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E aí E aí Olá boa noite sim boa noite a todos bem-vindos a mais uma atividade do programa a presença negra no mar diz que inclui também a presença negra no Acervo do margs nós estamos profundamente felizes com esse momento que acontece hoje essa conferência tão especial com Hélio Menezes e o antes disso quero começar a fazendo me alto inscrição Eu sou um homem negro careca uso barba atrás de mim tem uma estante escura marrom escuro com alguns livros algumas rosas amarelas e a imagem entre três pequenos orifícios de em Madeira Branca Boa noite a
todos Essa é mais uma atividade do projeto presença negra que vem sendo desenvolvido no intuito de fazer pensar e marcar a presença negra na arte e na história da arte e do Sul esta tem sido uma ação desenvolvida muitas mãos é um projeto desenvolvido pelo museu de arte do Rio Grande do Sul Marques também junto com Universidade Estadual do Rio Grande do Sul ao IX e com o neab da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é assim então é mais uma vez encontros um dia para nós profundamente importante onde a gente vai ter oportunidade
de ouvir uma das referências desse projeto desse longo processo de estudo que começou bem antes desse projeto ganhar a rua ganhar os olhos e os ouvidos de vocês todos eu quero de ante-mão agradecer a Bibiana que está aqui fazendo nosso intérprete de libras Quero convidar todos que se sintam à vontade para fazer pergunta no nosso chefe né aí nesse chat que vocês estão vendo na transmissão do YouTube e e muitas delongas eu vou apresentar o nosso convidado Hélio Menezes é curador de arte contemporânea do Centro Cultural São Paulo EA cliente de cooler ao Brasil Lab
da Universidade Pinto entre os projetos recentes inclusive eles corre of What means to be brazilian na Mariane brenguere de Chicago abre caminhos no Centro Cultural de São Paulo Nova República 12ª Bienal de Arquitetura de São Paulo a luz atrás dos muros no Museu de Arte os olhos César vozes contra o racismo São Paulo eu não sei eu não sou uma mulher no Instituto Tomie Ohtake e histórias afro atlânticas MASP Instituto Tomie Ohtake é curador de Carolina Maria de Jesus um Brasil para os brasileiros do Instituto Moreira Salles e curador de atravessar a grande noite sem
assim o individual de Jota Mombaça no Centro Cultural São Paulo se permitem Eu também gostaria de cumprimentar esse currículo do nosso convidado dizendo que o Hélio é uma das vozes mais importantes no debate que nós temos tido hoje no Brasil é a dissertação de Mestrado do Hélio é uma referência extremamente importante para situar o debate sobre a afro-brasileira em bases contemporâneas um conceito que ele vai discutir e tratar um pouco mais hoje no repertório Hélio querido bem-vindo bem-vindo ao Programa Bem Vindo essa conferência bem vindo ao Rio Grande do Sul que bom simpatia igual querida
muito obrigado pela apresentação pelas palavras muito obrigado Bibiana pela interpretação da sua Nossa fala para mim é um prazer mesmo é uma gigantesca e está aqui a participar desse momento É eu sei que é um projeto de longo fôlego né que vai durar mais tempo que o outro mais encontros por vir e importante o por conta disso imaginei que me sinto mais Conrado porque é uma responsabilidade também e imaginei por conta disso seria importante trazer uma eu gostaria pelo menos de atualizar uma discussão que iniciei de fato na pesquisa de mestrado lá para cá muita
coisa aconteceu muita coisa mudou a minha própria prática mudou a minha interpretação sobre algumas coisas mudaram também no entanto acho importante voltar a essa formulação entender algumas conceituações alguns acontecimentos históricos que quem sabe iluminam né tem que se presentes e e quem sabe pauta alguns pedaços ainda serem mais escavados em dúvida O que é de pensar uma outra história né o outras histórias de formação da arte brasileira e mesmo dessa ideia de arte afro-brasileira né É [Música] E se puder Começar queria iniciar com uma ação realidade de Carolina Maria de Jesus no momento no finalzinho
dos anos 60 do anos 60 1960 ela faz uma viagem ao Rio Grande do Sul vai lançar o quarto de despejo em Pelotas e ela é um momento vai dizer mostrado no Diário ainda inédito que a pesquisadora Fernanda Miranda me chamou atenção e que ela fala assim tipo Carolina vinha pensando nas habilidades do Povo Gaúcho achei os brancos agradáveis mas Os Pretos gaúchos se tu me Eles estão te tratando bem para você enaltecer os e depois ela disse vamos a estação de rodeio depois ao clube fica aí um tubo de preto quando foi dado falar
agradecer as homenagens e não tem esse Os Pretos gaúchos que estão levando se instruindo se Os cultos tem um lugar ao sol a raça preto não deve ser indecisa não projetarmos procurar realizar concretizar os ideais inspirado em Carolina e por essa passagem dela curiosa pelo Rio Grande do Sul e o que ela nota o racismo feroz e ao mesmo tempo ela nota e sublinha né a denúncia que os pretos organizados no Rio Grande do Sul onde 1960 já faziam né aí vindicando um lugar na história a gaúcha na história do Estado do Rio Grande do
Sul a diferente daquele da subalternidade cabrito direitinho eles tinham então destinado é curiosa muito curiosa essa passagem de Carolina porque me chama atenção ao fato Claro estamos aqui reunidos nessa noite com este programa de investigação de crítica sobre a presença negra do Museu de Arte do Rio Grande do Sul ah e também não dá para esquecer de um uma outra situação que me acompanha do Abdias Nascimento em que ele se diz no genocídio do negro brasileiro que falar em identidade Negra numa universidade do país é o mesmo que provocar todas as Ilhas do inferno e
constitui o difícil desafio aos raios universitários afro-brasileiros de modo que eu Saúdo Igor e sei que outros demais pessoas que estão contigo a de provocar essas ilhas do inferno necessários à para quem sabe a a vão sermos né um pouco mais a um processo mais sincero mais democrático mas largado justo e crítico de entendimento de formação do campo das Artes Ah eu sei que o cenário presente ou tentar compartilhar já está né compartilhe na tela com vocês eu sei que o cenário presente o cenário contemporâneo que vivemos ao cenário de uma certa abundância crescimento eu
mesmo a fiz pa chute viu orgulho prazer alegria a honra de integral um grupo de cinco curadores da exposição histórias afro atlânticas em 2018 a estrago esse caso pela minha familiaridade com o tema Sem dúvida mas também por esse fato curioso interessante e intrigante a de uma exposição realizada no Brasil com este tipo de recorte com esse tipo de proposta curatorial ou de propostas curatoriais a amalgamados no exposição tivesse tamanha repercussão Internacional e chamado a atenção para a partir do Brasil se mirar uma problemática uma questão no campo das Artes que tem uma Dimensão em
realidade global e que do Brasil também se E aí vem se manifestando em uma série de Exposições exibições livros críticas das quais histórias há facções que assegura como uma delas é essa foi a exposição Como eu disse que tentou a reunir né um tipo de recorte o tipo de produção dando enfoque a a presença Negra autoria Negra Nas artes e fazer um também um questionamento sobre a própria ideia de Arte Negra né a diversidade a multiplicidade tamanha a de formas de interesses de técnicas filiações influências estéticas posicionamentos políticos ou não a de artistas de ascendência
africana de artistas negros afro-brasileiros pretos enfim os termos variam em cada um deles carrega esse sua própria história a sabemos que nenhuma as histórias a inocente mais chamando arte afro-brasileira apenas como uma circunscrição mais geopolítica geografia é necessariamente uma circunscrição temática a essa exposição trouxe os tensionamentos entre as muitas propostas que ela queria trazer um tensionamento da própria ideia de arte afro-brasileira Ou seja a por muito tempo uma série de estudiosos de intelectuais e mesmo sobretudo de curadores entendeu e vem entendendo a arte afro-brasileira à esse termo como a circunscrito a uma certa temática de
modo que nomes como o Perry Vergil o fotógrafo francês Carybé a aquarelista pintor desenhista argentino a e outros nomes que têm circulado de artistas e e mesmo mais historicamente figuras como deprê a rendas há pessoas brancas na artistas brancos que por tematizar em questões que não certo Imaginário social brasileiro atrela-se imediatamente a questão Negra né a temática Negra temas como escravidão temos como a violência policial etc a entenderam ou mesmo samba a dimensão a cultural Mais amplo a artistas como esses nomes que eu citei foram tomando Campo por um tomando espaço mesmo como símbolos e
nomes importantes do que seriam acha afro-brasileira esse cenário mudou é prudentemente hoje a presença constante e mesmo engajamento a pedagógico e engajamento estético e político de artistas como Rosana Paulino e outras antes que passarei a espero comentar de algumas e alguns deles e delas essa noite tem trazido inflexão fundamental trago aqui algumas imagens a da exposição histórias afro atlânticas para trazer também a talvez mais um tensionamento sobre o título desta sala de hoje à noite que nos aproxima a a própria ideia de arte afro brasileiro eu quero crer está aqui em jogo porque a medida
em que nos damos conta da multiplicidade de referências de formas como eu disse de interesses e filiações de artistas negros e negras por todo o Brasil logo percebemos que as fronteiras nacionais não são necessariamente as mesmas das Fronteiras e das trocas artísticas o que percebemos ao longo dessa pesquisa que foi se complexificando ao longo do tempo é a formação ou a formação de várias redes de influências recíprocas entre artistas posicionados no Brasil em Cuba nos Estados Unidos do Senegal na Jamaica no Congo e por aí vai a essa troca se dá a partir de uma
rede de Convenções de culturas visuais compartilhadas de influências comuns a de interesse comum e tem sido o pecado nos últimos anos de modo que mesmo falar de arte afro-brasileira Se quisermos circunscrever ao campo do Brasil temos que entender né que estamos já diante mão é fazendo um recorte arbitrário que então câncer a mente diz respeito ou consegue dar conta da totalidade diversidade das trocas afro atlânticas e para além A que inspiram a formação de artistas negros em todo o continente Africano Americano e parte sertanejo do continente europeu essas imagens que na compartilhei né estou compartilhando
com vocês algumas delas que formam formarão parte dessa exposição é histórias afro atlânticas reforça o isso que quero dizer né a música A multiplicidade a suportes de linguagens a que torna de fato difícil ou mesmo impossível na a o que se agrupe todas essas diferentes formas de linguagem artística Negra sobre a circunscrição muitas vezes é reduzida na ilimitada de arte afro-brasileira quero dizer com isso é claro que acha foi brasileira aqui tá sendo o rei indicada como uma categoria de intervenção política no debate do campo das Artes ainda que não necessariamente o conteúdo a de
formulação estética da esse dessas artistas trate a de uma arte política não é essa é uma das facetas presentes no campo de produção Negra a longe de ser a única e a tendo portanto dá a entendendo essa categoria de arte afro-brasileira que discutiremos essa noite numa primeira abordagem como uma categoria de operação política ou seja fuga lá serve aqui um dia não faça mais sentido né a toda arte é uma arte e uma arte que a para mim é sempre uma ideia de que no pensamento Branco sobretudo um pensamento o branco acadêmico sobre o qual
a discutiremos comentaremos essa noite se deu uma conceituação de arte afro-brasileira se foi construindo uma ideia de Arte Negra a sobretudo a partir da construção de uma alteridade negra radical né embutindo significados muito estanques muito restritos a ideia de negro é pré-definido temas a modo de fazer faturas interesses que designa o campo dentro um braço dentro da arte que seria um braço negro né como se é cabeça e se é nesse nesse processo de outra imunização né para usar um termo da Toni Morrison é a branquitude assegura para si um lugar de legitimidade artística né
de excelência de referência de régua né de medição é uma arte que não precisa de adjetivo porque esse disse quer Universal e nesse processo cria uma categorização de Arte Negra como uma arte que precisa de um adjetivo para ser complementada para para para existir é claro que esse processo é um processo de negociação de disputa a o pensamentos pensamentos negros têm reivindicado né essa expressão também pelo seu revés entendendo que se a expressão arte Negra não consegue a subir zumbi agrupar uma diversidade de temático Universidade de fatura Universidade de interesses ela de algum modo age
politicamente para chamar a atenção como apesar da Excelência da diversidade da diversidade de produção de autoria negra no campo das Artes a sub-representação Dessa arte ainda é notória nos espaços de prestígio nos espaços de maior circulação apesar do momento é crescente contemporâneo que temos vivido que nos traz a esta noite por exemplo no museu que até anteontem a não só não se preocupava com a questão Negra como fazer questão de reivindicar uma identidade a contagiosa europeia bom mas apesar dessa convulsão do momento contemporâneo que nos anima a comentar a com maior a minudências é uma
série esses artistas e essas que eu que apresentei em Outros tantos que passaríamos por toda a noite falando é Igor me convidou para fazer uma fala pensar uma aula aqui daria abertura né um programa de maior duração de maior fôlego e por esse motivo Achei por bem a fazer uma explanação que nos regressa um pouco no tempo tomar a história ainda que em saltos sem nenhum compromisso progressivo a partir de alguns recortes sincrônicos na história sobre a formação dessa ideia né as construções desse conceito de arte afro-brasileira eu inicio aqui com essas a transcrição de
dois trechos de dois autores a importantes no campo Mariano Carneiro da Cunha sobretudo no campo acadêmico Emanuel Araújo não só no campo acadêmico mas no campo e no campo artístico no campo colecionista um Pensador de segurador diretor de Museu a importante a porque as definições ainda que instáveis que cada um destes dois pensadores importantes na Constituição nesse campo no Brasil trouxeram observem que na definição do Mariano Carneiro da Cunha a que data começa dos anos 80 ele entende a arte afro-brasileira é como uma uma uma expressão sobretudo funcional a no campo religioso do Candomblé né
E que ele depois dividiria em quatro grupos né três deles um pouco mais flexíveis a estendendo a ideia de arte afro-brasileira que seria o artistas que se o que usam tem mais negro de maneira mais ou menos inconsciente uma vez ou outra outro que outros que fazem de maneira persistente e e pensam do campo religioso como Campo que define essa redefiniria né Essa Ideia de arte afro-brasileira observa em que a ideia autoria para ele escapa na realidade ele inclusive vai defender a partir dessa conceituação que ele imprimir a esse campo de que ele seria é
de maioria de artistas brancos né e poucos negros Emanoel Araújo de quem poderíamos também falar por muitos e muitos encontros da sua centralidade e importância nesse campo é já trouxe e traz ao longo de sua vida uma série de definições e pensamentos sobre arte afro-brasileira que são cambiantes que vão se complexificando ao sujeito está atuando no campo Há muitas décadas esta a de 2014 uma definição que parece interessante a que ele vai sobretudo trazer esse dilema achei que esperando né de que acha foi brasileira existe não existe né Tem algo aí que soa o que
ele vai dizer que tem algo a ver com a origem tem algo a ver com a relação com a África tem a ver com a autoria Negra mesmo tempo tem algo do uso de ou algo de tema tão tem é uma mal de uma de uma série de critérios é que definiriam esta a pressão artísticas artísticas que partes tica perdão que estamos aqui comentando bom Emanuel também fala nessa definição a cita o Estevam Silva como uma referência né se vão Silva A é uma referência também importante porque ele vai ser um dos artistas que o
Luiz Gonzaga Duque Estrada um o crítico de arte do brasileiro do final do século 19 um dos poucos artistas negros que o Duque Estrada vai escrever sobre que o Duque Estrada vai escrever a respeito ele escreve a respeito do Estevão Silva nos seguintes termos na ele vá o que sendo um excelente pintor de naturezas-mortas esse artista "descendente de Africanos conservando ainda traços profundos e radicais a iria realizar essa dizer inec essa prodigalidade de vermelhos e amarelos e verdes não é nem pode ser mais do que um reflexo trans filtrado do segundo instinto colorista vibrátil as
Sensações bruscas como é peculiar a raça de que veio entendendo que o Duque Estrada foi um crítico de arte talvez mais lido né nessa nesse início de formação e o gosto artístico de uma classe artística institucionalizada no Brasil no século 19 era um sujeito bastante influente e essa ideia vai persistir nessa ideia essencialista assista que eles bosta vai persiste até os dias de hoje né a tentativa de buscar mesmo naturezas os traços de algum africanista traços do que ele vai dizer de um reflexo trans filtrado de um extinto né como se não houvesse criatividade no
fazer a artístico no e no pensamento de elaboração criativa do artista e da artistas negros e negras né Duque Estrada não foi o único a contemporâneo a ele um pouco depois Sujeito como Nina Rodrigues né Ah vai ser também que vai como que inaugurar no campo a da da escrita acadêmica em artigos nem sequer um campo do pensamento que eu tô discutindo muito formal não é muito institucional sobre as as artes afro-brasileiras no final do século 19 e começo do século 20 no Brasil é claro que as discussões fora da academia estão acontecendo em muito
com muito mais ligou né eu faço aqui trago aqui um recorte um pedaço dessa produção é mais pretensamente acadêmico né a Nina Rodrigues em 904 Vai publicar esse que é por muitos estudiosos posteriores inclusive contemporâneos a nós é que vão batizar como espécie de e primeiro primeiro primeiro escrito não é fundamental sobre a seleção brasileira que vai entender essa produção sobretudo escultórica e de terreiro né a mina vai dizer entre ao mesmo tempo chamar essas peças de belas-artes o que a inesperado para um homem notoriamente fascista como ele foi também influente em seu tempo embora
visto por muitos como radical mesmo a sua época ele vai ler por exemplo nesses a Machados para bifaciais de xingou a esquerda a que haveria um tosco na execução palavras dele uma desproporção nos braços como se o artista negro são também palavras dele não consegui isso jamais realizar uma escultura realista natural a nina não conseguia entender e isto me para inaugurar o segundo problema que ainda hoje persiste na crítica na análise sobre tudo Branca mas não só sobre a produção negra que a ideia de utilizar-se de critérios conceitos categorias europeus ocidentais que nem sempre são
aplicáveis à produção Negra a este foi uns problemas e na Rodrigues se tentava buscar nessas esculturas um Realismo que estava longe de ser a intenção dos autores dessa obra e ele vai por exemplo contrastar com essa outra escultura da direita que ele identifica com uma peça no culto de parar Oxum e seria já o espécie de abrasileiramento da forma africana na ele apostava na tese de desafricanização e sendo o brasileiro um povo mestiço palavras e essa peça Também seria uma peça mais mestiçado porque mais Redonda - dura menos rígida os olhos saltam ao invés de
fundos e etc bom todas essas ideias vão tomando corpo e criando né a partir de Nina Rodrigues uma certa tradição sobre a qual falaremos logo mais mas trago aqui um contraponto importante porque ele foi contemporâneo é de Manuel querido autor a de livros escritos importantes né No começo também do século 20 O Colono preto como fator da civilização brasileira de Inocência 18 os homens de cor preta na história artistas baianos a arte culinária da Bahia e assim vai né a uma coisa interessante cima de Manuel Querino é importante deixa o que como uma pista de
pesquisa a ser mais aprofundada é o fato a dele ter se preocupado em uma série de escritos em relatar o conhecimento racial dos artistas do seu tempo e mesmo ideia de artista a para Manoel clima Era bastante usada para o seu tempo incluindo arquitetos e pedreiros é a incluindo Ourives o que hoje chamaríamos de artesão a ideia de ofício na rede Artes e ofícios de uso ele foi aluno e professor a lhe permitir uma ampliação da ideia de arte e esse cuidado e observar quais daqueles artistas atuando naquele momento eram negros ou não isso foi
uma espécie de documentação para o futuro certamente e o modo de hoje né Nós a Século 21 conseguimos localizar uma presença Negra autoria negra no campo das Artes do comércio do século 20 graças a essa nominata a essa lista a que Manoel Quirino em outros mas Manoel especialmente realizou a época de modo o que esses personagens esses artistas negros não fossem apagados como anônimos ou embranquecidos a duas estratégias de genocídio neda pagamento simbólico a bastante comuns no Brasil o Mário de Andrade a também um sujeito importante nessa pontuação que eu estou fazendo de algumas contribuições
acadêmicas no campo do pensamento a sobretudo a partir de uma ideia de uma tese a o que ele vai identificar na figura do Aleijadinho né O que ele vai dizer da solução brasileira da colônia né como se Aleijadinho sendo um mestiço palavras dele também realizasse uma arte mestiça trouxesse um dengo africano são palavras do Mario de Andrade é a influência de Portugal que a a coisa portuguesa é essa ideia de que a haveria um paralelismo a identificação entre a fenotipia né o fenótipo do artista e o produto de seu ato artístico seja sendo um sujeito
mestiço a sua arte a justiça será esse tipo de encadeamento a que conseguimos ver né com as letras contemporâneas como encaminhamentos essencialista e muito pouco aberto a criatividade ou seja Cola com série de amarras né enfim e pensamento a que parte de uma caracterização racial para o gesto e para a pesquisa artística não é algo novo e tem raízes históricas do Brasil que vão remeter a importantes pensadores ainda hoje é influentes né o Mário de Andrade ao quando o Secretário de Cultura em São Paulo realizou o conhecido a missão né folclórica para o norte nordeste
e que a comando a de Luís saia no outro importante Pensador que para este Campo sobretudo na dimensão da Dita Arte Popular se foi revelando com esses estudos uma arte é especialmente Negra né acho popular às vezes é uma designação preconceituosa redutora de uma variedade artística tamanha aí não raras vezes é o campo da arte afro-brasileira e da Arte Popular acabam se confundindo né a uma marcação racial muito Evidente nessa conceituação generalista de Arte Popular né que sofre me parece padece do mesmo tipo de equívoco aqui conceituações apressadas e despolitizados de arte afro-brasileira também também
Gerson esse ponto Talvez seja importante ou interessante especialmente para os gaúchos e gaúchas que estamos aqui conversando porque o ponto de partida da análise de luz saio sobre os votos nordestinos era o contraste que ele fazia aos ex-votos nesses a objetos geralmente em partes do corpo que são depositados em salas laterais as igrejas né salas de e aqueles do Sul do Brasil ele vai dizer não marcariam segundo ele uma influência africana tão Evidente como os reis votos que ele vai encontrar no nordeste em especial na Bahia e Pernambuco ah ah até de Luís saia acompanha
a tese de Mário de Andrade sendo nordestino sujeito mestiço sua arte mestiça Será né essa ideia para passar sujeitos como Arthur Ramos que vai se tornar uma espécie de Embaixador a em seu tempo sobre questões negras a se auto intitulando como tal efluente académico do seu tempo é que também vai se dedicar e estudar os mesmos objetos né parte do mesmos objetos de arte que Nina Rodrigues tinha estudado como esse par de olhos Fashion Góes e realizar uma série de hipóteses é muito pouco a pensadas muito pouco a Profundas né como esta de que o
xingou a um símbolo muito marcadamente Oeste africano na falando especialmente e Nigéria Benin Togo bastante influente a no nordeste do Brasil né são formas a ainda hoje preservados e reproduzidos uma série de casas de religiões afro-brasileiras EA uma das teses nas hipóteses de Arthur Ramos e que essa forma teria nascido na Grécia a passado pelos países árabes e Em algum momento se introduzido na prática não Então essa dificuldade né de encontrar a a força demiúrgico a força de criação de traseiro novo na originalidade a em autores de ascendência negra em autores negros africanos afro-brasileiros afrodiaspóricas
Também vai encontrar formulações acadêmicas vai tentar encontrar a tentar se firmar em formulações de pretensão conceitual como esta a que como Vênus vai formando um campo bastante equivocado na de a entendimento sobre a arte afro-brasileira o gerando Inclusive a erros para muito muito base como básicos como eixos né que identifica como orixás né aqui em realidade são objetos realizar são cultuados que são realizados em outra parte da sobretudo na África Central Central na tão falando de fetiches a no nome Colonial a presença os objetos que estão longe de se representar orixás esse mesmo tipo de
equívoco vai se reproduzir um sujeito com o Mário barata também especialista sobre a Arte Negra e seu tempo nos anos 40 nos anos 50 mais barato inclusive foi o sujeito às suas teses sobre a Arte Negra foram bastante influentes no Sujeito como Dias Nascimento e na criação do Museu de Arte Negra nos anos 50 sobre o calcularemos Também logo mais É mas ele cometeu equívocos também muito a primários né como a desidentificação por exemplo entre essa esse Xangô mais uma vez em que ele descreve como a figura de Iemanjá ou essa outra série de insígnias
né estão aqui da sua imagem ao centro a que ele vai descrever de maneira bastante casa né como bastante pastores de dança eu digo de maneira arrasa entendendo Claro os limites da pesquisa cada um ao seu tempo né a as dificuldades os avanços a é claro que todos esses sujeitos trouxeram nomes fundamentais pistas de entendimento e foram construindo um tipo de abordagem da acadêmica a sobretudo conceitual sobre esse campo da arte afro-brasileira mas eu quero trazer com essa nessa crítica ao pensamento pouco apurado que em vários momentos esses pensadores realizaram É bem a essa diz
atenção né ou essa esse pouco apreço ou menos profundidade na análise de peças de material para o brasileiro vai gerar um campo de horrível que se reproduz até os dias de hoje né essas esses textos são fundamentais textos ou reproduzidos em catálogos e Exposições sobre a arte afro-brasileira ainda hoje são textos que circulam né E que trazem uma série de equívocos na sua formulação o padre Valdo Prado Valadares é outro a que sobretudo usa anos 70 vai a estudar e se dedicar inclusive curatorial mente né mais um sujeito Branco a gente quer que comentamos a
e clarival foi o curador Né o sujeito Se não me engano o único curador Branco a representando o Brasil porque os demais países da diáspora a tinta alegações negras né também pensadas por pessoas negras para participarem do 1º festival mundial de artes negras que aconteceu na década de 60 é no Senegal como na segunda edição 77 na Nigéria nessa 12 festivais que convidaram os países da diáspora o Brasil é evidentemente um convidado de honra nesse sentido a por ser um maior país da diáspora africana fora da África com maior população negra a e o Brasil
a em um momento de tensão muito forte né E quase igual do Prado valladares o sujeito Como eu disse Branco foi a denunciado criticado publicamente por conta da sua escolha curatorial para representar o Brasil no festival por Abdias Nascimento um documento histórico do movimento negro brasileiro a chamado carta aberta a dar um o Mariano Carneiro da Cunha e vamos aqui avançando a década de 80 a também foi um dos que tentou né dos intelectuais pensadores que tentou organizar o campo de pensamento de classificação a dessas Artes afro-brasileiras como iniciamos essa essa conversa essa aula como
a citação do Mariano e vejam como ele aqui vai dar exemplos a dos artistas que seriam encaixados em cada uma das quatro categorias nessa tentativa e sempre reduzindo o campo afro-brasileira ao campo religioso né como se não houvesse possibilidade criativa ou como se não tivesse realização do Campo Negro é para além do campo religioso bom a message segundo esta designação do Mariano Carneiro da Cunha seria o artista afro-brasileiro por Excelência né mestre de um Artes o que também é o mesmo tempo foi um alapini não é um sujeito com o cargo hierárquico importante a na
religião dos cultos do culto aos egungun e ao mesmo tempo traz lá do uma linguagem do terreiro do campo da arte das artes visuais e vice-versa né como nesse né nessa peça destinada à circulação no campo artístico mas que também poderia ser utilizado no ritual a de Candomblé bom uma vez comentado sobre a esses autores alguns desses autores a Gostaria de compartilhar contigo algumas Exposições pelas quais comentarei a também pegando mesmo período de começo a do século 20 chegando ao Começo Espero que dê tempo né chegando mais ou menos ao tempo contemporâneo ao momento presente
sobre algumas Exposições algum o motivos que trouxeram o campo a da como como se como se foram construindo curatorial mente um argumento ou um conceito de uma ideia de arte afro-brasileira né É claro que aqui São só alguns exemplos Luiz melodia que vai dizer não é o tudo que se tem na representa tudo a ideia não é fazer uma lista exaustiva mas trazer como em algumas Exposições o argumento de conceitual e curatorial foi criando uma ideia de arte afro-brasileira que eu gostaria de problematiza né eu considero importante para mim foi fundamental na minha pesquisa de
mestrado e doutorado sobre sobre esse tema e debruçar sobre a sobre as Exposições sobre as plantas demográficas sobre as realizações dos conceitos que as Exposições foram realizando eu penso que paralelamente a ejacular crítico e teórico a obras e artistas fundamentais do campo das Artes afro-brasileiras me parece que uma possível quem sabe história deixe Campo artístico ser fez e se faz a partir das exposições na parte dos argumentos que as Exposições realizam a gente sabe que Exposições anunciam histórias né Exposições traduzem narrativas traduzem ideias a partir do arranjo de peças artistas e obras que se dá
num certo espaço né recriando discursos a partir do Que expõe mas também daquilo que não expõe aqui ó por não expor embora Exposições sejam acontecimentos de vida curta impermanentes eu acredito que os efeitos delas podem se prolongar para além do tempo de sua realização mais imediata se tu para começar essa também um pouco uma oferta lista que uma uma uma lista quase progressiva né no tempo igual a ideia de Exposições nesse Campo se realizaram no Brasil o regresso 1934 até onde eu conseguir avançar em minha pesquisa de uma exposição de arte afro-brasileira que aconteceu na
cidade do Recife no Marco do 1º congresso afro-brasileiro é muito interessante os jornais da época que os poucos registros fotográficos aos quais eu tive acesso a que vão definir já nessa primeira exposição de arte afro-brasileira uma ideia de que este Campo se define pelos assuntos afro-brasileiros que tenham alguma influência africana mas é sobretudo os artistas que eles expuseram eram em sua maioria artistas brancos artistas modernistas acessar dois modernismos que aconteceu no Brasil nos anos 30 a com nome tão sabemos do Lasar Segall da presença do Di Cavalcanti a Santa Rosa Cícero Dias etc a acompanhada
a Dilma é citação do jornal curiosa amostra de arte popular brasileira não eram sobretudo Maracatu e folguedos sambas etc hora essa ideia de que afro-brasileira como um tema portanto não é definida como um tema portanto a realizou um tipo já em Recife em 34 tipo de lógica expositiva que ainda hoje encontramos com alguma frequência infelizmente a em exposições de arte afro-brasileira à ideia de um cenário Negro para receber para bem mostrar obras realizadas por artistas de ascendência europeia para o artistas brancos a que se utilizam de temas ou de assuntos afro-brasileiros na e a este
é o caso em algum grau absolutamente mais complexo mais importantes como o momento de entendermos a dos anos 50/60 a presença de lina bo Bardi na Bahia a as suas pesquisas a partir dos esgotos uma série de gestos curatoriais a em Exposições fundamentais como o Bahia no pirapo era Nordeste a mão do povo brasileiro etc e que a no gesto curatorial usado né trazia como objeto artístico uma série de produções do campo popular do campo religioso negro sobretudo né é muito interessante que a própria planta tipográfica nada dessa exposição Bahia no Ibirapuera vai aqui né
na vitrine número 10 a definir que seria uma vitrine de arte afro-brasileira é curioso ver né a partir da pesquisa de a computação fotográfica o que ela vai chamar de arte afro-brasileira à nesse período a no final dos anos 50 começo dos anos 60 é uma série de cerâmica sertanejas sobretudo né a alguns dos votos algo muito ligado à cultura à sertanejo nordestino essa ideia portanto que vai se consolidando de que acha afro-brasileira ou seria um campo religioso ou seria do campo Popular nessa restrição desse conceito que a gente viu acontecer na produção dessa série
de teóricos vai também se encontrando espaço e se reafirmando em discursos curatoriais algo que é distinto e contemporâneo a essas iniciativas é que vem comentando é a tentativa de construção do Museu de Arte Negra por Abdias Nascimento a esse é um ponto importante Eu gostaria de ir com um pouquinho mais devagar É porque eu mais devagar porque a Abdias Nascimento e ser essa figura a complexa né sei lá ele foi Senador foi ativista tens ator intelectual artista visual a diretora de Museu curador então Abdias um sujeito fundamental para pensamento negro no Brasil é eu vou
aqui brincar dizer aí com Abdias ao menos na sua do seu pensamento documental escrito sobre a Arte Negra sobre a arte afro-brasileira e o seu intuito é de criação deste Museu de Arte Negra e é são é um pensamento que vai se modificando ao longo do tempo na que vai se complexificando ao longo do tempo se no momento de fundação na usamos 50951 Eu já falei que não chegou até uma sede própria né ele foi fundado o meu 150 a ABL desfaz 68 no seu exílio a porque perseguido pela ditadura militar no Brasil as Museu
nunca logrou tem uma sede própria né Embora tenha criado uma ser uma serva importante hoje o sobre a salvaguarda do ipeafro a neste momento de fundação Abdias vai entender que o Museu de Arte Negra e aquele indicado em obras de artistas negros artistas brancos de artistas de todas as raças e nacionalidades né é interessante né porque nesse mesmo período em meados dos anos 50 em que o abc está pensando para o campo das artes visuais na pensão da Arte Negra a partir do tema né artistas brancos artistas de outras procedências raciais desde que ligados a
tematicamente a questão negra dos desenvolver desenvolveriam a Arte Negra também ah não é o pensamento que ele vai realizar quando vai pensar no teatro né Nas artes do corpo nas artes cênicas com a criação do Teatro Experimental do Negro e seu grupo de atores diretores roteiristas negros a que compunham essa experiência observa em como são bastante variadas as obras a dessa coleção inicial do Museu de Arte Negra de Abdias a há entre artistas negros sobretudo embora não só artistas brancos as obras não tinham um critério temático unicamente a perdão ou apenas um critério temático na
eram vários os critérios temáticos a que orientavam Abdias naquele momento já em 55 né ah é quando ele vai no Marco do Museu de Arte Negra realizar o concurso e uma exposição de Cristo negro na chamada Cristo negro a essa foi a exposição que mais de 100 artistas né enviaram obras a realizando e pensando um como seria se o Cristo fosse negro nasceu Cristo no Brasil fosse negro gerou uma grande polêmica no jornais a Quem se interessar libertação comenta um pouco mas no site do teatro tem também bastante documentação a respeito né como que a
imprensa da época foi bastante agressiva foi violenta né tentou censurar essa e essa exposição de alguma maneira censurar exposição né e o que é curioso aqui do concurso entre tantos artistas que enviaram suas representações de Cristo os negros aquela que venceu foi Dejanira da Mota e Silva com esta tela Largo do Pelourinho na região de janeira que vem a ser a um artista interessada né pelo tema da escravidão sábado pelo tema das culturas negras mais um artista Branca né vocês verem como esse momento ainda essa ideia a temática era ainda é muito influente né a
essa é uma outra uma outra tela de um do Otávio Araújo artista negro a que realizou também para esse festival aparece concurso me perdoem a do Cristo negro né essa tela acabou tendo até mais circulação do que a tela da da Djanira mas o foi até lá vencedor a Abdias após a E aí a a a sua saída do Brasil né o seu auto-exílio para os Estados Unidos vai me parece ter uma espécie de me perdoe a brincadeira uma segunda Encarnação né o seu pensamento se modifica em relação a esse campo afro-brasileiro e vai se
tornando cada vez mais politizado cada vez mais lastreado também na cosmogonia e na visualidade a do campo das religiões de Matriz afro brasileiro Fábio vai encontrar a tanto do panafricanismo quanto no candomblé referências políticas e estéticas do que ele vai então começar a entender e escrever e conceituar como efetivamente um campo de Arte Negra a sua própria produção visual vai se tornando cada vez mais politizada na a Abdias vai neste segundo entendimento por assim dizer sobre acha afro-brasileira é entender que é sobre e na luta política e no campo de referência do Candomblé com artista
negro vai encontrar a plenitude da sua realização artística né a gente pode observar como que na presença do dia Abdias nos Estados Unidos na lua exílio uma série de elementos políticos norte-americanos vão se incorporando as obras de Abdias né como está colagem do rosto a do Rio Nilton não os líderes dos panteras negras a junto com essa representação de Omolú ou mesmo do seu próprio Cristo negro né do Abdias a sendo aqui ligado aos sujeitos negros que eram torturados a pela Ku Klux Klan nos Estados Unidos então essa influência né de uma politização na obra
do Abdias vai certamente se dá a partir de seus contatos nos Estados Unidos como a rede mais Ampla e artistas negros a lista de pensadores negros a que vão ver no campo da arte também um campo de raiva indicação política e identitária né Abdias Nascimento Como eu disse isso vai escrever os mais importantes textos a respeito da tentativa brasileira do estado brasileiro de apagar as artes negras média de sou ver a autoria Negra mexer nesta carta a Dacar que eu comentei que era uma crítica né a delegação a a curadoria da delegação brasileira para participar
neste importante nestes importantes festivais né que também expuseram artistas comentam os prazeres como comer Valentim e como Agnaldo Manoel dos Santos e outros e Outros tantos E ainda nos anos 70 e vamos assim chegando mais ao final a é importante mencionar a fundação do museu afro-brasileiro em Salvador né hoje ele é um museu Universitário pertence à Universidade Federal da Bahia é uma das primeiras tentativas museológicas realizações nos geológicas de institucionalização da arte afro-brasileira e é interessante notar como o entendimento a que regia a fundação do macho não é uma afro foi pensado inicialmente pelo fotógrafo
francês Pierre bergé sobretudo para abrigar peças a disco tórica em madeira africana é observa em como a aqueles estudos na que vamos comentando desde Dinah Rodrigues muito focados na religião muito muito focados na escultura Negra vão não só ser influente no campo acadêmico como verdadeiramente a edificar instituições de arte afro-brasileira de maneira literal né vai se o primeira grande de maior fôlego pelo menos experiência museal de arte afro-brasileira é densamente lastreado baseada neste tipo de concepção deste tipo de leitura na do que seria afro-brasileira então vejam só que paradoxal que este importante museu né museu
de ache é o museu afro-brasileiro da Universidade Federal da Bahia fundada no final dos anos 70 e só vai abrir as portas efetivamente no começo dos anos 80 é esse tempo de espera é a se deu pela resistência da Elite baiana época que acusou que este Museu seria um museu da macunbaria né são temos que a a eles pagam usou a época e o projeto original que seria de ocupar a totalidade do prédio da faculdade de a localiza o Terreiro de Jesus reduziu-se a duas ou três salas onde pequenas com espaço e menos de 10
porcento do projeto original então este que foi o primeiro museu afro do Estado da Bahia nós somos falam de um estado de forte relação os países africanos desde o século 16 até os dias corridos é o museu bastante e singelo tímido modesta feitos sobretudo para abrigar as peças a de interesse etnológico do Pr VG e os entalhes em madeira de Carybé a uma artista de ascendência Argentina é a mais algumas imagens da relação entre os dois esse cenário das Exposições né que tematizam a arte afro-brasileira à a partir sobretudo do tema ou entendendo o pouco
dando caso autoria o tentamos circunscrever como se a experiência negra no Brasil se reduzir-se ao campo religioso afro-brasileiro né a essa dificuldade ou na realidade de um projeto né de circunscrição a de um campo artístico e o vídeo um campo de pensamento de modo não deixá-lo aberto e amplo G1 e no campo dispositivo vai perdurar embora com pequenas e importantes resistências a perdurar pelo menos até os anos 80 essa ideia de atrela O Popular teatro alla o religioso é sobretudo em 1988 no Centenário Da falsa Abolição no Brasil que uma exposição fundamental que gerou também
um livro é uma publicação altamente fundamental tá todos os estudiosos a sobre acho que o brasileiro que foi a mão afro-brasileira essa pesquisa e esta exposição realizada capitaneados pelo Emanuel Araújo inaugurava por assim dizer um tipo de pensamento a no campo curatorial e no campo de elaboração conceitual sobre a arte afro-brasileira à de algum modo a bastante é a pergunta que se colocava era esse entendermos a produção Negra a partir de sua autoria e se deixarmos de lado a ideia de tematização ou a ideia que restringe a escultórico em madeira ou do campo funcional religioso
e observássemos o que pessoas negras tem feito artisticamente ao longo da história do Brasil o que descobri o que Descobriremos hora essa pergunta e iniciou um processo de pesquisa a que a se organizou espacialmente na em quatro módulos da exposição a sobre o barroco rococó a arte acadêmica de artistas negros a artistas negros atuando no campo popular e da arte contemporânea bom é uma que falam de uma exposição de final dos anos 80 a esse levantamento essa nominata esse mapeamento né de artistas negros vou mostrar aqui alguns exemplos que contam sobre tudo e apenas os
dois primeiros modos né do Barroco rococó e no século 19 os artistas acadêmicos a foi revelando que desde ao menos o século 18 a presença Negra vem sendo documentada ainda que de maneira a aquém do que se deveria e gostaria tendo o pagamento Cê branqueamentos é possível foi possível resgatar nomes como todos os eixos que só aqui apresentando e Outros tantos a a partir de documentações e de registros da atuação de artistas negros o século 18 no século 19 no século 20 dentro das igrejas em grupos de ofício a sendo comissionados artistas negros para a
realização que eram em realidade estavam na base A de uma arte entre aspas Popular certamente do campo religioso mas também no campo acadêmico na esse levantamento fundamental né trouxe e oferece para a gente um campo de pesquisa tamanho tremendo uma diversidade tão agigantada da presença negra na arte brasileira que modificou e fala a totalmente a própria ideia de uma história da arte brasileira que se viu a partir dali a absolutamente incompleta afrontamento lacunar para além do que já anunciavam que quer dizer como que pode como se pode construir e ainda hoje o currículo da maior
parte dos cursos e e mesmo a formação dos acervos a maior parte dos museus mesmos mais históricos não não não contarem com a presença de artistas negros desses artistas negros não entenderem essa produção tão robusta e diversificada como fundamental é uma compreensão mais Ampla das Artes nacionais como um todo o Manuel Araújo a de quem com quem abrimos né Essa essa fala hoje a noite vai ser esse sujeito que capitaneou essa pesquisa que vai realizar sobretudo a ao longo dos dois mandatos que esteve à frente a da Pinacoteca como diretor da Pinacoteca do Estado de
São Paulo uma série de Investigações uma série de Pesquisas uma série de exposições e publicações em forma de catálogo e outros livros A expandindo o campo das Artes afro-brasileiras e trazendo uma série de artistas em suas conexões com o países africanos e suas conexões com outros países da diáspora além do próprio Brasil e a Manu Araújo ao longo desses anos vai a reunir o material suficiente né o sua coleção sobretudo particular e no ano 2000 Chegamos aqui já ao século 21 a maior organizar esse material que ele inaugura com a mão afro-brasileira 1988 vai me
dar um corpo uma forma a mais complexa a uma mostra chamada negros de corpo e alma essa mostra aconteceu dentro da mega exposição mostra do redescobrimento aqui com que contou curiosamente com dois módulos voltados ao campo afro-brasileiro e o módulo da exposição organizada por Manuel Araújo chamada negros de corpo e alma e uma outra exposição dentro da mesma Mega exposição chamada acha afro-brasileiro a com curadoria da Lise leva Salum e do professor kabengele munanga começa o comentando esta segunda e é curioso porque esta exposição já no começo nos anos 2000 Vai sobretudo no texto dos
dois curadores a se lastrear conceitualmente citando Inclusive a totalidade dos pensadores com quem eu iniciei a sua fala a esta noite né Mariano Carneiro da Cunha Arthur Ramos a Nina Rodrigues Mário barata Luis saia a Mário de Andrade Manoel Quirino às vezes mas nem sempre são citados como referência de Constituição ainda no século 21 Já que no século 21 como referências conceituais de circunscrição basta afro-brasileira o professor kabengele munanga é em seu texto curatorial vai por exemplo entender que embora esta seja uma arte bastante livre né ele vai defender que são Artes que se expressa
de e ela tem que responder alguns teria que respondeu com os postulados básicos né seja ele afro-brasileira por ter o que tem algo que se manifesta em sua forma e seu estilo nas cores empregadas na simbologia a realizada a matemática na ecografia etc né ao passo que a sua colega né calculadora Marta leuba Salum a professora Lisa e vai dizer que a arte afro-brasileira vai de se definir não só por esses postulados básicos que o professor caber coloca mas ela vai definir que é sobretudo uma expressão contemporânea e queria ligado a dimensão religiosa sobretudo na
também ao cenário sociopolítico socioculturais negros no Brasil a Observe como a ideia de autoria Negra ainda não encontrou aqui uma cento na embora com Emanuel Araújo esse o recorte desde 88 vinha ganhando fôlego o que mostra as aproximações mas sobretudo as diferenças conceituais entre essas duas Exposições que aconteceram paralelamente no Marco da mesma mostra do redescobrimento né aqui algumas imagens da exposição a chave brasileiro no ano 2000 E aí Oi e a chegamos assim a o negro de corpo e alma né que aconteceu em paralelo a essa exposição que acabamos de comentar e que traz
comeu Manuel disse o resumo um conjunto encerrando 15 anos de investigação sobre a relação do negro com exarchs né Então essa exposição que não só trazia autoria negra em primeiro plano mas também se debruçava sobre uma discussão da representação do negro nas afinar trazendo ao preço de autores com outras procedências sociais aqui algumas imagens essa foi uma exposição muito importante né foi a partir deste material desse modo de exibição de organização esse Crew a base de fundação do museu afro Brasil a em 2004 né as 4005 o museu afro Brasil portanto a acaba sendo efetivamente
o primeiro museu de fôlego na primeiro grande museu no Brasil a voltado a esta produção ou melhor dizendo a esta discussão na é um museu organizado em uma série de núcleos né também preocupado com a dimensão religiosa mas com dimensão contemporânea pensando nos folguedos no núcleo sagrado e profano das relações entre as festas populares à é um museu único em realidade sendo ao mesmo tempo o Museu de Arte e também o Museu Histórico E também o museu antropológico e também a um Museu de Arte Popular e também um Museu de Arte Contemporânea quer dizer ele
tem uma série de propostas né é muito curioso se a gente vê nos Estados Unidos Por exemplo há dezenas e dezenas de museus afro espalhados após diversos estados cada um com uma característica diferente né no Brasil e um sobretudo museu afro Brasil em São Paulo como uma grande referência como um museu de dimensões a adiantada sobre o tema que tem que dar conta de todas essas dimensões né a essa iniciativa é a única Como eu disse e foi fundamental para pautar assim não museu afro Brasil sem essas Apesar de todas as dificuldades por vezes um
museu e difícil entendimento A pois o museu muito errado a em ideias complexas difícil de ser ultrapassado Mas é uma iniciativa a única do mundo a equipe pavimentou a sobretudo um campo hoje possível para que nós sejamos aqui conversando queria encerrar a conversa esse Panorama muito rápido muito pontuado né de alguns acontecimentos Chaves na Constituição na edificação desse conceito de arte afro-brasileira gostaria de encerrar tô fazendo essas duas imagens da intervenção da frente três de Fevereiro com a faixa onde e essa foi o intervenção a que convidamos esse coletivo artístico o perdão esse coletivo artístico
anti-racista a baseado em São Paulo a intervir nas fachadas do estudo do meu tablet e do MASP a por conta da exposição histórias afro atlânticas O Curioso dessa história quando o o a proposta foi apresentada o grupo de curadores e as duas instituições sede da exposição o Masp logo a princípio a recusou eles não ser possível na que não que não havia interesse não havia possibilidade a edificação dessa Bandeira na sua fachada enquanto o Instituto Tomie Ohtake a renegociação com o prédio que divide espaço com outras instituições a comprou a briga e defendeu a a
proposta Instalou a faixa na abertura da exposição um gesto que evidentemente a pergunta voltou-se né a para a própria instituição ela foi sendo cada vez mais questionada e mesmo assim mesmo sobre Onde estão os negros não só na arte não só no acervo não sou uma coleção mas os cargos de direção nos cargos de curadoria nos cargos de financiamento nos cargos de maior decisão a essa faixa criou uma série de mobilizações a época e passado um tem a abertura da exposição o Museu de Arte de São Paulo reconsiderou a sua posição inicial a entendeu que
faria sentido uma itinerância da faixa para a fachada do MASP de modo que quando essa faixa Onde estão os negros e também se esposo macio e voltou a mesma pergunta onde estão os negros no Museu de Arte de São Paulo onde estão os negros na história da arte do Brasil onde estão os negros nas narrativas a que se vai construindo sejam históricas e relação as artes instituições sejam do momento contemporâneo né e não dá para esquecermos de uma importante tese do Professor Renato Araújo pesquisador Renato Araújo em que ele vai defender como hipótese a idade
aqui no Brasil ocorreriam que ele chama de ondas de valorização institucional do negro são os momentos em que a a uma série de estratégias a conjunturais sobretudo de interesses do mercado entre outras instituições que dão a Arte Negra um momento de maior circulação de maior valorização a bagunça termos ao termo utilizado pelo Renato Araújo Olha o tempo presente portanto e essa pergunta onde estão os negros que a frente três de Fevereiro nos incita a refletir é um tempo me parece marcado a por uma contradição interessante na as artes negras hoje estão numa encruzilhada me parece
muito específica no Brasil de um lado vemos a valorização institucional a multiplicidade de experiências artísticas curatoriais reflexivas e críticas à sobre a Arte Negra Vivemos um momento de mudança e de disputa apps tecnológica sem a menor sombra de dúvida a de ruptura epistemológica inclusive de questionamento das bases eurocêntrica de nosso conhecimento a nunca antes na história desse país vimos é tão massiva de a importância de artistas negros no cenário contemporâneo e acho contemporânea brasileira é basicamente uma arte contemporânea de autoria Negra não é aquela que tem feito circular e oxigenar o interesse não só do
mercado mas sobretudo os estudiosos pesquisadores e da população a que não é mais a feita as artes que tem começado a ocupar a maneira mais obstinada as Exposições as publicações das galerias os museus atrás de referências negras também nas artes neh hora ao mesmo tempo que assistimos a essa multiplicidade EA presença de nomes fundamentais a deixe de baixo e que participaram na sei disso nas próximas falas de se encontram organizados aqui pelo museu de arte do Rio Grande do Sul ao mesmo tempo em que assistimos a essa multiplicidade e riqueza é nós sabemos o paradoxo
de que estas mesmas pessoas ideias não dá tem o poder decisivo decisório financeiro das instituições a que ainda seguem sendo regidas pensadas a sobretudo por homens brancos de meia-idade a essa contradição no momento em que é a o pensamento EA criatividade negra que oxigenam o cenário da arte contemporânea e ao mesmo tempo esse sujeito são destituídas dos locais a decisórios mais importantes tem gerado uma série A de as contradições não é de pensadores curadores que ainda ontem não se interessavam sobre esse tema e rapidamente se tornam ou se auto-intitulam espécies de porta-vozes da decolonialidad de
grandes interessados a em abrir espaço sou a utilizar as palavras que lhes são comuns de dar voz né a pessoas negras bom e parece que esta que esta Encruzilhada que vivemos no momento mais presente ah certamente o entre o museu afro Brasil e histórias a Fato antigas e à noite de hoje temos algumas dezenas a de exposições e de textos fundamentais a que tem balançado essa ideia de arte afro-brasileira e mesmo negado e por vezes reafirmado essa ideia sobretudo no campo do pensamento negro mas o tempo já e E eu estou louco para ouvir um
pouco as suas perguntas dúvidas comentários e e fazer aberto aqui a pensarmos juntos que caminhos para frente a temos a Na tentativa de responder essa pergunta de difícil resposta não é onde estão os negros inclusive no Museu de Arte do Rio Grande do Sul obrigado e pronto agora sim é líquido Muito obrigado muito muito grande poder te ouvir porque ter conosco nós temos aqui várias perguntas e o quero aproveitar a oportunidade Prometo não tomar esse espaço com questões das mais variadas que eu gostaria de trazer aqui mas destaque esse espaço seja mesmo algo da Ordem
do compartilhado com quem tá aqui conosco Nessa noite fria no Rio Grande do Sul Está muito frio nos acompanhando e participando dessa dessa ação eu só queria destacar o como importante essa tua escolha Por trazer esse recorte histórico o quanto isso importa para ti nós saibamos que não se trata de uma discussão recente não se trata de um tema que tenha surgido agora é a ideia de arte afro-brasileira ou de arte produzida por sujeitos negros possui uma história e a sua história se confunde com a própria Constituição da noção de artes brasileiras muitas vezes essa
produção seja ela produção teórico poética ela tende a ser apresentada por algumas instituições como algo da ordem dos dias de hoje nos dias de hoje então essa função se tornou importante essa discussão tem história muita história na eu acho que as tuas é a tua apresentação nos coloca diante dessa dimensão importante da discussão sobre as brasileiras pela própria historiografia da arte e da arte brasileira bom mas temos várias perguntas aqui eu vou começar algumas o mais próxima eu vou fazer o possível para que a gente consiga dar conta de todas as perguntas acho que a
primeira delas uma pergunta feita pela carro a Gama retoma um pouco cerne do debate ela e além de muitos elogios é claro Hélio Você considera que a mamãe cultura afro-brasileira pode abranger toda a produção que passa a referência a junção África Brasil arte ou precisa necessariamente ser produzida por afrodescendentes eu vou aproveitar para juntar esse com uma segunda questão trazida pela Daniele Barbosa ela pergunta é necessário questionar então o termo ou o título arte afro-brasileira considerando que ele reproduz a pagamento se lançamentos em realizações ou ainda é importante usar o termo por seu caráter político
acho que de alguma maneira essas perguntas se conectam e a e vomitou muito obrigado e também obrigado Carla e Daniele pelas perguntas é um bom mote para a gente expandir o pensamento sobre esse sobre essa questão né a Olha não tem uma resposta eu acho que não tem uma resposta porque eu vejo mais interessado levantar as questões e os problemas e as discussões que se foram construindo ao longo do tempo e que ainda hoje encontra o espelho e se reproduzem a quando se de baixo essa questão que me parece né e levanto isso como uma
como uma hipótese a e não se a ideia de utilizar na de circunscrever A Arte da afro-brasileira a partir de um tema é a justamente o que tem causado essa série de pagamentos e tem sala pensar essa categoria A partir da autoria Negra luz permite e no limite abrir mão da Lu É porque ela é uma expressão é muito frágil para dar conta da diversidade e da multiplicidade de formas de temas de interesses de questões de formulações estéticas que artistas negros e negras realizam então mesmo que dizer olha que Encruzilhada estamos né se pensamos essa
expressão como algo temático incorremos no apagamento brutal da autoria Negra que protagonizamos figuras brancas como autores deste Khan e disponibilizamos o debate que é fundamental a conduzida bate como se discute é se esse tema de arte afro-brasileira que o debate político da invisibilização de artistas negros da marginalização do apagamento E agora se recorrermos à autoria como um campo de como um critério definitivo deste nesta Arena artística né deixe Campo artístico a me parece importante que essa expressão que ainda é importante de ser utilizado ela é fundamental estamos longe de viver o momento em que se
possa abrir mão das Ferramentas políticas a que o que temos né para entender que se essa expressão é muito frágil para dar para dar conta da multiplicidade de vontades e de expressões negras Nas artes ao mesmo tempo ela é capaz pela sua força sintética de endereçar o problema político portanto né quando se fala em presença negra no Museu de Arte do Rio Grande do Sul e discutindo Onde estão os artistas negros nesse acervo Onde estão os intelectuais negros no quadro deste Museu no caso de pensamento de exclusivo Onde estão os curadores negros Onde estão os
diretores negros onde estão as diretoras negres a o debate político porque a tentativa de encontrar um tema que dê conta de tudo isso ou de circunscrever como eu disse ao campo religioso ao campo Popular ou o que é uma moda mais recente ao campo da arte política com só tratasse disso nunca fecha a conta eu nunca dá conta de abrangência diversidade Então se essa palavra é frágil porque a utilizamos se ela não tem serventia para dar conta de um problema estético Porque é tão diverso o campo estético é tão diverso que o artístico e criativo
que essa expressão não consegue unificar tudo porque a utilizamos hora porque a utilizamos em sua dimensão política de ferramenta política é algo bastante diferente entre uma arte política e uma ferramenta conceitual política né Toda arte é política o que não quer dizer que toda assim seja politizada o que toda acho tenha a política como a sua frente primeira de interesse mesmo no campo da produção afro-brasileira essa é uma parte importante sem dúvida Ah mas nem todos artistas negros realizam uma arte deliberadamente política ou uma arte deliberadamente politizado artistas que tem interesses outros na artistas negros
que tem outros interesses Então o que é que os une e não é o que eu preciso necessariamente estético não é necessariamente o campo de influências artísticas ou de processos criativos o que os une é são as consequências sociais do fato de serem negros e não encontrarem Guarida nas instituições de maior relevância nos pensamentos sofisticados a respeito dos seus trabalhos na circulação na remuneração etc etc é este o traço comum daí a importância me parece ainda fundamental utilizar esse termo mas sempre suspeitando seu uso só mais uma pergunta aqui do antes do Anderson Almeida Hélio
o que pensa sobre acreditar a Nina Rodrigues Arthur Ramos mais barato entre outros o pioneirismo sobre a nomenclatura Belas Artes as peças escultóricas sabendo que eles negaram especificamente Lina a capacidade intelectual dos negros e utilizavam os objetos como prova de seus estudos e os genes estas não seria essa Belas Artes na espécie de ironia uma busca pelo fazer europeu que eles não encontraram nesses objetos e a Anderson eu penso que sim eu só não chamaria de ironia eu acho que é para gente pessoa muito irônico Sem dúvida né porque sabemos que a nomenclatura e o
discurso não junta com a prática na política Inclusive a prática FT Emicida de um sujeito como Nina Rodrigues EA prática higienista né mas a lógica é uma lógica evolucionista e o que ele está ali pensando é que essas expressões são já expressões dos Colonos negros como ele vai dizer a São já expressões artísticas mas que ele vai encontrar como numa escala evolutiva das belas-artes uma cadeia abaixo na cadeia primitiva que se esforçar vai chegar lá né Então veja que é um modo de inclusão pela explosão é de uma inclusão pela marginalização então é o Belas
Artes eu não vejo necessariamente como uma ironia finally aplicada ele acredita nisso só que isso não quer dizer tudo na entra mas entra em baixo então o problema para mim maior nisso de creditar a esse sujeitos o pioneirismo dessa nomenclatura é temos que duvidar disso né Vamos colocar os em sempre em um por um motivo muito muito Evidente me passa por dois motivos pelo menos muito evidência me parece a pelo fato de que esses sujeitos criaram uma rede de linhagem intelectual Fundão departamentos dentro de universidades orientam as primeiras tags os seus alunos vão seus orientadores
das teses subsequentes e a deste modo a nesta cadeia que ideias tão ultrapassados como a Gina Rodriguez ainda hoje são lidos em alguns cursos universitários é por isso que ainda hoje a influente no pensamento de uma série de intelectuais contemporâneos brasileiros que vão se dedicar a essa temática afro-brasileira fogem do debate contemporâneo né E que é muito mais efervescente vão se refugiar desses autores que passamos por aqui e vão assim dando a ele reforçando o crédito deles e o segundo problema que é para mim ainda mais grave é o fato de que são esses os
sujeitos que conseguem documentar os seus pensamentos e deixe modo criar uma história única para usar a expressão dashima manda adite a o fato de o sujeito como Manoel Quirino ter publicado e Realizado a formação de documentos nos facilita enormemente hoje mas é um sujeito raro não quer dizer que tenha sido o único o fato de outras iniciativas não terem sido documentados e portanto nos são desconhecidas não quer dizer que não existiram então a assim a um problema tremendo Anderson em auferir crédito a esses sujeitos como um pioneirismo né esse problema de Vem de um pacto
Narciso Que acadêmico da branquitude e curatorial Impacto Narciso que curatorial w quitude que reproduzir ideias ultrapassadas por quê os grupos pensamento mas há sobretudo nesse processo uma ideia de que se tem arquivo existiu e se não tem não existiu E com isso se apaga mais uma vez quem sabe outros Manoel querido a que existiram por aí e podem ser um dia encontrados Quem sabe esse tipo de abordagem Nélio se me permitisse ela também faz tranquilo desculpem se Reforce a ideia absurda do negro exceção né porque a falta de Pesquisas nesse sentido EA pouca vontade algumas
vezes de continuidade de pesquisas de sentidos acabam lançando essas figuras como se elas fossem figura única então nós temos Manoel Quirino mais quais eram as fale as criações do Manuel Querino que rede é essa que Manuel Querino é de se movimentar né o mesmo é o outro caso emblemático de seu caso do Estevão Silva né hora quem está negro que se ergue na presença do imperador para questionar não é o lugar que é conferido uma premiação esse artista negro Provavelmente tem trânsitos e articulações que acabam sendo apagados e é isso reforça essa manutenção de alguns
casos excepcionais de negros na maneira como essa história é construída né Eu acho que uma coisa também quer que interessante assim ao mesmo tempo né é que acho que nesse momento em que tem um o termo vai crescendo dentro de interesse de pesquisa de interesse de pesquisa artística que precisa caderno que precisa ativista temos um campo um pouco explorado ainda pouco explorado de pesquisa que precisa ser aprofundado justamente para entender que redes foram essas que referências foram essas não sabemos que não essa ideia de preto único o ideia da branquitude né que tenta encontrar um
e deixá-lo como exemplo que mais serve de contra exemplo em realidade o que falta embora tenhamos hoje já um acúmulo bastante considerado né ah eu tive que fazer recortes dentro dessa história que é muito mais minuciosa e detalhada né tem muitos autores que aqui ficaram ausentes sobretudo uma cena mais contemporânea que tem não só resgatado essas esses personagens do comentados né de pensamento negro de criação artística negra curatorial negra a como tem realizado documentos para o futuro não é assim a cena artística curatorial crítica Negra deste momento de agora o Rick semana uma pergunta que
da Ana Carolina chini essas obras de artes de autoria de pessoas brancas representando pessoas negras de forma exorcizada e dos humanizada ou até mesmo representando a escravidão de forma romantizada acabaram contribuindo para a construção de uma rede na área social que naturalizou esse período E aí eu não tenho a menor dúvida que sim na as imagens são importantes né narrativas visuais elas primeiro se fixam em nossa retina e depois viram uma linguagem verbal né as imagens são constitutivas de um repertório de imaginação e temos em todos nós ao ver muitas vezes a mesma cena embora
ela nos cause algum tipo de repugnância ou algum tipo de repulsa Em algum momento usa acostumamos a ela pela sua repetição Então essa ideia visualmente né pensando sobre tudo mas a obras Nas artes figurativas na pintura na fotografia brasileiro essa ideia de trazer pessoas negras em posições de subalternidade em papéis de subalternidade São imagens que vão se colando a nossa retina e formando é e umas erro mesmo mental que naturaliza desigualdades que naturaliza violências Observe como ainda hoje isso é muito frequente né a faz parte de uma certa a economia da violência racial o fato
de existir cada vez mais a violência policial morte de pessoas negras televisionados filmadas as suítes a violência contra corpos negros a hipersexualização de Corpos negros está presente em nossas tela novelas de nossos filmes as revistas na produção do Instagram a Ea não nos enganemos né a muita gente se beneficiando dessa violência racial né tem muita tem muita gente a que cria um verdadeiro que sua vida inteira é baseada basicamente em explorar quem sabe até de maneiras a dica essas imagens da violência né Esse é um campo complexo só indústria cultural se reproduzem enormemente nisso e
o fato de acharmos que as imagens São menos importantes né o fato de não ligarmos socialmente eu digo a para as artes com o merecimento que deveria ter Não preocuparmos exatamente com a política visual como interfere em nossa vida é mostra o tamanho do abismo que a gente está né é uma pergunta do Juliano Andreoli na medida em que ocorre mais abertura e novas políticas inclusivas o racismo persiste porque se reinventa muda se constitui de outras formas não eu não sei se Entendes Acabei de seu comentário e uma pergunta mais provocativa mesmo né Mas nem
comenta que se se a medida que essas aberturas de novas políticas inclusivas se apresenta o seu racismo persiste esse SUS acontece porque de seja inventa máquina dúvida isso isso sem Juliano a vejo nos beijamos a complexidade momento que a gente vive na por um lado a assistimos a uma abertura A uma discussão maior a muitos museus tem vem revendo a composição dos seus acervos de modo a questionar a herança colonial europeia de Constituição a de suas coleções a ser estamos perguntar a Quais são os diretores negros em exercício em quais curadores e curadoras negros e
negros a trabalho em instituições tem tem a curadoria como ofício o quanto o seu os críticos negros e negras que tem seus textos circulando os principais meios de comunicação e do debate específico da área e a fazer é claro que estamos hoje assistindo a uma renovação abertura Um cenário que é muito diferente do que tínhamos dez anos atrás mas ainda é muito pouco sobretudo frente fazendo Face a disparidade histórica não podemos cair no engano de achar aqui o momento presente vai ser eternizar de maneira espontânea ele é fruto de muita luta Negra sobretudo de artistas
críticos curadores e tem pessoas nessa área que estão a lutando pela ampliação do campo da presença negra na arte da influência negra na arte há muitos anos na tentativa de institucionalização mas não nos enganemos da a esse entre aspas para usar um termo no momento empoderamento é muito relativo na Não estamos ainda nos locais e de prestígio de mando de direção há de melhor financiamento dos trabalhos de segurança institucional de segurança profissional A então é importante entender que esse cenário sim a ocorre um abertura A novas políticas inclusivas mas o nome já diz políticas inclusivas
não políticas de transformação não há uma pergunta aqui da Mariana pret E agradecendo pelas palavras e te dizendo que gostaria de ouvir falar sobre a importância dos setores educativos dos espaços quando falamos de Exposições mostras que apresenta o artistas negros e eu acho que educativo Mariana é a alma no chão dela vejo com muita pena quando eles os museus é somente ao longo dessa academia é tomar um educativo como o primeiro primeira classe profissional a ser demitida ser desligada dos museus né sendo que é o educativo não só elabora o pensamento de relação pensamento crítico
de relação com a obra como é que faz o a intermediação uma ponte uma apresentação crítica de batida com público de variadas procedências de variados a acervos backgrounds né formações o aplicativo olhos educativos na setores educativos nos diferentes museus é portanto já era um pensamento crítico de ar o pensamento reflexivo sobre as Exposições são geralmente os profissionais do museu que tem a proximidade com a com as obras com as exposições e que sentem a em primeiro momento as reações do público as interpretações do público que funciona o que não funcionam uma exposição mas não me
parece à toa que Justamente esse setor profissional nos museus nos Paços reais modo mais mais amplo sejam tão qualificados e tão mal pagos né são justamente esses profissionais que estão a na maior insegurança profissional na maior Insegurança do Ofício e de continuidade no ofício a essa é uma crise né Essa é uma crise acho que sobretudo em Exposições a em que os artistas negros negros e negras figuram em sua maioria a embora evidentemente não sejam todos muitos artistas negros e negras contemporâneas e tem se recusado a Reproduzir uma lógica muito eurocentrada acadêmica nas artes e
buscado por outros cantores por outras referências e mesmo e referenciais simbólicos de modo tinha um novo olhar curatorial e uma aproximação dos setores educativos de entendimento dessas obras em seus próprios termos não a partir de critérios e de termos que eles são estrangeiros e distantes é fundamental E aí Oi Pedro estou dizendo para a nossa aqui do nosso nos encaminhando para esse finalzinho encontro desse encontro importantíssimo acho que foi na tua era uma vontade de toda a equipe é envolvida nesse projeto que tu estivesse conosco que tu tivesse próximo de alguma maneira desse projeto esteve
desde o início a partir da leitura a partir da busca por compreender as questões que duas raças nos seus projetos nas procuradorias enfim eu vou aproveitar esse momento final para antes de passar nos agradecimentos Eu quero convidar todos vocês para uma nova etapa Desse nosso projeto presença negra que são os encontros de história teoria e crítica da arte que estão na sua quarta Edição né de iniciando essa quarta Edição que vou tratar sobre a relação entre racial a brasileira a partir da próxima quinta-feira também às dezenove horas nós vamos contar aqui com a presença de
Amanda Carneiro curadora de Jane Lima moradora E acima de tudo quando eu digo curador aqui eu estou me permitem trazendo esse termo numa chave que é muito cara procurador comum pesquisador como alguém que formulam pensamento vai muito além da proposição de Exposições que a correndo como parte desse processo então quando eu te chamo aqui Amanda Carneiro decoradora tô fazendo alusão ao pensamento importante que ela vem desenvolvendo seu trabalho o mesmo com Diane teria Andrade com esse projeto tão importante que é o projeto Afro trazendo uma questão que eu vou ainda guardar aqui para fazer colégio
no final é e ainda o Bruno Pinheiro tratando os modernismos a frações né neste momento daqueles e dessa efeméride que se pretende brasileira nacional que são 100 anos da tal Semana de Arte Moderna Paulista Hélio é muitas coisas eu queria te pedir Queria falar um pouco contigo sobre Como que tu lê a a importância dessa dimensão mais Ampla diz que nós estamos chamando aqui de produção arte afro-brasileira também seus aspectos territoriais nós já tivemos muitas conversas sobre isso em alguns momentos a uma sensação para quem estuda essas questões fora isso que o São Paulo na
principalmente fora de São Paulo é a ideia quase de uma arte se a Fluoxetina foi permitido usar essa expressão né em que a gente tem ainda como acontece em outros momentos não é simonia da presença de artistas baseados em São Paulo ou artistas paulistas e tem visto é os tensionamentos que podem acontecer se é que podem a partir de uma visão que também pense as territorialidades de taxa brasileira né e as especificidades de seus territórios São Paulo tem concentrado uma série mais de hoje né São Paulo concentra uma série de instituições financiamento sobretudo a para
realização de projetos artísticos e instituições museais e não está sendo diferente quando falamos de formulação do campo da arte negra no Brasil há uma concentração de capital é importante entender o papel do mercado nesse processo né também um papel das instituições universitárias e suas pensamentos a com dois tipos de Capital aqui o simbólico do conhecimento e capital econômico que encontro em São Paulo um um ponto de encontro que Central e não só para ver se uma sobretudo discurso sobre isso né então instituições a Exposições críticos curadores artistas muitos passam por São Paulo mas não nos
enganemos na esse tensionamento que você menciona Igor já está acontecendo na abaixo de outras frentes outras localidades fazer a cena que acontece hoje a na Bahia em Belém em Fortaleza a de artistas negros é uma cena muito dinâmica são cenas muito dinâmicas inclusive contraditórias conflituosos dentro desse común diferentes tendências não é com nomes importantíssimos na nas universidades é claro que é uma fragilidade institucional cultural né o Brasil tem uma fragilidade de instituições culturais em todo o país São Paulo Talvez seja um exceção a e ainda assim com seus grandes problemas à frente a enorme desigualdade
nacional e se um ciclo vicioso a em que a concentração de capital e um trecho do mercado financia e faz girar uma roda que entre os que encontra em São Paulo no lugar de circulação mas um lugar de tentativa a epiderme se dá ao final cabo e narrativa a única acho que é importante a gente abrir na nossos olhos para essas outras iniciativas eu penso aqui porque eu sou Baiano e tem maior frescor é esses esses exemplos mas há uma iniciativa como acervo da laje na no subúrbio de Salvador na pensando na outra ideia de
composição de acervo Outra ideia de classe Além de territorialidade A como critérios importantes de entendimento a de uma arte preta de uma arte afro-brasileira e os nomes vão se variando de contestar a contexto né então o que eu penso sinceramente é que e se hoje alguém concentra olhar apenas na produção sudestino está perdendo uma produção outra que é não só numerosa como interessantíssimo que tem encontrado ano que curioso né a circulação internacional às vezes maior do que internamente na são artistas que vão primeiro expor o primeiro participar de Exposições mais robustas de ser entrevistados participar
de catálogos e críticas e textos em mobilização crítica de pensamento acerca de sua produção lá fora para depois encontrarem no dicionário o seu destino uma lugar possível de circulação Então esse circuito me parece são circuitos que já estão sendo pressionados né problema também Talvez seja mais uma vez de poder né o político mais uma vez só Oi querido Muito obrigado muito obrigado pela sua presença pela tua Paula sempre tão esclarecedora e sempre tão ruim ao mesmo tempo sempre tão generosa eu quero agradecer também a Bibiana e ao Márcio que fizeram Esse trabalho incrível aqui como
nossos intérpretes de libras agradecer ao Museu de Arte do Rio Grande do Sul é a ao Núcleo de Estudos afro-brasileiros indígenas da UFRGS EA Universidade Estadual do Rio Grande do Sul qual soltado dizia a todos que começamos amanhã à tarde então as inscrições para os encontros para teoria e crítica e as para esse esforço para escrevermos outras histórias para isso que temos nomeado como esse comum afro-brasileiro como história da arte brasileira é materiais consiga conquistar todos disponíveis nas redes do Museu de Arte do Rio Grande do Sul a qual vocês terão acesso a partir de
e com os canais e as formas de inscrição até para aqueles que querem certificado de cinco Muito obrigado a todos que estiveram conosco que ficaram aqui acompanhando esse debate E tenho certeza movendo muitas das ideias que nos interessam e surgem né em todo o país mas conosco especificamente nesse estado que se projetou como pequeno Europa e também é muito preto uma boa noite a todos e muito muito obrigado boa noite obrigado Igor
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