Você conhece a fisiopatologia da displasia broncomonar já ouviu falar sobre ela se você trabalha com neonatologia ou estuda neonatologia Muito provavelmente você já ouviu falar ela é muito prevalente principalmente nos bebês que nascem prematuros Mas vamos entender um pouquinho melhor a fisiopatologia dela fica aqui comigo nesse vídeo que eu vou te explicar eu sou Letícia Campos sou fisioterapeuta especialista em terapia intensiva Neonatal e pediátrica e eu te convido a participar aqui do nosso canal se você ainda não está inscrito por favor se inscreva ative as notificações que a gente tem vídeo aqui novos todas as
semanas Assim você fica sabendo sempre que tiver novidades vamos lá entender mais sobre esse Brasil um tema muito importante quando a gente tá falando de neonatologia é conversar a respeito da displasia bronco pulmonar e aqui nesse canal eu falo muito com fisioterapeutas ou graduandos de fisioterapia e eu convido vocês a entenderem um pouquinho melhor essa fisiopatologia e principalmente entender o impacto que nós fisioterapeutas temos tanto em minimizar a prevalência como também é fazer uma abordagem da melhor forma possível tanto do ponto de vista respiratório como motor nós crianças que desenvolveram porque nem sempre tem como
prevenir né muitas crianças vão ainda desenvolver a displasia para pulmonar como que a gente vai abordar essas crianças primeira coisa que você tem que saber aqui é que a displasia Branco pulmonar ela tem uma prevalência muito maior em Bebês que nasceram prematuros principalmente naqueles prematuros extremos com menos de 28 semanas de gestacional então quanto menor a idade gestacional maior a prevalência de displasia brompomonar e uma coisa importante que você também precisa saber é que beber nenhum passe com a displasia ele não desenvolve a displasia no primeiro segundo terceiro dia de vida na verdade a displasia
broncomonar ela vai ter o seu diagnóstico a partir de 28 dias de vida a definição foi mudando um pouco ao longo do tempo porque as características também foram mudando Graças aos avanços no anel natologia pensando em suporte ventilatório em outras formas de abordar esse recém-nascido de alto risco mas ainda assim nós temos uma alta prevalência da displasia pulmonar apesar das suas características terem já se modificado e isso chama atenção porque apesar de a gente ter diminuído muito a mortalidade nos últimos anos nas últimas décadas a gente passou a entender muito melhor as particularidades de recém
de recém-nascidos prematuros como a gente poderia abordar o suporte ventilatório como poderia Minimizar lesão nesses bebês mas ainda assim eles precisam de suportes muito avançados como é o caso da ventilação mecânica com pressão positiva como é a oxigenoterapia isso acontece desde o nascimento e muitas vezes se prolonga e o que faz então com que esses pulmões tenham muita lesão então a displasia broncomonar nada mais é do que uma lesão que acontece numa fase muito inicial do desenvolvimento do sistema respiratório desses bebês e sob condições que não são nada fisiológicas que que a gente tem que
pensar aqui que o bebê que nasceu prematuro ele ainda tinha etapas importantes para acontecerem do desenvolvimento do sistema respiratório que era para acontecer lá entra o útero numa boa que esses pulmões não estavam nem realizando trocas gasosas quem tava fazendo isso pelo bebê era mãe esse povo se desenvolvendo só que quando ele nasce prematuro muitas vezes ele tá em fases muito iniciais do desenvolvimento como na fase canolicular na fase sacular terminal e isso faz com que o desenvolvimento desses pulmões seja finalizado sob o ambiente da UTI da UTI Neonatal e qual que é o problema
que esses pulmões eles não vão se desenvolver em condições fisiológicas quando a gente faz ventilação mecânica num paciente a gente está fazendo o oposto do que é fisiológico lembra que durante a respiração espontânea a pressão que a gente gera no sistema respiratório é negativa para poder permitir a entrada do ar quando o paciente está em ventilação mecânica isso já é o oposto é uma pressão positiva e é claro que isso vai causar lesão nesses bebês então a ventilação mecânica por si só é uma forma de causar lesão Além disso muitos desses bebês vão precisar de
longos períodos de oxigênio terapia a gente respira em área ambiente 21% de oxigênio sempre que a gente oferece mais que 21% acima de 21% a gente está fazendo oxigênioterapia e é claro que isso vai também serdesivo a gente tem vários vídeos aqui no canal falando sobre o oxigênioterapia em recém-nascidos Principalmente nos prematuros sobre os riscos que o oxigênio oferece vai ter formação de radicais livres vai ter lesão celular por conta disso Então veja só aquele recém-nascido que nasceu prematuro tava em fases iniciais o seu desenvolvimento Ele nasceu muito precocemente esse desenvolvimento do sistema respiratório precisa
ser finalizado sobre circunstâncias que não são nada fisiológicas e que são potenciais lesivas potencialmente lesivas né causam muita lesão Quais são esses fatores principais ventilação mecânica e oxigenoterapia são os principais fatores que levam a displasia é claro que existem muitos outros fatores e isso desde a gestação a gente tem fatores de risco desde a gestação pensando até relacionados a esse parto prematuro abordagem desse bebê ainda em sala de parto como que vai ser feita a reanimação se necessário ou a transição da vida entre o útero para a vida Neonatal todo esse cuidado desde o nascimento
admissão não tem Neonatal transporte desse bebê até a unidade e a abordagem que vai ser feita desde o início desde os primeiros momentos da vida desse bebê vamos fazer toda a diferença para minimizar lesão E assim minimizar a displasia bronco pulmonar tanto a sua prevalência como a sua gravidade então displasia em resumo nada mais é do que uma lesão que acontece nesse sistema respiratório por fatores que não são nada fisiológicos em um sistema respiratório que ainda é muito imaturo por conta da prematuridade E aí o que que a gente vai ter uma alteração e sempre
que a gente tem lesão pensa que se existe um processo inflamatório por conta da lesão consequentemente existe também um processo de reparação tecidual E aí que tá um problema também porque na displasia existe esse processo de reparação tecidual E aí com isso é esses bebês acabam tendo áreas de fibrose pulmonar isso foi sendo modificado conforme a gente foi melhorando o cuidado ao recém-nascido prematuro E essas áreas de lesão foram tendo características diferentes ao longo da história mas o que a gente sabe é que é uma lesão muito heterogênea em que a gente tem um processo
de fibrose pulmonar Então são pulmões com baixa complacência a gente tem também uma alteração da vascularização Então existe um espessamento dos vasos isso causa também áreas de hipertensão pulmonar e tudo isso vai dificultando cada vez mais a ventilação desse bebê então o levou ele a displasia que é a ventilação oxigênioterapia ele vai ficando cada vez mais dependente disso e são bebês muito difíceis de fazer desmame são bebês muito difíceis até de fazer o desmame para casa muitos bebês que tem uma displasia grave importante vão para casa vão de alta depois que ganha peso que tá
tudo bem de restante eles vão para casa ainda em uso de oxigênio domiciliar porque é difícil de fazer desmame então eu chamo atenção aqui para o nosso papel enquanto fisioterapeutas tanto de minimizar o risco de displasia broncomonar e isso vai dos nossos cuidados desde a sala de partes a gente já tiver presente mas da equipe que tá recebendo esse bebê até a admissão não tem Neonatal e todo o processo que ele passa ele não tem vai fazer a diferença vamos Minimizar volume fazer uma ventilação mecânica muito mais protetora vamos controlar o uso de oxigênio para
não fazer hiperoxemia isso é muito importante o bebê que tá usando oxigênio não precisa saturar 100% mantendo uma saturação alvo de 91 a 95% os estudos já sugerem pra gente que a gente reduz o risco de lesão pelo oxigênio fazer uma ventilação mecânica protetora com uma Pepe adequada Então não vamos deixar aquele alvéolocolabar mas também não vamos fazer volume em excesso então usar ali um volume corrente alvo de quatro a seis ml por quilo também me parece ser mais protetor para esses pulmões os estudos já sugerem isso do que usar volumes maiores e às vezes
a gente fica ansioso para ventilar uma gasometria por exemplo de manter o CO2 em níveis de normalidade mas para isso a gente acaba usando altos parâmetros o que a gente sabe que vai ser mais prejudicial para esse bebê então fazer uma ventilação mecânica protetora inclui controlar volume para esses bebês controlar volume eu não tô falando de fazer ventilação controlado a volume é totalmente diferente mas mesmo que esteja numa modalidade pré-histórica como tcpl é fazer um volume alvo adequado de 4 a 6 ml por quilo aproximadamente isso vai mudar muito dependendo do grau de prematuridade vou
gravar vídeo aqui para vocês falando mais sobre isso mas é importante controlar esse volume e manter uma Pepe adequada manter a menor fo2 possível para manter saturação alvo que de um modo geral se não tiver nenhuma alteração associada pensando em bebês prematuros a gente vai manter entre 91 e 95% enfim usar modalidades que sejam mais protetoras como volume garantido que a gente consegue manter um volume alvo constante e não ter grandes oscilações como acontece no tcpl enfim existe uma série de medidas para fazer ventilação mecânica mais protetora minimizar o uso de oxigênio e assim a
gente consegue também minimizar o risco de displasia bromo pulmonar Ou pelo menos reduzir a sua gravidade e o nosso papel importante também de a partir do momento que não teve jeito que esse bebê teve uma displasia não tem como a gente muitas vezes fugir disso são bebês prematuros extremos que precisam de Altos parâmetros para poder sobreviver naquele momento mas que a gente possa de alguma forma fazer esse desmame o quanto antes fazer uma ventilação mecânica mais adequada direcionada para esse quadro que já está instalado uma coisa é ventilar um paciente antes de desenvolver displasia pensando
em prevenção em minimizar o risco outra coisa é ventilar esse paciente que já tem uma explosinstalada vai mudar muito a nossa abordagem a gente vai aí precisar de volumes algo maiores né geralmente de 5 a 8 ou até 10 ml por quilo na literatura mostra até 12 ml por quilo o que parece ser muita coisa porque os estudos são mais em animais mas de um modo geral a gente vai usar volumes um pouco maiores a gente vai precisar usar uma F2 um pouco maior ali uma saturação alvo de 9 três a 96 97% pensando nos
efeitos vasos dilatadores do oxigênio já que esses pacientes vão ter áreas de hipertensão pulmonar mas vejam que são abordagens diferentes uma coisa é o prevenir o problema minimizar o problema outra coisa é quando ele já está instalado então que você precisa saber o que eu queria que é de passar de mensagem com esse vídeo é entender a fisiopatologia da displasia para um pulmonar entender que os bebês vão desenvolver a displasia muitas vezes por conta dos cuidados que a gente está oferecendo e Isso inclui principalmente a ventilação mecânica e a oxigênio terapia e aí então isso
acontece num período muito precoce em que esse sistema respiratório ainda tá em desenvolvimento e por isso que o danner é tão grande mas que a gente tem a nosso favor a plasticidade desse sistema a capacidade da gente melhorar essa função conforme esse bebê vai se desenvolvendo Espero que você tenha gostado desse vídeo se você gostou por favor deixe aqui o seu like assim você ajuda no nosso canal a crescer e eu te vejo na próxima semana na próxima aula