Anti-Édipo: campo social e inconsciente molecular

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Schizofia: Teoria e Filosofia Pós-Moderna
Primeiramente, boa tarde. Neste vídeo, faço uma exploração da primeira metade da parte 4 do Anti-Édi...
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quem vem primeiro a galinha ou o ovo quem vem primeiro o pai a mãe ou o filho éo começa na cabeça do [Música] pai é nada seria ass as suas identificações a diz que é o filho que começa tudo que o filho é o pai doente da própria infância mas para ser filho é preciso antes de um pai edipo seria nada sem suas identificações porque é de Lio pai de edipo que ele recebe a lei Infernal ele deseja a morte do filho sente-se culpado por querer vingar-se mas no final é ele que será morto antes
de ser um sentimento infantil neurótico edpo é uma ideia de um adulto paranoico com isso resolve-se o problema da regressão infin sou pai mas já fui filho filho este que só foi filho em relação ao pai que também foi um filho em relação a outro pai a regressão infinita nos força a pressupor um primado relativo hipotético do pai que nos leva um infinito quebrado quebrado Pois somos obrigado a supor novamente a existência de um pai absolutamente primeiro é claro esse ponto de vista da regressão só poderia ser fruto de uma abstração mas o que significa
dizer que o pai é anterior ao filho apesar dess proposição não possuir um sentido concreto ela significa que os investimentos sociais são primeiros em relação aos investimentos familiares o investimento familiar surge da aplicação de um assentamento sobre a produção desejante que ela mascara sendo assim quando dizemos que o pai vem antes do filho queremos dizer que o desejo investe primeiramente o campo social e que tanto pai quanto filho estão mergulhados simultaneamente nesse Campo antes de serem sufocados no seio da família pergunta como começa o Delírio o movimento da loucura não é regressivo o Delírio se
dá numa exploração de um campo global de coexistência através de investimentos no campo social isso é evidente nos filmes de Nicholas Ray o personagem que delira em seu filme delira sobre o sistema de educação em geral fala da ordem moral da raça pura da religião a questão do filho não importa aqui pois antes de ser familiar é primeiramente investimento de um campo social econômico político cultural racial e racista pedagógico religioso o Delírio de todos os lados excede a questão familiar nunca o adulto é um após a criança pois ambos visam na família as determinações de
um campo do qual eles se vem simultaneamente apanhados e imersos preliminarmente é possível traçar três conclusões um de um ponto de vista hipotético na regressão o pai é primeiro em relação ao filho mas dois de um ponto de vista absoluto a regressão é inadequada pois em terra se no problema da reprodução é preciso três manter um ponto de vista da comunidade Isto é ponto de vista disjuntivo Vamos por partes o pai paranoico é de peniz o filho a culpabilidade é uma ideia Projetada do pai é algo exterior antes de ser algo oriundo do interior do
filho é isso que faz a psicanálise dizer que as coisas começam com o filho que leva o abandono da teoria da sedução e Freud de que as paixões reais dos pais são meras fantasias infantis nesse sentido a regressão inadequada em termos absolutos pois encerra-se na reprodução ela ainda não alcançou a categoria produtiva a autoprodução do inconsciente quanto sujeito em sua limitação teórica ela é humana demasiada humana só o ponto de vista do ciclo que é categórico e absoluto É adequado o ciclo atinge a produção como Sujeito da reprodução Isto é atinge o próprio processo de
autoprodução do inconsciente temos aqui uma inversão a Sexualidade não mais deve ser subordinada à geração mas justamente o contrário é a geração que responde à sexualidade enquanto movimento cíclico da produção e reprodução do inconsciente sujeito a questão de quem vi primeiro só é adequada dentro dos termos do familismo se o pai é primeiro em relação ao filho isso só é o caso pois há um primado do investimento social em relação ao investimento familiar ambos estão imersos no campo social enquanto subconjunto a família não é determinante mas determinada primeiro como estímulo de partida depois como conjunto
de chegada e finalmente como intermediário da comunicação o Delírio é a matriz de todo investimento social inconsciente há dois tipos de investimento social o segregativa fascisti e o esquizo revolucionário um investe a soberania Central que contra investe a periferia desinvestidura [Música] os fluxos cujas máquinas e grupos investem nas periferias funcionando como inverso do outro inconsciente oscila e é muito possível a coexistência desses dois polos uma revolução pode recair no arcaísmo e no seio do arcaísmo Pode surgir o impulso revolucionário em contraste à pessoas de bem que negam a Fuga e privilegiam as reformas o revolucionário
sabe que a Fuga revolucionária Pode ser que se fuja mas ao longo de minha fuga eu busco uma arma diferença de natureza entre o nomadismo e a segregação espelha a diferença entre esquizofrenia e paranoia e tal distinção pressupõe dois fatores a a definição do processo esquizofrênico enquanto abertura em contraste com acidente desmoronamento do esquizofrênico quant entidade Clínica e B pela separação da paranoia esquizofrenia de qualquer pseudo etiologia familiar tanto paranoia quanto esquizofrenia incidem diretamente no campo social são os nomes da história ao invés do nome do pai EDP nasce de um assentamento sobre imagens personalizadas
que são determinadas por um certo investimento social paranoico em um sentido é para uma dependência da paranoia o investimento esquizofrênico incide sobre outra coisa senão a família ele parte de um campo social que não se fecha sobre si mesmo temos uma família Matriz para objetos parciais despersonalizados mergulhados e um Cosmo histórico um caos histórico é a fenda matricial contra castração para a linha de fuga contra a linha azul da descendência paranoica questão por os investimentos sociais inconscientes seguem a rúbrica da paranoia da esquizofrenia não estaríamos assim pressupondo o Delírio no começo de todo o processo
tudo se passa no corpo sem órgãos e ele tem duas Faces uma delas a paranoia máquina massas investe tudo sobre os grandes números é possível estender o paralela física a diferença entre o molar e molecular reporta--se a diferença entre a macrofísica e a microfísica paranoico escolheu a macrofísica na medida em que volta sua atenção aos grandes números e para os fenômenos de multidão o molecular por outro lado embrenha na singularidade na relação numa ligação à distância entre ordens diferentes o esquizo Vai na direção da microfísica da ciência das moléculas que já não obedecem mais as
leis estatísticas ela é Ciência das ondas e corpúsculos privilégio do fluxo e do objeto parcial da L fuga infinitesimal a através dos grandes conjuntos no fundo a diferença entre molar e molecular entre o esquizo e o paranoico recai sobre o tipo de inconsciente em jogo é uma questão de micro inconsciente os arranjos conexões e interações do micro inconscientes são todos originais no sentido que por só operar com objetos parciais e fluxos ele desconhece as pessoas globais a forma da pessoa individualizada o indivíduo como conhecemos remete a lei da distribuição estatística do Macro inconsciente É nesse
sentido que Freud foi neodarwinista ao afirmar que no inconsciente tudo era problema de populações é a partir dessas populações que funda-se uma distinção a diferença se dá nos dois tipos de população que são investidos ou os grandes conjuntos ou as microm multiplicidades Em ambos os casos o investimento é coletivo pois incide sobre um campo coletivo todo investimento é coletivo na medida que todo fantasma é fantasma de grupo mas esse é o caso onde está a diferença a distinção radical está no objeto incidido enquanto um recai sobre as estruturas molares que subordinam as moléculas ao si
o outro é investimento de multiplicidades moleculares que se subordinam nos fenômenos estruturais de multidão no fundo a diferença fundamental se dá no fato de que um é investimento de grupo sujeitado e o outro é investimento de grupo sujeito os investimentos sociais fazem nos sócios enquanto corpo pleno o paranoico e esquizofrênico não operam sobre os sócios mas sim sobre o corpo sem órgãos em estado puro o paranoico no sentido Clínico faz surgir o nascimento Imaginário do fenômeno de massas não Em um nível social mas sim microscópico do corpo sem órgãos o corpo sem órgãos é um
ovo ovo cósmico molécula gigante com seus vermes bacilos figuras liliputianos animáculos e homúnculos habitado por máquinas minúsculos cordéis dentes unhas alavancas danas etc o corpo sem órgãos possui Duas Faces uma microscópica e outra submicroscópica uma em que os fenômenos de massa e investimento paranoico ocorrem a outra em que temos os fenômenos moleculares e de investimento esquizofrênico o corpo sem órgãos é dobrado e é nessa fronteira que temos a divisão entre o molar o molecular a paranoia esquizofrenia no corpo sem órgãos mas se esse é o caso que os investimentos paranoicos e esquizofrênicos são a base
dos investimentos é o caso então que investimento social é secundário em relação a eles mas não estaremos apenas substituindo edipo por um grande pai esquizofrênico primitivo orquestrando tudo não pois há uma inversão o corpo sem órgãos não está na origem dos sócios mas é seu limite o corpo sem órgãos é a tangente de desterritorialização que assombra os sócios há uma distinção entre o corpo pleno vestido o sócios o corpo do déspota o capital dinheiro a terra e o corpo pleno nu que é o corpo sem órgãos mas se esse é o caso Por que reportar
os investimentos à categorias clínicas de paranoia e esquizofrenia Esse é o caso na medida em que a paranoia e esquizofrenia são os produtos últimos do [Música] capitalismo se há uma distinção entre o molar e molecular é porque o inconsciente diz respeito à física na medida em que o corpo sem órgãos e suas intensidades são a própria matéria não há diferença entre uma psicologia individual e uma outra psicologia coletiva A única distinção possível é entre o involuntário das máquinas sociais e técnicas e o inconsciente das máquinas desejantes a divisão se dá em uma relação necessária de
forças em que forças elementares produzem o inconsciente e forças resultantes que reagem sobre a primeira criando uma representação dos inconscientes que vem a recalcar e reprimir as forças elementares produtivas mas não é estranho falarmos de máquinas principalmente em relação ao desejo s produção uma máquina é aquilo que funciona segundo ligações prévias de sua estrutura e Ordem da posição de suas peças que não pode pôr a se funcionar muito menos se formar nem se produzir por conta própria a máquina pressupõe O autor que arquitete suas peças é exatamente essa questão que anima a polêmica entre o
vitalismo e o mecanicismo a máquina funciona por analogia para explicar o organismo porém não consegue lidar com sua parte reprodutiva e formativa o mecanicismo Abstrai da máquina é uma unidade estrutural a Qual irá explicar o organismo e o vitalismo por outro lado invoca uma unidade individual e específica do ser vivo que é a suposta pela máquina em sua persistência orgânica mas há o limite para essas duas visões a máquina e o desejo permanecem em uma relação extrínseca de um lado o desejo aparece como determinado por um sistema de causas mecânicas e do outro a máquina
é tidda como um sistema de meios em subordinação aos fins do desejo nessas o desejo Ora se apropria de um meio ora é derivado nessas visões mas nunca está em relação Direta com as coisas esse ponto de vista ultrapassado em o livro das máquinas de Samuel butler onde temos a oposição de duas teses que são levadas ao extremo um os organismos são no momento apenas máquinas mais perfeitas e dois as máquinas não passam de prolongamentos do organismo essas teses mutual excludentes são levadas por butler a ultrapassar o seu limite elas deixam se opor para chegar
em um ponto de indiferença ou dispersão em que não importa mais se o organismo é uma máquina ou se uma máquina é um organismo isso porque butler Não se contenta em afirmar somente o básico não é que as máquinas prolongam o organismo mas que elas são realmente membros no corpo sem órgãos da sociedade homens ricos se apropriam delas em um sentido espinosano de modo que a pobreza privação dessas máquinas órgãos é sentida como uma literal mutilação na medida em que diminui a potência daqueles que não possuem ele também não se contenta em dizer que os
organismos são máquinas mas que o organismo é composto por tantas máquinas tantas partes de máquinas que elas devem ser comparadas à peças muito distintas de máquinas diferentes que remontam umas à outras e que se maquinam umas sobre as outras tudo é máquina ontologia planificada sendo assim em butler temos uma dupla passagem ao limite ele rompe a tese vitalista ao pô em questão a unidade específica o pessoal do organismo e rompe ainda mais a tese mecanicista ao pôr em questão a unidade estrutural da máquina podem dizer que as máquinas não se reproduzem e que se elas
se reproduzem é por intermédio do humano mas tal situação é a mesma do Trevo vermelho e do Zangão um absurdo dizer que o trevo não possui um sistema reprodutivo só porque ele se faz em agenciamento com o Zangão o Zangão faz parte do sistema reprodutor do trevo da mesma forma como nós fazemos parte do sistema reprodutor das máquinas Mas isso não é tão surdo se pensarmos que nossa própria formação se dá por agentes que são exteriores à nossa identidade o problema em questão que nos causa ilusão Inicial é que consideramos toda máquina complicada como sendo
um objeto único sendo que da mesma forma como nós ela é o resultado de um agenciamento complexo entre as mais diferentes partes ao olharmos a máquina como um todo individualizamos ela Fazemos o mesmo quando olhamos para nosso próprio corpo do ponto da dispersão não há diferença entre dizer que as máquinas são órgãos e que os órgãos são máquinas o essencial está na passagem quando se desfaz a unidade estrutural da máquina e se depõe a unidade pessoal específica do ser vivo criamos assim as condições de possibilidade para falarmos sobre máquinas desejantes a máquina passa o coração
do desejo e o desejo passa a ser maquinado isso tem como implicação o desejo deixar de ser reportado ao sujeito fazendo com que a máquina venha reportar ao desejo o sujeito torna-se residual estando ao lado da máquina como um parasita das máquinas ou seja a verdadeira diferença não é entre uma máquina e o ser vivo entre o vitalismo e mecanicismo isso só é o caso essa falsa dicotomia só se põe a nós em vista de uma imposição da molaridade a unidade estrutural da máquina e a unidade específica do ser vivo são ambos fenômenos de massa
eles só vem a formar uma dualidade enquanto fenômenos molares a verdadeira diferença reside entre dois estados da máquina que também são dois estos do ser vivo na Perspectiva molecular o que temos é uma mistura uma compenetração e comunicação direta entre os dois cria-se um domínio da indiferença da microfísica e do biológico fazendo com que haja tanto ser vivo na máquina quanto a máquina no ser vivo sendo assim a verdadeira diferença no nível molecular é entre máquinas molares sociais técnicas orgânicas e máquinas desejantes que são da ordem molecular máquinas desejantes São máquinas em que até as
próprias falhas são funcionais e cujo funcionamento é indiscernível da formação são máquinas que se confundem com sua própria montagem que operam por ligações não localizáveis e por localizações dispersas fazendo intervir processos de temporalização formações em fragmentos e peças destacadas com mais valia de código e em que o próprio todo é produzido ao lado das partes como uma parte a parte ou segundo butler num outro departamento que o assenta nas outras são máquinas propriamente ditas porque procedem por cortes e fluxos ondas associadas a partículas fluxos associativos e objetos parciais induzindo sempre a distância conexões transversais disjunções
inclusivas conjunções plurívoco assim extrações desligamentos e restos com transferência de individualidade numa esquese generalizada cujos elementos são os fluxos quisas quando a se encontra unificada sobre um plano estrutural ou os seres vivos aparecem estruturados pelas unidades estatísticas de sua pessoa Isto é quando uma máquina aparece como objeto único e o ser vivo como um sujeito com suas conexões globais e específicas disjunções exclusivas e Conexões biunívocas temos aí uma manifestação molar o desejo não tem necessidade de se reportar essas representações o que temos são determinações estatísticas do desejo e das suas próprias máquinas não há diferença
de natureza entre ent as máquinas orgânicas técnicas ou sociais e a máquina desejante são as mesmas máquinas diferindo somente nos regimes no uso da síntese e das relações de grandezas no nível submicroscópico das máquinas moleculares há tão somente funcionalismo agenciamentos maquínico maquinaria do desejo a justificativa para isso é porque é somente nesse nível que é possível confundir o funcionamento com a formação no fim é isso que separa a máquina técnica da máquina desejante o funcionalismo molar é falso justamente pois as máquinas orgânicas e sociais não se formam do modo como funcionam elas não são montadas
como são usadas condições determinadas separam sua produção do produto só tem um sentido e também um fim uma intenção aquilo que não se produz tal como funciona as máquinas desejantes funcionam segundo o regime de sínteses que não tem equivalência nas máquinas molares ela é o contrário disso tudo ela nada representa significa E é exatamente o que se faz dela tendo sua origem em sua ação mas por que falar em libido nenhuma das duas maneiras de se conceber a máquina molar ou molecularmente parece comportar a Sexualidade Freud subordina sexualidade a reprodução transforma sexualidade em um lamentável
Pequeno Segredo burguês ele deixa de lado o duplo polo da libido que sua formação molecular investe nas formações molares a literatura é o melhor modelo de psicanálise precisamente Pois sabe situar a Sexualidade ao nível maquínico em o sentido o amor não passa de uma população de máquinas orgânicas e sociais em grande escala o desejo não tem pessoas como objetos mas sim meios inteiros é por isso que o desejo tem como característica primeira o gigantismo é gigante pois ele investe os grandes conjuntos o meio social e biológico são objetos de investimentos inconscientes que são antes libidinais
e desejantes ao invés serem ligados à necessidade ou interesse enquanto a energia sexual a libida é diretamente investimento de massas segundo a psicanálise o desejo precisa ser dessexualização patológica mas isso só pode ser o caso se supormos uma sexualidade familista com a Sexualidade apenas operando em família ela necessita de uma transformação de uma mediação que a permita vir no Social esse no fim é o problema de todo Freud do Marxismo ele não consegue enxergar que a Sexualidade está em toda parte assim como Na necessidade de metáfora também na necessidade de metamorfose a libida investe diretamente
no social tanto que não é mentira que Hitler dava tesão aos fascistas que bolsonaro dá tesão aos conservadores não é por dessexualização que a líbido investe os grandes conjuntos os fluxos são recalcados para caber as pessoas para caber nas estreitas noções de casal família pessoas e objetos em decorrência de restrições bloqueios e assentamentos que não são naturais mas sim fundados tanto que só é possível termos consciência da libido a partir do momento em que ela se relaciona um corpo Isto é a uma pessoa que é tida como objeto de desejo mas tal escolha nunca é
gratuita a escolha do desejo é um reflexo da conjunção de fluxos de vida e sociedade que esse corpo intercepta ou seja estamos todos mergulhados em um campo social e histórico que nos ultrapassa de todos os lados as pessoas traduzem os investimentos inconscientes na medida em que são tomadas pelo inconsciente como uma intervenção nos pontos de conexão disjunção e conjunção o amor pode estar a serviço de diferentes Senhores o amor de piano é diferente de um amor revolucionário ou repressivo é sempre comund dos que fazemos amor Isso não significa a banal interpretação de que cada pessoa
é um mundo é PR tomar essa afirmação em sua maior radicalidade Se cada pessoa é um mundo é porque não sendo Idêntica a si ela só o é sendo aquilo que ela não é Ou seja ela é tudo menos ela mesma o eu é um outro não H interior mas apenas pura exterioridade Há sempre algo de estatístico em Nossos amores porquanto que ele é mobilização de grandes conjuntos Freud não consegue entender isso pois ele está preso a uma representação antropomórfica do sexo a representação antropomórfica distribui o sexo em um binarismo é o homem ou a
mulher o homem seu negativo a castração é o fundamento da representação antropomórfica do sexo cujo áb culmina na ideologia da falta ideologia esta que fundamenta a própria ideia da representação antropomórfica mas há uma outra distinção em julo aqui a verdadeira diferença não está entre dois sexos humanos mas sim entre um sexo humano e um sexo não humano de um lado temos a Sexualidade enquanto investimento dos grandes conjuntos molares do outro temos o jogo dos elementos moleculares que em determinadas condições vem a determinar os conjuntos molares o gigantismo pressupõe o nanismo do desejo que vem a
determiná-lo a Sexualidade em o sentido é a mesma coisa que as máquinas desejantes enquanto estas estão presentes e atuantes nas máquinas sociais inconsciente molecular ignora castração uma vez que nada falta aos objetos parciais há toda uma transsexualidade microscópica que subverte a ordem estatística dos Sexos o desejo é da Ordem da produção toda produção é uma produção desejante social o problema da psicanálise nesse sentido é ter revertido a ordem da produção uma ordem da representação tal inversão não é um feito da audácia da psicanálise mas pelo contrário um sinal de sua falência o inconsciente psicanalítico não
produz ele somente acredita os psicanalistas dizem que a crença não é do inconsciente mas sim do Pré inconsciente mas o que vem primeiro a crença ou a representação a crença incide sobre a consciência por conta da representação inconsciente ou o inconsciente é reduzido a esse estado representativo por conta de um sistema de crenças que ele é imposto em verdade são os dois ao mesmo tempo e é ao mesmo tempo que a produção social encontra-se alienada por crenças e que a produção desejante encontra-se desviada para representação a crença é supostamente autônoma e a representação é supostamente
inconsciente a família é a Instância que executa dupla operação de desnaturar e desfigurar a produção desejante a família não é acidental na questão da representação crença Podemos dizer que a essência da representação é ser representação familiar Mas mesmo que seja o caso isso ainda não é suficiente para parar a produção ela continua a zumbir mesmo so a Instância representativa que a sufoca é preciso então introduzir uma apresentação mítica e trágica para atingir efetivamente as zonas de produção foi o que ocorreu com o caso schreber Freud ignora as pequenas máquinas sádicas paranoicas do pai de schreber
por mais evidente que seja a participação dessas máquinas no campo social pedagógico Freud as Ignora ele inverte a fórmula não é que o pai age no inconsciente do filho como um agente maquínico como só mais um agente de produção não Freud inverte a questão fazendo as máquinas remeterem ao não há por considerar as máquinas pois elas remeteram todas ao pai Freud infla o pai para caber toda a produção nele e para dar conta dessa produção O pai é inflado com todas as potências do mito e da religião dessa forma a pequena representação familiar apesenta ser
com extensivo ao campo do Delírio substituindo o par produtivo máquinas desejantes e Campo social pelo par representativo família mito mas por dar privilégio a representação Por que falar de uma forma expressiva e de um inconsciente teatro onde havia Campos oficinas fábricas toda uma unidade de produção isso tudo é necessário e a psicanálise sabe disso pois os vivos não acreditam a cultura é uma mentira não há vida possível no mito só o mito pode viver no mito Eis o motivo de niet se dissociar do nascimento da tragédia ele deixou de acreditar na representação trágica há dois
usos para o mito primeiramente temos o uso dos antigos que faz da representação simbólica uma apreensão da essência do desejo referindo às grandes objetividades no caso do mito ele é uma expressão de uma organização de poder despótico que recalca a terra a tragédia por outro lado é uma expressão da organização que recalca o déspota deposto em outras palavras mito e tragédia na concepção antiga apontam sempre para algo além deles o uso que a psicanálise faz do mito não se assemelha de nenhuma forma com o antigo isso porque na psicanálise a representação simbólica reporta-se não uma
grande objetividade um exterior que precisa ser explicado mas sim a própria Essência subjetiva e Universal da libido enquanto quantia abstrata que atravessa as formações do sonho do fantasma das patologias e das formações sociais sendo assim à primeira vista parece que o interesse da psicanálise pelo mito e tragédia é um interesse crítico visto que a especificidade objetiva do mito é derretida quando exposta ao sol subjetivo da libido dessa forma temos um desmoronamento do mundo da representação no começo da empreitada psicanalítica mas é precisamente nesse momento que tudo se complica e os estreitos laços da psicanálise com
capitalismo são revelados o capitalismo é inseparável de um movimento de desterritorialização relativa desterritorialização esta que sempre conjura reterritorialização fictícias e artificiais ele tem como limite os fluxos codificados da produção desejante não para de os repelir E para isso os liga a uma axiomática que toma o lugar do código isso porque o capitalismo se constrói nas ruínas das representações fim da representação territorial despótica mítica e trágica mas ao mesmo tempo que ele desterritorializa essas formas de representação ele as reterritorialização [Música] objetivas mas invés de sair do mundo da representação ele a intensifica na medida em que
opera uma conversão que faz da representação objetiva uma representação subjetiva e infinita através da propriedade privada a forma da propriedade condiciona a conjunção dos fluxos codificados sua axiomatização em um sistema que faz os fluxos dos meios de produção serem reportados ao fluxo do trabalho livre a propriedade privada constitui o centro das reterritorialização factícias do Capital ela que produz as imagens que preenchem o campo de imanência do capitalismo criando as identidades capitalista trabalhador empreendedor etc parece que nos distanciamos da psicanálise mas nunca estivemos tão próximos dela o capitalismo institui uma axiomática social e a psicanálise faz
a aplicação dessa axiomática família privatizada é um duplo processo que cria as condições para o assentamento da representação sobre ela mesma o trabalho subjetivo abstrato que é representado na propriedade privada tem como correlato o desejo subjetivo abstrato por sua vez que é representado na família privatizada se o capitalismo é a derrocada das grandes representações objetivas operando uma conversão que faz da representação objetiva uma representação subjetiva infinita a psicanálise por outro lado faz com que a representação subjetiva infinita venha a substituir as grandes representações objetivas uma converte e a outra substitui o limite dos fluxos codificados
da produção desejante é deslocado duas vezes uma pelo estabelecimento dos limites implantes do capitalismo e outra pelo traçado de um limite interior que garante a reprodução social sobre a reprodução familiar privatizada a ambiguidade da psicanálise em relação ao mito se revela aí ela desfaz o mito como representação objetiva descobrindo nele a figura da libido subjetivo Universal mas recobre o promove como representação subjetiva elevando ao infinito conteúdo mítico e trágico o mito e a tragédia tornam-se sonhos e fantasmas do homem privado como família o sonho e o Fantasma são a propriedade privada do mito e da
tragédia o elemento objetivo do mito é tornado dimensão inconsciente da representação subjetiva o mito como o sonho da humanidade a terra o déspota que antes eram recalcados com o mito tornam-se expressões de uma reterritorialização subjetiva e privada que culmina em edpo edpo é o déspota banido e desterritorializado territorializado no complexo crença de todas as crenças mas que sempre é denegado ou seja ele conserva crença mas sem acreditar nela com uma mão a psicanálise desfaz o sistema de representações objetivas produzindo A Essência subjetiva da produção desejante mas com a outra ela reverte essa produção ao sistema
de representações subjetivas o Son Fantasma o mito a tragédia a produção torna-se uma imagem nada mais que uma imagem e o que sobra é o teatro íntimo e familiar do homem privado o inconsciente como cena não é nem produção desejante nem representação objetiva o teatro desfigura mais do que o próprio mito e a tragédia a série representativa mito tragédia sonho e fantasma com o mito e a tragédia sendo interpretados a guisa do sonho e do fantasma são com esses elementos que a psicanálise substituem ali a de produção Mas por que a representação assume essa forma
teatral simples para encarnar a estrutura o teatro destaca a estrutura finita da representação subjetiva infinita Mas por que destacar pois a estrutura só funciona apresentando sua ausência ou representando algo não representado na representação isso nos possibilita mostrar o privilégio das formas teatrais o teatro põe em cena a causalidade metafórica e metonímia que marca a presença e ausência da estrutura ele é o operador que revela a forma visível a estrutura encarnando enquanto denega a crença ela o denega Pois quando a representação Deixa de ser objetiva e devém subjetiva infinita Isto é imaginária ela perde sua consistência
esse fundo só volta caso ela remeta a uma estrutura que determine tanto o lugar e as funções do sujeito dos objetos e das relações na representação é isso que faz do simbólico o elemento último da representação subjetiva daí o puro significante que nada mais é que um puro representante não representado da onde decorre a ao mesmo tempo os sujeitos os objetos e suas relações em suma para a representação funcionar ela necessita da estrutura da que a estrutura designa o inconsciente da representação subjetiva com isso temos uma atualização da série representativa se antes ela era definida
por mito tragédia sonho fantasma agora ela se apresenta como representação subjetiva infinita Imaginário representação teatral e representação estrutural todas as crenças denegadas são Reunidas em nome da estrutura do inconsciente é no jogo do significante simbólico que encarna no significado Imaginário que temos a elevação de edipa é metáfora Universal quando a produção desejante é relegada à estrutura Isto É assentada sobre o espaço da representação Ela só vem a valer pela sua própria ausência a estrutura na psicanálise está lá para corroborar uma teoria da falta soldar o desejo ou impossível a estrutura define o desejo enquanto falta
como castração a impõe as máquinas desejantes uma unidade estrutural que as reúne um conjunto molar os objetos parciais passam a serem reportados a uma totalidade negativa que liga os e fazem parecer somente na falta a operação estrutural é ajeitar a falta no conjunto molar isso é feito através da deslocação do limite que separa os conjuntos molares de seus elementos moleculares que separa a representação objetiva da máquina desejante a afinidade da psicanálise com a representação teatral se dá nesses termos o teatro eleva a relação familiar ao estado de uma relação estrutural metafórica Universal que produz o
jogo imaginário de pessoas e ao mesmo tempo o teatro expulsa pros bastidores o funcionamento das máquinas em um limite intransponível fazendo as máquinas funcionarem por detrás do Muro desse modo a deslocação do limite faz com que o limite não seja entre a representação objetiva e a máquina desejante mas entre dois polos da representação subjetiva hora imaginária infinita hora estrutural finita a produção é levada a impasse da representação subjetiva o Double bind de piano Ou você tem o édico Imaginário da representação Você tem o ético da castração simbólica estrutural sendo assim a estrutura não é um
meio pela qual se escapa do familismo mas pelo contrário ele dá a família um valor metafórico Universal no final talvez seja essa a verdadeira ambição da psicanálise substituir a família pelo div psicanalítico e levar a própria situação analítica ao Status oso em sua [Música] essência a terra está morta o deserto cresce o velho pai está morto pai territorial E também o filho o épo déspota Como pode a crença persistir mesmo após repúdio como ainda podemos ser piedosos por mais que tenhamos perdido a fé na representação objetiva no mito no Imaginário reencontramos a força para acreditar
nessas imagens através da estrutura através do significante simbólico n na estrutura com significante simbólico tudo é retomado o mito a tragédia do déspota tudo é retomado como sombras projetadas num teatro em suma apesar das grandes territorialidades terem sucumbido no processo de desterritorialização do Capital elas são todas reterritorialização [Música] que replanta homem moderno e seu desejo no Rochedo da castração talvez a virtude da estrutura seja realmente essa funcionar mesmo ninguém acreditando nela a escrita de lacam é marcada por um impasse ela é marcada por um impasse uma ambiguidade pois lac é o primeiro a descobrir o
avesso da estrutura por um lado ele concebe a unidade estrutural da máquina desejante como restando nos sócios através do significante simbólico que na ausência age como conjunto de partida que recebe uma unidade pessoal da família através do Imaginário que age vacando a falta num conjunto de chegada por outro ao mesmo tempo que temos uma neuroti zação do campo Psicótico laca efetua toda uma esquizofrenica do campo analítico através do seu aparato conceitual é o objeto amaquer o outro do sexo não antropomórfico e principalmente o avesso da estrutura o avesso é in organização real dos elementos moleculares
ele é o puro ser do desejo onde multiplicidade de singularidades préo cujos elementos definem-se por uma ausência positiva de liame que instauram uma ausência positiva pois a articulam os elementos últimos da produção saímos do Avesso da estrutura pois a produção desejante só pode ser representada com base em um signo extrapolado que reúne os elementos dessa produção num conjunto que ele próprio não faz parte deste modo ocorre uma transformação da ausência se antes ela era potência positiva por não haver o liame agora a própria ausência se faz como ausência e é aí que o desejo vem
a ser reportado a um termo faltante cuja própria essência é faltar como consequência disso em função do significante da falta o signo do desejo devém significante na representação a estrutura só se forma e aparece em função de um termo simbólico definido como falta e é por isso que a trajetória de Lacan ambígua ao definir o inconsciente como linguagem Lacan não fecha o inconsciente a estrutura edipiana ele pelo contrário mostra que é tipo Imaginário sua imagem é somente produzida por uma estrutura ediniz que é o resultado da reprodução do elemento da castração que em última instância
é simbólico ou seja pertence à produção social EDP uma reterritorialização imaginária do homem privado que é produzido nas condições estruturais do capitalismo na medida em que este reproduz o arcaísmo do símbolo Imperial do déspota desaparecido Essa é sua autocrítica o ponto em que a estrutura descobre seu avessa como princípio positivo destruir destruir a tarefa da esquizoanálise passa pela destruição for toda uma fasina toda uma curetagem do inconsciente destruir edpo a ilusão do eu fantoche do superg a culpabilidade a lei a [Música] castração a destruição da psicanálise é a moda de Hegel uma destruição piedosa destruição
que Conserva o destruído dizem que é uma dissolução do complexo de edb Que tal complexo é indispensável para não cairmos na indiferen da mãe terrível indiferenciada mas como delot a mães finge ainda faz parte de A indiferenciação é o avesso da diferenciação exclusiva ambas as partes são criadas por Ed que funciona como um duplo impasse outra coisa também Dizem que o complexo deip é superado na castração latência dessexualização e sublimação mas o que ser essas coisas senão é elevada enésima potência devindo simbólico a dessexualização e a sublimação são A Divina aceitação resignação infinita a má
Consciência em suma é resolvido quanto mais nos tornamos o exemplo vivo dele as condições de sua superação nada mais são que as suas condições de sua reprodução o desaparecimento de épo nada mais é que épo devindo uma ideia e como todos sabem A ideia é o melhor método para injetar o veneno ao denunciar a burocracia psicanalítica não vai longe o suficiente pois ele não vê qual é o selo dessa burocracia semelhante ao caso de reish que ao denunciar a psicanálise mostrando a serviço da repressão social não vai longe o suficiente pois ele identifica a relação
da psicanálise com capitalismo como sendo uma relação ideológica sendo que seus laços são mais profundos a psicanálise depende do capitalismo na medida que sem ele não há como acentar os fluxos descodificadas do desejo no campo familiar a psicanálise da mesma forma como exército ou aparelho burocrático é um mecanismo de absorção de mais valia tanto sua forma quanto sua finalidade são marcadas por essa função sendo assim não é que o autismo e o perverso escapam da análise é precisamente o contrário a psicanálise é uma gigantesca perversão que instaura um corte com a realidade a psicanálise é
o autismo próprio e a perversão intrínseca da máquina do Capital ela é autista na medida que não confronta-se mais com realidade alguma ela é a prova de a própria realidade não havendo mais a necessidade de reportar-se a um fora a realidade devém faltosa e o exterior e interior o conjunto de partida e chegada são indexados a situação analítica que devém sem referência além de si mesma por meio da falta ela torna-se causa própria de si mesma a verdadeira função da psicanálise nesse sentido é fazer com que as crenças sobrevivam mesmo depois de repudiadas há dois
processos de captura e jogo aqui a produção social repressiva é substituída por crenças e a produção desejante recalcada é substituída por representações o que importa tirar daqui é que não é a psicanálise que nos faz acreditar em épo épo e a castração são frutos da repressão social vamos ao consultório já esperando eles é por isso que Édipo e a castração são resistências reações Racionais bloqueios e couraças não há material inconsciente Não Há Nada Para se interpretar mas esse é o caso que há no [Aplausos] inconsciente você podemos definir a psicanálise como uma forma de perversão
é porque a perversão é uma reterritorialização artificial dos fluxos do desejo porém ela não se limita somente a reterritorialização artificiais mas sim a todo tipo de reterritorialização tanto o épo quanto a psicanálise são abarcados nessa nova definição sendo assim H um novo Polo de Delírio Em Jogo se antes havíamos uma divisão entre linha de fuga molecular esquizofrênica de um lado e investimento molar paranoico de outro agora essa divisão é entrecortada por mais uma dualidade é preciso introduzir mais um eixo um polo perverso que se opõe ao Polo esquizofrênico uma reconstituição de territorialidades e oposição ao
movimento de desterritorialização produção desejante possui uma certa necessidade de ser induzida a parte da representação em um sentido ela requer uma territorialidade mínima isso fica evidente entre aqueles que melhor sabem partir que apesar de mergulharem no sexo não humano erguem uma última representação a tropomi e fálica para se sustentar o passeio do esquizo requer circuitos territoriais mesmo os que melhor sabem desligar-se desconectar-se para se abrir ao maquínico eles ainda voltam a formar pequenas terras na desterritorialização que não seja acompanhada de reterritorialização toda desterritorialização de fluxo de desejo esquizofrênico é acompanhada por reterritorialização globais que sempre
voltam a formar praias de representação isso porque só é possível avaliar uma desterritorialização pelas reterritorialização que apresentam uma é o avesso da outra esse é o erro da psicanálise deixar de lado o fato de que ao mesmo tempo que a reterritorialização de pessoas há também desterritorialização sobre a máquina é o pai de schreber que age por intermédio das máquinas ou ao contrário são as máquinas que funcionam por intermédio do pai nessa questão a psicanálise foca-se somente nos representantes imaginários e estruturais da reterritorialização a esquizoanálise por outro lado dá privilégio ao maquínico e seus índices desterritorializados
é isso que resume a oposição entre o neurótico no Divan e o esquizofrênico em contato com fora a esquizofrenia enquanto processo é ind dissociável da da Êxtase que a interrompe da reterritorialização que a transforma em perversão em psicose e esse é o caso pois em toda a desterritorialização temos a criação de uma nova terra a terra nova não seria possível sem esse cantinho de terra garantido pela reterritorialização Esse é o significado da viagem móvel do esquizofrênico ela se faz sobre essa terra nova não implica necessariamente grandes movimentos em extensão mas sim intensamente num corpo sem
órgãos viagem intensiva que desfaz as terras improve do que ela quia mas como é possível uma viagem esquisa independente D seus circuitos o que nos garante que ela não reinst as antigas territorialidades a retomada e a interrupção do processo estão tão misturadas que só é possível avaliar um em relação ao outro e isso nos remete de volta a questão do que sofre o esquizo ele sofre do próprio processo ou de suas interrupções talvez haja só uma doença a neurose podridão edipiana que remete a todas as interrupções patogênicas do processo jaor diagnosticou bem a questão como
evitar que as instituições voltem a formar uma estrutura ailar que não constituam sociedades artificiais perversas e reformistas pseudo famílias residuais isso vai do hospital de urno noturno clube de doentes hospitalização e domicílio instituição e até antipsiquiatria Como impedir que essas formações se fechem em si mesmas e acabem por produzir grupos sujeitados como ção ou organização molar escolhida pode fugir da castração neuroti isso só se resolve se houver uma politização da psiquiatria entendida nos termos de seu próprio processo isso implica a identificação da relação entre a alienação mental com a alienação social com a disjunção inclusiva
a verdadeira política da psiquiatria e da antipsiquiatria consistiria em um desfazer as reterritorialização que transformam a loucura em doença mental e dois libertar o movimento esquis de sua desterritorialização que a torna um fluxo de loucura é preciso ligar o processo esquizofrênico a esfera do trabalho desejo produção e conhecimento a loucura só é vista como loucura pois ela é reduzida e levada a representar a desterritorialização como processo Universal quando Foucault diz que entraremos em uma era em que a loucura deixará de existir é porque ela será assimilada a positivação ela deixará de ser transformada em doença
mental pois percebendo os fluxos das ciências e das Artes ela transpor os limites exteriores que ela representa fazendo os fluxos fugirem do controle por todos os lados e nos arrastando no processo o artificial das Ret territorializações perversas deverá ser afirmado e dobrado o Peteleco da esquizoanálise relança o movimento e reata a tendência por meio de impulsionamento do simulacro e da artificialidade que ao afal acaba por tornar-se uma outra coisa uma nova Terra isso não significa volta a uma antiga Terra Prometida mas justamente seu inverso a criação de uma terra ao longo do processo de desterritorialização
o teatro do inconsciente devém teatro da Crueldade e é somente nesse ponto que temos a convergência entre a máquina revolucionária artística científica e analítica com cada máquina sendo uma peça e pedaço para outra mais perversão mais artifício Até Que A Terra Deven T artificial que o movimento de desterritorialização crie necessariamente uma terra nova devemos dizer portanto que nunca iremos suficientemente longe no sentido da desterritorialização quase nada foi visto até agora deste processo [Música] Irreversível se você assistiu até o final muito obrigado esse vídeo não seria possível sem o oferecimento de EG Hed Guilherme saig toj
d de Olinda Vinícius Marx Pimenta hator starlin Araújo Mateus Neto Márcio rasel eg Rad mandou perdeu o playboy toj mandou I will Win você sabia que temos uma campanha de financiamento coletivo na apoia-se o agenciamento coletivo esof é um fundo de financiamento contínuo cujo dinheiro é utilizado para melhoria das qualidades do dos vídeos e para pagar as minhas despesas doando qualquer quantia seu nome aparece no final do vídeo e acima de r$ 3 Eu leio sua mensagem é isso Se gostou do vídeo deixa um like compartilhe comente realmente muito obrigado
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