulo 5 que vai começar a mostrar o que realmente vai fazer diferença na vida da Igreja aqui na terra, não só da Igreja gloriosa lá no céu, mas também da Igreja aqui na terra, que está perseguida, que está sofrendo lá naqueles dias do primeiro século, e continua ao longo das gerações também a enfrentar a perseguição, as lutas, as dificuldades. Muito bem, veja o versículo primeiro do Capítulo 5, que diz assim: "Vi
na mão direita daquele que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos." Então, a visão de João focaliza na mão direita daquele que está sentado no trono, porque na mão direita dele há um livro. Não pense esse livro como a sua Bíblia, que é um livro com páginas; esse livro, na verdade, é um rolo. É como se você enrolasse, mais ou menos, nessa estrutura. Não é um pergaminho e esse livro, que é escrito por dentro e por fora, mais ou menos assim, é selado com sete
selos. Sete. Outra vez, esses selos, o que que são? Imagine, então, lacres, lacres como se fossem selos de correios. Ponha esses selos. Estão fechando o livro. Note que ele está aberto aqui, mas se eu colasse sete selos — um aqui, um aqui, outro aqui, outro aqui, outro aqui — então, sete selos, eu fecharia esse livro. Ele está totalmente lacrado, totalmente selado. É assim que João enxerga um livro na mão direita daquele que está sentado no trono. Então, toda a cena agora volta-se para esse livro. Todos os olhos celestes se voltam para esse livro. Ele é
muito importante, ele é fundamental, e ele não pode ficar fechado. O problema é que ele está fechado e tem que ser aberto. Mas quem pode abri-lo? Então, observe aí o versículo 2 que diz assim: "Vi um anjo forte que proclamava em grande voz: 'Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?'" E aí vem a triste resposta: "Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele." E eu, João, diz chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o
livro, nem mesmo de olhar para ele. Então, a sensação de que esse livro que está lá na mão direita do Deus Criador, o Todo-Poderoso, sentado no seu trono de glória, fechado e não pode ser aberto, causa uma comoção no céu, especialmente em João, porque ele percebe a perda que é isso. O que é esse livro? Qual o significado desse livro? Esse livro representa os decretos divinos para o mundo; é o plano de Deus para a consumação de todas as coisas. Se não for aberto, o propósito de Deus, o plano de Deus para o mundo não
vai acontecer; não vai se cumprir. As promessas divinas não vão se cumprir; os objetivos de Deus para a criação e para a Igreja ficarão fechados. Então, não se trata apenas de um mero conhecimento. Esse livro não traz apenas um mero conhecimento. Os selos que fecham esse livro representam eventos, representam acontecimentos, coisas que precisam acontecer no mundo e que, se não forem liberados, então o plano de Deus, o propósito de Deus para o mundo não vai acontecer. Por isso, ele é de suma importância, esse livro; e por isso, João se desespera e chora muito, porque foi
dito: "ninguém pode nem olhar para esse livro, quanto mais abri-lo." Então vem a boa notícia. Note que na estrutura bíblica é sempre assim, né? A notícia primeiro, a boa notícia depois. Sempre assim, né? A má notícia primeiro: "Vocês são pecadores." A boa notícia depois: "Jesus Cristo deu a sua vida para pagar os seus pecados." Primeiro, cai como morto; depois a mão diz: "Não temas, pode se levantar, eu te sustento." Sempre a má notícia vem primeiro. A lei cumprindo seu papel e mostrando a incapacidade humana para depois a graça, o evangelho, se revelar na sua plenitude.
O verso 6 diz, então: "Vi." E o verso 5 diz: "Todavia, um dos anciãos me disse: 'Não chores. Eis que o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.'" Então, aqui a notícia da vitória de Cristo. Ele é chamado por dois títulos do Antigo Testamento, certo? Leão da tribo de Judá. Essa... A expressão vem da Bênção de Jacó, quando Jacó abençoa seus filhos lá, ainda naquela relação do Egito, né? Quando eles estão indo para o Egito, vão voltar depois de 400 anos, e Jacó dá
uma bênção para cada um dos filhos e diz para Judá: "De ti virá o leãozinho, você é o leão." E aí João resgata isso, dizendo assim: "Quem é ele? Ele é o leão da tribo de Judá." O outro título é mais conhecido, mais comum no Antigo Testamento: "raiz de Davi." Aí quer dizer o broto de Davi, o remanescente de Davi. Ficou muito claro à luz da Bíblia que Jesus viria da tribo de Judá, da família de Davi. Então, a delimitação da genealogia de Cristo passa por essas duas instâncias: a tribo de Judá e a família
de Davi. Muito bem, mas quando João se vira, né, novamente, ele olha para ver e não enxerga um leão; ele enxerga um Cordeiro. Então, vi no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Aqui nós temos a descrição de Jesus Cristo: quem é Jesus Cristo? É o leão, mas também é um Cordeiro; é o Todo-Poderoso, mas também é aquele que assumiu, que carregou as nossas fraquezas; é o eterno, mas também é o que morreu. Ele sempre vai ser descrito nessa tensão de glória, majestade,
poder, divindade, força e humilhação, fraqueza, dor, morte, sangue. Ele reúne na sua pessoa a divindade e a humanidade, o leão e o cordeiro, de uma forma absolutamente única. Então, ele vê um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tem as marcas; de alguma maneira dá para identificar as marcas da sua morte. Ele tinha sete chifres; Cordeiro normalmente tem dois chifres, né? Tem sete chifres, uma palavra que significa poder. Aliás, no hebraico, a mesma palavra para poder e chifre é uma palavra só na língua hebraica, que é a língua que João conhecia muito bem. Sete chifres quer
dizer Todo-Poderoso, quer dizer poder absoluto, poder completo. Mas ele não tem só sete chifres; tem também sete olhos. Novamente, onisciência. Onipotência e onisciência, sempre descrevendo um Cordeiro frágil que foi morto, mas é Todo-Poderoso e é onisciente: sete chifres, sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. E aí a cena triunfal: verso 7. Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono. Então, aqui é o momento máximo do Cordeiro, é o momento máximo de Cristo. Posso dizer o seguinte: tudo que ele fez, tudo que
ele veio fazer aqui, desde que nasceu em Belém, era com esse objetivo. Com esse objetivo, aqui ele fez toda a sua vida; ele enfrentou toda a sina que foi destinada para ele. Que até no último momento, ele pediu: "Se possível, Pai, passe de mim esse cálice; todavia, não se faça a minha vontade, sim, a Tua." Tudo porque ele passou com esse propósito, com esse objetivo, de chegar lá no céu e pegar da mão direita de Deus o livro. O que significa o Cordeiro pegar o livro da mão direita de Deus? É o mesmo que eu
dizer assim: "Deus fala o seguinte: pega aqui a minha coroa e coloca na sua cabeça." É transmissão de autoridade, é transmissão de poder de governo. No momento em que Cristo pega o leão Cordeiro, o que foi morto, mas vive por todo tempo, o que é frágil, mas é Todo-Poderoso, quando ele pega esse livro, ele diz: "Agora quem manda sou eu; agora eu sou o Senhor." Isso é a coroação de Cristo como soberano do universo, como o soberano do mundo. Quem reina agora em toda a terra e em todo o céu é Jesus Cristo, porque o
próprio Pai, o Deus Todo-Poderoso, passou essa autoridade para o Filho. É assim que Jesus é descrito na Bíblia. Como, quando Estevão foi, antes, apedrejado, ele teve uma visão dos céus, viu o trono e Jesus Cristo em pé à direita do trono. Quer dizer, ele viu, depois de já ter feito isso, ele viu ele já governando, porque essa posição em pé à direita do trono é o simbolismo do Executivo, é aquele que executa, é aquele que agora, de fato, governa. O apóstolo Paulo diz: "Convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos
seus pés." O último inimigo a ser destruído é a morte. Então, convém que Cristo reine. Ele será o Rei até destruir todos os inimigos: o dragão, o anticristo, o falso profeta e a morte. A morte é a última porque a morte vai ser revertida na ressurreição final. Morreu, a morte acabou, a morte. E Paulo diz: "Quando ele derrotar o último inimigo, que é a morte, ele vai devolver ao Pai o reino para que Deus seja tudo em todos." Então, do momento em que Jesus Cristo atravessou o salão real celeste diante de todas as criaturas celestes
que estavam lá para louvar a Deus como Criador e pegou o livro, desse momento em diante, ele é o Rei; ele é o Governante do universo, porque ele conquistou isso. Ele conquistou esse direito com a sua vida, com a sua morte e com a sua ressurreição. Quando aconteceu isso? Quando foi que Cristo foi entronizado o Senhor do Universo? Na ascensão, quando Cristo subiu aos céus. Certo? Lá, ele foi entronizado como Senhor. Por isso, ele disse aos seus apóstolos: "Ide por todo mundo, pregai o Evangelho." Mas o que ele disse um pouquinho antes desse "Ide por
todo mundo e pregai o Evangelho?" Ele disse: "Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra." Podem ir, porque eu mando; eu garanto, podem ir; eu sou o Senhor dos céus e. Da terra e por isso ele disse: "E eu estarei com vocês todos os dias até a consumação". Até que eu vou devolver a coroa, o cetro, o livro para o Deus e Pai, para que ele seja tudo em todos. Até lá, eu garanto a obra. Vocês podem ir e pregar o Evangelho; vai funcionar, vai dar certo, não tem como impedir que o
Evangelho seja proclamado em toda a terra. Observe que, quando ele pega isso, isso, meus queridos, grave essa. Isso que eu acabei de dizer é importantíssimo, porque o restante do Apocalipse vai fazer muitas vezes referência a esse ponto, a esse momento em que Cristo é entronizado Senhor do Universo e começa a abrir os selos do livro. Isso vai se repetir muitas vezes até o final do livro. Você tem que ter essa imagem muito fixa na sua cabeça para poder entender as coisas que vêm depois. Assim que Cristo, então, pega o livro, diz o verso 8: "E
quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se". Vai começar o efeito dominó; todo mundo vai cair aos pés do Cordeiro. Todas as criaturas celestes, todos os seres celestes, toda... até que, por fim, toda a terra vai se prostrar diante do Cordeiro que foi entronizado. Veja, então, os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma arpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E entoavam um novo cântico, dizendo: "Digno és de tomar o livro e de abrir os selos,
porque foste morto e, com o teu sangue, compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação; e para o nosso Deus, os constituíste reino e sacerdotes, e reinarão sobre a terra". Então veja, qual é o propósito ao ser entronizado no céu? Pegar o livro. O propósito é autorizar que o Evangelho seja pregado em todo o mundo e que não possa ser detido, para que pessoas de todas tribos, raças, línguas e nações, que foram compradas pelo sangue d’Ele, não mais Israel apenas, mas os eleitos de todas as tribos, raças, línguas e nações
que foram comprados por esse sangue, possam se achegar até Deus. Então ele está garantindo isso com a sua autoridade, e os céus estão adorando por causa disso. Verso 11: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: 'Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor'". Sete atributos de adoração a esse Cordeiro, que antes foi dado a Deus,
o Pai, agora é dado a Deus, o Filho também. Então, ouvi que toda a criatura que há no céu, e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo que nelas estava dizendo: "Agora, junção do Pai e do Filho, ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos". E os quatro seres viventes respondiam: "Amém!" Também os anciãos prostraram-se e adoraram. Aqui nós temos, portanto, o complemento do Capítulo 4: lá, o Deus Criador foi louvado pela sua grandeza, pelo seu
poder, pela sua soberania. No Capítulo 5, o Deus Redentor, Jesus Cristo, é louvado pela sua obra, pela sua morte, pela sua ressurreição, e recebe o poder e a autoridade para governar o mundo inteiro. Assim que ele recebe isso, ele começa a agir imediatamente. Veja, o capítulo 6 diz assim: "Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos". Então, lembra do livro? Estava lá, todo selado com sete selos, fechadinho, e ninguém podia abrir. O Cordeiro chegou e pegou o livro. Os céus e a terra se prostram diante dele e o reconhecem como Rei, como soberano do
universo. Ele pega o livro e tira um selo; desata. Tem sete lacrados o livro. Então ele não abriu o livro ainda; ele tirou um selo apenas do livro. É um evento para o mundo. O primeiro evento pós-coroação de Cristo para o mundo: qual é o primeiro evento pós-coroação de Cristo para o mundo? Diz aí: "Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: 'Vem!' Vi, então, e eis um cavalo branco e seu cavaleiro com um arco. E foi-lhe dada uma coroa, e
ele saiu vencendo, e para vencer". Portanto, o primeiro selo é a liberação de um cavaleiro: o Cavaleiro Branco, que o texto diz, sai para o mundo vitorioso e para vencer. Quem é esse Cavaleiro Branco? Ao longo da história, as interpretações mais variadas já foram dadas a ele. Uma das mais curiosas foi dada por um teólogo chamado Raul Lindsey, na mesma linha também de um teólogo bem conhecido chamado Billy Graham. Eles entendem que esse Cavaleiro Branco é a ONU. A ONU, a Organização das Nações Unidas, representa esse Cavaleiro Branco. Eles criaram toda uma teoria em cima
disso. Por quê? Porque eles dizem assim: principalmente, a ONU é uma paz falsa; ela tenta impor uma paz mundial, mas é uma paz falsa porque é uma paz através das armas, através do poder econômico, do poder militar; portanto, é uma paz falsa. Mas é a interpretação que eles dão ao Cavaleiro Branco. Bom, eu fico pensando: a ONU, o que a ONU significava para João? O que a ONU significava para os crentes de Éfeso, de Smirna, de Sardes, de Tiatira, de Laodiceia? O que a ONU significava para eles? Nada, absolutamente nada. Eles nunca tinham ouvido falar
e morreram sem ouvir falar. Porque a onda é um instrumento do século XX, você percebe qual é o problema da interpretação do Apocalipse. As pessoas, nos dias de hoje, querem encontrar alguma coisa aqui que tenha que ser já; elas precisam encontrar um significado para apontar, sabe? Nessas interpretações, eles dizem que aqueles escorpiões, né, aqueles gafanhotos que saem do abismo, são tanques de guerra, os tanques de guerra do exército do anticristo que vão esmagar o quê? Tanques de guerra significava para aqueles crentes que estavam morrendo nas arenas lá e das igrejas da Ásia Menor? Falam nada,
porque não são essas coisas, não tem nada a ver com essas coisas. Se você quer entender o Apocalipse, se coloque no lugar de um leitor do primeiro século. Você tem que tentar ver o mundo como ele enxerga e o significado dos eventos que estavam acontecendo naqueles dias. Sim, tem muita coisa que pode ser para o futuro, mas não pode esquecer o que foi do passado. Não tem nada no texto dizendo que esse cavaleiro é falso; ele é um cavaleiro branco que saiu vitorioso, e para vencer não está dizendo que ele é um cavaleiro mais ou
menos branco, que ele é um cavaleiro pálido. Para dizer que ele fosse falso, ele é branco; ele representa a cor da pureza e da santidade. Então, o problema é que as pessoas querem empurrar para dentro do Apocalipse os conceitos de hoje. Esse é o erro, essa é a leitura equivocada do Apocalipse que faz com que crie tanta confusão. O que é o cavaleiro branco? Bom, a primeira referência é pensar no próprio Cristo, o próprio Jesus, certo? Porque lá no capítulo 19, Jesus volta na segunda vinda como um cavaleiro branco montado num cavalo branco, com a
espada para destruir os inimigos. Mas aí tem uma pequena diferença: não é porque Jesus, a arma dele normalmente é uma espada, e aqui é descrito como um arco. Não é uma arma comum atribuída a Cristo; o arco, sua arma no Apocalipse, é a espada. Então, é Jesus, mas não exatamente Jesus. O que pode ser, então? Bom, vamos fazer um exercício mental mais uma vez. O que é esse livro? Mesmo os propósitos de Deus para o mundo, os decretos de Deus para o mundo. Ele foi coroado para executar os planos e os propósitos de Deus para
o mundo. A primeira coisa que ele faz quando ele é entronizado é liberar o cavaleiro branco. O que quer dizer isso? Que ele está dizendo: "Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra. Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura; quem crer e for batizado será salvo. Eu estou com vocês todos os dias até a consumação dos séculos." É simplesmente a autorização dele para que o evangelho seja pregado em todo o mundo e não possa ser detido. Vitorioso e para vencer, enquanto Jesus Cristo não encerrar o seu mandato, nada
pode deter o evangelho. Queridos, observem: até esse momento, quem conhecia o evangelho no mundo? Israel. Israel não era assim que funcionava; Israel conhecia Deus, conhecia a palavra, conhecia a revelação, e os povos nas trevas. Isaías 60: "A escuridão cobre a terra, as trevas enganam os povos." Dizendo que o mundo não conhece a verdadeira luz. Quando um gentil quer se converter, quer conhecer a Cristo ou a Deus, né, no Antigo Testamento, tem que fazer o quê? Vir para Israel. Vem sempre, vem se tornar um prosélito, se tornar um israelita. Missionário não era enviado; só tem um
que foi enviado em todo o Antigo Testamento para fora de Israel, e foi contra a vontade: Jonas. Foi enviado para... é o único caso. Mas Deus não estava querendo fazer missões. Me perdoem os missólogos, fazer missões quando ele disse para Jonas: "Jonas, vai lá pregar em Nínive." Sabe o que Deus está querendo dizer para Jonas? Tanto é que ele não quis ir. E não quis ir por quê? Porque Nínive era a capital do império inimigo. Quer dizer, eu quero mais aqueles? Eu não quero salvá-los. O que Deus estava querendo dizer para Jonas e para Israel
é o seguinte: "Baixem a bola! Vocês estão achando que eu só tenho assunto com vocês e que eu não poderia salvar outras nações? Eu posso e vou mostrar." Então, ele diz: "Jonas, vai lá pregar." Ele quer dizer o seguinte: "Se eu escolhi vocês, se eu amei vocês, se eu me revelei para vocês, baixem a bola. Sejam humildes, não se achem superiores aos outros." Por isso a liçãozinha no final, lá da plantinha que morre, para Deus mostrar para Jonas, dizendo: "Jonas, você não sabe quem eu sou. Você não me conhece de fato com esse orgulho todo
de vocês." Aí, não saíam missionários para outras nações por quê? Basicamente porque eu posso dizer o seguinte: na aliança de Deus no Antigo Testamento, havia legitimidade para salvar israelitas; não havia legitimidade para salvar pessoas de fora de Israel, salvo em raríssimas exceções, e nessas exceções as pessoas tinham que vir a Israel e se tornar um prosélito, se circuncidar, passar por toda a dieta judaica, obedecer à lei integral de Israel. Observe uma coisa importante: Jesus veio e mesmo ele diz: "Não, não, não, eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Nem o
próprio Jesus sai de Israel, salvo em raríssimas exceções, como nos dois casos lá em que até ele fala: "Nem em Israel encontrei fé," assim no caso da mulher cananeia, né, que faz um joguinho lá com Jesus e diz: "Bom, mas os cachorrinhos comem das migalhas." Então, nesse caso, que é uma cananeia e também no centurião que Jesus alcança, mas ele diz: "Não é o padrão. O padrão é as ovelhas perdidas da casa de Israel." Quando até que pega o livro? Só há legitimidade para pregar o Evangelho fora de Israel a partir desse momento. Então é
só quando ele pode dizer isso, pessoal. Agora, toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra. Ide por todo o mundo! Vai dizer assim: "Ah, pastor, mas não é tão fácil assim pregar o Evangelho, porque olha lá, na janela 1040 tem Evangelho, lá tem crentes". Lá não havia no Antigo Testamento. Fora, é difícil: perseguição, bombardeio. Não pode ser; o Irã não pode deter a pregação do Evangelho, a Arábia Saudita não pode, a China não pode, a Rússia não pode. Tentaram e muito ao longo das gerações. O Cavaleiro branco é vitorioso e sai para
vencer. Ninguém pode detê-lo. Ele vai cumprir a missão! Jesus disse o seguinte: "Quando pregado em todo o mundo, então virá o fim". Enquanto o Cavaleiro branco não percorrer toda a terra, conforme Deus quer, eu não sei qual é essa quantificação; isso é com Deus. Mas enquanto não percorrer toda a terra, vitorioso e para vencer, Jesus Cristo não retorna. No meu entendimento, simples entendimento meu, eu acho que essa etapa já se cumpriu. Acho que não há impedimento mais nesse sentido. Se você quer, se eu for dizer, a única coisa que eu acho que ainda não aconteceu
literalmente para que Jesus volte é a aparição do anticristo. Se ele for um homem, nós vamos estudar isso lá no capítulo 13, quando chegar lá, amanhã ou depois. Se tiver que haver um sinal ainda que precisa se cumprir, é o anticristo. Os demais sinais já se cumpriram suficientemente para que Jesus retorne. Então, olha, faz sentido? Não faz! Ele é coroado, o Rei do Universo; ele pega o livro. A primeira atitude dele é dizer: "Preguem o Evangelho em todo o mundo". Quer dizer, não pode deter o Cavaleiro Branco; ele sai vitorioso para vencer. Então, faz todo
sentido para os leitores de João e faz todo sentido para os leitores de todas as épocas, porque nós hoje ainda continuamos precisando que esse Evangelho seja pregado. Mas não faz sentido para quase ninguém. Então, eu não posso interpretar o Apocalipse exclusivamente só para mim; eu tenho que pensar historicamente e, principalmente, pensar como é que as coisas começaram lá. Observe: próximo selo a ser aberto. O versículo 3 diz: "Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: 'Vem!'". E saiu outro cavalo vermelho, e ao seu cavaleiro foi-lhe dada a tarefa de tirar a paz
da Terra, para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada. Geralmente, esse Cavaleiro vermelho é associado a guerras. As guerras faz sentido pensar, porque sempre existiram. Jesus mesmo disse: "Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras, mas ainda não é o fim; é só o princípio das dores". Mais do que guerras generalizadas, também há um sentido aqui da espada, da espada perseguindo os próprios crentes, porque geralmente é assim. O Cavaleiro vermelho segue o branco. Após o Evangelho, vem a perseguição; após o triunfo desse Evangelho, quer dizer, a ideia
é a seguinte: a garantia de Cristo, a garantia da vitória, ou "todo poder me foi dado no céu e na terra", não é para livrar você e eu de sofrer, é para garantir que a nossa missão aconteça, que ela se cumpra e que o Evangelho triunfe. Mas não necessariamente eu. Essa é o problema dos dias atuais: que as igrejas interpretam esse triunfalismo dos crentes. É a palavra que é vitoriosa! Lembra Paulo, quando ele está preso em Roma? O que ele diz? "Eu estou preso, mas a palavra..." Não, não é isso que ele fala. "Eu estou
preso; a palavra não!" Então, a vitória do Cavaleiro branco não é necessariamente eu ser livrado da perseguição e até mesmo da morte. Ele não vai me livrar necessariamente do Cavaleiro vermelho e nem dos PR, mas ele garante que a minha missão de vida, que é proclamar o Evangelho, isso seja vitorioso. Ele garante que a missão da igreja seja vitoriosa; não tenha como ser detida. Então, nesse segundo Cavaleiro, estão aí descritas não só as guerras, os tumultos que vão se aumentando até o fim. A ideia bíblica é essa mesmo: cada vez pior; não vai melhorar, cada
vez pior. E parece que uma leitura dos séculos mostra isso mesmo, né? Cada vez mais guerras, piores, mais conflitos, mais generalizados. Então, mas também a perseguição dos cristãos. Terceiro Cavaleiro: quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: "Vem!". Então, vi um cavalo preto, e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E eu ouvi uma voz, como que no meio dos quatro seres viventes, dizendo: "Uma medida de trigo por um denário, três medidas de cevada por um denário e não danifiques o azeite e o vinho". Esse Cavaleiro representa o quê? Representa, em
linhas gerais, fome. Representa distúrbios. Por quê? Porque tem umas coisas muito curiosas aqui. Observe que ele diz que esse Cavaleiro tem uma balança na mão. Não é dessas balanças eletrônicas; são aquelas balanças de peso e contrapeso. E uma voz do meio dos quatro seres vem do céu. Essa voz dá uma espécie de ordem, uma estranha ordem, porque diz assim: "Uma medida de trigo por um denário, três medidas de cevada por um denário". Sabe o que significa isso? Caros preços exorbitantes! Porque uma medida de um denário é o salário de um dia de um trabalhador comum.
Então, vamos quanto que daria hoje só para ter uma noção aqui: R$ 100, quanto? R$ 1, será tudo isso? Quanto que é o salário mínimo hoje? R$ 600, dividido por 20 dias do mês, aí é uns R$ 30, não é? Não entendi; tem um sentido, tem um sentido. Observe aqui, mas presta atenção: R$ 30, vamos supor aqui, quanto é uma medida de trigo? Quer dizer, um punhadinho de trigo. Esse P de trigo, Valeria, assim mais ou menos uns R$ 2. R$ 2, ele tá custando 30. 30, o que mais? É a mesma coisa: três milhas
de cevada, três punhadinhos de cevada. Cevada é mais barato do que trigo por um denário; ou seja, o cara tem que trabalhar o dia inteiro para conseguir comprar um punhadinho de trigo. Trabalha o dia inteiro para conseguir comprar três medidas insuficientes. Ele não sobrevive com isso, ele não sobrevive com um Pado de trigo, quanto mais uma família, quanto mais uma casa. Não só dá uma ideia aí de um preço exorbitante, não é uma desigualdade social muito grande, mas tem uma outra ordem mais misteriosa ainda, porque diz assim: “não danifiques o azeite e o vinho”. O
vinho, veja, trigo e cevada são comida de pobre; azeite e vinho, comida de rico. Que ordem estranha é essa, vindo do céu e dizendo que vai custar muito caro sobreviver e não pode tocar na comida dos ricos? Será que é um aviso? Não é justamente da questão da opressão ao longo da história? Acredito que tem um sentido a mais aqui: o sentido de não revolução, contra-revolução. A tendência dos cristãos, quando estão sendo oprimidos pelo Estado, é tentar de alguma maneira derrubar esse Estado e reverter a situação. Há uma ordem aqui, vinda do céu, para aqueles
que vão triunfar na missão de pregar o Evangelho, mas pode ser que sejam abatidos pelo Cavaleiro vermelho e que vão ser oprimidos pelo Cavaleiro preto. Qual é a ordem? Aguentar, perseverar, aguentar a pancadaria. É isso que ele tá falando. Ora, não era o que os cristãos do primeiro século precisavam fazer? O que restava a eles? Eles tinham como reagir ao império romano, como pegar em armas e enfrentar César? Não era esse o caminho. O caminho é ser fiel até a morte e dar-te ei a coroa da vida. A balança mostra desigualdade porque ele tá pesando
justamente a medida de trigo e pesando as três, e dizendo: “olha, veja, esse pouquinho aqui custa todo o seu dia de trabalho. Esse pouquinho de comida aqui custa e você não pode ir lá pegar a comida do rico; você não pode ir lá e tomar o vinho, não pode ir lá e arrebatar para você mesmo o azeite”. É uma mensagem de aguentar o tranco, aguentar a dificuldade que vem desse mundo como um quê, juramento, julgamento. Acho que ainda não é; ele ainda está revelando os primórdios da obra que tem que ser realizada no mundo. O
que tá dizendo é o seguinte: “meus irmãos, quer vencer na pregação do Evangelho? Aguenta a pancada. Quer triunfar na missão da Igreja? Se prepare, porque todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Então, é uma mensagem que quer fortalecer o coração dos discípulos, diz assim: “não tem outro caminho, não tem outro caminho. A vitória passa pela morte, passa pelo sofrimento. Não tem atalho. Entrai pela porta estreita, larga é a porta, espaçoso é o caminho para a perdição”. Não tem outro caminho, é estreito, é um caminho de renúncia. Quer vir após mim? Negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga. A mensagem do Evangelho do primeiro século é essa. Não há como distorcer isso. Alguém tinha querido perguntar alguma coisa? Daqui a pouquinho eu vou liberar aqui para perguntas gerais, tá? Observe aí que o próximo Cavaleiro só vai fechar tudo isso. E quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: "vem!" E olhei, eis um cavalo baio. Um cavalo não é amarelo, assim, tipo a bandeira do Brasil, entendeu? É um amarelo da morte, é aquele pálido, é a cor da morte. Vi esse
cavalo amarelo e o seu Cavaleiro sendo esse chamado Morte, e o Ades, com a palavra aqui inferno, né? Ades o estava seguindo. E foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da Terra, para matar à espada, pela fome, com mortandade, por meio das feras da terra. Parece aqui uma passada de rodo geral, uma antecipação daquilo que ele vai descrever nas próximas sessões, com muito mais detalhes, dizendo que acontecerá um morticínio no Cavaleiro vermelho pela fome, que ele já descreveu. No Cavaleiro preto, com a mortandade, aqui, são pestes, doenças, pestes, doenças, e por meio de animais selvagens,
pelas feras da terra. Aqui é um resumo mesmo. Ele vai, por exemplo, nas trombetas, praticamente só desenvolver essa parte e mostrar o que são todas essas pragas. Como estamos na segunda sessão, no segundo ciclo recapitulativo, na segunda contada da história, ele só dá um detalhezinho aqui, introduz o assunto. Lá na frente, ele vai descrever mais, muito bem. Pintou um quadro glorioso, por um lado sombrio, por outro glorioso. Porque toda a autoridade me foi dada; pode pregar o Evangelho, toda a terra, nada pode deter. É vitória para vencer, mas junto vem a perseguição, a guerra, a
fome, doença, peste. Também está percorrendo o mundo ao mesmo tempo. Então, a realidade da nossa vida, a realidade do mundo, é isso: uma mescla de glória e de fraqueza. Talvez por isso Paulo diga que nós temos um tesouro, vaso de barro. O Evangelho é esse tesouro precioso, mas nós somos os vasos de barro, né? E não pode ser diferente. É assim mesmo, é assim que Deus quis, é dessa maneira que Deus planejou. Os próximos dois selos, eu quero só terminar isso aqui, os próximos dois selos são muito interessantes, porque o quinto diz que ele viu
as almas. Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam, clamaram em grande voz, dizendo... Quando ó soberano Senhor justo, Santo, verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Temos aqui uma reivindicação celeste, uma espécie de, um né, uma greve, o motim celeste, brincadeira né! As almas dos decapitados, ou seja, daqueles que o cavaleiro aqui, algum desses cavaleiros anteriores né, foi o usado para matá-los, foram mortos. São mártires, foram
mortos, e essas almas não são corpo, são almas. O corpo tá no túmulo, mas a alma tá onde? Dormindo no túmulo? A alma está lá no céu. Onde estão as almas dos crentes salvos em Cristo Jesus? Estão no céu e não estão dormindo, porque fizeram aqui até mesmo uma reivindicação, um pedido. Que pedido foi esse? Na verdade, é o anseio de todo cristão, de todo crente. O que João tá transmitindo aqui é o anseio da igreja. Até quando, Deus? Até quando vai tudo isso? Até quando esse cavaleiro vermelho? Até quando esse cavaleiro preto? Até quando
esse cavaleiro amarelo? Até quando a morte? Até quando a dor? Até quando o choro? Até quando o pranto? Até quando a injustiça? Até quando, Senhor, não vai punir? Eles pedem isso: eles nos mataram, e até quando o Senhor vai ficar de braços cruzados? Veja, uma reivindicação [aplausos] forte. Quando é que o Senhor vai finalmente jar essa gente e dar a retribuição que eles merecem? Não é errado, meus irmãos, desejar isso. É errado querer fazer isso com a própria mão, mas não é errado esperar que Deus finalmente concretize sua justiça sobre o mundo e puna quem
tem que ser punido, porque esse mundo é um mundo de injustiças terríveis. Injustiças, e Deus sabe disso. Mas observe a resposta que Deus dá para aquelas almas que fizeram essa reivindicação. Verso 11 diz: então a cada um deles foi dada uma vestidura branca. Eles disseram que descansassem, repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e irmãos que iam ser mortos, como igualmente eles foram. A resposta foi: não morreu todo mundo ainda. O número dos mártires não se completou, mais gente ainda vai ter que ser morta lá na terra.
Agora, o assunto de vocês está resolvido, vocês coloquem as roupinhas brancas de vocês, aí, sabem, vão fazer alguma coisa aí nesse paraíso, descansar, repousar, tá tudo certo para vocês. Mas o dia da vingança não chegou, o dia da justiça ainda não chegou, porque ainda, por alguma razão misteriosa de Deus, ele diz: falta a gente morrer. Será que falta você? Será que falta eu? Será que nós ainda somos desse número que só quando se completar esse número foi dito para eles? Até lá, Deus ainda não vai executar a sua justiça. Sabe por quê? Porque é tempo
da oferta do cavaleiro branco, é o tempo da oferta do Evangelho. Jesus disse: é o ano aceitável do nosso Deus. Ele não disse: já começou o dia da vingança do nosso Deus. Ele diz a João: os coxos andam, os cegos veem, os surdos ouvem. É o tempo da oferta do Evangelho, é o tempo da misericórdia para o mundo, e Deus ainda permite toda a injustiça para que todos tenham uma chance de arrependimento e possam ser salvos. Mas entenda, quando completar o número, quando fechar a conta, virá. Então o Senhor virá, e aí as tribos se
lamentarão e baterão, mas o tempo passou. Cavaleiro branco, terminou a missão, não há mais salvação. Por isso, bem-aventurados os que agora leem e ouvem as palavras da profecia desse livro e, mesmo em meio ao tormento, mesmo em meio às injustiças, mesmo em meio às tribulações, continuam esperando em Deus e confiando que Ele está guardando seu povo. E Cristo tem o livro na mão e já abriu vários selos. O sexto fica para amanhã. O sexto selo nós abriremos aqui amanhã para entender o significado deste sexto e final selo, porque o sétimo é um reabrir tudo de
novo, começa a recontar a história outra vez. Perguntas ao algé, nós temos ainda 10 minutinhos aqui. Alguém gostaria de perguntar algo? Se eu puder ajudar, será que teria o microfone para levar para a pessoa fazer a pergunta? Esse aqui mesmo eu pego, aquele lá. Alguém pode me ajudar aqui levando o microfone? Leandro, você disse que posso fazer, você disse que nem tudo aqui estava em ordem cronológica, mas cíclica. Mas no capítulo 5, verso 13, eu então eu vi que toda criatura que há no céu, e na terra, debaixo da terra, e tudo que há estava
dizendo, ou seja, está louvando ao Senhor, toda criatura. E só depois, então, ele entra no capítulo 6 e começa a abertura dos selos. Mas a gente sabe que todos louvarão ao Senhor, não antes que os tempos sejam consumados, mas depois. Como é que explica isso? Por isso mesmo, veja, ele sempre vai lá na frente e volta, ele volta para trás e vai lá na frente. Tá sempre indo até o fim dos tempos e trazendo um pouquinho da glória da frente, mas ele volta lá atrás e começa a dizer: vamos começar tudo do zero. Então, é
justamente se você pensar, se o Senhor pensar no sentido linear, né? O Senhor mesmo disse: não dá para pensar que essa apoteose da glória a Deus pudesse acontecer antes do começo, é justamente porque é cíclico. E quando eu falo cíclico, observe: não é um círculo perfeito, ele não tá contando exatamente a mesma história sete vezes. Ele conta a mesma história sete vezes de modos diferentes, como se fosse assim um quebra-cabeça. Lá no quadro, ele vai fazer um grande quadro que é um quebra-cabeça. Aí, na primeira vez, ele vai lá e coloca uma peça aqui, uma
peça ali, uma peça ali, outra lá, outra lá, outra lá. Aí você olha e fala assim: entendi nada, mas eu consigo visualizar essas peças. Beleza. Na segunda vez, ele vai e preenche mais uma rodada de peças nesse quadro desse quebra-cabeça. Aí você dá para entender uma coisinha aqui, outra lá, mas o todo não dá resumo. Só na sétima vez, quando ele colocar as últimas peças, aí você tem o quadro inteiro, né? Então, isso nós vamos tentar visualizar até sexta-feira, Deus permitindo. Mais alguém deseja perguntar aqui na frente? Se alguém precisar sair, fique à vontade. Nós
não vamos passar de 10 horas, mas se tiver que sair antes, pode sair. E, Pastor Leandro, essa história que é contada e recontada é de toda a história da humanidade. Não, essa história que é contada e recontada é a história do Povo de Deus e do seu povo, que vai da primeira até a segunda vinda de Jesus. Esse período aí da primeira vinda de Jesus, mais especialmente do finalzinho, né, da sua primeira vinda, sua morte, sua ressurreição, sua ascensão aos céus, entronizou como rei, começa a abrir os selos, tal, tal, tal, vai cumprindo evento, pregação
do evangelho, tal, até a segunda vinda, ressurreição, juízo final, né? Então, essa história aí a gente chama de a dispensação cristã, tá? Então, ele respeita a história da humanidade porque o Apocalipse diz que Jesus Cristo morreu antes da fundação do mundo. Sim, de um sentido simbólico, né? Ele é destinado a morrer desde a fundação do mundo, mas não é literal, né? Tinha se encarnado, não podia morrer. Então é um sentido de que ele é o predestinado para isso, predestinado a morrer desde sempre. Ele sempre é esse Cordeiro-Leão que aparece com as marcas da sua morte,
mas é no sentido de predestinação que ele é morto desde a fundação do mundo. E uma segunda pergunta: essas almas que estão diante do trono são as almas de todos os eleitos? A preocupação de João... eu não estou dizendo que... veja, não estou dizendo que não estão lá todas as almas, todas as pessoas estão, mas esse grupinho é especial. João viu um grupinho especial de almas lá, que eram quem? Os maridos das mulheres que estavam lendo, ouvindo essa carta. Os maridos tinham sido mortos pelo Império Romano, os irmãos, os filhos, os pais. Quer dizer, uma
preocupação de João é dizer para eles: "Pessoal, seus parentes, vocês perderam, né? Teve gente que foi queimada em fogueira, teve gente que foi assada em chapa, sabe? Gente que foi devorada por leões ou mortos por gladiadores. Esse pessoal sabe onde que eles estão: estão lá no céu. Eles estão lá esperando." Então, o que João vê aqui é esse grupo, os mártires lá do primeiro século, que foram mortos e que estão lá no céu. Ele tá se dirigindo a esse grupinho, mas se eles estão lá, por que que os outros não estariam, né? Por que que
as outras almas dos outros crentes estariam aonde, né? Se esse grupinho está lá no céu, os outros também estão, certo? Obrigado. Mais alguém aqui? Não, tanto faz, Pastor. Pois o senhor falou sobre uma realidade do Apocalipse tão simples assim, como a Igreja de Atos, né? Quando mostra dos mares, quando mostra do começo. Você, senhor, acha que hoje, com tanta tecnologia, com tanto estudo, as pessoas estão complicando? Olha, eu acho que a tendência histórica é sempre tentar ver a minha época refletida lá e assim, literalmente. Só para ter uma ideia, teve uma mulher lá no século
14 que começou a estudar o Apocalipse, assim, uma dessas visionárias, né? Começou a estudar o Apocalipse e aí ela foi abandonada pelo marido. Portanto, quando ela chegou na Besta do Apocalipse 1, ela não teve dúvida: a besta é o meu marido! Ela identificou lá seriamente. Não, o anticristo é meu marido. Ficou engraçado até, né? Tudo bem, besta, mas é porque "besta" quer dizer animal, né? Nesse outro sentido. Ah, e assim, várias pessoas têm essa tendência de tentar identificar algo lá com o agora e se esquecem de olhar um pouco lá atrás e ver que sentido,
o que isso significava para os cristãos do primeiro século. Por isso que eu falei lá no início: quem entendeu o Apocalipse se coloque no lugar de um discípulo do primeiro século. Você tem que entender um pouquinho aquele mundo, você tem que entender um pouquinho o que tá acontecendo. Aí, senão, você não vai compreender. Senão, você vai criar visões fantasiosas, distorcidas. A tecnologia, essas coisas todas, são úteis. Por exemplo, graças ao computador, eu consegui fazer todos esses levantamentos, essa numerologia toda na mão. Ia ser bem mais difícil de conseguir, talvez fizesse, mas o computador me foi
muito útil para conseguir fazer os números, os padrões, identificar. Eu fiz dezenas, acho que umas centenas de quadros como esse que vocês têm aí na minha pesquisa, e o computador foi muito útil para isso. Então, agora eu tenho que usar como uma ferramenta. Eu não posso deixar isso me atrapalhar. Pode atrapalhar se for mal usado, mas não acho que a tecnologia em si seja o problema. Ok, pastor? Porque o que eu quero falar sobre tecnologia é que, hoje, nós temos muitos seminários, temos muitos estudos, né? Uhum. E eu pude estudar um pouco de Apocalipse também.
Falou sobre esses gafanhotos como se fossem as naves de guerra e tal, e aqui eu tô vendo uma coisa tão simples, tão mostrada, uma verdade como ela é, falando sobre... Mas hoje, muito de nós esquecemos que a vida cristã é de perseguição. A vida cristã é de renúncia. Mesmo esse é o verdadeiro evangelho, fundamentos que nós estamos perdendo. Mas hoje eu vim aqui e vi quão maravilhosa é a palavra do Senhor quando ela é apresentada com simplicidade. Pura realidade é, por mais contrassenso que possa parecer, que Apocalipse é simples. É simples; nós é que complicamos.
Mas ele, na essência, é um texto muito... uma mensagem muito simples. Apocalipse é revelação, não é complicação. Ele não falou complicação de Jesus Cristo, que Deus leu; falou revelação de Jesus Cristo. Então, o problema é que a gente se desconecta da interpretação lá do primeiro século, por isso que criam as fantasias por aí. Pastor, a revelação que existe aqui, depois do cavalo branco, diz muito respeito a coisas que atingem toda a humanidade, como pestes, como alimentação, falta de alimento para o pobre e abundância para o rico. Então, isso não seria já o julgamento de Deus
sobre o povo da terra, que inclui aí o crente também? Sim, já é uma espécie de de juízo de Deus, mas, por algum propósito, não é punição por punição. Punição por punição só tem um lugar: inferno, né? Lago de fogo! Vou falar sobre isso mais para frente, a diferença entre os dois, né? Aquilo é punição por punição, e ponto final. Seria o início do julgamento de Deus, talvez o início, e também testes, provas. Porque o que pode ser julgamento para o Senhor pode ser um teste. Eu vou falar o contrário: o que pode ser um
teste para o Senhor pode ser um julgamento para seu vizinho. O mesmo ato, o mesmo evento, mas, para o descrente que está sendo atingido pela fome, é juízo, é juízo, é juízo. Mas, para o Senhor, não é juízo, certeza! Para o Senhor, é teste, é provação, porque Deus não está nos julgando. Nós não somos julgados, né? Então, tudo aquilo que, assim, se o mesmo evento atinge o crente e o ímpio, para o crente é uma coisa, para o ímpio é outra. O mesmo evento. Ok, obrigado! Mais alguém? Um minuto, bem rápido. Pastor, o Senhor falou
sobre o cavalo branco, né? E de pregar o evangelho por todo mundo. E esse cavalo preto, ele... O Senhor, antes da sua... antes de começar, no início, o Senhor falou que faltava pouco. O Senhor acha que falta pouco para quê, né? Mas esse cavalo preto, o Senhor não acha que já está acontecendo hoje, ou vai chegar um momento crítico em que todo crente vai passar por dificuldade? Tudo o que o Apocalipse fala começa no primeiro século. Tudo! Senão, não faria sentido para eles. Senão, aaria dizer: "Olha, lê lá em Éfeso, em Esmirna, em Pérgamo, em
Tiatira." Lê! Para quê? Não faria sentido nenhum para eles. Então, tudo começa lá, mas se desenvolve ao longo da história e se intensifica antes da segunda vinda. Então, eu vou tentar até fazer um quadro aí, que amanhã ou depois, tentando mostrar como, como que no finzinho, aquele momento pré-segunda vinda, há uma... como se fosse uma recapitulação de tudo isso que já foi, mas agora é intensa, intensa, num período curto, graças a Deus, curto. Porque, se fosse longo... o próprio Jesus disse: "Haverá tribulação como nunca houve, e, se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria,
nem os eleitos. Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias são abreviados." Eu vou tentar falar um pouco sobre essa questão desse abreviamento, dessa abreviação da tribulação final, mas que nós vamos passar por ela, mesmo que os nossos queridos irmãos dispensacionalistas acham que não. Vamos passar por ela, faz parte! Para nós, não é juízo, para nós é teste. Para o mundo, é juízo. Pessoal, por hoje nós teremos que encerrar; já são 10 horas. Obrigado pela presença de vocês. Esperamos continuar os estudos amanhã, aqui, pastor. Amanhã começa exatamente, literalmente, às 19 horas, e no final você vai
receber um certificado do curso.