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Video Transcript:
Olá pessoal tudo bem Já já vamos entrar aqui ao vivo na nossa Live últimos ajustes tendo som etc noite a todos aí Olá pessoal tudo bem desejo a todos aí uma boa noite é um prazer uma satisfação tá aí com vocês novamente iria também já adiantar que nós estamos já na segunda Live desse desses encontros que a gente já tenha uma certa tradição fazer aqui junto com o curso aprenda bem das obras que são selecionadas pelo fpr para os vestibulares então em alguns meses atrás cerca de um mês atrás nós fizemos uma live em relação
aos clássicos da Sociologia e agora a gente vai fazer uma de uma segunda obra das quatro selecionadas na sociologia no vestibular da Universidade Federal do Paraná que é um texto muito interessante e que a gente pode de certa forma celebrar como eu Adiantei em alguns outros vídeos que eu gravei para divulgar essa Live que é o texto racismo e cultura do Franz fanon o autor negro e faz uma crítica muito pesada aspectos muito importantes da atualidade apesar de ser um texto relativamente antigo então também queria adiantar a todos que podem eu vou estar aqui dentro
do possível olhando o chat de repente reservar também um espaço aqui para a gente depois debater a minha ideia é o texto é curto vocês devem ter tido acesso ao texto lido o texto né se não leram ainda fica a sugestão de ler né sempre importante ler os textos que a universidade seleciona para nós E aí peço que vocês então também tenham esse espaço do debate contribuam ali com questões eventuais dúvidas ou comentários dentro do possível eu vou tentar também ler-los aqui na no chat do curso né ali pelo pelo nosso canal no YouTube também
como texto é curto a ideia é que não essa Live não se Estenda tanto como as de costume né eu falo às vezes acabo não compreendo eu falo muito mas o texto como ele é muito curto também vou trabalhar alguns aspectos que é digamos assim dos arredores do texto né Não só o texto propriamente dito Já que é um texto relativamente curto a gente pode fazer dentro dessa perspectiva uma análise até mais contextual falar um pouquinho também do próprio autor e vocês vão ver ao falar do autor a gente também consegue entender muito da obra
dentro dela também queria deixar aqui um convite para vocês assistirem na quarta-feira né o professora lailson vai fazer o mesmo movimento né trabalhar uma obra específica daí da filosofia que a área dele nossa semana a gente vai conseguir contemplar os nossos alunos e os demais porque essas lives ficam abertas ao público então vocês podem convidar os colegas outros outras pessoas que não só os nossos alunos matriculados para também assistir então sem mais delongas vou começar aqui a apresentação gostaria que vocês todos é também num primeiro momento fossem convidados aqui um aviso mais Paroquial do curso
nós estamos com as matrículas abertas né para o revisional UFPR 2023 Então esse é o nosso curso que a gente vai promover aí aqui na reta final então o curso focado nos conteúdos mais recorrentes da UFPR E como que ele funciona né nesse nesse momento né No momento dessa Live a gente tem exatamente 10 semanas eu não sei se vocês se atentaram a isso para a realização do vestibular da Federal então a estrutura do curso é pensar exatamente a partir desse prazo o curso é dividido por tanto em seis aulas seis primeiras semanas seis primeiras
semanas não seis aulas né seis primeiras semanas com aulas gravadas todas essas aulas possuem listas de exercícios próprias E essas essas aulas digamos assim são os conteúdos mais importantes e mais dos últimos 10 anos da Universidade Federal do Paraná e somadas ali numa reta final já muito próxima já da data do vestibular as quatro últimas semanas com aulas ao vivo também elas todas com listas de exercícios próprias e específicas para essas aulas mas essas quatro aulas últimas tem a característica por ser ao vivo né da interação que é sempre uma questão importante então essa espécie
de revisão né uma espécie de possibilidade de nós debatermos né tirarmos dúvidas inclusive dos conteúdos vistos estudados na semanas anteriores então fica aqui o convite né Vocês podem ter mais informações e acesso também nos meios aí dos canais né no nosso link no Instagram via WhatsApp do curso que vocês também acham ali de Instagram via Site do curso no próprio canal do YouTube etc e aí pessoal então vamos lá sem mais delongas para o nosso texto eu vou mostrar esse texto aqui para vocês faz parte de uma Cole é chamada revolução africana Aqui tá o
fransfanou o nosso autor né nessa fotinho aqui e como eu disse muito do dos aspectos do texto e dos textos em geral desse autor se confundem com a própria biografia né com a própria história de vida desse autor Então esse texto específico que a federal selecionou chamado racismo e cultura faz parte de vários textos que o Franz fala não escreveu ao longo da vida e relativo e a relativamente um texto pequeno né ele tem livros publicados a um livro muito importante também chamado com os condenados da terra que eu até trouxe aqui mas fugiu agora
não sei onde que eu coloquei tem essa técnica aqui Os Condenados da terra que de vez em quando Talvez seja considerada a obra clássica né do franciscanon mas é um livro como vocês veem muito mais denso né Talvez uma uma última aí tentativa de condição em intelectual desse autor e o texto que a gente vai ver hoje racismo cultura é mais ou menos uma um preparatório um texto até mais descuidado de pretensões acadêmicas digamos assim e mais até de aspectos mais políticos muito fortes que eu gostaria também destacar desde já e nós vamos passar por
ele então aqui no Conjunto dessas dessa apresentação que eu preparei para vocês aqui a gente tem a capa do texto que tá lá no edital né da Universidade então é importante sempre cuidar também com as edições né com as com as obras com as próprias editoras que a gente tá falando que às vezes aparecem em outras versões e às vezes tem alguns detalhezinhos que a gente tem que estar Atento que podem custar Aí uma outra questão e não é a nossa ideia é que certo em gabarito em sociologia então tive cuidado também de ler além
da minha versão que é diferente dessa mas o texto é igual é exatamente o mesmo eu li também esse que também tá disposição aí para vocês dentro dos nossos canais do curso e a gente acaba trabalhando também nas nossas aulas do nosso curso regular né nas aulas do curso presencial etc bom Como eu disse o autor e referente ao autor já há uma informação aqui um tanto quanto revelador e muito triste né Vocês podem perceber ali na data de nascimento e data de morte que é um autor que viveu muito pouco né o França não
morreu com 36 anos e ele morreu vítima de leucemia isso vai explicar muito também da da pujança né do potencial de produção desse autor porque ele Vocês também vão perceber ele é médico de formação e ele percebe que tá doente né E sabe que a doença inclusive naquele momento muito grave né que não seja hoje mas naquele momento é mais ainda né devido aos avanços da Medicina e tal e várias condições que se né circuscreve a vida dele então ele percebe muito cedo digamos assim que eh vai morrer é muito cedo também então isso faz
com que ele tenha uma coragem que eu acho admirável de focar bastante também nos seus escritos e acaba publicando ainda o condenados da terra que a sua última obra como eu disse a obra é mais assim de fôlego dele já sabendo dessa dessa limitação é o autor também nasce numa ilhazinha bastante é pequena ali do Caribe chamado Martinica que até hoje digamos assim dominada né pela questão Colonial Francesa e é muito interessante Porque nessa ilha muito pequena dois dos principais autores do que a gente vai chamar dessas estudos mais críticos e pós coloniais ou anti
imperialistas e que criticam a questão do imperialismo e do racismo de uma maneira geral São autores oriundos dessa pequena Ilha né a imensa exerce é um grande autor foi de certa forma um professor do Franz fanon isso explica muito né foi uma pessoa que influenciou impactou muito a formação intelectual e política do Frans fanor Então essa questão Regional né tem tudo a ver com o seu destino lá de vida né como a sociologia sempre nos ensina né as pessoas são muito fruto do meio social pela colas vivem o França não era um né uma pessoa
que nasceu numa família relativamente de classe média alta na Martinica seus pais eram que nós podemos chamar hoje de uma espécie de burocratas do Estado ali fazendo basicamente a administração que era muito voltada as questões do colonialismo francês pelo domínio Colonial Imperial executado ali naquela Ilha pela França e portanto se enxergavam como franceses como muitas vezes relatou nos seus estudos ele ainda jovem teve a chance de estudar esses colégios muito privilegiados teve a chance de ter como professor um grande intelectual que já naquele momento era um grande intelectual como amster zero e portanto teve digamos
a formação mais Próspera e mais assim digamos intelectualmente decente né e digna possível teve uma vida relativamente é boa né nesse sentido e portanto culturalmente se enxergava como um francês Só que lá no Caribe numa ilhazinha pequena dominada do ponto de vista Colonial Mas isso ainda não fazia nele digamos assim os impactos que depois a sua consciência política e muitos dos afazeres da vida dele Principalmente as viagens que ele se submete vão proporcionar ele uma outra visão ele vive por tanto mesmo nesse curto prazo um período muito difícil né da história da humanidade a primeira
metade do século 20 Vamos considerar assim né Um pouquinho ainda da segunda metade né tive aquele morre em 1961 mas dá para concentrar a vida dele nessa primeira metade que é marcada né por um período terrível do entre guerras né entre a Primeira Guerra Mundial e a segunda guerra mundial eventos esse que vão marcar muito também a formação e o Né o destino da vida desse autor então como eu disse né o Frans falando ele vai estudar ele vai ganhar uma bolsa para estudar medicina lá na França e se torna portanto um médico psiquiatra mas
quando ele vai a França ele vai no primeiro momento por causa da questão da Guerra então é importante lembrar que nesse né em meados ali dos anos 40 com o Ascensão do nazismo a França é ocupada pela Alemanha e portanto há um chamamento digamos assim dos dos jovens que são a questão das colônias francesas para lutar ali nos aspectos finais digamos assim de uma possível resistência francesa o françonon portanto vai para França nesse nesse primeiro movimento mais bélico né ainda muito jovem com 18 19 anos ele tá bem no período do alistamento digamos assim dos
homens dos meninos jovens e no período da Guerra ainda e quando ele chega França já na questão da convivência com exército ele tem um impacto que ele não tinha tido até então primeiro que os horrores da Guerra a violência propriamente dita e segundo com a questão do racismo porque porque na Martinica a maioria da população era de pessoas negras né Como de fato quase todas as colônias do Caribe né pensando aí Haiti São Domingo no caso as revoluções regras né que são famosos na historiografia mas ali naquela convivência na pequena Ilha inclusive pela questão de
classe né o frasco não tinha se deparado ainda com questões é propriamente raciais né Ou pelo menos com os preconceitos clássicos que a gente chama do dia a dia de um homem na França lá na europeia né no país França e aí ele percebe que mesma condição né de jovem da cauta classe burguesa digamos assim de Martinica não impedem os franceses de enxergá-lo Como um negro né e ele começa a perceber que essa essa esse olhar né dos europeus era muito diferente daquele que ele tava acostumado anteriormente e mesmo assim num cenário de guerra né
que em tese você deveria ter ali uma espécie de União dos nacionais pelo menos ou dos com cidadãos é frente é uma guerra mas mesmo no exército ele percebia preconceito tal que ele nunca tinha vivenciado ele passa pelas dificuldades da Guerra né inclusive é violentado leva um tiro e tudo mais mas nesse período digamos assim ele convivendo na França ele também ganha uma bolsa de estudos como eu tinha dito para estudar medicina em Leon né numa cidade importante da França ele chega a ter aula aí de novo né intelectual chamado merlot Point que é um
dos grandes chega a conhecer o depois lá na frente também a intelectualidade Francesa né o João Porchat que inclusive faz um dos prefácios Clássicos Dos do livro condenados da terra ele convive com a Simone buvoir né que era esposa do Jean Paul Sartre então a alta intelectualidade francesa lembrar que a França nesse período né ainda era basicamente um país é muito forte do ponto de vista cultural também né todas as revoluções que vão acontecer depois com mais de 68 Ele tá vivendo mais ou menos esse digamos assim essa esfervescência cultural né tem acesso ali a
leituras que vão impactar muito ele né Mesmo sendo uma pessoa da área médica mas convivendo ali com as Universidades com centros acadêmicos movimentos estudantis vai ter acesso a leitura marxista vai ter acesso à Freud né com psiquiatra e como psicanalista né que nessa época quase não havia muita diferença entre psicanalista de psiquiatras e psicanalistas então ele vai de certa forma tá nesse turbilhão cultural e vivendo um estranhamento muito poderoso ali para sua subjetividade que era o impacto da questão racial depois ele vai se estudando e vai se formar e vai apresentar uma tese que vai
virar um livro clássico dele depois chamado Pele Negra Máscaras Brancas né que tem muito a ver também com a ideia dele né do negro tentando ser branco para se digamos assim inserir socialmente e não só socialmente politicamente mas também do ponto de vista subjetivo Como aquela aquela vontade de ser Branco apesar da impossibilidade prática na construção que a sociedade coloca de discriminação de separação entre brancos e negros naquele caso na França é impõe as pessoas mesmo assim ficam com essa vontade e essa vontade acaba também machucando né maculando a nossa psique a nossa subjetividade E
aí ele vai apresentar essa tese mais ou menos sobre esse assunto naquele período essa discussão era considerado uma discussão menor uma discussão inclusive não científica a tese dele é rejeitada né a gente se pergunta se fosse outro outra pessoa de outro origem ou de outra classe social ou de outro né de outra digamos assim de outra história de vida se fato iriam rejeitar a tese né que até hoje não é tão comum assim rejeitar em teses né mas fato que rejeitaram a tese dele mas depois ele publica como livro e vira um dos livros mais
clássicos Aí talvez junto nas da terra o livro que é bem conhecido assim digamos assim dos que são mais conhecidos do fanon E aí É nesse momento ele já tá digamos inclusive mais politizado já tá muito mais próximo das discussões são de ordem é política e social muito mais do que apenas a questão da Medicina ou da psiquiatria e ele vai para Argélia é coordenar né digamos assim chefiar um hospital na questão da psiquiatria né exercer sua profissão narigélia outra colônia né historicamente dominada pela França lá ele tem um segundo grande choque que daí tem
a ver com o texto de hoje Finalmente né se não o primeiro momento quando ele vai à França ele tem contato com o racismo quando ele vai Argélia ele tem o contato com o colonialismo porque aí ele percebe a clinicando né relatando e conversando com os pacientes por meio da psiquiatria por meio da sua profissão Os horrores e as tragédias que o colonialismo é impunha naquele naquele grupo social né no caso os argelinos E aí ele nessa soma né de violências que foi o racismo que ele sofreu na França e o impacto que o colonialismo
impunha naqueles povos né Principalmente árabes ali da região da África ocidental digamos assim e da Argélia portanto que ele teve mais convivência depois ele também ganhar Tunísia ele dessa soma digamos assim ele ele se torna isso em um revolucionário ele ele ele escapa né Desse dessa questão mas da condição institucional clássica legitimada como médico como acadêmico ou como pesquisador e faz uma guinada digamos mais da Ordem da revolução mesmo vira um militante político e libertação né anti imperialista anti domínio dos das metrópoles em relação às colônias e principalmente o imperialismo francês e aí filia né
se se junta né com as questões militares os revolucionários pegam armas e defende a independência né a libertação argelina numa revolução que foi muito importante lá na diária que depois também em alguns textos ele vai se dedicar então é um autor muito complexo né apesar de viver muito pouco e que a gente tá chamando aqui de práxis né ele tem na leitura marxista como um Marxismo de manual digamos assim é de juntar né A Teoria é a crítica radical né as questões do racismo e as questões do colonialismo Mas ele também tem a prática ele
não fica só na interpretação né acadêmica através dos textos ele acaba vivendo né vivenciando Muda todo um estilo de vida abandona inclusive o posto de médico e psiquiatra lá da da chefia do hospital que ele trabalhava e vira um militante revolucionário Então nesse sentido ele tem a porque o Marxismo chama de práxis né a junção da prática com a teoria na vivência dele esse é um aspecto importante porque ele vai nos textos e nesse que a gente vai se debruçar mais à frente com algumas passagens que eu selecionei ele vai trazer um novo conceito digamos
assim de violência então para o fanon A violência é talcore entendida na Europa ou de uma maneira mais assim via senso comum ela ela pressupõe nesses casos o aniquilamento Cultural de pessoas que são racializadas Então esse processo não é digamos assim biológico ou tão pouco um processo assim espontâneo ele é um processo intencionalmente político né e ele percebe nessa violência uma uma violência objetiva digamos assim que é a imposição da dominação de poder de um interesse de um país frente a outros povos e a destruição portanto sua cultura de sua tradição de sua história e
a submissão desses povos a um outro é um outro contexto é um outro cenário é um outro país inclusive aqui cabe muito as explorações de ordem econômica né tanto a extração das riquezas da natureza desses países quanto também a exploração humana né por meio da escravização historicamente ou por meio de baixíssimos Salários né que são pagos para trabalhos por vezes é muito próximos da condição da escravidão Para Não Dizer trabalhos análogos da escravidão uma espécie de escravidão moderna é e ele entende que esse processo é fruto é desdobramento do Neo colonialismo né o do imperialismo
que é mais ou menos ali tava acontecendo na primeira década do século 20 e aí ele propõe portanto uma outra visão né de violência já que ele enxergava a violência desses povos como uma violência politicamente intencional né E que aniquilava as culturas Esses povos racializando aquelas pessoas no sentido de trazer uma hierarquização de raças superiores e raças inferiores supostamente né inclusive com o uso da ciência no primeiro momento ele propõe uma uma resposta e aí a resposta dele é a leitura de que a violência por meio da revolução não seria uma violência pela violência mas
uma violência de resistência e de tentativa de resgate da humanidade eu falei do aimécia zero a questão da humanidade provavelmente ele tira muito desse autor que eu falei que influenciou muito ele porque o Messenger num texto clássico uma discurso do colonialismo o MST deve fazer todo uma teoria mostrando que o colonialismo assim resumidamente né atua em duas grandes frentes né A primeira é desumanizar as pessoas portanto todo o movimento é institucional político intencional e você enxergar alguns grupos humanos como não humanos né então você racializa esses grupos aqui eu não tô falando só dos negros
como é o caso é do texto propriamente mais assim o foco do fanon mas no caso ali que não viveu ele enxergava isso nos árabes a gente pode fazer aqui uma espécie de comparação com as comunidades As populações originárias os povos indígenas a gente pode falar de minorias de maneira geral como uma tentativa de desumanização e portanto a violência de resposta dessas mas não deve ser enxergada como uma violência digamos assim de dois lados da mesma moeda não é uma violência de resistência uma violência de tentativa de sobrevivência uma violência portanto de resgate da condição
de humano e aí ele se engaja nessa violência Portanto ele não se enxerga como violento uma pessoa maldosa ou uma pessoa que tá disposta a fazer uma luta sanguinária e fatricida apesar de muitas vezes é seu meio né mas ele tá tentando superar né Essa condição de racialização das pessoas de submissão de povos subjugamento de culturas É nesse sentido que ele propõe a revolução E aí ele é muito original Nessa proposta né ele tem algumas comparações que são bem interessantes e vão mostrar mais ou menos essa ideia e muitas vezes são até mal interpretadas bom
continuando lá aqui não sei se ficou muito bom o slide mas só para mostrar aqui ó vou destacar aqui para vocês mais ou menos aonde fica a Ilha que ele nasceu né a Martinica aqui Aqui tá o Haiti aqui tá São Domingo né que na época pode ser considerado mais ou menos ao mesmo processo aqui mas só preciso de Porto Rico tá aqui do ladinho Jamaica são ilhas pequenas né relativamente pequena mas aqui perto da Martinique Então já são considerados grandes aqui tá Venezuela portanto aqui tá mais para trás tá o Brasil e tudo mais
a América Latina vocês passando desse slide eu trago uma outra uma outra aqui mais ou menos então a Martinica né uma outra que ganha na Francesa e aqui é um outro mapa que destaca né a extensão do império francês a França tá aqui né um paizinho aqui é na Europa mas que de certa forma nessa nesse mesmo momento né que ele tá vivendo né basicamente na época que mas produzir ou que ele chegou a fase de lance adulta né o França anão portanto percebeu nessa esse impacto do império francesa assim como péra inglês também era
muito grande de maneira geral a o imperialismo né ou é o colonialismo europeu de maneira geral foi muito impactante principalmente nesses países aqui da África e do Sudoeste aqui do Oriente Médio da Ásia e num primeiro momento com a península ibérica o Brasil por exemplo é pode falar de carteirinha porque séculos antes o Brasil e as Américas de uma maneira geral sofreram essa mesma violência né aí jamais pensando aqui Portugal e Espanha né na questão ibérica seria o primeiro colonialismo ou algum ponto anterior bom aí ele vai ter então dois como o título sugere né
dois grandes conceitos que eu gostaria aqui também de trabalhar com vocês o conceito de racismo e o conceito de cultura que dão nome é o texto é a ideia de racismo para o Franz fanon é não pode ser pensada do ponto de vista de um ato individual então ele não tá pensando racismo como a gente acompanha assim nos senso comum nas notícias como infelizmente a gente escuta muito ainda né nos estádio de futebol em né na sociedade manejar no metrô no no transporte público nos ônibus ou em alguma loja na questão hoje muito comum nas
entregas né geralmente o entregador trabalhador uma pessoa negra e o que tá ali torcendo né lançando mão daquele daquele consumo daquela estratégia de consumo tendo essas atitudes mais preconceituosas e racistas não que isso não exista né Ele tá dizendo racismo é a parte visível desse processo mas ele tá chamando essa parte tá chamando aqui de preconceito de atitudes racistas de uma questão que é visível de uma estrutura muito maior de dominação então o racismo não é um preconceito apenas mas é um todo é um todo de dominação é uma estratégia de dominação é que por
vezes o racismo aparece como uma atitude ali muitas vezes individualizada mas ela é muito maior do que a os atos individuais que também ajudam a compor essa dominação maior e essa dominação portanto ela tem um caráter num primeiro momento muitas vezes econômico militar e assim quase que inteiramente político né é importante lembrar disso depois a gente vai aprofundar um pouquinho também o outro conceito que é importante é o conceito de cultura aí ele também divide Cultura em dois aspectos digamos assim um que ele vai chamar de mais objetivo e o outro subjetivo que seria o
objetivo para ele cultura é mensurável né medida é observar no sentido da relação dos seres humanos com a natureza Vamos ser uma literatura clássica que vai falar da cultura e nesses aspectos né da transmissão de conhecimentos costumes hábitos crenças que compõem né o ambiente ou a cultura de um determinado local de um determinado povo no território de um grupo humano mas essa ali tá chamando de objetiva ele Talvez aqui seja muito inovador até pela condição de psiquiatra ele vai chamar um segundo momento também a discussão cultural por uma questão subjetiva e aí ele vai sair
um pouquinho dessa relação mais clássica de definição de cultura da relação dos seres humanos com a natureza e vai chamar a atenção para relação entre os seres humanos né essa relação de seres humanos com seres humanos também é mediada pela cultura da qual a gente faz parte e se essa cultura é uma cultura de racismo digamos assim ou de discriminação ou de separação de ovos culturas etnias cor de pele a tendência é que as relações psicossociais entre os seres humanos também é acompanhe essas lógicas E aí ele tá juntando digamos assim né uma cultura racista
não só com a questão digamos individual mas com a questão cultural né com uma questão mais eh digamos assim mais Ampla do que apenas as questões dos indivíduos e aqui ele é muito é inovador lembrar também que nesse período algumas leituras Inclusive a ciência tava muito próxima de discursos muito racistas Então é isso aqui só penso eu né enaltece ainda mais o trabalho do Francis falando porque ele era mais ou menos um uma pessoa correndo nadando assim contra a Correnteza porque porque havia um entendimento na Biologia né na nas ciências da Europa é quase que
como uma justificativa desses eventos é tristes políticos como o neolonialismo imperialismo de que é cientificamente as pessoas né os povos poderiam ser classificados como as outras e demais espécies na Biologia né processos de evolução e por seleção natural e por questões de evolucionismo digamos assim isso foi mais ou menos incorporado dentro das ciências humanas e sociais num primeiro momento para só depois ser rechaçado inclusive com essas críticas oriundas aí de pensamentos próximos do fanom então era muito comum nesse período né o evolucionismo né uma espécie de má interpretação bem mal intencionada ali do Darwinismo Social
Eugenia a frenologia até a crâniologia né aquelas ciências que ficavam preocupadas em tentar pelo estudo dos corpos né ou do tamanho do cérebro ou de dos membros da das feições dos fenótipos das pessoas tentar explicar comportamentos valores morais até mesmo crime né A questão patológica das doenças não olhando tanto para fora do indivíduo nessas comportamentos sua exceção com a sociedade mas tentando olhar para dentro biologizando Nessas questões isso é muito perigoso porque provavelmente vai chegar numa constatação como chegaram esses autores de que haveria digamos assim supostas espécies de seres humanos ou raças nesse sentido seriam
mais avançadas em detrimento de outros que seriam selvagens bárbaras ou primitivas e aí tem uma coleção de adjetivos pejorativos né Para Sempre classificar o outro e não à toa mais um indício de que isso não passava de uma justificativa imoral de ordem política e totalmente pseudo científica não precisa dizer para vocês qualquer a referência de sempre dava nesse resultado digamos assim porque esses estudos eram feitos não à toa né sempre por cientistas homens brancos e europeus que chegavam a conclusão de que as raças superiores eram quais os homens é brancos e europeus né lembrar aqui
também que nesse sentido as mulheres podem ser consideradas pessoas racializadas né como eu falei dos indígenas asiáticos eram considerados racializados Então esse caráter Universal do discurso do fanor é muito importante destacar talvez aqui também a universidade seu se eu pudesse fazer aqui uma espécie de chute ou sugestão para banca né eu tentaria trabalhar uma questão uma prova que colaborar nesses termos né de como falar não é avançado também nesse sentido né ele percebe a racialização não só na questão do negro mas na questão dos povos que são ao longo da história racializados né porque a
gente sabe inclusive que as questões inclusive da escravidão ao longo da história não foram sempre determinadas pela questão racial portanto a questão racial ou em outras palavras a questão principalmente entre as a cor da pele né branco né gravar uma questão de um produto de um momento histórico de uma intencionalidade Histórica de uma possibilidade justificativa de questões políticas que estava acontecendo muito Claras né para daí chegar na questão racial e inclusive vai fazer uso aqui o mau uso da ciência então ele tá chamando tudo isso de vulgar né de um preconceito de um racismo vulgar
isso tem a ver com o avanço do colonialismo com a questão do capitalismo né do desenvolvimento do capitalismo inclusive baseado aí no primeiro momento no que o Marques vai chamar de acumulação primitiva do Capital né aquela exploração dos recursos naturais desses povos dessas territórios e esse primeiro movimento né digamos assim de você tratar o racismo no indivíduo né no indivíduo específico ficou já muito difícil de ser defendido digamos assim do ponto de vista científico Então passa-se por questões de demanda política justificativas inclusive de ordem é mais amplas a se fazer um movimento que agora não
era mais a Biologia que explicava as diferenças entre os seres humanos porque a biologia na verdade estava caminhando para um outro para uma outra explicação né aí o avanço da genética Principalmente as críticas em relação a esses estudos da fenologia do Darwinismo Social todas essas críticas começaram a parte a aparecer já por meio também da própria ciência tem muito esse caráter de produzir e depois ela mesma se criticar e daí da crítica tornar um novo conhecimento que a gente chama de processo dialético né então a justificativas passaram a ser outras que não aquelas mais é
biogeizantes digamos assim ou que biologizavam o processo e passa-se então numa espécie de empréstimo mal feito daquela teoria que era da biologia né fruto aí dos estudos principalmente do Darwin para questões culturais então agora não eram os indivíduos que eram inferiores ou superiores em relação a si mesmos mas as suas culturas as suas os seus modos desistiu são a sua sociedade aquela que ele se filiava participava E aí haveria por tanto para lei né de indivíduos superiores ou inferiores também culturas determinadas superiores ou inferiores é esse processo que ele tá chamando aqui a atenção como
um dos grandes uma das grandes violências da questão colonial de todos os desdobramentos que esses eventos políticos tiveram sobre Esses povos que foram dominados né não foram dominados portanto apenas no sentido de extração de recurso ou de domínio econômico e militar mas sobretudo culturalmente e psicologicamente também então é uma dominação sem extermínio né não é uma dominação que você anquila os povos os indivíduos Mas você aniquila sua é o seu espelho né a sua leitura sua identidade e passa a estigmatizar que ele vai chamar de mumificação no texto é um processo que ele vai determinado
ponto de vista biológico até como uma espécie de sadismo né porque ou alienação que ele vai prestar esse termo do Marx também porque porque o próprio o próprio sujeito que é dominado não enxerga essa violência e acaba querendo ser o dominador né ou querendo se parecer com o dominador porque ele abre mão ele não tem mais acesso ele vê com maus olhos fruto desse processo intencional a sua própria condição então ele não quer se enxergar mais como negro ele quer ser um francês colonizar dor ele então ele começa a incorporar e a respeitar apenas imediatamente
tradições os valores As Visões de mundo dá aquele povo que não é o que ele representa e esse processo ele tá chamando de sádico de Violento de alienado se Esses povos não entenderem que esse é um processo violento que é um processo de interesse mesquinho muitas vezes econômico e de dominação meramente política não tem nada a ver com digamos assim dignidade respeito tolerância muito pelo contrário é uma imposição violenta de um povo de um de uma cultura é sobre outra muitas vezes na base Como eu disse da violência Então nesse sentido é falam também muitas
vezes nesse momento alguns consideram que épocas muito próximas né ou o nosso Educador Paulo Freire cita né o fanon numa obra muito famal chamada pedagogia doprimido e o Paulo Freire mais ou menos sintetiza essa ideia dizendo que uma educação libertadora é aquela que faz com que o Oprimido né o sonho do Oprimido não possa ser se tornar o opressor né então não é uma espécie de revanche né Por exemplo na condição do Frango não ele não tava defendendo o que o que né que o argelinos ou os negros de maneira geral tomasse o poder ou
os Árabes e fizesse uma espécie de revanche contra Europa né e agora dominassem a Europa e fizessem a Europa sofrer tudo aquilo que aqueles povos historicamente sofreram por um processo dominação não ele tava buscando a interpretação desse processo para acabar com as estruturas de dominação para que nenhum povo subjugasse o outro e para que nenhum povo violentasse outras culturas e nesse sentido que muitos consideram que o Paulo Freire interpretou né leu a obra do fanom e sintetizou isso na questão pedagógica como uma das tarefas aí do que ele chamou de Pedagogia do Oprimido é isso
né de você não lutar por uma por uma outra forma de opressão mas para você tentar é lutar para acabar com as formas de opressão né e que em tese a gente pudesse viver numa sociedade em que as pessoas respeitassem os diferentes e pudesse conviver digamos assim sem as violências que a gente teve ao longo da história bom esse é um texto Então que a gente vai aqui nessas nesses slides agora mais para essa segunda parte apenas citar alguns trechos que eu destaco da Leitura mas lembrando sempre né pessoal tem que ler o texto né
aqui eu fiz alguns recordes que eu julgo ser interessantes mas nada substitui a leitura de vocês individual é bem importante que vocês Leiam o texto abre é mostrando que é um texto de 1956 é um texto que ele lê numa conferência num congresso ele apresenta esse texto num congresso que é um Congresso dos escritores e artistas negros né já na França e aí esses trechinhos que estão aqui em Itálico são trechos do próprio texto que eu gostaria que destacar em alguns slides para tentar dar conta do conteúdo geral e amplo do texto em si Tá
bom então quando ele diz assim o efeito de ricochete de definições egocêntricas e sócioscêntricas é a caneta né é muito assim adesivo né muito digamos assim crítico né rígido e ele usa às vezes umas expressões aqui ele tá fazendo uma espécie de crítica aos próprios críticos desse processo do racismo e do colonialismo muitas vezes falou até hoje inclusive ele é mal interpretado né como se fosse um cara que diga assim sabe não tão revolucionário assim como ele de fato foi mas eu acho que essas críticas é padecem um pouquinho de de reflexão e de conhecimento
mesmo da obra e da biografia do autor né como eu ensinei nos slide de apresentação do autor Ele foi sim um revolucionário né um dos poucos aí que juntou teoria e prática foi a Campo lutou pela libertação da Argélia e provavelmente teria continuado esse processo se não fosse é muito assim é rompido né no seu processo de vida mesmo morrendo com 36 anos mas aqui ele tá dizendo assim que os críticos ao racismo os críticos ao colonialismo digamos assim não passavam de Abstrações egocêntricas e sociocêntricas né ele tava portanto aqui nesse momento e o texto
vai mostrar tentando criar uma teoria um pouco mais profunda né uma teoria um pouco mais densa em relação às questões raciais e as questões coloniais então ele vai mostrar como é que isso funcionou ao longo da história daí ele vai separar em Três Pontos se eu não me engano o primeiro lugar afirma-se a existência de grupos humanos sem cultura depois da existência de culturas hierarquizadas e por fim a noção de relatividade cultural o racismo vulgar primitivo simplista pretendia encontrar no biológico a base material da doutrina ele tá fazendo aqui uma espécie de reconstituição né genealogia
do que ele tá entendendo como racismo numa primeira fase ocupante estala sua dominação como que isso acontece né afirma afirma maciamente a sua e superioridade o grupo social subjugado militar economicamente é desumanizado segundo método polidimensional Ele tá dizendo que é muito mais complexo esse essa dominação né de um de um determinado Povo sobre outro e aí ele vai mostrar alguns exemplos aqui de novo caráter Universal que ele não tá preocupada apenas lá com a questão argelina ou a questão ali dos negros em maneira geral das colônias francesas olha só é assim que a lapidade emocional
do negro a integração subcortal dos árabes a culpabilidade quase genética do judeu são Dados que se encontram em alguns escritores contemporâneos então aquele tá criticando os seus próprios é pares né os Escritores os intelectuais que de certa forma naturalismo comportamentos que são de ordem cultural como ainda aspectos é intrínsecos inatos biológicos E aí ele vai fazer a crítica e mostrando que o racismo também tem que se livrar dessa interpretação que ele chamou de vulgar que tenta colocar na Biologia diferenças raciais que lá na frente com auxílio da Medicina inclusive da genética a gente vai ver
que não tem diferenças biológicas são muito mais diferenças políticas e sociais aqui já é uma foto no hospital né Que Eu mencionei que ele coordenou com seus colegas ali e como eu disse ele ele teve a chance nesse nesse momento aí da vida dele de enfrentar basicamente os acontecimentos mais impactantes né do ponto de vista da historiografia geral assim né quando a gente estuda história geral desse período da primeira metade do século 20 então o nazismo fascismo o imperialismo todas essas mudanças ele tava mais ou menos ali é enxergando né pensando vivendo de certa forma
então ele vai dizer né aqui é mais um trecho da obra esse racismo que se pretende racional individual determinado genótipo e fenótipo transforma-se num racismo cultural então ele já tá dizendo que os autores devem prestar atenção né focar em outra interpretação que não mais essa penas da Medicina e da biologia porque essa nem a ciência mais iria acompanhar mas não quer dizer que não ia existir mais o racismo só porque a ciência chegou na constatação de que seres humanos não são racialmente possíveis de serem catalogados ou hierarquizados então ele vai dizer o objetivo do racismo
já não é mais o homem mas uma certa forma de existir e aí ele tá chamando atenção para ocidentalismo né para não dizer que o eurocentrismo porque sedentar o centrismo é uma palavra que acho que é difícil mas basicamente o ocidente aqui é a Europa e se quiser mais e afundo ainda é basicamente a França né Inglaterra não é Também toda a Europa Itália os países que naquele momento do século 20 estavam no áudio ele Alemanha e tudo mais Então essas formas de existir são basicamente europeias e elas se impõe violentamente sobre outros povos como
se fosse digamos assim as formas únicas e corretas e hiericamente mais ou únicas de passíveis de serem digamos assim disseminadas para o mundo como um todo nesse sentido né opa não vai é desenvolvendo então ele vai falar assim desse desenvolvimento técnico digamos assim a serviço da escravização mecânica e mesmo biológica então ele tá dizendo que é é uma é uma técnica né é como ele disse no outro slide ele é policêmico ele aparece em todos não é só num ato numa atitude individual ele tá na na linguagem na política no desenvolvimento inclusive do modo de
produção é que ele vai ser bem influenciado pela pelo Marx né no próprio na própria ideia de trabalho tudo isso é vai vai ser digamos assim temperado por essa ideia de racismo e que é fruto por tanto desse modelo da modernidade né Posta sobre uma visão originária dos valores da Europa então o surgimento do racismo não é fundamentalmente determinante o racismo não é um mas o elemento mais visível mais cotidiano para dizermos tudo em certo momentos mais grosseiro de uma estrutura dada então aqui ela é bem rigoroso né o racismo não é o surgimento do
racismo não é nem o que é o que ele tá chamando aqui de determinante mas ele tá dizendo assim que o racismo é um é um é um é uma Faísca né um dado um acontecimento que a gente consegue interpretar de um processo muito maior que é essa dominação de povos de culturas em posição a partir da violência e aí ele vai chamar uma outra digamos assim disciplina para ajudar a interpretar isso né que é antropologia cultural Então olha só é precisamente essa história esquartejada e Sangrenta que nos falta esboçar ao nível da antropologia cultural
Então tá chamando a história de esquartejada e Sangrenta porque ela basicamente privilegiam um aspecto só que a história da Europa os valores da Europa esquece que esse processo é imposto por meio de domínios e violências de todas as frentes escravidão invasão de territórios esfoliação dos recursos naturais escravização de seres humanos e então ele tá falando que esse é um processo que tem que tem que ser enxergado também pelo crivo da Cultura né dos aspectos culturais que circunscrevem essas dominações então ele chega na conclusão que o racismo é cultural assim a culturas com racismo e cultura
sem racismo num determinado momento do texto ele é muito rigoroso com isso é como é cultura você pode criar uma cultura sem racismo Mas você também pode criar uma cultura enraizada no racismo aí ele vai fazer a definição né um momento lá do texto ele vai dizer o racismo não é mais do que um elemento e um conjunto mais vasto que ficou é um s a mais aqui qual seja né qual que é esse elemento mais de um elemento de um conjunto mais vasto a opressão sistematizada de um povo é um racismo nada mais é
do que uma técnica um mecanismo de você oprimir sistematicamente um determinado povo aqui como né Aí ele vai dizer nesse primeiro momento a guerra a Gente Tá no contexto dele né a guerra é um negócio comercial gigantesco e toda a perspectiva deve ter em conta isso a primeira necessidade é a escravização no sentido mais rigoroso da população assiste se a destruição dos valores culturais das modalidades de existência daquela população a linguagem vestuário as técnicas são totalmente desvalorizadas o panorama social é desestruturado os valores ridicularizados esmagados esvaziados um novo conjunto é imposto não proposto mas afirmando
afirmado não é proposto ele é inserido né muitas vezes aqui com violência todo o seu peso de com todo o seu peso de canhões e de saberes aqui é importante que também ficou a mais e esses saberes eu grifo aqui né que deveria estar escrito saberes tá pessoal canhões e saberes por que que eu grifo porque a parte violenta até então muita gente já te identificado né o colonialismo como uma coisa muito violenta do ponto de vista da sua da sua da sua dinâmica da sua mecânica mas pouca gente se alertado para essa questão também
do domínio que o dinheiro vai chamar também lá na frente de violência cultural né uma violência simbólica que é uma imposição também de saberes né nós mesmo pensando aqui mesmo né por isso que eu digo que dá para Celebrar o texto desse é muitas vezes por muitos anos eu eu mesmo né dando aula a gente tem basicamente uma historiografia uma uma um acesso do ponto de vista é Cultural e Educacional até hoje no Brasil de autores e saberes e visões de mundo europeias ainda né então é por isso que eu comemoro a Universidade Federal trazer
um autor como falam que vai inclusive chamar atenção por essa imposição inclusive do conhecimento como uma forma de colonização dos povos né então em outras palavras porque que nós conhecemos com relativa a profundidade um aluno nosso certamente do curso conhece as capitais de mais de 10 15 20 países do ponto extra geográfico da Europa mas não conhece por exemplo a capital da Nigéria que é um país importantíssimo da África ou de Moçambique ou de Angola que foi muito importante para nossa tradição brasileira né muitas vezes muito mais importante do que a capitais europeias Por que
que a gente conhece povos né da Europa a história da antiguidade europeia né da civilizações estamos assim mais da história antiga e não conhecemos povos e histórias da África ou da Ásia Então tudo isso ele tá dizendo não é porque Esses povos desses locais não tinham história ou não tinham religiões não tinham saberes não tinham técnicas não tinham conhecimento é porque nós fazemos também uma espécie de o tempo inteiro sistematizado uma colonização de sabor né a gente tá ainda sendo colonizado nesse sentido né não é porque a colonização acabou formalmente é os países se libertaram
se tornarem Independentes que esse modelo ainda não está exercendo de certa forma em outros aspectos a sua influência Colonial nesses povos bom aí ele vai falar dessa violência cultural a observação histórica diz-nos que o objetivo procurado é mais uma agonia continuada do que um desaparecimento total da cultura pré-existente esta cultura outrora viva e aberta ao futuro fecha-se aprisionada no estatuto Colonial estrangulada pela canga da opressão aqui é um jeito é mais sofisticado digamos assim da escrita dele do termo que ele vai usar aqui embaixo né a mumificação que eu já tinha adiantado no slide anterior
mas aqui tá exatamente como ele escreve né que que essa mumificação cultural ela leva a uma mumificação ali também postou um cezinho do pensamento individual a apatia tão universalmente apontada dos povos coloniais não é mais do que a consciência lógica dessa operação então no limite ele está dizendo assim por que que Esses povos não se rebelam né Por que que Esses povos não percebem isso porque os povos não não se enxergam como violentamente colonizado num processo que não não nos agrada não nos atrai não traz benefícios para os seus interesses supostamente porque culturalmente ele é
digamos assim levado a interpretar a colonização como entre aspas algo positivo que vai trazer benefícios que inclusive vai melhorar a sua vida e não há nenhuma possibilidade de questionamento desses valores que são impostos porque esses são os valores como quase muitas vezes é vendidos e apresentados como únicos valores possíveis então o colonizado acaba tentando se tornar o colonizador aqui como eu lembrei né anteriormente é muita ideia é Paulo freiriana né que a gente tem que esclarecer esse processo criar uma pedagogia ou seja uma educação uma cultura a partir dos oprimidos e aqui os oprimidos podem
ser os povos historicamente oprimidos né Não só nesse caso os negros lá da Argélia ou os árabes num determinado momento ali da questão né o Colonial pensando arte da África povos indígenas né como mencionei as mulheres né que historicamente também foram sempre na maioria hegemonicamente da sociedade oprimidas os deficientes físicos as né as pessoas hoje das identidades sexuais E de gênero então tudo que a gente percebe como uma imposição de um padrão de modo de existir de certa forma cabe nesse raciocínio reforçando aqui o aspecto é universal da interpretação da obra do fanom e que
ele faz questão aqui de sempre relembrar por fim pessoal já caminhando aqui pro final o racismo portanto não é individual psicológico ele atua no psicológico ele machuca a psique das pessoas mas ele é sobretudo um aspecto social e cultural o racismo não é uma descoberta acidental não é um elemento escondido de simulado não se exigem esforços sobre humanos para o por em evidência o racismo entra pelos olhos dentro precisamente porque se num conjunto caracterizado o da exploração desavergonhada de um grupo de homens por outro e chegou a um estágio de desenvolvimento Tecnicamente superior é por
isso que na maioria das vezes a opressão militar e econômica precede possibilita e legitima o racismo Ou seja aquele tá dando a dinâmica na técnica do processo né o racismo não é um elemento do cotidiano esporádico que é natural ou que é digamos assim frequente comum ele é só um digamos assim um elemento revelador desse dessa dominação cultural que se impõe a povos e portanto para se impor racializa grupos humanos né no caso aqui Os negros né da pensando na maioria da África como uma questão racial Mas a gente pode fazer subdivisões né religiosas étnicas
é como Árabes e por ou judeus um determinado momento da história a gente pode pensou que algumas questões do vestibular podem também levar para essas questões né de outros grupos humanos que é muito a ideia do anão o Brasil tem feito essa discussão através de um autor importante chamado Silvio Almeida que hoje é Ministro dos Direitos Humanos né o intelectual negro brasileiro que desce ali tenta descrever um livro chamado racismo estrutural que tem muito a ver com essa ideia do farol de que o racismo ele é uma é um instrumento de dominação né ele aparece
é estruturalmente na sociedade ele não é só um ato individual então uma constelação social um conjunto cultural que são profundamente remodelados pela existência do racismo é o racismo ele não é é diga assim um um acidente ele é um ele faz parte de um processo né Ele é quase que um efeito dessa dessa estrutura anteriormente posta é disse corretamente que o racismo é uma chaga da humanidade mas é preciso que não com essa frase é preciso procurar incansavelmente as repercussões do racismo em todos os níveis de sociabilidade quando ele diz todos os níveis de socialidade
tá falando das instituições sociais clássicas né a escola ele tá dizendo que ela não é quando a gente tem um ato é de racismo na escola não é um acaso é porque a escola é organizada no sentido racial quando ele diz que a gente tem um ato na torcida de futebol racista ele faz dizendo que foi aquele indivíduo do CPF e tal que é um racista Ele tá dizendo que o esporte é racista a sociedade que vai ao estádio racista portanto é uma estrutura muito maior que a gente precisa interpretado que só a atitude ali
individual daquela daquelas pessoas os psicólogos falam então de um preconceito Tornado inconsciente a verdade é que o Rigor do sistema torna supérflu afirmação cotidiana de uma superioridade Então isso é tão enfiado na cabeça das pessoas isso é tão naturalizado que na verdade nem precisa ter né nada acontecendo para que as pessoas simplesmente naturalizem né um exemplo clássico aqui brasileiro é só pensar o impacto que você tem indo por exemplo as instituições digamos assim que são menos valorizadas na sociedade tipo o sistema prisional onde você vai aparecer né vai vai se deparar com hegemicamente muito mais
uma população negra presente naquele ambiente e você participado sei lá de um curso de medicina hoje mesmo eu tava vendo uma notícia que a universidade da Bahia que é considerada junto com aquele do Paraná uma das mais antigas do Brasil teve pela primeira vez um médico diretor da faculdade de medicina negro uma faculdade na Bahia a Bahia Salvador é a cidade que mais tem negros fora da África no mundo até hoje então isso isso no Brasil é quase que não notável né as pessoas não se chocam com o dado desse elas acham que é natural
que a cidade que tem mais negros no mundo nunca tenha tido por exemplo um negro dirigindo a faculdade de medicina isso passou hoje na rádio como uma notícia como qualquer outra como o preço do pão como né um acidente de carro na grande metrópole como como se fosse só um dado da sociedade brasileira o fracionou tá dizendo que a gente precisa ficar atento porque isso não é só um dado né Eu tenho esse esse Rigor que ele tá chamando ele tem que ficar muito criticamente atento esses processos então o empreendimento comercial da escravização de destruição
cultural segue progressivamente é um passo de mistificação verbal aqui ele vai dar um exemplo no trecho do livro sobre o blues sobre essas tentativas né de entre aspas que a existência da cultura Negra ou africana ou de grupos subdominados aqui vem muito também o sincre religioso no caso brasileiro mas que de certa forma se não analisados criticamente acabam reforçando aquela ideia de você tornar né esses valores próximos do valor dominante no caso e perder toda a sua identidade todo seu vigor toda sua essência simplesmente para poder resistir e resistir ainda né para não ser totalmente
suprimido Então essa ânsia né de querer parecer ou de tentar se aproximar a algo que os valores aqui no caso um estilo musical né também ele tá vendo como um dado né uma evidência disso que ele tá teorizando então o grupo social racializado tenta imitar o opressor E com isso desracia realizar-se aqui também mais uma ideia mais uma vez podemos fazer uma ligação entre a obra de fanon e o Paulo Freire então a realidade é que um país Colonial é um país racista que ele é muito rigoroso ele tá chamando assim do jeito bonito a
Europa de racista como a gente vê até hoje ele está bastante insatisfeito aí com os desdobramentos pensou depois de 50 anos do da publicação do livro dele né mas a realidade é essa os países coloniais são racistas então um grupo inferiorizado tinha admitido como uma força de raciocínio Implacável que a sua infelicidade provinha diretamente das suas características raciais e culturais então aqui o aspecto que eu falei talvez mais violento aquele que torna o dominado não um dominado pelo processo mas o próprio dominado se sente incapaz inferior e naturalmente ou geneticamente ou por um acaso do
destino e da história ele levou as áreas digamos assim ele nascendo um grupo que é inferiorizado mas ele não enxerga isso como um movimento social e político ele enxerga isso como como uma coisa inerente como um dado como uma espécie de azar na sua vida e ele tá chamando atenção que é para culpa a inferioridade como aspectos psicologicamente muito problemáticos para Esses povos né Foi o que ele mais ou menos trabalhou lá com os pacientes argelinos lá no processo da Guerra Então não é possível subjugar homem sem logicamente os inferiorizar de um lado ou outro
que é bem o iMac zero lá o autor que Eu mencionei que ele teve acesso e diz que o colonialismo e o racismo são formas de desumanizar o outro o aimersa exerce uma frase muito impactante que vai dizer que o nazismo e o fascismo é que já é uma denominação do próximo né no caso os europeus digamos assim tentando exterminar europeus é só aconteceu porque teve todo esse processo de desumanização dos outros anteriormente né os povos asiáticos dos povos africanos do negro dos assim das outras religiões dos indígenas dos ameríndios para daí isso se transformar
numa quase numa megalomania já na questão até europeia de povos muito próximos vendo no outro um outro que não é humano né Ou pelo menos não é tão humano quanto ele então numa cultura com racismo o racista é normal porque você culturalmente enxerga o racismo como um dado né como normal não como uma construção social e política base como um dado da natureza um dado biológico E aí ele propõe as lutas né aqui eu nem vou passar muito porque já a parte mais final ali do texto em que ele vai quase que convocar tem que
lembrar que ele tá num congresso Ele quer mexer com o público aqui ele vai fazer algumas frases mais de efeito assim digamos para chamar Esses povos já para intelectualizar esse processo e para se possível dentro da Praxis que ele defendia na prática mudar a realidade então é aquele é bem militante e político né então ó essa Gangrena dialética exacerbada pela tomada de consciência e pela vontade de luta de milhões de negros e judeus pisados por esse racismo veja que ele sempre faz questão de colocar um outro grupo aqui que não só o dele né no
caso era judeu mas ele percebe nos judeus a mesma problemática porque porque é um grupo inferiorizado é um grupo subjugado grupo perseguido portanto esse grupo também tem que entrar digamos nessa interpretação que ele tá chamando de tomada de consciência esquecendo o racismo consequência atira-se com fura sobre o racismo causa isso aqui é também uma frase de efeito né e o racismo judeu não é diferente do racismo negro Olha só uma sociedade é racista ou não é não existem graus de racismo Ela é bem rigoroso na sua análise o estado de graça e agressividade são duas
constantes desse estágio sendo agressividade mecanismo passional que permite escapar a mordedura do paradoxo aqui já é uma coisa mais filosófica e tal mas basicamente chamando também para a questão da ação né aqui também não vou me dedicar porque esse trecho eu percebo como já um chamamento político né não como uma espécie de conclusão e aqui eu faço uma conclusão aqui é minha né que vocês percebem que os textos já não estão mais itálicos então é mais ou menos um controle meu para finalizar a Live de hoje então primeira coisa né ele vai falar que o
colonialismo é o responsável por tornar uma sociedade doente isso fica muito Evidente na biografia do França não quando ele percebe abandona Psiquiatria e o seu posto de chefe de um hospital importante lá de da Argélia que ele vai dizer assim eu não eu não vou pela psiquiatria curar os meus pacientes dos traumas da Guerra porque os meus pacientes estão vivendo numa sociedade que já está doente então a própria medicina aquela instituição hospital é uma é uma é uma um conhecimento nesse sentido a uma ciência uma instituição da área da saúde que já são impregnadas pelo
racismo então Aqueles traumas que aqueles Event os pacientes queriam buscar uma solução né um conforto ali na questão do tratamento médico é não ia achar ali segundo o fanor por quê porque aquele próprio modelo já era todo contaminado na medicina era contaminada pelo racismo Hospital era contaminado pelo racismo e portanto ele abre mão e vai interpretar Teoricamente que a modernidade e os aspectos da sua reprodução principalmente aqui o avanço do capitalismo é surgiram do racismo então eles não são amenizadores né o capitalismo não ameniza o racismo a modernidade uma questão dos direitos humanos do dos
Estados não há ameniza o racismo é pelo contrário é uma forma de dominação racista portanto é preciso fazer uma leitura muito mais Ampla do enfrentamento ao racismo E aí como ele tentou ser coerente na Praxedes né com a sua teoria ele também não fazia muito mais sentido ficar ali atuando como médico ou então ele vai para a Revolução para tentar modificar as estruturas básicas da sociedade né no caso aqui o estado colonialismo político a questão da militância e da revolução né chega a pegar em armas né propor leva um tiro inclusive e tudo mais então
para concluir né ele percebe que o negro é um produto não havia a ideia de negro na história antiga por exemplo o negro o negro tal qual a gente entende hoje porque esse processo ainda está acontecendo né dá para dizer isso também que é ser um dos ganhos da obra do falar não depois que você falou não você consegue perceber pelo seu isso acontecendo até hoje né Por exemplo como eu dei o exemplo dos dos colonialismo dos saberes né porque que até hoje as Universidades os colégios privilegiam autores europeus em detrimento por exemplo dos autores
como se não tivesse havido Filosofia na África como se não houvesse questões importantes políticas e leituras do mundo no povo indígena e assim por diante então há uma seletividade aí né um padrão imposto em cima para baixo muitas vezes pelo meio da violência Então esse negro um produto construído no período colonial do avanço do capitalismo e esse produto molda Nossa subjetividade porque ele atua em todas as instituições em todas as formas do tempo inteiro ao ponto de nós naturalizarmos essas essas exemplos que eu dei ao longo da Live né Então apesar da escravidão será abolida
formalmente no sentido da escravização mais comercial do tráfico dos seres humanos na questão digamos do trabalho escravizado né aquele trabalho sujeito aos açoites aquelas questões indígenas né de de todas as formas de crueldade envolvidas apesar da Abolição formal da escravidão por exemplo no Brasil desde 1888 ela tá presente na cultura e na subjetividade das pessoas porque as instituições permanecem digamos escravocratas né e a racialização nesse ponto de vista mol do Mundo do Trabalho mundo da política e o mundo social e ele vai perguntar o que que tem de escravidão nesses nesses mundos da modernidade né
onde que tá escondida ali a escravidão quando a gente enxerga a política quando a gente enxerga o mundo do trabalho é eu diria para ele que ele ia ficar muito impressionado com esses nossas novas modalidades de trabalho por exemplo dos eu acho que as questões da vestibular Podem trazer esses debates também por exemplo dos chamados trabalhos de digitais de plataformas digitais ou de de né entregas de comida esses iFood Uber né que a gente tem hoje em dia são muito próximos Da Lógica da escravidão né então e não atou os públicos né os agentes as
pessoas que estão inseridas nesse processo também muitas vezes são racializadas ou são descendentes desses mesmos povos que foram historicamente racializados Então por fim o reconhecimento de si que é uma atitude subjetiva né você olhar para si mesmo é racializado até você entender que essa essa questão racial só vai ser superada por meio da revolução por meio de uma interpretação dessa dessa imposição cultural né dessas racialização e para você superar essa racialização você precisa desestruturar né pelo menos abolir as instituições mais bases desse processo E aí ele vai chamar isso de revolução do nome do livro
aqui dos Condenados da terra que são os grupos que foram historicamente é subjugados aí né ou de certa forma dominados aí ao longo de diversas experiências infelizes aí que a gente teve ao longo processos históricos por fim algumas questões que eu imagino podem aparecer lá no vestibular finalmente Pense comigo aqui né relação colonialismo racismo e capitalismo Esse é uma discussão muito atual né que vai basicamente associar todos esses três elementos como um todo que aquele todo que ele tá chamando então não tem como você fazer uma espécie de crítica racial sem também criticar o próprio
capitalismo porque nesse entendimento fanoniano as coisas estão embricadas estão juntas no mesmo processo né o capitalismo é capitalismo por causa da questão racial né E a gente tem a ideia da racialização das pessoas porque o capitalismo também é assim as impõe a ideia do racismo estrutural brasileiro que é mais ou menos uma interpretação brasileira para as realidades brasileiras é vindas oriundas dessa fonte fala não um dos autores importantes nesse processo é possivelmente como eu ensinei mas tem a Mila Ribeiro vários autores aí ele é Gonzales né a gente tem abadias Nascimento muitos autores do movimento
negro brasileiro que certa forma tão buscando no fanon em próprias leituras mais originais do caso brasileiro contribuiu com esse debate as revoltas atuais na mais ou menos do mesmo local ali onde o fanom 50 anos atrás estava fazendo a a guerra a revolução pela independência então vocês devem estar acompanhando aí as revoltas na África ocidental né vários países Eu até me desafio aqui de certa forma me arrisco a dizer que isso pode chegar lá em Senegal agora tá acontecendo no Ninja já aconteceu em Mali então desde 2020 aí deu uma procurada na África ocidental que
a gente chama ali que são os países predominantemente ex colônias da França tá vendo todo um movimento muito que confunde né várias coisas similares mas também tem originalidade que é muito complexo mas basicamente uma revolta ali é insatisfação generalizada da população com questões muito tristes né de violência de terrorismo desigualdades sociais terríveis fome e tá acontecendo essas revoltas por meio de alguns militares aí que estão tomando poder Então refazendo essa leitura da questão Colonial Principalmente uma revolta frente à França exigindo aí é questões mais diplomáticas importantes aí para a gente depois poder debater e também
a relação do faronco Paulo Freire que eu destaquei aqui alguns slides eu acho que poderia ser uma questão bem interessante aí da ideia de não revanchismo né de não suprimir uma opressão por outra opressão né ou de cor ou de religiões estão em conflito mas de você entender o processo e agir na opressão né na dominação na violência e não propor uma nova violência como solução dos processos isso é bem panoniano e portanto também bem beleza pessoal eu vou dar uma olhadinha rápida aqui nos slides porque para variar além mais do que estava programado acho
e deixa eu ver se tem alguma questão aqui rapidinho é só pessoal desejando boa noite então fica aqui o a Live para vocês divulgarem ela vai ficar aberta aí como a tradição das nossas lives espero que vocês tenham gostado depois também qualquer coisa os slides ou algumas questões mais referentes ao a minha apresentação e esses estudos se vocês quiserem também coloca à disposição de divulgar de socializar com todos e vocês têm o contato aí viu o curso e fico aqui Desejo a todos uma boa noite beleza pessoal era isso até mais grande abraço a gente
se vê aí na sequência tchau tchau Bons estudos
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