Antes de se preocupar sobre como as palavras devem sair da sua boca, se preocupe em como as ideias estão sendo fabricadas na sua mente. Se você é uma pessoa que clicou nesse vídeo porque você quer truques de comunicação, dicas rápidas, simples, talvez você caiu no vídeo errado. Não, eu tenho outro vídeo no canal que de fato dá dicas, fazes simples.
Mas assim, meu objetivo principal é te mostrar o que você está ignorando. E se você ficar pulando de truque em truque, hack hack, você nunca vai desenvolver uma boa comunicação. E por que eu tô falando isso?
Porque muitas pessoas falam que gostam do jeito que eu falo nos meus vídeos, mas a grande realidade é que eu não sou nenhuma expert em comunicação, muito pelo contrário, eu cometo alguns erros de português, por mais que eu tenha me esforçado muito para evitar eles. Eu tenho visto de linguagem, eu me embolo e me corrijo na frente dos vídeos. Então, eu não sou uma pessoa que tem uma oratória perfeita e uma maravilhoso.
Eu sou alguém muito dedicada que há muito tempo grava vídeos e assim depois de essa quantidade de vídeos que eu já gravei na vida, se eu não falasse minimamente bem, aí eu desistia de tudo. Mas esse vídeo aqui é para mostrar para vocês quais são os fundamentos que eu sigo e que funcionam demais, que eu consigo gerar essa percepção em grande parte da minha audiência de eu não entendo muito bem, mas eu gosto do que a Luana fala e do jeito que ela fala. E se você quer ser alguém que cause essa impressão nas outras pessoas e deixe de ser alguém subestimado, porque você nunca consegue expressar para o mundo as suas ideias, fica nesse vídeo até o final.
Inclusive @luanacarina. o meu Instagram que você já deveria seguir, estar acompanhando todos os meus stories diariamente. Mas então, vamos lá.
Agora que eu já contextualizei você, que eu não sou nenhuma formada na área que domina as estratégias e técnicas, a gente pode partir de uma conversa, uma conversa de amigo. Eu vou abrir para você coisas que eu abriria para qualquer amigo meu que tá pedindo dicas para conseguir se comunicar melhor. Eu iniciei o vídeo falando que antes de você se preocupar sobre como as palavras saem da sua boca, que é esse negócio da articulação e lá, você deveria se preocupar em como o seu cérebro está fabricando as tuas ideias.
Porque assim, o que eu faço muito nos meus vídeos é me esforçar realmente, tipo assim, me dedicar em articular bem as ideias antes mesmo de eu ligar a câmera. E quando eu falo sobre articular boas ideias, é eu conseguir ter pensamentos legais e conhecimentos. Eu não, eu não sei explicar.
É o que acontece dentro da minha cabeça antes mesmo de virar uma frase por completo ou um discurso aqui na frente da câmera. E eu até separei para vocês três pontos que eu considero importante para você conseguir fabricar melhores ideias. E até porque se você tem ótimas ideias fabricadas na sua cabeça, eu falo para você que o peso da ideia ele se torna maior do que o peso de como você tá articulando elas.
É claro, o jeito de se articula é muito, muito, muito importante, mas caso contrário, se você não tem boas ideias, você vai ser uma pessoa que fala muito bem um monte de asneira. E não é isso que eu acredito e não é isso que eu quero que os meus seguidores e as pessoas que acompanham o meu canal façam. Eu quero que você seja um propagador de ideias brilhantes e ideias legais que ajudem as pessoas ao teu redor.
O primeiro passo é construção de repertório. Vocês gostam muito quando eu trago exemplos diferentes, quando eu explico alguma coisa através de um olhar meio que não óbvio. E no final das contas, o que eu tô usando aqui com vocês é explorando o repertório que eu tenho.
E o repertório que eu tenho, eu adquiro através de boas leituras, acompanhando pessoas que eu admiro. Então a minha forma de interpretar o mundo, eu sou alguém extremamente curiosa e no meu dia a dia, quando eu tô com Rafael no shopping, no carro, na academia, eu fico observando o mundo e tentando entender o que está acontecendo e exemplos de pessoas. E isso tudo ajuda.
Então é literalmente você trabalhar para expandir o teu repertório. O segundo passo é criatividade para explorar ideias. Você ter repertório é você ter o material que você vai trabalhar.
Você saber explorar a ideia é eh através da criatividade é como você vai usar esse material que você tem. é você ter criatividade nos seus exemplos e nas suas analogias e nas facetas de um determinado assunto. Todo o assunto que você vai abordar, seja no trabalho, seja conversando com seus amigos, ele tem inúmeras facetas e a criatividade é você exercitar qual lado da faceta você quer mostrar.
Então, literalmente, ser mais criativo na sua forma de interpretar o mundo e ver o mundo. Criatividade é uma coisa meio complicada, porque ela parece abstrata, mas não é. Inclusive, eu tô até pensando em trazer um vídeo aqui pro canal falando sobre como eu treino a minha criatividade, porque criatividade é sobre colagens.
é literalmente você conseguir absorver o mundo ao teu redor e ficar treinando associações que não são tão óbvias até que você chegue num resultado bom, as pessoas olhem e falem: "Nossa, meu Deus, essa ideia é muito boa. " Porque não só a ideia é boa em si, mas a tua maneira de expor a ideia é um pouco mais autêntica, que é isso que a criatividade te entrega. Criatividade, ela te entrega essa autenticidade, porque você trouxe uma solução diferente da solução que as outras pessoas estão trazendo.
É muito que eu faço no meu canal. Não tô falando que eu sou uma pessoa mega criativa, tá? Porque eu tenho muita dificuldade com isso, mas é o que eu me esforço para tentar fazer em algum nível, porque pensa, tem muitos vídeos meus falando de foco, de disciplina e olha quantos milhões de pessoas, milhares de pessoas criam conteúdo falando disso.
Então, naturalmente, eu me esforço para trazer uma visão não tão óbvia do assunto, mas que seja útil. Então, literalmente você exercitar a tua criatividade. E o terceiro ponto é a articulação de pensamentos e reflexões.
Quando tá no abstrato da nossa cabeça, tá extremamente nebuloso as nossas opiniões, as nossas reflexões. Quando você vai falar ou escrever, quando você vai externalizar, você é obrigado a dar um corpo para essa ideia. Tudo que está na nossa mente tá meio nebuloso e é muito fácil a gente se enganar de que tem uma opinião sobre um assunto e de que tem uma boa ideia.
Mas quando nós somos obrigados a trazer pro mundo através da escrita ou da fala, a gente percebe que não era assim tão incrível quanto a gente imaginou ou que a gente não está compreendendo da forma que a gente imaginava que dominava o assunto. Não é à toa que um dos métodos mais eficientes de estudos é você ser capaz de pegar aquele tema e explicar para alguém que não entende do assunto. A partir do momento que você pega algo complicado e tem como objetivo explicar pr alguém que tem 10 anos de idade, você é forçado a descomplicar.
Quando a gente complica a nossa vida, é muito fácil mascarar as coisas, mas conforme a gente vai buscando a elegância e tornando algo simples, sabe, o mínimo possível para ser compreendido a fundo, a gente vê que, opa, não é tão fácil assim, porque de fato não é. Então, esse exercício diário de você buscar articular melhor seus pensamentos e ideias vai te levar para outro patamar. Como fazer isso?
Eu já te falei, né? Ou você vai pegar um papel para escrever sobre aquilo que você tá pensando, que é o que eu tento fazer, mas faço pouco também, porque para mim é difícil escrever, para mim é muito mais fácil falar, até porque quando a gente tá falando, a gente se ancora em expressões faciais, em gestos. Eu sei que isso é um hackzinho, por isso que eu tô abrindo para vocês, tá?
Abrindo aqui a minha fragilidade. Quando eu vou passar para um papel um pouco mais difícil, porque eu não consigo me virar igual eu me viro na frente de uma câmera, mas eu tô praticando porque bom, você se torna. E o outro caminho é você usar a criação de conteúdo como um laboratório cognitivo.
Mesmo caso você caiu de paraquedas e você tem essa vontade de criar conteúdo e não saiba por onde começar, entre no SPE, que é o meu treinamento, onde eu entrego para você de bandeja mastigadinho, desde a teoria até a prática, o que você precisa conhecer e fazer, executar para colher resultados de ser uma pessoa influente nas redes sociais e na internet. Mas voltando pra ideia de laboratório cognitivo, quando você tem as suas redes sociais e você se propõe a propagar um conhecimento e divulgar algum conhecimento, você se torna responsável de ter uma boa comunicação, seja por escrita ou seja pela fala em si. E todo story que você vai gravar se torna uma oportunidade de você treinar o teu conhecimento sobre o assunto.
E é por isso que eu amo gravar vídeos aqui no YouTube para vocês. Eu tenho plena certeza que se eu não tivesse esse canal no YouTube e eu não trouxesse as minhas ideias dentro dos meus cursos ou dentro dos meus stories, dentro dos meus reset afora, eu não teria esse nível de conhecimento que eu tenho ou eu não teria progredido tanto dentro de um campo de conhecimento, porque a internet, a câmera na minha frente ou a escrita na minha frente, ela me obriga a desenvolver melhor. Aquilo é na base da porrada.
Você vai gravar algo, você vê, fica escancarado na sua cara, que você não articula bem o assunto, que você não domina muito bem aquele assunto, que você precisa se esforçar mais para tirar suco da manga. Não é da manga, né? suco da fruta.
Aí ficou uma, vocês entenderam o que eu quis falar aqui. Já aconteceu muitas vezes de eu ir gravar um vídeo e eu travar e eu simplesmente compreender que eu estava iludida, achando que eu entendia daquele assunto. E o próprio vídeo, a própria execução daquela ideia me deixou claro que eu precisava ir atrás de mais conhecimento.
Ponto dois, tenha esclarecido qual é a sua intenção através da comunicação. Quando você está se comunicando e você quer se comunicar melhor, você precisa, antes de qualquer coisa, saber o que eu quero com essa minha comunicação. Se eu estou contando uma história para alguém, o meu objetivo é narração.
Eu quero que a pessoa entenda os detalhes e fica imersa naquela história. Se eu estou explicando um conteúdo, o meu objetivo é ser didático. Eu quero não só que a pessoa fique imers, mas que ela entenda algo que eu estou falando.
Através dessa intenção, você vai modificando a sua fala. Se eu estou numa negociação, inclusive tem um vídeo muito bom aqui no canal sobre negociação com alguém, o meu objetivo é que a outra pessoa compreenda a minha visão e acate o meu lado. Então, é uma comunicação com a intenção de persuasão.
Cada intenção, ela vai ativar um estilo de comunicação. Se eu tô explicando, a minha comunicação vai pro lado didático. Exemplos.
analogias, vou fazer comparações, contextualizar daquilo que eu tô falando. Se você abre a boca para falar e você não tem noção de qual é o teu objetivo com aquela comunicação, você vai falar qualquer coisa e vai ficar um negócio capenga, bagunçado, sem sentido nenhum. Nos seus stories você quer que a pessoa responda o que você falou?
Eu quero que ela me responda, eu quero que ela engaje. Essa é sua intenção. É te extrair daquela pessoa uma ação de engajamento.
Então também é da tua responsabilidade deixar claro pra pessoa e tornar o terreno fértil. Dá pano pra manga, você tem que jogar verde para colher maduro. Se eu quero que alguém responda, eu tenho que colocar essa minha intenção na minha comunicação.
Por exemplo, eu não vou chegar e vou falar bem assim, ó. Ai, então, acordei cedo e eu tava fazendo o meu café da manhã. Você também faz seu café da manhã?
Vai ficar meio vago. Você tem que dar um contexto mais robusto para aquilo. Como por exemplo, gente, eu gosto de saber como se as pessoas tomam café da manhã ou não, porque na minha cabeça quem não toma café da manhã de manhã já tá desistindo da vida.
Como vocês conseguem no almoço, né? Quando chega no almoço, não tá com o estômago grudar. Tá vendo que eu, como que eu posso falar?
É difícil trazer para, ó, viu? Eu tô me obrigando. Meu Deus, é uma meta, é um uma meta cogn uma meta comunicação que tá acontecendo aqui, mas eu tenho que dar pequenos, eu tenho que empurrar a pessoa para ela responder.
E a partir do momento que eu dou essa minha opinião de, pô, para mim, quem não toma café da manhã, a pessoa já tá desistindo da vida, quem tá assistindo vai ser mais, vai sentir esse impulso maior de responder, porque eu dei um contexto maior, a resposta dela vai ter um valor maior, como por exemplo: "Ah, Luana, mas eu não como porque de noite eu janto muito. " Então, eu tô abrindo espaços, eu tô futucando a pessoa mais, não só pedindo uma opinião, mas mostrando o por ela deveria dar aquela opinião, porque aquela opinião dela é importante, porque a resposta dela tem um peso. Eu não chego só no meu Instagram e falo bem assim: "Ai, gente, dá dicas de vídeos para eu gravar?
" Não, eu falo, ó, seguinte, eu faço vídeos para vocês. Se vocês não me falam o que vocês querem, eu vou gravar o que na minha cabeça é interessante. Só que, gente, na minha cabeça, tipo assim, muitas coisas desinteressantes são interessantes.
Então, para eu fazer um vídeo você gosta, eu preciso, você me fala que vídeo você gosta. Tá vendo que eu dei um pano pra manga? Eu eu me eu contextualizei com mais força do porque a resposta daquela pessoa é importante para mim.
Vou lá. Foi assim, é assim que a gente consegue ter a reação. A gente tem que dar a oportunidade, a gente tem que, sabe, fazer acontecer da nossa responsabilidade de a gente ser ativo e não passivo.
É, eu vou perguntar, vou esperar que eles respondam. Façam eles responderem. no SP.
Eu ensino isso. Agora eu sigo um caderninho porque antes eu fazia os vídeos e eu, né, me empolgava. Eu esquecia de falar coisas que eu achava interessante.
Agora eu tenho um caderninho aqui, mas esse caderninho, quem me acompanha sabe que é uma técnica de comunicação, aonde eu exploro o conteúdo para gerar familiaridade. Daí quando eu gravo com a aqui, inclusive isso daria uma dica. Calma, deixa eu fazer uma dica extra aqui que não tava ali.
Quando você tem familiaridade com o assunto e você já falou daquilo várias vezes, é mais fácil falar na frente da câmera. Tá aquecido o teu cérebro, sabe? Você você aqueceu a musculatura.
Agora, se você nunca falou daquilo e você abre a câmera e pela primeira vez eu ia falar seguindo um roteiro, gente, não vai dar certo. Então assim, ó, gere familiaridade com aquele tema. Tanta que quando você abre a câmera, você tem intimidade, porque familiaridade gera intimidade e você consegue falar com mais flexibilidade daquele tema.
Se você esquecer uma palavra, você usa outra e por aí vai. Enfim, aqui o terceiro ponto, toda a Ah, esse aqui é muito bom. Presta atenção.
Toda palavra que você fala, ela ativa na cabeça da outra pessoa um campo semântico. Luana, o que é campo semântico? Eu também não sei direito aquelas, né?
Mas campo semântico é, pensa assim, ó. Quando eu falo banana, você lembra fruta. Tá meio que compartilhando de um significado parecido e num universo parecido.
Eu vou dar um exemplo que não existe, tá? Mas vamos fingir que existe para fins didáticos. Aqui quando eu falo uma palavra, não é que acende o neurônio que guarda aquela palavra e só ela isolada das outras.
Tem uma rede de conexão. Eu nunca ativo uma coisa sozinha. Se eu falo a palavra batata, não é só a palavra batata que vai ativar na tua mente.
Outras coisas ativam juntas. Então, não existe você eh ativar uma memória isoladamente na tua cabeça ou uma palavra ou uma sempre ativa outras coisas que tá relacionada. E o que isso tem a ver com comunicação, tá?
Dependendo da palavra que você usa, você vai ativar um campo semântico na cabeça de quem tá te ouvindo. Vamos supor que aqui nesse vídeo eu começo a usar muitas gírias. Eu sei que eu já uso algumas, eu tô me esforçando, mas eu falo tipo, mano, porque assim, meu, tá ligado, né?
Essas palavras, essas gírias vão ativar um campo semântico na pessoa que está me ouvindo. E esse campo semântico de, tá ligado, mano, velho, provavelmente está associado com um linguajar adolescente e aí essa pessoa ela vai olhar para mim e vai estar ativada no cérebro dela adolescente, adolescente e ela vai me perceber como um adolescente. Então, um truque de comunicação, não é truque, mas é um princípio.
É você saber que cada palavra desperta o campo semântico. Esse campo semântico, ele vai ativar memórias que nasceram com aquela palavra. Por isso que casa tem um peso diferente da palavra lar.
Por isso que se eu falar para você a palavra estupro aqui, ela vai ativar algumas emoções negativas. da mesma proporção. Se eu falar uma palavra, por exemplo, riqueza, vai ativar sentimentos diferentes.
Você ter sabedoria na sua comunicação também está relacionado a você saber quais emoções você quer ativar na pessoa e o que faz sentido e o que não faz sentido naquele momento para aquele público. Por isso que eu defendo que não existe boa comunicação sem um bom domínio de público. Para algumas pessoas, a palavra casa, ou melhor, a palavra pai tem um peso.
Eu tenho ótimo relacionamento com o meu pai, então eu tenho memórias positivas e sentimentos positivos. Outras pessoas têm uma péssima experiência com o próprio pai. Então, só de eu expor e sair da minha boca a palavra pai, eu vou ativar esses sentimentos que vêm de chaveirinho com a palavra, por mais que não seja minha intenção.
Esse básico bem feito que eu falei nesse vídeo associado com aquele outro vídeo que eu tenho no canal, eu juro que você vai conseguir assim, ó, sair daqui e para cá. Às vezes na vida a gente não precisa se complicar tanto assim, sabe? Tipo, sabe aquela pessoa overthinking, complica tudo e depois não se mexe porque tá emaranhado?
Pois bem, mas vocês querem que eu vá mais a fundo também? Eu vou. Fica aí nos comentários.